Revista NewOld

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Ano 1 - Edição 1 - nº 001

mais Mudanças na F1 em 2018 Nico Rosberg - revela pilotos no kart Barrichello - Sob chuva em mônaco

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Notícias F1 4 - Mudanças no regulamento da F1 em 2018 6 - Nico Rosberg cria academia para revelar jovens pilotos no kart 7 - Parceria para a RBR

Mônaco Editor Fundador Pedro Batista de Lima Editor Chefe Caio Mesquita Editor Executivo Lemael Molkenthin Editor Assistente Juan Vinnicius Diretora de Fotografia Larissa Maria Direitos autorais: Todos os direitos autorais do material a NewOld. Todos os direitos reservados a NewOld. Esta publicação não pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma, no todo ou em parte, sem a permissão expressa por escrito da NewOld Ltd. Todos os esforços são feitos para garantir que a informação nesta revista esteja correta, podem ocorrer mudanças que afetem a precisão da cópia, para a qual a NewOld não se responsabiliza. Publicado por NewOld.

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8 - Ayrton Senna O rei de Mônaco 12 - Barrichello Sob Chuva

Maquinas Eternas 14 - Ferrari 312T

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MU DAN ÇAS N O REGULAMENTO DA F 1 E M 2 0 1 8

este instante, enquanto uma parte dos integrantes das equipes trabalha na preparação dos carros para a disputa do GP de Mônaco, sexta etapa da temporada, a partir do dia 24, outra já está bastante ativa nos estudos em túnel de ventos e nos programas de simulação aerodinâmica, CFD. O desafio pela frente é grande: projetar os modelos de 2018.

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É grande porque o regulamento aerodinâmico será outro. Aparentemente, mudar o aerofólio dianteiro e o traseiro e as tomadas de ar dos freios, como foi homologado dia 30 de abril pelo Conselho Mundial da FIA, em Paris, não representaria uma diferença dramática. Mas os engenheiros ouvidos pelo GloboEsporte.com em Barcelona pensam o contrário. - Rever os fluxos que saem do aerofólio dianteiro significa rever o projeto aerodinâmico do carro como um todo. Muda tudo”, diz Adrian Newey, coordenador técnico da RBR.

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Adrian Newey, RBR, F1

ão é por outra razão que a maioria dos diretores de times não queria a mudança. O próprio líder da RBR, Christian Horner, explicou seu ponto de vista, semelhante ao de Cyril Abiteboul, da Renault.

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- Vamos ter uma grande transformação na F1 em 2021, chassi, motor. Achamos que a hora é de manter o que está aí por mais dois anos. Agora, temos de repensar o projeto atual e logo em seguida fazer tudo novamente e em maior profundidade. Não sei se é isso que o fã deseja, torna as coisas confusas, e o custo, impensável. O presidente da FIA, Jean Todt, e o diretor do Liberty Media, Chase Carey, se uniram depois da etapa de abertura do campeonato, dia 25 de março em Melbourne, na Austrália, para discutir com o diretor técnico da FOM, contratado pelo

Liberty Media, Ross Brawn, o que fazer para as corridas não serem tão previsíveis. Ao longo das 57 voltas no Circuito Albert Park aconteceram somente cinco ultrapassagens na pista, nenhuma de maior impacto no resultado. Os americanos do Liberty Media, donos dos direitos comerciais da F1, têm filosofia distinta dos europeus. Para eles, a competição tecnológica é secundária à esportiva. Para o bem da F1, Todt viu da mesma maneira a primeira prova do ano. Designou seu recém-contratado Nikolas Tombazis, ex-projetista da McLaren e Ferrari, para discutir com o grupo de Brawn na FOM o que fazer para já no ano que vem as coisas serem diferentes. Os dois apresentaram no GP de Barein, dia 6 de abril, um projeto de mudanças no regulamento técnico para os dez diretores técnicos das escuderias. Previa res-

trições importantes na multiplicidade de elementos do aerofólio dianteiro e dos defletores posicionados à frente das tomadas de ar laterais, bastante complexos hoje, e aumento das dimensões do aerofólio traseiro. Os dois pediram ainda aos colegas para realizar estudos nos seus programas de CFD com os modelos de aerofólios propostos. A resposta dos engenheiros a Brown e Tombazis, no evento seguinte, em Baku, no Azerbaijão, foi unânime dentre os que fizeram os experimentos: as novas regras tendem, sim, a facilitar as ultrapassagens e a simplificação do aerofólio dianteiro poderia gerar uma redução nos custos. A FIA colocou o projeto para votação por e-mail no Grupo de Estratégia e na Comissão de F1, as instâncias onde os regulamentos são definidos, no último dia possível, 30 de abril, para vencer por maioria simples.

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CRIA AC A D E M I A PA R A REVELAR J OV E NS P I LOTOS NO K A RT m ano e meio depois de se aposentar das pistas com apenas 31 anos, Nico Rosberg iniciou no último fim de semana uma nova fase, a de descobridor de talentos. O campeão mundial de 2016 deu o primeiro passo no desenvolvimento de sua própria academia de jovens pilotos, ao apoiar o italiano Lorenzo Travisanutto, de 18 anos, e o britânico Taylor Barnard, de 13, na abertura do Campeonato Europeu, em Sarno (Itália).

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A Academia de Jovens Pilotos Nico Rosberg tem como preparador o italiano Dino Chiesa, o mesmo que trabalhou com o próprio alemão e o inglês Lewis Hamilton no time júnior da McLaren, em 2000 e 2001. - Dino é o melhor no mundo do kart e acredito no desempenho do chassi da Kart Republic, que nós usaremos. Ele foi meu chefe em todos os meus anos internacionais de kart. O ano mais bem sucedido foi quando eu estava no Team MBM e Dino nos levou a grandes sucessos. Somos amigos desde então, então

é especial unir forças para apoiar as estrelas do futuro - disse Rosberg, que ainda se encontrou em Sarno com Felipe Massa, novo presidente da Comissão Internacional de Kart da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Honrado em trabalhar novamente com Rosberg, Chiesa deixou claro que o projeto de ambos é preparar os jovens para todos os aspectos presentes na vida de um piloto de competições.


PAR C E R IA PAR A R BR

m meio às negociações da RBR para definir seu fornecedor de motores para a próxima temporada, a RBR vê mais um elemento surgir neste leque de oportunidades para o futuro. A continuidade da aliança com a Renault, fornecedora do time há 11 anos, já causou muita discussão nos bastidores, uma vez que o time está conversando também com a Honda para ser sua equipe de fábrica. Alheia à decisão sobre 2019, a Aston Martin está trabalhando em seu projeto para

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ingressar na categoria como fornecedora em 2021. O diretor geral da empresa britânica, Andy Palmer, é um declarado entusiasta do pacote de regras que vem se desenhando para substituir o atual regulamento. Em conversas com os times e fornecedores, a FOM (Formula One Managemant, que controla os direitos comerciais da categoria) e a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) trabalham para que seja adotado um sistema simplificado dos atuais motores turbo V6 híbridos, que são extremamente complexos para o entendimento dos fãs. Palmer garante que os trabalhos já estão em andamento, mas que os próximos nove meses serão decisivos para a montadora tomar sua decisão sobre ingressar na F1 como fornecedora. O ex-chefe de

motores da Ferrari, Luca Marmorini, foi contratado no ano passado como consultor, e está trabalhando em um estudo de viabilidade para a Aston Martin. A ideia é pleitear um teste com a RBR de uma primeira versão do propulsor, e isso tem que ficar claro até o começo de 2019. - Estamos de olho em 2021, e já estamos trabalhando. Mas temos que ser competitivos para testar com a RBR. Há aproximadamente nove meses de trabalho daqui para frente, para nos convencermos de uma forma ou de outra. Não temos dinheiro para queimar. Tem que haver um retorno melhor, digamos, do que o patrocínio puro, e essa é uma parte fundamental da decisão – disse Palmer à Autosport.

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uando chegou a Monte Carlo para a sexta corrida da temporada de 1993, Ayrton Senna vivia uma lua de mel com a torcida brasileira. Contra todas as previsões, estava firme na disputa da liderança do campeonato mesmo com um conjunto McLaren-Ford bem inferior à poderosa Williams-Renault de Alain Prost. Nas cinco corridas anteriores, conquistara duas vitórias antológicas em Interlagos e Donington Park, enquanto o francês vencera três vezes (África do Sul, San Marino e Espanha). Na tabela, Prost tinha 34 pontos

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contra 32 de Senna. Mas, em Mônaco, a perícia de sempre e uma dose de sorte deram a Ayrton a sexta vitória no Principado. Um recorde que completa 25 anos neste dia 23 de maio e é o tema da seção OTD (“On This Day”). O primeiro dia de atividades não começou nada bem para Senna. Logo no primeiro treino livre de quinta-feira, o brasileiro freava para a curva da St.Devote quando a suspensão ativa da McLaren teve um problema e o carro guinou para o guard rail do lado direito. Depois de uma violenta batida, o MP4/8 ricocheteou para a esquerda.

Senna mordeu a língua e ainda teve uma luxação no dedo polegar da mão direita, o que era uma preocupação para a corrida mais desgastante da temporada. Isso porque, apesar de o câmbio não ser mais manual, ainda assim havia diversos comandos do volante do lado direito. Diante disso, a McLaren teve de fazer adaptações de emergência no volante para Senna ter condições de guiar no fim de semana. De fato, Senna pôde participar de todas as atividades de pista. Choveu com violência no primeiro treino classificatório, e as dores foram maiores do que a habilidade


de Ayrton no molhado. Resultado: quinto lugar, a 3s173 do melhor tempo feito por Damon Hill. Mas a previsão para o sábado era de sol, então os tempos do primeiro tempo não pareciam relevantes. E não seriam mesmo. Com a pista seca, Alain Prost conquistou sua sexta pole consecutiva, com 1m20s557, terminando 0s633 à frente de Michael Schumacher, que se mostrou muito à vontade com a Benetton-Ford no Principado. Senna tinha tudo para incomodar Prost, mas ficou apenas em terceiro após uma rodada na saída do túnel quando vinha na sua

melhor volta do treino. Damon Hill ficou em quarto depois de rodar no mesmo ponto por quebra da suspensão. Em terceiro no grid, e sem muitas esperanças de vencer, Senna tinha duas opções estratégicas: se fizesse uma boa largada, pelo menos passando Schumacher, ele iria imprimir um ritmo forte. Se ficasse em terceiro, faria uma prova mais cautelosa e tentaria evitar uma troca de pneus, deixando Schumi partir na caça a Prost, e tentando aproveitar algum contratempo de ambos. E, de fato, os contratempos dos

rivais vieram. Com problemas de embreagem na Williams “de outro planeta”, como Senna chamava os carros da equipe na época, Prost largou um pouco antes da luz verde. Uma queimada clamorosa. Com isso, o francês disparou na frente, seguido por Schumacher e Senna, que quase perdeu o terceiro lugar para Hill mas o segurou no grito. Com um forte ritmo, Prost começou a abrir, e Schumacher não o conseguiu perseguir de perto, enquanto Senna, cumprindo o plano de tentar evitar uma troca de pneus, ficou mais para trás, controlando os ataques de Hill.

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Com uma boa operação da McLaren nos boxes, Senna manteve a liderança após o pit stop e, com pneus novos, abriu novamente de Hill mesmo sem forçar o carro. No terço final de prova, o inglês sofreu com a aproximação de Gerhard Berger com a Ferrari, com Jean Alesi em quarto, Prost já em quinto e Christian Fittipaldi num excelente sexto lugar com a Minardi.

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A sete voltas da bandeirada, Berger aproveitou um vacilo de Hill com os retardatários e encostou. Mas o austríaco, como em muitas vezes na sua carreira, fez uma bobagem monumental ao tentar passar Hill no gancho do Loews quando não havia a menor chance. Berger ficou por ali mesmo, enquanto Hill ainda voltou aos trancos e barrancos, mas sem perder o segundo lugar.

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Nas últimas voltas, Senna administrou a vantagem sobre Hill e de repente viu Prost atrás dele a ponto de recuperar a volta de atraso. Ayrton não queria Prost por perto e apertou o ritmo para “evitar alguma surpresa” - lembrem-se de que eles ainda não haviam feito as pazes. Senna cruzou a linha de chegada para vencer pela sexta vez em Mônaco, com 52s118 de vantagem para Hill e 1m03s362 à frente de Alesi, com Prost em quarto, Christian numa fantástica quinta posição, e Martin Brundle (Ligier) em sexto. Com a vitória em Mônaco, além de superar o recordista anterior Graham Hill e se tornar o Rei de Mônaco, Senna recuperou a liderança do campeonato, com 42 pontos, cinco a mais do que Prost. Até o fim do ano, ele venceria mais duas vezes (Japão e Austrália) e seria o

vice-campeão, enquanto conquistaria o tetra.

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E Senna celebrou a sexta vitória no Principado com a nova namorada Adriane Galisteu, a quem levou para a tradicional festa de gala liderada pelo Príncipe Rainier na noite de domingo, e ainda deu na segunda-feira um passeio de motoneta pelo circuito que o consagrou para sempre. A mística em torno de Senna nas ruas de Monte Carlo ficou para a eternidade, mesmo mais de duas décadas depois da morte do tricampeão, em 1994. No início do mês, a McLaren usada por Ayrton na vitória de 1993 foi arrematada num leilão por ninguém menos do que Bernie Ecclestone. O valor? Singelos R$ 18 milhões.


GRANDE VITÓRIA

DE SENNA as aí a sorte faltou a Schumi e sorriu a Ayrton, quando, na 33ª passagem, uma tubulação de fluido da suspensão ativa se rompeu e causou um incêndio na Benetton. Fim de prova para Schumacher e liderança a Senna. Naquele momento, Prost vinha se recuperando e já era o décimo, mas ainda sem estar na zona de pontuação, que ia até o sexto colocado.

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Como conseguiu poupar os pneus na primeira metade da prova, Senna conseguiu aumentar o ritmo nas voltas seguintes ao abandono de Schumacher, e, com isso, abriu mais de 30 segundos de vantagem para Hill. Já com a diferença tranquila, o brasileiro mudou a estratégia e resolveu trocar os pneus para se garantir nas voltas finais. A sete voltas da bandeirada, Berger aproveitou um vacilo de Hill com os retardatários e encostou. Mas o austríaco, como em muitas vezes

na sua carreira, fez uma bobagem monumental ao tentar passar Hill no gancho do Loews quando não havia a menor chance. Berger ficou por ali mesmo, enquanto Hill ainda voltou aos trancos e barrancos, mas sem perder o segundo lugar. Nas últimas voltas, Senna administrou a vantagem sobre Hill e de repente viu Prost atrás dele a ponto de recuperar a volta de atraso. Ayrton não queria Prost por perto e apertou o ritmo para “evitar alguma surpresa” - lembrem-se de que eles ainda não haviam feito as pazes. Senna cruzou a linha de chegada para vencer pela sexta vez em Mônaco, com 52s118 de vantagem para Hill e 1m03s362 à frente de Alesi, com Prost em quarto, Christian numa fantástica quinta posição, e Martin Brundle (Ligier) em sexto.

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BARRICHELLO

SO B C HU VA rande Prêmio de Mônaco sempre teve diversos ingredientes curiosos. Como se não bastasse a natureza única do circuito nas ruas do Principado, a corrida de 1997, no dia 11 de maio, teve chuva, uma trapalhada da equipe dominante da época, a Williams, os últimos pontos da saudosa equipe

Tyrrell, o fim de um longo jejum da Ferrari em Monte Carlo, e um espetacular segundo lugar de Rubens Barrichello, com a estreante equipe Stewart. Essa corrida é o tema da seção OTD (“On This Day”) de hoje.

libradas, McLaren, que venceu na abertura do campeonato (Austrália) com David Coulthard, e Benetton ainda tinham força.

enquanto Frentzen conquistou a primeira vitória na F1, em San Marino - o canadense não marcou pontos. Mesmo assim, Villeneuve chegou a Mônaco como líder do campeonato, com 20 pontos, seis a mais do que o vice Schumacher, que obteve dois segundos e um quinto lugares nas quatro corridas iniciais.

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Villeneuve abandonou a corrida em Melbourne após ser envolvido numa colisão com Eddie Irvine (Ferrari) e Johnny Herbert (Sauber), mas depois venceu duas provas seguidas, no Brasil e Argentina,

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Aquela temporada chegou com o favoritismo absoluto de Jacques Villeneuve. A Williams ainda era a

equipe dominante da F1 e conquistara o título de 1996 com Damon Hill, com o canadense levando o vice. O companheiro de Villeneuve era o alemão Heinz-Harald Frentzen, enquanto Hill foi parar na fraca Arrows após não ter o contrato renovado. No entanto, a Ferrari evoluía cada vez mais com Michael Schumacher e, num ano em que as forças se mostravam bem equi-

Depois de vencer em Imola, Frentzen se empolgou e conquistou a primeira pole position da carreira em Monte Carlo, deixando Schumacher em segundo lugar a apenas 0s019, e Villeneuve em terceiro, a razoáveis 0s3. Quanto a Rubinho, além da emoção pelo segundo lugar numa prova tão importante como a de Mônaco, ele viu sua carreira dar um novo salto.


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FERRARI

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m 1975, a Ferrari vivia um incômodo jejum de 11 anos sem títulos de pilotos e construtores na Fórmula 1. Depois que John Surtees foi campeão em 1964, a equipe italiana brigou efetivamente pelo título apenas em 1970 e 1974, sendo que nos anos de 1965, 1967, 1969 e 1973 não venceu uma corrida sequer.

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Na temporada de 1974, a Ferrari havia iniciado uma grande reestruturação. Com Luca di Montezemolo na direção esportiva e um bem projetado modelo 312B3 por Mauro Forghieri, Clay Regazzoni e Niki Lauda lideraram o campeonato em algum momento, venceram três provas e o suíço ficou com o vice-

-campeonato. Para 1975, a Ferrari construiu um novo e revolucionário carro, chamado 312T. Este modelo, que quebrou o jejum da Ferrari e deu a Lauda seu primeiro título é o tema da seção Máquinas Eternas. Ainda com o 312B3, a Ferrari disputou as primeiras duas provas da temporada de 1975 (Argentina e Brasil), e obteve dois quartos lugares com Regazzoni e um sexto e um quinto com Lauda. Enquanto isso, o 312T era finalizado na fábrica em Maranello. Mas, ora bolas, por que a letra T? Simples: o carro adotaria o conceito do câmbio transversal, ou seja, com a caixa montada de uma forma perpendicular ao sentido do carro, o contrário do padrão longitudinal mais comum na F1.

O objetivo de Forghieri foi permitir o posicionamento do câmbio à frente do eixo traseiro, para que o ponto de inércia fosse mais baixo e a distribuição de peso ficasse mais equilibrada. Outras mudanças foram uma seção dianteira mais estreita e uma nova geometria de suspensão. Esse pacote agregado ao elástico e potente motor boxer de 12 cilindros rendeu um resultado espetacular. Nos anos seguintes, a Ferrari manteria a filosofia do câmbio transversal e do motor boxer de 12 cilindros. Conquistaria os títulos de construtores em 1976, 1977 e 1979 e mais dois campeonatos de pilotos, com Lauda e Scheckter. Só em 1980.

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