Decreto n. 6.583/2008
Alterações Letras k, w e y Pelo Acordo, as letras k, w e y passam a fazer parte de nosso alfabeto. Quanto a seu emprego, nada muda, ficando restrito a apenas alguns casos específicos: - grafia de nomes próprios estrangeiros e seus derivados: Darwin, darwiniano, Kant, kantismo, Byron, byroniano, Kuwait, kuwaitiano, etc.; - siglas, símbolos e palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional: K (símbolo de potássio); W (símbolo de Oeste na rosa-dos-ventos); Km (símbolo de quilômetro); watt; K.O. (abreviatura de knockout, nocaute em português); www (sigla de world wide web, a rede mundial de computadores) - palavras estrangeiras de uso internacional: show, sexy, hacker, megabyte, download
Alterações Trema - fica abolido: - Agüentar > aguentar; - Sagüi > sagui; Obs.: Conserva-se, no entanto, o trema em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: hübneriano, de Hübner, mülleriano, de Müller, etc. Importante: • O Acordo aboliu o sinal gráfico trema (¨), mas a pronúncia das palavras que recebiam trema nos encontros gue, gui, que, qui continua a mesma. Assim, o u das palavras da lista acima devem ser pronunciadas como antes: aguentar, sagui. • Lembre-se um acordo ortográfico, ou seja, modifica-se a grafia, mas
não a pronúncia das palavras, de sorte que se continuará a pronunciar as palavras da mesma maneira como eram pronunciadas antes do Acordo, apesar de a grafia ter sido alterada.
Alterações Verbos crer, dar, ler, ver (e derivados) Não se usa mais o acento nos verbos crer, dar, ler, ver
e derivados, na 3ª pessoa do plural.
crêem > creem; dêem > deem; relêem > releem;
Alterações Acentuação dos ditongos de pronúncia aberta éu, éi, ói
Os ditongos de pronúncia aberta éu, éi, ói recebem acento agudo na vogal quando ocorrem em palavras oxítonas ou monossilábicas: Ex.: céu, anéis, dói, mausoléu, herói, pastéis Nas palavras paroxítonas, os ditongos éi e ói não deverão mais ser acentuados. Ex.: assembléia> assembleia; idéia>ideia O acento agudo dos ditongos abertos éu, éi, ói só desapareceu nas palavras paroxítonas. As oxítonas (incluindo-se aí os monossílabos tônicos terminados em éu, éi, ói) continuam recebendo acento gráfico. Ex.: chapéu, anzóis, carretéis, etc.
Alterações Acentuação da letras i e u nos hiatos
Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. Ex.: baiúca>baiuca; feiúra>feiura Observações: • Nas palavras oxítonas, o acento se mantém: Ex.: Piauí, tuiuiú • Para os demais casos, nada muda, ou seja, as letras i e u receberão acento agudo se ficarem sozinhas na sílaba (ou juntas com -s), vierem precedidas de vogal, e não forem seguidas de -nh: Ex.: saída, saíste, saúde, balaústre, baú, baús. • Mas ficam sem acento gráfico quando seguidas de -nh Ex. : rainha, bainha, tainha, campainha
Alterações Acento diferencial Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Emprega-se o acento diferencial em: a) pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo do verbo poder) para distinguir de pode (terceira pessoa do singular do presente indicativo do mesmo verbo). b) pôr (forma verbal) para distingui-la de por (preposição). c) facultativamente, em: fôrma (substantivo) para distinguir de forma Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes. Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
Alterações
Emprego do hífen: Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação. Ex.: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vagalume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bateboca. *Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como Ex.: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação. Ex.: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, gluglu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pegapega, corre-corre
Alterações
Emprega-se o hífen: Nos nomes de lugares iniciados por “grã e grão”, por verbo e naqueles cujos elementos estejam ligados por artigo: Ex.: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Baía de Todos-os-Santos, Passa-Quatro, Trás-osMontes Os demais nomes de lugar, com exceção de Guiné-Bissau, devem ser escritos sem hífen: Costa Rica, Nova Zelândia, Porto Alegre, etc. Nos compostos iniciados pelos prefixos ante-, anti-, auto-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pan-, semi-, sobre, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.: a) quando o segundo elemento começa por h: anti-higiênico, circum-hospitalar, co-herdeiro, pan-helenismo, pré-história, semi hospitalar b) quando o prefixo termina com a mesma vogal com que começa o segundo elemento: anti-ibérico, auto-observação, contra-almirante, re-escrever Obs.: O prefixo co-, quando se junta a outro elemento iniciado por o, não se separa por hífen: cooperar, coordenar, coordenação
Alterações Emprega-se o hífen: com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por vogal, m, n (além do h referido anteriormente): Exemplos: circum-escolar, circum-navegação, pan-africano com os prefixos hiper-, inter-, super-, quando o segundo elemento começa por r: Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, super-realista Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação. Exemplos: Belo Horizonte - belo-horizontino Porto Alegre - porto-alegrense Mato Grosso do Sul - mato-grossense-do-sul Rio Grande do Norte - rio-grandense-do-norte África do Sul - sul-africano
Alterações Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
anti-higiênico anti-histórico macro-história mini-hotel proto-história sobre-humano super-homem ultra-humano Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos: micro-ondas anti-inflacionário sub-bibliotecário inter-regional
Alterações Emprega-se o hífen:
Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r. Exemplos: sub-região sub-reitor sub-regional sob-roda Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal. Exemplos: circum-murado circum-navegação pan-americano Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por b, d ou r. Exemplos: ad-digital ad-renal ob-rogar
Alterações Emprega-se o hífen:
Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Exemplos: além-mar ex-presidente sem-terra pós-graduação vice-rei ex-aluno aquém-mar pré-história além-túmulo pré-vestibular ex-diretor pró-europeu ex-hospedeiro recém-casado recém-nascido Com mal, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l. Exemplos: mal-entendido mal-estar mal-humorado mal-limpo
Alterações Não se usa hífen: Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação . Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra. Não se usa mais o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r, s ou vogal diferente. Exemplo: antirreligioso, contrarregra, antissemita, contrassenha, etc.
Alterações
Não se emprega o hífen: Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra. Exemplos: autoescola antiaéreo intermunicipal supersônico superinteressante agroindustrial aeroespacial semicírculo Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por e. Exemplos: preexistente preelaborar reescrever reedição