Referendo: sondagem | Jornal I [30_01_2014]

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FICHA TÉCNICA OBJECTIVO: ESTUDO DE OPINIĂƒO REALIZADO PELA PITAGĂ“RICA – INVESTIGAĂ‡ĂƒO E ESTUDOS DE MERCADO SA, PARA O JORNAL I, ENTRE 20 E 24 DE JANEIRO DE 2014. FORAM REALIZADAS ENTREVISTAS TELEFĂ“NICAS CATI POR ENTREVISTADORES SELECCIONADOS E SUPERVISIONADOS, COM O OBJECTIVO DE CONHECER A OPINIĂƒO SOBRE QUESTĂ•ES POLĂ?TICAS E SOCIAIS DA ACTUALIDADE NACIONAL. UNIVERSO: O UNIVERSO É CONSTITUĂ?DO POR INDIVĂ?DUOS DE AMBOS OS SEXOS, COM 18 OU MAIS ANOS DE IDADE, RECENSEADOS EM PORTUGAL E COM TELEFONE FIXO OU MĂ“VEL.

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Nesse mesmo sentido pronunciam-se 72,6% dos inquiridos do barĂłmetro. A esmagadora maioria considera que o momento estĂĄ longe de ser o ideal para um referendo sobre a co-adopção e adopção de crianças por casais do mesmo sexo. Desses portugueses, 50,4% dizem mesmo que o momento escolhido para alargar o debate – foi esse o argumento apresentado pelo presidente da JSD para justificar a proposta de referendo – nĂŁo ĂŠ “nada oportunoâ€?. 0$,25,$ $3529$ $'23¤ 2 A asserti-

vidade que os portugueses mostram sobre a realização do referendo esvaise no exacto momento em que sĂŁo confrontados com a questĂŁo fundamental: devem ou nĂŁo os casais do mesmo sexo poder co-adoptar, ou mesmo adoptar, crianças? Ă€ imagem daquilo que aconteceu na votação do diploma do PS na Assem-

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RECOLHA DE INFORMAĂ‡ĂƒO: FORAM VALIDADAS 506 ENTREVISTAS CORRESPONDENDO A 73,02% DAS TENTATIVAS REALIZADAS. FOI UTILIZADA UMA AMOSTRAGEM POR QUOTAS DE SEXO, IDADE E DISTRITO: (HOMENS – 236; MULHERES – 270; 18-34 ANOS: 148; 35-54 ANOS: 187 E 55 OU MAIS ANOS: 171; NORTE: 170; CENTRO 126; LISBOA: 128; ALENTEJO: 35; ALGARVE: 21 E ILHAS: 26). A GERAĂ‡ĂƒO DOS NĂšMEROS MĂ“VEIS A CONTACTAR FOI ALEATĂ“RIA E A DOS NĂšMEROS FIXOS SELECCIONADA ALEATORIAMENTE POR DISTRITO NAS LISTAS TELEFĂ“NICAS. EM AMBOS OS CASOS O ENTREVISTADO FOI SELECCIONADO DE ACORDO COM AS QUOTAS ESTIPULADAS. NO CASO DA INTENĂ‡ĂƒO DE VOTO, SĂƒO CONSIDERADOS 445 INQUIRIDOS APĂ“S TRATAMENTO DA ABSTENĂ‡ĂƒO. NA PROJECĂ‡ĂƒO DE VOTO OS INDECISOS (11,6%) FORAM DISTRIBUĂ?DOS DE FORMA PROPORCIONAL. AMOSTRA E ERRO: O ERRO MĂ XIMO DA AMOSTRA É DE 4,4%, PARA UM GRAU DE PROBABILIDADE DE 95,5%. UM EXEMPLAR DESTE ESTUDO DE OPINIĂƒO ESTĂ DEPOSITADO NA ENTIDADE REGULADORA PARA A COMUNICAĂ‡ĂƒO SOCIAL.

bleia da RepĂşblica, em Maio de 2013 – e ainda que aĂ­ se votasse apenas a possibilidade de abrir a porta Ă coadopção –, os pesos da balança ficam repartidos em duas metades quase iguais, se considerada a margem de erro do barĂłmetro. De um lado estĂŁo todos aqueles que concordam com ambas as perguntas a que poderĂŁo ser chamados a responder em referendo – que no caso do barĂłmetro ĂŠ apresentada numa formulação Ăşnica, ao contrĂĄrio daquilo que acontecerĂĄ num futuro referendo. Ao todo, 43,5% dos inquiridos revĂŞem-se no princĂ­pio consagrado no diploma apresentado pelo PS e gostariam de ver o conceito alargado Ă adopção plena. Do outro lado, e Ă distância de pouco mais de trĂŞs pontos, estĂŁo aqueles que se opĂľem ao alargamento total dos direitos parentais dos casais do mesmo sexo, deixando-os em pĂŠ de igualdade com a situação jĂĄ em vigor para casais heterossexuais. SĂŁo 41,9% – um pouco menos que a sĂşmula das opiniĂľes favorĂĄveis – e rejeitam, quer a adopção, quer a co-adopção de menores por casais do mesmo sexo. O tema deixa indiferentes – “nĂŁo concordo nem discordoâ€? – uma parcela significativa de inquiridos. Se forem considerados como tendo opiniĂľes em aberto, passĂ­veis de ficar fechadas atĂŠ Ă realização do referendo, os 12,3% de elementos que compĂľem este grupo podem fazer pender a decisĂŁo da consulta popular – que, a concretizar-se, deverĂĄ acontecer jĂĄ depois do VerĂŁo – para qualquer um dos lados da balança.

36 HP Pž[LPRV KLVWĂ?ULFRV 3DXOR 3RUWDV EDWH QR IXQGR QR PÇV HP TXH Æ UHHOHLWR 4PDJBMJTUBT TPCFN OBT TPOEBHFOT IĂ… TFUF NFTFT F DPNFĂ‹BN P OPWP BOP NBJT QSĂ•YJNPT EPT EBT JOUFOĂ‹Ă™FT EF WPUP O PS consegue em Janeiro o seu melhor resultado de sempre, quase dez pontos acima da sua pior marca, registada em Abril do ano passado. Os socialistas recolhem 37,8% das intençþes de voto neste barĂłmetro i/PitagĂłrica. Dos partidos com assento parlamentar, o CDS regista a maior queda, com o Bloco de Esquerda a partilhar a tendĂŞncia de descida face ao Ăşltimo barĂłmetro. Em sentido inverso, PSD e PCP, alĂŠm do PS, ganham pontos este mĂŞs. A subir pela sexta vez em sete meses, o PS volta a elevar a fasquia – desta vez em 1,1% – ficando agora com uma vantagem exacta de 12 pontos sobre os sociaisdemocratas. Os eleitores respondem Ă s crĂ­ticas de “falta de alternativaâ€? que a maioria dirige aos socialistas com um novo reforço de confiança. Apesar de ver aumentar a diferença face ao PS nas intençþes de voto, o PSD regista tambĂŠm uma ligeirĂ­ssima subida. Se as eleiçþes se realizassem hoje, o partido de Passos Coelho conseguiria 25,8% dos votos, recolhendo mais 0,1% que em Dezembro. Com estes nĂşmeros, os dois maiores partidos trocam de posiçþes face aos resultados das Ăşltimas eleiçþes legislativas, em Junho de 2011. Nessa altura, o PSD obteve 38,7% dos votos dos portugueses contra 28,1% dos socialistas. O PCP completa o clube das boas notĂ­cias. Depois da quebra de Dezembro – em que perdeu dois pontos em relação ao Ăşltimo resultado no barĂłmetro – o partido recupera agora algumas dĂŠcimas, chegando aos 11,4% das intençþes. Ainda assim, os comunistas permanecem um pouco abaixo daquele que foi o seu melhor resultado: 13,2%, em Junho do ano passado. Em sentido inverso ao parceiro de coligação no governo, o CDS protagoniza a descida mais acentuada, perdendo mais de um ponto percentual este mĂŞs e começando o novo ano com 7,8% dos votos – menos quatro pontos que o resultado com que chegou ao poder, em 2011. Na verdade, os centristas arrancam 2014 com o seu pior resultado de sempre no barĂłmetro i/PitagĂłrica, e isto no mĂŞs em que Paulo Portas foi reeleito lĂ­der do partido. As explicaçþes sobre a origem da crise polĂ­tica de Julho passado que o presidente do CDS apresentou aos congressistas de Oliveira do Bairro – “o que tem de ser teve muita forçaâ€? – nĂŁo foram suficientes para evitar um novo marco negro eleitoral para o partido. Os ventos tambĂŠm nĂŁo correm de feição para o Bloco de Esquerda. Em Janeiro, como jĂĄ tinha acontecido em Outu-

bro de 2013, o partido liderado por João Semedo e Catarina Martins bate novamente no fundo, ao recolher 6,6% das intençþes de voto dos inquiridos. Se o mês de Dezembro tinha trazido consigo o vislumbre de tÊnues sinais de recuperação (com 6,7%), na primeira avaliação do ano os eleitores voltam a ser duros para com os bloquistas e reduzem o partido à sua marca mínima histórica. (648(5'$ (0 0$,25,$ Feitas as contas,

os partidos da esquerda e centro-esquerda parlamentar somam, em conjunto, 55,8% das intençþes de voto. Uma posição claramente maioritåria na Assembleia da República, sobretudo quando comparados estes resultados com os das legislativas de 2011. Na altura, PS, PCP e Bloco de Esquerda não conseguiram ir alÊm dos 41,2% dos votos. Novamente, se as eleiçþes para o parlamento se realizassem hoje, o PS de António JosÊ Seguro poderia tentar a maioria absoluta com o CDS de Paulo Portas. Juntos, os dois partidos teriam 45,6% dos votos.

SE AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS SE REALIZASSEM NESTE MOMENTO, EM QUE PARTIDO VOTARIA? (%) VOTO COM TRATAMENTO DE ABSTENĂ‡ĂƒO C/ DISTRIBUIĂ‡ĂƒO DE INDECISOS PSD

PS

CDS-PP

CDU

BE

OUTROS+BRANCOS E NULOS RESULTADOS NAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 2011

38,7

37,8

30

28,1 25,8

20

11,7

11,4 10,6

10

8,4 7,9

7,8 6,6

5,2

0

JAN 2013

MAR 2013

JUN 2013

OUT 2013

‰ +BOFJSP

JAN 2014


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