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EDITORIAL Transformações
Reunidos na Fazenda do Engenho, em Santa Bárbara-MG, os assembleistas da Província Brasileira da Congregação da Missão decidiram transformar a bicentenária instituição. Trinta e nove coimãos, de um total de sessenta e dois, votaram a favor da mudança da natureza jurídica da Província, que agora passará a ser civilmente reconhecida como uma Organização Religiosa. Nos transformamos no que já éramos. Se antes, por uma convenção referente à uma época tínhamos um CNPJ registrado como entidade beneficente de assistência social, de agora em diante nossa identidade jurídica corresponderá mais ao nosso carisma.
Nesta mesma assembleia, onde buscamos nos reinventar juridicamente, houve um momento reservado para que falássemos sobre como estamos enquanto “pessoas físicas”, convivendo dentro da instituição PBCM. Esta parte deu “pano para manga” . Várias insatisfações foram elencadas, principalmente no que diz respeito às nossas relações fraternas, ao nosso estilo de za, acompanhado de pitadas de intolerância, o que gera uma convivência um tanto quanto espinhosa em alguns de nossos espaços. Acredito que o encontro geracional é um tema que deveríamos prestar mais atenção; as gerações estão cada vez mais díspares tanto na linguagem, quanto no modo de agir. Há alegrias? Muitas. Inclusive, falando das minhas impressões pessoais, acho que nossa fraternidade supera, de longe, nossos dissabores comunitários. Porém, estes dissabores merecem muita atenção de nossa parte, porque por menores que sejam, são mais facilmente multiplicados entre nós.
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O tempo da quaresma todos os anos nos convida à conversão pessoal, a uma transformação do nosso jeito de agir, especialmente em relação ao próximo. Em seguida, o período pascal quer fazer de nós homens novos, ressuscitados, capazes de transparecer Cristo em nós. Nada disso é possível apenas a partir das mudanças e das propostas realizadas pela instituição, tudo depende que como cada um acolhe cada proposta e, em um momento paralelo, se propõe à resmuda da própria vida.