Doped Pixel Newspaper

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EXPEDIENTE Editor chefe Pedro Fumegalli

Editoracao Diego Tellechea Pedro fumegalli Alexandre Maia e Padua

Projeto grafico Alexandre Maia e Padua

Revisao Alexandre Maia e Padua

Colaboradores Mateus Conter, Marja Amim, Leticia Lopes, Tayane Monaco, Eduardo Ramon, Mary Jane, Drew Barrymore e Steve Jobs. agradecemos aos monitores joao fagonha e olswald de andrade dos laboratorios da espm que deixaram-nos a vontade para trabalhar e concluir o jornal doped pixel

Tipografias Tipografia Titulos: Pixelsix Tipografia subtitulos: Lucida sans

setembro - 2009


PP...

INTRO... A doped pixel e um projeto desenvolvido por alunos da espm rs, e tem como tema diferentes assuntos do cotidiano dos estudantes de adm, pp e design. DESIGN...................................................................................................02 Administracao ...............................................................................04 PUBLICIDADE.......................................................................................06

Des... Fiat se abre para os consumidores Montadora anunciou que projetará seu próximo carro, batizado de “Fiat Mio” em conjunto com os clientes. Surfando a onda do Open Source, que atrai os internautas mais antenados e amantes da coletividade, a Fiat anunciou que seu próximo carro conceito em conjunto com os consumidores. Batizada de “Fiat Mio”, a ideia consiste em convidar as pessoas a participar da criação do protótipo do terceiro Fiat Concept Car (FCC III) por meio de propostas para quesitos como segurança, design, materiais e infotaiment - que nada mais é do que integrar

inovações tecnológicas ao carro. Para participar, basta acessar o site fiatmio. com e se cadastrar. A primeira consiste na como especialistas de diferentes áreas enxergam o futuro do automóvel. Em seguida, acontecerá a elaboração de conceitos por meio da colaboração de internautas e equipes da Fiat. Na terceira etapa, a montadora fará a análise das contribuições e, por fim, os internautas ajudarão a formatar a comunicação do carro,

inclusive seu nome. “Esse é um projeto que nasce dentro do coração de uma indústria que é muito fechada. É algo inovador, que ainda mais a Fiat dos consumidores”, diz João Ciaco, direto. A AgênciaClick é a responsável pelo desenvolvimento da plataforma operacional e pela estratégia de comunicação digital. O conjunto com os consumidores será apresentado no Salão do Automóvel em outubro de 2010.

Universal Channel muda identidade grafica A partir de setembro, o Universal Channel renovará seu pacote gráfico. As mudanças acontecem no mês em que o canal comemora cinco anos de existência. As vinhetas gráficas terão nova identidade visual, com

elementos da paisagem urbana, trabalhada em 3D. O projeto foi desenvolvido pelo escritório novaiorquino de motion design NailGun, que é especializado no mercado de TV, é responsável pelo on-air look

de grandes emissoras americanas. Entre elas: ABC, CBS e Lifetime Television. Além disso, está sendo preparada uma ampla campanha de marca, criada pela agência Script, também veiculada em setembro.

Farinha Lactea Nestle muda identidade visual Depois de mais de 100 anos marcando presença na mesa dos brasileiros, a Farinha Láctea Nestlé terá uma nova identidade visual. Com a criação da B+G Designers, o novo

desenho pretende reforçar a tradição e autenticidade do produto e destacar a longa trajetória de existência da Farinha Láctea. Com novos ícones gráficos, o rótulo da

embalagem traz o conceito “A original desde 1867”. O novo design estampará a linha tradicional nas versões Cereal Integral

Onde as revistas estao fazendo receitas Embora a publicidade impressa esteja decaindo, algumas revistas estão encontrando novas oportunidades e diversificando o mix de receitas. Confira exemplos pesquisados por Advertising Age Adverng Age pesquisou cinco revistas cujo mix de receitas sugerem modelos que podem se tornar cada vez mais comuns no mercado. Elas estão enfrentando a tendência de queda nas receitas publicitárias mas, independente de seu tamanho, circulação, situação financeira e público-alvo, encontraram soluções para se adequar à realidade.

Mas já há outros espaços de receitas. A feira Maker Faire atraiu 78 mil pessoas em maio passado, 20% a mais do que em 2008, com um preço de US$ 25 por dia. E o EMEN´S HEALTH: commerce contibuiu com Publicidade na revista - 30% mais de um quarto das Circulação - 22% receitas. “Eu entendo o Livros - 21% modelo tradicional de Interancional - 20% crescer a audiência para Publicidade Digital - 4% aumentar o share de Assinatura Online - 2% dólares na categoria. Mas Outros - 1% não se trata mais disso. A revista tem uma ed- Não acho que qualquer revista deva ser lançada ição impressa com cirdessa maneira mais”, culação de 1,8 milhão afirma Reilly.

e tem a publicidade em suas páginas como THE ATLANTIC: a maior receita. Circulação - 45% “Mas temos a sorte de ter uma marca presente em todos os lugares”, diz Jack Essig, publisher da Men’s Health. Isso inclui livros, como o da série Eat This, Not That. A queda nas receitas publicitárias causou feridas, mas reflexões. “Se aprendemos algo foi de que temos um negócio real aqui. Durante a recessão, tivemos grande sucesso com os livros, que são muito lucrativos”, diz. A empresa apostou também em aplicativos para iPhone, pelo qual os usuários podem comprar conteúdos adicionais, e o site Men´s Health Personal Trainer, que exige assinatura MAKE:

Circulação - 33% E-commerce - 26% Publicidade Digital - 17% Maker Faire - 16% Livros - 5% Publicidade na revista - 3%

A revista Make, da O´Reilly Media, é timestral e atende o público do estilo “Faça você mesmo”. Seu sucesso está no preço, segundo Fran

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Reilly, consultor e publisher na Make Media. A edição impressa custa US$ 14,95 ou US$ 34,95 por um ano, e a circulação paga é de 125 mil. Planos para buscar publicidade em escala nacional, o que não era prioridade, devem começar no próximo ano.

Publicidade na revista - 31% Eventos - 14% Publicidade Digital - 10%

A revista não está lucrando, mas terá queda nos prejuízos, a melhor performance financeira na década, como afirma Justin Smith, presidente da Atlantic Consumer Media. A revista, que tem circulação paga de 450 mil exemplares, segue como produto principal. Mas muito da estratégia da The Atlantic, uma revista mensal que cobre uma gama que inclui política, esportes e finanças, significa diversificar suas receitas e atividades. O grupo mudou seu foco para eventos há dois anos, tornando-os pagos, ao invés de um valor extra para anunciantes que comprassem. E também está mudar um pouco o foco das receitas para o leitor, que oferece um bolo maior do que os anunciantesdades diversificadas, como a joint venture com o Aspen Institute para sediar o Aspen Ideas Festival ajuda a trazer anunciantes. “Anunciantes grandes buscam atingir seus públicos em diferentes mídias. Se você oferece essa capacidade, pode competir mais efetivamente”, diz Smith.

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COMPLEX:

Publicidade na revista - 40% Publicidade digital - 35% Circulação - 20% Marketing e programas customizados - 5%

A Complex tem uma importante receita digital, graças em parte a uma rede de sites parceiros, como Nice Kicks e Nah Right. “Estamos tentando dizer que somos a marca mais relevante para homens jovens e legais”, diz Rich Antoniello, CEO e Publisher da Complex Media. A publicidade na revista, cuja circulação paga é de 345 mil, caiu até 15% nesta ano, mas a publicidade digital está crescendo a dois dígitos. “Mais do que cobre as perdas no impresso”, Antoniello. FADER:

Publicidade na revista - 45% Publicidade digital - 30% Eventos e vídeos patrocinados - 20% Circulação - 5%

“O impresso teve uma queda importante, mas o online e a parte de eventos estão subindo”, afirma Andy Cohn, publichser da Fader Media. “O impresso segue como o irmão mais importante, mas os irmãozinhos estão crescendo em torno dele”, resume. Ele diz que o lucro será menor neste ano, mesmo com o crescimento dessas áreas e cortes de custos. “Não acho que a publicidade do impresso retornará aos níveis pré-recessão. A quantidade de oportunidades de marketing não-tradicional estão apenas decolando.


Des...

PP... YouTube nao mataraáa TV. A internet o fara

Abre realiza premiacao para as melhores embalagens

A afirmação é de Chad Hurley, cofundador do site de vídeos. Ele destacou o valor do conteúdo e da eficiência na distribuição digital

O evento é considerado o mais importante concurso nacional de embalagem, com reconhecimento mundial. As embalagens vencedoras são expostas nas principais feiras mundiais e podem concorrer ao WorldStar, prêmio realizado pela Organização Mundial de Embalagem.

Chad Hurley, cofundador do YouTube, não fez rodeios. Convidado do Digital Age 2.0, evento organizado pelo IDG em São Paulo, ele foi claro ao ser questionado se o site mataria a TV: “O YouTube não. A internet matará a TV”. Hurley explicou que, com a distribuição digital, o caminho é a personalização do que se quer assistir, seja no computador, seja no celular. Ele não imagina o futuro com as pessoas se sentando diante da TV para acompanhar o programa das 20h, por exemplo. Hurley ainda brincou com o assunto. Contou que, vez por outra, ele assiste à programação da TV, mas disse também que o aparelho fica como um ruído enquanto ele está na web. Ao falar sobre o futuro, Hurley afirmou que pretende oferecer melhores experiências aos usuários por meio de um streaming mais rápido e que planeja ampliar a plataforma de distribuição de conteúdo para que o serviço seja usufruído em qualquer aparelho, em qualquer formato e a qualquer

hora. “A experiência do usuário tem de ser mais consistente”, observou. Nesse sentido, o YouTube continua a investir em tecnologia. O site estuda maneiras de viabilizar uploads de vídeos mais longos do que o limite atual (dez minutos) e com maior qualidade. Hurley declarou que a empresa quer criar mais ferramentas que promovam maior integração entre os usuários. Isso tanto no que se refere a compartilhamento como também a mecanismos que ampliem a recomendação de vídeos a assistir. Também deseja ampliar seu catálogo. A cada minuto, “sobem” no site 20 horas de produções. A respeito da necessidade de gerar receitas para o Google (que comprou o site em 2006), o cofundador do YouTube assegurou que existe mais história da mídia do que real pressão. Questionado o que o CEO do Google costuma lhe perguntar sempre que se encontram, ele respondeu: “Eric Schmidt quer saber que vídeo deveria ver”. Novos mod-

elos de publicidade estão sendo discutidos. Segundo Hurley, é preciso diversificar as oportunidades e também encontrar melhores meios para direcionar a publicidade aos usuários. O YouTube confirmou que irá dividir receita de publicidade com os usuários responsáveis pelos vídeos mais populares do site (leia mais aqui). Ele deverá avisar por e-mail que o pagamento será feito, mas ainda não estão claros os requisitos mínimos para que um vídeo seja remunerado dentro desse conceito de popularidade. Isso seria uma medida também para estimular a criação de conteúdos mais atraentes.

A Associação Brasileira das Embalagens (Abre) revelou nesta quartafeira, 26, os vencedores da 9ª edição do Prêmio Abre de Design & Embalagem. As embalagens vencedoras podem concorrer ao WorldStar, prêmio realizado pela Organização Mundial de Embalagem. A avaliação é feita por uma comissão de profissionais especializados em diversas áreas do segmento. O Prêmio é realizado com o apoio da WPO Organização Mundial de Embalagem; Ulade - União Latino Americana de Embalagem;

PBD - Programa Brasileiro de Design do Ministério de Indústria; Desenvolvimento e Comércio Exterior e CSPD - Centro São Paulo Design. Ao todo são seis módulos com 37 sub-categorias de premiação. A Bunge Alimentos foi a escolhida como a empresa do ano. O Prêmio para personalidade ficou com Elio Cepolina, profissional que em 2009 completou 87 anos, sendo 70 de contribuição para o mercado de embalagens. Atualmente é membro do Conselho da Cia. Metalúrgica.

Entre as empresas vencedoras destaque para a Design Inverso, que ficou como a melhor em três categorias: embalagem para saúde e farmacêuticos, embalagem para produtos e miscelânea e embalagem para exportação. No módulo especial, a premiação para a categoria “Estudante” ficou com Cleiton Giacomozze da Silva, responsável pela “Caixa para Pizza 3 tamanhos em só modelo” e a categoria “Voto Popular” foi vencida pela Team Creatif para a embalagem do “Porta Club Social”.

Kellogg´s anuncia revisao global de conta Das atuais 30 agências, anunciante pretende trabalhar com no máximo cinco; maiores verbas estão com Leo Burnett e JWT

Amazon, Microsoft e Yahoo contra Google Os três gigantes do mercado digital lançam aliança para combater um alegado monopólio do sistema de registro de livros do Google, que, já digitalizou 1,5 milhão de livros A Amazon, Microsoft e o Yahoo estão formando uma coalizão chamada Open Book Alliance (Aliança para Livros Abertos) que visa combater o acordo feito entre o Google e as principais editoras dos Estados Unidos para a publicação de livros online. O esforço é liderado pela Internet Archive, entidade que há muito tempo critica a atitude do Google que, segun-

do as empresas, teria o monopólio do sistema de bibliotecas naquele país. O Google havia conseguido recentemente a um acordo com editoras que acusavam a empresa de violar direitos autorais, por utilizar sem anuência das mesmas os livros digitais. O Google criou, então, a Book Rights Registry. Pagou US$ 125 milhões por isso, de modo que essa

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entidade renumere as editoras e autores. A Microsoft e o Yahoo poderiam sofrer danos se a expansão do Google para livros digitais trouxesse ainda mais tráfego para sua página de busca. Até o momento, o Internet Archive já digitalizou 1,5 milhão de livros, que podem ser acessados gratuitamente pelas pessoas. Com informações da AP e IDG.

A Kellogg anunciou que irá reduzir a quantidade de agências com que trabalha de 30 para cinco, seguindo os passos de anunciantes como Anheuser-Busch, Bayer e Emirates Airlines. O esforço da empresa é conhecido internamente como Projeto Prata e é parte de um esforço global da área de logística para controlar custos e designar “fornecedores preferidos”, de acordo com fontes do Advertising Age. Uma porta-voz da empresa disse que “cos-

tumeiramente, a empresa tem discussões sobre todas as parcerias, buscando maximizar a efetividade das operações e esforços”. Ela ressaltou que tais discussões são confidenciais. As principais agências de Kellogg´s no mundo são Leo Burnett e JWT, mas não está claro o quanto essa concorrência, que começa em setembro, ameaçaria as duas. Mesmo que as agências afetadas sejam as que tem as verbas menores, o impacto em dólares será significante, já que a

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verba de Kellogg´s é a 29ª maior do mundo, cerca de US$ 1 bilhão, de acordo com ranking de anunciantes globais do Data Center de Advertising Age. O anunciante trabalha também com Euro RSCG, Starcom, River, Arc, Cole&Weber, Marketing Drive, Amazon Advertising, Lapiz e WonderGroup, somente nos Estados Unidos. No Brasil, o anunciante tem parceria com Leo Burnett.


ADM... Estudo aponta o que leva consumidor ao shopping Na hora de apontar os atributos mais importantes que levam o consumidor a escolher um shopping center, freqüentadores e gestores tiveram opiniões semelhantes. Os fatores considerados mais importantes foram limpeza e manutenção, segurança dentro do shopping e a qualidade dos serviços prestados. A conclusão é de uma pesquisa da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP) da USP, realizada pelo administrador Vitor Edson Marques Junior. Ao todo, o pesquisador entrevistou 672 alunos de graduação em administração, residentes em quatro cidades da região de Ribeirão Preto (interior de São Paulo). “O objetivo era identificar quais fatores motivacionais fazem com que as pessoas optem por um shopping center”, relata. “Foram testados 18 atributos que poderiam sensibilizar o consumidor neste processo de escolha”. Cada participante deveria dar uma nota de zero a 10 para cada um dos atributos, no shopping de sua preferência entre os três existentes na cidade de Ribeirão Preto. Em seguida, tinha de apontar os cinco fatores mais relevantes em sua escolha. “O

mesmo questionário também foi aplicado com os gestores dos shoppings avaliados pelos freqüentadores”, conta o administrador. “O atributo mais valorizado pelos freqüentadores de shoppings ouvidos na pesquisa foi limpeza e manutenção, com nota média variando entre 8,36 e 8,94. Logo depois, ficou a segurança dentro do shopping, com médias de 8,08 até 8,46”, diz Marques Junior. “Em terceiro lugar, foi apontada a qualidade dos serviços prestados, que variou entre 7,41 e 8,15”. Escolhas O estudo apontou que os três fatores mais relevantes envolvidos na escolha de um shopping center são os mesmos entre os gestores. “A única diferença é que os gestores consideraram a segurança como fator de maior importância, com a limpeza em segundo lugar”, aponta o administrador. Diferenças de opinião também foram descobertas no trabalho. “Para os gestores de shoppings, por exemplo, a presença de lojas de grifes famosas está entre os cinco atributos de escolha mais importantes, o que não acontece entre os freqüentadores”, afirma Marques Junior. “Por sua vez, um fator de grande importân-

cia para o público pesquisado, a existência de cinemas, não foi apontado na resposta dada pelos gestores como sendo um dos mais relevantes.” O pesquisador observa que as conclusões do trabalho não podem ser extrapoladas para todo o público que vai a shopping centers, pois o levantamento abrangeu um grupo restrito. “A principal contribuição deste trabalho foi testar e validar uma metodologia de estudo que poderá ser adotada em avaliações futuras com públicos mais amplos”, conclui. De acordo com dados reunidos durante a elaboração da pesquisa, o setor de shopping centers foi responsável, em 2007, por 18% do total de vendas do setor varejista do Brasil. No ano passado, os 367 shoppings existentes no País empregavam mais de 600 mil pessoas, seja de modo direto ou indireto. “Os números demonstram que esta é uma modalidade importante no contexto econômico brasileiro”, conclui Marques Júnior. O estudo faz parte da dissertação de mestrado do administrador, orientada pelo professor Edgard Monforte Merlo, da FEARP. (Agência USP de Notícias)

Divida liquida do setor publico teve em julho se pior resultado desde outubro de 2007 A dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,283 trilhão em julho deste ano, segundo informou o Banco Central. O valor corresponde a 44,1% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país). Esse é o pior resultado desde outubro de 2007, quando foram registrados 44,2%. Em relação a junho, houve uma elevação

de 0,8 ponto percentual nesse indicador. O aumento ocorreu por conta do impacto do menor resultado primário (receitas menos despesas, excluídos gastos com juros da dívida) e da valorização cambial. Neste mês, a expectativa é que o percentual tenha um leve aumento, passando para 44,2%. O chefe do Departamento Econômico do Banco Central,

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Altamir Lopes, ressaltou que esse aumento da dívida no Brasil é menor do que o que se observa em outras economias de igual porte ou até mesmo mais desenvolvidas.

ADM... Pela segunda vez consecutiva, melhora projecao do desempenho da economia em 2010 no mundo Analistas de mercado melhoraram mais uma vez a expectativa para o desempenho da economia em 2010. A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 3,80% para 4%. A informação consta do boletim Focus, publicação semanal do Banco Central, elaborada com base em estimativas de analistas de mercado para os principais indicadores da economia. Essa foi a segunda vez seguida que a projeção é reajustada para cima. Para este ano, a projeção de queda do PIB melhorou de 0,34% para 0,30%. Para a produção industrial em 2010, a estimativa de cresci-

mento passou de 5% para 5,05%. Para este, a projeção de retração foi ajustada de 7,18% para 7,05%. Os analistas também alteraram a projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB neste ano de 42% para 42,25%. Para 2010, a projeção foi ajustada de 40,15% para 40,95%. O dólar deve valer R$ 1,85 ao final de 2009 e de 2010, a mesma estimativa do boletim anterior. A projeção para o superavit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) neste ano foi alterada de US$ 23 bilhões para 23,7 bilhões. Em 2010, a expectativa foi mantida em US$ 18 bilhões. Para o deficit em

transações correntes (registro das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), os analistas ajustaram a estimativa de US$ 15 bilhões para US$ 14,550 bilhões. Em 2010, a expectativa é que esse resultado negativo seja de US$ 22 bilhões, a mesma da semana passada. A estimativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 25 bilhões neste ano e em US$ 30, em 2010

Mercado reduz para 4,32% projecao da inflacao oficial este ano A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 4,37% para 4,32% neste ano, segundo o boletim Focus, publicação semanal do Banco Central, elaborada com base em estimativas de analistas de mercado para os principais indicadores da economia. Para 2010, a expectativa permanece em 4,30%. O IPCA é o índice escolhido pelo governo para a meta de inflação, que tem como centro 4,5% e margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. A meta é válida para este ano e 2010. O BC usa a taxa básica de juros, a Selic, para controlar a inflação e assim

perseguir a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Em 2009, a Selic teve queda de 5 pontos percentuais e atualmente está em 8,75% ao ano. Os analistas não esperam mais cortes nos juros básicos neste ano. Em 2010, no entanto, a expectativa é que a Selic suba e encerre o período em 9,25% ao ano. A projeção para o Índice de Preço ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) neste ano foi ajustada de 4,11% para 4,12%. Os analistas de mercado esperam maior deflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade In-

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terna (IGP-DI) e pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) neste ano. As estimativas de queda desses dois índices passaram de 0,31% para 0,57% e de 0,63% para 0,73%, respectivamente. Em 2010, a expectativa é de alta de 4,5% para o IPC-Fipe, IGP-DI e IGP-M. A projeção para os preços administrados caiu de 4,25% para 4,20% em 2009 e permaneceu em 3,5% em 2010. Os preços administrados referem-se aos valores cobrados por serviços monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo, entre outros).


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