DIVISÃO TÉCNICA DE ANÁLISE DA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Inquérito Nacional de Prevalência da Esquistossomose mansoni e Geo-Helmintos 12 e 13 de abril /2012 Dra. Marcia Fernandes Interlocutora de Esquistossomose
Programa de Controle da Esquistossomose Brasileiro INQUÉRITO Com o objetivo de identificar o maior número possível de pessoas a serem tratadas, o programa passou a realizar inquéritos nos municípios com localidades endêmicas no território nacional. Desde então, tais inquéritos constituem a forma principal de levantamento dos níveis endêmicos da infecção e têm servido de referência na quantificação dos índices de prevalência.
Inquéritos realizados: •Início-1953 Campanha Nacional Contra a Esquistossomose •1975 - Realização de inquéritos coproscópicos e no tratamento dos portadores de Schistosoma mansoni, no tratamento de criadouros dos hospedeiros intermediários e educação em saúde para as populações sob risco de contrair a doença. •O último inquérito de abrangência nacional foi de 1977 a 1981. •1993 início da descentralização das ações de controle da doença. •1999-2000 S.M.S assumem as ações de controle das doenças, Programação das Ações de Vigilância em Saúde.
Perguntas do estudo 1) Qual a prevalência atual da esquistossomose mansoni, da ascaridíase, da trichiuríase e da ancilostomíase no Brasil? 2) Qual a prevalência das alterações ultrassonográficas sugestivas da forma hepatoesplênica da esquistossomose, em áreas representativas de três níveis de intensidade de transmissão da doença? JUSTIFICATIVA: conhecer a prevalência atual da esquistossomose mansoni, da ascaridíase, da trichiuríase e da ancilostomíase no Brasil para avaliar o impacto das medidas de controle. Estado de São Paulo – início do inquérito – Semana da Esquistossomose 2011 (última semana/maio)
Coordenador nacional: Naftale Katz Centr.Pesq. René Rachou/Fiocruz/MG Coordenador região sudeste: Paulo Marcos Zech Coelho/Cent.Pesq.René Rachou/ Fiocruz/MG Coordenação Estado de São Paulo: DDTHA/CVE/SES-SP (Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar) Coordenadores regionais: Diretores/as dos GVEs sorteados: 1 Capital (1 mun.); 7 Stº. André (2 mun.); 8 Mogi das Cruzes (3 mun.); 10 Osasco (3 mun.); 12 Araraquara (1 mun.); 15 Bauru (2 mun.); 17 Campinas (3 mun.); 20 Piracicaba (1 mun.); 24 Ribeirão Preto (3 mun.); 27 S. José dos Campos (1 mun.); 31 Sorocaba (3 mun.); 32 Itapeva (1 mun.); e 33 Taubaté (1 mun.) Coordenadores municipais: 25
Objetivos I – Brasil Objetivos gerais ● realizar um estudo que permita o conhecimento atual da prevalência da esquistossomose, da ascaridíase, da trichiuríase e da ancilostomíase no Brasil; ● conhecer a prevalência das alterações ultrassonográficas sugestivas da forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni, em áreas representativas de três níveis de intensidade de transmissão da doença.
II – Estado de São Paulo Objetivo Geral ● participar, em nível estadual, do Inquérito Nacional de Prevalência da Esquistossomose mansoni e Geohelmintoses Objetivos Específicos ● realizar um estudo que contribua para o conhecimento atual da prevalência da esquistossomose, da ascaridíase, da trichiuríase e da ancilostomíase no Brasil OBS – O Estado de São Paulo não fará o estudo das prevalências da forma hepatoesplênica.
Esquistossomose mansoni •Doença parasitária causada pelo Trematódeo Schistosoma mansoni que tem o homem como principal hospedeiro. •Evolução clínica varia de formas assintomáticas até quadros graves. (hepatoesplenomegalia torna-se um achado significativo) •Transmissão da doença em uma região depende da existência de hospedeiros intermediários (caramujos) e esta relacionada a condições precárias de saneamento básico.
Esquistossomose mansoni
Esquistossomose mansoni • Ovos de S. mansoni eliminados nas fezes do hospedeiro contaminado eclodem na água de rios, lagoas ou outras coleções hídricas, liberando as larvas ciliadas (miracídios) que infetam o hospedeiro intermediário (caramujo), as quais 4 a 6 semanas abandonam o caramujo, na forma de cercarias, e permanecem livres nas águas naturais. • Contato humano com águas que contém cercarias , em atividades de lazer ou de trabalho adquire a doença, de 2 a 6 semanas após a infecção. • 5 semanas após a infecção o homem pode excretar ovos viáveis de S. mansoni nas fezes, permanecendo assim por muitos anos, se não for devidamente tratado.
Esquistossomose mansoni As geo-helmintoses são parasitemias causadas por nematódeos que desenvolvem parte dos seus ciclos no ambiente e cuja transmissão depende da contaminação fecal do solo e de recursos hídricos; destacam-se o Ascaris lumbricoides, Ancilostomídeos (Necator americanus e Ancylostoma duodenale) e o Trichuris trichiura.
Ações de Vigilância Epidemiológica Realizadas pelo programa do Ministério da Saúde permitem a detecção precoce e o tratamento dos portadores de S. mansoni,com o objetivo de: a)reduzir a ocorrência de formas graves e óbitos; b)reduzir a prevalência da infecção; c)indicar medidas para diminuir o risco de expansão da doença.
Métodos O levantamento das prevalências da esquistossomose mansoni e das geohelmintoses será realizado mediante inquérito coproscópico com a realização de exame parasitológico de fezes para detectar a presença de ovos de S. mansoni, Ascaris lumbricóides, Ancilostomídeos e Trichuris trichiura, em amostras de crianças com idade entre 7 e 14 anos, residentes em áreas específicas do território nacional, representativas da população.
Municípios e escolas – sorteados aleatoriamente com uso de programas estatísticos (Anexo 1 do Projeto - sorteio nacional – aplicativo STATCALC do EpiInfo)
Áreas do Projeto, Nº de crianças e de amostras Brasil Áreas endêmicas e não endêmicas do território nacional - amostras de fezes de 222.474 crianças residentes em 542 mun. das 27 unidades federadas/UFs Estado de São Paulo 16 Munic. < 500 mil hab. = 2.182 crianças 09 Munic. ≥ 500 mil hab. = 2.181 crianças Total - amostra de fezes de 4.363 crianças de 25 munic. de 13 GVEs
Estado de São Paulo - Municípios sorteados, por GVE Nº Ordem
GVE
Municípios Sorteados
Crianças 07-14 a
Crianças Amostra
1
1
São Paulo
1.457.692
1.345
2
7
Santo André
88.657
82
3
7
S. Bernardo do Campo
115.808
107
4
8
Ferraz de Vasconcelos
5
8
Guarulhos
6
8
7
30.147
102
198.773
183
Mogi das Cruzes
57.632
194
10
Cotia
28.762
97
8
10
Barueri
43.302
146
9
10
Osasco
103.861
96
10
12
Matão
12.007
234
11
15
Brotas
3.213
63
12
15
Borebi
376
82
13
17
Hortolândia
33.956
115
14
17
Americana
27.890
94
15
17
Campinas
140.327
129
Em negrito: municípios com mais de 500 mil habitantes
Estado de São Paulo - Municípios sorteados, por GVE Nº de Ordem
GVE
Municípios Sorteados
16
20
Piracicaba
17
24
18
Crianças 07-14 a.
Crianças amostra
51.226
173
Pitangueiras
5.458
106
24
Jardinópolis
5.526
108
19
24
Ribeirão Preto
77.690
72
20
27
S. José dos Campos
93.972
87
21
31
S. Miguel Arcanjo
6.196
121
22
31
Ibiuna
12.843
250
23
31
Sorocaba
86.216
80
24
32
Riversul
884
192
25
33
Aparecida
5.398
105
2.687.812
4.363
Total
Em negrito: municípios com mais de 500 mil habitantes
ANTES DO INQUÉRITO
•
2011 – Encaminhado Ofício para Secretária de Educação informando sobre o inquérito.
•
Providenciar listas das turmas de escolares dos município: identificação da escola, distribuição das quantidades de matriculados nas séries, turmas e turnos (manhã, tarde de cada escola; nomes dos diretores
Salas Sorteadas
Escola
Série de (2ª a Nº Número Turma Turno 9ª) alunos sorteado
EMEF PROFª ALAYDE D. C. MACEDO
7ª série
A
M
31
606
EMEIEF MARGARIDA MARIA MACIEL
3º ANO
G
MANHÃ
35
357
EMEF SANDRO LUIZ BRAGA EMEF PROF SIDNEY SANTUCCI EMEIEF WANDEIR RIBEIRO
4º ANO 2º ANO 3º ANO
B A A
TARDE M Manhã
30 36 28
125 22 73
Total Alunos
160
Inquérito Esquistossomose AÇÃO •
Realizar visitas às escolas p/ identificação dos participantes (1ª visita = lista de alunos, formulário PCE – anexo do Projeto); • Desenvolver ações educativas:doença e prevenção e como coletar fezes ; termo de consentimento • Distribuir (1ª visita) , recolher (dia seguinte, pela manhã) e identificar os recipientes (pote) de coleta de material para o exame parasitológico de fezes
• Entrega nos dias 17, 18, 24 e 25 (3ª e 4ª feira)
ESQUISTOSSOMOSE • MÉTODO DIAGNÓSTICO Técnica de Kato-Katz 1 amostra = 2 lâminas
• TRATAMENTO Portadores de S. mansoni • os medicamentos serão fornecidos pela Secretaria de Vig. em Saúde/SVS/MS (oxamniquine ou praziquantel) Portadores de geo-helmintoses • deverão ser encaminhados para tratamento na Rede de Atenção à Saúde (UBS)
Obrigado!