BANANA VERDE |SETEMBRO DE 2011 | Edição #01
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expediente
Edição #01 | Ano 1 | Setembro de 2011 | Caraguatatuba | Litoral Norte de São Paulo Reitora: Profa. Dra. Sueli Cristina Marquesi Pró-reitora de Graduação: Profa. Dra. Iara Sanches Rosa Pró-reitor de Pós-Graduação e Extensão: Prof. Dr. José Carlos Victorino de Souza Campus Centro: Avenida Frei Pacífico Wagner, nº 653, Centro - CEP 11.660-903. Tel. (12) 3897.2000 Site: www.modulo.edu.br A Revista Banana Verde é uma publicação experimental e temática produzida pelos estudantes de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Módulo. Circulação semestral e distribuição gratuita nos campi Centro e Martin de Sá Conselho editorial: Profa. Ms. Bruna Vieira Guimarães; Profa. Ms. Eliane A. de Lucas Daniel; Profa. Ms. Giovana Flávia Oliveira; Profa. Dra. Iara Sanches Rosa; Prof. Dr. José Carlos Victorino de Souza; Prof. Esp. Nordan Manz; Prof. Ms. Paulo Rogério de Arruda e Profa. Ms. Sandra da Silva Mitherhofer Editora e jornalista responsável: Bruna Vieira Guimarães (MTB 32.441) Editor chefe: Cleyton Domingos (aluno do 4º semestre de Jornalismo) Fotografia: Marcelo Souza, alunos e professores de Jornalismo Reportagem: Aline Ehrlich, Amanda Pires, Bianca Schumacher, Bruna Thallicya, Cleyton Domingos, Helena Custódio, Janaína Fukai, Léo Santos, Lucas Santana, Mayara Peixoto, Milena Arytha, Pamela Borges, Rafael Franco, Rodrigo Bischoff e Tamires de Almeida Colaboraram nesta edição: Abiatar Davi, Bianca Uemura, Camila Creace, Cléverton Santana, Cristhiene Ramos, Daniele de Freitas, Diego Bandeira, Elisa Santos, José Mário da Silva, Karina Santana, Luan Fernandes, Marcelo Souza, Mário Martin, Mel Braga, Millena Hermes, Paulo Henrique Ferraz, Rebeca Ingrid, Rebecca Bonanate, Rogério Verdelli, Thaís Matos e ZSérgio Monteiro Capa: Marcelo Souza; Produção: Eduardo Saraiva; Modelo: Maryanne Gely Mendes (aluna do 2° semestre de Gestão de Recursos Humanos) Tiragem: 2.000 exemplares; Gráfica: Editora Mogiana Projeto Gráfico: Cléverton Santana e Paulo Henrique Ferraz (alunos do 2º e do 8º semestres de Jornalismo) Redação/Campus Martin de Sá: Av. Pres. Castelo Branco, s/nº, Jd. Casa Branca - CEP 11.662-700. Tel. (12) 3897-2008 E-mails professores editores: bruna.guimaraes@modulo.edu.br paulo.arruda@modulo.edu.br E-mail redação: revistabananaverde@gmail.com Site: http://issuu.com/universitariomodulo (revista banana verde)
facebook.com/bananaverde
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@revbananaverde
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revistabananaverde.wordpress.com
Fotos: Marcelo Souza
Tour pelo Módulo
Estudar na Praia
06 O tio da pipoca
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Universidade Aberta
Iniciação Científica
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Biblioteca
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Por Z Sérgio Monteiro e Rogério Verdelli
Por Léo Santos
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Calouros X Veteranos
Natureza transformada em conhecimento Por Rafael Franco Trabalhar na faculdade
Por Abiatar Davi, Camila Creace, Elisa Santos, Luan Fernandes, Rebeca Ingrid e Thaís Matos
Que tal um tour pelo Módulo? Por Janaína Fukai
O Centro Universitário vai ao encontro da comunidade Por Z Sérgio Monteiro e Rogério Verdelli
editorial
O tio da Pipoca
Por Milena Arytha
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Clínica Odontológica
Ensaio Fotográfico Por Bianca Uemura, Cristhiene Ramos, Marcelo Souza, Mel Braga e Millena Hermes
Quero mudar de curso!
Por Amanda Pires
Morar em uma cidade... e estudar em outra
Por Pamela Borges
Fiquei de DP, e agora? Por Mel Braga e Rebecca Bonanate
Retrato de um professor Por Rodrigo Bischoff
BANANA VERDE NA UNIVERSIDADE,
NA POLÍTICA, NO COTIDIANO, NO MUNDO... Naquele “cocar” tropicalíssimo de Carmen Miranda, com certeza, as bananas são o destaque; representam, no amarelo maduro, as riquezas tanto de uma jovem nação quanto de uma jovem talento. É também na banana verde que encontramos o ingrediente especial do prato típico “Azul Marinho”, tão conhecido dos habitantes do Litoral Norte de São Paulo. Nesse pensar, na pluralidade de significados, da brasilidade, do nacional ao regional – Banana é o conceito, por nós do Curso de Jornalismo do Centro Universitário Módulo, escolhido para nomear esta Revista Experimental. E, mais especificamente, Banana Verde, por quê? Porque Banana Verde é o fruto no seu potencial de ser (não maduro), ainda em processo, das condições de produção que qualificarão a
robustez, as propriedades e o sabor do fruto. De forma análoga, a Revista Experimental Banana Verde é o espaço de ensino-aprendizagem, do exercício da construção e constituição de um profissional na área de jornalismo, com um olhar tanto local quanto universal – na dura tarefa da subjetividade do seu eu ser traduzida em alteridade para o outro. O Módulo é a panela de ferro em que toda a química acontece. O compromisso da Instituição é fomentar o ensino, pesquisa e extensão, e também incentivar a prática de olhares críticos: banana verde na universidade, na política, no cotidiano, no mundo; processos e produções, nós e os outros maturando um melhor viver. Sucesso e vida longa Banana Verde!
Professores de Jornalismo
VOCÊ PODE ESTAR AQUI NA PRÓXIMA EDIÇÃO
A Revista Banana Verde está com várias promoções no
facebook.com/bananaverde
Participe. Curta. Dê sugestões. A gente se vê por aqui, no Módulo.
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Bem sucedidos depois de formados Iniciação Científica
Por Bruna Vieira e Cleyton Domingos
Siga-nos, curta-nos, twitte-nos (se for capaz) Por Aline Ehrlich
Atividades Complementares Por Bruna Thallicya
Encontro Marcado
Biblioteca
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Por Bruna Santos, Cléverton Santana, Cristhiene Ramos e Marcelo Souza
Talento é importante na hora de Por Mayara Peixoto fazer o TCC Barzinho X Faculdade Por Bianca Schumacher e Bruna Vieira
Entretenimento com Conteúdo
Por Tamires de Almeida Por Helena Custúdio
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Primeiro Semestre Acadêmico
Por Lucas Santana
O ensino superior por aqui Por Paulo Henrique Ferraz e José Mário Silva
Uma nova classe de universitários
Por Daniele de Freitas, Diego Bandeira, Karina Santana e Millena Hermes
ENSINO PULSANTE NO LITORAL NORTE
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Revista Banana Verde é fruto de um pro-
jeto coletivo. Os alunos de Jornalismo produzem notícias, fotos e diagramam o produto, já os alunos de Publicidade e Propaganda desenvolvem e executam a campanha de lançamento da revista. Não se trata de uma revista institucional, pois cada edição abordará um tema com foco na região. No entanto, esta 1ª edição, prioriza a instituição Módulo. Mostramos o ‘diferente’ de fazer faculdade na praia, que, na cotidianidade da vida moderna, aparece de forma corriqueira e comum. Uma demonstração do que não se vê habitualmente no processo de ensino, pesquisa e extensão - o tripé da instituição que conta com o maior número de alunos no ensino superior do Litoral Norte. Para quem pretende um dia fazer parte desse universo, mostramos um Módulo “pulsante”, repleto de projetos de extensão que fazem diferença na vida dos universitários e dos cidadãos que deles desfrutam. Este novo veículo de comunicação tem duas pretensões: dar voz e vida às experiências dos jovens caiçaras (universitários ou não) e fazer com que se sintam aqui representados no universo do Litoral Norte, ao qual estão inseridos. Nas notícias, reportagens e entrevistas, exemplificamos casos de como a instituição ajudou a modificar a vida de quem passou por ela: desde alunos bem sucedidos no mercado de trabalho, aos que desenvolvem projetos de iniciação científica. Serão também encontradas dicas de filmes e livros que ajudarão enraizar conceitos das diversas áreas do saber; como produzir, com o mínimo de stress, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC); a importância de cumprir as Atividades Complementares dentro do prazo; os diferentes materiais bibliográficos e audiovisuais que estão à disposição na biblioteca, bem
como incentivamos o embate de ideias entre um veterano e uma caloura. Fizemos um ‘tour virtual’ pelos ambientes dos campi Centro e Martim de Sá e, lançamos um desafio: refaça o ‘tour real’ peloslocais que não conhece. Mostramos a instigante fase de adaptação de quem entra na faculdade, dos alunos que acabam mudando de curso no meio do caminho, sem esquecer o esforço dos alunos que enfrentam estrada, chuva e sol, a fim de realizar o sonho de concluir o ensino superior. Tem ainda o reconhecimento pela excelência de um corpo docente que trabalha com alegria para fazer com que os alunos explorem o melhor de si. Demonstração disso é a própria feitura desta revista: fruto do aprendizado prático da disciplina jornalística Oficina de Impresso/Revista. Muitas discussões, orientações e revisões até chegar a este produto final. Ousamos e usamos nossos esforços para dar o ponta pé inicial. O investimento que o Centro Universitário Módulo faz ao publicar esta revista não beneficia apenas um curso, mas integra todos e põe em pauta os mais variados temas em busca de uma sociedade mais justa, consequentemente mais ética, sempre a zelar por um ensino de qualidade. Claro que nem tudo são flores na atividade jornalística. Imagine fazer uma primeira revista experimental. Apesar de tudo, um prazer para todos nós que fizemos parte deste projeto. Nossa função de informar e formar opiniões só terá perpetrado se fizer você, caro leitor, refletir sobre um ponto de vista que ainda não havia pensado. Portanto, boa leitura.
nesta edição
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Por Cleyton Domingos
Fotos: Marcelo Souza
Por Helena Custódio
Cleyton Domingos - Editor Chefe
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CAPA
NATUREZA
TRANSFORMADA EM
CONHECIMENTO
Litoral Norte: diversidade na fauna, na flora, nos cursos superiores. A região reserva segredos que só o conhecimento pode revelar
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Marcelo Souza
Por Rafael Franco
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Foto: Flickr Módulo
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Projeto “De Olho no Futuro”desenvolvido por alunas de Pedagogia
Alunas de Enfermagem podem optar pelo período matutino ou noturno
Foto: Marcelo Souza
onteúdo com consciência ambiental. Nesta simbiose está a razão de existir do Centro Universitário Módulo, hoje, a maior instituição de ensino superior do Litoral Norte Paulista em número de alunos e infraestrutura, sem contar à credibilidade que goza na comunidade regional. Jovens das cidades de Caraguatatuba, São Sebastião, Ilhabela, Ubatuba e arredores são atraídos para os campi Centro e Martin de Sá, ambos em Caraguá, que hoje reúnem mais de 2.300 alunos em cursos superiores no período da manhã e da noite. Somam-se mais 160 professores e funcionários. Aqui, ensino, pesquisa e extensão caminham juntos. O grande diferencial dos cursos superiores do Módulo está em sua “natureza”, no sentido da qualidade do ensino oferecida e, da proximidade da faculdade com praias lindas e com a Mata Atlântica. E tem lugar melhor para estudar e viver bem, numa das regiões do estado que mais cresce, e, com a garantia de um futuro promissor? A estrutura da instituição, a competência dos professores e o ambiente das aulas propagam a ideia de preservação ambiental com desenvolvimento sustentável, social e econômico. Valores defendidos pelo Grupo Cruzeiro do Sul Educacional, composto pelo Centro Universitário Módulo, Colégio e Universidade Cruzeiro do Sul, ambos na capital paulista, e pelo Centro Universitário do Distrito Federal, na capital política do Brasil. Juntos, somam 35 mil alunos, 850 professores e 700 funcionários distribuídos por oito campi. A estratégia do Grupo é atuar com instituições, marcas e posicionamentos diferentes, conforme os mercados específicos e, respeitar as características das cidades onde mantêm estabelecimentos de ensino, sem abrir mão dos princípios éticos e dos ideais de educação que norteiam as ações da Cruzeiro do Sul. Isso se traduz em alguns dos melhores indicadores acadêmicos entre as instituições de ensino brasileiras: melhor colocação no ENADE, no litoral Norte de SP; melhor programa de Iniciação Científica, segundo o CNPq; mais de 110 linhas de pesquisas; 58 grupos de pesquisas cadastrados no CNPq; 3 doutorados; 8 programas de mestrado, e diversos cursos de especialização e graduação, presenciais, semipresenciais e online.
Aula prática no laboratório multidisciplinar no campus Centro
Os cursos superiores Qual carreira seguir? O Centro Universitário Módulo possui diversos cursos de bacharelado, licenciatura e tecnólogo, além da pós-graduação. Inclusive nessas formações estão as vagas de trabalho mais requisitadas na região. A seguir, um roteiro para esclarecer dúvidas de cada curso com depoimentos de professores, coordenadores e alunos. Tudo isto para ajudá-lo a ampliar o conhecimento e formar novos pontos de vista relativos à maior instituição de ensino superior do Litoral Norte.
Ter a natureza abundante e limpa não tem preço. Agora, tê-la na cidade ou região que você escolheu estudar e morar, é muita sorte. Com certeza esta reflexão é feita pelos vestibulandos que preenchem as vagas do único Centro Universitário do litoral norte, rumo à profissionalização BANANA VERDE |SETEMBRO DE 2011 | Edição #01
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BACHARELADO
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roporciona a formação exigida para exercer profissões universitárias regulamentadas por lei. A maioria dos bacharelados tem duração de quatro a cinco anos. Arquitetura e Urbanismo é uma opção A póspara atuar no mercado de trabalho da construção civil e de projetos urbanísticos graduação no sustentáveis. O estudante do curso, Rubens Módulo tem o Rebouças, afirma que a possibilidade de su- conteúdo e a cesso e boas opções de trabalho estão em alta no litoral. “Especialmente agora que experiência de as obras da Petrobras atraem empresas do uma das mais ramo da construção civil”, comenta. bem avaliadas Ciências Contábeis auxilia o empresainstituições riado a gerenciar seu patrimônio, aliado à do Brasil, a visão de mudanças da economia mundial e inserido na administração da empresa. Universidade Todo comércio e empresa precisa de um Cruzeiro do Sul contador. Em algumas regiões do Brasil a mão de obra é escassa, segundo informações do Conselho Federal de Contabilidade. É um profissional que não fica sem trabalho no Litoral Norte. Na área de humanas o Módulo disponibiliza cursos bem concorridos no mercado de trabalho. Administração e Direito são os cursos com o maior número de alunos na instituição. Dentro dos projetos profissionais da estudante de Administração, Renata Alkimin, está uma pós-graduação na área de Marketing ou Estética e Cosmetologia. “Depois, quero voltar para Ilhabela e abrir meu próprio estabelecimento”, comenta. O curso de Jornalismo traça soluções de comunicação, cujo mercado de assessoria O Grupo de imprensa e mídias sociais está em ascen- Cruzeiro do Sul são na região. Segundo Bruna Vieira GuimaEducacional, rães, professora e coordenadora do curso, composto o foco é unir teoria e prática na produção pelo Centro de jornais, revistas, telejornais, programas Universitário de rádio, portais de notícia e pesquisas de Módulo, iniciação científica. “Fazer assessoria de imColégio e prensa, produzir conteúdo para sites e criar Universidade produtos de comunicação está dando muiCruzeiro do to certo por aqui”, relata. Os conceitos de anatomia, antropologia, Sul, ambos na fisiologia e sociologia, aliados aos processos capital paulista, de desenvolvimento humano tornam o cur- e pelo Centro so de Educação Física uma grande opor- Universitário do tunidade para crescer nesta profissão. A Distrito Federal, coordenadora Tatiane Calve confirma que na capital o mercado no litoral é ótimo. “O aluno repolítica do cém-formado já sai trabalhando”. O aluno Brasil. Juntos, do 5º semestre, Gabriel Calá, quer ser prosomam 35 mil fessor do ensino médio, para "formar cabealunos, 850 ças e cultivar valores humanos nos alunos”. professores e A área de Enfermagem é uma opção para quem quer aprender a promover, 700 funcionários manter e restabelecer a saúde das pesso- distribuídos por as. O profissional coleta dados da saúde do oito campi paciente e fica responsável pela higiene, medicação e curativos.
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O curso de Engenharia de Produção habilita futuros empreendedores e sua atuação não se limita à indústria. Ressalta a importância da relação empresa com desenvolvimento de soluções de varejo, agroindústria e ainda análises de investimento.
LICENCIATURA Os cursos de licenciatura habilitam profissionais para lecionarem em diferentes níveis de ensino. A Pedagogia destina-se à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional na área de serviços, apoio e gestão escolar. O Módulo disponibiliza também as licenciaturas com duração de três anos, em Educação Física e Ciências Biológicas. Formam professores dessas disciplinas para as séries finais do Ensino Fundamental e Médio.
TECNÓLOGO
Prepara profissionais de diversos setores da economia, com foco nos aspectos técnicos e administrativos dos negócios. Visa suprir necessidades imediatas do mercado de trabalho, o que aumenta as oportunidades de conseguir emprego, antes mesmo da conclusão do curso. Análise e Desenvolvimento de Sistemas conta com apoio de tecnologias de ponta e proporciona ao aluno a formação adequada para criar softwares. O profissional pode oferecer suporte técnico para desenvolver plataformas de trabalho e pode implantar sistemas CRM (Customer Relationship Management) e BI (Business Intelligence). Gestão de Recursos Humanos propõe treinar, selecionar e recrutar profissionais para determinadas áreas de trabalho e gerenciar pessoas. Tem duração de dois anos e meio. No conceituado campo da exploração consciente das riquezas naturais, o tecnólogo de Petróleo e Gás traz a oportunidade de i ngressar numa das áreas que mais cresce no litoral norte paulista, a exploração destes recursos naturais. O profissional atua em refinarias, plataformas e estações de armazenamento. A duração do curso é de três anos.
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TRABALHAR NO CENTRO UNIVERSITÁRIO A cantina se transforma na área de convivência preferida dos alunos e por isto está quase sempre cheia. Procurada não só na hora do intervalo, o estabelecimento é “palco” de conversas amigáveis. O corpo docente, também, frequenta de forma assídua. Momentos de descontração e de escape da correria da sala de aula Gostar do que faz. Assim também acontece com Joelma do Prado que atua na copiadora do campus Martin de Sá. Ela garante que faz amizade com os alunos. “A maioria dos momentos é de alegria, porém quando as copiadoras dão problema, os alunos ficam impacientes”, comenta. O proprietário da cantina, Wirlei Batista Rocha Júnior fala dos pedidos curiosos que recebe. “De comida japonesa, a prato-feito, alimentos da linha light e lanches quentes. Explico com jeitinho que não ofereço estes produtos e eles entendem”, comenta. “Conheço quase todos os alunos e professores. Faço questão de cumprimentá-los fora na faculdade”, finaliza. *Por Abiatar Davi, Camila Creace, Elisa Santos, Luan Fernandes, Rebeca Ingrid e Thaís Matos.
Fotos: Marcelo Souza
Secretaria, financeiro, cantina, limpeza, copiadora, biblioteca, sala dos professores, reitoria... Tem gente trabalhando em cada cantinho do Módulo. Apesar de muitas vezes passarem desapercebidos na rotina de trabalho, são os funcionários e prestadores de serviço que fazem “acontecer” o Centro Universitário. Para Enedina Aparecida Cristina, funcionária que há mais tempo atua na instituição, exatos 22 anos, o mais gratificante é saber que o Módulo contribui, qualifica e abre as portas do mercado de trabalho aos moradores da região. “Hoje nossos ex-alunos são prefeitos, vereadores, gerentes de banco etc. O Ernani Primazzi, prefeito de São Sebastião fez Administração aqui, já o Eduardo Cesar, de Ubatuba, concluiu Direito e Letras. Secretariei quase todos os cursos. O primeiro foi Pedagogia em 1988. Entrei no ano seguinte quando passamos a oferecer Letras”.
Alunos de Direito desfrutam de área verde no campus Martin de Sá
Momentos de descontração fazem parte do ambiente universitário
PÓS-GRADUAÇÃO PRESENCIAL, SEMIPRESENCIAL E ONLINE
A pós-graduação no Módulo tem o conteúdo e a experiência de uma das mais bem avaliadas instituições do Brasil, a Universidade Cruzeiro do Sul que certifica os cursos lato sensu (especializações). Os cursos de pós-graduação são voltados ao aprimoramento acadêmico e profissional, com duração máxima de dois anos, com caráter de educação continuada. Para este segundo semestre de 2011, foram ofertados cursos lato sensu, com aulas presenciais, nas seguintes áreas: - Odontologia tem os cursos de Endodontia e Ortodontia. - Em Administração & Negócios: MBA (Master Business Administration) em Controladoria e Finanças, MBA Gestão de Projetos e Obras em Edificações, MBA Gestão Estratégia de Pessoas. - Na área de Educação: Psicopedagogia e Pedagogia Empresarial. A novidade são os cursos de pós-graduação do campus Virtual da Universidade Cruzeiro do Sul.
Em Administração & Negócios as opções são: Gestão de Projetos – Metodologia PMI; MBA Comunicação e Marketing; MBA Controladoria e Finanças; MBA Gestão Empresarial; MBA Gestão Estratégica de Pessoas; MBA Gestão Pública; MBA Supply Chain e Logística Integrada. Já em Biológicas e Saúde, MBA em Gestão dos Serviços de Saúde; Pedagogia para Docência em Saúde. Na área de Direito há Direito Militar. Na área de Educação, Docência no Ensino Superior; Educação a Distância: Elaboração de Material, Tutoria e Ambientes Virtuais; Ensino de Astronomia; Ensino de Biologia; Ensino de Física; Ensino de Matemática; Ensino de Química; Informática na Educação; Psicopedagogia. • Mais informações: www.cruzeirodosulvirtual.com.br
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CONHEÇA NOSSA REITORA, PRÓ-REITORES E COORDENADORES DE CURSO
REITORA Profa. Dra. Sueli Cristina Marquesi; Graduada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras "Professor Carlos Pasquale"; Especialização em Administração Universitária pela Organização Universitária Interamericana; Mestrado em Língua Portuguesa pela PUC-SP; Doutorado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC-SP; Pós-Doutorado pela Universidade do Porto (UP), Portugal. ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E GESTÃO DE RH Profa. Ms. Marina Codo A. T. Ramos; Graduada em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP); MBA executivo em Gestão Estratégica de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV); Mestre em Administração pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV-EAESP); Doutoranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
ARQUITETURA E URBANISMO Profa. Ms. Tatiane Roselli Ribeiro; Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; MBA em Gestão de Negócios (ATCO/Módulo); Mestre em Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP); Doutoranda em Arquitetura e Construção pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
EDUCAÇÃO FÍSICA Profa. Ms. Tatiane Calve Graduada em Educação Física (licenciatura e bacharelado) pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP); Mestre em Motricidade Humana pela UNESP (Rio Claro).
Profa. Dra. Iara Sanches Rosa; Graduada em Letras e Pedagogia pela Universidade de Guarulhos (UNG); Mestre em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP) e Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
PRÓ-REITOR DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO Prof. Dr. J o s é C a r l o s V i c t o r i n o d e S o u z a ; Graduação em Administração pela Gay Lussac Instituto de Ensino Superior; Especialização e Mestrado em Didática do Ensino Superior pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; Doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
De 43 indicadores, o Corpo Docente do Centro Universitário Módulo foi o ítem melhor avaliado pelos alunos que participaram da Pesquisa Institucional em 2010
ENGENHARIA DA PRODUÇÃO Prof. Esp. Edivaldo Alberto (Beto) Graduado em Engenharia de Produção pela Universidade de São Paulo em São Carlos (UFSCAR); Especialização em Economia do Trabalho pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Mestrando em Políticas Sociais pela Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL).
PEDAGOGIA E HISTÓRIA Profa. Ms. Maria Antônia de Lima Ribeiro Furgeri; Graduada em Pedagogia pelas Faculdades de Educação, Ciências e Letras de Mogi Mirim; Mestre em Educação pela Universidade São Francisco/Universidade de Guarulhos (UNG).
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PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO
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Prof. Ms. Luciano Krob Meneghetti; Graduado em Análise de Sistemas pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP); Mestre em Engenharia Elétrica e de Computação na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
DIREITO Prof. Dr. Alan Vendrame; Graduado em Direito pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo; Especialista em Políticas Públicas pela Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM); Doutor em Ciências e Políticas Públicas em Saúde pela UNIFESP; Pós-doutorando e pesquisador da UNIFESP.
ENFERMAGEM Profa. Esp. Valéria Cristiane Rosa e Silva; Graduado em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade de Barra Mansa; Especializações em Gestão e Auditoria dos Serviços de Enfermagem pela Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL), em Saúde da Família pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Mestranda em Enfermagem pela Universidade de Guarulhos (UNG).
JORNALISMO E PUBLICIDADE E PROPAGANDA Profa. Ms. Bruna Vieira Guimarães Graduada em Jornalismo pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP); Especialização em Jornalismo Literário pela Academia Brasileira de Jornalismo Literário (ABJL); Mestre em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP); Doutoranda em Comunicação pela UMESP.
PETRÓLEO E GÁS, CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E GESTÃO AMBIENTAL Profa. Ms. Solange M. F. de Vasconcelos; Graduada em Química (licenciatura e bacharelado) pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; Mestre em Saneamento Ambiental pelo Mackenzie.
Foto: Marcelo Souza
ENSINO
QUE TAL UM TOUR Por Janaína Fukai
PELO MÓDULO?
O Centro Universitário dispõe de laboratórios para práticas profissionais e oferece serviços online aos alunos Ninguém gosta de ficar perdido, certo? Por esse motivo, elaboramos um guia para ajudá-lo a conhecer melhor a infraestrutura do Centro Universitário Módulo, composto por dois campi.
Campus Centro
Laboratórios
Laboratório de Anatomia
Informática: destina-se ao apoio das disciplinas e cursos, ao treinamento de alunos em aplicativos de uso comercial, administrativo e pedagógico. Anatomia: planejado para atender aos alunos da área de saúde (Enfermagem). Nele existem modelos e peças anatômicas modernas que facilitam a compreensão e identificação do funcionamento do corpo humano. Multidisciplinar: tem a função de prover aulas práticas para os alunos dos cursos de Ciências Biológicas, Enfermagem, Educação Física, Engenharia de Produção e Gestão Ambiental. Voltado para a realização de experiências que permitam a observação experimental da ocorrência de fenômenos físicos e químicos.
No campus Centro são ministrados os cursos de Ciências Biológicas, Educação Física, História, Pedagogia, Gestão Ambiental, os cursos de Pós-Graduação e de Extensão. Concentra a maior parte do corpo administrativo da instituição. O prédio é dividido entre as Unidades I, II, III, IV e V
Webclass: disponível a todos os alunos para fazerem as atividades das disciplinas on-line e realizarem trabalhos, pesquisas acadêmicas e acessarem correios eletrônicos.
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Brinquedoteca
Fotos: Marcelo Souza
Local das aulas práticas de ensino e aprendizagem do curso de Pedagogia. Aqui acontecem projetos interdisciplinares, no qual alunos com dificuldades de aprendizagem de séries iniciais do Ensino Fundamental e Infantil recebem orientações gratuitas. Mais de 2.000 brinquedos, jogos pedagógicos, livros didáticos, paradidáticos, literatura infantil, CDs de músicas infantis e instrumentos musicais.
CAA - Central de Atendimento ao Aluno Responsável pelas demandas acadêmicas como matrículas, requerimento de alterações diversas, 2ª via da carteira do estudante, entre outros serviços. Funciona de 2ª a 6ª feira das 8h às 22h e aos sábados das 9h às 13h. Por meio da CAA online (via Área do Aluno), é possível solicitar o histórico escolar, carta de estágio (2ª via), transferências internas, revisão de notas e outros serviços.
EAJ - Escritório de Assistência Jurídica Inaugurado em 22 de setembro de 2010, com o objetivo de prestar assistência à população de baixa renda sem precisar agendar o atendimento. Os atendimentos são conduzidos por professores e alunos do curso de Direito que atendem diariamente das 13h às 18. Atualmente, elaboram ações na área de Direito Civil.
Biblioteca Centro
Auditório O Módulo também dispõe de um dos maiores auditórios do litoral norte paulista (270 lugares), onde todos os anos acontecem importantes congressos, encontros, palestras e afins. Este ano sediou a 1ª Audiência Pública do Plano Diretor de Caraguatatuba, o 1º Simpósio Clínico da Dengue, o lançamento da Certificação Ambiental de Instalações de Apoio Náutico entre outros eventos. Agenda disponível no site www.modulo.edu.br.
CPA - Comissão Própria de Avaliação A auto-avaliação é importante para toda instituição de ensino que deseja melhorar seu desempenho. A CPA realiza avaliações periódicas na comunidade interna (alunos, professores e funcionários), com o objetivo de manter a qualidade do ensino, e verificar se os projetos de pesquisa e extensão estão sendo executados de forma satisfatória. Seus membros também propõem melhorias nas áreas que apresentam dificuldades. O campus Centro conta ainda com quadra esportiva, lanchonetes, copiadora e uma área verde ideal para a pausa entre uma aula e outra.
A Biblioteca do campus Centro conta com acervo aberto, além de disponibilizar o acesso a diversos jornais e revistas. Após efetivar a matrícula, os alunos estão automaticamente cadastrados no sistema de bibliotecas, podendo usufruir de todos os serviços, incluindo os acessos online a sumários eletrônicos, periódicos e catálogos. Funciona de 2ª a 6ª feira, das 8h às 22h15 e, aos sábados das 8h às 13h45.
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Fotos: Bruna Vieira
Campus Martin de Sá
O campus Martin de Sá abriga onze cursos: Administração, Arquitetura e Urbanismo, Direito, Enfermagem, Engenharia de Produção, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Sistemas de Informação, Gestão Comercial, Gestão de Recursos Humanos e Petróleo e Gás. É formado pelos Blocos I, II e III.
Laboratórios Enfermagem: laboratório simula um ambiente hospitalar para as aulas práticas de saúde. Maquetaria: espaço para a confecção de maquetes e modelos em escalas de projetos e trabalhos acadêmicos destinados aos alunos de Arquitetura e Urbanismo, bem como a familiarização com os diversos materiais aplicados à maquetaria. NPJ – Núcleo de Práticas Jurídicas: onde professores, profissionais especializados e militantes examinam e corrigem individualmente o trabalho dos alunos de Direito, com enfoque na cidadania. Rádio e TV: o estúdio está preparado para gravações de programas televisivos e tem uma ilha de edição com softwares de rádio para criações de spots, locuções e outros produtos comunicacionais. Frequentado pelos alunos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Sistemas de Informação.
LINA - Laboratório de Iniciação à Arquitetura: atende aos alunos do 9º e 10º semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo com vistas ao cumprimento do estágio curricular. Desenvolvem projetos sociais como plantas populares, acessibilidade, análise de áreas de risco entre outros.
O campus da Martin de Sá possui ainda uma Sala de Audiência destinada aos alunos de Direito, Webclass, quatro laboratórios de informática, copiadora e cantina. A Central e Atendimento ao Aluno e a Biblioteca novamente estão presentes, com a finalidade de atender às necessidades acadêmicas dos alunos. Nesse campus a CAA funciona de 2ª a 6ª feira das 8h às 13h e das 17h às 22h (não funciona aos sábados). Biblioteca Martin: Alunos e professores do Grupo Cruzeiro do Sul Educacional têm acesso a Biblioteca Universitária 2.0, por meio do pacote de e-books da Editora Pearson. Acesse www.cruzeirodosulvirtual.com.br e confira os mais de 900 títulos de livros e documentos oferecidos em formatos eletrônicos em diversas áreas do conhecimento. Visite a Biblioteca de 2ª a 6ª feira das 8h às 22h15. •
Práticas construtivas: formado por uma estrutura de painéis com circuitos elétricos, os principais usuários deste laboratório são os alunos de Arquitetura e Urbanismo. BANANA VERDE |SETEMBRO DE 2011 | Edição #01
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Fotos: Marcelo Souza
ENSINO
IGUAIS E DIFERENTES Calouros e veteranos têm em comum a ânsia por uma formação acadêmica eficiente e pelo possível reconhecimento profissional
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Por Léo Santos
s universitários levam para a sala de aula uma bagagem cultural recheada de valores pós-modernos como a entrega ao momento presente, predomínio do efêmero, do imediatismo, do consumo desenfreado e do individualismo. Na contra-mão disso, a faculdade busca ser o lugar de reflexão de valores, de crescimento pessoal e profissional dos jovens. É o momento de buscar formas alternativas de viver e ver o mundo. Incentivo para a formação de cidadãos mais fraternos e solidários. Sendo assim, destacamos do pós-modernismo a valorização da i-n-f-o-r-m-a-ç-ã-o, que, para os universitários, é o cerne do conhecimento acadêmico. Nesse sentido, a Revista Banana Verde colocou frente a frente dois estudantes do Módulo: Thaís Matos, 18 anos, agora no 2° semestre de Jornalismo e Rodrigo Ropero, 25 anos, no 8º semestre do mesmo curso. Eles falaram das expectativas quanto ao curso e dos projetos profissionais que querem desenvolver num futuro próximo. O embate jornalístico entre a ‘caloura’ e o ‘veterano’ aconteceu na sala de aula, numa noite de maio, cercados pelo clima de descontração e dinamismo dos colegas. Rodrigo Ropero, o veterano, conheceu uma jornalista quando tinha 16 anos. Ela o incentivou a entrar na faculdade, e por ironia do destino, hoje é sua professora. Para a caloura Thaís, a influência veio da afinidade com a escrita, a leitura e o gosto pelos meios de comunicação. “Hoje o jornalista tem liberdade de quase tudo (risos)”, comenta Thaís. As ideias dos jovens evoluem. Quando ingressam na faculdade pensam e agem de
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A faculdade busca ser o lugar de reflexão de valores, de crescimento pessoal e profissional dos jovens. É o momento de buscar formas alternativas de viver e ver o mundo. Incentivo para a formação de cidadãos mais fraternos e solidários
BANANA VERDE | SETEMBRO DE 2011 | Edição #01
Thaís Matos
Escolhi jornalismo devido a minha facilidade e gosto pela leitura e escrita. Quais são as suas expectativas em relação ao curso? Hmm... espero tirar o máximo de proveito. Qual o seu sonho depois de formada? Fazer especialização fora do Brasil. Uma pessoa que tem essa profissão e te inspira? Admiro o estilo do Pedro Bial, as crônicas são boas, apesar da imagem um tanto desgastada em consequência do Big Brother Brasil. Contribuição da faculdade para o seu futuro? Imprescindível, pois quase todas as profissões exigem diploma de ensino superior. Além disso, creio que seja a fase de descobertas.
uma forma, ao concluírem, a maioria deles está mais madura. Isto ficou evidente na fala de Rodrigo. Ao iniciar o curso ele queria especializar-se em fotojornalismo, hoje optou pelo rádio. Apaixonou-se pelo veículo depois de trabalhar numa emissora da cidade. Já Thaís prefere não arriscar: “Ainda tenho três anos para decidir. Tenho certeza que escolhi o curso certo”. O que muda na vida do jovem quando inicia a faculdade? Thaís afirma que está lendo mais jornais, revistas e livros pertinentes a área. “Também comecei um estágio em assessoria de imprensa. Tenho me dedicado às disciplinas que gosto, deixando as outras meio de lado. Mas com o conselho dele (do veterano), vou me esforçar em todas (risos)”. Thaís perguntou se as expectativas de Rodrigo, com relação ao curso, foram atingidas. “O curso de jornalismo passou por várias mudanças de coordenação. Momentos altos e baixos, como na vida. Não sei se a palavra certa é “suprir”, mas aprendi muito com os professores, todos se empenharam”, conta o veterano. Rodrigo deu dicas para a caloura Thaís. “Não deixe para fazer as atividades complementares no último ano, pois sua cabeça estará no TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) que exige muito do aluno. Ah, sugue tudo o que os professores têm para oferecer e ensinar. Não faça como eu que deixei a desejar. Não saia da aula com dúvidas, pergunte sempre. A faculdade não é lugar para ter vergonha”, enfatiza o veterano. •
Saber dividir o tempo entre trabalho, vida pessoal e faculdade. Confesso que me vi perdido algumas vezes, mas não podia deixar a peteca cair (Rodrigo Ropero) As ideias dos jovens evoluem. Quando ingressam na faculdade pensam e agem de uma forma, ao concluírem, a maioria deles está mais madura
Tenho me dedicado as disciplinas que gosto, deixando as outras meio de lado. Mas com o conselho dele (do veterano), vou me esforçar em todas (Thais Matos)
Rodrigo Ropero Eu tinha uns 16 anos quando decidi pelo jornalismo. O Módulo trouxe o curso para Caraguá. Não pensei duas vezes parar Administração e ingressar no curso que sempre sonhei. Queria aprender tudo e rápido: falar em público, fazer entrevistas, escrever um bom texto... Uma pessoa que tem a profissão de jornalista e te inspira? Uma professora que me ajudou a ver a profissão com outros olhos e me incentivou a continuar em frente foi a Luciana Fuoco. Tiro o chapeú para essa profissional. Dificuldades durante a jornada acadêmica? Saber dividir o tempo entre trabalho, vida pessoal e faculdade. Confesso que me vi perdido algumas vezes, mas não podia deixar a peteca cair.
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EXTENSÃO
O CENTRO UNIVERSITÁRIO VAI AO ENCONTRO DA
Fotos: Marcelo Souza
COMUNIDADE
A Clínica de Odontologia do Módulo oferece tratamento dentário gratuito
Clínica de Odontologia, assistência jurídica, universidade para a melhor idade, cursos rápidos e palestras, tudo isto feito com muita dedicação e carinho, em benefício da comunidade de Caraguatatuba e região Por Z Sérgio Monteiro e Rogério Verdelli
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lunos e professores saem “dos muros” da faculdade e vão ao encontro da comunidade. Nos programas de extensão, o conhecimento adquirido no Centro Universitário Módulo é colocado em prática. Os moradores de Caraguatatuba e região podem marcar consultas e fazerem tratamento dentário sem custos na Clínica de Odontologia do Módulo, que funciona de segunda e quarta, das 14h às 20h e de terça e quinta, das 8h às 11h30, na Av. Dr. Arthur Costa Filho, 185, telefone: (12) 3883-3682. Os dentistas são alunos de pós-graduação da Universidade Cruzeiro do Sul, instituição do mesmo grupo do Módulo e do Centro Universitário do Distrido Federal e veem ao litoral especificamente para desenvolver o projeto. Eles fazem atendimento nas especialidades de ortodontia, endodontia, periodontia, implante, prótese, odontopediatria, dentística e cirurgia.
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O Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) é composto por estudantes e professores de Direito do Módulo que prestam atendimento jurídico gratuito aos moradores. A consulta não precisa ser agendada e o atendimento é de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h. Informações: (12) 3897-2000. Poupança Universidade, uma iniciativa inédita do Módulo, lançada ano passado, promove o acesso e permanência dos jovens no ensino superior. O programa se destina aos alunos do ensino médio e consiste na antecipação de valores para pagamento das mensalidades da instituição, enquanto frequentam o segundo grau. Informações: (12) 3897-2040.
Bruna Vieira
A Universidade Aberta reúne pessoas com mais de 50 anos, nas tardes de terça e quinta, no Campus Centro. Aulas, palestras e atividades são ministradas por professores e especialistas, de forma dinâmica e interativa, e aborda temas de cidadania, atualidades e melhoria da qualidade de vida. São, também, envolvidos alunos de diversos cursos com temas específicos como inclusão digital, dança, coral, produção de blog e outros. O programa é gratuito.
A Universidade Aberta reúne pessoas com mais de 50 anos, nas tardes de terça e quinta, no campus Centro
O Jornal Antenado tem a maior tiragem do litoral norte, 13 mil exemplares
O Jornal Antenado feito pelos alunos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do Módulo, tem a maior tiragem do litoral norte, 13 mil exemplares, formato tablóide e oito páginas coloridas. Voltado especificamente ao jovem da região e distribuído em todas as escolas estaduais do ensino médio de Caraguá, Ubatuba, São Sebastião e Ilha-bela. O programa De Olho no Futuro capacita alunos do ensino médio das escolas públicas para que possam ingressar no mercado de trabalho e dar continuidade aos estudos no ensino superior. A atividade é desenvolvido por estudantes de Pedagogia e demais cursos como Gestão de Recursos Humanos e Sistemas de Informação.
BANANA VERDE |SETEMBRO DE 2011 | Edição #01
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Marcelo Souza
O projeto de Educomunicação começou em maio deste ano e prossegue até novembro, com encontros quinzenais envolvendo 120 alunos da escola municipal Cynthia Cliquet Luciano, do bairro da Enseada, em São Sebastião. Na área da Saúde, a comunidade acadêmica também presta serviço aos moradores locais. Promove campanhas nas escolas municipais e estaduais da Gripe Influenza A-H1N1, de combate a tuberculose; teatro de Saúde Bucal no bairro do Jetuba; brinquedoteca; enfermeiros da alegria; palestras em vários lugares e no natal Enfer-Mágico, em parceria com as equipes da rede municipal do PSF (Programa Saúde da Família). O programa Educação Continuada, com participação de alunos de Pedagogia, objetiva a erradicação do analfabetismo e a universalização do ensino, alfabetizando jovens e adultos que não tiveram oportunidades de acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental. A Consultoria Empresarial Módulo auxilia empresários locais a desenvolver conhecimentos específicos da área. Desenvolvido por alunos de Administração, Ciências Contábeis e Gestão de Recursos Humanos. O Laboratório de Iniciação à Arquitetura (LINA) reúne alunos concluintes do curso de Arquitetura e Urbanismo. Eles atuam no desenvolvimento de projetos sociais como plantas populares, reformas de capelas, projetos de acessibilidade, paisagismo, arborização e análise de áreas de risco, em parceria com a Secretaria Municipal de Urbanismo. O estágio curricular é monitorado por professores e funcionários da Prefeitura de Caraguatatuba.
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O LINA reúne alunos do 9º e 10º semestres de Arquitetura e Urbanismo que atuam no desenvolvimento de projetos sociais como plantas populares, reformas de capelas, projetos de acessibilidade, paisagismo, arborização e análise de áreas de risco
Divulgação/Curso de Arquitetura
O projeto de educomunicação desenvolvido por professores e alunos de Jornalismo incentiva jovens a fazer blog, jornal mural e impresso, fotografia, programas de rádio e redes sociais
O Centro Universitário Módulo também incentiva e apóia projetos, eventos e congressos que valorizem a cultura da região em consonância à preservação ambiental. Neste sentido, este ano foram produzidas peças publicitárias para a Festa do Divino de Caraguá; lançado o documentário “Caiçara: Cultura em Transformação”; feito o concurso do projeto arquitetônico de reforma da Capela Santa Cruz, no bairro da Cocanha, em parceria com a Diocese; realizada a cobertura jornalística do XV Congresso Brasileiro de Folclore, ocorrido em julho último, na cidade de São José dos Campos, entre outras ações. O Módulo também promove intercâmbio no qual professore s/alunos de outras instituições trazem seu conhecimento e experiência para as dependências do Centro Universitário; ou professores/alunos “emprestam” seu conhecimento ministrando cursos e palestras em outros órgãos. As palestras do Encontro Marcado acontecem no auditório do campus Centro e abordam temas diversos, sendo abertas ao público em geral. (leia matéria na página 40) Além disso, a comunidade é convidada a participar das semanas institucionais, feiras, eventos, simpósios e workshops realizados dentro do Módulo. Há ainda a opção dos alunos e da comunidade em geral participar dos Cursos de Extensão Universitária. Eles não fazem parte da grade curricular e têm custo adicional. •
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MERCADO DE TRABALHO
MUITA FORÇA DE VONTADE... PARA TER ÊXITO PROFISSIONAL APÓS CONCLUIR A FACULDADE
Foto: Marcelo Souza
Por Helena Custódio
Terminar o curso superior é uma coisa. Ser profissional competente e requisitado é outra completamente diferente. Tudo bem que, geralmente, um é consequência do outro. Mas são as atitudes com a vontade de vencer que fazem a diferença na carreira dos recém-formados BANANA VERDE |SETEMBRO DE 2011 | Edição #01
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Fotos: Marcelo Souza
O sucesso na vida profissional do recém-formado leva em conta algumas questões: se o universitário escolheu o curso certo, se desempenhou tudo que podia na faculdade e quanto tempo e disposição investiu em estudos e atividades complementares. A Revista Banana Verde encontrou estudantes que se formaram nos últimos três anos no Centro Universitário Módulo e, perguntou a eles, quais desafios percorreram para obterem êxito na profissão.
Abriram empresas e escritórios
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m 2008, João Paulo Vieira Guimarães, 30 anos, formou-se em Direito. Durante o curso, estagiou em escritórios particulares. “O estágio é importante para ser bem sucedido na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Estudei muito para passar no primeiro exame”, conta. Hoje advogado, mas nem sempre foi assim. João Paulo cursou dois anos de Ciências da Computação até entender qual era sua verdadeira vocação. “Meu pai e meu irmão, que também é advogado, incentivaram-me a mudar de curso”, acrescenta. Em maio de 2010, João Paulo e seus colegas Tamis Faustino e Evandro Ferreira, que também cursaram Direito no Módulo, em turmas diferentes, criaram a primeira Sociedade de Advogados registrada na OAB de Caraguatatuba. O negócio vai muito bem. “Estamos com bastante trabalho. Espero que cresça cada vez mais”, anseia. João Paulo ressalta a importância de ter feito uma boa faculdade. “Claro que a instituição de ensino, os professores e a grade curricular contam, no entanto, quem faz a faculdade é o aluno”, conclui.
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A instituição de ensino, os professores e a grade curricular contam, no entanto, quem faz a faculdade é o aluno (João Paulo V. Guimarães)
Alan Douglas da Silva, 23 anos, formou-se em 2008, no curso de Produção Multimídia. As dificuldades no início da carreira não foram poucas. “Existe aquela desconfiança do mercado. As empresas não têm tempo pra ensinar, precisam de resultados e isso dificulta para os que estão saindo da faculdade”, ressalta. Alan fez o ensino superior trabalhando na área. Mesmo assim, buscou cursos complementares, um deles ensinou a colocar seus clientes nos primeiros lugares nos mecanismos de busca, como Google. Hoje faz pós-graduação em Desenvolvimento de Sistemas Web. O produtor multimídia diz que a boa faculdade unida à pós-graduação, abriram portas pra ele criar a própria empresa. “Desafios existem em quaisquer área e momento. Hoje venci, amanhã lutarei pra vencê-los novamente”, descreve Alan. Outra experiência empreendedora é a da produtora multimídia Mayara Cristina Peixoto, 24 anos, atualmente cursando Jornalismo no Módulo. Assessoria de Imprensa é sua nova empreitada, e os estágios nesta área foram imprescindíveis para a escolha de abrir um escritório nesta área. Mayara é daquelas que gosta de estudar.
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Tive um filho aos 17 anos e tenho certeza de que sem a ajuda dos meus pais, amigos e da família eu não teria conseguido chegar até aqui (Mayara Peixoto)
“Também fiz técnico de turismo e eventos (Ceprolim, 2006) e curso de Vídeo Designer (SENAC-SP, 2009). Estudar nunca é demais. A parte técnica é importante para execução de algumas tarefas”, considera. Para Mayara Peixoto, a palavra “incentivo” teve grande peso em sua trajetória. “Tive um filho aos 17 anos e tenho certeza de que sem a ajuda dos meus pais, amigos e da família eu não teria conseguido chegar até aqui”, aponta. Mayara escolheu uma profissão que realmente gosta, mas não basta. “Tem que correr atrás. Não posso achar que um diploma vai mudar a minha vida. O que acrescenta é o conhecimento adquirido e que estou colocando em prática no meu escritório. Para tanto, procuro atualizar-me e fazer cursos”, aconselha a incansável Mayara que quer fazer pós-graduação quando terminar a atual graduação. “Até lá, espero que o escritório esteja bem desenvolvido”, finaliza.
Bem empregados “A gente se pergunta o que vai fazer quando se formar. No meu caso, apareceram várias propostas”, afirma Juliana S. Martins, 22 anos, que terminou Administração em 2010. Ela escolheu trabalhar numa empresa paraguaia e faz planos de se especializar na área de Recursos Humanos, além de aprender novos idiomas. “Eu tinha pouco tempo para estudar e tive dificuldades para pagar a faculdade. Pensei em desistir. Mas era o curso que eu desejava. Hoje sei que valeu à pena”, resume.
Busco conhecimento de todos os lados, seja por meio de uma conversa, pela internet, no trabalho ou em livros. A realidade aqui fora é bem diferente do universo da faculdade (Leandro Santos)
Leandro Santos da Silva, 27 anos, formou-se em Direito em 2010 e optou pelos concursos. É funcionário efetivo da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, passou no exame da OAB e agora quer ser aprovado num concurso público da sua área. “O bacharel em Direito dispõe de uma gama de opções ao concluir o curso”. Leandro lamenta não ter feito estágio em escritórios particulares. No entanto, aproveitou bem as aulas no Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ), participou de audiências simuladas e defendeu casos práticos simulando partes teóricas do Direito. “Busco conhecimento de todos os lados, seja por meio de uma conversa, pela internet, no trabalho ou em livros. A realidade aqui fora é bem diferente do universo da faculdade”, relata. A psicóloga Cíntia Nunes, de São Paulo, ressalta a responsabilidade de uma instituição que oferece estágio. “A empresa ou órgão que contrata o estagiário precisa ter paciência. É momento de aprender. Eles têm que estar preparados para receber o estagiário”, acrescenta. Cíntia esclarece que o término da graduação trás deveres e obrigações ao recém-formado. “O incentivo das pessoas de convívio serve como apoio”, explica. Mas nem sempre o novato se sai bem. “Muita tristeza, medo e dores no corpo podem ser sinais de ansiedade, depressão e bipolarismo. Aí é preciso procurar ajuda médica”, finaliza. •
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Fotos: Bruna Vieira
PERFIL
O TIO DA
PIPOCA
Há cinco anos, Durval, o “pipoqueiro” do Módulo, não falta ao trabalho. Sabe cativar a freguesia com uma ótima pipoca com queijo e bacon. Para atrair ainda mais as jovens universitárias, sorteia bolsas, colares e brincos Por Milena Arytha
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asceu em Recife (PB) e começou a vida pintando imagens de santos. Com 26 anos, Vandervalder Barbosa, hoje com 56, decidiu rodar o Brasil em busca de melhores oportunidades. Morou em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e veio para São Paulo trabalhar na cidade de São José dos Campos. Foi eletricista, montador industrial, atuou em grandes empresas como Petrobras, Kodak, Philips, Johnson&Johnson e Embraer. Neste meio tempo, casou mudou-se para Caraguatatuba. Encantou-se com a cidade e seus moradores. No primeiro emprego local, no Condomínio Costa Verde, na Tabatinga, virou conhecido da apresentadora Hebe Camargo e outras celebridades. Mas o serviço já não estava dando para pagar as contas de casa. Sua ex-mulher sugeriu que ele fosse vender picolé na praia. No começo ficou em dúvida, pois era tímido, mas seguiu em frente. Um belo dia estava vendendo sorvetes na Praça Cândido Mota, Centro de Caraguá, quando avistou uma grande fila em frente ao carrinho de pipoca. Foi aí que pensou: “Isso pode me dar lucro”. Depois de dois dias voltou à praça e conversou com a dona do carrinho, que confirmou tirar o sustento da família dali, da venda de pipoca. Mesmo interessado não tinha dinheiro para comprar o seu carrinho. Largou o emprego de vendedor de sorvetes e foi trabalhar de caseiro. Continuou com a ideia de vender pipoca. “Quando tem que ser seu, acontece”. Depois de um tempo, Durval procurou um carrinho pra comprar. Encontrou de um conhecido que o vendeu parcelado (na época, cinco vezes de R$ 50). Na primeira semana do novo emprego, pagou todo o carrinho. Trabalhava todos os dias na Praça do Coreto, das 17h às 23h. Um de seus clientes, Ovair, que era locutor na Rádio Oceânica, começou a divulgar suas pipocas: “Se você quiser comer uma pipoca boa, passa no carrinho do Durval na Praça do Coreto”. E assim foi ganhando a vida. Sete anos depois ele teve a ideia de dividir seu tempo em dois pontos de venda. Das 17h às 20h ficava na Praça e, das 20h às 23h ia para frente do Módulo, campus Centro. Daí foi um pulo para receber a proposta de vender pipoca dentro da faculdade. Não satisfeito, conversou com o reitor da época, que autorizou sua vinda para o campus da Martin de Sá. Trabalhou em frente a este Campus por dois anos.
Na primeira semana, pagou todo o carrinho de pipoca. Anos depois teve a ideia de dividir seu tempo em dois pontos de venda. Das 17h às 20h ficava na Praça e, das 20h às 23h ia para frente do Módulo, campus Centro
Conquistou os alunos com suas piadas e o delicioso sabor das pipocas com queijo, bacon ou doce. Trouxe o carrinho para dentro do campus Martin de Sá. Este ano Durval completa 15 anos de Caraguá e 11 anos como vendedor de pipoca.
Com o dinheiro da venda da pipoca comprou terreno e está construindo a nova casa
De empregado a chefe
Duas moças ajudam Durval a servir pipocas. Aline fica de dia, na Praça Cândido Morta e Kely de noite na faculdade. Hoje, possui dois carrinhos, mas já teve quatro. Está muito satisfeito com o trabalho e as folgas de fim de semana e feriado. Com o dinheiro da venda da pipoca comprou terreno e está construindo a nova casa. É um empreendedor que “gosta de ajudar os outros”, conclui. •
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Fotos: Marcelo Souza
ENSINO
PRIMEIRO SEMESTRE
ACADÊMICO
Algumas dificuldades... nada que o convívio não dê conta Por Cleyton Domingos
Da esquerda para a direita: as estudantes Suelen Garcia, Sílvia Ruschel e Adriana Gomes relatam suas impressões do ambiente universitário
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rimeiros dias de aula na faculdade. Emoções afloram. O primeiro semestre é uma grande aventura para os universitários. Tem aqueles que enfrentam este período com maturidade, preparo emocional e trazem na bagagem uma boa experiência de vida. Há outros que sentem algum desconforto com as primeiras semanas. O encontro de gerações enriquece o ambiente acadêmico. Fase rica para lidar com as diferenças comportamentais, religiosas, ideológicas, físicas e outras. Esta convivência ajuda dentro e fora do centro universitário. A faculdade é local ideal para fomentar ideias, formar opinião, pesquisar e inovar de uma maneira geral e, são estas atitudes que fazem toda a diferença na formação acadêmica. Esses futuros profissionais são os cidadãos que podem dar uma nova cara ao Litoral Norte, ao estado de São Paulo e ao Brasil.
Rumo ao saber
A faculdade é local ideal para fomentar ideias, formar opinião, pesquisar e inovar de uma maneira geral e, são estas atitudes que fazem toda a diferença na formação universitária
A otimista e a desconfiada Interessante notar o discurso de quem começa a fazer parte de um centro universitário. Um tom de otimismo “paira” no ar. Adriana Silva Gomes sempre soube o que queria: ser arquiteta. Agora começou a cursar a almejada faculdade. “Sei que minha formação depende do meu esforço, mas claro que conta a competência dos professores”. O meio acadêmico não a assusta. Sua adaptação foi rápida. “Tem professor que pede que eu fique quieta", brinca Adriana que está com 18 anos. “O curso ajuda a olhar as situações e as pessoas de forma diferente”, complementa. Nem todos universitários tem certeza de terem escolhido o curso certo. Uma dessas estudantes é Cristiane Coelho Barreto da Silva, de Direito. “Às vezes, desconfio que não combine comigo, pois não tem a ver com o meu trabalho no Posto de Saúde”. Ela sentiu certa timidez ao ingressar na na faculdade. “Levei uns dez dias para me sentir bem. Mas passou, fez parte da novidade”, afirma. “Estudar é a melhor maneira de aprimorar os conhecimentos”.•
Fotos: Marcelo Souza
Sílvia Ruschel é uma pessoa simpática. Ela nem precisa falar muito, basta ficar ao seu lado para sentir que se trata de uma aluna alto astral. Aos 52 anos, cursa Enfermagem à noite e durante o dia é podóloga. Bem articulada, conta que esta fase inicial não foi problema para ela. “Estava apreensiva devido à idade. Fui bem aceita e me sinto super à vontade”, disse. Na profissão, Sílvia é especializada no cuidado dos pés de pessoas diabéticas. Dessa forma tem contato com a área da saúde, o que influenciou na escolha pelo curso de Enfermagem. “Fazer amizades e conhecer pessoas é ótimo na faculdade. A formação acadêmica reflete de forma positiva na vida”, afirma.
No caso da aluna Suelen Garcia de Castro, que iniciou o curso de Ciências Contábeis, Caraguatatuba com seus 100 mil habitantes, ficou pequena para ela. No primeiro dia de aula, encontrou conhecidos. Adorou e fez novas amizades. Vaidosa e solidária, está sempre bem vestida e mostra a alegria dos seus 24 anos. “Encontrei o curso e a faculdade certa. Gosto muito do método de ensino”. confirma.
Suelen Garcia Ciências Contábeis
Adriana Gomes Arquitetura e Urbanismo
Cristiane Barreto Direito
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Sílvia Ruschel Enfermagem
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ENSAIO ENSAIOFOTOGRÁFICO FOTOGRÁFICO Mel Braga 20ª Festa do Divino de Caraguatatuba
A Festa aconteceu nos meses de abril e maio deste ano e contou com a cobertura jornalística e a campanha publicitária feitas pelos alunos de Comunicação do Módulo. Confira ao lado, os melhores momentos registrados por Mel Braga, fotógrafa e aluna do 8º semestre de Jornalismo.
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XV Congresso Brasileiro de Folclore e Revelando São Paulo "Vale do Paraíba"
Grupos de folguedos, danças tradicionais, romarias, festas e festivais, artesanatos, cortejos e demais manifestações culturais do povo brasileiro reuniram-se no Parque da Cidade, em São José dos Campos, de 11 a 15 de julho deste ano. Os dois grandes eventos aconteceram contaram com o apoio institucional do Centro Universitário Módulo. Alunos de Jornalismo escreveram notícias, fotos e atualizaram as redes sociais do Congresso Brasileiro de Folclore e do Revelando São Paulo “Vale do Paraíba”. O destaque deste Ensaio, feito pelo fotógrafo e também aluno do 2° semestre de Jornalismo Marcelo Souza, foi o registro de forma poética e histórica das marcas do tempo no calcanhar de uma senhora do Congo de Oeiras do Piauí. E viva a cultura brasileira!
Marcelo Souza
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Bianca Uemura
As aulas de Fotojornalismo ministradas de fevereiro a junho deste ano, para o 1º semestre de Jornalismo, tiveram momentos especiais. Os alunos foram incentivados a participar dos Prêmios Francisco de Sales e Dom Bosco de Comunicação, organizado pela Diocese de Caraguatatuba, com apoio do Módulo. O desafio foi produzir fotos com máquinas digitais comuns, em sintonia com o tema da Campanha da Fraternidade: “Vida no Planeta”. Cenas em detalhes, panorâmicas e closes evidenciam a riqueza vegetal, marinha e animal do Litoral Norte, bem como o flagrante de degradação ambiental feito por Bianca Uemura, em destaque neste Ensaio, além de outros registros de Chisthiene Ramos e Millena Hermes.
Chisthiene Ramos
Prêmios Francisco de Sales e Dom Bosco de Comunicação
Millena Hermes
ENSAIO ENSAIO FOTOGRÁFICO FOTOGRÁFICO
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ENSINO
Foto: Bruna Vieira | Arte: Vanessa Designer
QUERO MUDAR DE CURSO
O QUE FAÇO?
Em alguns casos o universitário, mesmo cursando uma faculdade, desiste e tenta uma nova carreira. Isto acontece com 20,7% dos universitários, segundo dados da Samesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo
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Por Amanda Pires
scolher qual faculdade cursar logo que termina o ensino médio é, sem dúvida, uma enorme responsabilidade. Muitos jovens, quando prestam o vestibular, sabem o que querem e preenchem a segunda opção para cumprir tabela. Outros ficam em dúvida, pois essa decisão será (ou não!) uma prática a ser cumprida para o resto da vida. No caso de Ana Paula Villas, 26 anos, a primeira opção foi Educação Física. “Fiz o primeiro ano, mas vi que não era aquilo que queria. Quando comecei o segundo ano decidi mudar e fazer Pedagogia”, revela a jovem que teve total apoio dos pais na decisão. “Quando prestei o vestibular eles disseram para eu pensar bem e ver se era o que queria. Mas, que se no final das contas eu não gostasse, eles me ajudariam. Terminei o colégio e entrei na faculdade. Foi minha a decisão, eles não me obrigaram”. Outros estudantes não têm o privilégio de ter o apoio dos pais na desistência da primeira opção do curso superior. “Nem todos os pais são maduros para entender e aceitar que os filhos, mesmo tendo excelente base escolar, estejam preparados psicologicamente para seguir uma carreira. Com 17 ou 18 anos, não é simples escolher uma área de atuação”, explica a psicóloga Christina Bezerra. A psicóloga citou o caso de seu sobrinho, Jorge Roberto de Sousa, 25 anos, que ingressou no curso de Turismo. Após um ano e
A dica é fazer o teste vocacional para saber as áreas que o jovem tem afinidade
meio, Jorge parou. Desde o primeiro semestre ele percebeu que não era o que queria. "Mas achou melhor estudar mais um pouco e ver see o seu conceito mudava, mas não. Abriu o jogo com seus pais e eles ficaram bravos porque os dois irmãos se formaram bem novos na carreira que escolheram. Acharam que o Jorge tinha que fazer igual”, revela. Christina diz que, neste caso, foi falta de compreensão dos pais. “Nada é igual ao que era na época deles (dos pais)”. Sofia Maria Ribeiro, ex-professora universitária também ajudou alunos quanto à vocação profissional. “Tive um aluno que conversávamos muito. Certo dia ele disse que queria mudar de curso, mas que seus pais não aceitariam. Como professora, o que fiz? Orientei-o a conversar com os pais e ele revelou que não tinha um convívio agradável com eles e que seria incabível a ideia de mudar de curso”. Isso, segundo Christina, faz muito mal ao emocional do adolescente. A dica é fazer o teste vocacional cujo resultado indicará as áreas que o jovem tem afinidade. Para quem pensa em mudar de curso no meio do caminho, já ficou claro que não é fácil. O universitário deve ter consciência do que está fazendo, porque a decisão é de suma importância para a vida acadêmica e profissional. Antes de decisão o jovem deve dialogar com os pais e amigos; analisar o curso para o qual decidir mudar e conhecer um profissional que atue na área. “Começará tudo da estaca zero”, finaliza a psicóloga. •
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VENCER DESAFIOS
MORAR NUMA CIDADE...
E ESTUDAR EM OUTRA
Imagem: http://ultradownloads.uol.com.br
Por Pamela Borges
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encer na vida e ter um futuro brilhante. Estes pensamentos pairam na cabeça dos universitários que fretam ônibus, vans ou vêm juntos de carro para a faculdade, durante os dias da semana. Eles se unem em busca do mesmo objetivo: concluir o curso superior. E para isto, desembolsam uma média de R$ 100 pelo transporte fretado. Bárbara Mello, aluna de Direito, viaja diariamente e diz não ser fácil. Durante o percurso ela ouve música, lê livros e conversa com os colegas. “As viagens são apenas mais um obstáculo, nem por isso penso em desistir do curso”. Felipe Romero Fernandes, estudante de Recursos Humanos, confirma não ter dificuldades com o transporte fretado, mas preferiria estudar num campus em sua cidade. “A viagem é rápida. O que me incomoda são as curvas sinuosas e o fato de chegar tarde em casa”. A estudante de jornalismo Milena Arytha, pega o ônibus fretado às 17h em São Sebastião. Também gosta de ouvir música e ler um bom livro na viagem. “Vale a pena enfrentar esse pequeno desafio para daqui uns anos, eu ser uma profissional reconhecida”, enfatiza. Geralmente, os alunos retornam as suas cidades antes da meia-noite, tendo como vantagem serem deixados próximo ou na porta de casa. “Tranquilo e sossegado”, afirma Hélio Ferreiro dos Anjos. Para João Tadeu Chagas, motorista de um desses ônibus, a rotina de segunda a sexta-feira é levar os alunos de Ubatuba à Caraguá. Sai às 17h40 da cidade vizinha e parte da faculdade para retornar às 22h40, sem atrasos.
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Estudantes que residem próximos de Caraguatatuba enfrentam estradas sinuosas e uma rotina corrida a fim de frequentar as aulas da faculdade. Todo esforço em busca do tão sonhado diploma de ensino superior
Um esforço a mais As viagens são apenas mais um obstáculo, nem por isso penso em desistir do curso (Bárbara Mello aluna de Direito)
BANANA VERDE | SETEMBRO DE 2011 | Edição #01
Laís Gurgel, 22 anos, portadora de uma deficiência nas pernas, foi aluna de Jornalismo do Módulo e vinha de ônibus fretado para o campus. O apoio da família, dos amigos e do namorado foi fundamental para ela não desistir do sonho de ser comunicadora. Em seu caso, a rotina era mais desgastante, porque tinha que caminhar também do ponto de ônibus até a sala de aula. Laís e sua família mudaram de cidade e por isso ela pediu transferência para outra instituição. Hoje está concluindo um curso de comunicação no Vale do Paraíba. •
ENSINO
FIQUEI DE DP,
E AGORA? O D A V O R P E R
O aluno vai para o próximo período, mas deve refazer a disciplina em que foi reprovado. Para receber o diploma de conclusão do curso é necessário ser aprovado em todas as disciplinas
Por Mel Braga e Rebecca Bonanate
F
icar de DP (Disciplina Pendente) na faculdade é um grande problema. Literalmente o aluno está de recuperação. Não precisa fazer a DP no semestre seguinte, a não ser nos casos de disciplinas continuadas, como, por exemplo, Redação I e Redação II. Mas é bom eliminar esta pendência o quanto antes. No caso do Módulo, as grades curriculares geralmente são atualizadas a cada dois ou três anos, por isso, se o aluno tiver uma DP do 1º semestre é interessante que a elimine no ano seguinte. No caso de disciplinas extintas, a DP pode ser feita por acompanhamento. Neste caso o aluno tem cinco encontros presenciais com o professor, entrega pelo menos dois trabalhos e faz prova presencial. Desde 2010, os cursos presenciais do Módulo que já passaram pelo reconhecido do MEC (Ministério da Educação) possuem disciplinas na modalidade online e semi-presenciais, com avaliação presencial, obrigatória pela legislação. Ana Paula de Souza, 21 anos, que está no 4º semestre de Administração, ficou de DP numa disciplina semipresencial. “Há uma falta de interesse da minha parte, pois
Não há uma fórmula mágica: a melhor solução para o bolso e para o rendimento escolar do aluno é estudar e evitar as Disciplinas Pendentes
quando a aula é online depende muito mais do esforço de cada aluno. Meu desespero foi o prazo de entrega das atividades. Agora faço todas as atividades num só dia. Fica a dica para quem está na mesma situação”. Para Juliano Vasconcelos Ferreira, 33 anos, que cursou Arquitetura e Urbanismo em outra cidade, a reprovação não afetou o desempenho dele no curso. “Muito pelo contrário, me ajudou a entender a matéria. Eu estudava num período e fazia a DP em outro”, disse.
Nem tudo acaba em DP
Durante o semestre acadêmico, o aluno faz pelo menos três avaliações, entre trabalhos, provas, seminários etc. Se faltou em alguma avaliação, pode fazer a prova substitutiva. Se mesmo assim não atingir a nota mínima para ser aprovado, no caso do Módulo é 6,0 (seis), o aluno faz a prova de recuperação devendo estudar todo o conteúdo ministrado no semestre. Exceção dos alunos que tenham extrapolado em faltas. •
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Fotos: Marcelo Souza
ENTREVISTA
RETRATO DE UM PROFESSOR A afinidade com a aula, com o conteúdo da disciplina e com o professor varia de aluno para aluno. Alguns preferem os mais rígidos, outros os mais “lights”. Não tem segredo para agradar os alunos. Há sim paixão pelo ofício de ensinar e dedicação no preparo de cada lição
N
Por Rodrigo Bischoff
o livro "Representações e reflexões sobre o bom professor" (Editora Vozes, 2004), a autora Mary Rangel reflete que o bom educador é “aquele que não dá aula. Ele constrói a aula com o aluno”. Para André Timóteo do Rosário, 28 anos, aluno de Sistemas de Informação do Módulo, bom professor é “pró ativo, mais "mão na massa" e menos teórico. A aula acontece de forma espontânea e menos monótona”, considera. A Revista Banana Verde lançou o desafio para alguns professores da Instituição, contarem detalhes do que acontece na sala de aula. O professor que primeiro aceitou o desafio foi Nordan Manz, publicitário e atual mestrando em Comunicação pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Mesclar conhecimento e didático com discontração é uma das estratégias usadas por Nordan na sala de aula. “Mesmo quando o assunto é teórico, ele consegue deixar o clima dinâmico. A interação com os alunos é muito boa”, revela Alexandre Gudin
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Mesmo quando o assunto é teórico, ele consegue deixar o clima dinâmico. A interação com os alunos é muito boa (Alexandre Novak, aluno de Sistemas de Informação)
Novak, 22 anos, também aluno de Sistemas de Informação. Nordan Manz, simplesmente! Tem 29 anos, nasceu em Caraguatatuba. Da pré-escola ao terceiro colegial estudou na escola Prof. Antônio de Freitas Avelar, no bairro Estrela D’Alva. Cursou Publicidade e Propaganda na Universidade Mogi das Cruzes (UMC) e, por lá começou a experiência de lecionar no ensino superior nos cursos de Comunicação e Design Gráfico. Mais tarde, voltou para Caraguá. Queria continuar a dar aulas em faculdade e conseguiu. Em 2007 começou a atuar no Módulo como professor dos cursos de Produção Multimídia, Publicidade e Propaganda e Jornalismo. Fez especialização em docência no Ensino Superior pela Universidade Cruzeiro do Sul. “Ele incentiva bastante os alunos a aprenderem de uma forma democrática. Tem um jeito engraçado, alegre e não impõe conteúdo”, descreve Renan Passos, 25 anos, estudante de Sistemas. Confira na página a seguir, os melhores trechos da entrevista de Nordan.
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Banana Verde : Quem é o Nordan “professor”? Que metodologia adota dentro de sala de aula? Nordan Manz (N.M.): Tento representar, uma nova linha da educação, no qual o professor não se coloca acima dos alunos, mas se envolve com eles. Não trago ideias estabelecidas, nem verdade absoluta. Tento fazer das aulas uma experiência agradável, gratificante para os alunos e não uma obrigação. Qual filosofia de vida quer passar para os alunos? N. M.: Em qualquer área do conhecimento, o mais importante é a contribuição que o profissional deixa na sociedade. Também é bom ser feliz na profissão que escolheu e, no caso de professor universitário, não deixar que o dinheiro e o status sejam prioridades. Há uma relação perfeita entre aluno e professor? N.M.: Sim, a relação deve ser de troca mútua. O professor não leva um conteúdo fechado e o aluno interage com sua experiência de vida. O relacionamento aluno-professor deve ser de respeito, sem imposição por medo ou outros mecanismos e, dentro do possível, criar amizade. O que é uma aula perfeita? Qual a recompensa? N.M.: A aula perfeita é aquela que você "risca" uma faísca e ela acende os alunos formando uma "grande chama" na sala de aula. Escutar dos alunos frases como “Essa aula mudou meu ponto de vista” é uma satisfação, além de constatar que realmente modificamos vidas. Quem é o Nordan fora da faculdade? Quais suas manias? N.M.: Dentro da faculdade sou um cara que tenta estar disponível para os alunos, interessado nas ideias, no trabalho e no jeito de viver deles. Fora, sou um fã de séries japonesas (tokusatsu) e desenhos (os animes), além de assistir e colecionar itens do Jaspion, Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball. Tenho uma banda que toca J-rock, que excursionou por vários estados do Brasil, e outros países como Argentina e Portugal. Apresentamos-nos em eventos beneficentes como na Fundação CASA e em diferentes palcos. Considerada a maior banda do estilo na América Latina. O que diria para quem quer ser professor universitário? N.M.: Ter amor ao ato de ensinar, amor à profissão e também sempre inovar e acompanhar as novas tecnologias. Na parte pedagógica, buscar diversificar a didática das aulas. Que fatos marcaram sua vida profissional? N.M.: A primeira vez que fui homenageado, foi com uma turma que, no início, tive problemas de relacionamento. Consegui reverter à situação e acabamos tendo um final feliz. E também quando meus dois universos se colidiram e fui convidado a tocar na recepção dos calouros do Módulo, no início desse ano. Assisti alunos e professores dançando ao som de Jaspion. O que deseja aos seus alunos? N.M.: Que sejam felizes e realizados na profissão escolhida e que possam sempre superar obstáculos. Deixe uma mensagem aos alunos do Módulo? N.M.: SEJAM BONZINHOS COM SEUS PROFESSORES!
O relacionamento aluno-professor deve ser de respeito, sem imposição por medo ou outros mecanismos e, dentro do possível, criar amizade (Nordan Manz)
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PESQUISA
INICIAÇÃO CIENTÍFICA: Imagem: http://www.e-dna.com.br/blog | Foto: Marcelo Souza
IMERSÃO NO MUNDO DO
CONHECIMENTO
Logo que põe os pés na sala de aula, o universitário descobre que, além de prestar atenção nas explicações do professor, pode gerar-compartilhar-difundir conhecimento
C
Por Bruna Vieira e Cleyton Domingos
onhecer bases teóricas para ampliar o saber. Desencadear um leque de pesquisas na graduação, tendo como alicerce autores clássicos e contemporâneos. Voltar a refletir conceitos, a reformular o É na graduação pensamento em determinada área e voltar que o aluno deve ter o primeiro a origem das ciências. Na universidade, alucontato com nos e professores “visitam” técnicas e teorias, a pesquisa. O a fim de continuá-las, aperfeiçoá-las ou apenas compreendê-las. E, são os livros, revistas e momento mais esperado é o artigos científicos, os principais difusores deste da publicação deleite intelectual. desta em O Centro Universitário Módulo apoia projetos de iniciação científica na graduação des- revistas e livros de 2007. Mas, foi em 2010 que as pesquisas especializados ou ganharam novo fôlego na instituição, com a apresentações de artigos em criação da Pró Reitoria de Pós-Graduação congressos e Extensão, hoje ocupada pelo professor Dr. José Carlos Victorino Souza. O órgão execuJosé Carlos tivo avalia e acompanha o processo de pesVictorino Souza quisa e produção científica. De lá para cá, Pró-Reitor foram estabelecidas três Linhas de Pesquisas (leia BOX). Victorino explica que, quando a instituição de ensino superior deixa de ser ‘faculdades integradas’ para ‘Centro Universitário’, passa a ter que desenvolver pesquisa. “É na graduação que o aluno deve ter o primeiro contato
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com a pesquisa. O momento mais esperado é o da publicação desta em revistas e livros especializados ou apresentações de artigos em congressos”, confirma. Até 2010, o Módulo tinha aprovado 10 projetos de iniciação científica com alunos bolsistas. Grande parte destes projetos foi concluída e seus artigos divulgados no Congresso anual da Universidade Cruzeiro do Sul. No primeiro semestre de 2011, a reitoria recebeu a inscrição de outros 53 projetos. Destes, 21 começaram a ser desenvolvidos neste segundo semestre, por alunos bolsistas que ganham descontos na mensalidade e por outros alunos voluntários. O crescimento de 100%, no período curto de um ano, demonstra que os professores estão incentivando seus alunos a iniciar a pesquisa na Graduação e que o Grupo Cruzeiro do Sul apoia a iniciação científica. Grande parte dos projetos aprovados tem como objetos de análise bairros, animais, veículos de comunicação e processos de urbanização localizados em Caraguá, Ubatuba, São Sebastião e Ilhabela. “Desta forma também estamos contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região”, finaliza o professor Victorino.
BANANA VERDE | SETEMBRO DE 2011 | Edição #01
Marcelo Souza
Importante As inscrições estão abertas para os universitários que queiram iniciar a pesquisa de iniciação científica de forma voluntária. O interessado deve primeiramente procurar um professor com titulação de mestre ou doutor que atue na instituição para orientá-lo. O projeto deve ter de 10 a 15 páginas, ser entregue na reitoria e, aprovado pela Comissão de Pós-Graduação do Módulo. Assim que os bolsistas forem concluindo as pesquisas, os alunos voluntários vão sendo contemplados com bolsa.
As três Linhas de Pesquisas do Centro Universitário Módulo são:
No primeiro semestre de 2011, a reitoria recebeu a inscrição de 53 projetos de iniciação científica. Destes, 21 começaram a ser desenvolvidos neste segundo semestre, por alunos bolsistas que ganham descontos na mensalidade e, por alunos voluntários
1 - Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC): De caráter multidisciplinar, reúne inovação, gestão e educação. O objetivo é estudar e avaliar a inserção das TICs nos processos de inovação das organizações, no auxílio e transformação da gestão em corporações, nas IES (Instituto de Ensino Superior) e na educação. 2 - Educação, Cultura e Sociedade: Estudo interdisciplinar de espectro local. Destaque para questões como democracia, desenvolvimento regional e sustentabilidade, com ênfase nas formulações de políticas públicas. Práticas culturais que possibilitem a sociabilidade, produção de sentidos, processo de comunicação: o papel da mídia no contexto histórico etc. 3 - Meio Ambiente e Sustentabilidade: Aborda os desafios globais da humanidade, no que tange o desafio socioeconômico, frente à necessidade da prevenção ambiental. Leva-se em conta a qualidade de vida, planejamento ambiental, desenvolvimento científico e tecnológico relacionado à problemática ambiental. Do mesmo modo, o aspecto ético, valorizando, principalmente, o contexto local, as características geográficas onde se situa a instituição.
O CNPq pontua a diferença de linhas, grupos e projetos de pesquisas Linhas de pesquisa: representam temas aglutinadores de estudos científicos e/ou tecnológicos, que se fundamentam em tradição investigativa, de onde se originam projetos cujos resultados guardam relação entre si; Projetos de pesquisa: é a investigação, com início e final definidos, fundamentada em objetivos específicos, visando à obtenção de resultados, de causa e efeito ou colocação de fato novo em evidência; Grupo: é caracterizado pela liderança de um ou dois pesquisadores seniores, podendo contar com outros pesquisadores, alunos e pessoal de apoio técnico. Um grupo compartilha linha(s) de pesquisa, equipamentos, instalações e demais recursos, e deve ter pelo menos uma produção científica e tecnológica.
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PROJETOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
APROVADOS - 2011/2012 CENTRO UNIVERSITÁRIO MÓDULO
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Aluno: THÁIS MUSSIO VELOSO Orientadora: PROFª MS. MARINA CODO A. TEIXEIRA RAMOS ESTUDO SOBRE O IMPACTO DA ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA IMUNIZAÇÃO DE ADULTOS COM ÊNFASE NAS VACINAS HEPATITE B E DUPLA ADULTO NO MUNICÍPÍO DE SÃO SEBASTIÃO Aluno: DANIELA DA SILVA VERDELLI Orientadora: PROFª MS. SOLANGE MARIA F. DE VASCONCELOS
CRESCIMENTO DE MICROPOGONIAS FURNIERI (MÉTODO INDIRETO) NA BAIA DE ITAGUÁ, UBATUBA – SP – BRASIL Aluno: JOSÉ PAULO DO CARMO SILVA Orientador: PROFº DR. MARCUS RODRIGUES DA COSTA AVALIAÇÃO DE ASPECTOS PSICOMOTORES EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS Aluno: LETÍCIA UVA Orientadora: PROFª MS. TATIANE CALVE
MATERIAIS SUSTENTÁVEIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL: ADOBE, TAIPA-DE-PILÃO E BAMBU Aluno: ERIC DUARTE ROCHA Orientador: PROFº MS. MARCELLO ALVES COSTA
ESTUDO DA EVOLUÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO BRASIL ATRAVÉS DO CENSO DA EDUCAÇÃO: UMA ANÁLISE DO PERÍODO DE 1980 A 2010 Aluno: ROBSON CÂNDIDO DO PRADO Orientadora: PROFª MS. MARINA CODO A. TEIXEIRA RAMOS
ALTERAÇÃO NA MARCHA E NO CONTROLE POSTURAL DE USUÁRIOS DE UM TRICICLO ADAPTADO: PETRARUNNINGBIKE Aluno: ALEX DAMASCENO Orientadora: PROFª MS. TATIANE CALVE
A REVOLUÇÃO APÓS A IMPLANTAÇÃO DAS UNIVERSIDADES PARTICULARES Aluno: DANIELI CRISTINI JERONIIMO DE MATOS Orientadora: PROFª MS. MARINA CODO A. TEIXEIRA RAMOS
CARAGUATATUBA: PANORAMA DE ACESSIBILIDADE NA ARQUITERUA E URBANISMO Aluna: EMA LAURA GALASSI BARBOSA Orientador: PROFº MS. DOUGLAS SANTOS SALVADOR
MONITORAMENTO DO CONTROLE ÉTICO E DA AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA – O CASO DAS PROPAGANDAS DE CERVEJA COM ESPORTES Aluno: LUIS GUSTAVO DO PRADO Orientador: PROFª DR. ALAN VENDRAME
ESTUDO COMPARATIVO DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA PELA UTILIZAÇÃO DE BIOINDICADORES APÓS A INSTALAÇÃO DA UTGCA NO MUNICÍPIO DE CARAGUATATUBA Aluna: LAÍS DE NADAI TEIXEIRA Orientadora: PROFª MS. SOLANGE MARIA F. DE VASCONCELOS OCORRÊNCIA DE PARASITISMO PELO TREMATÓDEO BUCEPHALUS SP. EM MEXILHÕES ADULTOS DA ESPÉCIE PERNA PERNA NO PARQUE AQUÍCOLA NO MUNICÍPIO DE CARAGUATATUBA – LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO Aluno: JOSÉ DONIZETE OLIVEIRA SANTOS Orientador: PROFº MS. MAX RONDON WERNECK A REVOLUÇÃO DA MINISSAIA: MODA E EMANCIPAÇÃO FEMININA NA REVISTA O CRUZEIRO (1930-1970) Aluna: CAROLINA LOURENÇO R. DE ANDRADE Orientador: PROFº DR. MOACIR JOSÉ SANTOS ANÁLISE PARASITOLÓGICA DE PINGUINS DE MAGALHÃES, SPHENISCUS MAGALLANICUS ENCONTRADOS EM PRAIAS DO MUNICÍPIO DE SANTOS NO LITORAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Aluno: FELIPE TOTH DE OLIVEIRA BARROS Orientador: PROFº MS. MAX RONDON WERNECK ESTUDO DAS REVISTAS IMPRESSAS DO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO E A COBERTURA QUE ELAS FAZEM DA CULTURA CAIÇARA Aluna: MAYARA PEIXOTO Orientadora: PROFª MS. BRUNA VIEIRA GUIMARÃES MEMÓRIA DO BAIRRO PORTO NOVO (1900 – 1967) Aluna: LUCELENA COELHO SANT'ANA Orientador: PROFª DR. MOACIR JOSÉ DOS SANTOS
O BIOMA RESTINGA NO MUNICÍPIO DE CARAGUATATUBA - SP Aluna: MARCELA ALVES DA SILVA Orientador: PROFº MS.MARCELLO ALVES LEGISLAÇÃO SOBRE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO: ASPECTOS PRÁTICOS DA APLICAÇÃO DA LEI DE COTAS E ADEQUAÇÃO LEGISLATIVA Aluno: CARLA KUKLEVITZ Orientador: PROFª DR. ALAN VENDRAME ANÁLISE DA FORMAÇÃO DAS ÁREAS DE OCUPAÇÃO IRREGULAR EM SÃO SEBASTIÃO PÓS 1980 Aluna: ANAYRA LIMA MARCELINO DOS SANTOS Orientador: PROFº MS. DOUGLAS SANTOS SALVADOR ESTUDO DA AUTOMEDICAÇÃO EM ACADÊMICOS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO MÓDULO E SEUS EFEITOS ADVERSOS À SAÚDE Aluna: MARIA HELENA BARBOSA Orientadora: PROFª MS. SOLANGE MARIA F. DE VASCONCELOS AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE AUTO-EXAME NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA Aluna: RAQUEL SALES GONÇALVES Orientadora: PROFª MS. SHEILA MARA MACHADO IMPACTO AMBIENTAL CAUSADO PELO DESCARTE DE MEDICAMENTOS EM AMBIENTE DOMÉSTICO NO BAIRRO MARESIAS DO MINUCÍPIO DE SÃO SEBATIÃO SP Aluno: RODRIGO PINTO NOGUEIRA Orientador: PROFº MS. DOUGLAS SANTOS SALVADOR
IDADE E CRESCIMENTO DE MICROPOGONIAS FURNIERI (PISCESSCIANIDADE) CAPTURADAS NA BAÍA DE DO ITAGUÁ, UBATUBA – SP Aluna: ROSA DA SILVA SANTOS Orientador: PROFº DR. MARCUS RODRIGUES DA COSTA
O PAPEL DA MÍDIA NA CONSTRUÇÃO DA REPRESENTAÇÃO IMAGINÁRIA DO INDIVÍDUO COM NECESSIDADES ESPECIAIS DENTRO DO PROCESSO DE INCLUSÃO SOCIAL Aluno: CLEYTON DOMINGOS DA SILVA Orientador: PROFº MS. SANDRA DA SILVA MITHERHOFER
OCORRÊNCIA E ABUNDÂNCIA DAS ESPÉCIES DE PEIXES DA FAMÍLIA CARANGIDAE EM UMA PRAIA DE UBATUBA, LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO Aluno: DIEGO BANDEIRA VAZ Orientador: PROFº DR. MARCUS RODRIGUES DA COSTA
REFORMA UNIVERSITÁRIA NO ESTADO DE SÃO PAULO: PEDAGOGIA E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA Aluno: LUCIANA RIBEIRO FARIAS Orientador: PROFº MS. ANTÔNIO ROBERTO ALVES FELIPE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS BAIRROS PERIFÉRICOS DE UBATUBA: CIDADANIA E CONSCIENTIZAÇÃO Aluna: PRISCILA DE SOUZA BEZERRA Orientadora: PROFª MS. SOLANGE MARIA F. DE VASCONCELOS
ANÁLISE DE CONTEÚDO ESTOMACAL DE PINGUIM DE MAGALHÃES (SPHENISCUS MAGELLANICUS) Aluno: EDUARDO PATAH Orientador: PROFª MS. MAX RONDON WERNEECK
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ENSINO
(se for capaz...)
Por Aline Ehrlich
F
Marcelo Souza
SIGA-NOS, CURTA-NOS, TWITTE-NOS
Antenado às tendências jovens, o Módulo está nas principais redes sociais
acebook, orkut, twitter, flickr, youtube, formspring, foursquare, issuu, linked-in e tumblr. Já pensou em encontrar colegas que não vê há anos numa destas redes sociais? Matar a saudade de um amigo que foi morar em outro país? Ficar horas conversando com alguém sem gastar telefone? Tudo isto está ao alcance de seus dedos, literalmente num clique. As redes sociais chegaram para ficar. O Centro Universitário Módulo tem perfis nas mais significativas redes, buscando mais interação entre alunos, graduandos, concluintes, e comunidade acadêmica. Quem pensa que os perfis servem apenas para divulgar o que acontece na instituição, engana-se. No Vestibular do 2º semestre de 2011, o Módulo passou a aceitar inscrições pelo facebook. Já no twitter rolam promoções com entradas para o teatro (no dia do estudante), cestas de natal e ecobags personalizadas. As promoções geralmente são ligadas a datas específicas, como à Hora do Planeta, em que todos participavam de um jogo no facebook e concorriam a camisetas exclusivas. Aline Andrade, uma das responsáveis pelo gerenciamento das redes sociais, conta que quem mais participa são os alunos e ex-alunos. A faixa etária é variada. Por meio das redes sociais eles ficam mais “próximos” do Módulo e ajudam a instituição melhorar.
Quem pensa que os perfis servem apenas para divulgar o que acontece na instituição, se engana
Ela ainda informa que as redes mais utilizadas pelos alunos são o twitter e o formspring. O perfil oficial no twitter, @modulo_ universi, informa tudo o que acontece nos dois campi de Caraguatatuba e divulga links interessantes. Já o perfil @moduloindica repassa vagas de emprego e links do mercado de trabalho na região. No flickr estão postadas mais de 300 fotos de eventos e das instalações do Módulo. No youtube estão os vídeos institucionais e outros feitos pelos alunos, como é o caso dos recém-lançados documentários “Caiçara: Cultura em Transformação” e “Festa do Divino Espírito Santo em Caraguatatuba". Assista: http://www.youtube.com/universitariomodulo. Nos foursquare, os visitantes que passam por um dos campi, no Centro ou na Martin de Sá, podem dar um ‘check in’ e informar os amigos que estiveram no Módulo. O formspring funciona como um FAQ (perguntas e respostas) da instituição. “No formspring as perguntas podem ser feitas anonimamente, o que não acontece em outras redes sociais”, revela Aline. Ela confirma que os alunos estão cada vez mais participativos. Em janeiro, o twitter contava com 430 seguidores e, em junho são mais de 560. No Orkut, eram 550 amigos, hoje mais de 770. Quem quer seguir, curtir ou twittar o Módulo, basta clicar nos ícones na parte superior do site www.modulo.edu.br •
BANANA VERDE |SETEMBRO DE 2011 | Edição #01
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Marcelo Souza
PESQUISA
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
PARA QUÊ?
Enriquecer o processo de ensino-aprendizagem e agregar conteúdo e dinamismo na formação social e profissional. As atividades complementares se caracterizam por um conjunto de tarefas pedagógicas e ações de cunho educativo e cultural, com carga horária flexível e controle de tempo exclusivo do estudante durante o semestre ou ano letivo
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Por Bruna Thallicya
graduação como componentes enriqueer e resenhar um livro da sua área cedores e implementadores do perfil do de conhecimento, desenvolver formando, sem que se confundam com pesquisas regionais, participar atias atividades de estágio curricular supervamente das semanas institucioApresentar visionado. nais, integrar projetos de extensão artigos e No curso de Enfermagem, tem leituras universitária, fazer iniciação científica, ser trabalhos em dirigidas, palestras, Semana da Enferrepresentante de classe, fazer estágio excongressos, magem a cada dois anos e visita anual tracurricular, cursar disciplinas em outros participar de no CAPS (Centro de Aprimoramento do cursos, participar de treinamentos, capaseminários, Profissional de Enfermagem), na capital citações e oficinas, integrar um grupo de palestras, paulista, entre outra atividade que comviagem técnica, ministrar cursos para os demais colegas de classe, apresentar arplementam o conhecimento na área da simpósios na tigos e trabalhos em congressos, partici- área, organizar Saúde. “Lá eles participam de treinamento em laboratórios de UTI, obstetrícia e par de seminários, palestras, simpósios na eventos são outros”, explica a professora Cristiane Oliárea, organizar eventos... algumas das Tudo isto complementa o conteúdo atividades que veira. Segundo Cristiane, a maioria dos alunos trabalhado pelos professores em sala de complementam deixa para cumprir as atividades nos últiaula, ajuda na formação acadêmica e o curso mos semestres. “No quinto ano, os alunos faz com que o aluno adquira conheciacabam ministrando cursos e fazendo oumento sem perceber que o está fazendo. tros online para poderem se formar”, revela. No Centro Universitário Módulo, as As estudantes do 1º semestre do curso, Atividades Complementares integram a organização curricular dos cursos de Maria Angélica e Maria de Jesus, confir-
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BANANA VERDE | SETEMBRO DE 2011 | Edição #01
As alunas de Enfermagem Maria Angélica e Maria de Jesus entregam envelopes com relatórios de atividades complementares de Enfermagem a professora Cristiane
Bruna Vieira
mam terem cumprido apenas 6 horas de atividades no semestre passado, ao assistirem duas palestras. “Preciso organizar melhor: vida, trabalho e dois filhos. Vou me empenhar mais nas atividades. Sei que são importantes e que agregam conhecimento a profissão que escolhi. Sem elas não me formo”, confirma Maria Angélica. A professora de Jornalismo Bruna V. Guimarães dá exemplos de atividades que complementam a formação do aluno de comunicação: o Programa de TV “Fala, Calouro!”, produzido em fevereiro, pelos alunos dos 5º e 7º semestres; as leituras de livros reportagens para as disciplinas de Jornalismo Literário, Especializado e de Revista; escrever notícias para o Jornal Antenado; fazer estágio em agências de publicidade, assessorias de imprensa e veículos de comunicação da região etc. “Quem acumula atividades para o final do curso, dificilmente conseguirá cumpri-las em tempo hábil para se formar”. •
PR OCED IMENTOS PAR A O L ANÇA M E N T O D E ATIV ID AD ES COMPL EMENTAR E S N O SISTEMA D E R EGISTR O 1. No Portal do Módulo, acessar a Área do Aluno, identificando-se com o respectivo RGM e senha e, após a entrada no sistema, acessar “Atividades Complementares (AACCs)”; 2. Ler o Manual de Lançamento de Atividades, lançá-las no sistema e entregar ao professor responsável as cópias dos comprovantes documentados das atividades como declaração, certificado, atestado, ticket etc. As cópias são colocadas num envelope específico e o aluno recebe do professor um protocolo. Atenção aluno: não entregue originais, pois não os receberá de volta; 3. Em atividades promovidas pela Instituição com caráter de extensão (palestras, oficinas, workshops, seminários, debates, mostras, congressos, simpósios e cursos), o aluno recebe Certificado de comprovação de sua participação e também deve encaminhá-lo ao professor responsável.
Disponível no
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.com/universitariomodulo
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EDITORIA EXTENSÃO
ENCONTRO MARCADO
Para participar das palestras do “Encontro Marcado” as segundas e sextas-feiras, o estudante deve se inscrever no site do Módulo para ter direito a receber certificado. Além das informações adquiridas, a palestra pode ser convalidada como atividade complementar
S
Por Tamires de Almeida
dade; o arquiteto de sistemas Java, Eduardo Ribeiro de Carvalho fez um minicurso de sintaxe desta linguagem de informática. Centenas de pessoas compareceram na 1ª Audiência do Plano Diretor de Caraguatatuba realizada num destes Encontros, em outro, responsáveis pelo Hemocentro de Campinas da Unicamp divulgaram e conscientizaram a comunidade sobre a campanha de doação de medula óssea; a médica psiquiatra Sílvia Regina Scolfaro mostrou o trabalho desenvolvido no setor de Saúde Mental de Caraguá; Flávio Vicari, doutor em Administração pela USP relatou a bem sucedida experiência em sua empresa localizada em Ribeirão Preto; Marco Monteiro, sócio-proprietário de uma consultoria em Tecnologia da Informação, esclareceu dados de computação em nuvem.
Bruna Vieira
egunda e sexta à noite é dia de Encontro Marcado no auditório do Campus Centro. Neste dia, o Módu- Os palestrantes lo recebe especialistas renomados do Encontro nas mais diversas áreas que vêm ao Marcado são litoral contar suas experiências profissionais, profissionais relatar resultados de pesquisas e lançar prodestacados jetos afins. Eles são convidados por professoem suas áreas res e coordenadores de cursos para minisde atuação, trarem palestras gratuitas direcionadas aos convidados por alunos e a população em geral. No primeiro semestre deste ano, estive- professores e ram presentes no Encontro o empresário coordenadores Giovani Wolke que falou da Taki Ofertas, de curso empresa virtual que está gerando emprego na região; Enio de Biasi deu dicas de empreendedorismo no mercado de auditoria; o presidente da Herbalife no Brasil, Noam, deu um show sobre ter iniciativa e criativi-
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Palestra com Ricardo Hiar, Mara Cirino e Saulo Gil que atuam como repórteres do Imprensa Livre, único jornal diário do Litoral Norte
BANANA VERDE | SETEMBRO DE 2011 | Edição #01
Mário Martin
Alunos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda com o palestrante Backer Fernandes (em destaque), autor do projeto "Carta de um Brasileiro"
Além do Encontro Marcado, professores também convidam profissionais bem sucedidos em suas áreas para relatarem suas experiências na sala de aula. Neste sentido, o Campus Martin de Sá recebeu o webdesigner Kadu de Souza que abordou de forma prática os conceitos básicos de Internet, falou da importância das redes sociais e mostrou como ganhar dinheiro com blogs e publicidades online. Já Virgínia Alves, formada em Rádio e TV, mostrou como fazer roteiro e produzir um documentários. A jornalista Renata Vanzeli, assessora de imprensa do CenterVale Shopping mostrou como funciona a comunicação interna e externa no maior centro de compras de São José dos Campos e região. Os repórteres Ricardo Hiar, Saulo Gil e Mara Cirino, do jornal Imprensa Livre, revelaram histórias polêmicas na cobertura midiática regional. O diretor da Rádio Costa Azul de Ubatuba, José Luiz Bitencourt deu um mini-curso de jornalismo esportivo. A assessora de imprensa Denise Peixoto, mostrou como é feito o trabalho junto aos colaboradores da Cúria Diocesana. A coreógrafa e doutora em cinema Walmeri Ribeiro veio de Fortaleza para o litoral, mostrar os softwares de vídeos que manipulam as danças corporais. O fotógrafo Frank Kojimoto, que tem estúdio na capital paulista e mora em Caraguá, mostrou detalhes do funcionamento de máquinas fotográficas digitais, semi e profissionais. O relações públicas e professor Backer Ribeiro Fernandes esmiuçou o projeto “Carta de um Brasileiro”, desenvolvido no final de 2010. Ele viajou mais de mil quilômetros a pé para ouvir os desejos dos brasileiros e entregar uma carta de reivindicações do povo brasileiro para a presidente eleita, Dilma Rousseff. Foi notícia até no programa Fantástico, da Rede Globo. Confira a programação das próximas palestras no site www.modulo.edu.br •
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Foto:Flickr Módulo
PESQUISA
BIBLI
LOCAL P E
A
mbiente agradável, espaçoso, ideal para alunos lerem, pesquisarem e estudarem. Assim são as bibliotecas do Centro Universitário Módulo, no Campus Martin de Sá e Centro. Elas atendem tanto a comunidade acadêmica interna quanto a comunidade externa ao oferecer uma ampla coleção atualizada de livros, teses e periódicos especializados nas áreas dos cursos mantidos pelo Grupo Cruzeiro do Sul Educacional. Todos os alunos matriculados, professores e funcionários cadastrados no Sistema Informatizado da Cruzeiro do Sul são usuários inscritos automaticamente, sem necessidade de nenhum outro cadastro, ou processo burocrático de inscrição para usar os serviços dos bibliotecas . A Biblioteca Setorial Martin de Sá dispõe de quase 15 mil títulos de livros e teses, com livre acesso do usuário ao acervo, possui instalações adequadas do ponto de vista estético e técnico. São utilizadas estanterias de aço dupla face para livros, bem como há mesas individuais para estudos e quatro salas para o uso em grupo.
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A Biblioteca da Martin de Sá dispõe de15 mil títulos e a do Centro cerca de 14 mil livros e teses
Também disponível cerca de 10 computadores com acesso a internet para pesquisas rápidas. A Biblioteca Setorial Centro dispõe de cerca de 14 mil livros e teses. Estantes e livros passam por limpeza geral periódica, o que garante as boas condições de uso e conservação da coleção. Ambas as bibliotecas ficam abertas para consulta de segunda a sexta, das 8h às 22h15 e aos sábados das 8h às 13h45 “Por mês recebemos em média 3.000 visitas. A maioria dos alunos usa a biblioteca para fazer trabalhos da faculdade e emprestar livros”, disse Amanda Rodrigues, que há quatro anos atua na biblioteca da Martin. Douglas Pereira, aluno do último ano de Ciências Contábeis, lembra que a biblioteca foi ampliada. “É muito útil para os meus estudos. Quando comecei o curso, o espaço era pequeno e não tinha acesso à internet”, revela. Já Sueli Gomes, do 3° semestre de Gestão de Recursos Humanos, revela usar a biblioteca todos os dias para consultas de livros.
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IOTECA:
PRA LER, ESTUDAR VISITAR SEMPRE! Por Bruna Santos, Cléverton Santana, Cristhiene Ramos e Marcelo Souza
Alunos e professores podem realizar de sua residência renovação e reserva de livros de interesse por meio do site da biblioteca. Também estão disponíveis os serviços de consulta local, empréstimo de livros e entre bibliotecas, pesquisa na Internet, visita orientada, treinamento de usuários e consulta a periódicos online ESPECIFICAÇÃO Livros e Teses Títulos/Exemplares Anais CDs-ROM DVD’s Fitas de Vídeo Mapas Normas Técnicas Sub Total
MÓDULO CENTRO 7.555 13.332 104 156 132 225 39 3 13.991
Sistema de Bibliotecas do Grupo O Sistema de Bibliotecas do Grupo Cruzeiro do Sul Educacional, por meio da Biblioteca Central que fica em São Paulo, no campus São Miguel coordena de forma integrada um conjunto de bibliotecas, quatro da Universidade, duas do Módulo, além de integrar a biblioteca da UDF (Centro Universitário do Distrito Federal). Os sistemas adotados para o tratamento da informação respeitam os padrões internacionais para processamento técnico da coleção bibliográfica. A disposição do acervo de livros observa a sequência numérica de classificação, em ordem crescente. Os periódicos estão organizados em ordem alfabética de título, tanto a coleção corrente, quanto a coleção retrospectiva. Os materiais especiais como:fitas de vídeo, cd-rom, mapas e partituras, ficam organizados em ordem numérica, com localização fixa, em área própria. A equipe do Departamento de Sistemas da Universidade desenvolveu um módulo de catalogação que possibilitou a formação da base de dados de livros desde 1994, contendo atualmente, mais de 225.312 registros. Estes dados são de janeiro de 2011. Destaca-se, ainda, a assinatura de mais de 2.000 títulos de periódicos eletrônicos via Portal CAPES, o que garante acesso à literatura internacional especializada com textos na íntegra. Alunos de graduação, pós-graduação e docentes possuem acesso ao portal de quaisquer dos campi do grupo. Também estão padronizadas as dissertações de mestrados defendidas na Universidade. No sistema da Biblioteca Virtual Pearson estão coleções de e-books das editoras Pearson, Artmed, Manole e Contexto. A comunidade acadêmica pode solicitar levantamentos bibliográficos automatizados, nas mais de 900 bases do Banco de Dados DIALOG, em qualquer área do conhecimento, trabalhando com a informação mais atualizada disponível internacionalmente. Os dados quantitativos do acervo das bibliotecas do Módulo estão apresentados no quadro abaixo:
MÓDULO MARTIN 7.750 14.533 0 286 93 113 0 8 15.033
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TOTAL 15.305 27.865 104 442 225 338 39 11 29.024
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TALENTO É
IMPORTANTE!
Foto: dignow.org
PESQUISA
NA HORA DE FAZER O TCC
Esforço, dedicação, disposição e capricho fazem a diferença na elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso. Apesar do TCC deixar muitos alunos com medo, é preciso ser destemido e organizado para vencer a batalha
A
Por Mayara Peixoto
nsiedade, responsabilidade, nervosismo, medo, corrida contra o tempo. Para muitos alunos estes sentimentos são sinônimos de uma sigla: TCC. O temido Trabalho de Conclusão de Curso, representa para o aluno a chave para o mercado de trabalho. E, para consegui concluí-lo é essencial muita dedicação e esforço por parte do aluno concluinte. A produção de um projeto final é requisito imprescindível para colação de grau em quase todas as graduações. No curso de Direito do Centro Universitário Módulo, o aluno tem três alternativas: fazer um artigo científico, uma monografia ou apresentar um projeto de lei municipal. O professor e coordenador do curso, Alan Vendrame, explica que, no caso do artigo, exige-se um número de laudas pequeno e discurso bem objetivo. "O aluno desenvolve rigorosamente o raciocínio", explica. Na monografia, formato preferido dos alunos, escreve-se um número maior de laudas e, no Projeto de Lei Municipal, o universitário identificar problemas sociais e outros do município e propõe, por meio do projeto, soluções adequadas. No curso de Arquitetura, o TCC chamase TFG (Trabalho Final de Graduação) e acontece nos 9º e 10º semestres. “O projeto completo é entregue em caderno A3 e apresentado em banca composta por um professor do curso e um arquiteto que atue no mercado”, confirma a professore e coordenadora Tatiane Roselli Ribeiro.
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Que tema escolher? O aluno deve verificar a viabilidade e aplicação da ideia do TCC; elaborar um cronograma e segui-lo com fidelidade; organizar o tempo; estabelecer métodos de estudo e pesquisa; ter disciplina e não deixar tudo isso para o último semestre
O TCC é um trabalho extenso, que exige pesquisa, leitura e empenho. Na hora de escolher o tema do TCC, o aluno deve ter afinidade e se interessar pelo assunto, bem como verificar a viabilidade e aplicação da ideia; elaborar um cronograma e segui-lo com fidelidade; organizar o tempo; estabelecer métodos de estudo e pesquisa; ter disciplina e não deixar tudo isso para o último semestre. A professora Tatiane Roselli aponta que, geralmente a carga horária dos cursos diminui no último ano, mas alguns alunos acabam não usando este tempo para fazer o TFG. “É necessário ser organizado para conseguir cumprir todas as etapas”, considera.
Experiências com TCC O advogado José Rubens Navarro, formado no Módulo, coordena atualmente uma rede de cursos preparatórios e de pós-graduação na área jurídica em Caraguatatuba. Pós graduado em Direito Público, está na segunda especialização (Direito Eleitoral), e prestes a concluir o terceiro Trabalho de Conclusão de Curso. No primeiro TCC, Navarro não teve dificuldades, pois decidiu o tema na metade do curso: o Crime Organizado. Para elaborar o trabalho, conversou com professores, especialistas e delegados de polícia. “A boa escolha dos livros foi crucial para a pesquisa”, confessa.
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Navarro considera importante não perder o foco do trabalho e ser orientado por um professor especialista. Também acredita que na defesa do TCC, o aluno deve dominar o assunto, pois a pesquisa pode ser questionada pelos professores da banca. Outra dica é fazer um breve resumo, expor os fatos mais relevantes do tema e finalizar dando um parecer autêntico. Ele revela que neste terceiro TCC, deixou de cometer alguns erros. “O TCC é como um relacionamento amoroso, sempre aparecem dúvidas e surpresas” finaliza. •
O advogado José Rubens Navarro
Um bom trabalho de conclusão de curso é aquele que gera reflexão. Porém, nem toda boa ideia resulta num bom trabalho. É necessário saber abordar o assunto e manter o foco no tema escolhido
10 DICAS PARA AJUDAR NA HORA DE FAZER O SEU TCC Teve uma boa ideia? Investigue e pesquise se ela é realmente viável. A ideia tem que poder ser aplicada à realidade. Pesquisa é a palavra chave para um bom trabalho. Cada tipo de trabalho requer um tipo de apresentação. Nem toda ideia cabe numa monografia, assim como algumas não fluem bem num artigo. Encontre o suporte ideal para o seu tema. Coloque suas ideias no papel e verifique seus limites. Procure fontes que tenham credibilidade e depois verifique se é possível chegar até elas. Imagine estar na metade de último ano e perceber que o trabalho é inviável?
Organize seu tempo de acordo com a extensão do trabalho. Um TCC que tenha uma conclusão fraca pode estar fadado ao fracasso. É necessário se dedicar igualmente em todas as etapas do trabalho.
No início do último ano você já deve ter decidido o tema que irá trabalhar. Não perca tempo! Nesta etapa da sua vida universitária o tempo é sagrado. Fontes demais às vezes atrapalham. Cuidado! Seu trabalho precisa ter um “fim” plausível e bem construído. Não tenha medo de procurar seu orientador. Ele está ali exatamente para te ajudar a clarear as ideias. Organize-se financeiramente. Todo TCC tem gastos, por isso é necessário criar condições para conseguir terminar o projeto Todo tema está propício a mudanças. Nada é rígido e inflexível. Esteja pronto para esses desafios.
Um projeto deve conter uma narrativa lógica, qualquer que seja o tipo de apresentação escolhido. *Dicas elaboradas pelo professor Gilberto Maringoni BANANA VERDE |SETEMBRO DE 2011 | Edição #01
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POLÊMICA Foto: Bruna Vieira
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BARZINHO X
FACULDADE: EXISTE RELAÇÃO HARMONIOSA? Você já matou aula para tomar uma cerveja no bar próximo da faculdade? Se isto aconteceu raras vezes, o senso comum tolera, mas se a ida ao bar virou rotina e passou a interferir no aproveitamento do curso, é hora de repensar o assunto Por Bianca Schumacher e Bruna Vieira
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“F
requentar o bar durante a seguinte, na rotina do trabalho e faculdade é quase parte na faculdade. Se o aluno chega do currículo acadêmico”, atrasado depois de beber “um brinca o universitário Rapouco”, já não conseguirá abfael Franco. Ele assume sorver o conteúdo da aula pleque frequenta o bar no horário namente”, esclarece. da faculdade, mas que beber O psicólogo clínico André Dapara ele é um momento de laniel R. Flores, que atende depenzer. “Não sou influenciado. Vou dentes químicos e familiares (coao bar para descontrair, nem é -dependentes) no litoral norte, porque a aula está chata”. Para explica que o alcoolismo é um Rafael, existe uma palavrinha assunto extenso. “Uma doença mágica que resume esta polêmiprogressiva (evolui por etapas), ca: l-i-m-i-t-e. “Não gosto de dar incurável e fatal. Atinge em mévexames e passar mal”, compledia 10% da população brasileira. Bares próximo ao campus Martin de Sá menta. Há predisposição genética para Mayara Peixoto, aluna de 4º desenvolver o alcoolismo, ou seja, semestre de Jornalismo e colega de claspais com dependência tendem a ter filhos se de Rafael, opina: “Nunca o vi entrar também dependentes. Mesmo no caso de bêbado na sala de aula, mas discordo não ter esta predisposição, o efeito da bede alunos que vão ao bar no horário da bida alcóolica no cérebro e no corpo pode aula. O aluno vem pra faculdade estudar causar problemas gástricos, AVC, fígado e e não beber. Claro, que tem momentos outros. Mas o maior prejuízo é quando a para se divertir, no entanto, ingerir bebibebida passa a afetar a vida afetiva, fada alcóolica em excesso nunca é bom. A miliar, social, mental e laboral da pessoa. pessoa que bebe pode até ter momenGeralmente, o dependente preserva o tratos de descontração, mas a bebida é balho, mesmo bebendo frequentemente. uma enganação”. Esta é uma das últimas perdas”, explica. Para a também colega de classe Bruna André Flores contextualiza o fato da Thallicya, toda escolha tem consequêncerveja e outras bebidas alcóolicas serem cias. “O jovem universitário tem responsaconsideradas “legais” e aceitas pela sobilidades. Não acho legal perder um exerciedade sem muita resistência. “A bebida cício para nota ou até mesmo um debate pode proporcionar dependência química, legal em sala de aula para ir beber. Tem psicológica e o dependente inclusive acaaqueles que acham que a faculdade é só O jovem deve ba tendo perdas materiais. Hoje, vemos os diversão e zueira. Acho errado o aluno en- ter consciência jovens começarem a beber muito cedo, trar na aula só para assinar a lista de prejá no ensino fundamental. Na faculdade de que o sença. Tem que colocar na balança tudo, uso abusivo ele já tem mais de 18 anos e acha que antes mesmo da ida ao bar começar a inpode beber todas, mas o álcool reprime o da bebida fluenciar a vida acadêmica e pessoal. Vou sistema cerebral. A doença evolui de forpara a faculdade porque quero ser uma prejudica sua ma lenta: no primeiro e segundo estágio, profissional e levo a sério os estudos”, con- saúde mental e beber é esporádico e divertido, depois a sidera. física e de que pessoa começa a beber com frequência, A relação Bar X Faculdade não é exclu- há limites para passa a ficar bêbada, sonolenta, perde siva de quem faz faculdade numa cidade o controle das suas ações, segue com as as “farras” de praia como Caraguatatuba. É fato corperdas sociais, familiares e outras até cheriqueiro nas cidades grandes e no interior gar ao último estágio, o de descontrole. do país. Geralmente os bares são frequenA maioria das pessoas que ingere bebida tados por jovens e adultos, após saírem do alcóolica passa por três estágios: do matrabalho. “Na faculdade eu dou risada, caco (pessoa fica alegre), do leão (fica me descontraio e aprendo. Normalmente agressivo) e do porco (dorme)”, confirma. os professores são dinâmicos, animados e Os governos federal e estadual vem defazem uma aula divertida, com conteúdo. senvolvendo campanhas de conscientizaNão é só no bar que tem gente bonita”, ção contra o uso abusivo do álcool, seja afirma ainda Bruna Thallicya. na faculdade ou em qualquer outro local. O professor Rodrigo Camargo, dos curUm exemplo de lei que “pegou” e coíbe sos de Administração e Ciências Contáo uso da bebida é a “Lei Seca”, na qual beis do Módulo, considera saudável se motoristas embriagados passam pelo teste divertir e relaxar após o término da aula. de bafômetro, são multados e alguns che“Mas a bebida não pode interferir no dia gam a ser presos. • BANANA VERDE |SETEMBRO DE 2011 | Edição #01
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ENSINO
ENTRETENIMENTO COM CONTEÚDO
Assistir filmes, ler livros, navegar na internet em sites com conteúdo, ter um ‘papo-cabeça’ pelos chats, MSN e redes sociais são formas de se entreter, mas que também ajudam na formação acadêmica Por Lucas Santana
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diversidade de filmes e livros lançados na atualidade soma e muito ao aluno que está na faculdade. São ferramentas que incrementam o conteúdo na sala de
Nunca pare de ler e ver filmes. Busque sempre novas produções
Foto: Divulgação
aula. Há tempos as produções cinematográficas deixaram de ser apenas um passa tempo. Hoje contribuem para a compreensão de fatos históricos e atuais. A Revista Banana Verde preparou um roteiro com dicas de filmes e livros para os alunos do Centro Universitário Módulo. O aluno que está no último ano do curso de HISTÓRIA, podem ver filmes de época. Produções mitológicas como 300, Fúria de Titãs e o antigo A Odisséia são pratos cheios de informações e fazem com que estas épocas sejam visualizadas de forma fictícia. Ainda nesta área, encontram-se filmes de guerra como A Queda de Hitler e Operação Valkíria, que relatam a vida de Hitler e o papel do exército alemão na segunda guerra mundial. No lado oposto, Pearl Harbor mostra a participação dos EUA na segunda grande guerra.
Partindo para o social, o filme Mandela retrata o Apartheid e a história de vida do líder e político Nelson Mandela. Tem também Tempos Modernos (foto) que traz o místico e lendário ator Charles Chaplin no papel de um emblemático trabalhador de fábrica após a crise de 1929. Ele interpreta o ser humano como uma máquina perante o sistema capitalista. Um filme novo que evidencia a época das espionagens é A Companhia que mostra em detalhes o que foi a Guerra Fria. Para os alunos de JORNALISMO, dois filmes interessantes da área são Intrigas de Estado e Guerra dos Mundos. O primeiro, lançado em 2009 traz a história de Cal McAffrey, um jornalista de moral elevada interpretado por Russel Crowe, com um grande caso nas mãos. O problema é que ele envolve no caso, o amigo e político Stephen Collins (Ben Affleck). O filme mostra situações conflituosas vividas por um jornalista e propõe o debate do papel das fontes de informação no jogo político.
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Cena do filme Tempos Modernos BANANA VERDE | SETEMBRO DE 2011 | Edição #01
Foto: Divulgação
Cena do filme "300"
O segundo filme, lançado em 2005, com direção de Steven Spielberg, tem no papel principal o ator Tom Cruise. Apesar de ser uma ficção científica, o filme adaptado do livro de Herbert George Wells é uma história sobre a invasão da Terra por alienígenas. De fato, em Outubro de 1938 os americanos foram acordados por um radialista com a notícia de que a Terra estava sendo invadida por marcianos, o que causou medo na população. A moral da história é que toda ação tem uma reação, e no meio jornalístico tudo que é publicado e dito deve ser conferido-checado e revelar a realidade dos fatos. Universitários das áreas de tecnologia como SISTEMA DE INFORMAÇÃO e ANÁLISE DE SISTEMAS também ganham dicas. Piratas do Vale do Silício, produzido pela TNT, dramatiza o início da informática desde o primeiro PC (Computador Pessoal) até chegar a rivalidade entre Apple e Microsoft. O filme expõe o sofrimento e aflição de Steve Jobs e Steve Wozniak que criariam a Apple Computers e o de Bill Gates, Steve Ballmer e Paul Allen que seriam os criadores da Microsoft. Para os estudantes de CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, o filme O Dia Depois de Amanhã, lançado em 2004, retrata o cataclismo do mundo entrando na nova era glacial. O filme abre discussão sobre o aquecimento global e suas consequências no mundo e mostra a alteração das correntes marítimas do Atlântico Norte.
Livros Quando o assunto é leitura, o material para pesquisa também é vasto. Excelentes livros são encontrados em livrarias, bibliotecas e na própria internet. Claro que conhecer obras literárias clássicas como as de Machado de Assis adicionam muito na formação intelectual, mas existem outros escritores novatos que estão surpreendendo e podem fascinar os universitários. Para os estudantes de DIREITO, o livro O Caso dos Exploradores de Cavernas conta o caso julgado na Suprema Corte de Newgarth, Inglaterra. Quatro exploradores de cavernas acabam ficando presos na caverna Commonwealth. Após dias sem comer e beber, um dos exploradores, Roger Whetmore sugere sacrificar um deles para servir de alimento aos demais. Apesar da tensão, eles concordam em tirar a sorte em dados e eleger o que seria morto. Roger foi assassinado pelos colegas que só conseguem sair da reclusão graças aos esforços da equipe de resgate. No final da história, são indiciados por assassinato, condenados em primeiro grau, resultando numa trama tensa e polêmica. •
DEPOIMENTOS
A Revista Banana Verde questionou professores sobre o diferencial de usar esses instrumentos em sala de aula. “Como trabalho com questões visuais e auditivas, os filmes ajudam os alunos a enxergar o que ouvem. Os livros contribuem com conteúdos”, comenta o professor de inglês e turismo, Felipe Faria, que atua numa escola municipal de Caraguatatuba. “Leitura e filmes colocam o estudante mais próximo da realidade e ampliam a visão de mundo deles”, revela o professor de história e filosofia, José Valdinei, da rede estadual. “Ler e assistir filmes são úteis para os estudos e servem de passaporte no ingresso à grandes universidades”, opina o também professor da rede estadual, Elias Araújo. “A literatura é a história estilizada por meio da leitura. A representação do sentimento do ser humano por meio da escrita. E os filmes, se trabalhados de forma pedagógica, tornam a dinâmica das aulas mais atrativa”, propõe a professora de português, Kayla Prado, que leciona em colégio privado no Litoral Norte. O importante, segundo ela, é nunca parar de ler e ver filmes, e sempre buscar novas produções.
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OPINIÃO EDITORIA
O ENSINO SUPERIOR POR AQUI Por José Mário Silva e Paulo Ferraz
O litoral norte cresce. Novas caras surgem, talentos são revelados e inspirações de futuro chegam às cidades. A região merece instituições que valorizem o cotidiano e a estrutura dos caiçaras e demais moradores, também quando se trata de educação superior e conhecimento empírico
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as quatro cidades são mais de 280 mil habitantes. Suponhamos que pelo menos 30% da população tenha aptidão para o mercado e 40% trabalhe e ajude no crescimento dos municípios que, a exemplo de Caraguatatuba, cresce de uma maneira exorbitante. Temos ótimas instituições e centros de ensino na região. Umas com mais força, com mais cursos e renomadas pelo tempo. Outras, com características peculiares, que trazem conhecimento de forma diferenciada, como as graduações à distância. Quem procura profissionalização, encontra no litoral, cursos superiores que ajudam a compreender e a viver melhor neste mundo globalizado. Em Caraguatatuba, o Centro Universitário Módulo, antiga Faculdades Integradas Módulo, é referência no ensino da região. Em seu gabarito, mais de vinte cursos formam, desde 1988, profissionais para todo o litoral
norte. São cursos de bacharelado, licenciatura e pós-graduação para livre escolha dos candidatos. Com a fusão em 2008, junto ao Grupo Cruzeiro do Sul Educacional, entidade mantenedora, o Módulo ganhou cursos importantes como Petróleo e Gás, Jornalismo e outros, bem como especializações que estão entre as mais conceituadas do país. Ainda em Caraguá tem o Instituto Federal, antigo Ceprolim, com poucos cursos gratuitos de graduação e tecnólogos. Há também graduações pela internet, cujas aulas presenciais acontecem uma vez na semana. Um exemplo é o Complexo Jurídico Damásio de Jesus, que oferece cursos especiais em Direito e é parceiro de uma universidade interativa. Ubatuba tem campus virtual de outra universidade. São Sebastião abriga uma faculdade desde 2002 que conta com três cursos de graduação. Ilhabela tem no colégio São João cursos interativos. Como se vê, não é difícil estudar em uma faculdade no litoral. Há opções e não estuda quem não quer, pois existem programas de financiamento e inclusão como FIES e ProUni. O jeito é pesquisar. O futuro estudante universitário deve procurar descobrir suas habilidades e vocação. Sabendo o que deseja para a vida profissional, certamente encontrará um curso superior que supra as suas necessidades e proporcione as condições ideais de crescer socialmente na região. Desta forma, fica o convite: venha conhecer o Módulo. Ele está de portas abertas para quem quer ter um futuro promissor. •
BANANA VERDE | SETEMBRO DE 2011 | Edição #01
OPINIÃO
centros universitários, hoje se consolidam como pólos de ensino e pesquisa. Caraguatatuba, cidade litorânea que fica a cerca de 200 quilômetros de São Paulo, famosa por suas belas praias e por seu povo receptivo, é um desses exemplos. A aquisição do Centro Universitário Por Daniele de Freitas, Diego Bandeira, Módulo em 2008, pelo Grupo Cruzeiro Por Daniele de Freitas, Diego Bandeira, do Sul Educacional, desencadeou numa Karina Santana, Millena Hermes avalanche de investimentos na cidade, somado a outros empreendimentos. O número de universitários não pára de crescer. A maior prova disso foi à necessidade da construção do segundo campus do Módulo, o da Martin de Sá. O estacionamento da Martin fica cheio de carros mesmo antes do início das aulas, aumentou o número de linhas de ônibus e de fretados que trazem alunos das cidades próximas, surgiram comércios nas adjacências da faculdade, sobretudo barzinhos semelhantes aos das universidades dos grandes centros urbanos. Tudo isto mostra o desenvolvimento da maior instituição de ensino superior no lifacilidade de acesso a toral norte. Mesmo nos bairros é comum financiamentos e prover estudantes universitários conversangramas de incentivo do, trocando ideias, envoltos as suas mogovernamental, acreschilas penduradas nos ombros ou com cida a proliferação de livros e cadernos nas mãos. faculdades em todos os cantos, A geração universitária é marcada fez crescer a população universipela visão de futuro. São eles que devem tária no Brasil. E, numa velocidade reunir forças para levar mais progresso à nunca tida, nasce uma classe de localidade. jovem cidadão interessado no enEstes estudantes, aos poucos, estão ocusino superior. pando promissores postos de trabalho, porém, Locais inóspitos, antes sem consem esquecer-se de preservar as belezas natudições de receber instalações de rais, marca registrada da região. •
UMA NOVA CLASSE...
DE UNIVERSITÁRIOS SURGE NO LITORAL
A
Livre para todos os públicos
VENDA PROIBIDA
No Brasil 11% da população conclui um curso superior. As mais de 2.200 instituições de ensino superior reúnem 5,8 milhões de universitários. Destes, cerca de 3.000 estudam no litoral norte de São Paulo
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