Eu sinto-me seguro… Zé Pimpão, o “Acelera” 1
5
10
15
20
O carro era o seu mundo, o volante a sua amada. o insulto a sua arma e a buzina a sua espada. A guiar não tinha par sentia-se um campeão e, ao meter as mudanças acelerava o coração. Até que um dia, sem querer, estando o piso molhado, numa curva apertada deixou o caldo entornado. Tinha cervejas a mais e sentia-se um herói, mas só no hospital é que viu como isso dói. O pior é que o despiste atingiu duas crianças enquanto o Pimpão, sem rumo, só baralhava as mudanças. Agora, todo engessado, vai ter contas a prestar, mas já faz novos planos para a hora de regressar.
25
A malta lá do seu bairro já o vê de outra maneira e a basófia do herói só tresanda a baboseira.
José Jorge Letria
30
35
40
E o campeão de ralis em que nunca ninguém o viu, já só tem como troféus os dois miúdos que atingiu. E quando se vê ao espelho, com essas proezas todas, o único carro que encontra É a cadeira de rodas. Da história deste “acelera” retira-se uma lição: anda muito criminoso com estilo de campeão. A estrada não é um campo para o Pimpão ser guerreiro, a pressa nunca ajudou quem teima em ser o primeiro.
1. – Copia os versos seguintes: 10º - ___________________________________________________________________ 15º - ___________________________________________________________________ 20º - ___________________________________________________________________ 30º- ____________________________________________________________________ 34º - ___________________________________________________________________ 45º - ____________________________________________________________________ 2. – Desenha um sinal que comunique uma mensagem com base nesta poesia e escreve uma frase sobre o seu significado.
__________________________________________
____________________________________________
__________________________________________
____________________________________________
__________________________________________
____________________________________________