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Rogério Ferrari - Ciganos
Esta exposição em fotografias e video, nasce na espontaneidade de um encontro e do acolhimento recebido em casa de um amigo em Cuba. Num cenário familiar e rotineiro, procurei simplesmente acompanhar e compartilhar de uma experiência comovente: a relação entre uma filha e sua mãe idosa. Nesta relação, a mãe já bastante adoecida e praticamente acamada, depende dos constantes cuidados de sua filha que, sem medir esforços, com paciência, carinho e doação, transforma esta cena, aos meus olhos, aparentemente cansativa e sofredora, numa realidade de amor incomensurável, delicadeza e compaixão. A exposição e o livro apresentados no Flioripa na Foto são resultado da itinerância do fotógrafo pelas comunidades de ciganos da Bahia. Durante três meses, Rogério Ferrari percorreu um total de 40 municípios baianos. O resultado desse projeto fotográfico mostra as diferentes condições em que vivem os ciganos e a expressão e manutenção de uma identidade própria. Apesar dos estigmas, dos estereótipos e das perseguições sofridas ao longo de séculos, os ciganos seguem sendo ciganos. Através do livro e da exposição será possível obter uma visão muito além do preconceito. O livro Ciganos se inscreve dentro do projeto maior que o fotógrafo desenvolve há alguns anos, Existências-Resistências, que inclui outras publicações sobre povos e movimentos sociais como os palestinos, os curdos, os sahrarouís, os zapatistas, e os sem-terra no Brasil. O trabalho de Rogério Ferrari proporciona um contraponto, e pode ser considerado como uma síntese entre estética/ética e posição política. A etapa baiana do projeto foi viabiliazada graças ao apoio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Ciganos, livro e fotografia de Rogério Ferrari, mostrará, portanto, a vida dos ciganos tal como ela é agora. O cotidiano de um povo que, como outros, faz parte da formação da sociedade
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brasileira.
Virgina Yunes Dulce Maria
Abordando a relação mãe e filha numa situação limite, Virginia Yunes nos mostra uma série de impactantes imagens, onde a precariedade da condição humana é exposta em toda sua fragilidade e grandeza… O olhar de Virginia não é de espanto, de repulsa ou de horror. É antes um olhar amoroso, feminino que aceita, acolhe, que revela (desvela), os meandros das relações humanas.” Joao Otávio Neves Filho – Janga Membro da ABCA-AICA