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Meio Ambiente
Produção sustentável
Governo brasileiro defende Como criar uma unidade de desenvolvimento sustentável da conservação? Ministério lançou roteiro para incentivar a criação de pesca e aquicultura Unidades de Conservação em todos os municípios que um representante da América Latina comandará a entidade internacional. As prioridades, resultados, orçamento e atuação da FAO também farão parte dos debates. A publicação da estatística da pesca e aquicultura mundial, com dados e perspectivas do setor, será apresentada na abertura do evento, que acontece a cada dois anos.
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overnos de mais de 190 países e o setor produtivo da pesca mundial estarão atentos, de 31 a 4 de fevereiro, ao calendário de mais um encontro do Comitê da Pesca da FAO, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. Representando o Brasil e a defesa da bandeira da sustentabilidade, a ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, estará em Roma acompanhando as decisões que podem mudar os rumos do setor. Na capital italiana, estarão em pauta dois assuntos considerados grandes desafios à maioria dos países: o combate à pesca ilegal e a prática da sustentabilidade na cadeia produtiva pesqueira e aquícola mundial. – Esse deve ser o nosso compromisso e temos condições de trabalhar para isso – afirma Ideli. Com potencial de saltar a produção de pescado de 1,2 para mais de 20 milhões, o Brasil é visto com grande expectativa pelos principais países produtores do continente asiático e Comunidade Europeia. De acordo com a ministra, a produção de alimentos é tida como preocupação constante dos organismos internacionais e o Brasil tem condições privilegiadas de contribuir para a garantia da segurança alimentar. – São mais de oito mil quilômetros de costa e cerca de 12% da água doce do mundo – lembrou. Paralelo à agenda oficial, a ministra tem a missão de articular os países em favor da candidatura do brasileiro José Graziano para a direção geral da FAO, posto mais importante da entidade. A eleição acontecerá durante a conferência da FAO, em julho deste ano. Se Graziano for eleito, será a primeira vez
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Brasil como exemplo Exemplos como o Profrota, a gestão compartilhada, o desenvolvimento da aquicultura em águas da União contemplando pequenos produtores, a organização do setor em territórios geográficos de discussão e as medidas para pesca profissional artesanal sustentável são tidos como avanços do Brasil – país que há pouco mais de oito anos tem atuado estrategicamente nessa cadeia produtiva. Segundo Ideli, o Brasil está se preparando para se tornar um dos grandes produtores mundiais de pescado, a exemplo da simplificação da legislação que regula o licenciamento ambiental para produção no mar, rios, lagos e usinas hidrelétricas. – Só que aliado ao retorno econômico, queremos que a pesca e aquicultura seja sustentável, contribuindo, principalmente, na produção de alimentos para erradicação da miséria extrema no Brasil e no mundo – finalizou a ministra da pesca e aquicultura.
Críticas Embora o Brasil seja signatário da Convenção da Diversidade Biológica, que estabelece uma meta de 20% de áreas marinhas protegidas, apenas 0,4% do mar brasileiro está protegido por algum tipo de Unidade de Conservação Marítima. Deste valor, somente 0,1% é representado por unidades de proteção integral, onde a pesca é restringida com o objetivo de recuperar os estoques pesqueiros, tal qual berçários de peixes para as áreas vizinhas. O País comprometeu-se a elevar as áreas protegidas a 15% até 2012, o que dificilmente será cumprido no atual ritmo. A maneira de garantir a oferta permanente de peixes estaria justamente na sua proteção, defendem os pesquisadores Rodrigo Moura, especialista em áreas protegidas do Programa Marinho da Conservação Internacional (CI) e Fábio Motta - Coordenador da Aliança para a Conservação Marinha, uma parceria da CI com a Fundação SOS Mata Atlântica. Eles destacam o estudo publicado na última edição da revista científica Aquatic Conservation: Marine and Freshwater Ecosystems apontou que, se bem administradas, as Unidades de Conservação marinhas podem ajudar a aumentar a produção pesqueira em seu entorno.
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Ministério do Meio Ambiente l a n ç o u u m ro te i ro p a ra incentivar a criação de Unidades de Conservação (UCs) nos municípios brasileiros. Segundo o órgão, no País existem apenas 63 UCs e a intenção é aumentar este número, mostrando aos municípios as vantagens de se preservar áreas de relevante importância ambiental dentro das cidades. A criação de UCs, garante o MMA, prevê a preservação com limites definidos, sob o regime especial de administração, com o objetivo de garantir a adequada proteção – de acordo com a categoria - da região. Além de frear o desmatamento, a preservação destas áreas contribui para a luta contra a crise climática, incrementa as atividades relacionadas ao turismo ecológico e a educação ambiental, diminuindo o risco de acidentes naturais, além de proporcionar geração de emprego e renda e atuar na manutenção da qualidade do ar, solo e dos recursos hídricos. Das 63 UC municipais existentes no País, 23 estão situadas nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica. Entre as UCs municipais capixabas estão o Parque Natural Municipal Monte Moxuara (Cariacica); Parque Natural Municipal Morro da Mantegueira (Vila Velha); Parque Municipal Gruta da Onça (Vitória) e Área de Proteção Ambiental (APA) da Lagoa Jacuném (Serra). Ainda que estes municípios apresentem um número grande de UCs municipais, a informação é que boa parte das já criadas nos municípios tem grandes dificuldades para ser implantada. Em Vitória, por exemplo, das dez
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UCs criadas, apenas seis foram implantadas. Como entraves para a implantação das UCs figuram problemas burocráticos, financeiros e de desapropriação. Além disso, áreas como a do Morro do Moreno, em Vila Velha, onde há anos ambientalistas buscam a criação de uma UC, enfrentam forte pressão imobiliária. O Departamento de Áreas Protegidas (DAP), elaborou o Roteiro para Criação de Unidades de Conservação Municipais, com a impressão de exemplares que serão enviado às prefeituras e organizações nãogovernamentais. A expectativa é que o roteiro facilite o entendimento sobre o tema para os gestores ambientais municipais e demais interessados e os ajudem a efetivar seus planos de preservação. No roteiro poderão ser encontradas informações sobre as etapas para a criação de UCs, como a abertura do processo, avaliação da demanda de criação, realização de estudos técnicos, definição de categoria, procedimentos anterior e posterior à consulta pública e jurídicos.
Proteção Ambiental
Tem boi na restinga de Taquarinhas
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Instituto Idéia de Balneário Camboriú, divulgou ter conseguido a atenção da Polícia Militar para a existência de um rebanho de gado em área de Restinga, na Praia de Taquarinhas, um ecossistema protegido por lei. Segundo o Instituto Idéia, houve o
encaminhamento de denúncia, acompanhada de laudo técnico, mostrando vários crimes ambientais acontecendo na Praia de Taquarinhas, como a utilização do gado para destruir a vegetação de restinga, técnica utilizada para descaracterizar área protegida por lei. Ainda segundo a ONG Idéia, o documento foi entregue e protocolado aos seguintes órgãos ambientais competentes: Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Balneário Camboriú, Fundação Estadual do Meio Ambiente de Santa Catarina – FATMA, Procuradoria da República, IBAMA e Policia Militar Ambiental – Tijucas. Até então nenhum das instituições citadas haviam se posicionaram em relação à denúncia. O procedimento tomado pela Polícia Militar Ambiental exige dos proprietários do rebanho a retirada da área de restinga até o dia 31 de janeiro de 2011.
Sustentabilidade
Engenheiro Vlamir Trautwein, ha 15 anos trabalhando na Construtora Procave e um dos responsáveis pelas obras no empreendimento Brava Home Resort, da Praia Brava.
BA: O Brava Home tem processos de gestão de resíduos? Temos a destinação e a separação dosresíduos em classe (A,B,C e D) no próprio local que gera o resíduo. Para exemplificar, estamos dentro de um determinado pavimento da obra onde é gerado o resíduo. Ele é separado no local e desce pronto para a destinação. Resíduos de sacarias, de detritos da construção mesmo. Eles são a c o n d i c i o n a d o s em t ambores separadamente lá em cima e quando desce, são levados para o destino correto. A empresa que recebe o material tem uma base de triagem, e as caçambas vão para esta base, que chegam com o material separado.
BA: As construtoras tem falado em Sustentabilidade. Até que ponto isto é realmente importante e afeta o próprio negócio? O quem acontecido na Construção Civil na nossa região nos últimos anos é o mesmo que acontece na indústria de produtos ou serviços. A concorrencia muito grande obriga as construtoras a diminuírem cada vez mais os índices de desperdício. Desperdício não é só material jogado fora da obra. Quebrei um tijolo, jogo fora. Reboquei uma parede e caiu material no chão, jogo fora. Isto é um tipo específico de desperdício. Outro tipo é com o material agregado a obra. Um exemplo, você levantou uma parede torta e precisa corrigir este problema. Aí tem que usar mais argamassa, água, etc. É um desperdício agregado a obra. Mesmo sendo agregado aos custos da obra, este novo material precisa ser produzido em algum lugar, transportado, envolve energia, e isto gera novas cargas de
Praia Brava sempre foi um reduto de natureza, qualidade de vida, e o “ empreendedor que conseguir realmente trazer estas características para a edificação, vai agradar bastante o comprador. ” BA: Mas então hoje, todos os resíduos gerados na construção civil são descartados e não reaproveitados? Em Balneário Camboriú todos os resíduos vão para o centro de triagem e são reaproveitados. Nós temos resíduos plásticos, resíduos de aço, entre outros, que são reciclados, reaproveitados por uma empresa que recebe o material. BA: A separação de resíduos não é obrigatória? Em Balneário Camboriu já é obrigatório. Todo o material gerado deve ir para o centro de triagem. Como temos esta cultura a algum tempo, fazemos este trabalho na obra do Brava Home Resort. Buscamos empresas com as licenças ambientais emitidas, para recolher os resíduos, depositando nos locais licenciados. BA: Neste caso, os aterros? Não deveríamos estar falando em reaproveitamento de resíduos? Balneário Camboriu, a alguns anos iniciou esta conversa sobre os resíduos da construção civil. O Sinduscon participou muito desta discussão que evoluiu nos últimos anos. O resíduo de obras pode ter diversas aplicações, até mesmo para a camada de preparação de pavimentação das ruas. Para isto, precisamos ter um centro de reciclagem no município. Porém, acredito que estamos indo no caminho certo.
1ª Edição Fevereiro
temos que aplicar técnicas de redução do consumo de água, trabalhando com torneiras com temporizador, com redutores de vazão que não prejudicam o banho, mas diminuem o volume de água. Instalando lâmpadas leds que consomem menos energia, sensores de presença. Estas ideias são incorporadas pelo construtor na obra com ganho real a nível de sustentabilidade.
Entrevista Sustentabilidade
O Brava Home Resort é um dos mega empreendimentos da Praia Brava. Mas como será a visão do engenheiro responsável quando o assunto é preservação e sustentabilidade?
BravosAmores
monóxido de carbono, de energia. Trás um custo sustentável muito grande. Então, os processos construtivos acabaram tendo que ser melhorados em nível de sustentabilidade. E isto tem ajudado até no resultado final da qualidade da obra. BA: E para o comprador? As questões de sustentabilidade estão muito presentes nos dias atuais. As construtoras viram nestes quesitos a possibilidade de atrair os clientes também. Muitas construtoras estão voltadas para edificações que tragam uma melhoria para o meio ambiente ou diminuição do impacto. Você começa abuscar materiais que tenha green build (o selo verde para Construções Sustentáveis), algumas coisas que vão agradar e agregar valor para seu cliente. É claro que ainda existem muito desafios mas, de um modo geral, tem melhorado bastante nesta questão. BA: O que mais evoluiu neste sentido? O que mais tem evoluído são as questões relacionadas a água e energia e materiais. Há uma preocupação grande em diminuir custos para o condomínio no futuro. Na questão energética as construtoras tem avançado bastante. Captações de água da chuva, medidores individuais de água e outros. Porque a construção vai gerar energia em um determinado período específico de obra. Depois, existe uma energia consumida no próprio condomínio, para vida toda. Então
BA: O consumidor define a importância de projetos sustentáveis? Por isto é importante o consumidor buscar construtoras que estão envolvidas com sustentabilidade. Não que o condomínio vá ser totalmente autossustentável, mas que ações feitas pela construtora na fase de construção vão trazer benefícios para vida útil da edificação. Quando a gente vai buscar um produto da indústria, um refrigerador, ar condicionado, você procura o selo "A" (que indica nível de consumo de energia). Se não tiver o selinho "A" você não compra, pois sabemos que o produto vai trazer um benefício para a natureza e para você.
construção civil, mas traremos uma unidade do Jovem Aprendiz para dentro do Centro Administrativo do Brava Home Resort para que os filhos dos trabalhadores que moram na região, possam estudar aqui mesmo. Este projeto deve sair em breve. BA: Sustentabilidade significa qualidade de vida para os funcionários? Apesar de nossos funcionários serem todos terceirizados, temos uma preocupação em trazer qualidade de vida para eles e mostrar os pontos de sustentabilidade. Porque ele vai levar para casa estes conceitos - economias de energia, de água, separação de lixos. Se no ambiente de trabalho existe esta orientação e você participa de um processo, acaba levando isto para sua vida, para sua casa. Você começa a ver as coisas de maneira sustentável e a importância que tem no seu futuro. Temos uma psicóloga no Centro Administrativo do Brava Home Resort atendendo em dois dias da semana todos os funcionários, levando questões de Saúde, Sustentabilidade e palestras de desenvolvimento pessoal e profissional.
BA: E o que ainda está no plano utópico? Algumas tecnologias ainda são caras para implantar na obra. Mas equipamentos de energia solar estão cada vez mais inseridos na construção civil. Em residencias, você consegue com pouco custo implantar um sistema de captação de energia solar. Quando se trata de condomínios, principalmente condomínios verticais, temos uma dificuldade. Primeiro, precisa de área para captação. Geralmente, esta área possível é a cobertura do prédio. Não é a condição adequada para gerar a energia necessária. Hoje, existe tecnologias que estão entrando aos poucos no Brasil como os próprios vidros das fachadas tendo células de captação solar, transformando em energia. Daqui a alguns anos o custo desta tecnologia deve estar mais acessível. Com esta tecnologia temos a possibilidade de gerar energia elétrica e para o aquecimento da água. É um desafio, mas dentro de nossos processos construtivos do Brava Home, temos implantados vários destes princípios.
BA: A Praia Brava sempre foi sinônimo de natureza. Como fica a presença de grandes construções na região? A Praia Brava por uma questão da beleza natural e localização, tem a possibilidade de crescer de forma ordenada. Por não ter havido nos últimos anos esse boom imobiliário na localidade, a prefeitura conseguiu trazer alguns benefícios para Praia Brava e um caminho a ser seguido através do novo código de construção. Com isso movimentara a economia local. As c o n s t r u t o ra s d e ve m t e r fo c o n a sustentabilidade e preservação agregados aos empreendimentos. A Praia Brava sempre foi um reduto de natureza, qualidade de vida, e o empreendedor que conseguir realmente trazer estas características para a edificação, vai agradar bastante o comprador. A prefeitura investiu na captação do esgoto que é importantíssimo para qualidade de praia. Teremos também o gás Natural que vai passar na Praia Brava, e temos a informação
Já temos uma parceria com o Senai, para qualificação de mão de “ obra. Temos o objetivo de abrir estes cursos no futuro para formar mão de obra na comunidade onde estamos inseridos. ” BA: Porque a Construção Civil no Brasil demora a se adequar a algumas tecnologias? A construção Civil no Brasil, é muito artesanal. Usamos ferramentas para melhoria dos processos, máquinas de alta tecnologia, mas o maior problema é a capacitação humana. Este é o maior desafio que vejo hoje na construção civil. Temos que transformar a Construção Civil em uma linha de montagem. E para isto temos também que mudar alguns paradigmas no treinamento e formação profissional. Temos tecnologia, bons processos, mas falta capacitação humana na obra. O Brava Home, em parceria com o Senai, está oferecendo cursos para os funcionários de nossas empreiteiras para buscar esta qualificação. Oferecemos cursos de pedreiro, assentamento de tijolo, e pedreiro de reboco que é a fase necessária da obra. Teremos outras fases, e haverá formação de eletricista, encanador. Temos o objetivo de abrir estes cursos no futuro para formar mão de obra na comunidade onde estamos inseridos. Não só cursos da
da companhia de gás, que até o final do ano estará implantado na região. Nosso projeto já contemplam a parte de gás natural. Mas, principalmente, não podemos perder a característica natural da praia. Quando se fala em Praia Brava temos que ter bastante cuidado em relação à ocupação. BA: Alguma coisa já pronta neste sentido? Nossa equipe de paisagismo já está terminando o estudo para recaracterizar o ambiente natural, ponto que estamos focando bastante. Temos também um viveiro de bromélias que serão replantadas em nosso empreendimento.
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Sustentabilidade
Notícias
Dez mil garrafas PET: parece milagre! Que a reciclagem é muito importante para o desenvolvimento sustentável, você já sabe. Que existem várias maneiras de reutilizar produtos e vários produtos a serem reutilizados, também. Mas um pastor em Tubarão, Santa Catarina, teve uma idéia diferente e pouco ortodoxa. Com a ajuda da comunidade, o Pastor Jeremias construiu em 2010, no bairro Oficinas, uma Igreja Ecológica. A igreja foi construída com mais de dez mil garrafas PET, mas a reutilização não parou por aí, o forro foi feito de lâmpadas queimadas e calotas de pneus de caminhão também foram usadas na construção. Além de toda ajuda direta ao meio ambiente, a criação da Igreja Ecológica mostrou às crianças a importância da reciclagem, ensinando-lhes também a não jogar lixo na rua.
Parque do Atalaia
O documentário brasileiro sobre o lixo que virou arte é forte candidato ao Oscar
And the Oscar goes to...
Trash!
O verdadeiro cinema Trash volta de uma maneira diferente. Na semana passada foram anunciadas as indicações para o Oscar, o grande prêmio do cinema mundial. O Brasil pode se considerar muito bem representado. "Lixo Extraordinário", indicado para na categoria "melhor documentário", conta a história do artista plástico brasileiro Vik Muniz e seu projeto social com catadores de lixo no Rio de Janeiro. Vencedor de prêmios de público nos festivais de Sundance e Berlim em 2010, o filme foi dirigido por João Jardim, Lucy Walker e Karen Harley. "Parece um sonho", disse o artista plástico em
1ª Edição Fevereiro
Artigo entrevista ao G1 minutos após saber da indicação. "Estou muito feliz, porque foi uma história que começou por acaso e virou um filme de grande importância, porque consolida um grupo social e mostra o verdadeiro valor do lixo", diz Muniz. O documentário com certeza não é Trash, mas o assunto é.
Google Maps PET?
O Google Maps te mostrado várias boas aplicações, mas agora a Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet) lançou um site que utiliza o Google Maps para localizar endereços de cooperativas de catadores, comerciantes de recicláveis e ONGs que estão mais próximas de sua casa. Basta colocar o endereço que o banco de dados do site LevPet encontra os pontos mais próximos para a destinação adequada de embalagens PET. Até o momento, já foram registrados 1.000 pontos de coleta em todo o Brasil. A Lei n° 12305 estabelece a responsabilidade compartilhada dos estados, empresas e da sociedade na implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Que tal começar já a dar um destino adequado a sua garrafa PET? Se ela for parar no lugar errado pode ser um problemão, pois, na natureza, demora 400 anos para se decompor. Faça uma visita ao LevPet e veja se sua região já foi cadastrada. Se não foi, você mesmo pode ajudar a ampliar e atualizar as informações do mapa.
BravosAmores
Não seria legal em Balneário Camboriu ou Itapema? A Prefeitura de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, recebeu a doação de cinco motos elétricas com a proposta de preservação ambiental. As motocicletas Prima Electra, fabricadas no Brasil, serão utilizadas em diversos setores da administração municipal, entre eles, o trânsito. O custo de reabastecimento, por exemplo, é de apenas R$1,10 para uma autonomia de 60km. Para isso, basta uma tomada elétrica. A moto ainda conta com três modos de pilotagem: o econômico, com baixo gasto, mas velocidade reduzida; o conforto, com velocidade e gastos equilibrados; e o esportivo, com uma potência máxima, mas gastos de energia maiores. Ilhabela foi escolhida para receber as motos por possuir 85% de mata atlântica preservada e contar com programas de preservação ambiental. "Ilhabela é conhecida por sua característica de preservação do meio ambiente, por isso, foi escolhida para receber as motos elétricas", salienta o prefeito Toninho Colucci.
As pessoas e o desempenho ambiental POR PROF. ALEXANDRE DE ÁVILA LERIPIO, Dr.
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s empresas comerciais são bastante novas: possuem apenas 400 anos de história. E a ciência que trata delas, a Administração de Empresas, não chega a ter 100 anos. De um modo geral, ainda se desconhece uma forma de fazer com que os colaboradores de uma empresa garantam a sua competitividade, com qualidade de vida. Existem pouquíssimas exceções. Estamos numa fase ainda primária de busca de competitividade, restrita às fronteiras organizacionais. Através de estudos estatísticos sobre a população de empresas no hemisfério norte, notou-se que a expectativa média de vida de uma empresa era de 20 anos, e que para as grandes empresas ficava entre 20 e 30 anos. Isto demonstrava que apesar de um potencial de vida de séculos, as organizações ainda não conseguem realizar este potencial, estando, ainda na idade da pedra no que se refere à média de sobrevivência das empresas. A partir destas considerações, é possível supor que existem dois “tempos diferentes” entre o planeta e seus recursos disponíveis, e a desenfreada busca pelo desenvolvimento. Enquanto um dos “tempos”, o que se refere ao planeta e seus recursos, é perceptível através de uma análise global (muitos relatórios de situação ambiental tem sido lançados nos últimos anos, com alto nível de credibilidade e representatividade dos autores) o outro “tempo”, o da visão empresarial, ainda encontra-se pouco desenvolvido e pouco estudado. Aí se situa a causa das causas. A principal causa da crise de percepção é a diferença entre os “tempos” dos atores envolvidos no processo de desenvolvimento global, ou seja, toda a população do planeta. As pesquisas em matéria de percepção ambiental situam-se num
Camboriu
Rio Peroba recebe limpeza e alargamento Antes
Depois
Busque na internet e plante uma árvore O site "Greengle" funciona para realizar buscas pela internet assim como o Google. Porém este site promete plantar uma árvore a cada 6 mil visitantes. O "Greengle" é quase igual ao Google, pois é apenas uma personalização de interfase do conhecido buscador. Não apresenta várias opções do Google, mas a busca simples é igual. Junto à interface do Greengle há a opção de acessar a Eco Store (Loja Ecológica), com a venda de produtos ecológicos que vão de sandálias a sabonetes. Até o dia 29/01 o site anuncia ter plantado 23 árvores. Segundo o site, " A cada 6 mil acessos, uma árvore será plantada em uma área de reflorestamento ou recuperação de mata nativa". E você pode acompanhar o plantio via internet. http://greengle.greenvana.com/
aspecto típico das relações e interações entre homem e meio ambiente, porque se trata de uma aproximação onde a compreensão do meio ambiente, individual ou coletiva, é considerada como um dos fatores determinantes que caracterizam aquele ambiente, através de escolhas e dos comportamentos. É possível investigar qual é a percepção que as pessoas têm do seu meio ambiente; de como a cultura e a experiência afetam essa percepção; quais são as atitudes em relação ao meio ambiente; e qual é o papel que a percepção ambiental desempenha no arranjo espacial do meio ambiental e no aparecimento das paisagens. Um objetivo fundamental da Educação Ambiental é permitir que os indivíduos se engajem no enfrentamento e na resolução das problemáticas ambientais que lhes atingem mais diretamente, sempre tendo como ponto central a compreensão da natureza complexa do meio ambiente natural e do meio ambiente criado pelo homem, resultante da integração de seus aspectos biológicos, físicos, sociais, econômicos e culturais. Entendida como todo processo de re-aprendizagem ecológica, objetiva também que os indivíduos adquiram os conhecimentos, os valores, os comportamentos e as habilidades práticas p a ra p a r t i c i p a r e m r e s p o n s áve l e eficazmente da prevenção e solução dos problemas ambientais, e da gestão da qualidade do meio ambiente. Isto só será viável possibilitando-se o acesso à informação correta dos problemas concretos que se lhes impõem, deixando claras as interdependências econômicas, políticas e ecológicas, e o alcance das decisões e comportamentos. Portanto, a Educação Ambiental deve contribuir para o desenvolvimento de um espírito de responsabilidade e de solidariedade.
Camboriu realizou um mutirão para a limpeza, desassoreamento e alargamento do Rio Peroba, no trecho que corta o Bairro Tabuleiro, melhorando a capacidade de vazão e drenagem das águas. O mutirão foi da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos. "O Rio Peroba é o único canal de escoamento para todo o Monte Alegre e Tabuleiro, por isso é muito importante que tenha sempre um fluxo livre" explica o
Secretário José Pedro Costa. O trabalho de alargamento e assoreamento deixou o rio completamente desimpedido, mas o Jornal Bravos Amores notou que parte da mata das margens do rio foi completamente removida. Até o final desta edição não conseguimos contato com a Secretaria de Obras para saber se a vegetação era de contenção ou simples mato, pois ao retirar vegetação da encosta em excesso, pode-se ter novo assoreamento do rio. As máquinas seguem para as ruas Monte Cruzeiro e Monte Branco, onde continuam o mesmo trabalho, até que toda a extensão do Rio Peroba que pertence a Camboriú esteja limpa. Além da limpeza do Rio, o mutirão continua por todo o Distrito de monte Alegre, realizando reparos e melhorias nas vias, como roçamento, limpeza de tubulações.
Sustentabilidade
BravosAmores 1ª Edição Fevereiro
ESPAÇO DO LEITOR Empresas de coleta de óleo Li a matéria sobre o recolhimento de óleo de cozinha iniciado por uma associação de amigos de um bairro de São Paulo que acabou virando referência até na Argentina. Gostaria do telefone de contato de empresa que faz a coleta de óleo em Balneário Camboriu pois não consegui encontrar nadana internet ou lista telefonica. Lourdes Vanconcellos, BC, via email Parabéns pelas informações que vocês publicam sobre sustentabilidade em nossa região e no mundo. Gostei da matéria sobre a associação de São Paulo que começou devagarinho a recolher o óleo de cozinha no próprio bairro e depois em outros bairros. Fiquei interessada e tentei encontrar uma empresa para depositar o óleo de cozinha de minha casa. Mas não encontrei telefone para contato. Geovana A. Lins, Itajaí, via email.
Notas Melissa, com sua linha de sapatos e sandálias feitos com 30% de plástico reciclado e design dos irmãos Campana, Goóc, com calçados feitos de pneus reciclados, Redley, com bermuda de vela de veleiro reaproveitada, e Eden, com suas roupas feitas com algodão orgânico e tingimento natural. A Fujiro, empresa blumenauense, está concorrendo ao Prêmio GreenBest com suas camisetas ECOncept em malha PET. A empresa já faz brindes personalizados feitos com material reciclado há alguns anos, e ano passado sentiu a necessidade de criar uma marca para vender seus produtos no varejo, e assim nasceu a Fujiro ECOncept. Além das camisetas, a Fujiro ainda possui bolsas ecológicas (ecobags) e cases para notebook e netbook, todos feitos de maneira ecologicamente correta. www.fujiro.com.br/shop
Caras Lourdes e Geovana, entramos em contato com a FAMAI de Itajaí e a Secretaria de Meio Ambiente de Balneário Camboriu para conseguir os contatos das empresas que coletam óleo.
(Andrea Almeida, jornalista)
Pontos Pilhas usadas Tenho acompanhado as edições do Jornal Bravos Amores a partir de 2010. Muito bacana a qualidade nas informações. Também vi que vocês tem pontos de recolhimento de pilhas, mas não encontrei em nenhum supermercado de Itapema. Vocês podem me passar aonde encontro? E quando vocês passam a ser semanal? Tem assinatura? João Antônio Friedrich, Itapema, via email. Caro João Antônio, ainda não temos pontos de recolhimento de pilhas em Itapema. Nosso acordo inicial com o Porto de Itajaí e a empresa APM Terminals cobre os municípios de BC e Itajaí e dois pontos em Camboriu. Em breve faremos uma reavaliação dos pontos e da capacidade de absorver mais pilhas. Nosso limite é 1.200 quilos ano e já atingimos praticamente 300 quilos nestes início de ano. Também está em nosso planos passar a ser semanal, mas tudo a seu tempo. Assinaturas estão programadas para Maio, após o lançamento do site do jornal. (Andrea Almeida, Jornalista)
Empresa textil ecológica de Blumenau concorre a prêmio O Prêmio GreenBest anuncia as dez iniciativas "verdes" mais importantes na Moda, uma das 16 categorias da mais abrangente premiação de consumo sustentável já feita no país que conta com votação popular e de júri especializado em sustentabilidade. Alexandre Herchcovitch concorre com suas criações em tecido reciclado EcoSimple, Maria Bonita, com a bolsa de madeira de reflorestamento, Osklen, com peças de algodão orgânico e tingimento natural, e Carlos Miele, que lançou na semana de moda novaiorquina calça jeans feita com fibras reutilizadas e amaciamento à base de cupuaçu. Além desses, Rogério Lima, com a bolsa feita com saco de cimento reaproveitado,
A Fujiro de Blumenau cria camisetas feitas a partir da fibra das garrafas PETs
Estacionamentos irregulares em Floripa, em área de preservação Os responsáveis pelos estacionamentos irregulares encontrados esta semana pela Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) em áreas de preservação das praias da Galheta e Mole, no Leste da Ilha, em Florianópolis, terão 20 dias a partir da autuação para apresentar defesa. Depois do prazo, o órgão municipal deve aplicar uma multa que inicia no valor de R$ 10 mil e a área deverá ser recuperada. Na próxima semana, a Floram deve voltar aos locais e autuar os responsáveis por danos diretos à restinga em área de preservação permanente ao usar o terreno como estacionamento de veículos. Segundo o diretor de fiscalização do órgão municipal, Bruno Palha, os locais foram encontrados a partir de imagens de satélites, que revelaram o tamanho do estrago causado na vegetação nativa. — Até eu me assustei com a dimensão dos estacionamentos — revela Palha, explicando que os terrenos, muitas vezes, chegavam até a faixa de areia das praias. Os caminhos para pedestres que já existiam nos locais devem ser mantidos. Estacionamentos que estão regularizados e possuem o alvará de funcionamento em dia também continuarão oferecendo o serviço nas praias. Palha adianta que a fiscalização deve seguir em outras praias da Ilha, como o Forte, no Norte da Ilha; e no Pântano do Sul.
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Matéria
Cidades são as vilãs do efeito estufa Cidades da Europa poluem menos que nos EUA. Paris, por exemplo, lança no ar 5,2 ton, quase quatro vezes menos do que Washington, nos EUA. menos emissões foram em grande parte impulsionadas pela eficiência do transporte público", explica. Cada morador de Barcelona emite 4,2 toneladas de por ano.
POR ANDRE DANTAS Se forem somados consumo e produção, as cidades respondem por 80% da geração de gases do efeito estufa. Essa é a conclusão de um novo estudo, desenvolvido por pesquisadores do Banco Mundial e da Universidade de Toronto. Intitulado "Cidades e as emissões de gases do efeito de estufa: movendo-se adiante", mostra estimativas das toneladas de emissões de 33 países e 100 das suas cidades. Nos EUA, por exemplo, a emissão anual per capita gases do efeito estufa é de 23,59 toneladas. Já no Brasil, é bem menor, com 4,16 toneladas. A variação que ocorre nas cidades de cada país também chama atenção. Enquanto em Denver, nos EUA, as emissões chegam a 21,5 toneladas anuais por pessoa, em Nova York o número cai para 10,5, menos da metade. No geral, as cidades européias emitem menos do que as da América do Norte. Paris, por exemplo, lança no ar 5,2 toneladas, quase quatro vezes menos do que Washington, nos EUA. O estudo mostra também que as cidades e habitantes mais ricos são os responsáveis pelos níveis de emissões insustentáveis. Enquanto um morador da Austrália emite cerca de 25,75 toneladas anualmente, um cidadão indiano fica em apenas 1,33 tonelada por ano. Roterdã, na Holanda, teve as mais altas emissões medidas na pesquisa, 29,8 toneladas, contra 0,08 toneladas de Rajshahi, uma diferença de 372 vezes. No Brasil, cada goiano emite 0,99 toneladas, bem menos do que as 2,1 toneladas emitidas pelos cariocas. São Paulo fica entre as duas, com emissões de 1,4 toneladas. Uma das descobertas interessantes é que cidades como São Paulo emitem menos do que áreas mais pobres situadas na África e na Ásia. Um exemplo é Kurunegala, no Sri Lanca que, com apenas 28 mil habitantes, emite 9,63 toneladas anuais per capita. Isso se justifica pelo fato de algumas regiões utilizarem combustíveis fósseis intensamente. Outra causa é o aumento da urbanização até nos lugares mais remotos. Segundo Daniel Hoornweg, um dos autores e especialista no assunto do Banco Mundial, dois fatores principais estão associados a quantidade de emissões: "Um PIB menor é um sinal de que as emissões de gases do efeito estufa do país não são altas. A organização urbana é outro fator importante. Em Barcelona, na Espanha,
"Cidades com pouca indústria e maioria da população de baixa renda, inevitavelmente, têm emissões baixas por pessoa. Em muitos países, entre os moradores pobres, os níveis de consumo são tão baixos quanto o uso de gasolina e veículos a diesel", explica David Satterthwaite, pesquisador do Institute for Environment and Development e editor do jornal Environment and Urbanization, no qual a pesquisa foi publicada. O desafio para as cidades com baixos níveis de emissões é mantê-los. Entre as ferramentas de ação local, destacam-se duas: a melhora dos serviços do transporte público e o uso de energias de baixo carbono. Outras ideias são o aumento de ciclovias e mais árvores. Como uma cidade com padrões de consumo elevados importa uma boa parte do que consome, é importante levar em consideração não somente o quanto gera de emissões locais, mas também aquelas consequência das aquisições de outros lugares. De acordo com Hoornweg, a redução de emissões de GEE não depende apenas do governo, mas igualmente da aceitação das pessoas em reduzirem e mudarem padrões de consumo. "Não vejo diferença entre governos e cidadãos. Temos o governo que merecemos". O trabalho destaca o esforço que já está sendo feito nas cidades para a mitigação dos gases do efeito estufa. Nos EUA, por exemplo, mais de mil cidades se comprometeram a cumprir ou até ultrapassar as metas do Protocolo de Kyoto, que não foi assinado pelo país. "No momento, as inovações locais na redução das emissões são mérito dos governos locais. Não há quadro geral de apoio e incentivá-los nesse sentido. Isto tem de mudar", diz Satterthwaite. A possibilidade de mudança começa com o inventário de emissões. "Estimativas per capita de emissões de GEE refletem a natureza e a estrutura econômica das suas respectivas cidades". Para mudá-las, antes de tudo, é preciso conhecê-las. fonte: oecocidades