20160316 PAV TE projeto (Re)Descobrir HP O Caminho Marítimo para a Índia e O Descobrimento do Brasil

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Projeto (Re)Descobrir a História de Portugal O caminho marítimo para a Índia e o descobrimento do Brasil EB1/JI ________________________________________

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O caminho marítimo para a Índia A Índia aparecia aos olhos de todos os Europeus como terra de muitas riquezas, que todos desejavam, mas onde era difícil chegar. D. Manuel I colheu os frutos dos planos estabelecidos por D. João II, levando ao termo o sonho do seu antecessor – descobrir o caminho marítimo para a Índia. Viagem de Vasco da Gama Vasco da Gama, nascido, em 1469, de uma nobre família da estremadura, era um marinheiro corajoso e hábil diplomata. Foi nomeado por D. Manuel I comandante da esquadra. Em 8 de julho de 1497 partiu da praia do Restelo com uma frota composta por duas naus e uma caravela – S. Gabriel, S. Rafael, Bérrio – e um navio que transportava mantimentos. A viagem foi cheia de dificuldades e perigos. Sobre os navios caíram tempestades violentas. Muitos homens morreram atacados de escorbuto, doença provocada pela falta de alimentos frescos. Mas os portugueses venceram todos os perigos, orientados pela bússola e pelo astrolábio… Vasco da Gama seguiu o seguinte itinerário: ilhas Canárias (15 de julho) – Cabo Verde (26 de julho) – ilha de Santa Helena (8 de novembro) – angra dos Vaqueiros e Natal (25 de dezembro) – rio do Cobre (Inhambane, a Terra da Boa Gente), em Moçambique (25 de janeiro de 1498); rio dos Bons Sinais (Quelimane – Moçambique); ilha de Moçambique – Mombaça e Melinde (13 de março) e, finalmente, Calecut (20 de maio de 1498), capital da Índia. Estava descoberto o caminho marítimo para a Índia. Vasco da Gama foi recebido pelo imperador ou samorim, a quem entregou duas cartas do rei D. Manuel I: uma escrita em árabe e outra em português. Regressaram a Lisboa em agosto de 1499, onde são acolhidos no meio de grandes aclamações. Vasco da Gama foi distinguido com o título de Almirante do mar das Índias. Os nossos navios traziam do Oriente ouro, diamantes, especiarias, seda, pedras preciosas, porcelanas. O poder dos Mouros no Oriente enfraqueceu e facilitou a expansão do Cristianismo.


Novo estilo arquitetónico No período dos descobrimentos marítimos, apareceu na arquitetura portuguesa o estilo manuelino. Foi assim chamado por ter atingido o seu esplendor no reinado de D. Manuel I. Os elementos decorativos que caracterizam o estilo manuelino são inspirados em motivos ligados ao mar e às viagens: a Cruz de Cristo, as esferas armilares, nós de cordas, âncoras, conchas, algas, vegetais do ultramar, monstros marinhos… Os monumentos mais notáveis do estilo manuelino são: o Mosteiro dos Jerónimos – gruta marinha de pilares finíssimos; a Torre de Belém – caravela de pedra a fender as águas rumo ao Atlântico; a Janela da Sala do Capítulo do Convento de Cristo, em Tomar – renda de pedra em que marulham vagas e se enroscam algas marinhas e cordas possantes, boias de cortiça, anéis e esferas.

Igreja do Mosteiro dos Jerónimos

Interior da igreja

Torre de Belém

Interior defensivo

Janela da Sala do Capítulo do Convento de Tomar


A descoberta do Brasil Pedro Álvares Cabral nasceu em Belmonte, nas abas da serra da Estrela, provavelmente em 1468. Fidalgo da corte de D. João II, ali estudou e viveu num ambiente de navegadores e sempre interessado pelos temas de além-mar. Em 8 de março de 1500, partiu do Tejo uma poderosa armada, comandada por Pedro Álvares Cabral, composta por 13 naus e 1500 homens, que se dirigia à Índia. Depois de atingir as Canárias passou por Cabo Verde e rumou para ocidente. Em 22 de abril de 1500, avistou a costa brasileira, lançando ferro numa larga enseada, de denso arvoredo, a que deu o nome de Porto Seguro. E como era o dia de Santa Cruz chamou-lhe Terra de Vera Cruz. Pedro Álvares Cabral ordenou o desembarque. Os marinheiros desceram a terra, arrancaram da selva um lenho que improvisaram de altar à beira da água onde Frei Henrique de Coimbra celebrou missa. Os índios andavam nus. Rodearam os portugueses e receberam-nos sem hostilidade. (LOPES, C. Figueiredo – História de Portugal)


Localiza e assinala (com um ponto colorido) no mapa os lugares descobertos: 1419 – Arquipélago da Madeira (amarelo); 1427 – Arquipélago dos Açores (vermelho); 1434 – Cabo Bojador (azul); 1456 – Ilhas de Cabo Verde (cinzento); 1488 – Cabo da Boa Esperança (preto). Desenha a lápis cor de laranja o percurso de Vasco da Gama até à Índia e a lápis verde o percurso de Pedro Álvares Cabral.


Desenha e pinta a bandeira do reino de Portugal durante as viagens marĂ­timas de Vasco da Gama e de Pedro Ă lvares Cabral.


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