Projeto (Re)Descobrir a História de Portugal A independência do Condado Portucalense EB1/JI ________________________________________
Ano ___
Turma ____
Nome: _______________________________________
Data: ___/___/______
A criação do Condado Portucalense (LOPES, C. Figueiredo – História elementar e cronológica de Portugal) O rei de Leão e Castela, D. Afonso VI, foi ajudado, no combate contra os Muçulmanos, por cavaleiros estrangeiros que vinham lutar pela fé cristã. De entre esses fidalgos guerreiros distinguiram-se D. Raimundo de Borgonha e seu primo D. Henrique de Borgonha, descendentes de reis franceses. Como prémio dos serviços prestados à causa cristã, D. Afonso VI deu em casamento a D. Raimundo a sua filha Urraca e entregou-lhe o governo do condado da Galiza. A D. Henrique, o rei de Leão deu em casamento uma outra filha, D. Teresa, e entregou-lhe o governo do território compreendido entre os rios Minho e Tejo, conhecido por Condado Portucalense, de que faziam parte Guimarães, Braga, Coimbra e Portucale.
O conde D. Henrique e a infanta D. Teresa Sinaliza no mapa os rios Minho e Tejo e pinta a área do Condado Portucalense.
Cronologia da reconquista cristã e do Condado Portucalense 711 – Invasão da Península Ibérica pelos Muçulmanos. 715 – A cidade de Conímbriga é dominada pelo Árabes. 718 – Os Cristãos, chefiados por Pelágio, derrotam os Mouros na batalha de Covadonga. 868 – Reconquista de Portucale (Porto). Vimara Peres é encarregado do seu governo. 1094 – Veio para a Península Ibérica o cavaleiro francês D. Henrique de Borgonha, para tomar parte nas campanhas da reconquista cristã. 1096 – Casamento do conde D. Henrique com D. Teresa, filha de Afonso VI, rei de Leão, e entrega o governo do Condado Portucalense como prenda. 1109 – Nascimento de Afonso Henriques, filho do conde D. Henrique e de D. Teresa. Morte de D. Afonso VI, rei de Leão. 1112 – Morte do conde D. Henrique. É sepultado em Braga. D. Teresa assume o governo do Condado Portucalense. 1117 – Cerco de Coimbra pelos Mouros. 1122 – Afonso Henriques, ainda infante, arma-se cavaleiro a si próprio na Catedral de Zamora. 1127 – D. Afonso VII de Castela cerca o castelo de Guimarães para obrigar Afonso Henriques a prestar-lhe vassalagem. Egas Moniz vai com a família a Toledo entregar-se a D. Afonso VII para resgatar a sua palavra. 1128 – Batalha de S. Mamede (Guimarães) entre os partidários de D. Afonso Henriques e os de sua mãe D. Teresa. Saiu vitorioso Afonso Henriques, que assumiu o governo do Condado Portucalense. 1130 – Morte de D. Teresa. D. Afonso Henriques invade a Galiza. 1137 – Paz de Tui. 1139 – Batalha de Ourique (contra os Mouros). D. Afonso Henriques toma o título de rei, pela primeira vez. 1143 – D. Afonso Henriques presta vassalagem ao papa. D. Afonso VII, rei de Leão e Castela, reconhece o título de rei a D. Afonso Henriques, na presença do cardeal Guildo, representante do papa, na Conferência de Zamora. 1146 – Casamento do rei com D. Mafalda de Sabóia. 1147 – Conquista de Santarém, Lisboa, Sintra, Almada e Palmela.
Projeto (Re)Descobrir a História de Portugal A Lenda de Egas Moniz EB1/JI ________________________________________
Ano ___
Turma ____
Nome: _______________________________________
Data: ___/___/______
A Lenda de Egas Moniz Em 1127, Afonso VII cercou Guimarães com um exército tão numeroso que desde logo se percebeu ser impossível resistir-lhe. Egas Moniz, um grande senhor de Riba Douro e aio de D. Afonso Henriques, não hesitou: transpôs as muralhas e foi ao encontro de Afonso VII. - Que me quereis, D. Egas? - perguntou o monarca. - Venho apelar à vossa generosidade e compreensão, majestade - respondeu Egas Moniz. - Dizei então! - Os nossos guerreiros estão exaustos! O povo está faminto e desesperado! As nossas crianças deixaram de sorrir! Por favor, majestade, levantai o cerco e parti! - E que garantias me dás de que a minha autoridade real não voltará a ser posta em causa?inquiriu o rei de Leão e Castela. - Dou a minha palavra de honra que no dia em que D. Afonso Henriques suceder à sua mãe lhe prestará toda a vassalagem e o reconhecerá como seu rei - jurou solenemente Egas Moniz. O rei aceitou esta promessa e levantou o cerco. Mais tarde, já depois da batalha de S. Mamede, D. Afonso Henriques declarou ao seu aio que não tencionava cumprir o juramento feito ao primo. Egas Moniz nem queria acreditar! Ele, que nunca faltara à palavra dada, via-se agora numa situação muito difícil. Decidiu, então, partir para Toledo e apresentar-se diante de D. Afonso VII, acompanhado da mulher e dos filhos. Descalços e envergando túnicas brancas, assemelhavam-se a condenados à morte.
- O que quer isto dizer, Egas Moniz? -perguntou o rei, verdadeiramente intrigado. - Majestade, não pude honrar a minha palavra. Por isso, só a nossa morte poderá limpar o meu nome. Fazei, pois, o que tendes a fazer! Impressionado com tão nobre exemplo de carácter e de coragem, Afonso VII mandou-os em liberdade. (http://www.ribatejo.com/hp/base/cgi-bin/ficha_lenda.asp?cod_lenda=9, visualizado a 06/01/2016)
Desenha e pinta a família Moniz a entrar no castelo do rei D. Afonso VII.