EDITORIAL
Se todos têm um número “fetiche”, o meu é sem dúvida o 23. Sempre tive a sensação, de que a realização do 23º campeonato da Nacional Kart, iria ficar na história, não sabia era porquê? Antes da 1ª prova, fiquei com a tal “sensação”, que este seria um ano “fora de série” porque logo no início, houve tantas equipas inscritas, que se teve a necessidade de se realizar duas mangas (algo que só aconteceu no inicio do século). Mal eu sabia que após a segunda corrida, o País iria “fechar” e seria esta sim, a verdadeira razão da minha inicial “sensação”. A Nacional Kart, acabou por ter sorte, pois a quarentena começou logo após a realização da 2ª corrida e abriu mesmo antes da realização da 5ª. Ou seja, só não se correu em Abril. No entanto, os estragos estavam feitos, com alguns concorrentes a desistirem e com datas remarcadas muito perto umas das outras. Assistiu-se então, a uma espécie de “fobia”, com imensa gente a despertar para este desporto e a contactar-nos com vontade de participar em provas, pois os meses de quarentena, mudaram a
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personalidade de alguns, levando-os a fazer tudo o que podiam fora de casa. Embora, tivessem aparecido pressões ou tentativas de alterar a ideia inicial, continuámos a organizar eventos acessíveis, adaptados às várias realidades atuais e sem qualquer tipo de interesse que não seja a competição pura. A nossa ideia inicial, mantém-se, ou seja: a realização de provas equilibradas, discutidas até à última prova e onde os concorrentes possam ter a certeza que serão todos tratados de igual maneira. Na Nacional Kart, todos são números durante a prova, mas pessoas quando ela acaba e no fim, terão a sua recompensa, quer tenham ganho ou ficado em ultimo. Esta é a nossa visão há 23 anos. Quem gosta, gosta… quem não gosta? Temos pena. Há mais troféus no País. Um melhor ano para todos… Paulo Campos