Revista do Design da Escola Superior de Propaganda e Marketing Design ESPM Junho de 2009 2009/01 Edição I
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SUMÁRIO 04 - O que esperar do curso de design da ESPM - Editorial 06 - O que é design 10 - Breve historia do design 13 - Design é arte? 17 - Tipos de design 19 - O design visual 20 - Ferramentas do design 22 - O DESIGN VISUAL PODE SER 23 - Design gráfico 24 - Design editorial 26 - Web design 30 - Design institucional 32 - Design e o audiovisual 34 - Design e a fotografia 36 - ELEMENTOS E PRINCIPIOS BASICOS DO DESIGN VISUAL 39 - Composição e sintaxe visual 40 - A evolução compositiva ao longo da história 41 - Gestalt - pregnância da forma, ilusão de ótica, harmonia, equilibrio... 45 - Composicao no design editorial 46 - Composicao no desenho, pintura, fotografia e video 48 - Cor 50 - O design como elemento do processo industrial 52 - OBJETIVOS DO DESIGN 54 - Design e a indústria 56 - Design e o marketing 58 - O bom design 60 - Editorial
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Uma das profissões mais populares do momento, o design conta com um curso completo na ESPM. O programa, composto de conhecimentos teórico-culturais, técnicos e gerenciais, prepara profissionais não apenas para atuar em estúdios de design, mas também para agências de propaganda, escritórios de arquitetura, editoras, empresas de comunicação e, claro, para o desafio de tocar o próprio negócio. Do latim designare (indicar, marcar), o termo design carrega ainda hoje a sua essência, que o curso da ESPM, com habilitação em Comunicação Visual e ênfase em Marketing, não deixa de lado. Além de criativo, o designer formado pela escola é um empreendedor pronto para o trabalho em equipe, característica que o torna apto a assumir posições de liderança no mercado. Estágio supervisionado Uma parceria entre o Núcleo de Design e o Cintegra (Centro de Integração Empresa-Escola) acrescenta ao programa um estágio obrigatório, realizado ao longo do curso sob a supervisão de um professor-consultor especifico. Assim, o aluno pode pôr em prática, antes mesmo de receber seu diploma, noções de projeto e planejamento em design gráfico, multimeios, marcas e sistemas de identidade visual, embalagem, segmento editorial (projetos de livros, revistas, jornais), sinalização ambiental e outros. No final, o estudante desenvolve um projeto numa dessas áreas oferecidas.
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Afinal o que é design? A palavra não faz sentido para muitas pessoas e mesmo assim aparece em grande parte do nosso diaa-dia, então o que nos resta é parar e pensar porque surgiu essa denominação. O design foi criado para atender às necessidades do consumidor e atualmente as empresas utilizam-no para apresentar diferenciações no produto afim de se destacar no mercado. Porém, ele não é somente aquela roupa que tem um visual que desponta das outras ou aquele carro que tem um item que os outros não tem, design é a adição da funcionalidade com a forma sendo um processo criativo para solução de problemas que afetam todos os sentidos. Por essa preocupação em agradar o público, as pessoas associam design a bom gosto. De forma mais científica temos um termo originalmente derivado do latim, designare, que mais tarde foi adaptado para o inglês, porém como antigamente no Brasil não era aceitável termos estrangeiros para cursos graduativos, o primeiro nome reconhecido aqui para o design foi desenho industrial. Isso nos leva a pensar que design é basicamente desenho, mas essa profissão mexe com objetos, imagens, planejamento, etc. Hoje
design pode ser considerado mais equilibrado visto que temos um mundo globalizado e com trocas de informações que superam aos poucos as diferenças culturais. Anteriormente fazer um projeto que agradasse uma cultura diferente de onde era produzido era um problema visto que era forte a não apreciação de uma identidade visual fora dos padrões. As áreas de atuação são amplas nesse mercado, como o design de produtos, design visual, design de interiores e design de modas. A atividade profissional às vezes é confudida – ou melhor, disputa o espaço do mercado – com outras como, por exemplo, publicidade e propaganda, engenharia de produto, arquitetura, artes plásticas, marketing, etc. Isso acontece, muitas vezes, por causa do design ser uma prosissão recente e em constante evolução. O design - palavra em inglês que significa “projeto” ao invés de “desenho” - é visto pela sociedade de forma geral como uma atividade artística, que depende de um dom, de uma habilidade inata, para ser realizado de modo pleno. Esta visão tem sido reforçada pela dificuldade em diferir o design de áreas afins como a
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publicidade, o marketing, a diagramação, a arquitetura. Mesmo nos escritórios de design, os profissionais mais experientes muitas vezes recebem a titularidade de “Diretor de Arte”, ajudando a sedimentar o conceito de profissão subjetiva. Nas gráficas, é comum solicitar a “arte” do folder, a “arte” do livro ou a “arte” de algum outro material gráfico. Entre os designers, há duas vertentes mais comuns, aqueles que acreditam no potencial artístico e aqueles que defendem um tecnicismo, baseados principalmente nas duas maiores escolas de design do século XX: a Bauhaus (Alemanha 1919 - 1933) e Escola de Ulm (Alemanha 1953 - 1968). Assim como em qualquer profissão, a experiência faz a diferença. O designer, assim como o arquiteto por exemplo, aprende com aquilo que vê, tentando compreender e assimilar aquilo que outros profissionais estão produzindo e evoluir a cada novo projeto. Este conjunto de experiências é tipicamente chamado de “repertório”, assim como o repertório de uma banda representa sua experiência em diferentes estilos musicais. Sendo uma profissão na qual somente a experiência adquirida demonstra a qualidade de quem
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a exerce, este conhecimento empírico [construído na prática] é mostrado no portfólio do designer.
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Breve História do Design História e História do Design Muito mais que um conjunto de fatos ocorridos no passado, a história se caracteriza pelo relato do historiador, sob determinado ponto de vista. Ao longo de muitos anos, os fatos podem ter seu sentido totalmente desvirtuado – fatos que para alguns não têm importância alguma, para outros tomarão grandes proporções, portanto o processo de seleção de fatos e a avaliação de sua relevância fazem parte de uma importante etapa da pesquisa histórica. Se a história, mais do que um conjunto de fatos, é um processo de repensar o passado, qual será o sentido de se repensar o passado para o design? Ao buscar as origens do design nas suas atividades correlatas – artes gráficas, artesanato, pequena indústria/ manufatura – seus precursores e sua importância para a consolidação do design como atividade profissional, não podemos desconsiderar as manifestações de um período anterior ao modernismo, que originou o design moderno.
interpretações para a profissão. Cronologicamente, na Europa e nos Estados Unidos, já se considera naturalmente o ponto de partida para o design o período pós-1a Revolução Industrial, no início do século XIX, quando a padronização entre produção e consumo foi alterada pela cultura comercial. (JOBLING & CROWLEY, 1996:1-12) No Brasil, o medo em afirmar que produtos da mesma época tinham design se deve principalmente ao conceito estabelecido de que a atividade de design no país teve início apenas em meados do século XX. Para afirmar que no Brasil havia a prática de atividades relacionadas ao design desde o século XIX, as quais evoluíram até chegar ao design que se conhece hoje, é preciso confrontar essa postura, demonstrando que tal prática era concebida com significado. A pesquisa histórica em design permite buscar justamente aquele fragmento de informação que lhe dárá a “prova”: isto é uma atividade projetual, isto é design.
A importância de se pesquisar a história do design — principalmente no Brasil onde os estudos nessa área ainda são escassos — é essencial para a busca de novos caminhos e
O conhecimento e divulgação das experiências não-acadêmicas de design, anteriores ao ensino sistematizado no país, chama Pôster de kathe kollwitz,1923
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atenção para a riqueza cultural que esses objetos representam e mostram que a história do design brasileiro pode ser mais extensa do que se imagina. No caso do design gráfico, o - artista gráfico comercial que fez parte do passado e que criou marcas, identidades de empresas e produtos, embalagens, jornais, revistas e livros, anúncios e reclames utilizando a tecnologia que dispunha, sua habilidade, talento e subjetividade, trabalhava de forma bem parecida com a que os designers trabalham hoje.
P么ster americano dos anos 30
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Que inicie-se a discussão! Desenho é arte, ou desenho é design? Arte é design? Design é arte? O que é arte? O que é desenho? O que é design? Ahhh, tantas perguntas. Tão poucas respostas. Mas, na tentativa de chegar a um consenso, vou mostrar meu ponto de vista e tentar manter-me o mais neutro possível (e gerar mais perguntas, tenha ceretza). Que o design é intimamente ligado a arte, ninguém nega. Será que isto faz do design um movimento artístico novo? Uma espécie de barroco ou renascimento, porém voltado a produção em massa? Oras, é só vermos os portfólios dos nomes mais renomeados no design. Vamos tomar o David Carson como exemplo. Ele estava pra visitar o Brasil ano passado, porém deu rolo e ele acabou não vindo. Mas ao olhar o porfólio dele, nota-se
que ele faz muita coisa que não fazemos na vida real. Cartazes tipográficos estranhos. Desenhos que mais parecem querer servir como arte. Convenhamos, os trabalhos dele parecem como arte - e alguns contestam que SÃO obras de arte, porém produzíveis em massa. Acabou-se a era onde obras de arte eram pintadas em telas? E quanto a arquitetura: também é arte? Oras, Niemeyer é considerado por muitos como um artista embora projetasse prédios e afins. Então ele era arquiteto? Ou era artista? Ou era ambos? Voltemos ao design. Fazer design, em uma de suas inúmeras definições, é “utilizar de grafismos (ícones, tipografia, cores, símbolos) para comunicar algo a alguém”. Outra definição é “criar uma solução gráfica para um problema”. Outras definições de “o que é design” podem ser encontrados no Design Design ESPM ESPM Junho Junho de de 2009 2009
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Digital Paper. Mas se o design serve para comunicar, a arte não serve também? Afinal, Leonardo Da Vinci quis expressar algo quando pintou a Mona Lisa: logo, a pintura comunica algo a alguém, uma mensagem é passada adiante. Se design é comunicação e arte é comunicação, design é arte? Mas se a arte não é reproduzível, então o design (que é feito em massa) não seria arte, embora se baseie em conceitos artísticos (forma, cor, etc). O design é artístico? Dá pra se dizer que sim. Utilizamos muita coisa que se utiliza na arte. E a arte é “designerístico”? Oras, a arte visa passar uma mensagem, tal como o design. Sim, eu sei que a arte veio primeiro então não é possível utilizar o argumento de “o ovo ou a galinha”. E o desenho? É necessário saber desenhar para ser um designer? Acredito que sim. Muitos sabem que design não é usar o Photoshop para criar uma logo. Quem faz design de verdade, sabe que o computador é o último lugar ao qual o designer vai ao criar algo. Mas agora entra outra questão: quanto que alguém precisa desenhar para ser considerado um desenhista? Quanto ele precisa saber? Oras, qualquer criança consegue desenhar <a href=”http:”// tirinhas.digitalpaperweb.com. br” target=”_blank”>bonecos de palito</a>, logo pode-se dizer que ela “sabe desenhar”*? Assumindo que um boneco de palito desenhado por alguém confira-lhe o direito de se entitular de desenhista, é seguro assumir que qualquer pessoa com um nível mental mínimo 14
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e provido de mãos, ou pés, ou até mesmo boca (pois existem pessoas que desenham com lápis/pincél na boca) seja um desenista. Mas sabendo desenhar não rende à pessoa ao título de designer. Por quê? Oras, porque ela pode saber desenhar mas não têm o embasamento técnico que um designer (que estudou de verdade, claro) têm. Sabendo desenhar nem que seja um boneco de palito, a pessoa pode ser chamada de artista? Qual é a definição de artista? Quanto a criatividade: alguém que saiba desenhar bem (exemplificando, desenhar um rosto com detalhes, luz e sombra) que possua criatividade, que possua o aclamado “talento”, pode naturalmente chamar-se de desenhista. Mas pode ela se chamar de artista? E de designer? Pelo meu ponto de vista (sou estudante de design), não basta saber desenhar perfeitamente bem. Afinal, do que adianta desenhar uma logo cheia de detalhes que irão desaparecer o momento que você reduzir a imagem, ou criar confusão visual na hora em que você aumentar a imagem? Conheço alguns colegas que estudaram comigo cuja habilidade no desenho era impressionante, a criatividade era incrível, porém na hora de criar algo usável eles pecavam nos elementos mais básicos. Antes de querermos regualizar nossa profissão de designer, precisamos saber onde começa a arte e onde ela termina, e onde que o design começa e onde termina. Só assim, poderemos fortalecer o ensino nesta área. Nosso maior problema está em definir PRECISAMENTE o que
é o design e quem é o designer. É a pessoa que fez faculdade e não aprendeu porcaria nenhuma por ficar no bar os 4 anos inteiros? É a pessoa que nunca fez faculdade, porém leu todo livro que podia sobre o assunto e sabe mais que os professores que lecionam design? É o profissional que não estudou design, mas que têm uma criatividade imensa e contrata desenhistas para colocar no papel e depois vender aquilo como design? Ou é aquele artista, que sabe desenhar bem, que passou horas estudando os
artistas mais famosos e menos famosos do mundo, que têm o “dom”, o “talento”? A linha entre o que nós designer somos e não somos é tênue, frágil e obscura. Pessoalmente, não acredito que iremos chegar a um consenso tão cedo, provavelmente nunca. De qualquer maneira, convido você leitor a dar seu ponto de vista. Design é arte? Arte é design? O que é arte? O que é design? O que é desenho?
Diego Tellechea Design Design ESPM ESPM Junho Junho de de 2009 2009
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primas e evita o desperdício. Tipos de design As duas principais formas mais DESIGN CÊNICO - Projeta conhecidas de design são: palcos para teatro, música, GRÁFICO - São projetos da balé, cenários para cinema e marca (logotipo) e do material produções de TV. de papelaria da empresa (papéis timbrados, cartões de visita, DESIGN DE VITRINES - É etc.), do visual da embalagem, aplicado nas lojas, melhorando a dos cartazes, dos folhetos, das exposição dos produtos, atraindo consumidores e facilitando as capas de livros e dos discos. vendas. DE PRODUTO - São os projetos de objetos, tais como o aparelho WEB DESIGN - Projeto de de barba, cadeiras, automóveis e endereços (sites) e apresentação gráfica na Internet. torneiras. Uma boa embalagem tem tanto design gráfico como design de produto. No design gráfico pode-se observar o “visual” da caixa, as instruções nela impressas, etc. No design de produto é selecionado o material da embalagem, a maneira de usar esse material, o formato (modelo) da embalagem, como será montada, etc. Outras formas de design estão surgindo: DESIGN AMBIENTAL Procura reduzir o impacto causado pela produção em escala industrial sobre o meio ambiente. Promove a utilização de materiais alternativos, combina diferentes matérias
DESIGN DE INTERFACE Projeta as telas dos programas de computador. O Design Visual Design Visual é o design atuando em qualquer mídia ou suporte da comunicação visual. Trata-se de uma terminologia correta para abranger todas as extensas especializações existentes no design aplicado na comunicação que se utiliza de canal visual para transmissão de mensagens, justamente por este termo relacionar-se ao conceito de linguagem visual de alguns meios de comunicação e não limitar-se ao suporte de determinada mídia envolvida, assim como fazem os termos design gráfico (mídia gráfica - impressos) ou design digital
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(mídia eletrônica - interface). Um profissional da área possui formação em programação visual e é chamado de designer visual. Dentre as especializações do design visual mais comuns na atualidade se encontram: * Design visual independente do suporte aplicado o Identidade Visual * Design visual na mídia gráfica (impressão) - Design Gráfico o Design tipográfico o Design editorial o Design de embalagem o Design de cartaz
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O DESIGN VISUAL Design Visual é o design atuando em qualquer mídia ou suporte da comunicação visual. Trata-se de uma terminologia correta para abranger todas as extensas especializações existentes no design aplicado na comunicação que se utiliza de canal visual para transmissão de mensagens, justamente por este termo relacionar-se ao conceito de linguagem visual de alguns meios de comunicação e não limitar-se ao suporte de determinada mídia envolvida, assim como fazem os termos design gráfico (mídia gráfica - impressos) ou design digital (mídia eletrônica - interface). Um profissional da área possui formação em programação visual e é chamado de designer
visual. Dentre as especializações do design visual mais comuns na atualidade se encontram: Design visual independente do suporte aplicado Identidade Visual Design visual na mídia gráfica (impressão) - Design Gráfico Design tipográfico Design editorial Design de embalagem Design de cartaz Design visual na mídia eletrônica (interface) - Design Digital Design de hipermídia Webdesign Design de jogos eletrônicos
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FERRAMENTAS DO DESIGN Trabalho com design de internet há sete anos. Já participei de algumas equipes de desenvolvedores e conheci muita gente realmente boa no que faz e cada um sempre acrescentou alguma dica (ou sugestão) para que o trabalho do colega tivesse alguma evolução. Talvez seja esse o maior desafio para quem inicia a carreira nos tempos atuais, em meio a diversas técnicas e siglas como SEO, web standards, tableless, Ajax, web 2.0, etc. Com o crescimento das comunidades virtuais, o designer iniciante tem o caminho facilitado até os segredos da profissão. Hoje é possível pular etapas no desenvolvimento profissional e rapidamente tornar-se um especialista. O grande problema é que são poucos os artigos que apontam soluções para as situações mais simples do dia-a-dia do designer, como por exemplo onde encontrar uma boa fonte de texto ou um banco de imagens gratuito. Este artigo tem como objetivo expor algumas ferramentas realmente úteis para quem começa na profissão ou, quem sabe, até mesmo para designers mais “rodados”. Apresento uma série de facilitadores de trabalho que, ao longo desses sete anos, tem me auxiliado no desenvolvimento web de forma significativa ou até corriqueira, mas o importante é que são sempre úteis. Precisa de logo vetorizado? Brands of the World. É uma espécie de diretório de logotipos vetorizados, a maioria em formato .eps, que auxilia muito na hora do desenvolvimento daquele projeto urgente. Que fonte de texto é essa? Um dos serviços mais úteis na vida de um designer. Quem nunca se deparou com aquele logotipo entregue pelo cliente em formato .jpg e que era necessário vetorizar? E mais, como fazer para descobrir qual fonte seria aquela ? Entra em cena o Myfonts. Através dele podemos 20
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submeter uma parte da imagem e o sistema se encarrega de tentar descobrir qual é o tipo de fonte utilizado. Eu já utilizei seu serviço dezenas de vezes e - pode acreditar - em muitos momentos foi uma grata surpresa! Onde encontrar a fonte de texto? Da Font é certamente a primeira resposta. O site conta com milhares de fontes de texto grátis e, ainda por cima, tem um dos melhores sistemas de visualização de tipos. Vale a pena conferir, principalmente pela opção de colocar a palavra desejada e, em seguida, conferir sua exibição em diversas fontes diferentes, quase que instantaneamente. Lorem Ipsun Precisa de texto para compor seu design? Esse site, com certeza, é a solução. O Lorem Ipsum disponibiliza a quantidade de texto na medida do seu projeto. Fotos grátis? Que tal mais de 250 mil imagens em alta resolução, disponíveis para serem utilizadas na web, sem pagar royalties? Essa é a proposta do Stock. xchng, um site onde os usuários compartilham as suas fotos e, na maioria dos casos, com excelente qualidade. Testar em vários navegadores? Então conheça o Browser Shots, realmente uma ferramenta incrível. Ele se propõe a tirar screenshots do seu site, em diversos tipos de navegadores e plataformas, como por exemplo: Dillo 0.8, Epiphany 2.16, Firefox 2.0, Galeon 2.0 entre outros. Está em fase alpha, mas mesmo assim vale a pena dar uma olhada. Em um próximo artigo, relaciono mais facilitadores de trabalho para nós designers. Por enquanto, vale a pena conferir estes. [Webinsider] Desenvolvimento
Os irmãos Thomas Knoll e John Knoll iniciaram o desenvolvimento do Photoshop em 1987 e a versão 1.0 foi lançada pela Adobe em 1990. O programa era destinado desde o início como ferramenta de manipulação de imagens provenientes de digitalizadores, que eram raros e dispendiosos naquela época. [editar] Características Apesar de ter sido concebido para edição de imagens para impressão em papel, o Photoshop está a ser cada vez mais usado também para produzir imagens destinadas à World Wide Web. Até a versão 9.0(CS2) o programa incluía um segundo programa, o Adobe ImageReady, muito semelhante ao Photoshop, que era utilizado em conjunto para a edição e criação de imagens e animações para a internet. A partir da versão 10(CS3), os recursos do Adobe ImageReady estão incluídos dentro do próprio Photoshop. O Photoshop também suporta edição com outros tipos de programas da Adobe, especializados em determinadas áreas: o já referido Adobe ImageReady (edição de imagens para a web), Adobe InDesign (edição de texto) Adobe Illustrator (edição de gráficos vectoriais), Adobe Premiere (edição de vídeo não-linear), Adobe After Effects (edição de efeitos especiais em vídeo) e o Adobe Encore DVD (edição destinada a DVDs). Os formatos de arquivos nativos do Photoshop (PSD ou PDD) podem ser usados entre estes programas. A título de exemplo, o Photoshop CS permite fazer elementos da interface gráfica de DVDs (menus e botões), desde que dispostos separadamente no ficheiro original (PSD ou PDD) por camadas (layers) agrupadas por ordem específica, de forma que, ao ser importado pelo Adobe Encore DVD, este consiga criar a edição para DVD com esses elementos. O uso das camadas não é um recurso novo inventado pelos desenvolvedores do Photoshop, ele foi desenvolvido há muito tempo pelos ilustradores. Segundo Richard Valliere em seu livro, Manipulator of Movement:“[...]em dezembro de 1914 é patenteada aquela que efectivamente foi a maior contribuição técnica para a animação tradicional até o advento da computação gráfica: o desenho sobre folhas de celulóide transparente – em português vulgarmente chamada de acetato”. Essa inovação coube ao animador norte-americano Earl Hurd.”[1] Portanto, é mais um recurso existente no mundo
real que foi aproveitado pela ferramenta Photoshop para facilitar o trabalho de seus usuários, assim como certos efeitos que reproduzem técnicas de pintura, máscaras, uma técnica muito utilizada em gráficas e impressão offset. Os formatos de ficheiros nativos podem ser importados de programas da concorrência, como o Corel Photo-Paint, Pixel32, WinIma. tipos de navegadores e plataformas, como por exemplo: Dillo 0.8, Epiphany 2.16, Firefox 2.0, Galeon 2.0 entre outros. Está em fase alpha, mas mesmo assim vale a pena dar uma olhada. Em um próximo artigo, relaciono mais facilitadores de trabalho para nós designers. Por enquanto, vale a pena conferir estes. [Webinsider] Desenvolvimento Os irmãos Thomas Knoll e John Knoll iniciaram o desenvolvimento do Photoshop em 1987 e a versão 1.0 foi lançada pela Adobe em 1990. O programa era destinado desde o início como ferramenta de manipulação de imagens provenientes de digitalizadores, que eram raros e dispendiosos naquela época.
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Design Gráfico O trabalho de um designer gráfico se resume em resolver problemas de comunicação é um processo técnico e criativo que utiliza imagens e textos para comunicar mensagens, idéias e conceitos: é informar algo de forma inteligível a certo público utilizando-se de imagens, tipos, cores, etc. Pode ser aplicado em qualquer mídia, seja impresso em papel, em embalagem, na tela, em animação, etc. É um processo técnico de comunicar visualmente utilizando textos e imagens para apresentar informações, idéias e conceitos. A prática de design gráfico envolve um espectro de habilidades cognitivas, estéticas e habilidades em tipografia, artes visuais e diagramação
de páginas, utilizadas para informar, identificar, sinalizar, organizar, estimular, persuadir e entreter, resultando na melhoria da qualidade de vida das pessoas. O trabalho dos Designer Gráfico está inserido no cotidiano da sociedade através de marcas, logotipos, símbolos, embalagens, livros, jornais, revistas, posters, folhetos, catálogos, folders, placas e sistemas de sinalização, camisetas, aberturas e vinhetas de cinema e televisão, web sites, softwares, jogos, sistemas de identidade visual de empresas, produtos e eventos, exposições, anúncios etc.Design editorial
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Design Editorial do design da revista moderna foi Alexey Brodovich e um dos designers mais importantes no processo de desconstrução da revista contemporânea foi David O Design editorial está Carson. intimamente ligado ao jornalismo. Por este motivo, o designer gráfico (seja o Design de jornal diagramador, o infografista, Ver artigo principal: design de ilustrador, editor de arte, etc.) jornal está sempre em parceria com o No design de jornal, a diagramação segue os jornalista. Especializações de design objetivos e as linhas gráficas e editoriais desse impresso. editorial As principais linhas editoriais para a diagramação incluem a Design de livros O design de livros é uma hierarquização das matérias por das formas mais antigas de ordem de importância. design editorial, considerada uma das áreas definidoras do Infografia design gráfico e talvez a base para a estruturação básica de Ilustração publicações em geral. Design Editorial e Computação Gráfica Com o advento da computação Design de revista O design de revistas tem sido gráfica, a profissão de design uma das áreas mais influentes do gráfico editorial sofreu uma excepcional. design gráfico contemporâneo. transformação As possibilidades de criação Um dos principais formadores Design editorial é uma especialidade do design gráfico que realiza o projeto gráfico na editoração.
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e reprodução tornaram-se softwares gerenciadores de muito mais acessíveis e menos fontes: Adobe Type Manage, custosas. Bitstream Font Navigator e Suitcase. Os principais softwares Muitos profissionais, porém, utilizados pelo Design Editorial utilizam o Adobe Photoshop e são divididos nas seguintes o Corel Draw para diagramar categorias. suas peças gráficas, incluindo anúncios e publicações softwares de ilustração: Adobe editoriais. Illustrator e Corel Draw (uma opção em código aberto é o Mas agora existe as opções Inkscape) gratuitas, com Software livre, softwares de tratamento de Linux, Inkscape no lugar do corel imagem: Adobe Photoshop, e Gimp no lugar do Photoshop. Corel PhotoPaint, Corel Painter (uma opção em código aberto é Existem ainda outros tipos de o Gimp) software utilizados por alguns softwares de diagramação: profissionais específicos, Adobe InDesign, Adobe como por exemplo, softwares PageMaker, Quarkxpress e o para criação de fontes Corel Ventura (uma opção em tipográficas, entre eles o Adobe código aberto é o Scribus). Fontographer.
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uma análise informacional, a partir de um briefing. Detectar corretamente o objetivo do projeto é essencial para um bom planejamento, de modo que as ações sejam tomadas de forma O web design pode ser visto correta. como uma extensão da prática do design, onde o foco do É sempre necessário definir o projeto é a criação de web sites público alvo do site, o objetivo, os e documentos disponíveis no serviços oferecidos, o diferencial ambiente da web. para o público. A partir desses e O web design tende à multidisciplinaridade, uma vez que a construção de páginas web requer subsídios de diversas áreas técnicas, além do design propriamente dito. Áreas como a arquitetura da informação, programação, usabilidade, acessibilidade entre outros. A preocupação fundamental do web designer é agregar os conceitos de usabilidade com o planejamento da interface, garantindo que o usuário final atinja seus objetivos de forma agradável e intuitiva. Planejamento estratégico Como todo trabalho de design, ele é um projeto, e necessita
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de outros elementos que sejam específicamente relevantes ao projeto, será definida a estrutura do site (Arquitetura de informação), a tecnologia empregada e o layout. De uma forma geral, embora usualmente possa parecer que a primeira impressão que se tem de um site é o visual, na verdade o visitante busca o conteúdo, por esse motivo o primeiro passo estratégico é definir bem todas as informações que o site terá, definir claramente a arquitetura de informação do site e por último, o design visual do site, que não precisa pular, girar e piscar, a não ser que o que se esteja vendendo
é design/imagem (que não se aplica ao meio informacional que é a Web), mas ter um aspecto profissional seguindo pelo menos os conceitos básicos do design como aproximação, contraste, alinhamento, dentre outros.
objetivo, tornando a experiência do usuário a mais confortável e fácil possível, chamamos isso de usabilidade. Deve-se planejar a estrutura de forma que o usuário obtenha facilmente a informação ou serviço desejado. Hoje em dia são inúmeras as formas que um site pode adquirir e a criatividade Há uma diferença conceitual continua ser o grande diferencial marcante entre design nos meios na produção de web. tradicionais, como no gráfico e o design aplicado na web. Na Layout web, a estética deve ser moldada O layout precisa transmitir ao dispositivo que acessa ao site a informação desejada com ou mesmo desabilitada caso não eficiência. É preciso que o layout seja necessária no contexto de seja um elo de comunicação com utilização. No meio gráfico é o usuário, que sua linguagem possível prever como o usuário seja condizente com o objetivo final verá a estética do produto, do site. Conhecer heurísticas de já na web isto não é possível, pois usabilidade é fundamental para a aparência pode e deve mudar se gerar layouts para a web. radicalmente de acordo com o sistema operacional utilizado, Cada elemento inserido em um configurações pessoais, website deve ter um objetivo, navegadores, resoluções de tela a perfeição de um website se e dispositivos, como celular, TV, atinge quando não há nada a ser impressora, leitores de telas etc. retirado e não quando não há Por este motivo, a informação nada mais a ser inserido. (HTML) deve trabalhar independente da formatação A maioria dos layouts antigos (CSS) e do comportamento dos sites da Web eram feitos com (scripts), que são recomendações tabelas na linguagem HTML, do W3C. porém esta forma é inapropriada pois tabelas devem ser utilizadas Estrutura apenas para exibir dados A estrutura, também conhecida tabulados. Entretanto existem como arquitetura de informação, layoutsque são completamente do site deve contemplar seu produzidos sem a presença
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de tabelas, sao os famosos “tableless” e esta sim é a melhor forma de estrutura para layouts. Navegadores São programas responsáveis por interpretar o conteúdo de um web site, disponibilizando assim a interface com a qual o usuário final irá interagir. O navegador está para o web design assim como o papel está para o jornal. A grande variedade de navegadores e discrepância entre os recursos fez seus próprios criadores caminharem em direção a um padrão comum. Atualmente é indispensável criar sites seguindo os padrões da W3C.
Padrões A World Wide Web Consortium (W3C) é o órgão responsável por recomendar padrões de desenvolvimento para a internet. Por meio destes padrões se pode classificar: web sites de acordo com suas características técnicas, indo além do visual e; navegadores, de acordo com sua capacidade em atender aos padrões definidos.
O grande objetivo de seguir os padrões do W3C é de possibilitar que a informação veiculada pelo site permaneça independente do dispositivo utilizado pelo No desenvolvimento do site, visitante e que seja acessível. o HTML deve ser criado seguindo os padrões do W3C (Web Standards) de forma que [editar] Programas utilizados fique funcional, independente Existe um leque enorme de dos dispositivos (TV, celular, programas usados pelos web impressora, monitor etc). designer. Para construção do Apesar de em tese não haver código, por se tratar de simples a necessidade de testar em texto, qualquer editor de texto diversos navegadores, é um pode servir de suporte para a bom hábito testar em mais de criação do código. Entretanto, há um navegador (Firefox, Internet programas tanto gratuitos como Explorer, Netscape, Opera, de uso comercial, com interface Safari, Chrome e outros), pois WYSIWYG, que são amplamente o layout do site pode apresentar utilizados no mercado tanto para diferenças em determinados gerenciar sites, quanto para navegadores, e o usuário que apenas editar códigos, como é o navega não entenderá o que está caso do Dreamweaver, Aptana, acontecendo. Frontpage (pouco aconselhável
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por gerar HTML exclusivamente para o Internet Explorer, além de gerar código com possiveis erros de sintaxe), na parte visual, os editores gráficos vetoriais Corel Draw, Illustrator ou o Inkscape), de bitmap GIMP, Photoshop ou o Fireworks. Para animações e recursos dinâmicos, o Flash é o mais utilizado. Em relação ao Flash, deve-se ter o cuidado de usá-lo apenas onde a solução seja impossível de ser reproduzida em HTML, jamais se usa em menus e áreas de conteúdo por ser um arquivo binário, não ser acessível e estar em desarcordo com as recomendações do W3C.
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Design Institucional O Design Institucional é uma área de atuação do Design Gráfico. Dentre os tipos de projeto realizados pelo profissional desta área, o designer gráfico especializado em design institucional estão: Identidade Visual Imagem Corporativa Jornal Segmentado Empresarial O designer institucional atua diretamente com instituições como: empresas, ONGs, Eventos, ect. A Identidade Corporativa ou Identidade Empresarial (em inglês, Corporate Identity) pode ser definida como o conjunto de atributos que torna uma empresa especial, única. Esses atributos são classificados de essenciais e acidentais. Os primeiros são os atributos que se referem ao propósito da empresa, a missão e aos valores; os atributos
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acidentais contribuem para a descrição da empresa, mas não definem a sua essência. Características Pode-se entender melhor a diferença fazendo analogia com uma pessoa física. A cor dos cabelos, o biotipo e as roupas que ela está usando ajudam a descrevê-la, mas não definem a sua essência. A identidade se relaciona mais com os atributos essenciais, ou aqueles que mudam muito pouco ao longo da vida dessa pessoa, como o seu senso de justiça, seu pendor para as artes ou sua introspecção. Em uma empresa também é assim: se ela realmente é honesta, não há governos, leis ou ofertas irresistíveis que farão mudá-la; se valoriza o meio ambiente, sua preocupação aparecerá em todas as suas ações. Porém, se ela está no início de um projeto de expansão e com dificuldades financeiras, essa preocupação
aparece apenas como um atributo acidental, já que sofrerá variações importantes ao longo do tempo. A identidade corporativa se traduz e se manifesta de várias maneiras: na marca gráfica da empresa, nas suas comunicações (interna e externa), no seu ambiente de produção ou atendimento, no tratamento que dá ao cliente, nas apresentações de seus profissionais, no seu material impresso, no seu nome, no seu portfólio de produtos etc. Todas essas manifestações contribuem para a construção da imagem corporativa.
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Design e o Audiovisual Design audiovisual é todo meio de comunicação expresso com a utilização conjunta de componentes visuais (signos, imagens, desenhos, gráficos etc.) e sonoros (voz, música, ruído, efeitos onomatopeicos etc.), ou seja, tudo que pode ser ao mesmo tempo visto e ouvido. Ao contrário da identidade corporativa que define quem a empresa é, a imagem corporativa define como a empresa se parece, como ela é percebida. Com , Minguez (1999) a define como “el conjunto de significados que una persona asocia a una organización”. Discute ainda que o processo de formação de uma imagem é um processo sempre complexo, pois é o resultado de uma abstração que cada indivíduo forma em sua mente a partir de operações de simplificação com atributos mais ou menos representativos para ele.
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Estes atributos, são , em sua maioria, provenientes de três fontes de informação: os meios de comunicação de massa, as relações interpessoais e a experiência pessoal. Em resumo, a imagem corporativa é constituída por retalhos do que a empresa é, o que a empresa faz e o que a empresa diz.
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Design e a Fotografia
Por definição, fotografia é, essencialmente, a técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando esta em uma superfície sensível. A primeira fotografia reconhecida remonta ao ano de 1826 e é atribuída ao francês Joseph Nicéphore Niépce. Contudo, a invenção da fotografia não é obra de um só autor, mas um processo de acúmulo de avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando juntas ou em paralelo ao longo de muitos anos. Se por um lado os princípios fundamentais da fotografia se estabeleceram há décadas e, desde a introdução do filme fotográfico colorido, quase não sofreram mudanças, por outro, os avanços tecnológicos têm sistematicamente possibilitado melhorias na qualidade das imagens produzidas, agilização das etapas do processo de produção e a redução de custos, popularizando o uso da fotografia. Atualmente, a introdução da tecnologia digital tem modificado drasticamente
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os paradigmas que norteiam o mundo da fotografia. Os equipamentos, ao mesmo tempo que são oferecidos a preços cada vez menores, disponibilizam ao usuário médio recursos cada vez mais sofisticados, assim como maior qualidade de imagem e facilidade de uso, assim a facilidade de auxiliar em projetos de Design ficou muito grande, pois não precisamos estar sempre revelando as fotos, basta passá-las pro computador. A simplificação dos processos de captação, armazenagem, impressão e reprodução de imagens proporcionados intrinsecamente pelo ambiente digital, aliada à facilidade de integração com os recursos da informática, como organização em álbuns, incorporação de imagens em documentos e distribuição via Internet, têm ampliado e democratizado o uso da imagem fotográfica nas mais diversas aplicações.
Foto RogĂŠrio Abreu
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Os príncipios do design balanço,ênfase,ritmo, unidade e contraste. Definem a estrutura do trabalho e deter minam a forma como os elementossão organizados no espaço da composição. Balanço O balanço no design é semelhante ao balanço em física. Uma figura grande junto ao centro da composição pode ser compensada por uma figura pequena junto à margem.Um tom claro de uma forma grande pode ser balanceado por uma forma pequena e escura. O balanço ocorre naturalmente quando todos os elementos estão igualmente distribuidos pelo espaço de trabalho. Há essencialmente dois tipos de balanço: simétrico e assimétrico. Os elementos simétricos, ordenados de forma semelhante numa composição, sugerem um movimento estável ou estático. Os elementos assimétricos criam desiquilíbrio, sugerindo um movimento variado ou dinâmico.
Ênfase Também conhecida por ‘dominância’. Acontece quando um ou vários elementos contém uma hierarquia com importância visual. Indica o elemento mais importante, o elemento que mais se nota ou em que se repara primeiro. O elemento visual mais destacado chama-se ‘ponto focal’ porque capta antes dos outros a atenção do observador. Como se pode criar ênfase? Tornando um elemento maior, mais luminoso, destacado com uma cor contrastante ou acrescentando espaço à sua volta. Ritmo Criação de padrões através da repetição de elementos. Recorrência ou repetição de um ou mais elementos criandoharmonia. O termo ‘sequência’ é usado para referir a ordem de observação dos elementos.Como fazer uma boa compouscao visual Composição de Formas Para se desenvolver uma boa composição visual é necessário saber direcionar os olhos de quem está vendo para pontos importantes do seu layout,
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esse direcionamento deve ser consciente e planejado, saber equilibrar e dar movimento à composição serão os principais objetivos do designer. Muitas vezes quando estivermos criando layout, vamos nos deparar com o problema da distribuição dos elementos gráficos. O designer deve tomar todas as decisões para a composição e os resultados dessas decisões determinam o objetivo e o significado do que é recebido pelo espectador! Assim sendo o designer exerce controle sobre o trabalho e direciona o projeto para o público que ele quer atingir. Para obter um resultado compositivo satisfatório é preciso conhecer um pouco sobre como funciona a percepção humana e também algumas regras que para alguns é denominada programação visual intuitiva. Equilíbrio Equilíbrio é um elemento importantíssimo em toda criação, seja para uma página de Internet, revista impressa, panfletos ou obras de arte. É considerada referência visual mais forte para o homem, chamada de constante inconsciente formada pelos eixos vertical e horizontal.
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O equilíbrio pode ser: simétrico, simétrico na forma e assimétrico na cor ou ainda ter uma simetria aproximada. Equilíbrio num projeto gráfico significa saber distribuir com uniformidade os elementos gráficos que compõem o projeto, e também saber distribuir esses elementos pela sua importância..
COMPOSIÇÃO E SINTAXE VISUAL Para que o receptor da obra seja ela um quadro, uma revista, um filme, etc. deve-se possuir elementos de comunicação que trabalhem harmoniosamente, para despertar a sensibilidade do receptor. O pré-conhecimento do receptor, ou o que denominamos sua memória artística, é fundamental para obterem-se os efeitos desejados. Assim a composição artística conta com recursos que já tem em seus signos os valores preestabelecidos o que facilita este trabalho. O resultado estético de uma composição de imagens nas artes plásticas influenciou diretamente o processo de composição de imagens no cinema e televisão. Os elementos já conhecidos e utilizados pelos grandes mestres da pintura aparecem nos resultados visuais da televisão como se já estivessem latentes no conhecimento dos produtores de TV.Ainda assim acredito tratar-se de conhecimento adquirido pela “bagagem visual” assimilada através do tempo e não como conhecimento adquirido através de estudos sistematizados.
O arranjo dos elementos que compõe uma imagem permite o balanceamento e equilíbrio dos espaços da tela de tal forma a levar o receptor a olhar para onde o autor quer que ele olhe. Um bom exemplo de composição esta nos quadrinhos, som os balões de fala. Por exemplo, se um balão de fala ocupa a maior parte do quadrinho a área restante esta sujeita a se tornar um ponto focal. Uma cena desarranjada chegará ao telespectador de maneira confusa. O telespectador não saberá explicar o porquê, mas terá um desvio de sua concentração ao conteúdo, por uma cena que “não convence”. Para que os produtores de TV, diretores de TV, operadores de câmera possam fortalecer sua bagagem pictórica e passem a trabalhar quase que instintivamente sobre as cenas tomadas, é necessário que conheçam os elementos básicos da composição da imagem. Estes elementos vieram das artes plásticas, passaram pela fotografia, cinema e estão na televisão.
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A evolução compositiva ao longo da história Diariamente, informações de todos os tipos, advindas de todas as direções, nos atingem, à espera de nossa percepção e reação. Elas estão pautadas em diferentes níveis de importância, sendo que, muitas vezes, as mais importantes não recebem o devido tratamento, para se fazerem presentes, passando despercebidas. É aí que entra a principal premissa de um designer da informação: traduzir uma informação de sua linguagem inicial à forma pela qual ela estará disposta ao público, dandolhe o correto nível de importância que possui. “Design da Informação é uma área do design gráfico que objetiva equacionar os aspectos sintáticos, semânticos e pragmáticos que envolvem os sistemas de informação através da contextualização, planejamento, produção e interface gráfica da informação junto ao seu público-alvo. Seu princípio básico é o de otimizar o processo de aquisição da informação, efetivado nos sistemas de comunicação analógicos e digitais” (SBDI, 2003). O design da informação está presente em projetos sinaléticos, mapas, formulários, contas, diagramas, instruções de uso (manuais), catálogos de produtos, entre outros. Pode-se citar o mapa diagramático do metrô de Londres como uma boa peça de infodesign. Criado pelo designer Harold F.Hutchison, traz em cada linha metroviária uma cor diferente, além de transpor as distâncias geográficas entre as estações em espaços regulares, contribuindo para o entendimento e a clara orientação dos usuários deste transporte. O trabalho do infodesigner vai além da criação de um bom design. A tarefa de traduzir a informação de uma linguagem à outra requer habilidades multidisciplinares e uma visão sistemática do projeto. De acordo com Irwin (2004), “designers
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da informação são pessoas muito especiais que têm de dominar a perícia e o talento de um designer, combiná-los com o rigor e a capacidade de resolução de problemas de um cientista ou matemático, e trazer a curiosidade, habilidade de pesquisa e persistência de um estudioso para o seu trabalho”. O design da informação se envolve com o seguinte; a sinalética, o pictograma, a semiótica, a percepção visual, a comunicação visual, e a síntese gráfica. Sinalética A sinalética é a ciência originada do design da informação e da semiótica, que responde pelo estudo das relações entre os indivíduos que cruzam um espaço e os signos responsáveis pela sua orientação, levando em consideração os diversos aspectos que irão estabelecer o caráter específico da sua área. Trabalha uma situação em que o indivíduo está em um ambiente possivelmente desconhecido e necessita de informações rápidas para se localizar neste espaço e tomar uma direção espontânea a partir das diretrizes dadas. Por isso, sua linguagem deve ser rápida e precisa, não sendo necessário, contudo, induzir o indivíduo a uma reflexão, a exemplo de outras áreas da comunicação. Atua, assim, como força motriz de caráter efêmero. “Sinalética é a ciência dos sinais no espaço, que constituem uma linguagem instantânea, automática e universal, cuja finalidade é resolver as necessidades informativas e orientativas dos indivíduos itinerantes numa situação” (Costa, 1987).
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A Gestalt surgiu nas primeiras décadas deste século como uma espécie de resposta ao atomismo psicológico, escola que pregava uma busca do todo psicológico através da soma de suas partes mais elementares; o complexo viria pura e simplesmente da reunião de seus elementos mais simples, era uma escola de adição. A Escola da Forma dizia o contrário: não podemos separar as partes de um todo pois dele elas dependem e não fazem sentido, pelo menos o mesmo, senão enquanto partes formadoras daquele todo. Em seu início, havia duas correntes na Gestalt, a dos dualistas e a dos monistas: os primeiros acreditavam existir uma percepção mental que diferiria da sensorial. Sendo assim, perceberíamos os elementos separadamente e só então eles formariam o todo através de uma ação do espírito, de uma percepção mental. Um desenho, por exemplo, não é um todo, mas o que estaria produzindo a forma total que percebemos, o que ligaria seus elementos seria o espírito. Encontram-se nessa corrente muitos resquícios do atomismo psicológico, enquanto que os monistas realmente romperam com eles, ao sustentarem que as partes dependem mais do todo que ele destas, que é ele quem as determina. Para os monistas o esquema da percepção seria, basicamente: estímulos sensoriais -> forma -> sensação. Para os monistas, forma e matéria não são separáveis, os elementos de uma forma não existem em si, singularmente, isso só seria possível através de abstração. Todos os elementos aparecem ao mesmo tempo, e um observar um ou outro, um tomar um ou outro como figura ou fundo tornaria a experiência diferente. Cada parte é percebida como elemento formador do todo, pertencente a ele.
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A Gestalt como teoria filosófica Em um âmbito filosófico (a Gestalt chegou a ser considerada uma ‘filosofia da forma’), pode-se dizer que foi deixado de lado o ego cogito cartesiano para, como Husserl (que foi, de fato, mestre de Koffka, um dos papas desta escola), adotarse um ego cogito cogitatum: não há uma ruptura entre consciência - ou sensação, no caso da escola da forma - e mundo. O “resíduo” a que se pode chegar por uma redução, uma dissecação do real - ou de uma forma não é o “eu penso”, mas a correlação entre o eu penso e o objeto de pensamento (o ego cogito cogitatum). Em suma, não existiria consciência enquanto tal, mas toda consciência seria consciência de. Isso, porém, não se dá de forma separada, como pretendiam os associacionistas (escola da psicologia que predominou no século XIX), mas concomitante: tomemos como exemplo um carro na estrada, seguindo em direção contrária a você. Para os associacionistas, há um intervencionismo do pensamento, ou seja, suas sensações lhe dizem que o carro está diminuindo à medida em que se afasta, mas, sendo conhecedor das leis da física, ou mesmo já tendo passado por esta experiência, seu pensamento reagiria, corrigindo o equívoco. O dado sensorial seria menos real que a percepção, e
interpretado de acordo com a experiência. Já para a Gestalt, isso tudo aconteceria de uma só vez e não através da experiência, mas de acordo com o que é dado na situação em si. Cada vez seria diferente, se apenas um dos elementos formadores diferisse; o todo seria o que há de mais importante, o que vale aqui não é a experiência, todavia o agora e o que é dado nesse agora. Percebe-se de maneira diferente de acordo com o contexto em que o objeto/excitante está inserido, nossa sensação é global e varia dependendo do evento/forma. Essa foi a concepção que acabou, por assim dizer, “triunfante” em relação à outra, e seus defensores, Max Wertheimer, Kurt Koffka e Wolfgang Köhler, acabaram por se tornar figuras de maior importância na Escola da Gestalt. Essa teoria da forma não se manteve apenas dentro dos limites da psicologia, mas pretendeu se estender à Física e à Filosofia, admitindo a existência de formas fisiológicas e de formas físicas, além das formas psicológicas: as primeiras dizem respeito aos organismos vivos, que funcionariam do todo para o uno; as células seriam dependentes do organismo e não o contrário porque este teria a capacidade de se adaptar. As segundas tratam do mundo físico: este tenderia, também, a um equilíbrio
total, uma busca da boa forma, mais homogênea e simétrica. Finalmente, as formas psicológicas, que são colocadas de uma maneira bem materialista: os gestaltistas não admitem a existência de um espírito, de alma, mas que tudo se reduz à matéria bruta, sendo as formas psicológicas o subjetivo das fisiológicas e estas apenas reduzidas às formas físicas. Agrupamento Perceptual - Wertheimer Pode haver, e na maioria das vezes há, mais de dois elementos na forma: nesse caso, o que seria figura? E fundo? Por quê? Max Wertheimer, tido como o fundador da teoria da Gestalt, propõe em seu “Raciocínio Visual” certos princípios, a seguir: 1) Proximidade Em condições iguais, eventos próximos no tempo e espaço tenderão a permanecer unidos, formando um só todo: OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO 2) Semelhança Eventos semelhantes se agruparão entre si: OXOXOXOXOXOXO OXOXOXOXOXOXO OXOXOXOXOXOXO Essa semelhança se dá por intensidade, cor,odor, peso, tamanho, forma etc. e se dá em igualdade de condições. 3) Semelhança + Proximidade É a simples adição dos dois princípios anteriores, se em condições iguais: OO OX XO OO OO OX XO OO
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OO OX XO OO 4) Lei da Boa Continuidade É o acompanhamento de uns elementos por outros, de modo que uma linha ou uma forma continuem em uma direção ou maneira já conhecidas. ____|____ = ________ | 5) Pregnância Há formas que parecem se impor em relação às outras, nos fazendo, por muito tempo, não conseguir ver outra forma de distribuição: OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO OO 6) Destino Comum Há certos elementos que parecem se dirigir a um mesmo lugar, se destacando de outros que não o pareçam. 7) Persistência do Agrupamento Original Em todos as formas, todos os estímulos, os elementos aproximam-se uns dos outros e tendemos a fazer com que os grupos continuem os mesmos. 8) Experiência Passada ou Aprendizagem É a subjetividade do percebedor: para cada um a percepção pode ser diferente, de acordo com a experiência do indivíduo, de acordo com o que ele já viveu ou aprendeu, conheceu. Tomemos como exemplo um texto qualquer: para um analfabeto ou alguém que não conheça a língua em questão, parecerá uma confusã completa, mas, para aquele que saiba ler ou conheça a língua, parecerá inteiramente inteligível. 9) Clausura ou Fechamento Os elementos de uma forma tendem a se agrupar de modo que formem uma figura mais total ou fechada. Conclusão
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Essas tendências ou princípios, dependendo de sua intensidade podem produzir efeitos diferentes, devemos sempre lembrar que, para a Escola da Forma, o todo não é apenas a soma das partes, sua essência depende da configuração das partes. A partir disso, podemos trazer ainda algumas considerações e conceitos finais: a transposição das formas, por exemplo, é de um valor muito grande dentro do que foi dito no parágrafo anterior; podemos transpor a mesma forma a partir de elementos diferentes, de modo que a forma original ainda possa ser reconhecida, como em: OOXX OO, XX ou em uma melodia cujas notas sejam aumentadas todas em um tom, ou seja, o todo é a configuração de seus elementos, mas também difere de acordo com os elementos em si. Porém, não podemos nos esquecer da parte-todo, isto é, que as partes dependem da natureza do todo. Por último, vale falar, mais uma vez, sobre a subjetividade na percepção: devese levar em conta a experiência vivida pelo sujeito, o seu nível de conhecimento ou familiaridade com o assunto tratado.
Composiçao e o Design Editorial Para podermos falar acerca do design editorial, não nos podemos esquecer quem é que tornou isto possível. O design editorial deu um grande salto no século XV com a invenção dos caracteres móveis, de Joham Gensfleish, mais conhecido por Gutenberg. A maior inovação de Gutenberg residiu na criação de moldes manuais para a fundição de letras soltas de chumbo. E foi através dessa invenção que hoje em dia, temos os jornais, revistas e livros. Na actualidade, o design de jornal, o de livros e o de revistas, são coisas que quando estão bem organizados não passam despercebidos, mas quando ocorre algum erro pode ser trágico, porque esse erro fica logo à superfície. A instrução profissional criado pelas “facilidades técnicas” do computador tem prejudicado o design editorial, na virtude em que o trabalho tem pouca qualidade é, realizado por designers que com pouca formação teórica e que imitam modelos e elementos sem conhecer o seu verdadeiro funcionamento interior. Todos conhecemos as várias divisões em que o design gráfico se divide. São três grupos: o design publicitário, que se ocupa por todo o material gráfico que provém da publicidade; o design corporativo que estuda todos aqueles elementos que constituem parte da comunicação corporativa de empresas e instituições e por ultima e o que mais nos interessa o design editorial que se interessa pela realização gráfica das publicações impressas. Como podemos ver os profissionais que trabalham na área do design editorial têm que possuir um grande conhecimento para que o trabalho impresso alcance o seu objectivo: transmitir a informação. Como afirma Geraldo Abud Rossi, em “Os desafios da interface ao design editorial”, que não basta que o design só se preocupe com a estética, mas também tem que se preocupar com a informação e em criar textos legíveis.
Seguidamente desenvolverei as três grandes áreas em que o design editorial se especializou, mostrando em que temos os designer tem que se debruçar e quais serão as suas preocupações para conseguirem obter um bom trabalho editorial. Design de Revistas Design de Jornal Design de Livros O design editorial tem vindo a desenvolver-se ao longo do tempo, mas isso só foi possível porque houve um grande desenvolvimento da tecnologia. Até há pouco tempo os designers não puderam contar com as facilidades da informática, pois só a partir da década 80 é que o computador foi inventado. Ao longo deste trabalho, foram mostrados as três grandes especializações do design editorial: o design de revistas, o design de livros e o design de jornal. Como podemos observar estas três especializações tem muita coisa em comum. Ambas trabalham com publicações e têm tido as mesmas dificuldades na composição das páginas que vão, futuramente, ser impressas. Os designers que trabalham nestas três áreas devem ter um conhecimento de design gráfico e de design de informação pois como pudemos ver, além de se preocuparem com a estética, tem-se que preocupar com a forma como os leitores tem acesso à informação, pois não adianta que um designer tenha um bom projecto, cheio de cores e de imagens, mas quando se vai reparar no texto; ele aparece-nos ilegíveis e de difícil leitura. Ao longo deste trabalho tentei explicar algumas partes da revista e do livro e algumas das dificuldades que tanto os designers como os editores enfrentam para resolver um determinado problema.
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Composição Desenho Pintura Fotografia Vídeo 46
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Composição no desenho, pintura fotografia e vídeo Tanto nas fitas quanto nos discos os formatos são na verdade “os tamanhos” (que implicam a largura do material magnético, tamanho da caixa e na forma pela qual o sinal é gravado e lido). Cada um é para um uso diferente com características técnicas e qualidades específicas. Para cada formato de fita ou disco existe a câmera correspondente, bem como aparelhos gravadores e reprodutores de mesa usados para edição e copiagem das imagens gravadas com estas câmeras. Os formatos podem genericamente ser divididos em 2 famílias: Profissionais e amadores. Os formatos profissionais são usados para captação ou masterização de programas ou vídeos com fins comerciais, já os amadores são para captação doméstica ou para a duplicação e distribuição junto ao público final. Alguns formatos amadores podem ser usados para fins profissionais dependendo principalmente do tipo de equipamento usado na captação das imagens. Em ordem de qualidade de imagem: Fitas Profissionais: BETA DIGITAL, DVCPRO, BETACAM, DVCAM Discos Profissionais: XDCAM, Blue Ray e HDVD Fitas Amadoras: MINIDV, SUPER VHS, Hi8, VHS, Hi8 Digital, Video 8 Discos Amadores: DVD e MiniDVD. Apesar da qualidade apenas razoável o formato de fita VHS é o mais difundido no mundo e o que a cada dia vem sendo substituído pelo DVD. Mas é importante ressaltar que formato não a única diferença entre as fitas, dentro de um mesmo formato podem existir diferentes sistemas de TV que podem tornar fitas incompatíveis entre sí. O desenho nem sempre é um fim em si. O termo é muitas vezes usado para se referir ao projeto ou esboço para um outro fim. Nesse sentido o desenho pode significar a composição ou os elementos estruturais de uma obra. Na língua espanhola existe a distinção entre as palavras diseño (que se refere à disciplina conhecida como design nos países lusófonos, ou ao projeto, de uma forma geral) e dibujo (que se refere ao desenho propriamente dito). Estudos etimológicos de Luis Vidal Negreiros Gomes indicam que também no português existiam essas nuances de significado, com as palavras debuxo significava esboço ou desenho e que a palavra
desenho tinha o sentido de projeto. Com o tempo o debuxo deixou de ser usada e o desenho mudou o significado, mas preservou algumas dos sentidos de projeto. Atualmente a língua portuguesa incorporou a palavra design que comporta o sentido de desenho como projeto. A fotografia pode ser utilizada no processo de investigação do cotidiano de nossos estudantes, a fim de que mediante as imagens obtidas da escola, da família, da vizinhança, da cidade e das coisas que os cercam, eles sejam orientados, através de uma metodologia específica, para análise e estudo desses “momentos documentados” e suas correlações históricas, sociais, geográficas, étnicas e econômicas; na educação, a simples disponibilidade do aparato tecnológico não significa facilitar o processo ensino-aprendizagem. É preciso que o professor alie os recursos tecnológicos com os seus conhecimentos e estratégias de ensino, visando alcançar um objetivo: o conhecimento real da imagem fornecida através da fotografia.
primeira fotografia permanentedo mundo feita por Nicéphore Niépce, em 1825.
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COR
Definição da aparência da cor se dá por três características básicas: o matiz (tom), a intensidade (luminosidade) e o croma (saturação). O matiz é a característica que define e distingue uma cor, é o fator diferencial que se define em relação às outras cores. Por exemplo, o amarelo, verde, violeta, azul e etc. são tons ou matizes. A intensidade está diretamente ligada com o grau de clareza, ou seja, quantidade de luz na cor, o quanto ela se aproxima do preto ou do branco. Já o croma, representa a intensidade de cinza presente nas cores, varia entre uma cor intensa ou de máxima pureza, à um apagado ou acinzentado. Por exemplo, o vermelho mais saturado torna-se o magenta. As cores apresentam características de peso, distância e movimento que, combinadas à proporção e localização das formas, constroem uma informação complexa cuja totalidade provoca reações diversas no observador. A conquista de uma composição cromática agradável depende principalmente de dois sistemas de regras: o equilíbrio e a harmonia. O equilíbrio trata-se de uma necessidade natural da nossa 48
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percepção visual. Na composição equilibrada, todas as tensões dirigidas, todas as forças de atração e repulsão compensamse mutuamente e a totalização do padrão aponta para a pausa. Quando a composição cromática é desequilibrada, as cores circunstancialmente mais fracas são induzidas pelas mais fortes, e, pela necessidade de estabilidade criada pelo padrão, podem adquirir colorações ambíguas e prejudiciais à relação das cores com a estrutura localizada. C o m b i n a r cores, seguindo determinadas regras que as interrelacionam, de forma agradável, é o que podemos chamar de h a r m o n i a cromática. Uma construção harmoniosa está sempre em equilíbrio, embora uma composição equilibrada nem sempre siga as regras de harmonização. O resultado pretendido na harmonia é que todas as cores possam ser identificadas sem que o todo se desfaça. Existem vários exemplos para se ter harmonia, porém serão citados somente dois: as cores são organizadas por mesclas entre complementares, ou pela presença de um elemento em comum na escala das cores que participam da combinação.
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O DESIGN COMO ELEMENTO DO PRECESSO INDUSTRIAL Quando se fala em design industrial, podemos entender que é um processo de adaptação dos produtos de uso, fabricados industrialmente às necessidades físicas e psíquicas dos usuários ou grupos de usuários. A incorporação do design industrial é uma parte do programa estratégico de uma empresa. O Designer industrial tem a tarefa de fazer o desenvolvimento contínuo dos produtos, em especial nas empresas que sempre expandem e aprimoram a sua linha de produtos. Isto significa uma ampliação do programa de produção, que pode se efetuar segundo dois princípios distintos que se denominam, no linguajar econômico-industrial, de diversificação e diferenciação. Diversificação é aquela atividade da empresa pela qual ela amplia o programa de produção adicionando mais tipos de produtos, significa desenvolver novos produtos ligados ao programa de produção atual da empresa. Portanto, é uma expansão no sentido horizontal, com acréscimo de novos produtos. Tendo em vista a oferta da concorrência, esta diversificação pode assumir simultaneamente o caráter de uma diferenciação da oferta no mercado.
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A diferenciação do programa de produção significa para o designer industrial o desenvolvimento contínuo de produtos. Em muitas empresas essa tarefa ocupa a principal atenção do designer industrial. Com abundância de ofertas dos produtos de uso no mercado, a configuração de produtos se revela como meio efetivo e muito utilizado na diferenciação de produtos. O designer deve se orientar pelas necessidades do usuário e também pela oferta dos concorrentes da empresa. Assim, a configuração de produtos, além de atender às necessidades do usuário, tem a meta econômico-comercial de aumentar as vendas. A atividade da maioria dos designers industriais consiste em adaptar produtos obsoletos a condições atuais, já que em uma sociedade industrial tão desenvolvida é quase impossível lançar um produto totalmente novo. Quando o desenvolvimento de produtos progride tanto que os produtos de cada empresa quase não se distinguem uns dos outros por sua construção técnica e pelos materiais empregados, fica difícil o projeto e o design aumentar o valor útil dos produtos. Esta situação é propicia para empresas
pesquisarem intensivamente os hábitos de uso dos seus futuros usuários, com a finalidade de obter argumentos para o desenvolvimento continuado de produtos, com vistas à simplificação de uso e ao atendimento dos desejos de cada um. Um exemplo de indústria que investe pesado em design é a Coza, sua fabrica é localizada em Caxias do Sul, RS. Foi fundada em 1983, pelo empresário Rudy Luiz Zatti. A empresa já começou inovando: fabricou o primeiro saca-rolhas com mecanismos de extração de rolha, além de abridores de garrafas e kits para bar. Em 1987, com o falecimento de Zatti, sua esposa e sua filha mais velha assumiram a presidência. A partir disso Coza ganhou um toque mais feminino. Vieram os acessórios para casa e a busca pelo design diferenciado. O plástico – na época usado somente dentro das cozinhas e escondido nas áreas de serviço – recebeu um tratamento “fashion”. Os produtos de plástico, resistentes e leves, ganharam beleza e puderam finalmente ser exibidos. Junto ao plástico, o acrílico colorido, sucesso nas décadas anteriores, foi revitalizado e ajudou a firmar a marca como líder em
inovação e vendas no segmento, cabe destacar que uns dos principais diferenciais da marca é a grande gama de cores com que trabalham, assim como as formas simples e traços limpos. A coza é apaixonada por design, inova nas formas, nas cores e nos materiais, preparando sempre duas coleções por ano, com 30 produtos em média cada uma. A marca criou um novo conceito para acessórios plásticos, responsável por fazer com que, hoje, a louça de plástico seja consumida na mesma quantidade de pratos de porcelana e da mesma forma que copos de vidro.
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OBJET
DO
DE
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TIVOS
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DESIGN
E A INDÚSTRIA Quando se fala em design industrial, podemos entender que é um processo de adaptação dos produtos de uso, fabricados industrialmente às necessidades físicas e psíquicas dos usuários ou grupos de usuários. A incorporação do design industrial é uma parte do programa estratégico de uma empresa. O Designer industrial tem a tarefa de fazer o desenvolvimento contínuo dos produtos, em especial nas empresas que sempre expandem e aprimoram a sua linha de produtos. Isto significa uma ampliação do programa de produção, que pode se efetuar segundo dois princípios distintos que se denominam, no linguajar econômico-industrial, de diversificação e diferenciação. Diversificação é aquela atividade da empresa pela qual ela amplia o programa de produção adicionando mais tipos de produtos, significa desenvolver novos produtos ligados ao programa de produção atual da empresa. Portanto,
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é uma expansão no sentido horizontal, com acréscimo de novos produtos. Tendo em vista a oferta da concorrência, esta diversificação pode assumir simultaneamente o caráter de uma diferenciação da oferta no mercado. A diferenciação do programa de produção significa para o designer industrial o desenvolvimento contínuo de produtos. Em muitas empresas essa tarefa ocupa a principal atenção do designer industrial. Com abundância de ofertas dos produtos de uso no mercado, a configuração de produtos se revela como meio efetivo e muito utilizado na diferenciação de produtos. O designer deve se orientar pelas necessidades do usuário e também pela oferta dos concorrentes da empresa. Assim, a configuração de produtos, além de atender às necessidades do usuário, tem a meta econômico-comercial de aumentar as vendas. A atividade da maioria dos designers industriais consiste em adaptar produtos obsoletos a condições atuais, já que em uma sociedade industrial tão desenvolvida é quase impossível lançar um produto totalmente novo. Quando o desenvolvimento de produtos progride tanto que os produtos de cada empresa quase não se distinguem uns dos outros por sua construção técnica e pelos materiais empregados, fica difícil o projeto e o design aumentar o valor útil dos produtos. Esta situação é propicia para empresas pesquisarem intensivamente os hábitos de uso dos seus futuros usuários, com a
finalidade de obter argumentos para o desenvolvimento continuado de produtos, com vistas à simplificação de uso e ao atendimento dos desejos de cada um. Um exemplo de indústria que investe pesado em design é a Coza, sua fabrica é localizada em Caxias do Sul, RS. Foi fundada em 1983, pelo empresário Rudy Luiz Zatti. A
empresa j á começou inovando: fabricou o primeiro saca-rolhas com mecanismos de extração de rolha, além de abridores d e garrafas e kits para bar. Em 1987, com o falecimento de Zatti, sua esposa e sua filha mais velha assumiram a presidência. A partir disso Coza ganhou um toque mais feminino. Vieram os acessórios para casa e
a busca pelo design diferenciado. O plástico – na época usado somente dentro das cozinhas e escondido nas áreas de serviço – recebeu um tratamento “fashion”. Os produtos de plástico, resistentes e leves, ganharam beleza e puderam finalmente ser exibidos. Junto ao plástico, o acrílico colorido, sucesso nas
design, inova nas formas, nas cores e nos materiais, preparando sempre duas coleções por ano, com 30 produtos em média cada uma. A marca criou um novo conceito para acessórios plásticos, responsável por fazer com que, hoje, a louça de plástico seja consumida na mesma
quantidade de pratos de porcelana e da mesma décadas forma que copos de vidro. anteriores, foi revitalizado e ajudou a firmar a marca como líder em inovação e vendas no segmento, cabe destacar que uns dos principais diferenciais da marca é a grande gama de cores com que trabalham, assim como as formas simples e traços limpos. A coza é apaixonada por Design ESPM Junho de 2009
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Design e o Marketing O marketing atual não se contém mais nos 4 Ps (produto, preço, praça e promoção), pois ele se tornou algo intangível, complexo de se mensurar. Está dificil agradar consumidores cada vez mais ativos e vorazes por produtos que possuam uma “identidade” e que os complete. O designer (especialmente o gráfico) tomou conhecimentos do marketing, não com pretensão de usurpar o mercado da categoria, mas porque constatou que, em muitos conceitos do marketing, reside a nova função do designer: a de criar pensando no consumidor. Também está na mão dos designers o poder de avaliar as necessidades do cliente, analisar o que o seu público quer e, com base nestas informações, criar não apenas seguindo preceitos da estética da forma, mas através do tão conhecido valor de marca. É fato que o marketeiro (ou profissional de marketing) sabe analisar o mercado, sabe obter dados como ninguém, mas o problema reside exatamente neste ponto. Ele possui os dados, elabora as estratégias de marketing, mas não passa essas informações para o designer. Estratégias de marketing que envolvem a identidade da empresa como um todo, devem ou deveriam - envolver também o designer, pois este está ciente dos conceitos da empresa, do valor que a marca possui ou quer atingir, e apenas o designer - friso isso - possui conhecimentos estético-funcionais para opinar sobre o que pode ser feito ou não. Ou, no mínimo, deveria ter. Não é pretensão do designer querer compartilhar esses conhecimentos, é preocupação com uma série de valores que ele utilizou na hora de desenvolver o seu trabalho. Isso porque o design não se situa abaixo do marketing, fica ao lado, trabalha junto,
com o mesmo objetivo, partilhando prós e contras de suas ações. De nada adianta contratar um designer para fazer apenas a “logomarca” da empresa, vendo que uma marca criada pra hoje é custo e não trará retorno. Ao contrário de uma marca projetada para o amanhã, que se torna investimento e trará retorno. Além destes pontos de vista, todos os valores da marca são transmitidos diariamente através de sua identidade, embalagens e do próprio PDV incluo como PDV a internet também, mas de uma maneira distinta. O designer fica presente em todos esses projetos. Não cabe a ele apenas apresentar à gerência de marketing e esperar um positivo ou negativo, como se fosse César no Coliseu. Cabe a ele estar em contato direto com o profissional de marketing, pois este sabe o que será feito do futuro da empresa, e ambos podem, então, definir os passos seguintes do projeto. Em meio a tudo isso, vê-se o designer tentando administrar marcas como se cria um filho. Por isso ele estuda marketing, por isso faz MBA em branding, por isso as empresas estão começando a valorizá-lo. Encontre um designer que pense na sua empresa no futuro, que crie uma identidade e acompanhe seu crescimento de perto, e verás porque o design é o grande investimento das empresas mais inovadoras do mundo. São corporações que acreditaram e deram espaço ao designer. Falta agora seguir esse exemplo
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O Bom design “O bom designer deve ter muitas mais preocupações do que apenas a aparência final do produto. ”
Design tornou-se nos dias de hoje uma palavra gasta e bastante usada. Entendo design como projecto, planear a execução de um determinado produto, bem ou serviço. Logo, os erros de design têm a terrível tendência de se repercutirem no tempo e terem consequências extremamente importantes. Em termos industriais não me canso de repetir a importância que o bom design tem na resolução de problemas da fabricação e da vida útil do produto. Na fase de design e projecto, o projectista deve ter o cuidado de desenhar o seu produto da forma que seja o mais facilmente fabricável possível e têm de ter em linha de conta as utilizações finais do produto, o mercado a que se destina, as suas tolerâncias de utilização e outras características importantes. O bom designer deve ter muitas mais preocupações do que apenas a aparência final do produto. Sempre houve uma grande guerra entre aqueles que se preocupam apenas com o aspecto, descurando a funcionalidade, e os pobres desgraçados que têm de fazer a Engenharia do produto e têm de se preocupar em produzi-lo. Como tudo na vida, temos de obter um compromisso, entre o que é aceitável em termos de aparência e o que é possível de produzir. Obter esse compromisso é muitas vezes a maior dificuldade do designer. E temos de ter sempre em mente, que depois da roda produtiva estar a mover-se é muito difícil (e cara) de parar.
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Revista do Design da Escola Superior de Propaganda e Marketing 2009 / 01 Edição I
EDITORIAL Conselho editorial
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Diego Tellechea Pedro Fumegalli
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Editores de arte Diego Tellechea Pedro Fumegalli
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Diego Tellechea Pedro Fumegalli
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Revista do Design da Escola Superior de opaganda e Marketin 2009/01 Edição Design ESPM Junho de 2009