Rio Antuã

Page 1

2010 ESTGV – Engenharia Ambien‐ te Paulo Almeida nº 3330 André Rodrigues nº 9511

[CARACTERIZAÇÃO DO RIO ANTUÃ] O presente estudo teve como finalidade a avaliação da qualidade da água superficial da bacia Hidrográfica do rio Antuã. Nesse sentido, seleccionaram‐se vários parâmetros físicos e químicos, Nomeadamente: temperatura, pH, sólidos suspensos totais, oxigénio dissolvido, carência bioquímica de oxigénio, carência química de oxigénio, azoto amoniacal, nitrato, coliformes e fósforo total. Os Resultados obtidos mostraram uma degradação expressiva da qualidade da água numa secção do Rio Antuã situada a jusante de São João da Madeira e numa ribeira que atravessa o mesmo município


Índice Índice de Ilustrações ......................................................................................4 Índice de Gráficos ..........................................................................................4 1. Introdução ...............................................................................................5 2. Bacia Hídrica do Rio Antuã ......................................................................7 2.1.1. Demografia .................................................................................8 2.1.2. Clima ..........................................................................................9 2.1.3. Geologia ......................................................................................9 2.1.4. Indústria .....................................................................................9 2.1.5. Pecuária e Agricultura .................................................................9 2.2. Poluição .......................................................................................... 10 2.2.1. Poluição associada às actividades agrícolas ............................... 10 2.2.2. Poluição associada á actividade pecuária ................................... 10 2.2.3. Riscos associados á actividade industrial ................................... 11 2.2.4. Poluição relacionada com ocupação humana ............................. 11 2.2.5. Poluição associada a ETAR’S ..................................................... 11 3. Análise e tratamento de dados ............................................................... 11 3.1. Caudal ............................................................................................ 12 3.2. pH ................................................................................................... 13 3.3. Temperatura ................................................................................... 13 3.4. Azoto Amoniacal .............................................................................. 14 3.5. CBO5 ............................................................................................... 15 3.6. CQO ................................................................................................16 3.7. Coliformes Fecais ............................................................................ 17 3.8. Coliformes Totais ............................................................................. 18 3.9. Fosfatos .......................................................................................... 19 3.10.

SST .............................................................................................. 19

3.11.

Oxigénio Dissolvido ...................................................................... 20


3.12.

Nitratos ........................................................................................ 21

4. Conclusão ............................................................................................. 23 5. Bibliografia ................................................. Erro! Marcador não definido. 6. Anexos ..................................................................................................25


Índice de Ilustrações

Ilustração 1 ‐ Bacia Hidrográfica do Rio Antuã, local de estudo a vermelho ________________________ 8

Índice de Gráficos

Gráfico 1 ‐ Variação mensal do caudal médio ______________________________________________ 12 Gráfico 2 ‐ Variação Média Mensal do pH da água captada ___________________________________ 13 Gráfico 3 ‐ Temperatura da amostra (ºC) _________________________________________________ 14 Gráfico 4 ‐ Azoto Amoniacal (em NH4 mg/L) _______________________________________________ 15 Gráfico 5 ‐ CBO 5 dias (mg/L) ___________________________________________________________ 16 Gráfico 6 ‐ CQO (mg/L O2) _____________________________________________________________ 17 Gráfico 7 ‐ Coliformes Fecais (C.F / 100mL) ________________________________________________ 18 Gráfico 8 ‐ Coliformes totais (C. T /100mL) ________________________________________________ 18 Gráfico 9 ‐ Fosfatos (mg /L P2O5) ________________________________________________________ 19 Gráfico 10 ‐ SST (mg/L) ________________________________________________________________ 20 Gráfico 11 ‐ O2 dissolvido (% de saturação) ________________________________________________ 21 Gráfico 12 – Nitratos (em NO3 mg/L) _____________________________________________________ 22

Índice de Tabelas

Tabela 1 ‐ Classificação dos cursos de água superficiais de acordo com as suas características de qualidade para usos múltiplos __________________________________________________________ 25 Tabela 2 ‐ Classificação dos parâmetros de qualidade da água de acordo com a nomenclatura da qualidade das águas superficiais ________________________________________________________ 25 Tabela 3 ‐ Variação média mensal dos caudais (Q(m3/seg) ___________________________________ 26 Tabela 4 ‐ Valores mensais dos parâmetros da qualidade da água no ano de 2005 ________________ 26 Tabela 5 ‐ Valores mensais dos parâmetros da qualidade da água no ano de 2006 ________________ 26 Tabela 6 ‐ Valores mensais dos parâmetros da qualidade da água no ano de 2007 ________________ 27 Tabela 7 ‐ Valores mensais dos parâmetros da qualidade da água no ano de 2008 ________________ 27 Tabela 8 ‐ Valores mensais dos parâmetros da qualidade da água no ano de 2009 ________________ 28


CARACTERIZAÇÃO DO RIO ANTUÃ

19 de Junho de 2010

1. Introdução A água tem sido ao longo da História da Terra e da Humanidade um componente mais que essencial, para a origem da Vida, e, seu progressivo desenvolvimento. Foi da água que surgiram as primeiras formas de vida e que se formaram as primeiras comunidades de seres vivos, que mesmo depois de emigrar para fora do meio aquático, tiveram-na sempre ao lado para puderem sobreviver. Seja fauna ou flora, a água sempre esteve que estar presente para que tais pudessem viver. O Homem não é excepção e com a sua evolução enquanto espécie, a utilização da água foi sem dúvida, um dos seus grandes pilares. Primeiro para sua sobrevivência, e, depois de “mestra-la” para vários usos pessoais como por exemplo a agricultura. A fixação ao longo dos leitos dos rios levou à formação de grandes aglomerados populacionais. A água tornou-se num vector complementar para acessibilidades, comércio e sustentabilidade. A engenharia do Homem conseguiu trazer a água para lugares onde era inacessível, e, “descobri-la” debaixo da Terra. O desenvolvimento tecnológico sustentou o aumento populacional que teve como consequência uma crescente procura de água. A modernização das nossas actividades também contribuiu e contribui para a destruição da quantidade e qualidade de água potável. Se antes a água tinha capacidade de se auto-regenerar, hoje em dia, já perdeu á muito essa capacidade que tinha. A capacidade de regeneração da água também denominada de autodepuração, é a capacidade de um corpo de água, após receber uma carga poluidora, através de processos naturais, recuperar as suas qualidades ecológicas e sanitárias (1). As sociedades tiveram que se adaptar à escassez e perda da qualidade da água, impondo usos cada vez mais eficientes e passando-a por processos de tratamento e descontaminação, para a poderem ter como própria para consumo, ou seja água potável. Actualmente já há um maior reconhecimento do facto de que a água, de modo particular o acesso à água potável, está na raiz de algumas das preocupações mais urgentes da sociedade. Contextualizando, poluição é uma consequência negativa da actividade antrópica que introduz 5


19 de Junho de CARACTERIZAÇÃO DO RIO ANTUÃ 2010 directa/indirectamente substâncias que provocam um efeito negativo no equilíbrio do ecossistema, causando danos na saúde humana e nos seres vivos. As fontes de poluição podem ser pontual ou difusa. Elas distinguem-se pelo facto de que enquanto na primeira a fonte emite o poluente a partir de um ponto restrito e bem caracterizado (por exemplo fossas sépticas, aterros sanitários, …), na segunda é difícil controlar a origem, estando relacionada com as alterações que o homem provoca no meio ambiente e o fenómeno das primeiras chuvas (primeira chuva surge após um período de estiagem onde se regista uma grande acumulação de poluentes nas estradas) (2). Através da monitorização da água podemos caracterizar esta segundo certos parâmetros, ficando com o perfil da água em estudo. Cada parâmetro tem uma escala de valores, que quando os estabelecidos são ultrapassados, significa que a água tem impurezas (2). A bacia hidrográfica do rio Antuã situa-se no Centro-Norte de Portugal Continental, numa região de grande densidade populacional e de forte dinamismo económico e empresarial, factores que por estarem associados a diversas carências ao nível do saneamento de águas residuais domésticas, industriais e pecuárias, concorrem para uma elevada pressão sobre os recursos hídricos daquela bacia. Sendo assim os factores que levam à degradação da qualidade da água superficial do rio Antuã através da análise, descrição e reflexão dos seus parâmetros vão ser o nosso objectivo de estudo.

6


CARACTERIZAÇÃO DO RIO ANTUÃ

19 de Junho de 2010

2. Bacia Hídrica do Rio Antuã Bacia hidrográfica ou bacia de drenagem é usualmente definida como a área na qual ocorre a captação de água (drenagem) para um rio principal e seus afluentes devido às suas características geográficas e topográficas. O rio Antuã está englobado na área de jurisdição de Administração de Região Hidrográfica do Centro (ARHC), entidade responsável pela protecção e valorização de recursos hídricos como por exemplo o Decreto-Lei 45/94 de 22 de Fevereiro em que enuncia: “Os Planos de Bacia Hidrográfica definem orientações de valorização, protecção e gestão equilibrada da água, de âmbito territorial, para uma bacia hidrográfica ou agregação de pequenas bacias hidrográficas de acordo com o despacho ministerial de 98.12.31 e com o Decreto-Lei 45/94 de 22 de Fevereiro.” (3). O rio Antuã nasce a uma altitude aproximada de 400 m, no Monte Alto, localidade de Romariz, concelho de Santa Maria da Feira, estende-se por cerca de 38 km e desagua no centro da Ria de Aveiro, na zona do Largo do Laranjo, concelho de Estarreja. A bacia hidrográfica correspondente, uma das subbacias do rio Vouga, com uma área de cerca de 149 km2, apresenta uma orientação dominante no sentido N-S desde a nascente até ao lugar da Minhoteira, a partir de onde inflecte para Oeste-Sudoeste em direcção a Estarreja. Para além dos municípios citados, a bacia abrange ainda, em extensão variável, os concelhos de Albergaria-a-Velha, Arouca, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra. O concelho de Oliveira de Azeméis, com cerca de 61% da sua área dentro da bacia, ocupa uma posição central de destaque enquanto os restantes se dispõem perifericamente em relação àquele; o concelho de São João da Madeira, com apenas 8 km2 de área, insere-se quase integralmente na bacia; enquanto os restantes fazem-se representar por lugares de um número reduzido de freguesias. O rio Antuã tem como principais afluentes da margem esquerda, de montante para jusante, a ribeira do Pintor (que desagua a sul de São João da Madeira), a ribeira do Cercal (que desagua próximo de Cucujães) e o rio Ínsua (que desagua nas imediações do rio Ul). Na margem direita tem como principal afluente a ribeira de Arrifana, que drena São João da Madeira e que também conflui com o rio Antuã na localidade de Cucujães. 7


19 d de Junho de CA ARACTERIIZAÇÃO DO O RIO ANT TUÃ 2010 0 acia hidrog gráfica do Vouga con nta com pequenas bacias b hidrrográficas afluA ba ente es directas da Ria de Aveiro, qu ue cobre um ma extensão de 3635 5 km2. A ba acia do rio Antuã apresenta prroblemas sérios s prob blemas de poluição hídrih ca, s sendo maio or a monta ante do qu ue a jusan nte, o que é um indiccador que o rio apre esenta uma a elevada capacidade c e auto-dep puradora nos n trechoss finais do o percurs so. Uma grrande fonte e de poluiçção provém m das descargas de á águas resid duais não tratadas provenienttes das zo onas urban nas e indu ustriais dee São Joã ão da Mad deira (zona a montante e). Ao long go da baciia do rio Antuã A ocorrrem gene ericamen nte descarg gas de origem fecall, urbana e industrrial, tal coomo desca argas ilega ais. Convêm m referir que q em tod da a bacia existe um ma única E ETAR em fu uncionam mento, a do d Salgueiiro, situad da na fregu uesia de Santiago S d de Riba-Ul,, que não contribui de forma determina d ante para o atenuamento do prroblema de e poluiçã ão do rio, visto v ter um m funciona amento ina adequado.

Ilustrração 1 - Ba acia Hidrográ áfica do Rio o Antuã, loca al de estudo o a vermelho o

2.1.1. Demografia D A po opulação residente r no n interior da bacia do Antuã é cerca dee 105000 habih tante es

o

qu ue

corresponde

a

uma

densidade

populacioonal

de

705

habiitantes.km m2 –, grand de parte do os quais se s concenttra nos nú úcleos urb banos de S São João da d Madeira a e Oliveira a de Azem méis (4). No o conjunto dos conce elhos representados nesta bac cia a popu ulação serv vida por sistemas dee drenagem m de água as residuais é inferio or a 40%, eenquanto os níveis de d atendim mento da popup 8


CARACTERIZAÇÃO DO RIO ANTUÃ

19 de Junho de 2010

lação com sistemas de tratamento de águas residuais variam entre 22% em Oliveira de Azeméis e 100% em São João da Madeira (4). 2.1.2. Clima O ritmo anual do clima da bacia hídrica do Antuã é caracterizado pela alternância entre um estilo “mediterrâneo”, quente e seco, e um Inverno “atlântico”, fresco e chuvoso. A precipitação é elevada, apresentando dois meses secos. Nestes dois meses, Julho e Agosto, a chuva e a humidade apresentam um valor mínimo e a temperatura o seu máximo. A temperatura média anual é de 15º C com uma variação, para mais ou para menos, inferior a 12º C. A precipitação anual é superior a 1000 mm. Em altitudes superiores a 700-800 m verifica-se uma variação do clima atlântico, com diminuição da temperatura média (10º C). Agravam-se as amplitudes térmicas e aumenta a precipitação, a qual é superior a 1500 mm, situando-se com frequência, entre os 2000 e 3000 mm. Possui um número máximo de 2300 a 2600 horas de insolação (5). 2.1.3. Geologia Geologicamente é possível distinguir uma vasta zona interior, que se estende da nascente até Beduído, formada maioritariamente por xistos e granitos, e uma estreita zona litoral, desde aquela localidade até à foz, onde predominam os aluviões modernos (5). As áreas florestais correspondem a 45% do total, sendo dominadas pelo pinheiro-bravo (Pinus pinaster) e o eucalipto (Eucalyptus globulus). 2.1.4. Indústria A actividade industrial dentro dos limites da bacia é densa e diversificada, predominando as unidades de pequena e média dimensão, pertencentes maioritariamente aos sectores do calçado, metalúrgico, metalomecânico, têxtil e agro-alimentar (5). 2.1.5. Pecuária e Agricultura Na bacia do Antuã tem grande expressão a actividade pecuária, em especial no que se refere à criação de bovinos para fins leiteiros. A maioria das explorações possui um número reduzido de cabeças de gado, pelo que a criação é feita em regime não intensivo. 9


19 de Junho de CARACTERIZAÇÃO DO RIO ANTUÃ 2010 Ao nível de utilização de solos, 46% da área total da bacia do Antuã é ocupada por terrenos agrícolas, a maior parte dos quais de dimensões reduzidas, onde dominam as culturas do milho, feijão, batata e forrageiras (5).

2.2.Poluição De uma forma detalhada apresentamos aqui as fontes e riscos de poluição de recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Estes itens que vamos enunciar vão influenciar directamente ou indirectamente os parâmetros de qualidade de água que apresentaremos no ponto seguinte (5). 2.2.1. Poluição associada às actividades agrícolas Os principais riscos relacionados com actividades agrícolas estão relacionados com a difusão de fertilizantes químicos e pesticidas nas áreas de rega que através de esgotos agrícolas chegam ao leito do rio. Umas das consequências quase imediatas e a posterior contaminação da água por nitratos (substância mais utilizada nos fertilizantes). A aplicação de adubos e pesticidas, também são causadores de poluição na água, não só através de nitratos, mas também com fósforo e compostos azotados. Utilizados na agricultura podem atingir a água subterrânea através da irrigação que penetra no solo. A concentração excessiva de nitratos e fósforos é altamente tóxica para a vida aquática, e para a vida humana (5). 2.2.2. Poluição associada á actividade pecuária A actividade pecuária pode ser uma causa para um tipo de poluição difusa, que contribui para o aumento de nitratos e contaminação microbiológica Aqui a dispersão dos efluentes dos animais pelo terreno, ou acumulação pode contaminar as águas com elevadas concentrações de compostos orgânicos e inorgânicos. Na bacia do Antuã tem grande expressão a actividade pecuária, em especial no que se refere à criação de bovinos para fins leiteiros. A maioria das explorações possui um número reduzido de cabeças de gado, pelo que a criação é feita em regime não intensivo (5).

10


CARACTERIZAÇÃO DO RIO ANTUÃ

19 de Junho de 2010

2.2.3. Riscos associados á actividade industrial A actividade industrial dentro dos limites da bacia é densa e diversificada, predominando as unidades de pequena e média dimensão, pertencentes maioritariamente aos sectores do calçado, metalúrgico, metalomecânico, têxtil e agro-alimentar (lacticínios). Os maiores aglomerados industriais encontram-se em Oliveira de Azeméis e São João da Madeira. 2.2.4. Poluição relacionada com ocupação humana A presença de esgotos (muitos deles de origem clandestina) em que estão constantemente a descarregar esgotos domésticos entre outros, aumenta a concentração de matéria orgânica no rio. A presença de fosfatos em água podem ter origem em detergentes que se usam em casa, ou então deve-se a descargas ilegais. Os compostos de fósforo são dos mais importantes factores condicionantes da vida de organismos aquáticos. 2.2.5. Poluição associada a ETAR’S As ETAR’s podem estar sujeitas a falhas de mecanismos que obrigam a paragens para manutenções técnicas, tal como podem ter um funcionamento deficiente. Este tipo de situações pode provocar poluição acidental sobre os recursos hídricos onde estão situados. No rio Antuã existem descargas feitas pela ETAR de Salgueiro em Oliveira de Azeméis, e muito por causa de não existir um sistema efectivo de tratamento eficiente das águas residuais domésticas, industriais e agrícolas. Estes efluentes ao serem constantemente lançados no rio modificam os componentes da água do rio.

3. Análise e tratamento de dados No rio Antuã o nosso ponto de estudo é chamado de Ponte Minhoteira, e segundo a “Classificação dos Cursos de Água Superficiais de Acordo com as suas Características de Qualidade para Usos Múltiplos” do INAG, a qualidade da água apresenta classe E – extremamente poluído: Águas ultrapassando o valor máximo da Classe D (D – Muito poluído: Águas com qualidade “medíocre”, apenas potencialmente aptas para irrigação, arrefecimento e navegação. A vida piscícola pode subsistir, mas de forma aleatória) para um ou mais pa11


19 d de Junho de CA ARACTERIIZAÇÃO DO O RIO ANT TUÃ 2010 0 etros. São considera adas como inadequa adas para a maioria dos usos e porâme dem m ser uma ameaça a pa ara a saúdee pública e ambienta al. Segu undo o Ane exo I do Decreto-Lei D n.º 236/9 98 de 1 de Agosto, a estação da d rede d de qualidad de da Ponte e Minhoteiira apresen nta um vallor na cateegoria A3 (água que exige trata amento fís sico, químiico, de afin nação e de esinfecção) , devido a congânica e miicrobiológiica, traduzzida nos pa arâmetros Fosfatos, CQO tamiinação org e SS ST. A qualid dade da ág gua não é adequada para prod dução de ággua potáve el.

3 3.1.Cauda al A an nálise da qualidade q de d água dee um rio, não tem rigor, se nã ão tivermo os inform mações sob bre o seu caudal. Gen nericamen nte, caudall é o volum me de água a que pass sa numa se ecção de um u rio dura ante um período p de tempo. t Dete erminar o caudal c má ássico de u um rio pod de dar ilaçõ ões quantoo á quantiidade de p poluentes que q afluem m num rio, e, calcula ar a sua co oncentraçã ão pode ca ategorizarr o tipo de e poluição (pontual o ou difusa). (Pela rep presentaçã ão do gráfico 1, dedu uzimos que e tem um caudal c méédio anual de 104,37 7 m3/s). O ca audal médio máximo o foi regista ado em Fe evereiro, e o mínimo foi em Ag gosto. É lóg gico estes acontecim mentos visto o ser máxiimo no Inv verno (épocca de chuv vas) e míniimo no Verrão época de estiageem. Os valo ores de Ju unho a Settembro que e vão conttinuamente e decaindo o, pode see dever tam mbém à drenagem d da água do d rio para a irrigação de campos agrícolass.

Gráfiico 1 - Varia ação mensal do caudal médio m

12


CA ARACTERIZ ZAÇÃO DO O RIO ANTU UÃ

19 de Junh ho de 2010

3 3.2.pH O pH H, ou pote encial de hidrogénio h iónico, é um u índice que indica a a acidez neutralid dade ou allcalinidade e de um m meio. O pH de uma so olução é um ma quantiidade adim mensional. Como o pH p é simp plesmente uma form ma de expri rimir a con ncentraçã ão do ião hidrogénio h o, as soluçõ ões podem m ser classiificadas coomo ácidas s (pH <7), básicas (p pH> 7) e neutras n (pH H =7). O pH p ao long go do ano não apres senta varia ações significativas situando-s s se na generralidade no valor de pH=7 na escae la de e Sorensen n. Num ma análise mais deta alhada detterminamo os que a os valores m máximos aprea senttam-se nos meses de d Agosto o e Dezem mbro com pH = 7,2 24. Os va alores míniimos apare ecem nos meses de Junho e Novembro N com pH = 7,12. No geral não á grande variação v dos d valoress de pH ao longo do ano. Estess valores sendo s xos, satisfa azem os va alores máx ximos reco omendados s do nível de tratam mento baix A1 d do Anexo I do DL 236 6/98, e, é identificad do como um parâmeetro de clas sse A (Exc celente) na a classifica ação dos cu ursos de água á superrficiais de acordo com as suas s características de qualidade q p para usos..

Gráfico 2 - Variação Mé édia Mensall do pH da ág gua captadaa

3 3.3.Tempe eratura A an nálise da temperatu t ura de um ma água su uperficial é sempre essencial para tirarr conjuntam mente com m outros p arâmetros s de qualid dade da águ gua, conclu usões rápid das e prec cisas. Por exemplo e co om dados sobre a te emperatura a de uma certa água a podemos s determinar a velociidade a qu ue o meio está e a deseenvolver as s suas re eacções qu uímicas, se s estão a desenvolv ver-se micrrorganismoos nesse meio, m ou in nformaçõe es sobre a quantidad de de oxig génio que está dissoolvida na água. á 13


19 d de Junho de CA ARACTERIIZAÇÃO DO O RIO ANT TUÃ 2010 0 Tam mbém é um m intensific cador de ccaracterístiicas organ nolépticas (por exemplo o cheirro) e pode e ser um factor f de p poluição té érmica dev vido a eflu uentes que e são desc carregados s a altas temperatura as. Na s situação em m estudo, a temperratura variia entre os s 10ºC e oos 21ºC, sendo que o mês que e regista a temperatu ura máxim ma seja Jullho, e, a teemperatura a mía seja os meses de Janeiro e Dezembrro como esperado. e A tempera atura nima méd dia anual é aproxima adamente d de 15ºC. Os O valores da temperratura sattisfa-

zem o nível de e tratamen nto A1 do anexo I do o DL 236/ /98.

Grráfico 3 - Tem mperatura da d amostra (ºC) (

3 3.4.Azoto Amoniaca al O azzoto é um vector v necessário no o crescimen nto de plan ntas e alga as, e a sua a presenç ça e em ág guas pode ter conseq quências, como o de esenvolvim mento excessivo dos seres vivos referidos s anteriorm mente e na a redução da quantiidade de oxigéo nio d dissolvido.. Pode-se assim a conssiderar um m indicador de qualid dade sanittária, para a determin nar o nívell de contam minação da d água. Assim A tem mos águas, com risco o elevado, sempre qu ue contém azoto amo oniacal e orgânico. o O azoto am moniacal pode terr origem natural n (p proteínas) ou humana (esgotoos doméstticos, fertillizantes). Nas análises realizadas r os valoress de conce entração de d azoto am moniacal, situam-s se entre os s 0,65 e os 1,97 mg g NH4/L. São S regista ados valorees elevados em époc cas de culttivo e fertiilizações (J Janeiro e Fevereiro), F e, em altu uras em que q o caud dal sendo mais m pequ ueno, a con ncentração o da poluiç ção é maioor e conseq quenteme ente o estado trófico o também m é mais elevado e (Ou utubro e N Novembro). Os 14


CA ARACTERIZ ZAÇÃO DO O RIO ANTU UÃ

19 de Junh ho de 2010

entados ultrapassam m os valore es máximo os admissííveis nos parâp valorres aprese metrros de tratamento A2 2 segundo o anexo I do DL 236 6/98. Com mo parâme etro de qua alidade do o Rio Antu uã, possui uma classsificação de C (Razzoável).

Gráfi fico 4 - Azoto o Amoniaca al (em NH4 mg/L) m

3 3.5.CBO5 O pa arâmetro CBO C lizado para a exprimir o valor da a poluição produzida a pela 5 é util maté éria orgânica oxidável biologiccamente. Correspond C de então à quantidad de de oxigé énio que é consumid do pelos m microrganismos de esgotos ou á águas polu uídas, na o oxidação biiológica. A carência de oxigéniio pode serr suficienttemente grrande para a consumirr todo o ox xigénio disssolvido na água, o qu ue condicioona a morrte de todo os os organ nismos sub baquáticoss. Por outrras palavra as um valoor de CBO alto, pode e traduzir--se pela prresença de poluição através a da a matéria oorgânica provenien nte de fonte es pontuaiis e/ou difu fusas de orrigem doméstica ou iindustrial. Segu undo as an nálises da água capttada no po onto de colheita, os vvalores situ uamse en ntre valore es inferiores a 3 e 3 3,9 mg O2/L. / O valor máximo é registad do no mês do Maio; altura do ano em q que ainda tem t um ca audal conssiderável, e, os valorres mínim mos são ide entificados nos mese es de Feverreiro, Junh ho, Agosto o, Setemb bro e Nove embro. Estes resulta ados são segundo s o Anexo I do DL 236/98 sujeiitos ao tra atamento de d classe A A1. Na classificação das águass superficiiais o parâ âmetro CBO O tem uma a classifica ação quanto á sua co oncentraçã ão de B (Boa).

15


19 d de Junho de CA ARACTERIIZAÇÃO DO O RIO ANT TUÃ 2010 0

Gráfico 5 - CBO 5 dias (mg/L)

3 3.6.CQO É a quantidad de de oxig génio neceessária pa ara oxidaç ção da ma atéria orgâ ânica atrav vés de um m agente qu uímico. O aumento do valor da d concenttração de CQO num m corpo de água deve e-se princiipalmente a efluentes s de origem m industriial. O CQO O é um parâmetro in ndispensávvel nos esttudos de caracteriza c ação de esg gotos saniitários e de e efluentes s industria ais. O CQO O é muito útil quand do utilizado em p obserrvar a biod degradabiliidade de rresíduos. Como C conjunto com o CBO5 para no C CBO5 mede e-se apena as a fracçã ão biodegrradável. Qu uanto maiis este valo or se apro oximar do CQO C significa que m mais biodeg gradável se erá o efluen nte. Fora am observa ados valorres que va ariam dos 14 aos 32,25 mg/L O2.O mês s que regis stou o valo or máximo o foi Outub bro e o vallor mínimo o foi identiificado nos s meses d de Agosto e Fevereirro. Estes vvalores enq quadram-se no nível de tratam mento A3 d do anexo I do DL 236 6/98. Com mo parâme etro de qua alidade dass águas su uperficiais teve notta C (Razoá ável).

16


CA ARACTERIZ ZAÇÃO DO O RIO ANTU UÃ

19 de Junh ho de 2010

Gráfico o 6 - CQO (m mg/L O2)

3 3.7.Coliforrmes Feca ais Os c coliformes fecais são o presença a constantte nas mattérias feca ais de todo os os anim mais de sangue quen nte. A sua presença na água de d abasteciimento im mplica uma a acção ime ediata no sentido s de remover a fonte de poluição p feecal São muitas ve ezes usada as como in ndicadores s da qualid dade sanitá ária da águ ua, e não representa am por si só um perrigo para a saúde, se ervindo an ntes como indicado blemas pa ores da prresença de e outros orrganismos causadorres de prob ara a saúd de. Segu undo os da ados forne ecidos, os vvalores de e concentra ação de cooliformes fecais f situa am-se entre 331,2 e os 3083 ,33 C. F. /100mL. Os valoress elevados s são clara amente ju ustificados pelas desscargas de e esgotos domésticoos que lan nçam quan ntidades consideráve c eis de com mpostos org gânicos ric cos em colliformes. Como C parâ âmetro de qualidade das águass superficiiais teve cllassificaçã ão C (Razoá ável). Este es valores estão englobados n o nível de e tratamen nto A2 do anexo I do DL 236/ /98.

17


19 d de Junho de CA ARACTERIIZAÇÃO DO O RIO ANT TUÃ 2010 0

Gráffico 7 - Colifformes Feca ais (C.F / 100mL)

3 3.8.Coliforrmes Tota ais O grrupo de ba actérias denominado s coliformes totais são aquelass que não causam doenças, visto que habitam o intestino o de anima ais mamífeeros inclus sive o hom mem. A presença de coliformes c totais não o é um ind dicativo dee contamin nação fecall. Os v valores que constam m nas anállises encon ntram-se entre e os 1 071 e os 4785 4 C.T. /100mL. Os valore es altos reegistados em e Janeiro e Fevereeiro podem m ter cone exão com alguma a de escarga dee maior po orte que se e tenha efeectuado pa ara o rio. São valore es que satisfazem o nível de tratamentto A2 do a anexo I do DL /98. Pela classificaç ção da qu alidade da as águas superficiai s is o parâm metro 236/ anallisado foi classificado c o com nota a B (Boa).

Gráffico 8 - Colifformes totaiis (C. T /100 0mL)

18


CA ARACTERIZ ZAÇÃO DO O RIO ANTU UÃ

19 de Junh ho de 2010

3 3.9.Fosfattos Os ffertilizantes agrícolas s também contêm fo osfatos, qu ue adiciona ados aos detrid tos a animais co ontribuem para a po oluição da a água no solo e noss rios. A chuva leva os fertiliza antes e po oluentes pa ara dentro o dos rios. Em condiições quen ntes e com leitos len ntos ou es stagnados, enriqueciidos com grandes q quantidade es de fertillizantes e dejectos humanos h e animais, promovem o floresscimento de d as s tóxicas. Os compo algas ostos de fó ósforo são um dos mais m imporrtantes factores cond dicionantes s da vida dos d organissmos aquá áticos. De a acordo com m os dados s, os valorees de fosfa atos estão compreend didos entre 0,4 e 1,5 56 mg/L P2O5. O vallor mais allto é identtificado em m Julho (1,,56 mg/L P2O5) eom mínimo em m Fevereiro o (0,4 mg / /L P2O5). Os ffosfatos ap presentam níveis mu uito elevad dos. Isto é devido àss ligações clandestinas de esgotos ao rio (o fóssforo existtente tem origem n nos deterge entes norm malmente usados u em m casa), do o tratamen nto das águ uas residu uais e devid do às zona as envolven ntes ao rio o serem ag grícolas e os o seus do onos usareem fertiliza antes ricos s em fósforro nas terrras. Os v valores de fosfatos in ncluem-se no nível de d tratamento A3 do anexo I do d DL 236/ /98, e, quanto á classificação dos parâm metros de qualidade das águas s superfiiciais tem nota E (Mu uito Má).

Gráfico 9 - Fosfatos (m mg /L P2O5)

3 3.10.

S SST

Desiignam-se como c sólid dos suspen nsos totais (SST) a so oma dos sóólidos, sus spensos, voláteis e decantáveis. Em qu uantidades excessivas podem tornar a água 19


19 d de Junho de CA ARACTERIIZAÇÃO DO O RIO ANT TUÃ 2010 0 dequada ao o consumo o humano , prejudica ando o paladar, e p odendo ca ausar inad efeitos laxativo os. Os v valores de SST estão o compreeendidos en ntre 5,05 e 29,85mg /L sendo o corresp pondentes aos a meses de Setemb bro e Outu ubro. Os v valores ulttrapassam o valor m máximo rec comendáve el do nível de tratam mento A1 d do anexo I do DL 236 6/98. Com mo parâme etro de qua alidade de águas sup perficiais s é classific cado com D (Má).

Gráfic co 10 - SST (mg/L) (

3 3.11.

O Oxigénio D Dissolvido o

A qu uantidade de oxigéniio dissolvid do depend de entre ou utros da teemperatura a, da pres ssão e da salinidade. s O oxigéniio dissolvid do é o elem mento prin ncipal no metam bolis smo dos microrgani m smos aeró óbios que habitam as a águas n naturais ou o os reac ctores para a tratamen nto biológicco de esgottos. Nas ág guas naturrais, o oxig génio é ind dispensáve el também m para outtros seres vivos, esp pecialmentee os peixe es. A do é tamb conc centração de oxigéniio dissolvid bém o parâ âmetro fun ndamentall nos mod delos de au uto depuração natura al das águas. No g geral as qu uantidades de oxigén nio são elev vadas, tend do um valoor médio anual a de 7 71%. O vallor máximo o foi registtado em Agosto A com m 81%, altu ura do Verrão e de m maior temp peratura. O valor míínimo é ide entificado no mês dee Outubro com 54% % de satura ação de O2. Segu undo a cla assificação dos curso os quanto às suas ca aracterísticcas, o parâmetro o oxigénio diissolvido (% %) tem um ma classific cação anual de B (B oa). Os va alores

20


CA ARACTERIZ ZAÇÃO DO O RIO ANTU UÃ

19 de Junh ho de 2010

oxigénio diissolvido satisfazem o nível de e tratamen nto A1 do anexo I do DL de o 236/ /98.

Gráffico 11 - O2 dissolvido (% ( de satura ação)

3 3.12.

N Nitratos

ato. A sua Um indicador de poluiçã ão difusa de água subterrâne s ea é o nitra a oriacionada a actividad des agrícollas e esgo otos sanitá ários. Sen ndo o gem está rela nitra ato uma fo orma estáv vel de nitrrogénio em m condições anaeróbiias, esta subss tânc cia pode se er considerrada persiistente e sua s remoçã ão da água a para ate ender ao p padrão de potabilidad de que é d de 10 mg/ /L, é onero osa e, por vezes, tecnicamen nte

inviáv vel,

prejudicando

o

abaste ecimento

público

e

privado o.

A

conc centração excessiva de nitrato os é altame ente tóxica a para a viida aquátiica, e para a a vida hu umana. Segu undo os da ados estud dados por n nós, os va alores de nitratos enccontram-se entre o os 18,5 e os 36,75 mg/L NO O3. O valorr máximo correspon nde ao mê ês de Sete embro, e o valor míniimo ao mêss de Abril geral o rio contem alltos níveis de nitrito os e nitrato os em solu ução, o que deNo g nunc cia a prese ença de esgotos, quee lançam constantem c mente mateeriais com uma gran nde concen ntração de matéria orrgânica, normalmente resultan ntes de esg gotos dom mésticos e agrícolas, a bem como o de adubo os e fertiliizantes usa ados nos campos agrícolas da bacia a hidrográ áfica do rio. r A con ncentraçãoo excessiva de nitra atos é altam mente tóxiica para a vida aquática, e para a vida hu umana. Trata-se de va alores que pertencem m ao nível de d tratame ento A1 doo anexo I do d DL 236/ /98 21


19 d de Junho de CA ARACTERIIZAÇÃO DO O RIO ANT TUÃ 2010 0 mo parâmetro de qua alidade de águas su uperficiais teve classiificação C (RaCom zoáv vel).

Gráfico G 12 – Nitratos (em m NO3 mg/L L)

22


CARACTERIZAÇÃO DO RIO ANTUÃ

19 de Junho de 2010

4. Conclusão Com os dados que conseguimos encontrar e organizar, podemos afirmar o que é discriminado na introdução do ponto 3 : O rio Antuã encontra-se extremamente poluído principalmente a nascente, onde se situam grandes zonas industriais urbanas e domésticas, que emitem os seus efluentes directamente para o rio sem haver um tratamento pelo menos mais rigoroso (pois já existe uma ETAR, mas de pouca eficiência (1). Observando as análises realizadas à qualidade da água na Ponte Minhoteira, maioria dos parâmetros (pH, temperatura, CBO5, SST, oxigénio dissolvido, nitratos), encontra-se no nível de tratamento A1 do anexo I do DL 236/98 (tratamento físico e desinfecção), enquanto outros parâmetros (azoto amoniacal, coliformes fecais, coliformes totais) enquadram-se no nível de tratamento A2 do anexo I do DL 236/98 (tratamento físico e químico e desinfecção) e também registaram-se parâmetros (CQO e Fosfatos) que localizam-se no nível A3 do anexo I do DL 236/98 (tratamento físico, químico de afinação e desinfecção). Ao longo do rio a quantidade de poluição emitida para o rio diminui embora ainda exista (maioritariamente existência de campos agrícolas perto das margens). Todavia, embora a qualidade possa aumentar para jusante, a água contínua imprópria, quer para albergar vida aquática, quer para qualquer uso humano seja para usos múltiplos seja para consumo próprio (6). Concluímos assim que a água superficial do rio Antuâ é imprópria para qualquer uso.

23


19 de Junho de CARACTERIZAÇÃO DO RIO ANTUÃ 2010

Bibliografia 1. EEA (European Environment Agency) - Core set of indicators: Urban waste water

treatment.

[Online]

Novembro

de

2005.

http://themes.eea.eu.int/Specific_media/water/indicators . 2. Águas de Douro e Paiva. [Online] 1999. http://www.addp.pt. 3. Sistemas de Informação - INAG. INSTITUTO DA ÁGUA, I. P. [Online] 2010. http://www.inag.pt. 4. Instituto Nacional de Estatística, IP. [Online] 2003. http://www.ine.pt/. 5. Sistema Nacional de informação de Recursos Hídricos. [Online] 2003. http://snirh.pt. 6. MORENO, F.S.B.A. Estudo dos mecanismos de dispersão de elementos vestigiais em sedimentos de corrente e águas superficiais da bacia hidrográfica do rio Antuã. 2000. 7. Europa. O portal da União Europeia. [Online] http://europa.eu/about-eu. 8. Água Online. [Online] 2006. http://www.aguaonline.net.

24


CARACTERIZAÇÃO DO RIO ANTUÃ

19 de Junho de 2010

5. Anexos Tabela 1 - Classificação dos cursos de água superficiais de acordo com as suas características de qualidade para usos múltiplos

Parâmetros Azoto Amoniacal CBO CQO C.F. C.T. Condutividade Fosfatos P2O5 Nitratos O2 dissolvido pH SST

Unidades mg/L NH4 mg/L O2 mg/L O2 /100mL /100mL µS/cm, 20ºC mg/l P2O5 mg/l NO3 % saturação de O2 Escala Sorensen mg/l

A B C D E Excelente Boa Razoavel Má Muito Má Min/Max Min/Max Min/Max Min/Max Min/Max ‐0,5 ‐1,5 ‐2,5 ‐4 > ‐4 ‐3 ‐5 ‐8 ‐20 > ‐20 ‐10 ‐20 ‐40 ‐80 > ‐80 ‐20 ‐2000 ‐20000 > ‐ 20000 ‐50 ‐5000 ‐50000 > ‐ 50000 ‐750 ‐1000 ‐1500 ‐3000 > ‐ 3000 ‐0,4 ‐0,54 ‐0,94 1 > ‐ 1 ‐5 ‐25 ‐50 ‐80 > ‐ 80 90‐ 70‐ 50‐ 30‐ <30 ‐ 6,5‐8,5 5,5‐9 05‐Out 4,5‐11 > 11 ‐25 ‐30 ‐40 ‐80 > ‐ 80

Tabela 2 - Classificação dos parâmetros de qualidade da água de acordo com a nomenclatura da qualidade das águas superficiais

Parâmetros Azoto Amonia‐ cal CBO CQO C.F. C.T. Fosfatos P2O5 Nitratos O2 dissolvido pH SST

Unidades

Ja Fe Ma Ab Ma Ju Ju Ago Se Ou No De n v r r i n l s t t v z

mg/L NH4

C

C

C

B

C

C

B

C

C

C

C

C

mg/L O2 mg/L O2 /100mL /100mL mg/l NO3

B C B B C B

B B C B A B

B B B B A B

B B B B C B

B B C B D B

B B B B E B

B C B B E C

B B B B E C

B B B B E C

B B B B C B

B C C B C B

B C B B B B

% saturação de O2

A

A

A

A

B

A

A

A

A

B

B

A

A A

A A

A A

A A

A B

A A

A A

A A

A A

A D

A A

A A

mg/l P2O5

Escala Sorensen mg/l

25


19 de Junho de CARACTERIZAÇÃO DO RIO ANTUÃ 2010 Tabela 3 - Variação média mensal dos caudais (Q(m3/seg)

Jan

Fev

2005

200, 72 182, 26 75,1 6 378, 49 68,8 7 181, 1

251,2 9 309,3 6 182,3 1 353,4 5 69,95

2006 2007 2008 2009 Qmé dio

233,2 72

Mar

Abr

178,3 181,9 8 8 169,3 137,1 1 9 131,9 138,0 2 119,8 162,0 5 8 143,1 65,92 7 148,5 137,0 22 38

Mai

Jun

Jul

93,4 8 93,3 4 89,3 6 135, 96 64,8 7 95,4 02

59,2 5 44,3 8 51,9 4 119, 51 44,2 8 63,8 72

24,5 3 20,8 9 26,4 1 111, 98 7,67 38,2 96

Ago Set

Out

Nov

Dez

10, 86 15, 49 12, 63 47, 54 4,7 8 18, 26

8,3 5 25, 45 38, 47 24, 03 0,4

16,9 9 28,2 2 275, 92 33,3 2 0,17

94,84

19, 34

70,9 24

69,4 6 113, 43 129, 08 82,8 8 84,9 4 95,9 58

75,19 222,9 4 68,12 287,7 3 149,7 64

Tabela 4 - Valores mensais dos parâmetros da qualidade da água no ano de 2005

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Agos Set Out Nov Dez

pH Temp N ‐ amol CBO5 CQO C. F. C. T. 7,4 9 3,3 4 25 3300 9800 7,3 1 3(<) 8400 7,4 13 1,1 4 1700 700 7,4 15 0,51 3(<) 13 100 5500 7,4 19 0,24 3(<) 13 1500 3900 7,2 19 0,93 3 16 1000 2200 7,1 22 1,5 4 800 900 7,2 18 3,5 3 200 300 7,2 15 3,6 3 200 8500 7,3 15 1,8 4 1300 19500 7 12 1,5 3 27 8700 2100 7,3 7 2,1 3 16 1200

Fosf 1,1 0,55 0,82 1,6 2,4 2,3 2,9 1,7 1,2 0,16

SST O2 diss Nitratos 5,8 30 15 19 11 22 6,4 23 4,8 38 2(<) 44 2,6 20 2 20 2(<) 26 2(<) 2(<)

Tabela 5 - Valores mensais dos parâmetros da qualidade da água no ano de 2006

Jan Fev Mar Abr Mai 26

pH Temp N ‐ amo CBO CQO C. F. C. T. 7,3 7 2,2 3(<) 10(<) 7,2 9 3 3(<) 10 70 114 7 14 2,6 3(<) 12 4100 4500 7,1 15 0,73 3(<) 12 2470 2470 7,2 20 3,8 3(<) 11 2900 6100

Fosf. 0,69 0,15

SST O2 diss Nitratos 16 20 20 19 23


CARACTERIZAÇÃO DO RIO ANTUÃ

Jun Jul Agos Set Out Nov Dez

7 7,2 7,4 7,1 7,2 7,2 7,2

20 22 20 17 17 13

3,4 0,31 2,6 0,85 0,61 0,74 1,4

3(<) 3(<) 3(<) 3(<) 3(<) 3(<) 4

26 24 14 23 37 21 21

228 1750 1250 1250 75 345 270 460 140 405 355 430 310 455

1,5 0,66 0,49

19 de Junho de 2010

30 26 28 29 25

Tabela 6 - Valores mensais dos parâmetros da qualidade da água no ano de 2007

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Agos Set Out Nov Dez

pH Temp N ‐ amo CBO CQO 7,3 11 1,6 3(<) 16 7,2 12 0,64 3(<) 14 7,3 11 1,1 3(<) 22 7,2 14 1,5 4,7 16 7,2 16 1,4 3(<) 36 7,2 18 1,7 3(<) 13 7,1 19 0,48 3,1 34 7,1 17 0,25 3(<) 10(<) 7,1 19 1,5 3(<) 21 7,1 15 3,9 3(<) 14 7,2 10 6,8 3(<) 20 7,2 11 2,5 3(<) 19

C. F. 161 435 225 3750 990 1350 3200 855

C. T. 190 490 260 3750 990 1980 6400 3000

Fosf. SST O2 diss Nitratos 11 85 20 0,18 14 82 16 0,24 8,4 78 20 0,47 43 79 13 0,48 13 74 16 0,38 12 82 19 0,34 76 62 10 0,77 5,4 80 25 2,2 3,8 73 53 1,6 3(<) 76 33 1,6 3(<) 74 29 0,82 6,4 76 18

Tabela 7 - Valores mensais dos parâmetros da qualidade da água no ano de 2008

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Agos Set Out Nov Dez

pH Temp N ‐ amo CBO CQO 7,2 11 2,1 3(<) 48 7,1 13 2,9 3(<) 20 7,1 12 1,8 3(<) 24 7,2 15 2,5 3(<) 12 7,1 14 0,69 4,1 39 7,1 18 1,1 3(<) 16 7,1 21 0,61 3(<) 10 (<) 7,2 20 0,38 3(<) 10 (<) 7,1 15 0,2(<) 3(<) 12 7 16 1 3(<) 34 7,3 0,68 3(<) 21 7,3 11 1,1 3(<)

C. F. 850 980 440 0 0 1220 120 120 196 1605 1020

C. T. 1360 2130 1300 20 10 1460 1080 230 402 2010 2120

Fosf. SST O2 diss Nitratos 25 74 14 0,33 6,6 74 21 1,1 13 67 18 0,18 11 83 16 0,18 94 69 15 0,78 6,6 76 23 1,7 3(<) 88 31 0,78 6,8 90 23 0,98 3(<) 73 31 0,29 47 43 14 0,24 8,6 85 19 27


19 de Junho de CARACTERIZAÇÃO DO RIO ANTUÃ 2010

Tabela 8 - Valores mensais dos parâmetros da qualidade da água no ano de 2009

pH

Jan

6, 8 7

Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago s Set Out Nov Dez

28

7 6, 9 7, 2 7, 1 7, 2 7, 3 7, 2 7, 3 6, 9 7, 2

Tem p

N ‐ amo 0,34

1,3 1,3

CB CQO C. F. O 3(<) 10(< 580 ) 3(<) 12 750 0 3(<) 15 930 3(<) 19 240

12

1,6

11 13

C. T.

Fosf.

SST 40

O2 diss 78

Nitra‐ tos 17

920

0,046(< ) 0,21

1250 0 1080 310

4,6

80

20

0,31 0,38

6,8 4,4

69 71

22 23

15

2,1

6,4

20

340

370

0,77

6

36

23

19

0,68

3(<)

12

30

120

1,1

3,4

67

17

19

0,34

3(<)

15

120

145

1,3

73

32

3(<)

22

2015

2,2

72

38

0,24

3(<)

18

128 5 135

3(< ) 3,2

17

1,6

18

165

1,7

4,2

66

43

18

1,5

3(<)

44

2010

0,46

130

44

12

14

0,26

3(<)

37

112 0 195

435

0,21

47

42

16

13

0,74

3(<)

11

680

1050

0,22

3,2

65

20


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.