Portfólio Arquitetura e Urbanismo

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29 anos Londrina, PR (43) 98846-7588 pslopes90@gmail.com

FORMAÇÃO 2010 - 2017

Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). 2013 - 2015

Graduação sanduíche (Programa Ciência sem Fronteiras) no curso de Arquitetura e Urbanismo na Technische Universität Dortmund (TUD) - Alemanha.

PEDRO SIQUEIRA LOPES A R Q U I T E T O E U R B A N I S TA

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL 03/2017 - atualmente

Quatro Fatorial Arquitetura e Urbanismo - Londrina, PR. Já me perguntei diversas vezes: o que é arquitetura? Para que serve? Li dezenas de definições dadas por arquitetos, jornalistas e entusiastas e todas me pareceram igualmente belas e incompletas. Para mim essas perguntas são essenciais, pois, buscando suas respostas encontrei pistas do arquiteto que quero me tornar. Tarefas interdisciplinares me encantam. Há algo mais divertido que tentar unir criatividade e técnica, preocupando-se com contextos históricos, geográficos e sociais? (...) Provavelmente sim. Mas identificar problemas, refletir condicionantes e propor uma sintética solução física que os abrace, me fascina. Em diversas, escalas. Em todas. Há alguns anos me juntei a um grupo extraordinário de pessoas que compartilham essa mesma paixão. E com o tempo e prática desenvolvemos nossas próprias respostas e descobrimos nossos próprios caminhos. Para que serve? Pergunte a quem serve. As condicionantes particulares são vitais, sejam movidas por desejo ou necessidade e um projeto bem feito deve proporcionar atmosferas que preencham lacunas práticas e emocionais dos usuários. Sinto que meu desejo de ampliar conhecimentos escancarou a necessidade de viver novas experiências e procurar novas lacunas. Novos voos. Maiores. Por este motivo me apresento à sua empresa. Procuro um novo começo, para não mais apenas completar minhas respostas, mas para encontrar novas perguntas!

Arquiteto responsável por desenvolver as etapas de projeto (preliminar, legal e executivo); gerenciar e executar as obras; organizar o desenvolvimento financeiro e funcional do escritório; coordenar as estratégias de marketing digital da empresa e, adicionalmente, montar e instalar os mobiliários urbanos projetados.

ESTÁGIOS 08/2015 - 02/2017

MEP Arquitetura e Planejamento - Londrina, PR. 04/2015 - 07/2015

NDT.design - São José do Rio Preto, SP. 04/2013 - 07/2013

Terinn Arquitetura e Mobiliário - Londrina, PR. ACADÊMICA 02/2012 - 03/2013

Laboratório de Conforto Ambiental - UEL. Bolsista responsável por coordenar as atividades do LACO, projeto de ensino do Centro de Tecnologia e Urbanismo.

CONQUISTAS 2º colocado no concurso Artigo Revista Viès Arquitetônico. Título do artigo: O muro, o lúdico e seus elementos de transição.

HABILIDADES Alemão Espanhol

AutoCAD

Illustrator

Lumion

InDesign

Inglês

Revit

Office

SketchUp

Photoshop V-Ray


Í N D I C E

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P R OJ E TO M AYA

CO N C U R S O C U M B E

C A F É CO M P R O P Ó S I TO

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U R BA N H AU S

CO N C U R S O W E E FO R A R Q

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PROBLEMÁTICA O primeiro desejo de se projetar um equipamento público destinado ao lazer, esporte e cultura veio da carência de locais com tais programas dentro da cidade de Londrina. Projetos com tais temas tendem a colaborar imensamente com o desenvolvimento social e humano da comunidade que o utiliza, por conta da influência que a arte tem sobre a consciência do homem e pela capacidade formadora que o esporte proporciona, além da necessidade do ócio em uma sociedade tão dinâmica quanto a contemporânea. Observou-se então uma falha na concepção de espaço público em nossa cidade. A individualidade e competição são elementos chaves na formação de um sistema de consumo como o capitalista. O grande problema é que ao favorecer interesses individuais meritocráticos, acaba-se esquecendo dos coletivos, que deveriam ser norteadores das decisões políticas que modificam os espaços urbanos. Sem possibilidade, e vontade, de fazer trocas, fator que iniciou a formação da ideia de cidade em primeiro lugar, acabasse interiorizando todos os equipamentos que deveriam ser responsabilidade do Estado provir. A aparente necessidade de se fechar dentro de condomínios autosuficentes, tem se disseminado pelo país e esse fenômeno mostra cada vez mais que, em busca de segurança e conforto, uma parte considerável da população está disposta a abrir mão de parte de sua liberdade e de seu convívio com o que seria a essência de qualquer cidade, a imprevisibilidade do coletivo. Sendo assim, a intenção neste trabalho é oferecer uma alternativa coletiva que está sempre em busca de conhecer e experimentar visões de mundo diferentes, questionando assim todos os conceitos pré-definidos em nossa sociedade, como a própria razão da desigualdade social.

SÍNTESE O muro aparece historicamente como consequência da necessidade de privatizar um espaço. Desde de então ele tem tomado várias facetas e significados dentro do contexto urbano. A crítica feita nesse trabalho é que, nos últimos anos, em favor da interdependência das tribos urbanas, o muro vem sido utilizado apenas de uma forma e intenção, para segregar. Essa dualidade crescente fica evidente quando se anda por bairros mais carentes e observa-se como a rua e os espaços públicos são “apropriados” pela população, sendo sentados na rua, jogando bola no terreno vazio ou empinando pipa com os amigos, dando uma sensação de vida para a cidade antes fria e estática. Em contraposição a vida “urbana” de dentro do condomínio, passa a ser extremamente controlada e segura, mas sem a possibilidade ou capacidade de ocupar e utilizar da cidade como ela deveria ser. Analisando tudo isso, a intenção deste trabalho não é negar a essência limitadora do muro, mas apenas questionar a forma que esse limite é tratado quando relacionado com o espaço público. É se utilizar de uma barreira física para derrubar barreiras invisíveis, reinterpretando seus usos e características.

INSTRUMENTO Mas de que maneira é possível questionar essa realidade já enraizada em nossa cultura atualmente? A intenção arquitetônica aqui procura revelar ao usuário as características em essência de onde ele vive. Tomar cuidado no questionamento deste poder. Não desplugar este de sua virtualidade real. Mas apenas oferecer caminhos que não necessariamente aceitem certezas absolutas. Ou seja, brincar com a imaginação e possibilidade dos espaços e com a característica lúdica de seus elementos. Chegou-se então à outra palavra chave no processo: o lúdico. Seria através dele que se brincaria não apenas com a ideia de muro segregador, mas a alienação social causada por ele. Todos os autores analisados no embasamento teórico enfatizam a importância do ambiente lúdico não apenas na formação da criança, mas também na saúde emocional do individuo quando adulto. O prazer contribuiria para o amadurecimento pessoal e desenvolvimento da criatividade, e só a partir daí poderíamos atingir a chamada plenitude humana. O lúdico teria a função de harmonizar aspectos por si mesmos dissociados da natureza humana, tendo ambos, como campo de ação, uma zona intermediária que possibilite essa harmonização entre o dentro e o fora, entre a realidade interna e o real compartilhado.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA A R Q U I T E T U R A

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G R A D U A N D O : P E D R O S I Q U E I R A L O P E S O R I E N T A D O R : P r o f . D r . R o v e n i r B e r t o l a D u a r t e COORDENADORES: Prof. Dr. Pedro A. Palma e Prof. Me. Fausto C. de Lima

PRANCHA RÍGIDA


PROBLEMÁTICA

INSTRUMENTO

SÍNTESE

” “

"Uma cidade nasce do desejo dos homens estarem juntos". (Paulo Mendes da Rocha)

JD. MARACANÃ JD. COLUMBIA

CONJ. HAB. JOÃO TURQUINO

TERRENO VECTRA

PQ. UNIVERSIDADE

ZEIS 3 GOLDEN HILL

ROYAL FOREST 2

ROYAL FOREST 1 ROYAL MAISON

ROYAL PARK

ACÁCIA IMPERIAL

ROYAL TENNIS

Planta de Localização Esc.: 1:12000

Implantação e Cobertura Esc.: 1:1000

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA A R Q U I T E T U R A

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RODOVIÁRIA

CENTRO UEL IGAPÓ

AEROPORTO “

MAPA LONDRINA

PERSPECTIVA EXTERNA

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PERSPECTIVA EXTERNA

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Corte AA'

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DESNÍVEL TERRENO Esc.: 1:300

QUADRO DE ÁREAS AMBIENTE

ÁREA

RAMPAS

ESCADARIAS

LEGENDA PLANTA DE NÍVEIS TALUDES

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Planta Centro de Lazer

Planta de Níveis

Esc.: 1:500

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RELEVO

PERSPECTIVA INTERNA

PERSPECTIVA EXTERNA

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Planta AUDITÓRIO Esc.: 1:100

Corte AA' AUDITÓRIO Esc.: 1:100

AUDITÓRIO

PERSPECTIVA AUDITÓRIO

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Corte AA' SALA DE ENSAIO Esc.: 1:100

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SALA DE ENSAIO Esc.: 1:100

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Planta

Planta

BIBLIOTECA TÉRREO Esc.: 1:125

BIBLIOTECA MEZANINO Esc.: 1:125

BIBLIOTECA

Corte AA' BIBLIOTECA Esc.: 1:125

ública e particular.

PERSPECTIVA BIBLIOTECA

SALAS DE ENSAIO

PERSPECTIVA SALA DE ENSAIO

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G R A D U A N D O : P E D R O S I Q U E I R A L O P E S O R I E N T A D O R : P r o f . D r . R o v e n i r B e r t o l a D u a r t e COORDENADORES: Prof . Dr. Pedro A. Palma e Prof. Me. Fausto C. de Lima

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Corte AA'

QUADRA POLIESPORTIVA TÉRREO Esc.: 1:200

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Corte BB'

QUADRA POLIESPORTIVA TÉRREO Esc.: 1:200

Planta

QUADRA POLIESPORTIVA TÉRREO Esc.: 1:200

PERSPECTIVA INTERNA QUADRA

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BIBLIOTECA

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QUADRA POLIESPORTIVA MEZANINO Esc.: 1:200

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REFEITÓRIO, MARQUISE E SALA DE ATELIÊ

PERSPECTIVA SALA DE ATELIÊ

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Planta

REFEITÓRIO, MARQUISE E SALA DE ATELIÊ Esc.: 1:200

PERSPECTIVA MARQUISE E MIRANTE

CORTE AA'

REFEITÓRIO, MARQUISE E SALA DE ATELIÊ Esc.: 1:200

CORTE BB'

REFEITÓRIO, MARQUISE E SALA DE ATELIÊ Esc.: 1:200

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CASA BLACKBIRD PRINCIPAL B'

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Planta Baixa - Pav. Térreo

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Esc.: 1:50

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Planta Baixa - Pav. Superior Esc.: 1:50

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Planta de Cobertura Esc.: 1:100

Corte AA' Esc.: 1:50

Corte BB' Esc.: 1:50

CASA PRINCIPAL

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CHALÉ

Esse projeto, feito em parceria com a arquiteta Nara Bernardi, visa atender um casal e o programa abrange suas necessidades e atividades. Inicialmente pensou-se em dividir esse programa em dois setores (casa principal e chalé). No volume da casa principal concentram-se os ambientes fundamentais para uso diário. A área reduzida pedida pelos clientes foi pensada de forma que os espaços atuassem de forma funcional, mas ainda proporcionando conforto aos seus usuários. O elemento de grande destaque no projeto é a estrutura metálica escura que se apoia no terreno e projeta a casa sobre ele, enaltecendo algumas aberturas e vistas. Sua capacidade estética permite dar uma maior leveza ao volume e mantém uma linguagem industrial, que interage com o ambiente bucólico. O intuito do projeto é não modificar de maneira agressiva o perfil natural do terreno, portanto foram feitos níveis que se acomodam à estrutura metálica e permitem maior liberdade à inclinação e vegetação existente. Os dois volumes do chalé foram pensados para funcionar como residência provisória enquanto a construção da casa principal estaria em andamento e atuaria como casa de visitas e apoio para quando todas as edificações estiverem finalizadas. Os blocos mantém a linguagem estética da casa principal, tanto na forma quanto na utilização dos materiais. Sua implantação está em uma área de mata mais densa, o que permite uma edificio com menos incidência solar, sendo mais arejado e fresco.


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CASA BLACKBIRD CHALÉ


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MAYA - CENOGRAFIA

“É Maya, é o véu da ilusão, que, ao cobrir os olhos dos mortais, lhes faz ver um mundo que não se pode dizer se existe ou não existe, um mundo que se assemelha ao sonho, à radiação do sol sobre a areia, onde, de longe, o viajante crê aperceber uma toalha de água, ou ainda a uma corda atirada por terra, que ele toma por uma serpente.” (Schopenhauer citando trechos dos Vedas e dos Puranas)

M A Y A é uma produção audiovisual onde atores/músicos interagem com desenhos animados. Estes recursos de múltiplas possibilidades serão utilizados para o objetivo maior, que é provocar no público sensações, reflexões e percepções sobre as histórias contadas na obra. Tem –se no início a apresentação de todos os personagens, criaturas de desenho animado que rompem a terra árida e ganham vida para contar as suas histórias, sobre seus íntimos temas como o amor, a inocência, a maldade, a promiscuidade, a falência social, o heroísmo, a busca pela auto afirmação, a esperança, saudade, e novamente o amor. Durante todo o espetáculo, haverá uma narrativa sutil, em que os personagens têm relações entre si, para que no fim a inegável ideia de que estamos todos conectados neste mundo seja evidenciada.


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CAFÉ COM PROPÓSITO

Planta Baixa Esc.: 1:100

Projeto de reforma para a ampliação de um café vegano, localizado na cidade de Londrina, PR. Com a proposta de ser 100% vegano, o café zela por uma experiência que envolva os clientes numa atmosfera de respeito e contemplação com a natureza sem deixar de lado a descontração e o caráter lúdico. Com essas premissas, nesse projeto optamos por soluções simples e verdadeiras, mantendo as características da edificação fosse nas paredes descascadas ou na estrutura aparente nas paredes demolidas para atender as necessidades do programa. A caracterização dos ambientes se deu pelo mobiliário disposto no salão criando nichos, com o auxilio da iluminação. Opções de mesas individuais, coletivas, bancos, sofás e rede permite que cada visita seja uma experiência diferente, convidando os clientes para voltar. Grande parte do mobiliário foi projetado especialmente para o local e utilizado a madeira da demolição de uma antiga casinha aos fundos do terreno.


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LAS CA STUDIO

Procurou-se seguir a linguagem divertida, delicada e de extremo bom gosto que os próprios cliente produzem diariamente em seu escritório. O projeto traz um estilo simples e “clean” por seus elementos claros, além de ter uma característica também moderna, evidenciada pelo mobiliário escolhido, móveis planejados e cores fortes em locais pontuais.

Planta Baixa Esc.: 1:100


U R B A N

H A U S

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URBAN HAUS

Em nossos processos de desenvolvimento de projeto, sempre começando traçando diretrizes gerais que nos levam ao produto final. Algumas das principais que direcionaram as tomadas de decisões para a elaboração do projeto da Urban Haus em parceria com o White Casas foram a integração dos espaços sociais; a privacidade para os moradores sem perder a permeabilidade visual com a rua e o conforto térmico, acústico e de iluminação natural da residência. Ao entrar na casa as áreas sociais são totalmente integradas visualmente, sendo delimitadas por mobiliários. As grandes portas e janelas proporcionam ventilação cruzada, melhorando a qualidade do ar e regulando a temperatura do interior. Estas soluções reduzem os gastos com iluminação e climatização artificiais. Na sala de estar, uma floreira logo atrás da janela funciona como um pequeno jardim de inverno delimitado por elementos vazadoa, trazendo vegetação para o interior da casa e dando a sensação de máxima integração com os jardins, além de favorecer a ventilação natural e manter uma relação visual com a rua sem perder privacidade do morador.


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A residência aqui projetada foi pensada inicialmente levando em conta o conceito que a própria proprietária possui sobre lar, especificamente em seu momento de vida atual e prevendo suas condicionantes no futuro. Sendo assim, os desenhos levaram em conta uma sensação de calma e paz natural. Depois de passar boa parte da vida dedicada ao trabalho, ouvindo e confortando outras mentes, chega um momento de se recolher e cuidar da própria, sem negar ou excluir a cidade e as pessoas que a compõem, mas convidá-los a participar dessa nova etapa de sua vida. O projeto nasce do desejo de um espaço para refletir, mas também celebrar. O terreno possibilita outra série de devaneios criativos e inspirações arquitetônicas, devido a sua localização geográfica, em um condomínio de chácaras, rodeado por uma resistente e rara vegetação nativa. Sendo assim, alinhados com a finalidade estética desejada, coube-nos apenas juntar ideia e forma para que os primeiros esboços fossem traçados. A planta privilegia eixos pré-definidos que valorizam as vistas, separam os usos e criam espaços de transição. O vazio transmite a sensação de serenidade e equilíbrio buscada. Esses vazios transicionais são de vital importância para a materialização do conceito e por isso foram projetados ao mesmo tempo que os espaços “cheios”. A linearidade é outro elemento importante no projeto e o sistema construtivo adotado é consequência desse desejo formal. Uma grande laje de concreto armado e impermeabilizado (o que elimina a necessidade de telhas, deixando o volume baixo e linear), apoiado em pilares recuados que dão leveza a estrutura e flexibilidade aos fechamentos, que poderão ser feitos em materiais secos. Esse sistema construtivo misto também é positivo do ponto de vista de economizar desperdícios de materiais e tempo de obra. A implantação se divide basicamente em quatro volumes e usos: trabalho, lazer, social e íntimo. Tais usos foram adaptados. Um oratório se localiza próximo ao escritório, assim como toda área de serviço faz a transição entre social e lazer, conseguindo assim “esconder” espaços como depósito e lavanderia. Os corredores também são elementos chave, pois além de cumprirem sua função de conectar os ambientes, potencializa a impressão de linearidade, além de direcionarem nossa visão e locomoção. Os ambientes não possuem limites grandes e visíveis, possibilitando áreas integradas com poucos recortes. A transparência proporcionada pelos planos de vidro permitem uma troca intensa entre os espaços internos e externos, com jardins adentrando a residência e brincando com os limites da própria. O estilo estético adotado lembra espaços industriais, com a utilização de materiais como aço, vidro e variantes do cimento (placa cimentícia, cimento queimado, concreto aparente, etc). Para valorizar suas texturas e o jogo de luz e sombra proporcionado pela iluminação natural, valorizando uma calmaria interior quase que dramática, procurou-se não carregar os espaços com excesso de informação, deixando a própria estrutura como revestimento. As passagens e circulações são generosas, assim como os banheiros, prevendo a utilização de seus espaços por idosos ou cadeirantes, facilitando seus acessos e utilizações. As fachadas também foram cuidadosamente pensadas. A de entrada é fechada para rua, proporcionando privacidade aos usuários. Para não ficar monótona utilizamos diversos materiais, testamos uma cor mais quente e forte, brincamos com iluminação natural e artificial, além de abusar da linearidade em vários aspectos. Já a fachada dos fundos contrasta completamente, utilizando vidro em quase sua totalidade, o que possibilita leveza e transparência, favorecendo a vista e a impressão que a laje pousa quase flutuando sobre uma estrutura esbelta.

Código Nome

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Planta Baixa


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PA R K L E T

O QUE É? Que tal uma mini-praça em Londrina? O conceito de Parklets foi criado em São Francisco, nos Estados Unidos, o nome é um jogo de palavras que faz referência a estacionamento (parking em inglês) e à parque ou praça (park). É, essencialmente, uma mini praça instalada sobre o espaço de estacionamento dos automóveis na via pública. Parklets são estruturas construídas para ocupar até duas vagas de veículos e criar espaços de convívio. Eles podem ter diferentes configurações (com bancos, mesas, jardineiras, bicicletário e lixeiras) e seus elementos podem ser feitos em diversos materiais (madeira, aço, alumínio, concreto ou plástico). Um espaço que passa a maior parte do dia ocupado por um veículo estacionado. Este mesmo poderia ser utilizado por um grande número de pessoas ao longo deste período. Enquanto duas vagas de estacionamento na rua são utilizadas por aproximadamente 40 carros por dia, um parklet atende 300 pessoas, além de elevar a qualidade da paisagem urbana e do espaço público, estimular a caminhabilidade e o uso de bicicletas para os pequenos deslocamentos diários e oferecer suporte ao convívio e ao uso dos serviços de bairro. Mais que um banco, menos que uma praça, o parklet um espaço público que pode funcionar como extensão de restaurantes, bares, cafés e até mesmo condomínios comerciais e residenciais.

POR QUÊ? FUTURO - Visualizar a nova dinâmica das cidades - Construir seus ideais - Começar um movimento SOCIEDADE - Fazer o bem para os outros - Se engajar com a comunidade - Desenvolver parcerias público privado ECONOMIA - Expandir suas atividades - Elevar receitas mensais - Aumentar visibilidade

O PARKLET! construído para ficar exposto em frente à Mostra de Arquitetura e Interiores de Londrina e que será destinado para um café no centro da cidade é de madeira Ipê e foi impermeabilizado com verniz marítimo para dar durabilidade. Com bancos, mesa, jardineiras, lixeiras e bicicletário, foi projetado para ser versátil e funcionar tanto como apoio ao espaço público, quanto extensão de espaços privados. Toda madeira é fornecida pela VB Timber, uma empresa especializada em assoalhos, decks e forros oriundos de projeto de manejo florestal sustentável. O mobiliário foi dividido em módulos e todas as peças foram pré fabricadas para facilitar o transporte até o local de instalação. Os elementos do PARKLET! foram projetados para criar um espaço aconchegante, com vegetação e iluminação em fita de led, que traz leveza para encontro do mobiliário com o piso. Bastante utilizado nas grandes cidades, o PARKLET! revela a tendência contemporânea em criar espaços urbanos de integração e ocupação. Lugares que as pessoas possam estar, descansar e se encontrar.



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