A criação

A Criação A ARCA E O DILÚVIO PASTOR

Pedro Alves

A CRIAÇÃO A ARCA E O DILÚVIO 1

CAPITULO l A Criação Em uma época, em que a escuridão imperava e, que os caos dos caos eram mais poderosos do que os limites celestiais, onde não se podiam ver, nem ouvir nada, além da densa escuridão, um ser supremo rompeu os céus dos céus atravessando as galáxias como se andando sobre as estrelas, vinha visitar de tempos em tempos este lugar tão desprezível e caótico.

Com o passar do tempo, resolveu criar no meio desta escuridão um lugar aprazível e bonito, para tanto moveu todo seu poder e autoridade que estava sobre suas mãos.

Estava Ele (Deus Pai, “O ARQUITETO” a primeira pessoa da santíssima trindade) sentado em seu trono no centro dos céus; a sua direita estava (Deus Filho, “O VERBO OU A PALAVRA”, a saber, Jesus Cristo o enviado, a segunda pessoa da santíssima trindade), a sua esquerda estava (Deus Espírito, “A VOZ OU A FALA”, O Espírito Santo, a terceira pessoa da santíssima trindade), alardeado de muitos anjos, de seres viventes e dos anciãos.

“E olhei, e vi a voz de muitos anjos ao redor do trono e dos seres viventes e dos anciãos; e o número deles era miríades de miríades; e o número deles era miríades de miríades e milhares de milhares Ap 5:11”.

“E todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e dos anciãos e dos quatro seres viventes, e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus 7:11”.

Juntos resolveram torna o impossível em possível, conforme nos relata a bíblia: No princípio criou Deus os céus e a terra. A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas. (Gn 1:1) Era uma época caótica, onde nada se movia, nem sequer, um sussurro se ouvia das águas mortas do imenso oceano, (se é que se pode chamar de oceano), não se via as ondas quebrarem sobre as rochas, não havia rochas para receberem os impactos das ondas, era um lugar sem forma e vazio.

Mas para criar a terra e tudo que há, Deus começou pelos os céus.

A Criação do céu Os Céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra de suas mãos. (Sl 19:1).

O universo físico e visível, é a prova notória da sabedoria, do poder, da gloria e das leis de Deus, porém, não é suficiente para declarar a vontade do criador. Através dos seus planos, da sua graça, e do seu amor. Isso é profundo demais para a mente humana é difícil de entender.

A CRIAÇÃO No começo Deus fez o universo (um lugar além do espaço sideral) o que chamamos (de céus, galáxias ou infinito). Isto é, um conjunto de tudo que existe além ou acima de nossas cabeças. Nele fez Deus o lugar para sua habitação “O CÉU QUE ESTÁ ACIMA DOS CÉUS”. Um lugar grandioso, cheio de esplendor, ali há suas ruas de ouro e de cristal, é como um imenso mar de vidro que depois de ser ilustrado tem o aspecto de cristal. Glória, Esplendor, riqueza, poder, autoridade e honra. Tudo foi feito para dignificar 2

o seu arquiteto supremo. Por essas ruas e esse mar de cristal o ser supremo anda vestido de beleza e santidade. Então, pensou Deus e idealizou... Seu trono de glória.

Quem nos relata com grande precisão é o apostolo João. Assim ele descreve: vi um trono posto no céu, e assentado sobre o trono; estava aquele que tinha aparência, semelhante a uma pedra de jaspe e sárdio; ao redor do trono um arco-íris, com aparência, de esmeralda. Ao redor do trono pôs vinte e quatro tronos; e sobre os tronos fez assentasse vinte e quatro anciãos, vestidos de branco, que tinham nas suas cabeças coroas de ouro.

Do trono saiam relâmpagos, e grandes vozes como de trovões; também pôs diante do trono sete lâmpadas de fogo acessas, as quais são os sete espíritos de Deus; Este trono era como um mar de vidro, semelhante ao cristal; e ao redor do trono, e no meio de cada, quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás; estes seres o primeiro era semelhante a um LEÃO; o segundo ser, semelhante a um TOURO; tinha o terceiro ser o rosto como de HOMEM; e o quarto ser era semelhante a uma ÁGUIA voando. Os quatro seres viventes tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios de olhos; e não têm descanso nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era e que é, e que há de vir. E, sempre que os seres viventes davam glória e honra e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive pelos séculos dos séculos, os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam ao que vive pelos séculos dos séculos; e lançavam as suas coroas diante do trono. Criou também os anjos para adorá-lo e servilo. (Ap 4; Mais abaixo criou um corpo celeste; composto de estrelas, sol, lua e os planetas que são os astros espalhados por toda galáxia.

A rebelião dos anjos Aos anjos que não guardaram o seu principado, e deixou a sua própria habitação, Ele tem reservado prisões eternas na escuridão para o juízo do grande dia a pena do fogo eterno.

Deus estava sentado em seu trono vestido de glória e rodeado por muitos anjos que lhe serviam dia e noite em obediência. Todos eram felizes; Tinham os mesmos privilégios excerto um que era chamado de o grande anjo da luz. Ou seja, “lúcifer” e esse instigaram aos demais a começarem uma rebelião. “Lúcifer” resolveu ficar contra Deus e suas leis, ficava todo o tempo pertinho de Deus. E, por ser muito sábio e ter uma posição importante, começou a achar que também deveria ser adorado. Então saiu espalhando a história de se tornar um deus entre todos os anjos. Dizendo: - Porque temos que servir a um único Deus todos os dias da nossa eternidade? Se nós podemos ser iguais a ele. — Isto é loucura ou rebelião. Disse o anjo de nome Miguel. — Não podemos nos rebelar contra o nosso criador e além do mais já temos tudo! Não faça tal coisa. — Exclamaram os outros anjos. Mas, por ser muito orgulhoso Lúcifer não quis saber nem sequer ouvir conselhos. E continuou — Não! Eu também quero ter um trono custe o que custar vou ter, quem quiser me seguir eu darei maior poder do tens agora “muitos daqueles anjos aceitaram a proposta de lúcifer” muito menos acreditaram em suas mentiras.

Miguel não aceitou, e levou ao conhecimento de Deus “Senhor, peço permissão para falar – lhe” disse Miguel. - Respondeu o Senhor; fale Miguel o que esta acontecendo? (Não que Deus não soubesse o que estava acontecendo) “continuando Miguel — Senhor ouve uma reunião dos anjos comandada por lúcifer e muitos deles se rebelaram contra o Senhor — O que eles querem? Perguntou Deus — eles querem o seu trono Senhor; responderam Miguel — Toque as trombetas e anuncie uma reunião; disse o Senhor.

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Deus Julga Lúcifer Porque você se levanta contra mim, perguntou Deus. - Ora, nós passamos dias após dias; anos após anos; milênios após milênios te servindo e não ganhamos nada. Não podemos fazer nada além do que o Senhor ordena, não temos privilégio algum, a única coisa que fazemos é te adorar e cantar a te louvores — O que queres mais não foi para isto que foste criado, exclusivamente para me servir. Respondeu Deus — Foi, mas eu e os meus “amigos” não estamos mais a fim de fazer isto — Então este tribunal dará uma semana para dar-te a resposta disse o Senhor.

Ao passar dos dias lúcifer aproveitou para convencer novos adeptos a sua missão de ser um deus e ter um reino, muito ainda estava em dúvida se valia à pena servir a Deus ou a lúcifer. Muitos daqueles que tocavam as trombetas, como: os cantores que louvavam os guardiões deixaram de ir um a um, para seus postos. E a cada dia que passava ele ia ajuntando mais adeptos a rebelião, então Deus com o seu conselho decidiu expulsar todos de uma vez do céu.

Mas para onde mandá-los? Para nenhum lugar no céu poderia mandar os traidores.

Então escolheram o abismo que milhões e milhões de anos depois viera ser a terra. Ali ficou na mais completa escuridão. Isaias (14:12-14). Diz: como caístes dos céus, a estrela da manhã, filha da alva, como foi lançada por terra. Tu dizias no meu coração eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus farei o meu trono e me assentarei e ainda andarei acima das nuvens e serei maior do que o Altíssimo. Pensava lúcifer, mas Deus tinha plano diferente dos de lúcifer; e dizia tu serás lançado no inferno, no mais profundo abismo.

“Porque se Deus não poupou a anjos quando pecaram, mas lançou-os no inferno, e os entregou aos abismos da escuridão, reservando-os para o juízo final.

No decorrer de todos estes milhões de anos lúcifer esperava uma oportunidade, mas Deus o observava sempre de onde estava. O lugar onde lúcifer estava era sem forma e vazia, (voltamos de novo a se referir a terra) a única coisa que existia era uma grande escuridão, cercada de água, portanto impossível de lúcifer fazer o seu trono, e de ter conforto como tinha no céu.

De anos e anos o Senhor vinha visitar este lugar para vê de perto como estavam se saindo, e chegou a perguntar a lúcifer — Como estas passando? Ao que ele respondeu — Estou muito bem, pois sou o senhor deste lugar, e aqui quem manda é eu, não tenho que servir a ninguém pelo o contrário eu é quem sou servido — Respondeu o Senhor muito bem e retirou – se. Passando alguns milhares de anos o Senhor Deus resolveu castigálos ainda mais, pois já estava muito tempo naquele abismo e já tinha se acostumado com a escuridão. “Os anjos descaídos são os anjos do mal propriamente dito e são classificados de Daimones o que corresponde à palavra Demônios e fica preso numa força inferior chamada inferno. Que vivem sobre a terra, e estão presos à lei da gravidade não podendo ir nem para o céu nem para o inferno. São chamados de gnomos e duendes que vivem nas matas e florestas, os anjos do ar são fadas e silfos, os anjos do fogo e da água são Salamandras e ondinas. É claro que tem outros nomes muito peculiares a quem os adorem. Seus deuses mais conhecidos são: Marduk. o céu (Anu), a Terra (Enlil), a Lua (Sin), o rato e a tempestade (Hadad), o fogo (Gibil), etc.

No nosso país (Brasil); Saci Pererê, mula sem cabeça e etc. já os chamados principados: são os anjos responsáveis pelos os estados, os países e reinos também o reino mineral, das faunas e o reino floral. Ao qual Paulo se refere, ”Éfesios 6:12 pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, 4

conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes”.

Os Anjos Segundo A Bíblia.

Sua Criação, Existência E Natureza.

O vocabulário anjo, na Bíblia, significa mensageiro ou representante. A Bíblia não faz menção direta da criação dos anjos, porém se depreende estarem incluídos em (Colossenses 1:16 porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, (Os tronos: esses são os anjos mais jovens) sejam dominações, (As Denominações: são os anjos considerados como dominantes) sejam principados, sejam potestades (já citei acima); tudo foi criado por Ele e para Ele).

No tempo de Jesus, os saduceus não acreditavam na existência dos anjos. Quanto a seu número, o escritor aos hebreus fala de (hostes) incontroláveis de anjos. Um deles, Miguel, é chamado arcanjo. O Antigo Testamento registro varia aparições de anjos em passado remoto: Anjos. É um ser espiritual que exerce um oficio de mensageiro entre Deus e os homens. Este ser celeste tem poder para afastar a pessoa do mal, e Incliná-la para o bem. Eles sempre vêem a face de Deus “Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos céus”. (Mateus 18:10).

O seu trabalho é socorrer ao homem, inclusive a Jesus. “Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviram”; (Mateus 4:11). “Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos”; (Mateus 26:53); “E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam” (Marcos 1:13). “Porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem (Lucas 4:10).“Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação” (Hebreus 1:14).

Foram enviados para conduzirem o homem na vida presente e até além-túmulo. “E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado” (Lucas 16:22) Sempre irá diante dos homens para guiá-los, proteger ou libertá-los. “O Senhor, Deus dos céus, que me tomou da casa de meu pai e da terra da minha parentela, e que me falou, e que me jurou, dizendo: A tua semente darei esta terra: Ele enviará o seu Anjo adiante da tua face, para que tomes mulher de lá para meu filho”. ( Gênesis 24:7). “E o anjo de Deus, que ia diante do exercito de Israel, se retirou, e ia atrás Mais abaixo criou um corpo celeste; composto de estrelas, sol, lua e os planetas que são os astros espalhados por toda galáxia.

A criação de tudo Há milhões de anos, havia em um lugar qualquer do espaço um ponto negro ou um planeta inabitável. E ao se chocar com outro planeta veio forma-se assim o planeta terra.

Deus resolveu chamá-lo de terra. Este era sem forma e vazio, ou seja, nada habitava neste lugar, era um grande abismo.

Com a expulsão dos anjos que se rebelaram contra os princípios eternos. Este ponto no infinito veio ser uma grande bola de fogo a pós chocasse com outro planeta se partiu formando assim a terra e a lua, segundo estudo cientifico.

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Deus, então enviou os anjos rebelados para este lugar, ou seja, para o meio do fogo.

Passaram-se alguns bilhões de anos e Deus começou o processo da criação.

Pensou então o criador. — farei que haja luz neste lugar, uma grande luz (o planeta Sol) e que dê luz 24 horas. Disse o Senhor Deus — apareça à luz! E luz apareceu. Esta luz recebeu o nome de dia e as trevas receberam o nome de noite. Este foi o primeiro dia da terra. – É água demais! Vou separar as águas disse Deus. Primeiro Ele fez aparecer um céu bem azulado e cheio de ar para o homem poder respirar; depois separou as águas. Pôs nuvens cheias de águas no céu, e deixou água suficiente na terra. O segundo dia da terra. – Agora vou fazer uma porção seca para o homem poder andar em terra firme disse Deus no terceiro dia. E quando Ele falou a parte seca apareceu. A parte seca chamou Deus de terra e a porção de água chamou de mares.

O Senhor viu que aquilo era bom. Mas! A terra precisava ficar bonita então disse Deus. — Apareçam árvores que dêem frutos. - A pareçam às rosas, os cravos, e os lírios.

Enquanto falava, as coisas iam aparecendo. A lua também apareceu junto com as estrelas para iluminar a noite, então Deus ficou muito satisfeito.

Este foi o quarto dia. — Quero também que as águas fiquem cheias de peixes de todas as espécies. Este foi o quinto dia. - Quero que o céu fique cheio de aves de todos os tamanhos e de todas as cores. E a terra seja cheia de animais ordenou Deus no sexto dia. Ainda neste dia o homem foi feito a imagem de Deus, a este lhe delegou poder sobre todos os animais da terra.

Assim eles “o diabo e seus anjos descaídos” não teriam sossego em nenhum momento, e assim ficaram, quando a luz estava no norte eles corriam para o sul, quando estava no sul eles voltavam para o norte, e era assim que Deus castigava mais e mais a lúcifer e os seus anjos descaídos, por ter se rebelado contra o Senhor.

Como eles viviam correndo de um lado para o outro; Deus disse para que eles não tenham sossego farei outra luz que brilhem na escuridão (a lua) assim eles sofrerão ainda mais. De dia tinha o Sol e a noite a Lua. O que fazer então? Eles pensaram vamos fugir para um lugar onde não tenha nem a luz do sol nem a da lua, e foram descendo para o mais profundo abismo. Ali vivem.

A luz trouxe grande deformação nos seus rostos que eram belos quando estavam nos céus, suas faces devidas estas transformações passou ser horrível.

No decorrer desse tempo o Senhor Deus de tanto vir a esse lugar pensou em fazer algo poderoso; e fez brotar no meio das águas uma porção de terra, “Questão já lida” e quando o fez, esta por sua vez começou a nascer árvore, vendo tudo aquilo que tenha feito, pensou o Senhor Deus: o que colocarei para cuidar deste lugar? Há! Já sei:, farei algo parecido comigo para cuidar deste lugar tão lindo.

A Criação, do Homem.

Juntos Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. (ou seja, a trindade) Reunidos disseram; vamos fazer uma criatura parecida conosco. Ele vai comandar toda a terra.

Assim criou Deus o homem de barro “que quer dizer Adão ou primeiro homem” este se sentia só e começou a ficar muito triste, o Senhor mandou que ele fosse dormir. E Enquanto dormia Deus lhe tirou uma costela, e da sua costela fez a mulher “que quer dizer Eva”. Depois lhe apresentou dizendo: Adão esta aqui é sua esposa.

Assim no sétimo dia depois da criação o Senhor Deus descansou, então o diabo aproveitou-se deste dia para tentar ambos os fazendo comer da árvore que Deus ordenou que não comessem.

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A Invasão do inimigo Ap 6:8) “Perguntou-lhe Jesus — Qual é o teu nome? — Legião. “Responderam eles” (Lc 8:30).

Tudo começou no jardim do Éden, um lugar cheio de beleza por toda parte onde vivia um casal muito feliz, pois eram puros, sem nenhuma maldade, ali eles corriam e brincavam sem se preocupar com nada a não ser com o seu pai (Deus) todos os dias Ele vinha ver como estavam os seus filhos. E ordenou-lhes dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. Assim viviam em obediência.

Eram tão felizes e puros que nem percebiam que viviam nus, não havia neles o desejo carnal da prostituição, da impureza, da idolatria, da inimizade, do ciúme, da inveja, da orgia e das brigas.

Uma ordenança fora dada por Deus que ali no jardim eles podiam comer de todas as frutas que houvesse nos pomares, menos uma, aquela que se encontrava no meio do jardim a árvore do conhecimento do bem do mal, uma árvore de difícil acesso posta ali para dificultar a retirada de seus frutos.

O lugar todo pertencia a eles, e neste lugar só existia o amor, a bondade entre ambos, além da fidelidade, da longaminidade “tempo que não tinha hora, nem se contavam os dias de sua morte, pois jamais morreriam”, e o domínio próprio.

Mas certo dia estava à mulher colhendo os frutos para o almoço, quando de repente a pareceu diante dela uma serpente falante. Intrigada? Aproximou-se para ver de perto o que fez aquela serpente falar, já que dentre todos os animais era ela e o homem que falavam. “E essa curiosidade lhe custou muito caro”. Chegando mais perto perguntou — Como é que você fala? Ao que respondeu a serpente — Digamos que eu sou diferente! O mais esperto dentre todos os animais que vivem aqui. — Bem, se você é tão esperta assim como diz ser, porque é que você não anda, não come os frutos do jardim e além do mais tem esta aparência horrível, hi, hi, hi, hi, hi, riu a mulher com um ar de deboche.

Dos olhos esbugalhados da serpente saíra um brilho de ódio, deu uma disfarçada, pois naquele momento lhe faltara à voz, mas logo voltou ao normal, ou seja, a uma aparência de serenidade, de boazinha, mas por traz desta aparência se escondia uma maquiavélica personalidade. - Pois, é você é muito bonita e cheia de vida, tem um belo corpo, e um bonito homem (esposo), aqui você não tem falta de nada, a não ser, uma coisinha insignificante.

— O que é? — Você achar que é muito feliz com o seu marido não é? — Sou sim! — Como você pode ser feliz vivendo essa vida, se nem sabe que é uma mulher e tem do seu lado um homem? — Bem! Para nós não importa o que você pensa, o que realmente importa é que somos felizes assim — Quando você olhar para ele o que você sente — Nada. — Você não sabe nada da vida nem o que esta perdendo — O que por – exemplo — Bem, você diz que é feliz, eu não quero estragar a sua felicidade. — Escuta aqui dona serpente, o que você sabe que eu não sei, hã? — Bem, já que você insiste vou contar.

- O que Deus disse a vocês? Disse para não comerem dos frutos daquela árvore ali “apontou para a árvore que estava cheia de frutos” não foi?

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— Foi sim. — É por que Ele não quer que vocês descubram á verdade. — Por quê? E que verdade? — Bem, se vocês comerem destas frutas, ficaram livres para fazerem o que bem quiserem sem ter que dar satisfação a Ele. — Não! Deus disse claramente para não comermos, pois no dia em que comermos morreremos. — Que morre que nada, a verdade é que Deus sabe que no dia em que vocês comerem daqueles frutos, vocês enxergaram a verdade e passaram ser sabedor de todas as coisas, ou seja, do conhecimento do bem e do mal. — Não é possível que esteja dando ouvido a uma serpente, devo está ficando maluca, só pode ser.

A serpente, com um sorriso cheio de maldade entre os dentes horripilantes, disse: é mulher vejo que você não acredita no que estou te contando, paciência.

Ai saindo sorrateiramente, quando a mulher falou: — Mais é muito difícil tirar os frutos, pois esta árvore é muito alta, com um olhar triste para a árvore, convencida que o que a serpente falou era verdade.

A serpente é claro com um sorriso muito irônico disse: não tem problema eu ti ajudarei, e foi balançar a árvore, até que começaram a cair muitos frutos. Entretanto a mulher pegou um meio que desconfiada, olhou para ele, a serpente continuou a instigá-la — Come, come logo... E você vai conhecer a verdade.

Então ela comeu logo como se fosse uma escama ou algo parecido caíram dos seus belos olhos e viu o seu corpo escultural, com belas curvas, uma pele que não era branca nem escura, mais com uma cor que representava todas as mulheres do mundo. Quando acabou de comer a serpente quase deu um grito, não de alegria ou de satisfação, mas de crueldade, se estremeceu, rolou pelo chão, subiu nas árvores, mas logo se conteve, ainda faltava o homem comer para sua vitória ser completa.

Depois deste acontecido a mulher ajuntou os frutos que restara e levou-os ao lugar que o homem estava. Ela o vendo sentiu um desejo carnal viu também quanto o homem era bonito, forte e musculoso. Chegando perto lhe deu a cesta cheia de frutos, e sentou-se a sua frente para ver se ele também lhe achava bonita, este, entretanto só olhava para os frutos meio que desconfiado, pegou um admirado já que nunca tinha visto nada comparado àqueles frutos, mas mesmo assim comeu com muito prazer, de repente viu-a sentada a sua frente e achou-a muito bonita com todos os requisitos que já citei. E perguntou; — O que é isso que você tem ai pendurado? Com os olhos fitos em seus seios. Fez um comentário: o que é isto pendurado. — A mulher é claro sem saber como o responder disse: eu é que sei, e encabulada retirou-se dali, é claro que ele foi atrás dela.

A serpente gritava, gritava eu venci, eu venci finalmente eu venci. (É bom lembrar que Adão significa o primeiro homem e Eva à primeira mulher e são ambos os pais da humanidade).

Como era de costume Deus todos os dias vinha vê como estavam seus filhos, pois tinha o prazer em conversar com eles, e naquele dia não foi diferente começou a chamar-lo.

— Adão! Adão meu filho onde você está, chamou Deus no mesmo lugar onde sempre se encontrava — A resposta veio de dentro dos arbustos meio que abafada quase como um sussurro estou aqui Senhor.

— Adão o que você faz aí escondido? — Há meu pai, quando nós ouvimos a sua voz nos escondemos aqui, pois temos vergonha da nossa nudez — Quem te disse que estava nu? Por acaso não comeste do fruto que te proibi, não comeste, da árvore do conhecimento do bem e do mal, comeste?

— Sim meu pai, não só eu mais a mulher que tu mim deste também.

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— Muito bem, sendo assim, não tenho alternativa a não ser mandar que vocês se retirem do meu jardim, antes que alcance o fruto da árvore da vida, e assim, comendo passe a viver eternamente. E isto trouxe muita tristeza para Deus.

— Vão saíam do meu jardim disse o Senhor Deus. E o Senhor fez duas túnicas de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu. Então disse: Eis que o homem se tem tornado como um de Nós, conhecedor do bem e o mal. Eles tem que saírem do jardim, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente.

Assim lançou-os fora do jardim do Éden para lavrar a terra, de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs ao oriente do jardim do Éden os querubins, e uma espada flamejante que se volvia por todos os lados, para guardar o caminho da árvore da vida. E, tristes, eles foram embora deixando o lugar santo (o paraíso) onde Deus se encontrava com o homem e este mantinha comunhão com Ele. Antes então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra. Fora para o mundo onde é inevitável o pecado.

No jardim eles cometeram o pecado da desobediência. No mundo começaram a cometer o pecado carnal.

Depois de haver saído do jardim um belo dia de sol estava à mulher na beira do rio tigre tomando banho, e o homem lhe observava de longe, viu que ela era uma mulher muito bonita, tinha um lindo cabelo que escorria por todo o seu corpo, os seus olhos eram brilhantes como as estrelas, e isso despertou nele o desejo carnal.

Meio que inocentes começaram a se olhares, depois a se tocarem e ai Adão e Eva tiveram muitos filhos. O mais velho chamava-se Caim. Neste o diabo entrou para matar o seu irmão mais novo “Abel”, pois tinha inveja dele, o diabo era sabedor de que Deus gostava mais de Abel do que Caim. “E porque Deus gostava mais de Abel do que de Caim?” Porque Abel obedecia a Deus já Caim não. Deus gostava de ouvir a Abel, mas não gostava de ouvir a Caim, pois Caim só queria fazer as coisas a sua maneira, pois era instruído pelo o diabo. Os seus filhos também não gostavam de obedecer a Deus. Por isso foram afastando-se cada vez mais de Deus. Afastaram-se tanto que encheram a terra de maldade; era isso que o diabo queria.

Depois deste acontecimento homem e mulher receberam suas punições a serpente disse o Senhor: Porquanto fizeste isso, maldita serás tu dentre todos os animais domésticos, e dentre todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida. Terás inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a dor da tua conceição; em dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. E ao homem disse: Porquanto destes ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida. Ela te produzirá espinhos e abrolhos; e comerás das ervas do campo. Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes a terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás.

A maldição não é um juízo pronunciado, mas é também uma explicação do relacionamento entre o homem e a mulher depois da queda. A maldição oferece uma discrição vivida das condições existentes em um mundo decaído: dor no parto na hora do nascimento das crianças. Isso não quer dizer que o nascimento dos filhos é uma maldição, pois este sempre foi e é o plano de Deus para a multiplicação das nossas gerações. O que quer dizer é que a dor e o sofrimento acompanham a experiência. Como o trabalho também não é uma maldição, este também faz parte do plano do criador.

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Vendo pelo o lado de ambos o homem e mulher que cometeram o pecado da desobediência, é que ambos decidiram seguir seu caminho da sua maneira criando seu próprio agir assim deixando o agir de Deus de lado, foi por este ato de desobediência que eles quebraram a sua comunhão com Deus.

Quando ambos se conheceram, logo a mulher passou pela as dores do parto e teve filhos e filhas, dentre os mais conhecidos estão Caim e Abel. Como sabemos Caim por inveja matou seu irmão Abel e este foi sentenciado a andar errante pela terra, seria maldito por causa do derramamento do sangue de seu irmão. Teria que lavrar a terra e esta perderia sua força; seria um fugitivo e vagabundo sobre a terra. Então reclamou Caim ao Senhor dizendo: É muito grande a minha punição maior do que posso suportar. Eis que hoje me lanças fora para uma terra distante e perigosa; também da tua presença ficarei escondido; serei fugitivo e vagabundo na terra; e qualquer que me encontrar irá matar-me. Dito isto Caim saiu da presença do Senhor, e habitou na terra de. Node, ao oriente do Éden.

Conheceu sua mulher, a qual concebeu, e deu à luz a filhos e filhas, estes por sua vez iam se multiplicando até formarem uma grande tribo.

Habitavam nas montanhas, se esqueceram do Deus de seu Pai Adão, passaram a pedir ajuda ao sol e a lua quando era atingido pela seca, pela a escassez de caças, a terra sem água não dar sua semeadura, então começaram a sacrificar primeiro os animais depois as crianças, até chegar aos adultos, os preferidos deles eram as mulheres de cabelos ruivos ou quaisquer que nascesse com alguma diferença. Um tom no cabelo, ou na pele, não tina perdão era sacrificado ao deus sol ou a deusa lua. Com rituais aos deuses estanhos eram construídas cidades em meio a verdadeiros desatinos de depravações, não se importavam com nada faziam a que aprenderam com seu pai Caim.

Morava ao norte, sobre a margem oriental do rio tigre e do outro lado do rio Eufrates. Sua cidade era chamada a “cidade dos ladrões”, adorava além da lua e o sol a touros alados que tinham cabeça de homem. No auge de sua história, eram como um lobo entre ovelhas, sua reputação ruim e perversa com extensas cenas de batalhas. Por um tempo, eles evoluíram do desafio de estarem cercados de inimigos para se tornarem a mais poderosa em uma grande nação nos primordios das primeiras civilizações. Sua barbaridade e ferocidade eram uma política deliberada com o intento de fomentar a submissão dos inimigos. Que fosse eles humanos ou animais, não tenha escrupulos. Eles desenvolveram um sistema de leis baseados em seus rituais e nos costumes, foram habilíssimos nas práticas caçar e pesca. Organizavam-se politicamente em cidades estados (Cidade-estado e uma comunidade urbana soberana, ou seja, uma unidade política com características de Estado soberano). Cada uma dessas cidades era independente e governada por um patesi, que exercia as funções de primeiro-sacerdote do deus local, era considerado o representante dos deuses e do povo. Depois de longo tempo de autonomia, suas cidades se enfraqueceram, devido às lutas pela hegemonia. O enfraquecimento possibilitou as invasões de vários povos ou tribos. Cercado pelos os rios.

Tigre e Eufrates. E pelo o Mar, Golfo Pérsico. O surgimento dos primeiros núcleos urbanos na região foi acompanhado do desenvolvimento de um complexo sistema hidráulico que favorecia a utilização dos pântanos, evitava inundações e garantia o armazenamento de água para as estações mais secas. Fazia-se necessária a construção dessas estruturas para manter algum tipo de controle sobre o regime dos rios Tigre e Eufrates. Esses rios gêmeos, em função do relevo que os envolve, correm de noroeste para sudeste, num sentido oposto ao rio Nilo, sendo as enchentes nesta area muito mais violentas e sem uniformidade. Somente o trabalho coletivo permitiu que se pudesse dominar os rios, o homem que se afastava das cidades se afastava das áreas irrigadas, pondo-se à margem desse processo. Jabal; foi o criador de gado e idealizador das 10

tendas. Seu irmão mais novo Jubal; foi o grande musico o criador da harpa e flauta.

Tubal-Caim, foi o fabricante de todo instrumento cortante de cobre e de ferro as cerimônias Nas cerimônias de rituais, eram entoados canticos de lamentação: "aí de nós", exclamavam eles, relembrando os sofrimentos de tal ou qual deus ou apiedando-se das desditas que desabam sobre a cidade. Instrumentos sem dúvida de sons surdos, acompanhavam essa recitação e no corpo desses canticos, as onomatopéias "ua", "ui", "ua", sucediam-se em toda uma linha. A massa dos fiéis devia interromper a recitação e não retomá-la senão quando todos, em coro tivessem gemido bastante.

Nos seus rituais. Há cantos a favor ou contra um nascimento feliz, cantos de amor, de ódio, de guerra, cantos de caça, de evocação dos mortos, cantos para favorecer, entre os viajantes, o estado de transe.

Havia também a dança, que era feito de gesto, ou atos reforçados, que se apóiam em magias sobre leis da semelhança. Ela era uma mímica, aplica-se a todas as coisas: - há danças para fazer chover, para guerra, de caça, de amor etc.

Essas danças e rituais eram representadas de forma bisonhas filas de homens e de mulheres nus e nuas, dando-se as mãos, cabelos ao vento, para executar esta dança um verdadeiro frenesi. Em volta das tumbas mortais.

Lista de deuses em língua cainica.

Os deuses, extremamente numerosos, eram representados à imagem e semelhança dos seres humanos. O sol, a lua, os rios, outros elementos da natureza e entidades sobrenaturais, também eram cultuados. Embora cada cidade possuísse seu próprio deus, havia entre eles algumas divindades aceitas por todos. Os deuses que representavam o bem e o mal, tanto os que adotavam castigos contra quem não cumpria com as obrigações.

Não havia templo, só a casa dos deuses que governava a cidade, além de centro da acumulação de riqueza. Ao redor da casa dos deuses desenvolvia-se a atividade comercial. O sacerdote representava o deus e combinava poderes políticos e religiosos.

Apenas ao sacerdote “patesi”, era permitida a entrada na casa dos deuses e dele era a total responsabilidade de cuidar da adoração aos deuses e fazer com que atendessem as necessidades da comunidade. Os sacerdotes “patesi”, estava livre dos trabalhos nos campos, dirigiriam os trabalhos de construção de canais de irrigação, reservatórios e diques. O deus através dos sacerdotes emprestava aos camponeses (aqueles que trabalhavam nos campos) animais, sementes e arados. Ao pagar o “empréstimo”, o devedor acrescentava a ele uma “oferenda” de agradecimento. Com a necessidade de controlar os bens doados aos deuses e prestar contas da administração das riquezas da casa dos deuses iniciou-se o sistema de contagem e a escrita. Como exemplo do poder dos deuses, o campo era repartido nas posses de aproximadamente vinte divindades, uma destas, Baú, possui cerca de 3250 hectares, das quais três quartos atribuídos, em lotes, as famílias singulares, um quarto cultivado por assalariados, por arrendatários (que pagam um sétimo ou um oitavo do produto) ou pelo trabalho gratuito dos outros camponeses. Na casa dos deuses trabalhavam vinte e um homens e vinte e sete escravas, seis escravos, quatro mulheres encarregadas do preparo da lã, fiandeiras, tecelãs, um ferreiro, além dos funcionários, dos escribas e dos sacerdotes. A concepção 11

de uma vida além-túmulo era confusa. Acreditavam que os mortos iam para junto de Nergal, o deus que guardava um reino de onde não se poderia voltar.

Sugava o pouco que restara da terra árida, matavam e comiam animais com sangue desrespeitando as leis da natureza, é claro que herdaram de seu pai Caim todos esses desrespeitos a Deus o seu criador. Assim cometiam assassinatos que era comum para eles matarem outras pessoas, se gostasse de uma jovem esposa travavam uma luta com seu esposo, se o matasse ficaria com a mulher. Saiam para caçar, aqueles que morressem era disputada sua companheira entre os homens e assim por diante.

Enoque. O primeiro filho de Jarede, este filho de Sete, da sétima geração de Adão, não compartilhava com as ações de seu povo e isso agradou a Deus, um dia quando Caim e seus irmãos estavam prestes a sacrificar uma donzela ao deus sol ele foi totalmente contra. Além deste fato os homens viviam prostituindo-se com as mulheres de seus irmãos, elas convidavam a todos a sacrificarem as virgens aos seus deuses; assim, o povo inclinava-se aos seus deuses. O que fez que a ira do Senhor acendesse contra eles. Disse Enoque: Toma todas as cabeças do povo, e enforca-os ao Senhor verdadeiro e único Deus, para que a sua ira se retire deste lugar. Matem cada um os homens que se juntaram ao deus sol. Levantou-se Enoque, e tomou na mão uma lança; o foi após os adoradores do sol, e entrando nas suas cavernas, os atravessavam a ambos, às mulheres e homens, pelo ventre. Por isso Deus disse; Enoque desviou a minha ira de sobre os filhos de Caim, pois foi zeloso com o meu zelo no meio deles, de modo que no meu zelo não consumi os filhos de Caim. Agora, pois, ó filhos de Caim ouve o que eu vos falo, para os observardes, a fim de que vivais, e possas possuir a terra que o Senhor Deus vos dá. Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guarde os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando. Eis que vos ensinei, como o Senhor meu Deus me ordenou, para que os observeis no meio da terra na qual estais. Guardai-os e observai-os, porque isso são a vossa sabedoria e o vosso entendimento à vista dos povos, que ouvirão todas estas palavras, e dirão: grande será esta nação é deveras este é um povo sábio e entendido. Pois que grande povo há que tenha deuses tão chegados a si como é a nós o Senhor nosso Deus todas as vezes que o invocamos? Tão-somente guarda-te a ti mesmo, e guarda bem a tua alma, para que não te esqueças das coisas que os teus olhos viram, e que elas não se apaguem do teu coração todos os dias da tua vida; porém as contarás a teus filhos, e aos filhos de teus filhos; assim pela fé Enoque foi trasladado ou levado aos céus para não ver a morte; e não foi achado, porque Deus o trasladara; pois antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus. Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. Assim foram os dias de Enoque: Enoque viveu sessenta e cinco anos, e gerou a Matusalém. Andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos; e gerou filhos e filhas. Todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos; Enoque andou com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus o tomou. Em seu discurso Enoque proferiu: Ai daqueles! Que andam pelo caminho de Caim. São como ondas furiosas do mar, espumando as suas próprias torpezas, estrelas errantes, para quais tem sido reservado para sempre o negrume das trevas. Foi assim que profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor com os seus milhares de santos, para executar juízo sobre todos e convencer a todos os ímpios de todas as obras de impiedade, que impiamente cometeram, e de todas 12

as duras palavras que ímpios pecadores contra ele proferiram. A partir de então passaram a invocar o nome do Senhor mesmo que esporadicamente.

Noé, sendo avisado por Deus, que iria destruir toda a humanidade. Começou anunciar a todos que Deus havia falado com ele e prometido que acabaria a terra com um grande dilúvio, para sua surpresa ela não deram ouvidos a Noé, levando aquelas palavras com deboche – você estar louco Noé, como pode chover tanto nesta terra esquecida pelos os deuses, vá procurar o que fazer. Noé, porém continuou a fala-lhes, mas zombando dele faziam festas de orgias, ali se esbaldavam, comiam, bebiam, casavam e dava-se em casamento, ignorando ao apelo de Noé e assim permaneceram até o dia em que Noé entrou na arca, estavam tão ocupados que não perceberam, então vieram às primeiras chuvas, e foi engrossando, e eles diziam, não é nada é só uma chuvinha de nada, e continuaram a zombar de Noé, as águas foram aumentando, os rios foram enchendo, estavam tão bêbados que não perceberam as águas entrando nas suas casas, de repente veio o dilúvio, o mundo começou a desabar em forma de água, quando perceberam era tarde suas casas eram arrastada pela correnteza, seus filhos e mulheres iam junto, primeiro começaram a chamar pelos seus deuses, quando viram que eles não ia lhes ajudar apelaram para que Noé deixassem eles entrarem na arca que tanto a havia desprezado, como disse era tarde demais, a porta da arca foi fechada por fora por Deus, lá dentro estavam aqueles que acreditaram em Noé, até mesmo os animais irracionais tinha acreditado menos aquele povo conclusão veio a correnteza e os levou a todos.

Assim nos relata a bíblia: Veio o dilúvio sobre a terra durante quarenta dias; e as águas cresceram e levantaram a arca, e ela se elevou por cima da terra. Prevaleceram as águas e cresceram grandemente sobre a terra; e a arca vagava sobre as águas. As águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo do céu foram cobertos. Quinze côvados acima deles prevaleceram as águas; e assim foram cobertos. Pereceu toda a carne que se movia sobre a terra, tanto ave como gado, animais selvagens, todo réptil que se arrasta sobre a terra, e todo homem. Tudo o que tinha fôlego do espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia na terra seca, morreu. Assim foram exterminadas todas as criaturas que havia sobre a face da terra, tanto o homem como o gado, o réptil, e as aves do céu; todos foram exterminados da terra; ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca. E prevaleceram as águas sobre a terra cento e cinquenta dias. (Gênesis 7:17-24).

O Dilúvio O termo dilúvio refere-se a uma grande quantidade de chuvas, capazes de inundar e devastar toda uma região. Em sentido estrito, Dilúvio, segundo diversas mitologias, foi uma terrível inundação que teria coberto todo o mundo, ou ao menos terras ancestrais de determinados povos. Ao menos parte da comunidade científica também acredita que estes inúmeros relatos, em diversas culturas, possam representar uma grande inundação real que causou grande impacto na história da humanidade.

Um acontecimento como o dilúvio deixaria suas marcas no planeta. E há evidências. Há sedimentos e fósseis marinhos em todas as grandes montanhas do mundo. Os registros históricos mais antigos que se conhecem têm cerca de quatro mil e quinhentos (4500) anos. São dessa época as civilizações mais antigas. Igualmente, digno de nota é o fato de nas mais variadas culturas, em todos os continentes, existirem tradições que aludem à ocorrência 13

de um dilúvio global, com paralelismos espantosos entre sí, tendo sido documentadas mais de 250, em contextos culturais diferentes. Há evidências crescentes de que algo de "excepcionalmente catastrófico" aconteceu há alguns milênios atrás. É significativo que nos cumes das montanhas mais elevadas, incluindo o Everest, a montanha mais alta do mundo, se encontram sedimentos das “profundezas” do mar e fósseis de moluscos.

Os "antropologistas" dizem que há mais de 270 narrativas do dilúvio em povos e culturas diferentes do mundo, e todas elas, coincidentemente, são no início destas civilizações.

Para a civilização ocidental, a história mais conhecida a respeito do dilúvio é a da Arca de Noé, segundo a tradição judaico-cristã. O Dilúvio também é descrito em fontes americanas, asiáticas, sumérias, assírias, armênias, egípcias e persas, entre outras, de forma basicamente semelhante ao episódio bíblico: uma divindade decide limpar a Terra duma humanidade corrupta e escolhe um homem bom aos seus olhos para construir uma arca para abrigar sua criação enquanto durasse a inundação. Na verdade, Deus estava disposto a acabar com toda a humanidade, porém Noé foi agraciado por Deus porque era varão temente a Deus e não se deixou corromper. Após um certo período, a água baixa, a arca fica encalhada numa montanha, os animais repovoam o planeta e os descendentes de Noé geram todos os povos do mundo.

As Gerações De Adão Este é o livro das gerações de Adão. Desde o dia em que Deus criou-o, à sua imagem e semelhança assim começa a narrativa das gerações de Adão. Os dias que Adão viveu foram cento e trinta anos, até o nascimento do terceiro filho chamado Sete. Depois que gerou a Sete, viveu mais oitocentos anos; e gerou filhos e filhas. Vivendo até os novecentos e trinta anos.

A Cronologia Adão aos 130 anos gerou a Sete. Sete por sua vez gerou a Enos aos 105 anos. Enos aos 90 anos gerou a Cainã outras traduções diz Quenã. Aos 70 Anos gerou a Maalalel.

Maalalel viveu 75 anos, e gerou a Jarede. Jarede viveu 162 anos, e gerou a Enoque.

Enoque viveu 65 anos, e gerou a Matusalém. Matusalém viveu 187 anos, e gerou a Lameque. Lameque viveu 182 anos, e gerou Noé. E era Noé da idade de 500 anos; e gerou Noé a Sem, Cão e Jafé. Adão viveu até aos 46 anos de Lameque faltando 136 anos para o nascimento de Noé, morrendo aos 930 anos. Se contar que o homem foi posto no jardim do Éden com todas as faculdades mentais de um adulto. Há de se deduzir que as primeiras contagens de sua vida foram através das estações das frutas (cada árvore dava e ainda dar seus frutos em cada estação, como acontece nos dias de hoje). Por esses dados fica pouco provável ter uma cronologia dos dias do homem, já que existem árvores que dar seus frutos duas ou mais vezes durante o ano.

A outra contagem pode ter sido e é a mais provável, é a lunar. Já que a lua cheia aparece uma vez no mês, sendo esta a considerada a mais correta, o homem através da lua cheia passou a contar seus dias, de mês em mês. Por essa matemática o escritor somou a idade média do ser – humano. Se a cada mês tem uma lua cheia durante um ano temos 12 luas cheias, agora multiplicado por 930 anos, temos uma soma de 11.160 luas cheias ou mês. É claro que aparecerá alguém que conteste, mas mostre-me outra forma, já que a escrita só foi inventada por volta de 1800 a.C. 14

A Soma Da morte de Adão, até Noé ter filhos, passou-se 636 anos somando-se 930 da vida de Adão+636=1566 anos. Ao todo 10 gerações; os nomes: Adão, Sete, Cainã, Enos, Maalalel, Járede, Enoque, Matusalém, Lameque, Noé. Esta é a geração da casa de Sete.

A geração da casa de Caim. Enoque, Irade, Meujael, Lameque, Jabal, jubal, Tubalcaim.

Um total de 7 gerações, + 10 = 17 gerações. Somando a idade média de todas as gerações dar-se-ia 92 anos e alguns meses para cada geração. É claro que uns viveram mais, outros menos. A idade permitida por Deus era de 120 anos, o que isso quer dizer?

Não é que a bíblia esteja errada mais, sim, a forma da computação dos dias da criação humana. Nesta matemática Adão viveu 93 anos, só aos 13 anos da sua criação é que começou a computar seus dias, já que até Caim não houve nenhuma cronologia dos seus dias, só depois do nascimento de Sete é que passou a computar os dias da raça humana.

A Soma Da Bíblia Se computarmos conforme estar escrito na bíblia, atingimos 8.125 anos até Noé antes do dilúvio e mais 100 anos depois, num total de 8.225 anos conforme a bíblia. Então de Adão até Noé depois do dilúvio temos 8.225 desde a criação até a destruição.

A Cronologia Depois Do Dilúvio Estas, pois, são as gerações dos filhos de Noé: Sem, Cão ou Cam e Jafé, aos quais nasceram filhos depois do dilúvio. Os filhos de Jafé: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras. Sete filhos.

Os filhos de Gomer: o primogênito: Asquenaz, Rifate e Togarma. Três filhos. 2 gerações.

Os filhos de Javã o quarto filho: Elisá, Társis, Quitim e Dodanim. Quatro filhos.

Os filhos de Cão: o primogênito. Cuse, Mizraim, Pute e Canaã. Os filhos de Cuse: o primogênito. Seba, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá; e os filhos de Raamá são Sebá e Dedã. Na cronologia aparece o quarto filho de Cuse, dando continuidade a sua geração.

(Raamá) o seu primogênito foi Sebá. 2 geraçoes.

Mizraim (Egito) o segundo filho de Cuse, gerou a Ludim, o primogênito. Anamim, Leabim, Naftuim, Patrusim, Casluim (donde saíram os filisteus) e Caftorim.

Canaã (Israel) o quarto filho de Cão, gerou a Sidom, seu primogênito, e Hete, e ao jebuseu, o amorreu, o girgaseu, o heveu, o arqueu, o sineu, o arvadeu, o zemareu e o hamateu. Depois se espalharam as famílias dos cananeus. Quarto gerações depois do dilúvio. Gomer 2 gerações; Raamá 2 gerações; arfaxade 4 gerações=totalizando 8 gerações, entre Jafé e Cão.

Estas são as gerações de Sem. Tinha ele cem anos, quando gerou a Arfaxade, dois anos depois do dilúvio. Esta é a mais completa das demais cronologias, por isso ficamos com esta para entendermos melhor. E viveu Sem, depois que gerou a Arfaxade, quinhentos anos; e gerou filhos e filhas. Arfaxade viveu trinta e cinco anos, e gerou a Selá. Viveu Arfaxade, depois que gerou a Selá, quatrocentos e três anos; e gerou filhos e filhas. Selá viveu trinta anos, e gerou a Eber. Viveu Selá, depois que gerou a Eber, quatrocentos e três anos; e gerou filhos e filhas. Eber viveu trinta e quatro anos, e gerou a Pelegue.

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Viveu Eber, depois que gerou a Pelegue, quatrocentos e trinta anos; e gerou filhos e filhas. Pelegue viveu trinta anos, e gerou a Reú. Viveu Pelegue, depois que gerou a Reú, duzentos e nove anos; e gerou filhos e filhas. Reú viveu trinta e dois anos, e gerou a Serugue. Viveu Reú, depois que gerou a Serugue, duzentos e sete anos; e gerou filhos e filhas. Serugue viveu trinta anos, e gerou a Naor. Viveu Serugue, depois que gerou a Naor, duzentos anos; e gerou filhos e filhas. Naor viveu vinte e nove anos, e gerou a Tera.

Viveu Naor, depois que gerou a Tera, cento e dezenove anos; e gerou filhos e filhas. Tera viveu setenta anos, e gerou a Abrão, a Naor e a Harã. Estas são as gerações de Tera: Tera gerou a Abrão, a Naor e a Harã; e Harã gerou a Ló. Harã morreu antes de seu pai Tera, na terra do seu nascimento, em Ur dos Caldeus. Aqui termina a cronologia de Sem até Tera. 9 gerações A Matemática Depois Do Dilúvio De Sem até Terá foram 990 Anos dividido por 9 gerações =110 anos, a média de idade ficou entre 100 e 110 anos. Somando 990+8.225=9.215 anos.

As Leis De Noé As Sete Leis de Noé. Antes de Deus dar os dez mandamentos a Moises, Ele deu a Noé durante o ano que esteve na arca.

1. Avodah zarah - Não cometer idolatria.

2. Shefichat damim - Não assassinar.

3. Gezel - Não roubar.

4. Gilui arayot - Não cometer imoralidades sexuais.

5. Birkat Hashem - Não blasfemar.

6. Ever min ha-chai - Não maltratar aos animais.

7. Dinim - Estabelecer sistemas e leis de honestidade e justiça.

Não cometer idolatria Subdividindo as Leis de Noé Não cometer idolatria  Nenhuma idolatria 

Reconhecer e orar apenas a D'us (Deus)

 Oferecer sacríficios apenas a D'us (Deus) D-us ou (D'us) é uma das formas utilizadas por alguns judeus de língua portuguesa para se referirem ao criador do mundo sem citar seu nome completo, em respeito ao terceiro mandamento recebido por Moisés. Neste mandamento, Deus ordena que seu nome não seja falado em vão, ou seja, por qualquer motivo ou por qualquer banalidade. O 16

judaísmo então cumpriu o mandamento não escrevendo o nome de Deus em nada que se consuma. Exemplificando, escrever o nome de Deus em um papel, o fogo pode consumilo. Outra forma de os judeus chamarem D-us é Adonai ou HaShem. Além da forma D-us, utiliza-se também D'us com o mesmo objetivo.

Proibição contra o assassinato  Não matar 

Não cometer suicídio



Não sacrificar crianças



De acordo com a interpretação de Maimônides, foi um médico e rabino Israelita nos 1135, não cometer aborto

Proibição contra roubo  Não furtar 

Não sequestrar pessoas

Proibição contra a imoralidade sexual 

Não adulterar



Não cometer incesto com parentes próximos



Não cometer sodomia



Não cometer bestialidade



Não cruzar raças diferentes de animais



Não castrar animais

Proibição contra blasfêmia  Aceitar a singularidade de D'us 

Não blasfemar



Não praticar feitiçaria



Não praticar artes divinatórias



Nâo praticar conjurações



Não praticar espiritismo 17



Não praticar demonolátria



Não praticar necromancia



Honrar pai e mãe

Proibição contra o maltrato de animais 

Não comer um membro de um animal (enquanto ele ainda está vivo)



Não comer ou beber sangue

Estabelecer cortes de justiça 

Estabelecer cortes e sistemas de justiça



Não dar falso testemunho nem fazer falsos juramentos Arca de Noé

A Arca de Noé um grande navio construído por Noé, a mando de Deus, para salvar a si mesmo, sua família e um casal de cada espécie de animais do mundo, antes que viesse o Grande Dilúvio. A história é contada em Gênesis 6:12-22, assim como no Alcorão e em outras fontes. Conforme a tradição bíblica, Deus decidiu destruir o mundo por causa da perversidade humana, mas poupou Noé, o único homem justo da Terra em sua geração, mandando-lhe construir uma arca para salvar sua família e representantes de todos os animais e aves. Ai veio o grande dilúvio. A certa altura, Deus se lembrou de Noé e interrompeu o Dilúvio, fazendo as águas recuarem e as terras secarem. A história termina com um pacto entre Deus e Noé, assim como com sua descendência. Essa história tem sido amplamente discutida nas religiões abrâmicas, surgindo comentários que vão do prático (como Noé teria eliminado os resíduos animais?) ao alegórico (a arca representa a Igreja como salvadora da Humanidade em decadência). A partir do século I, vários detalhes da arca e da inundação foram examinados, questionados e até colocados em dúvida por estudiosos cristãos e judeus. Mas, no século XIX, o desenvolvimento da Geologia e da Biogeografia tornaram difícil sustentar uma interpretação literal da história, então os críticos da Bíblia mudaram sua atenção para a origem e os propósitos seculares da arca. No entanto, os intérpretes literais da Bíblia continuam a ver a história narrada como chave para sua compreensão da Bíblia e agora exploram a região das montanhas do Ararat, no nordeste da Turquia, onde a arca estaria descansando.

Segundo os teologos Hipólito de Roma (235-d.C), procurando demonstrar que "a arca era um símbolo de Cristo, que era esperado", declarou que a embarcação teve sua porta na parte oriental, que os ossos de Adão foram levados a bordo juntamente com ouro, mirra e resina, e que 18

a arca foi lançada ao vaivém nas quatro direções sobre as águas, fazendo o sinal da cruz, antes de eventualmente parar no Monte Kardu, "a leste, na terra dos filhos de Raban, e os orientais chamaram-na de Monte Godash; os árabes e os persas chamaram-na de Ararat".

Em um plano mais prático, Hipólito explicou que a arca foi construída em três pavimentos, o mais baixo para os animais selvagens, o do meio para aves e animais domésticos e o nível mais alto para seres humanos, ou seja para a familia de Noé, os animais machos foram separados das fêmeas por grandes estacas, para ajudar a manter a proibição contra a coabitação a bordo d´ arca. Do mesmo modo, Orígenes (182-251), respondendo a um crítico que duvidava de que a arca pudesse conter todos os animais do mundo, e seguindo uma discussão sobre cúbitos, (metros quadrado) sustentou que Moisés, o autor do livro do Gênesis, tinha sido ensinado no Egito e, por isso, utilizava (no texto bíblico) os cúbitos egípcios, que eram maiores. Ele também fixou a forma da arca como uma pirâmide truncada, retangular, em vez de quadrada em sua base, e afunilando-se em um quadrado na lateral; não foi até o século XII que se veio a pensar na arca como uma caixa retangular com um teto inclinado. Deus comandou a terra para absorver a água e algumas porções que foram lentas em obediência receberam água salgada como castigo, e por isso se tornaram secas e áridas. A água que não foi absorvida formou os mares, de modo que as águas da inundação ainda existem.

No século XVII, era necessário conciliar a exploração do Novo Mundo e a maior consciência da distribuição global de espécies com a velha crença de que toda a vida teve origem a partir de um único ponto nas encostas do Monte Ararat. A resposta óbvia é que o homem se havia espalhado ao longo dos continentes após a destruição da Torre de Babel e levado animais com ele, ainda que alguns dos resultados parecessem peculiares: Historiadores naturais começaram a desenhar conexões entre os climas e os animais e plantas adaptados a eles. Uma influente teoria considerou que o bíblico Ararat tinha diferentes zonas climáticas e, como o clima mudou, os animais migraram e eventualmente, espalharam-se e repovoaram o planeta. Havia também o problema de um cada vez maior número de espécies conhecidas: para Kircher e anteriores historiadores naturais, havia pouco espaço para todas as espécies animais conhecidas na arca, e, no tempo em que John Ray (1627-1705) estava trabalhando, apenas várias décadas depois de Kircher, seu número tinha se expandido para além das proporções bíblicas.

Incorporando todo o leque de diversidade animal na arca, a história foi se tornando cada vez mais difícil, e em 1700 poucos historiadores naturais poderiam justificar uma interpretação literal da narrativa da Arca de Noé.

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A história de Arca A história de Arca de Noé, de acordo com os capítulos 6 a 9 do livro do Gênesis, começa com Deus observando o mau comportamento da Humanidade (questão já lida) e decidido a inundar a terra e destruir toda vida. Porém, Deus encontrou um bom homem, Noé, "um virtuoso homem, inocente entre o povo de seu tempo", e decidiu que este iria preceder uma nova linhagem do homem. Deus disse a Noé para fazer uma arca e levar com ele a esposa e seus filhos Sem, Cam e Jafé, e suas esposas. Além disso, disse para trazer exemplares de todos os animais e aves, machos e fêmeas. A fim de fornecer seu sustento, disse para trazer e armazenar alimentos.

Noé, sua família e os animais entraram na arca e "no mesmo dia foram quebrados todos os fundamentos da grande profundidade e as janelas do céu foram abertas, e a chuva caiu sobre a terra por quarenta dias e quarenta noites". A inundação cobriu mesmo as mais altas montanhas por mais de seis metros (20 pés), e todas as criaturas morreram; apenas Noé e aqueles que com ele estavam sobre a arca ficaram vivos.

Eventualmente, a arca veio a descansar sobre o Monte Ararat. As águas começaram a diminuir e os topos das montanhas emergiram. Noé enviou um corvo, que "voou de um lado a outro até que as águas recuaram a partir da terra". Em seguida, Noé enviou uma pomba, mas ela retornou à arca sem ter encontrado nenhum lugar para pousar. Depois de mais sete dias, Noé novamente enviou a pomba e ela voltou com uma folha de oliva no seu bico e então ele soube que as águas tinham abrandado.

Noé esperou mais sete dias e enviou a pomba mais uma vez, e desta vez ela não retornou. Em seguida, ele e sua família e todos os animais saíram da arca e Noé fez um sacrifício a Deus, e Deus resolveu que nunca mais lançaria maldição à terra por causa do homem, nem iria destruí-la novamente dessa maneira.

A fim de se lembrar dessa promessa, Deus colocou um arco-íris nas nuvens, dizendo: "Sempre que houver nuvens sobre a terra e o arco-íris aparecer nas nuvens, eu me lembrarei da eterna aliança entre Deus e todos os seres vivos de todas as espécies sobre a terra".

A Construção A fim de proteger Noé e sua família, Deus colocou leões e outros animais ferozes a guardá-los contra os ímpios que escarneciam deles e causavam-lhes violência. De acordo com um midrash, foi Deus, não os anjos, que reuniu os animais para a arca, juntamente com os seus alimentos. Como havia necessidade de distinguir entre animais limpos e imundos, os animais limpos se deram a conhecer através do rebaixamento diante de Noé à medida que eles entravam na arca. Uma opinião diferente sustenta que a própria arca distinguia os puros de impuros, admitindo sete dos primeiros e dois dos segundos.

Noé se encarregou dia e noite da alimentação e dos cuidados para com os animais, e não teve sono pelo ano inteiro a bordo da arca. Os animais foram os melhores de suas espécies e assim comportavam-se com extrema bondade. Eles se abstiveram de procriação a fim de que o número de criaturas que desembarcassem fosse exatamente igual ao número que embarcou. O corvo criou problemas, recusando-se a sair quando a Arca de Noé enviou-o primeiro e acusou o Patriarca de querer destruir sua raça, mas, 20

como os comentadores salientaram, Deus quis salvar o corvo para que os seus descendentes fossem destinados a alimentar o profeta Elias. Os refugos foram armazenados no mais baixo dos trĂŞs pavimentos, seres humanos e animais limpos sobre o segundo, e os pĂĄssaros e animais impuros no topo.

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