Metรกfo ra
Pedro Botafogo
Estรกtic a
Quando humil
de
Quando tudo
pede adiante
Os olhos veem
Os ouvidos ou
Raios, humild
distante
vem perante
es e cervante
Quando pés d a
nçam content es Os singelos p roeminentes Os tempos pe rdidos insisten tes Plural, humild es e crentes Quando tudo
Os olhos prov
indica o certo
am o decreto
Os ouvidos ou
Sentidos, hum
vem perto
ildes e concre to
Quando núme
Os homens d
ros conta os s
izem que são
Os certos enq
Alienação, hu
eres
uanto dizeres
mildes e sabe
eles
r
Símbólico É tão fácil construir b
arreiras!
Comprar com seu ca rrinho na feira O alimento simbólico na peneira É tão fácil assinalar
a existência!
Daquilo que os antro
pólogos
Chamam "misoneísm É tão fácil apasiguar
Insistir num eterno lo
E num breve liberalis
o"
a essência!
gos
mo
Assim de baixo d'ág
ua o mundo é súbito
Súbito, tão súbito de
Repletos de número
bravos súditos
s em fases estáticas
É o modo de ser do
Simbólico tão simbó
Bravos retiros de im
mundo cúbico
lico de paredes fláci
agens estáticas
das
Dá na telha, sobe o telhado
Junta os fatos, como um quebra cabeça as paredes esburacadas, marcadas Pelas mãos dos trabalhadores
Inumeráveis telhas que caem diante o chão Deixam passar toda água de meu sertão
Transformando o solo em barro, em lama
Buscando levantar uma parede movediça Buscando aprimorar uma telha no telhado Dá na telha, no chão que cresce
Dá na telha, o lírio que ora por prece Dá na telha a vida que da chuva chora Da chuva chora, mas da chuva ri
Ri do mundo, da chuva, de um telhado e do lírio Que apenas ri
E digo mais ainda (se houver Um silêncio aterrador)
Que cada palavra, a meu ver É um suspiro, 'doutor'! Simples, diria mais
- Vê me por favor Um café, não faz
Mal se derramar na dor Dilata meus vasos - quais? Os sanguíneos, que horror (Bem que o mundo precisa de paz) sem minha paciência, minha cor azul, lilás ou branco, mas e o mistério, onde ficou?
O amor é algo tão presente,
Distante como os versos perdidos Minha vida mal sente
Com palavras e eu contido Me perco na lua crescente
Mal me permito algo cedido
é difícil elaborar um discurso na mente Mas na escrita torno-me impreciso imprescindível corrigir rente
as palavras que mal dizem: é isso: disse o sujeito ao agente
disposto a ser um objeto conciso a entender tudo isso
Extraordinariamente permissivo
Os versos são incessantes
Cada pedaço é um incêndio Cada ponta é um universo Os versos são instantes
Nem estilos, nem nuances
Nem corretos, nem esplêndidos Nem concretos, nem silêncios Nem tifo, nem antes
Os versos são militantes
Cada pedaço é um milênio Cada ponta é um inverso
Os versos são constantes São cantos, não contos
São discretos, não incêndios São certos, não ardentes São novos e não pontos
ntes a s s nce i dio o n ã ê s c rsos m in e u v é Os erso aço v i d n e ap mu d u a é C ta tes n n o a t s ap o in ã Cad s os s r e v ces Os n a u idos mn d e n n ê spl los, e i t s m e e ios n c m , n e s ê l N i to ms orre e c n tos, Nem e r c tes con n a m Ne nem , o f ti Nem tes n a t i l i om ni o ã ê s l i s m o vers é um s o o O ç da vers e n i p a um é Cad a ntes t a n t s o ap con o ã Cad os s s r e v Os ntos o c ios ão d n n , incê ntos o a ã c n São os, tes t n e r e c d dis o ar ã n São tos s, n o t o r p ce não São e vos o n São
De Ferreiro ao Olimpo Do alto do monte de Olimpo Um deus foi lançado
Era Hefesto, o ferreiro
Dentre suas obras prima,
De ferro, produziram armas
Mas de barro construiu sua melhor E talvez maior:
A mulher, chamada Pandora Linda, perfeita e original
A razão da mulher atual: Curiosa, abriu sua caixa
Liberando todos os males mundanos Mas Hefesto tornou-se a trabalhar
O único Deus do Olimpo que trabalha Abriu mão da sociedade patriarcal Pelo qual foi expulso por ser coxo Entrou num mundo mágico
De Posseidon, o Pai Okeanos
Dali criou, talvez por morar na margem Produzir na beira do monte olimpo toda sua obra prima fundamental Mergulhou na grande mãe
Só ali desenvolveu sua anima
Criadora, vivendo ao lado do extenso inconsciente Introspectivo por natureza
Mas novo pela extensa grandeza
Os ventos Os ventos semeiam o ar
Potes, poeiras cheia de dotes Caiem para engrossar o mar
Ventos que de leste afundam Brisa que afaga a cinza
Das direções que não mudam Ventos que de tarde levam areia Recheada de ouro e tratada
Por simples pigmeus de peneira Ventos diurnos afagam o sono
Sumiram as cores como previram Uma noite acromo
Simples vento derradeiro
Tomba, bêbado feito uma pomba Tropeço quase certeiro
Ventos que à tarde levam o sol
Refresca como comida indigesta Ainda embriagado por fenol
Criaram até paredes de vento
Janelas, ainda resta os cabelos delas Deste mundo sair é um intento Ventos me fazem caminhar Ando, assim pensando
No que ainda posso pensar Ventos traçam as ruas
Movem e produzem desordem
Deixam mulheres de saia quase nuas Vento é o sopro do invisível
Conta! um, dois três... me vê a conta!! Ainda que quase indizível
Vento que não quebra apenas modela Atinge o maior vão seguinte
Adentra na sua própria janela Sim os ventos levam a informação Pensamento, move vento Direto ao coração
Súd ita M aria Eu, do I o Im mpé p rio d e rado Proc a La r lam a c ranj l ama o, a a Li Este inda do e ma sho que reve da P w tã e r érsi e m ncia o es esta a, d o pera do d do e in É be érci mp a, e r t o Ali n do P a La aço p a , Ten junt tare o ao i ir e sm Nem mm eus eus pés que pas des seja sos calç para os dar um abra ço
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