Gabinete de Arquivo e Gest찾o Documental | CMB Guia Documental do Arquivo do jardim-de-inf창ncia D. Pedro V
PREFÁCIO
É com grande prazer que lançamos mais um número dos Cadernos do Arquivo. A continuidade e a aceitação que este trabalho do Gabinete de Arquivo e Gestão Documental da CMB tem conhecido, são bem demonstrativos da grande qualidade e do interesse de que o mesmo se reveste. É nosso objectivo tornar acessível um conjunto extremamente relevante de documentação de grande importância para a história do Barreiro. Documentação que, durante anos – séculos, em alguns casos –, se encontrou afastada dos olhares do público, mesmo de especialistas e investigadores. Desta feita, trabalhámos sobre o espólio documental do Asilo para a Infância Desvalida D. Pedro V, actual Jardim-de-infância D. Pedro V. Tratou-se, também, de mais uma parceria entre o Município e uma instituição oriunda da sociedade civil, sob o objectivo da divulgação de uma história comum. Uma história que nos diz respeito a todos. Fazemos votos para que tanto o presente caderno como o trabalho de tratamento arquivístico que lhe subjaz conheçam o sucesso e sejam alvo da procura que merecem, representando um contributo para a construção do Barreiro que todos desejamos. Divulgar e conhecer melhor o Barreiro é obrigação de todos nós. O Presidente da Câmara
Carlos Humberto Carvalho
Prólogo ao Guia Documental « (…) a instituição fundada no Barreiro por D. Henriqueta é a mais antiga ainda em funcionamento em Portugal, com a actual designação de «Jardim-de-infância D. Pedro V». Sentimos a necessidade de partir desta afirmação para, em primeiro lugar, tomar-se consciência do que é o Jardim-de-infância D. Pedro V. Esta frase está contida no texto do presente guia, no enquadramento da análise histórica elaborada pelo Arquivo Documental da Câmara Municipal do Barreiro, que nos faz chegar, tratadas, as existências documentais da vida desta centenária instituição. Para os técnicos do Arquivo Municipal e para a CMB o nosso muito obrigado – a população do Barreiro tem agora uma memória organizada e preservada, onde consta o acervo documental desta casa e das gentes humildes, que aqui se instruíram desde o século XIX até aos nossos dias. E é de facto de todas estas “gentes” que é feita a história do D. Pedro V. Chamar-lhe Asilo, Patronato ou Jardim-de-infância pouco importa, foi evoluindo de acordo com os tempos, na busca das respostas adequadas, a quem dele precisou e precisa. É sim, de facto, uma grande Casa. Nos nossos dias, conta com mais de 80 funcionários e com cerca de 350 crianças que todos os dias úteis, aqui crescem, aprendendo um pouco mais, a gatinhar, a iniciar a marcha, a despertar para as expressões, para as amizades, recebendo o carinho de quem se empenha profundamente para que haja bem-estar, qualidade nos afectos e nas vivências diárias. É uma história repleta de vontades, de superação de obstáculos, de afirmação e de muita perseverança de todos aqueles que ao longo da sua história lhe foram dedicando parte do seu tempo. Quantas vezes a custo se tiveram e têm de resolver problemas que se colocam, recorrendo muitas vezes à criatividade, mas com a responsabilidade de não deixar a Instituição em risco
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e garantir a sua continuidade. Cada passo dado é medido e, aos poucos aqui chegámos, com a vontade de continuar a caminhada, dando respostas aos novos desafios que se avizinham, conjugando esforços para que, sustentadamente, nos adequemos a um presente em mutação constante e preparemos o futuro desta instituição! Importará, no futuro, um estudo mais aprofundado, de conteúdo, de todos os registos aqui referenciados, para conhecer muitos dos que a esta casa se dedicaram, com espírito altruísta e de serviço aos necessitados. Será um passo para o reconhecimento das personalidades que ajudaram e tornaram possível, a muitos barreirenses, aprender e tornarem-se cidadãos. Da iniciativa de Dª. Henriqueta Gomes de Araújo em 1855 ao limiar do século XXI! Graças ao trabalho voluntário de muitos corpos gerentes que foram eleitos ao longo dos tempos a nossa instituição mantém-se activa e é um exemplo de sucesso. Tempos houve, como se pode verificar na leitura do presente guia, em que não foi fácil manter e levar por diante este projecto. É este guia também, por isso, uma verdadeira homenagem aos homens e mulheres que participaram na sua vida associativa, roubando tempo às famílias e ao seu tempo livre, para manter em andamento a Casa que, em pouco tempo, nos arrebata e nos preenche, nos faz sentir úteis e, acima de tudo, nos acolhe no seu seio, que continua a crescer, tornando-nos membros para a vida desta grande família.
A Direcção do Jardim-de-infância D. Pedro V
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Fig. 1 1927 – Alunos do Patronato D. Pedro V, no pátio do edifício da rua José Relvas. Fonte: Arquivo do Jardim-de-infância de D. Pedro V
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Fig. 2 1977 – Alunos do Patronato D. Pedro V, na sala de aula do edifício da rua José Relvas. Fonte: Arquivo do Jardim-de-infância de D. Pedro V
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O ACOLHIMENTO DE CRIANÇAS EM PORTUGAL SÉCULO XIX: a criação do Asilo de D. Pedro V do Barreiro A sociedade portuguesa na transição do século XVIII para o século XIX. O papel da criança. O caminho que levou à fundação do Asilo para a Infância Desvalida D. Pedro V no Barreiro foi longo. Não só em termos de desenvolvimento económico e acalmia política, mas principalmente ao nível de mudança de mentalidades e consciência social dos problemas das crianças e jovens. Esta evolução verificouse, como muitas outras, primeiro no estrangeiro e só mais tarde, em Portugal. Se nos situarmos no Antigo Regime verificaremos a inexistência de um sentimento de infância. Ao longo da Idade Média a criança, mal terminava a segunda infância, ingressava no mundo dos adultos. Estes esforçavam-se para nela se integrarem o mais rapidamente possível, assimilando os modelos de comportamento dos crescidos1. Não significava uma tal atitude desamor ou crueldade, mas antes correspondia a um mecanismo de defesa contra um dos maiores flagelos da época – a altíssima percentagem de mortalidade infantil: nos séculos XVII e XVIII apenas 53 de 100 crianças nascidas, em média, atingiam os dez anos, enquanto que hoje de 100 crianças nascidas 95 ultrapassam o primeiro decénio2. António Gomes Ferreira3 refere que as crianças foram sobretudo vítimas das poucas condições que a sociedade do Antigo Regime oferecia. O limitado desenvolvimento científico e tecnológico e, sobretudo, uma sociedade unanimemente subserviente à hierarquia, à autoridade e às orientações da Igreja, bem como uma população generalizadamente analfabeta e supersticiosa condicionavam fortemente as atitudes que se tinham com todos aqueles que pela
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1 Carlos Prada Oliveira, Aspectos da assistência à infância em Bragança no século XIX: expostos e lactados, Bragança: Comissão Executiva das Comemorações, 1997. 2 François Lebrun, A vida conjugal no Antigo Regime, Edições Rolin, Lisboa, s/d, p.132. 3 António Gomes Ferreira, Gerar, Criar, Educar. A criança no Portugal do Antigo Regime.
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sua dependência e fragilidade não se conseguiam impor por si só. Para além de se desconhecerem as necessidades e serem ignoradas as particularidades que caracterizavam o seu desenvolvimento, a vivência das crianças era profundamente influenciada pela impotência médica, o estado sanitário das povoações e das casas, a miséria, a ignorância supersticiosa das pessoas ou a dificuldade em aceitar a desonra que empurravam as crianças para situações dramáticas e frequentemente fatais. Na Europa, desde a Idade Média que a família funcionava como uma espécie de investimento social com os filhos a beneficiarem da criação e educação, enquanto pequenos, e os pais a garantirem uma velhice mais tranquila e solidária ou, pelo menos, mais sustentável, quando as forças os impedissem de prover às suas necessidades. Para isso, importava que o casal trabalhasse não só em ter filhos num número que lhes garantisse que não envelheceriam sozinhos, como também em cuidar em conservá-los e em educá-los de modo a que não se sentissem abandonados por não ter descendência ou por não a ter devidamente respeitadora e zelosa do bem dos pais. A dificuldade estaria, no entanto, em saber quantos filhos se devia ter, dado que a mortalidade era elevada e atingia as famílias de forma desigual e, sobretudo, em como atender à satisfação sexual sem caírem numa super fecundação. Contudo, a obtenção de um número elevado de descendência implicava a consciência de que provavelmente metade dos nascidos não chegaria à vida adulta, como vimos, num quotidiano marcado pela elevada mortalidade infantil. Numa sociedade predominantemente rural, a dependência dos elementos da Natureza para o sucesso de gerações era crucial. Em épocas de grandes fomes ou em caso de necessidade extrema, os recém nascidos, eram demasiado frágeis, demasiado pouco desejados para que algum apego que lhes seja dedicado resistisse às graves consequências da pobreza. A partir do século XV, o infanticídio, sobretudo por abafamento, já não é um
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fenómeno excepcional e os abandonos tornaram-se suficientemente numerosos para levar à criação de hospícios4. Foi assim, sendo criado um sentimento de resignação, que permitiu a indiferença pelo desaparecimento precoce e abandono de crianças. As primeiras preocupações sociais: o caso português. Numa sociedade profundamente católica, a caridade – o amor a Deus no próximo – foi enaltecido como uma das mas preciosas virtudes cristãs. Para Maria Antónia Lopes5, «o pobre era a imagem de cristo e a esmola o gesto do cristão que com ela redimia os seus pecados. O pobre, era a salvação do rico, tornava-se, pois, escatologicamente necessário. Sendo assim, e porque a caridade era praticada sobretudo pelas vantagens espirituais que dela se colhiam, era indiferente, no fundo, conhecer as causas da pobreza do miserável que estendia a mão». É neste contexto económico e social que a pobreza é encarada, num quotidiano que como já vimos era caracterizado pelo abandono infantil, que se julgava solucionado através da Roda dos Expostos, pelo completo desamparo da esmagadora maioria das crianças e jovens forçadas ainda crianças, ao invés de brincar, a sustentarem-se a elas próprias e quantas vezes, a própria família. Foi em 1780 com a fundação da Casa Pia de Lisboa, por iniciativa governamental em resposta à repressão da mendicidade efectuada pela Intendência-Geral da Polícia, que se assiste pela primeira vez ao associar do alojamento e amparo de jovens desvalidos com a sua educação literária e profissional, destinada para ambos os sexos. Para as raparigas já existiam algumas instituições, algumas muito antigas, como os colégios, seminários e recolhimentos, que aliando uma forte educação religiosa e moral, preparavam basicamente as raparigas para o casamento.
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Charles de La Ronciére, «A vida privada dos notáveis toscanos no limiar do Renascimento», in História da Vida Privada, Dir. de Georges Duby e Philippe Ariès, Circulo de Leitores, Lisboa, 1990, Vol. II. 5 Maria Antónia Lopes, «Os pobres e a assistência pública» in História de Portugal, Vol. V, Circulo de Leitores, Lisboa, 1993, pág. 502.
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Com Portugal a mergulhar numa grave crise económica e social na primeira metade do século XIX, com acontecimentos tão marcantes como as invasões francesas, a fuga da família real para o Brasil e posterior independência da colónia, a guerra civil entre liberais e absolutistas, o país estava repleto de crianças órfãs e abandonadas que mendigavam em grupos pela vilas e cidades do país. Pouco a pouco e fruto dos ideais liberais de inspiração francesa, a «questão social» começou a ganhar a atenção das classes mais ilustradas e do próprio Estado. A assistência pública passou a ser considerada pelos governos liberais como uma das preocupações da administração do Estado, fruto do desenvolvimento das teorias higienistas no século XIX. Da mesma forma, também a protecção à infância se acentuou neste período e, à semelhança do que se passava no resto da Europa, surgiram em Portugal os primeiros asilos de crianças e creches, entre outras instituições. Não é surpresa assim que na fase final da guerra civil, o governo liberal dê o primeiro passo na salvaguarda deste jovens com o objectivo de lhes proporcionar um futuro que não passasse pela marginalidade, com a criação em 8 de Maio de 1834 da Associação das Casas de Asilo de Infância Desvalida em Lisboa, com o apoio de D. Pedro IV. Fizeram parte da Associação de Casas de Asilo os seguintes estabelecimentos: Asilo de S. Tomé, da Junqueira, dos Calafates, de Santa'Anna, da Lapa, de Santa Quitéria, da Ajuda, de Arroios, de S. Vicente, da Esperança, de Santa Engrácia e dos Olivais. Com religiosas ou abastadas senhoras da sociedade lisboeta à sua frente, estes asilos rapidamente inspiraram outros no resto do país. Dois anos depois de Lisboa, era fundado no Porto o segundo asilo para infância desvalida com estatutos aprovados em 4 de Abril de 1836 e no ano seguinte, na mesma cidade, um segundo asilo denominado de D. Fernando. Também Coimbra fundaria o seu asilo de infância em 1837 nas instalações do extinto
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Colégio de Santo António da Pedreira. A criação de asilos de infância desvalida foi uma das mais importantes novidades dos governos liberais em matéria de assistência pois, não se limitando ao amparo de órfãos ou crianças abandonadas, procurou socorrer crianças pobres com família. O asilo proporcionava às crianças carenciadas de ambos os sexos, geralmente entre os 3 e os 7 a 10 anos (os limites etários variavam nas diferentes casas e eram distintos consoante o sexo), agasalho, educação moral e cívica e instrução elementar. As crianças permaneciam na instituição durante o dia, recebendo normalmente as quatro refeições diárias (pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar) permitindo assim, aos pais ou familiares, que tomavam a seu cargo as crianças, a disponibilidade de tempo para trabalharem. O desenvolvimento dos asilos não pode ser dissociado do apoio e patrocínio régio, em especial das rainhas de Portugal. A figura de D. Maria II foi fundamental na mudança de mentalidade e atitude perante a pobreza da elite portuguesa. A esmola à porta da Igreja atribuída com o único propósito de “salvação pessoal” passou a ser criticada e rejeitada socialmente por fomentar a ociosidade. A vocação caritativa de D. Maria II, teve nesse sentido, um papel relevante ao contribuir para o desencadear das tendências filantrópicas das classes mais favorecidas. Seria já na década de 1850 e depois da morte de D. Maria II, que a Duquesa de Bragança - D. Amélia Augusta Eugénia Napoleão e Beauharnais, segunda mulher de D. Pedro I, Imperador do Brasil - se tornou então uma das maiores protectoras dos asilos e várias casas de caridade em Portugal. Foi à volta da Duquesa de Bragança que a alta sociedade feminina da corte se reuniu, tendo partido da iniciativa e incentivo da primeira a fundação de várias instituições. À frente dos diversos asilos de infância desvalida estavam na sua maioria abastadas senhoras da sociedade portuguesa, que desta forma encontravam
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consolo espiritual na assistência e caridade, à semelhança do que se passava noutros países da Europa. A estas esposas e mães se deveram diversos asilos nalguns casos, e noutros o seu desenvolvimento e crescimento: D. Henriqueta Leonor Gomes de Araújo, no Barreiro, D. Maria Leocádia Fernandes de Barros Gomes, no asilo dos Calafates, D. Eugénia Maria Pires, no asilo de S. Tomé, D. Amélia Elísio Ribeiro, no asilo de Santa Quitéria, em Lisboa, entre muitas outras, foram com a sua presença assídua e com o periódico apoio da família real, os verdadeiros “motores” no incremento na fundação de novos asilos para a infância desvalida. O despertar para o progresso no concelho do Barreiro: uma nova pobreza. O concelho do Barreiro, criado em 1521, tinha apenas uma freguesia, com 6
A investigadora Ana Leal, já publicou alguns documentos que compravam a sua existência, assim como, documentos depositados no Arquivo Municipal do Barreiro, do século XVIII, fazem menção à «Praça do Pelourinho». O pelourinho do Barreiro encontrava-se num recanto entre o edifício da Misericórdia e a capela adjacente. Em sessão de 6 de Abril de 1877, a Câmara deliberava por unanimidade que «para embelezamento da praça e ao mesmo tempo, tirar daquela localidade um pejamento, que fosse tirado o pelourinho público que existe na praça desta vila» - Fonte: Actas da Câmara Municipal do Barreiro.
sede na Igreja Matriz de Santa Cruz. Era ao redor da praça que lhe está defronte, que se encontrava o coração da vila. Aí estavam a Misericórdia, a Câmara Municipal e o pelourinho6. Com uma população de cerca de 2500 pessoas na primeira metade do século XIX, a principal actividade económica do concelho era a pesca, a par da produção de bens agrícolas, como o azeite, uva e fruta. A moagem de cereais em moinhos de maré e de vento era a única actividade proto-industrial exercida no concelho. À data da fundação do Asilo D. Pedro V no Barreiro a área geográfica do concelho do Barreiro era particularmente diferente, designadamente pela sua grande extensão. De facto, pelo decreto de 24 de Dezembro de 1851, tinham sido agregados ao concelho do Barreiro, os concelhos de Alhos Vedros e Moita, sendo então criado o denominado «Concelhos Reunidos de Barreiro, Alhos Vedros e Moita». Estes dois últimos concelhos foram anexados definitivamente a 24 de
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Outubro de 1855. Dos três concelhos reunidos apenas um não voltaria a ser reconstituído: o concelho de Alhos Vedros, que viu as suas freguesias ser repartidas pelos concelhos do Barreiro e da Moita (que foi restaurado em 1862). Esta reorganização administrativa não pode ser dissociada do projecto da construção do caminho-de-ferro do Sul partindo do Barreiro (e não da AldeiaGalega, com fora previsto) decretado a 26 de Agosto de 1854. No início da década de 50 do século XIX, as preocupações da edilidade centravam-se na conservação do «Poço dos 16» (principal local de abastecimento de água potável para a população da vila); na Ponte do Mexilhoeiro (local de acostagem dos vapores da Companhia de Vapores Lisbonense, que fazia a ligação de passageiros com a capital) e na distribuição dos guardas das vinhas do concelho (Rossio, Silveiros, Seixalinho, Recosta, Verderena e Banheira) que ocupavam a maioria da área do concelho, praticamente até às traseiras dos quintais das casas da «rua de Palhais». O Barreiro não tinha ruas calcetadas, sendo frequentes as inundações do Tejo que depositavam areia nas ruas7. Em 1852 era autorizada a construção do primeiro moinho de vento na praia de Alburrica a José Francisco da Costa, seguido de um segundo uma semana depois, a pedido de José Pedro da Costa8. Um acontecimento, contudo, fez com que o Barreiro se transformasse tão rapidamente, ao ponto de se afirmar que se um seu residente se ausentasse por algum tempo, não reconheceria a sua terra natal9. Seria a aprovação da construção da linha do Caminho-de-ferro do Sul que partiria do Barreiro em direcção a Vendas Novas, por decreto de 26 de Agosto de 1854. Com o início das expropriações e obras (a 11 de Setembro de 1855, quatro dias antes da fundação do Asilo), o caminho de ferro torna-se o motor da outrora vila piscatória, trazendo novas gentes para trabalharem na construção das diversas infra-estruturas ferroviárias, assim como, novas indústrias satélite ao
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A 17 de Abril de 1850, foi apresentado um requerimento da Irmandade de Escravos de Nossa Senhora do Rosário, na qual em vista «da conveniência pública e desafogo da rua denominada «Detrás dos Quintais» a mandar-se desenterrar os montes formados pelas cheias de muitos Invernos que impedem o livre trânsito daquela parte da rua que vai da esquina do muro do Andrade até à esquina da casa de João dos Santos Costa Júnior», in: Livro de Actas da Câmara Municipal do Barreiro – Arquivo Municipal do Barreiro. 8 Livro de Actas da Câmara Municipal do Barreiro. Sessão de 10 de Junho e 16 de Junho de 1852 – Arquivo Municipal do Barreiro. 9 José Augusto Pimenta, Memória Histórica e Descritiva da Vila do Barreiro, Lisboa, 1886.
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caminho-de-ferro, como a metalúrgica, a criozitagem, a construção naval, mas principalmente, a corticeira que até à instalação das fábricas da CUF, em 1907, seria a principal empregadora do concelho. O papel do caminho-de-ferro como catalisador de desenvolvimento era um dos pilares da política de crescimento económico do Ministro das Obras Públicas do Reino, Fontes Pereira de Melo, ao qual o jovem rei D. Pedro V não era indiferente. De facto, o rei e sua esposa estiveram presentes no Barreiro a 2 de Fevereiro de 1859, tendo percorrido o percurso ferroviário até Vendas Novas. Iniciava-se um ciclo industrial que chegou ao século XX. Contudo, o caminho-de-ferro não transportava unicamente matérias-primas para as primeiras fábricas de cortiça e cordoarias do Barreiro: famílias inteiras são atraídas pela possibilidade de emprego numa qualquer fábrica, em especial, na corticeira já que «casa sim, casa não, existia uma pequena oficina ou fábrica10». Algumas localidades do interior do país tornaram-se pontos de Emigração para o Barreiro, como por exemplo, S. Miguel de Acha, no concelho de Idanha-aNova, distrito de Castelo Branco, o Fundão e várias localidades do Sul de Portugal, como Odemira, Beja, Serpa e Silves. Não só portugueses procuravam a possibilidade de um emprego, espanhóis (principalmente galegos), franceses e alemães vieram para o Barreiro, estes últimos, já como mão-de-obra qualificada para algumas fábricas e ofícios. Contudo, para muitos, o sonho de um emprego e de um futuro estável transformou-se num terrível pesadelo. Em muitas das fábricas trabalhava-se à 10
Ana Nunes de Almeida, A Fábrica e a Família, Ed. Câmara Municipal do Barreiro, 2ª Edição, 1998. 11 Livros de actas da Câmara Municipal do Barreiro. CMB – Arquivo Municipal.
«jorna» - ou seja, ao dia – e às portas das fábricas e dos estaleiros estão sempre dezenas ou centenas de homens à procura de trabalho. A precariedade do trabalho acaba por ter as suas consequências: logo a partir de 1860 surgem as primeiras barracas que a edilidade de então luta para erradicar11. Mas, as chegadas são numerosas e a fiscalização praticamente inexistente. Para combater
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esta situação começaram a ser construídos os primeiros núcleos habitacionais operários, na então, periferia da vila, actual Alto do Seixalinho (bairro Miranda e Brás), Palmeiras e “Bairro Xangai”, como era conhecida a Baixa da Banheira. É pela vila do Barreiro e pelos seus arredores que começam a deambular cada vez mais adultos indigentes, mas principalmente crianças, normalmente as muito novas para trabalhar nas fábricas. A falta de saneamento básico, de distribuição de água canalizada e uma vila que não estava preparada para receber tantos habitantes, criaram eventualmente situações de extrema pobreza e precariedade da vida humana. A esta situação não passou indiferente uma residente ocasional do concelho: D. Henriqueta Leonor Gomes d'Araújo. Com propriedades rurais no concelho, designadamente no antigo Convento da Verderena e na Quinta Grande, D. Henriqueta d'Araújo apesar de ter residência fixa em Lisboa, na Rua da Glória, passava longas estadias com filhos e netos no Barreiro. Como observámos, problemas tão prementes na época como a assistência na doença, na pobreza e na invalidez, tendiam a ser deixadas à sociedade civil, incluindo-se os municípios, comunidade local, instituições de beneficência, associações de socorros mútuos, beneméritos e filantropos ricos. Foi sob o beneplácito do Estado e da Igreja, que as mulheres da nova elite dirigente passam a ter um papel de maior relevo na gestão de actividades filantrópicas. Um curioso exemplo é a «Associação Consoladora dos Aflitos», uma associação de caridade, constituída em 1847 e dirigida exclusivamente por mulheres, pertencentes à melhor sociedade portuguesa. Em 1851, contavam-se 14 baronesas, 14 viscondessas, 22 condessas, 7 marquesas e 5 duquesas, no número das suas mais de 300 sócias. Esta associação contava com um impressionante orçamento de 2,5 contos de réis, tendo no ano em causa, distribuído mais de 60 % das suas receitas sob a forma de esmolas a famílias pobres, além dos socorros em roupas, médicos
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Fig. 3 O antigo convento da Verderena nos finais do século XIX, então residência da família Araújo. Fonte: colecção particular
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e remédios, em 768 visitas domiciliárias. Quinze facultativos, entre médicos e cirurgiões, prestavam os seus “serviços gratuitos” à Associação, que contava ainda com a colaboração de 12 farmacêuticos que forneciam alguns medicamentos aos enfermos socorridos. Na década de 1850 verificou-se a fundação de, pelo menos, quatro asilos com a designação de «D. Pedro V»: o jovem rei que subiria ao trono no dia 16 de Setembro de 1855. O primeiro, designado por «Asilo D. Pedro V» foi fundado a 29 de Junho de 1854 em Luanda (Angola) e destinava-se unicamente a raparigas, tendo à sua frente o advogado Dr. Francisco Joaquim Farto da Costa. Este estabelecimento abriu com dezoito educandas, sendo dez brancas e oito negras regidas pela mestra-directora Cândida Madalena Martins. No ano seguinte, era fundado o «Asilo para a Infância Desvalida D. Pedro V» no Barreiro, na véspera da subida ao trono do jovem monarca. Em 1857 era inaugurado no Campo Grande, em Lisboa, o edifício do «Asilo D. Pedro V»12 e que funcionou até meados do século XX, tendo estado à sua frente durante alguns anos (depois de ter passado pela Sociedade das casas de Asilo de Lisboa) o irmão de D. Henriqueta d'Araújo, António Maria Gomes. Por último, na ilha Terceira, no concelho da Praia da Vitória era fundado por alvará de 1861 o «Asilo de Mendicidade D. Pedro V», localizado em parte do antigo Convento da Luz, designando-se actualmente por «Lar D. Pedro V». Das anteriores, no entanto, a instituição fundado no Barreiro por D. Henriqueta é a mais antiga ainda em funcionamento em Portugal, com a actual designação de «Jardim-de-infância D. Pedro V». As ligações de D. Henriqueta d'Araújo com algumas das famílias mais abastadas do país e a sua forte relação com a família real, levariam eventualmente à sua participação no projecto de criação de um asilo para a
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Este edifício foi demolido em 1999.
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Fig. 4 O rei D. Pedro V.
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infância desvalida, à semelhança do que se estava a passar no período em Portugal. Um pormenor particularmente importante é que, além das influências que D. Henriqueta d'Araújo recebeu por parte da família real (que advinham do facto do seu pai ter sido médico de D. João VI, o ilustre Dr. Bernardino António Gomes), a fundadora do Asilo D. Pedro V no Barreiro, envolveu na sua obra a sua família mais próxima e inspirou muitos deles em projectos semelhantes, destacando-se: António Maria Gomes e Custódio Manuel Gomes, irmãos de D. Henriqueta, que além de terem ocupado cargos no Asilo do Barreiro, foram secretários das Casas dos Asilos de Lisboa durante alguns anos; D. Maria Leocádia Fernandes de Barros Gomes, directora do Asilo dos Calafates, era cunhada de D. Henriqueta, por casamento com o Dr. Bernardino António Gomes, filho; descendente dos anteriores e sobrinho de D. Henriqueta, Bernardino António Barros Gomes (1839-1910) conhecido engenheiro florestal, visitava o Asilo do Barreiro frequentemente, tendo sido autor de uma obra para uso escolar, intitulada “Cartas elementares de Portugal para uso das escolas”; o irmão do anterior, e também sobrinho de D. Henriqueta, Henrique Barros Gomes13, foi tesoureiro do Asilo D. Pedro V do Barreiro, assim como secretário do Asilo do Campo Grande; D. Clotilde Veiga de Araújo, viscondessa dos Olivais e sobrinha da citada, fundava em 1896 nos Olivais também um asilo para crianças14. A dedicação e desvelo que D. Henriqueta Leonor Gomes d'Araújo dedicou ao Asilo D. Pedro V, ficou registada no “Livro de Registo das Senhoras Directoras Inspectoras” onde pelo seu próprio punho descrevia os progressos das crianças na leitura, aritmética, cálculo e educação religiosa, assim como as refeições das crianças asiladas, que consistia normalmente em feijão com massa ou arroz com grão. O último registo manuscrito pela fundadora nos arquivos
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Henrique Barros Gomes (1843 – 1898), foi director e governador do Banco de Portugal, par do Reino e Ministro da Fazenda. Foi também ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal durante período do “ultimatum” inglês. 14 D. Clotilde Veiga de Araújo, nascida em 1840 e falecida em 1916, 2ª viscondessa dos Olivais, era filha de António Teófilo de Araújo, irmão de Joaquim José de Araújo (esposo de D. Henriqueta de Araújo).
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desta instituição data de 18 de Abril de 1882, quatro dias antes da sua morte na Quinta da Verderena, no Barreiro. As primeiras instalações do Asilo D. Pedro V localizavam-se nas Hospedarias da Irmandade de N.ª S.ª do Rosário, na chamada «sala grande». Aí as primeiras sete alunas foram apresentadas no dia 15 de Setembro de 1855 à população barreirense. Dois anos depois da sua fundação, o Asilo D. Pedro V mudava pela primeira vez de instalações, passando das Hospedarias da Irmandade de N.ª S.ª do Rosário, para outras na mesma rua. Este novo edifício era propriedade de Domingos Quintino de Andrade, abastado proprietário do Barreiro, tendo sido o secretário da comissão fundadora do Asilo em 1855. A cedência da casa para o Asilo veio ao encontro dos anseios da direcção de ter casa própria para acolher as crianças. Já no século XX no mesmo local instalou-se a Corporação de Bombeiros Voluntários «Corpo de Salvação Pública». A mudança para o edifício mais emblemático do Asilo D. Pedro V terá ocorrido em 1873. Situado na periferia do núcleo urbano da parte “velha” da vila do Barreiro, à época, na Rua direita de S. Francisco (mais tarde, Rua José Relvas) a instituição acompanhou o desenvolvimento do Barreiro para Sul em direcção à linha de caminho de ferro. Foi neste local que D. Henriqueta Gomes de Araújo efectuou visitas aos alunos e asilados até às vésperas da sua morte, no dia 23 de Abril de 1882. Depois do falecimento da fundadora a direcção do biénio de 1882 a 1884 decidia colocar por cima da porta do edifício da rua Direita de S. Francisco (actual José Relvas) uma lápide evocativa de D. Henriqueta Araújo, que ainda hoje se encontra no local.
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Breve caracterização dos alunos do Asilo D. Pedro V na segunda metade do século XIX, a partir dos seus arquivos. A área de residência 1855/60
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82 41
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Praia
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Arredores
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Movimento nº Alunos Centro Moradas
1880/90 1890/1900
Fonte: Livro de Registo das Directoras e Inspectoras do Asilo D. Pedro V. Arquivo do Jardim-deinfância D. Pedro V
O movimento de alunos no Asilo D. Pedro V, nas décadas aqui registadas, nunca foi inferior a 57 (tendo em conta que este número diz respeito aos primeiros 5 anos de funcionamento). Entre 1860 e 1880, encontrou-se uma estabilidade no número de crianças, registando na década de 1880/1890 um substancial aumento no seu número. A última década regista já um declínio que se acentuou ainda mais nas primeiras décadas do século XX. No que diz respeito à área de residência das crianças, a esmagadora maioria provinha da zona envolvente ao próprio asilo. Os residentes da zona da praia vinham de Alburrica e Rosário. As profissões dos pais Movimento nº Alunos Corticeiro Origens Ferroviário Profissionais Marítimo dos Pais (1) Outros
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1855/60
1860/70
1870/80
1880/90 1890/1900
57 0
89 0
82 0
118 0
73 0
1
3
7
3
4
19
31
22
31
12
17
16
25
50
18
Fonte: Livro de Registo das Directores e Inspectoras do Asilo D. Pedro V. Arquivo do Jardim-de-infância D. Pedro V (1) Consideram-se carregadores, moleiros, trabalhadores, entre outras.
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As origens profissionais dos pais dos alunos eram, na sua maior parte, marítimos ou pescadores, uma classe profissional com grandes tradições no Barreiro, mas já em declínio na segunda metade do século XIX. A representação no Asilo de duas outras classes profissionais com grande importância no Barreiro, de então - os ferroviários e corticeiros – é rara nuns e inexistente noutros. Uma explicação para a ausência de filhos de corticeiros no Asilo deve-se à possibilidade de as crianças poderem trabalhar nas fábricas de cortiça desde muito jovens, sendo assim para os seus pais, mais uma fonte de rendimento familiar. As razões de saída 1855/60
1860/70
1870/80
57 6
89 3
82 0
118 0
73 s/d
Recusa em cortar cabelo
0
0
2
20
s/d
Apoio aos pais
1
16
16
23
s/d
Por ter completado a idade (12 anos)
10
55
34
17
s/d
8
11
15
22
s/d
Movimento nº Alunos Casamento
Motivo de saída
Fonte: Livro de Registo das Directores e Inspectoras do Asilo D. Pedro V. Arquivo do Jardim-deinfância D. Pedro V (2) Consideram-se a doença, falecimento, entre outras.
Outros
(2)
1880/90 1890/1900
Por fim, o registo dos motivos de saída dos alunos (na sua maioria raparigas) que, apesar de incompletos, revelam algumas curiosidades. A principal razão apontada para a saída dos alunos era ter-se atingido o limite de idade (que eram os 12 anos), seguido do apoio à família, especialmente para
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tarefas domésticas. O casamento no princípio d adolescência ainda foi razão para algumas saídas. Mas, o registo mais peculiar, refere a recusa em cortar o cabelo. Referia-se apenas a raparigas que, tendo piolhos, recusavam o estigma da cabeça rapada. No registo das visitas das directoras da instituição são feitas referências importantes à rotina diária dos alunos, como por exemplo, os exercícios ou aplicações das alunas e alunos, como por exemplo: Coser ou exercícios de costura para casa ou para a Igreja; escrever ditados; ler manuscritos, contos e doutrina cristã; exercícios de aritmética; cantar o hino da manhã e ir à Igreja. As disciplinas eram variadas, sendo algumas: exercícios de leitura pelo método Castilho; cálculos mentais; exercícios de problemas e aritmética; sistema métrico; doutrina cristã; História Sagrada. As refeições também eram registadas, sendo normalmente constituídas por: feijão e batata; arroz simples; arroz com carne; arroz e feijão; grão e arroz; massa e grão; feijão com repolho; batata e grão; grão com abóbora; feijão com abóbora; feijão com castanhas peladas e carneiro com arroz. Depois do final das visitas as directoras deixavam a sua opinião escrita sobre o que viram, como: «alunos em boa ordem e disciplina»; «o jantar estava muito bem feito»; «muito asseio em tudo»; «alunos têm feito muito progresso», entre outras. O início do século XX é marcado na instituição por uma profunda crise, com o Asilo a contar apenas com 8 alunos em regime de semi-internato e 21 alunos na escola. Tentando evitar o fim do Asilo, o Governo Civil de Lisboa decidiu nomear uma Comissão Administrativa que elegeria uma nova Direcção, tendo à sua frente o Dr. João de Barros Rodrigues, médico municipal do Barreiro. Seriam então, aprovados novos estatutos em Assembleia-Geral de 10 de
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Novembro de 1916, tendo sido aprovados superiormente a 26 de Janeiro de 1917. Também o Presidente da República Sidónio Pais, em visita ao Barreiro em Julho de 1918, conheceu o Asilo, tendo-se interessado profundamente pela sua recuperação. Contudo, o assassinato do Chefe de Estado na Estação do Rossio., no final desse ano, pôs fim ao sonho, quase concretizado, de um novo edifício. A crise financeira do pós-primeira guerra reflectiu-se igualmente no Asilo. Devido à escassez de metal, o Asilo foi autorizado a emitir cédulas para trocos, sendo elas hoje verdadeiras raridades. É neste período que a comunidade barreirense desempenhou um papel fundamental na sua continuidade. Com o início da década de 20 do século XX, assiste-se no Barreiro a um movimento social de protecção aos mais desamparados. São fundadas diversas associações de apoio e protecção a classes profissionais (como o Instituto dos Ferroviários do Sul e Sueste), Clubes desportivos e colectividades, numa rede de entreajuda entre as diversas camadas da população barreirense. Também o Asilo D. Pedro V foi um dos principais beneficiados, com a organização de diversas comissões de cidadãos para recolha de fundos para a instituição. Torna-se um estabelecimento de ensino particular de referência ao admitir diversos alunos externos, que tiveram como mestras a professora Emília Grant, ou mais tarde, a D. Aida. Com a celebração do primeiro centenário do Asilo D. Pedro V verificaram-se novas mudanças que influenciaram bastante a instituição. Em 1956, era efectuada a compra de terrenos para a construção de uma nova sede, enquanto que em Assembleia-Geral de 28 de Dezembro de 1957 eram aprovados os novos estatutos, que vieram substituir os de 1917, alargando bastante o seu âmbito.
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Fig. 5 CÊdula emitida pelo Asilo D. Pedro V, no valor de 1 centavo. Fonte: Jardim-de-infância D. Pedro V
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Contudo, uma das principais mudanças verificou-se no nome, passando a designar-se «Patronato D. Pedro V». O velho edifício da Rua José Relvas acolheu a instituição durante mais de 100 anos. Seria apenas com a inauguração da primeira valência em 1980 - «O Comboio» e em 1983 - «A Colmeia», que o “velho barracão” é abandonado devido aos riscos para a segurança que apresentava. Esta década é marcada igualmente por novos estatutos (1982) e a sua nova designação: «Jardim-de-Infância D. Pedro V».
Fig. 6 Alunos do Jardim-de-infância D. Pedro V nas antigas instalações do infantário, na Rua José Relvas.
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Fig. 7 Primeira página do testamento de D. Henriqueta Gomes de Araújo. Fonte: Arquivo Municipal do Barreiro. Fundo do Administrador do Concelho.
«Em nome de Deus em quem creio Amem. Achando-me de perfeita saúde e a meu ver em perfeito juízo vou por meu próprio punho escrever a minha última vontade. ... Quero prover que a minha terça seja distribuída da maneira seguinte: depois de tiradas as despesas do meu enterro que será o mais modesto, não havendo convites, uma sege de uma só parelha, acompanhada por quatro pobres... Se morrer na Verderena serei levada pelos meus criados e como não são bastantes os outros à escolha do meu filho... sendo enterrada no Cemitério do Barreiro terá uma cruz que diga – aqui jaz a fundadora do Asilo D. Pedro V do Barreiro – é lembrança do meu irmão Custódio, e porque foi o que me deu mais prazer. ... Deixo ao Asilo D. Pedro no Barreiro uma subscrição de cem mil réis mensais, representa a minha subscrição anual. Se porém deixar de existir o Asilo reverterá para o Hospital de São José... A meu filho, a meus irmãos e a todos os que me forem caros recomendo... o meu Asilo.» ... Lisboa, vinte e nove de Junho de mil oitocentos e setenta e nove, D. Henriqueta Leonor Gomes de Araújo.
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Fig. 8 D. Henriqueta Gomes de Araújo Fundadora do Asylo para a Infância Desvalida de D. Pedro V
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Fig. 9 Alunos no pátio do edifício da Rua José Relvas. Ano de [191-].
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Para preservar e divulgar a memória do Barreiro: O arquivo do jardim-de-infância D. Pedro V Documentos, informações, registos, memórias. Ao longo de muitos anos, várias entidades, públicas ou privadas, têm desenvolvido as suas actividades em prol de um determinado fim, procurando contribuir para o desenvolvimento do meio onde se inserem. Essas entidades, quer tenham cariz económico, político ou social, prosseguem a sua missão, deixando, no desenrolar das suas acções e com o passar do tempo, vários documentos, registos, notas informativas ou imagens sobre o que foi o seu papel no contexto local do qual fazem parte. O conjunto desses documentos é o arquivo dessa instituição, reflexo das suas actividades e funções, espelho da sua missão. Os arquivos, surgindo como registo de memória dessas instituições, são, consequentemente parte integrante e essencial da história do seu concelho. O que se entende como memória colectiva do concelho é o conjunto de várias “histórias” que não são só as deixadas pelas instituições públicas ou estatais. Dela fazem parte também instituições “nascidas” de iniciativas particulares mas essenciais para uma percepção geral do concelho no qual se inserem. No entanto, os arquivos destas instituições constituem espólios normalmente voláteis, sujeitos a várias mudanças no contexto interno (instalações precárias, mudanças de direcção e gestão) ou contexto externo (evolução histórica, política e social). De facto, muitas vezes, o descuido dos homens ou a degradação natural de documentos antigos sem que haja preocupações de conservação, leva a uma perda irreparável da documentação e consequentemente de informação e conhecimentos insubstituívels sobre a história local e da nossa memória colectiva.
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Não foi o que aconteceu com a documentação histórica do antigo Asylo, hoje “Jardim-de-infância D. Pedro V”. Esta instituição, fundada a 15 de Setembro de 1855, mantêm ainda muita documentação da data da sua fundação. Ou seja, guarda e conserva, documentação com mais de 150 anos, estando hoje os responsáveis pela instituição conscientes da importância daquele fundo documental para o conhecimento da história local. De entre as instituições do Barreiro, como a Misericórdia, Câmara Municipal e algumas Juntas de Freguesia, é aquela que possui documentação mais antiga e em melhor estado de conservação. Muitos desses documentos, produzidos na altura com o objectivo de registar funções e actividades diárias, são hoje uma fonte essencial de dados históricos não só sobre a instituição mas também sobre o modo de vida, hábitos e costumes daquela época. É o caso do livro “Visitas Oficiais à Instituição” (cota: JIDPV/A/08/Lv. 01), datado de 1873/1921, e onde ficavam registadas as visitas das directoras do Asilo e as mais variadas informações sobre alimentação, modo de vestir, problemas diários na gestão do Asilo ou mesmo sobre a evolução das crianças asiladas nos estudos. Com elevado interesse documental, por manter ainda a encadernação e interior original, este livro é de um valor insubstituível para se conhecer a história desta instituição e do próprio concelho. Não é, no entanto, o único. Outros livros e registos documentais soltos dão-nos também informações valiosas para quem queira estudar as instituições de apoio social no séc. XIX no Barreiro. É o caso do livro “Registo da distribuição de prémios aos asilados” (cota: JIDPV/F/06/Lv. 01), datado de 1855/1872, onde se registava anualmente a distribuição dos prémios aos alunos do Asilo sendo os critérios para atribuição do prémio, segundo o que vem no livro: aplicação, asseio, pontualidade e instrução.
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A importância de termos acesso a arquivos bem documentados, vivos e acessíveis que permitam o estudo, a reflexão e a pesquisa com fundamento foi o ponto de partida para este projecto. Desta forma, procura-se garantir o acesso a fontes primárias para investigação o que nos assegura que possamos aceder a documentos e factos fidedignos, que podem servir de base a pesquisas e investigações sobre o nosso concelho. Breve história do fundo documental Como foi atrás referido, o actual Jardim-de-infância D. Pedro V ainda tem à sua guarda a documentação que data da sua fundação, sendo que os documentos mais antigos datam precisamente de 1855. No entanto, como geralmente acontece, a conservação e acondicionamento dos documentos nem sempre foi feita de forma segura e organizada. A documentação foi sujeita a várias mudanças ao longo dos tempos embora tivesse ficado sempre guardada em espaço próprio do Asilo. Como esta instituição mudou de edifício algumas vezes, o mesmo aconteceu com toda a sua documentação o que levou a que não fossem tomadas as previdências necessárias ao acondicionamento da documentação no transporte o que pode ter levado a algumas perdas irreparáveis. Desde que nos é permitido saber, toda a documentação esteve arquivada numa sala do 1º andar do edifício do Asilo, na Rua José Relvas, num espaço de uma antiga sala de aulas. Só em 1994, quando o próprio edifício estava já em avançado estado de ruínas e era impossível deixar lá o que quer que fosse, a documentação foi levada para o equipamento «Colmeia» sito na Rua Egas Moniz, onde ficou guardada numa cave/despensa ainda sem todas as condições necessárias. Apenas no início de 2005, se reuniram as condições para levar a dita documentação histórica para uma casa de rés-do-chão na Travessa Luís de
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Camões, pertença do Jardim-de-infância. Em Maio de 2008, deu-se início ao tratamento arquivístico deste fundo documental num trabalho conjunto do Jardim-de-infância D. Pedro V e da Câmara Municipal do Barreiro através do Arquivo Municipal. Metodologia para o tratamento documental do fundo Este projecto de preservação e divulgação do arquivo histórico do Jardim-de-infância D. Pedro V, que se insere num projecto mais abrangente do Arquivo da Câmara Municipal do Barreiro, de tratamento e divulgação dos arquivos de interesse concelhio, dividiu-se em várias partes que decorreram em períodos de tempo diferentes. Com o objectivo de fazer o tratamento documental o mais completo possível, foi feita uma primeira triagem à documentação, analisando as suas datas extremas e o estado de conservação da documentação. Como não existia qualquer listagem da documentação constante no arquivo, fez-se uma listagem resumida dos livros e documentos soltos, atribuindo-lhes um número de registo. Foram feitas fichas de descrição, compatíveis com as Normas Internacionais de Descrição Arquivística (ISADG), uma ficha por peça, ou seja por documento solto, livro ou pasta), fichas essas que iam sendo preenchidas à medida que analisávamos os documentos mais pormenorizadamente. Desta forma, conseguimos ter uma visão mais abrangente de todos os documentos, que se traduzia numa listagem feita com os dados recolhidos através das fichas de descrição (data, assunto, estado de conservação, características próprias do suporte físico, etc. Após cada peça (livro, pasta ou documento solto) ter uma ficha individual, estas foram agrupadas por assuntos, procurando organizar-se a documentação com o cuidado de se manter a ordem original, um dos preceitos básicos de arquivística.
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A fase seguinte, e após um conhecimento mais aprofundado dos assuntos, consistiu na elaboração de um Quadro de Classificação, adaptado à realidade que tínhamos em mãos. A existência de um Quadro de Classificação permitiu que se registasse o esquema de organização daquele espólio documental, desde a data mais antiga à mais actual, respeitando os princípios arquivísticos de proveniência e de respeito pela ordem original. Ficámos assim a conhecer toda a documentação referente ao arquivo histórico do Jardim D. Pedro V, mas já devidamente organizada por data e conteúdo e inserida nas classes arquivísticas respectivas. Grande parte da documentação encontrava-se organizada sob a forma de livros e em bom estado de conservação, o que facilitou o trabalho técnico. Existiam também algumas folhas soltas em capilhas ou mesmo fora dos suportes, que tiveram que ser inseridas nos assuntos e datas respectivos, por estarem fora de ordem devido às mudanças de local por que certamente passaram ao longo dos anos. Neste tipo de documentação teve que ser feita uma descrição mais pormenorizada para que não se perdesse a informação nela contida. Para que o Quadro de Classificação se torne mais explícito e de mais fácil acesso e pesquisa, elaborámos uma nota sumária informativa do conteúdo dos documentos. Assim, pensamos que será mais fácil perceber o conteúdo dos documentos inseridos em cada série documental. De referir ainda que a organização das séries documentais do fundo do Jardim-de-infância D. Pedro V baseou-se num Quadro de Classificação preparado exclusivamente para este caso. Pretende-se que esse Quadro espelhe a realidade desta instituição desde há 150 anos, também como Asilo e como Patronato.
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O fundo do Jardim-de-infância D. Pedro V tem como balizas temporais de 1855 até à data actual. No entanto, o fundo foi tratado até final dos anos 80 pois a partir dessa data a documentação era muito recente e com maior valor administrativo, não tendo ainda valor histórico que o justificasse. O fundo está organizado em caixas, livros e maços com folhas soltas, ocupando cerca de 12 metros lineares. Está, a partir desta data, tratado e disponível para consulta. Apresenta as áreas e séries documentais que a seguir se descrevem. Como apontamento final, pareceu-nos importante «descodificar» as cotas atribuídas aos documentos de modo a que sejam mais perceptíveis ao leitor. Como exemplo, temos: JIDPV/B/A/02/lv. 01 1
A – subsecção
JIDPV – fundo
02 – série
B – Secção
lv. 01 - documento
1
JIDPV – Jardim-de-infância D. Pedro V
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QUADRO DE CLASSIFICAÇÃO
04 – Assiduidade 05 – Vencimentos
A – GESTÃO INSTITUCIONAL
06 – Descontos efectuados
01 – Estatutos
07 – Comunicados aos funcionários
02 – Declarações legais
08 – Avaliação profissional
03 – Actas da Direcção/Comissão Administrativa
D – GESTÃO FINANCEIRA
04 – Convocatórias para Assembleia-geral
D/A – Contabilidade
05 – Actas da Assembleia-geral
01 – Orçamento
06 – Actas do Conselho Fiscal
02 – Relatório e contas de gerência
07 – Eleições dos corpos gerentes
03 - Documentos auxiliares para orçamento e
08 – Visitas oficiais à instituição
contas de gerência
09 – Documentos para reuniões e minutas de
04 – Balancetes
actas
05 – Caixa 06 – Diário de receita e despesa
B – GESTÃO ADMINISTRATIVA
07 – Registo da receita
B/A – Expediente
08 – Registo da despesa
01 – Correspondência recebida
09 – Devedores e credores
02 – Correspondência expedida
10 – Autorizações de pagamento
03 – Registo de correspondência recebida
11 – Contas correntes com instituições
04 – Registo de correspondência expedida
bancárias
05 – Correspondência com Direcção Geral de
12 – Pagamento de impostos
Assistência
13 – Documentos de despesa
06 – Dados estatísticos
14 – Correspondência sobre atribuição de
07 – Listagem de entidades/contactos
verbas
08 – Circulares de entidades estatais 09 – Modelos de impressos
D/B – Aquisições e aprovisionamento 01 – Compra de bens
C – GESTÃO DE PESSOAL
02 – Fornecimento de água
01 – Quadro de pessoal 02 – Concursos para professores/outros funcionários 03 – Cursos e estágios
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E – GESTÃO PATRIMONIAL
06 – Contas correntes com os cobradores
E/A – Bens imóveis
07 – Informações aos sócios
01 – Arrendamento
08 – Contencioso com associados
02 – Remissão de fôro 03 – Terreno para edificio
G/B – Actividades e iniciativas
04 – Projecto das novas instalações
01 – Organização de festas de beneficiência
05 – Obras de restauro e ampliação dos
02 – Registo de convites aos sócios para as
edifícios
festas
E/B – Bens móveis
FUNDO JIDPV – JARDIM-DE-INFÂNCIA
01 – Inventário
D. PEDRO V
02 – Mobiliário e equipamento A – Gestão institucional F – GESTÃO ESCOLAR 01 – Alvará de funcionamento 02 – Regulamento da escola
Documentação referente à instituição nas suas funções legais e de organização interna. Inclui os documentos que comprovam a instituição em causa de uma forma legal e oficial.
03 – Organização da escola 04 – Relação dos asilados/alunos
01 - Estatutos
05 – Admissão de asilados/alunos
JIDPV/A/01/mç. 01 – 1915/16
06 – Registo da distribuição de prémios aos
JIDPV/A/01/mç.02 – 1916
asilados
JIDPV/A/01/mç. 03 – 1957
07 – Diário de frequência dos alunos
2
08 – Registo do comportamento dos alunos 09 – Informações sobre professores 10 – Informações aos pais/responsáveis G – GESTÃO DOS ASSOCIADOS G/A – Relação com sócios 01 – Registo de sócios/subscritores
02 - Declarações legais
Documentação relativa ao pedido de declaração do Asilo/Patronato como pessoa colectiva de utilidade pública. JIDPV/A/02/mç. 01 - 1943 JIDPV/A/02/fl. 02 - 1972 03 - Actas da Direcção/Comissão
02 – Donativos/Subsídios
Administrativa
03 – Legados testamentários
Documento que relata o que foi dito, feito ou
04 – Pagamento de cotas pelos alunos
decidido pelo orgão colegial aqui designado como
05 – Descarga de cotas
Comissão Administrativa (nos 1º anos) ou Direcção.
36
2
Lv.= livro; Fl. = folha; Mç. = maço
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JIDPV/A/03/lv. 01 – 1855/1893
08 - Visitas oficiais à instituição
JIDPV/A/03/lv. 02 – 1915/21
Documento onde se faz o registo das visitas dos
JIDPV/A/03/lv. 03 – 1921/16
directores do Asilo ao mesmo. Inclui anotações sobre
JIDPV/A/03/lv. 04 – 1926/30
a rotina diária do Asilo, refeições e doenças,
JIDPV/A/03/lv. 05 – 1930/37 JIDPV/A/03/lv. 06 – 1937/45 JIDPV/A/03/lv. 07 – 1945/51 JIDPV/A/03/lv. 08 – 1952/54 JIDPV/A/03/lv. 09 – 1955/57
informações sobre o decorrer das aulas e sobre as crianças asiladas.
JIDPV/A/08/lv. 01 – 1873/1921 JIDPV/A/08/mç. 02 - 1967 09 – Documentos para reuniões e minutas de
JIDPV/A/03/lv. 10 – 1957/63
actas
JIDPV/A/03/lv. 11 – 1966/69
Documentos preparatórios para reuniões de
JIDPV/A/03/lv. 12 – 1981/82
Direcção e Assembleia-geral, com rascunhos e
JIDPV/A/03/lv. 13 – 1982/86
minutas.
JIDPV/A/03/lv. 14 – 1986/88
JIDPV/A/09/mç. 01 – 1950/57
04 - Convocatórias para Assembleia-geral
B – Gestão Administrativa
JIDPV/A/04/fl. 01 – 1933
Documentação relacionada com a rotina
JIDPV/A/04/fl. 02 - 1956
administrativa da instituição, nomeadamente entrada e saída de correspondência trocada com outras entidades externas.
05 - Actas da Assembleia-geral JIDPV/A/05/lv. 01 – 1916/54 JIDPV/A/05/mç. 02 – 1955 JIDPV/A/05/lv. 03 – 1955/93
B/A – Expediente 01 - Correspondência recebida JIDPV/B/A/01/mç. 01 – 1959 JIDPV/B/A/01/mç. 02 – 1978/80
06 - Actas do Conselho Fiscal JIDPV/A/06/lv. 01 – 1917/56
02 - Correspondência expedida JIDPV/B/A/02/lv. 01 – 1922/29
07 – Eleições para corpos gerentes
JIDPV/B/A/02/lv. 02 – 1929/40
JIDPV/A/07/fl. 01 - 1951
JIDPV/B/A/02/mç. 03 – 1956/58 JIDPV/B/A/02/mç. 04 – 1958 JIDPV/B/A/02/mç. 05 – 1959 JIDPV/B/A/02/mç. 06 – 1979 JIDPV/B/A/02/mç. 07 - 1993
37
03 - Registo de correspondência recebida
08 - Circulares de entidades estatais
JIDPV/B/A/03/lv. 01 - 1958
Documentos provenientes de entidades estatais com
JIDPV/B/A/03/lv. 02 – 1959
indicações para funcionamento e organização de
JIDPV/B/A/03/lv. 03 – 1987/92
escolas e instituições de apoio social.
JIDPV/B/A/08/mç. 01 – 1918/66 04 - Registo de correspondência expedida
JIDPV/B/A/08/mç. 1977/90
JIDPV/B/A/04/lv. 01 – 1959 JIDPV/B/A/04/lv. 02 – 1987/92
09 - Modelos de impressos
JIDPV/B/A/04/lv. 03 – 1992/2000
Documentos administrativos utilizados pelo
05 - Correspondência com Direcção Geral de
preenchidos.
Assistência
JIDPV/B/A/09/mç. 01 – 1950/70
Asilo/Patronato. O que aqui se incluem não estão
Documentação que inclui ofícios trocados com Ministério do Interior/Direcçção Geral de Assistência
10 – Seguros
sobre atribuição de subsídios, vencimentos, despesas
Inclui seguros sobre o património e seguros de
orçamentadas e dados sobre alunos/professores.
pessoal como, por exemplo, acidentes com
JIDPV/B/A/05/mç. 01 – 1945/53
funcionários e alunos.
06 - Dados estatísticos Documentação com elementos estatísticos referentes ao Asilo como receita e despesa, consumo de bens, características dos alunos, referência a projectos e dificuldades do Asilo, entre outros. Inclui questionários sobre gestão das instituições particulares de assistência. Contém informação sobre
JIDPV/B/A/10/mç. 01 – 1976/80 C – Gestão de Pessoal Documentação referente às diferentes categorias de funcionários ligados ao Asilo/Patronato, nomeadamente documentos sobre concursos, vencimentos, descontos, assiduidade.
vencimentos e quadros de pessoal.
JIDPV/B/A/06/mç. 01 – 1941/44 JIDPV/B/A/06/mç. 02 – 1946/55 JIDPV/B/A/06/mç. 03 – 1976/80
01 - Quadro de pessoal Inclui também informações sobre vencimentos.
JIDPV/C/01/fl. 01 – 1939 JIDPV/C/01/fl. 02 – 1962
07 - Listagem de entidades/contactos
JIDPV/C/01/fl. 03 - 1968
Documentos onde se indica quais as entidades com
JIDPV/C/01/mç. 04 – 1976/79
as quais o Asilo estabelecia relações: entidades fornecedoras de bens, entidades que atribuíam regularmente donativos.
JIDPV/B/A/07/mç. 01 – 1953/54
38
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02 - Concursos para professores/outros
D – Gestão Financeira
funcionários
Documentos respeitantes à actividade financeira
JIDPV/C/02/mç. 01 – 1923
necessária ao cumprimento das funções da
JIDPV/C/02/mç. 02 - 1935
instituição nomeadamente; orçamento, controlo de
JIDPV/C/02/mç. 03 – 1981 03 – Cursos e estágios Documentação com inscrição de funcionários de diversas categorias em cursos e estágios externos.
JIDPV/C/03/mç. 01 – 1968/69
receitas e despesas, impostos, aquisição de material e equipamento e património móvel e imóvel.
D/A – Contabilidade 01 - Orçamento JIDPV/D/A/01/mç. 01 - 1937 JIDPV/D/A/01/mç. 02 – 1947/50
04 - Assiduidade JIDPV/C/04/lv. 01 – 1982/84
JIDPV/D/A/01/mç. 03 – 1955 JIDPV/D/A/01/mç. 04 – 1956 JIDPV/D/A/01/mç. 05 – 1970/72
05 – Vencimentos Inclui também informações sobre quadros de
02 - Relatório e Contas de Gerência
pessoal.
JIDPV/D/A/02/mç. 01 – 1922/23
JIDPV/C/05/mç. 01 - 1940
JIDPV/D/A/02/lv. 02 – 1927/29
JIDPV/C/05/fl. 02 – 1945
JIDPV/D/A/02/lv. 03 – 1929/30 JIDPV/D/A/02/mç. 04 – 1930/31
06 - Descontos efectuados
JIDPV/D/A/02/mç. 05 – 1931/32
JIDPV/C/06/mç. 01 – 1941/42
JIDPV/D/A/02/mç. 06 – 1932/33
JIDPV/C/06/fl. 02 - 1965
JIDPV/D/A/02/mç. 07 – 1933/34
JIDPV/C/06/mç. 03 – 1986/87
JIDPV/D/A/02/mç. 08 – 1934/35 JIDPV/D/A/02/mç. 09 – 1934/35
07 - Comunicados aos funcionários
JIDPV/D/A/02/mç. 10 – 1935/36
Informações enviadas pela Direcção a todos os
JIDPV/D/A/02/mç. 11 – 1937/38
funcionários da instituição com indicações ou
JIDPV/D/A/02/mç. 12 – 1938/39
informações sobre a sua actividade diária ou
JIDPV/D/A/02/mç. 13 – 1941
procedimentos a adoptar.
JIDPV/D/A/02/mç. 14 – 1942
JIDPV/C/07/mç. 01 – 1987/92
JIDPV/D/A/02/mç. 15 – 1945 JIDPV/D/A/02/mç. 16 – 1949
08 – Avaliação profissional
JIDPV/D/A/02/mç. 17 – 1954
JIDPV/C/08/mç. 01 - 1991
39
Fig. 10 “Relatório e Contas do Asylo de D. Pedro V. Anos económicos de 1882 a 1884”. Fonte: Arquivo Municipal do Barreiro, Colecção de documentos antigos, Lv. 04.
40
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JIDPV/D/A/02/mç. 18 – 1956
05 - Caixa
JIDPV/D/A/02/mç. 19 – 1957/58
JIDPV/D/A/05/lv. 01 - 1917/22
JIDPV/D/A/02/mç. 20 – 1959/64
JIDPV/D/A/05/lv. 02 – 1928/36
JIDPV/D/A/02/fl. 21 – 1965
JIDPV/D/A/05/lv. 03 – 1936/43
JIDPV/D/A/02/mç. 22 - 1966
JIDPV/D/A/05/lv. 04 – 1943/48
JIDPV/D/A/02/mç. 23 – 1973
JIDPV/D/A/05/lv. 05 – 1948/49
Nota: alguns orçamentos e contas de gerência podem
JIDPV/D/A/05/lv. 06 - 1949/55
estar juntos no mesmo maço
JIDPV/D/A/05/lv. 07 – 1969/74 JIDPV/D/A/05/lv. 08 – 1987/89
03 - Documentos auxiliares para orçamentos e
JIDPV/D/A/05/lv. 09 – 1990
contas de gerência Documentação que inclui tipologias documentais diversas e que serviam de apoio para a elaboração de orçamento e contas de gerência: guias de receita, recibos e facturas, ofícios de fornecedores.
JIDPV/D/A/03/mç. 01 – 1914/16 JIDPV/D/A/03/mç. 02 – 1940 JIDPV/D/A/03/mç. 03 – 1946 JIDPV/D/A/03/mç. 04 – 1951 JIDPV/D/A/03/mç. 05 – 1954/55 JIDPV/D/A/03/mç. 06 – 1957/63 JIDPV/D/A/03/fl. 07 - 1979
06 - Diário de receita e despesa JIDPV/D/A/06/lv. 01 - 1855/1860 JIDPV/D/A/06/lv. 02 - 1861/1873 JIDPV/D/A/06/lv. 03 – 1875/1893 JIDPV/D/A/06/lv. 04 – 1915/22 JIDPV/D/A/06/lv. 05 – 1922/28 JIDPV/D/A/06/lv. 06 - 1928/33 JIDPV/D/A/06/lv. 07 – 1933/38 JIDPV/D/A/06/lv. 08 – 1938 JIDPV/D/A/06/lv. 09 – 1938/45 JIDPV/D/A/06/lv. 10 – 1945/54
04 - Balancetes JIDPV/D/A/04/lv. 01 - 1918/28 JIDPV/D/A/04/lv. 02 – 1924/37
JIDPV/D/A/06/lv. 11 – 1954/56 07 - Registo da receita JIDPV/D/A/07/lv. 01 – 1934
JIDPV/D/A/04/mç. 03 - 1937 JIDPV/D/A/04/mç. 04 – 1945 JIDPV/D/A/04/lv. 05 - 1946 JIDPV/D/A/04/lv. 06 – 1951/55 JIDPV/D/A/04/mç. 07 - 1991
08 - Registo da despesa JIDPV/D/A/08/lv. 01 – 1855/1861 JIDPV/D/A/08/lv. 02 – 1862/1864 JIDPV/D/A/08/lv. 03 – 1865/1874 JIDPV/D/A/08/lv. 04 – 1874/1897 JIDPV/D/A/08/lv. 05 – 1906/14
41
JIDPV/D/A/08/lv. 06 – 1917
D/B – Aquisições e aprovisionamento
JIDPV/D/A/08/lv. 07 – 1921/30
01 - Compra de bens
JIDPV/D/A/08/lv. 07 – 1934
Documentação que inclui requisições de bens
JIDPV/D/A/08/lv. 08 – 1947/56
alimentares e recibos dos mesmos bens a fornecedores (pão, peixe, carne, massas e legumes).
09 - Devedores e credores Documentos que incluem listagens mensais de devedores e credores da instituição com referências
Inclui aquisição de material escolar e restante material para gestão.
JIDPV/D/B/01/mç. 01 – 1957
ao assunto e respectivo valor.
JIDPV/D/B/01/mç. 02 - 1964
JIDPV/D/A/09/lv. 01 – 1934/54
JIDPV/D/B/01/mç. 03 – 1961/67
JIDPV/D/A/09/mç. 02 – 1958/63
JIDPV/D/B/01/fl. 04 - 1980
10 - Autorizações de pagamento
02 - Fornecimento de água
JIDPV/D/A/10/mç. 01 – 1956
Documento de requisição de fornecimento de água enviado pelo Asilo à Câmara Municipal do Barreiro.
11 - Conta corrente com instituições bancárias JIDPV/D/A/11/mç. 01 – 1929/33 JIDPV/D/A/11/mç. 02 – 1939 JIDPV/D/A/11/mç. 03 – 1959/78 12 - Pagamento de impostos JIDPV/D/A/12/mç. 01 - 1945
JIDPV/D/B/02/fl. 01 - 1948 E – Gestão Patrimonial Documentação relativa à gestão e organização dos bens móveis e imóveis pertencentes à instituição.
A – Bens Imóveis 01 – Arrrendamento Título de arrendamento entre o representante do
13 – Documentos de despesa
Asilo e o proprietário do imóvel (José Augusto dos
Processos que incluem notas de despesa e guias de
Santos Costa) situado entre a Rua José Relvas e a Rua
receita.
da Creche (toponímia actual) onde se estipulava uma
JIDPV/D/A/13/mç. 01 - 1993
renda de oito escudos.
JIDPV/E/A/01/fl. 01 – 1916 14 – Correspondência sobre atribuição de verbas JIDPV/D/A/14/mç. 01 – 1945/49
02 - Remissão de fôro Documentação relativa à remissão do foro (renda) referente à Quinta da Horta em Palhais.
JIDPV/E/A/02mç. 01 – 1944/46
42
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03 - Terreno para edifício
F – Gestão Escolar
Inclui apenas uma convocatória para reunião da
Documentação relativa ao ingresso de asilados ou
Assembleia-geral onde se irá sancionar a compra do
alunos externos na escola que fazia parte do Asilo.
terreno para a construção do novo edifício para o
Inclui documentação que trata da gestão e
Asilo.
organizaçãoda própria escola ou questões
JIDPV/E/A/03/fl. 01 – 1955
relacionadas com alunos e professores.
JIDPV/E/A/03/mç. 02 – 1971/72 01 - Alvará de funcionamento 04 - Projecto das novas instalações
Documento proveniente do Ministério de Educação
JIDPV/E/A/04/fl. 01 – 1960/61
Nacional/Inspecção-geral do Ensino que autorizava
05 - Obras de restauro e ampliação nos
averbamentos posteriores.
edifícios
JIDPV/F/01/fl. 01 - 1943
o Asilo a receber duas turmas de 36 alunos cada. Tem
Documentação que inclui projectos de arquitectura, plantas, memórias descritivas do edifício da Rua José Relvas e do projecto para a Quinta do Herold.
JIDPV/E/A/05/mç. 01 - 1967/68 JIDPV/E/A/05/mç. 02 – 1977/84 JIDPV/E/A/05/mç. 03 - 1984/85
02 - Regulamento da escola JIDPV/F/02/fl. 01– s/d JIDPV/F/02/mç. 02 - 1936 03 - Organização da escola Documentação sobre o ensino oficial no Asilo,
B – Bens Móveis
correspondência trocada com Ministério da
01 – Inventário
Instrução Pública/Direcção Geral do Ensino Primário
Documento onde é feita uma descrição dos bens
sobre questões legais e organizativas do ensino no
móveis, estado e respectivo valor. Inclui mobiliário
Asilo.
do gabinete da Direcção e da secretaria, saleta anexa à
JIDPV/F/03/fl. 01 - 1932
sala de entrada, cozinha, refeitório, salas da 1ª, 2ª, 3ª e 4ª classes (feminina e masculina), vestuário, sala da empregada e da professora.
JIDPV/E/B/01/mç. 01 – 1929/31 JIDPV/E/B/01/mç. 02 – 1933/36
JIDPV/F/03/fl. 02 – 1935 JIDPV/F/03/mç. 03 - 1943 JIDPV/F/03/mç. 04 - 1950/51 JIDPV/F/03/mç. 05 - 1967
JIDPV/E/B/01/lv. 03 - 1955 02 - Mobiliário e Equipamento Doccumentos sobre aquisição ou reparação.
JIDPV/E/B/01/fl. 01 – 1936
43
04 - Relação dos asilados /alunos
JIDPV/F/07/mç. 04 – 1941/42
Documentação onde se lista nomes de alunos e
JIDPV/F/07/mç. 05 – 1945/46
asilados da instituição. Contém nomes dos menores,
JIDPV/F/07/mç. 06 – 1946/47
moradas, características físicas, profissão dos pais, motivo de entrada e de saída ou abandono.
JIDPV/F/04/lv. 01 – 1855/1955 JIDPV/F/04/mç. 02 - 1951 JIDPV/F/04/mç. 03 – [195?] JIDPV/F/04/fl. 04 – s/d JIDPV/F/04/mç. 05 – 1972
JIDPV/F/07/mç. 07 – 1947/48 JIDPV/F/07/mç. 08 – 1948/49 JIDPV/F/07/mç. 09 – 1948/49 JIDPV/F/07/mç. 10 – 1955/56 JIDPV/F/07/Mç. 11 – 1955/56 JIDPV/F/07/mç. 12 – 1957/58 JIDPV/F/07/mç. 13 – 1957/58
05 - Admissão dos asilados/alunos
JIDPV/F/07/mç. 14 – 1958/59
Documentação sobre ingresso de crianças para
JIDPV/F/07/mç. 15 – 1959/60
asilados ou para ensino primário. Inclui atestados
JIDPV/F/07/mç. 16 – 1960/61
médicos, certidões de óbito, atestados de pobreza e
JIDPV/F/07/mç. 17 – 1960/61
autorizações dos pais ou tutor.
JIDPV/F/07/mç. 18 – 1963/64
JIDPV/F/05/mç. 01 – 1914/55
JIDPV/F/07/mç. 19 – 1964/65
JIDPV/F/05/mç. 02 – 1945
JIDPV/F/07/mç. 20 – 1965/66
JIDPV/F/05/mç. 03 – 1966/74 08 - Registo do comportamento dos alunos 06 - Registo da distribuição de prémios aos
Livro de registo diário de frequência dos alunos
asilados
(assiduidade) e nota mensal de comportamento.
Documento onde se registava anualmente a
Registos mensais e por classe/ano escolar.
distribuição dos prémios aos alunos do Asilo. Os
JIDPV/F/08/lv. 01 – 1918/20
critérios para atribuição do prémio eram, segundo o
JIDPV/F/08/lv. 02 - 1919/24 (4ª classe)
que vem no livro: aplicação, asseio, pontualidade e
JIDPV/F/08/lv. 03 – 1919/24 (3ª classe)
instrução.
JIDPV/F/06/lv. 01 – 1855/1872 07 - Diário de frequência dos alunos Existe livros separados para o sexo feminino e para o sexo masculino.
JIDPV/F/07/mç. 01 – s/d JIDPV/F/07/mç. 02 – 1937/38 JIDPV/F/07/mç. 03 – 1940/41
44
JIDPV/F/08/lv. 04 - 1932 09 - Informações sobre professores Documentação com relação, estatística e dados relevantes sobre os professores, enviados para entidades estatais.
JIDPV/F/09/mç. 01 - 1940 JIDPV/F/09/fl. 02 - 1942 JIDPV/F/09/mç. 03 – 1951/53
Gabinete de Arquivo e Gestão Documental | 2009 Guia Documental do Arquivo do jardim-de-infância D. Pedro V
Fig. 11 Ficha de admissão de aluno. Cota: JIDPV/F/05/mç. 01 – 1914/55.
45
Fig. 12 Ficha de admissão de aluno. Cota: JIDPV/F/05/mç. 01 – 1914/55.
46
Gabinete de Arquivo e Gestão Documental | 2009 Guia Documental do Arquivo do jardim-de-infância D. Pedro V
10 - Informações aos pais/responsáveis
JIDPV/G/A/02/mç. 07 – 1968/73
Documentação com informações sobre actividades e
JIDPV/G/A/02/mç. 08 – 1970/80
iniciativas da instituição.
JIDPV/F/10/fl. 01 - 1950
03 - Legados testamentários
JIDPV/F/10/mç. 01 – 1982/88
Documentação referente a doações e legados
G – Gestão dos Associados
Castelo de Paiva (António da Costa Paiva), D.
testamentários feitos a favor do Asilo: Barão de Documentação que trata das questões relacionadas
Christina Bastos Reynolds, D. Maria do Carmo
com os associados desta instituição, como:
Pinheiro e Luis Guerreiro.
atribuição de subsídios, pagamento e descarga de
JIDPV/G/A/03/fl. 01 – 1917/23
cotas, informações aos associados entre outras
JIDPV/G/A/03/mç. 02 – s/d
questões de funcionamento.
04 - Pagamento de cotas pelos alunos G/A – Relação com sócios
Documentação referenta ao valor pago pelos alunos
01 - Registo de sócios/subscritores
como sócios auxiliares. Inclui ofícios externos a
JIDPV/G/A/01/lv. 01 – 1855/1860
solicitar isenção de pagamento de cotas para os
JIDPV/G/A/01/lv. 02 – 1915/18
alunos da instrução primária deste Asilo.
JIDPV/G/A/01/lv. 03 – 1915/21
JIDPV/G/A/04/mç. 01 – 1937/43
JIDPV/G/A/01/lv. 04 – 1915/37 JIDPV/G/A/01/lv. 05 – 1915/69
05 - Descarga de cotas
JIDPV/G/A/01/lv. 06 – [198?]
JIDPV/G/A/05/lv. 01 – 1924 JIDPV/G/A/05/lv. 02 – 1925/29
02 - Donativos/Subsídios
JIDPV/G/A/05/mç. 03 - 1965
Documentos onde eram registadas as doações monetárias ou em géneros feitas a favor do Asilo.
06 - Contas correntes com os cobradores
Eram inscritas as doações de particulares
JIDPV/G/A/06/lv. 01 – 1921/31
(beneméritos) e, já em meados do séc. XX, as doações
JIDPV/G/A/06/lv. 02 – 1945/55
feitas por entidades estatais.
JIDPV/G/A/02/lv. 01 – 1855/1897
07 - Informações aos sócios
JIDPV/G/A/02/mç. 02 – 1929/34
Documentos com informações enviadas aos sócios
JIDPV/G/A/02/mç. 03 – 1942/54
sobre funcionamento da instituição. Inclui
JIDPV/G/A/02/mç. 04 – 1946/48
convocatórias para reuniões de Assembleia-geral.
JIDPV/G/A/02/mç. 05 – 1948
JIDPV/G/A/07/mç. 01 – 1985/97
JIDPV/G/A/02/mç. 06 – 1956/63
47
Fig. 13 Cartaz sobre jogo de futebol em benefício do Asilo D. Pedro V, 1922. Cota: EJAM 627/Cx. 01/Mç. 06.
48
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08 - Contencioso com associados JIDPV/G/A/08/mç. 01 – 1968/69 G/B – Actividades e Iniciativas Documentação sobre festas de beneficiência a favor do Asilo e outras actividades organizadas pela instituição destinadas à comunidade.
01 - Organização de festas de beneficiência JIDPV/G/B/01/fl. 01 – 1945 JIDPV/G/B/01/mç. 02 – 1950/54 02 - Registo de convites aos sócios para as festas JIDPV/G/B/02/mç. 01 – 1937/54
49
Fig. 14 Cartaz de festa em homenagem ao Asilo D. Pedro V, 1950. Cota: EJAM 648/Cx. 01/Mรง. 06.
50
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Fig. 15 Cartaz sobre grandes festas a favor do Asilo D. Pedro V, 1949. Cota: EJAM 642/Cx. 01/Mç. 06.
51
Fig. 16 Cartaz sobre Festas do Barreiro a favor do Asilo, 1950. Cota: EJAM 659/Cx. 01/Mรง. 06.
52
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Fig. 17 Circular de divulgação de peça de teatro, 1922. Cota: EJAM 625/ Cx. 01/Mç. 06.
53
Fig. 18 Cartaz de divulgação de espectáculo em benefício do Asilo D. Pedro V, 1952. Cota: EJAM 661/Cx. 01/Mç. 06.
54
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Fig. 19 “Grandiosa Batalha das Flores” em favor do Asilo D. Pedro V, S/d. Cota: EJAM 648/Cx. 01/Mç. 06.
55
Título: Guia Documental do Arquivo do Jardim-de-infância D. Pedro V Caderno 03/2009 – GAGD/CMB Edição: Câmara Municipal do Barreiro Gabinete de Arquivo e Gestão Documental Data: Junho de 2009 Concepção gráfica: Divisão de Comunicação/CMB Impressão: CMB/DC Nº de exemplares: 200
JUNHO 2009
Capa
Propriedade: Jardim de Infância D. Pedro V Técnica: Aguarela Data: 2008 Autoria: Eugénio Silva
GAGD | CMB caderno 03/2009