20160203 PAV TE projeto (Re)Descobrir HP A preparação da expansão marítima e a Lenda de Aljubarrota

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Projeto (Re)Descobrir a História de Portugal A preparação da expansão marítima – parte 1 EB1/JI ________________________________________

Ano ___

Turma ____

Nome: _______________________________________

Data: ___/___/______

Após a formação do território português, os reis portugueses tentam organizar o reino em paz, promovendo casamentos entre as famílias reais ibéricas. Nem sempre se esteve em paz. Especialmente, devido à ambição de alguns nobres em unir os reinos da Península Ibérica, em sentimento contrário da maior parte do povo português. Foi no reinado de Dom Fernando, de Portugal, que nova oportunidade de união surgiu. De seus três filhos, apenas Dona Beatriz sobrevivera e casara com o rei de Castela. Dom Fernando exigira que, no contrato de casamento de sua filha, se previsse que o primeiro filho do casal fosse herdeiro da coroa de Portugal. Infelizmente, o rei faleceu antes de o nascimento do seu neto. A rainha Leonor Teles, agora regente do reino, aproveitou a oportunidade nomeando a sua filha, Dona Beatriz, rainha de Portugal e começando uma crise política pela não aceitação desta situação ao colocar em causa a independência do reino de Portugal. Herdeiros ao trono de Portugal Durante “o interregno” entre 1383 e 1385, não havia decisão quanto ao futuro rei de Portugal. Assim, nas Cortes de Coimbra, João das Regras, jurisconsulto e orador, defendeu que nenhum dos pretendentes à sucessão de Dom Fernando – Dona Beatriz, Dom João de Castela, o mestre de Avis, os infantes Dom João e Dom Dinis (filhos de Dona Inês de Castro) – era herdeiro de direito. Sendo assim, o trono estava vago. O único que merecia ser rei era o mestre de Avis, por ser filho de rei e merecer a honra e dignidade de rei. Então, o mestre de Avis foi aclamado “rei de Portugal” com o nome de Dom João I, em 6 de abril de 1385, nas Cortes de Coimbra. Batalha de Aljubarrota Com a aclamação do mestre de Avis, Portugal foi novamente invadido por um poderoso exército formado por 32 mil homens. Entrou pela Beira Baixa e seguiu em direção a Leiria, com destino a Lisboa. Deu-se o choque decisivo em Aljubarrota, no dia 14 de agosto de 1385. Dom João I e Dom Nuno Álvares Pereira comandaram as suas tropas, apenas 7 mil homens (1 português para 4 ou 5 castelhanos), adotando a tática do quadrado. Decorrida menos de uma hora, os Castelhanos foram derrotados. O rei de Castela fugiu à pressa para Santarém e daí para Lisboa, onde embarcou para casa.


Rei Dom Fernando, de Portugal

Rainha Dona Leonor Teles

Dona Beatriz, rainha de Castela

Dom Jo達o, o Mestre de Avis

Dona Filipa de Lencastre

Casamento


Batalha de Aljubarrota

Padeira Brites de Almeida (de Aljubarrota)

Lenda da padeira de Aljubarrota Brites de Almeida era uma mulher feia, forte, com um estilo de homem. Ela nasceu em Faro e a sua família era muito pobre e humilde. Foi criada praticamente sozinha, ficou órfã aos vinte anos e não fazia mais nada se não andar metida em brigas, aprendendo a manejar a espada e o pau. Toda a gente tinha medo dela. Houve um soldado que estava encantado com a bravura dela e resolveu propor-lhe casamento. Ela a única condição que propôs foi lutar antes do casamento, para ver se ele era forte. Só que ela venceu e ele ficou ferido de morte. Ela começou a ser perseguida pela justiça e fugiu para Castela. Mas na viagem que fez de barco, foi capturada e vendida como escrava. Depois de muito trabalho conseguiu fugir com a ajuda de outros dois escravos portugueses. Na viagem de regresso, houve uma nova tempestade e foi ter à praia da Ericeira. Como era procurada pela justiça, para evitar ser apanhada cortou o cabelo, disfarçou-se de homem e fez a sua vida como se fosse um almocreve. Ao fim duns anos, já cansada, ela aceitou o trabalho de padeira, em Aljubarrota. Aí encontrou um homem honesto e calmo. Um lavrador com quem ela se casou. No dia 14 de agosto de 1385, houve uma grande batalha, ela, quando ouviu os clamores da guerra, não conseguiu conter-se e pega no que tinha e vai ajudar os portugueses a lutar contra os Castelhanos. No fim, satisfeita com a vitória, regressa a casa para descansar, mas quando entrou em sua casa apercebeu-se que havia estranhos dentro da sua própria casa e resolveu espreitar. Ouviu dentro do forno um ruído e trás desse ruído descobriu sete castelhanos que tinham fugido. Ela não teve meias medidas e pega na pá com que cozia o pão e mata-os. Por essa razão esta mulher na região de Aljubarrota ficou conhecida como uma grande mulher e valente e “A Valente Padeira de Aljubarrota”. Ainda hoje, nos dias 14 de agosto é feriado nessa região em sua memória e existe uma pá que dizem ser a verdadeira e com ela se costuma comemorar o dia da padeira de Aljubarrota. (http://www.lendarium.org/narrative/lenda-da-padeira-de-aljubarrota, visualizado em 02/02/2016) Desenha e pinta a bandeira de Portugal durante a Batalha de Aljubarrota.


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