Existe uma dimensão muito importante do trânsito por diversas vezes ignorada nos cursos de formação e nas campanhas publicitárias: o bom senso. Elemento essencial para a boa convivência, quando falta, contribui para um trânsito mais lento, agressivo e carregado de tensão. Bom senso é aquela capacidade média que toda pessoa deveria possuir de adequar regras e costumes a determinadas realidades, agindo com razoabilidade, sabedoria e sensatez. No trânsito, é a base da construção de uma cultura cidadã, o complemento natural da obediência à Lei, que torna a convivência urbana mais civilizada e saudável, a partir do respeito mútuo e da civilidade. Nesta cartilha, fornecemos uma série de dicas úteis para tornar sua mobilidade diária mais agradável, transformando o trânsito da cidade por meio da mudança no comportamento individual de cada cidadão.
Se você não tem 60 anos de idade ou mais e não possui em seu veículo a credencial de idosos e deficientes, essas vagas não podem ser utilizadas por você, nem por um minuto. Para compreender como um minuto pode fazer toda a diferença, procure analisar a situação da ótica do outro: como você se sentiria se aquela vaga, reservada exclusivamente para você, fosse ocupada por outro quando você mais precisou dela?
ENQUANTO MOTORISTA: UMA EQUAÇÃO EM FUNÇÃO DO RESPEITO Andar na calçada sem precisar desviar de carros tem de ser uma constante. O desvio pode significar, muitas vezes, ir para a rua. Um cálculo mal feito pelo pedestre ou por um motorista que passava no local pode colocar vidas em risco. No caso de carrinhos de bebê, idosos, cadeirantes, para não citar outros, se não há o risco à vida naquele momento, ao menos existe um grande inconveniente. Basta que a calçada seja desnivelada com relação à rua. Como dá pra ver, são várias as variáveis que ocupam as calçadas de nossa cidade. Carro estacionado não pode fazer parte dessa conta. Respeite.
ENQUANTO PEDESTRE Denuncie sempre que possível e exija do fiscal de trânsito que o carro seja multado.
Evite atrasos. Para tanto, planeje-se de modo a sair cedo de casa. Contabilize o tempo gasto em tarefas como banho e café-da-manhã, por exemplo, e ganhe preciosos minutos;
Estude rotas alternativas, principalmente em horários de pico. Trafegar por vias principais só aumentam as chances de se deparar com situações de estresse;
Escolha uma trilha sonora calma e relaxante e, por motivos de segurança, sempre a deixe tocar em volume mais baixo que o barulho da rua.
Evite situações que podem ocasionar estresse, como avançar um sinal vermelho, buzinar em excesso, ouvir som demasiadamente alto, invadir a faixa de pedestres, fechadas em outros motoristas, furar fila pela faixa de estacionamento, entre outros. Você pode vir a se deparar com um motorista mais apressado e estressado que você e o resultado pode ser perigoso para ambos.
Não há um dia em que não se escute uma buzina, mesmo quando não é pra gente. Buzinar já se tornou hábito, especialmente nas grandes cidades. Mas exagerar, principalmente sem motivo, é infração, dá multa e incomoda bastante. O artigo 41 do CTB define o uso da buzina. O condutor de veículo só poderá utilizá-la, desde que em toque breve, nas seguintes situações:
. Para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes; . Fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo; . Em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos; . Prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto; . Entre as vinte e duas e as seis horas; . Em locais e horários proibidos pela sinalização; . Em desacordo com os padrões e frequências estabelecidas pelo CONTRAN; Levar essas regras a sério é fundamental para diminuir a incidência de poluição sonora ocasionada pelo trânsito e, consequentemente, o nível de estresse da cidade. Faça sua parte.
A função da seta é simples e clara: indicar aos demais participantes do trânsito (tanto veículos quanto pedestres) a direção que se deseja tomar, seja numa convergência uma numa mudança de faixa. No trânsito a comunicação efetiva é primordial para que acidentes sejam evitados. Portanto não economize no uso da seta.
Não se engane. Parar em local proibido, mesmo que você fique dentro do veículo, com o motor ligado, apenas para esperar alguém, inclusive com o pisca-alerta ligado é, sim, estacionar em local proibido e, portanto, passível de multa. Isto porque o CTB, além do bom senso, entendem que “parada é a imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou desembarque de passageiros”.
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