Escola Superior de Tecnologia Mestrado Fotografia
“FOTOGRAFIA DIGITAL APLICADA” MANUAL DE PROCEDIMENTOS HDR - PANORAMA - STACK MODE - REPRODUÇÃO DIAPOSITIVOS
Elaborado por: António Manuel Fonseca Peleja – Nº 18484 Docente: Márcio Vilela
TOMAR 2013/2014
Índice Introdução
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A Câmara Fotográfica
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Objectivos
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HDR Hight Dinamic Range
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Panorama
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Stack Mode
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Reprodução de Kodachrome
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Reprodução Negativos em Vidro
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Coclusões
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Teclas de Atalho
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Glossário
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Introdução
Este Manual de Procedimentos visa dotar o leitor do conhecimento suficiente para poder abordar os vários temas aqui desenvolvidos, HDR, Panorama e Stack Mode e Reprodução de Diapositivos de uma forma natural e com conhecimento profundo de como lidar com as várias situações que podem acontecer. Vamos exemplificar com o recurso a esquemas e imagens todos os processos. No final esperamos conseguir que qualquer pessoa com o mínimo de conhecimentos na área da fotografia digital, consiga sem dificuldade, descrever e ao mesmo tempo colocar em prática todos os conhecimentos que lhe transmitimos. Em primeiro lugar vamos fazer uma breve abordagem a cada um dos temas a exemplificar e só depois avançamos para um procedimento mais técnico de como lidar com as várias situações a que podemos estar expostos quando efectuarmos os registos.
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A Câmara Fotográfica
em primeiro lugar fazer um teste de equipamento, saber se a ou as baterias estão carregadas, se a câmara tem cartão no caso de não ir utilizar a transferência directa para o computador, e se os comandos estão na posição desejada para efectuar os registos, nestes casos com o White Balance adequado à situ-
Este “Manual de Procedimentos” situa-se na óptica do utilizador e pretende de uma forma clara e suncints explicar todos os procedimentos a efectuar para um bom registo de fotografia em estúdio e a sua pós produção. Todas as palavras a Bold fazem parte de um glossário que se encontra no fim do Fig.2 Aspecto que deve apresentar depois dos ajustes. Canon 5D Mark II manual, como apoio ao leitor. Partindo do princípio que o utilizador tem co- ação, colocar o valor ISO da câmara no seu valor nhecimento da sua câmara logo dos procedimen- mais baixo, nas câmaras profissionais o LO (equitos que vamos passar a descrever, lembramos que valente a 50 ISO), seguidamente certificarmo-nos nestes registos devemos ter sempre em atenção e que o formato de output está definido para RAW e deve estar sempre nesta definição, a velocidade e abertura de diafragma serão consoante a situação específica que se viva. Com todos os procedimentos em relação à câmara revisto podemos de seguida avançar para a captura de imagem, em todas elas aconselho a utilização de tripé ou uma base de apoio estável. É evidente que também podemos efectuar estes registos com a câmara na mão mas os resultados podem não sorpreender e tornarem-se muito abaixo das espectativas e fazerem-nos perder muito tempo na pós produção. Fig.1 Visor LCD da Canon 5D Mark II 7
HDR, Panorama e Stack Mode Neste capítulo vamos defenir o que são cada um dos temos descritos em título e assinalar o que se deve e não deve fazer. Uma abordagem muito sumária que mais à frente terá desenvolvimentos mais técnicos.
A fotografia HDR (High Dinamic Range), anda mutio em voga nos sites de fotografia onde amadores e até mesmo profissionais do ramo fazem a meu ver um manuseamento errado da ferramenta. HDR (High Dinamic Range) permite grandes detalhes tanto nas sombras como nas altas luzes, depende muito das situações o número de registos a efectuar mas nunca devem ser menos de três. Esta técnica permite aproximar muito os registos daquilo que o olho humano vê e a câmara não consegue representar num registo único. No entanto se mal utilizado como já referi pode ser catastrófico e dar um ar muito fora do normal, roçando mesmo o mau gosto, e muitos são os exemplos que ploriferam na internet.
O uso abusivo dos comandos faz a fotografia ficar sureal os alos à volta dos motivos acentuam-se e perde-se o contorno dos objectos que parecem flutuar no espaço. Compreendo este exagero se ele for assumido ainda assim dentro de algumas condicionantes e uma delas é um trabalho rigoroso, onde se consiga o efeito mas sem tornar a fotografia em algo que não a dignifica. Este tipo de fotografia é bastante interessante pelas múltiplas possibilidades que nos dá de representarmos as altas luzes e também as sombras com detalhe, e só por este simples motivo é uma grande ferramenta para o fotógrafo que deve aprender a utilizá-la com conta peso e medida. (Pág. 12 Fig. 4)
Fig.1 exemplo do exagero utilizado no HDR quase transformando a fotografia em desenho ou algo semelhante
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Fig.2 Aspecto de uma Panorâmica, um mau exemplo
O Panorama muitas vezes entende-se por aquela fotografia muito esticada como no exemplo, em cima, onde o panorama é muito mais do que isso, aliás não tem nada a ver. A fotografia de panorama que mais à frente passo a descrever é uma fotografia composta por várias fotografias que no final se assemelham a uma fotografia normal em termos de formato no entanto com uma definição muito acima do normal onde podemos ir buscar informação dentro da imagem pois ela é um conjunto enorme de pixeis. (Pág. 15) Já o Stack Mode consiste numa ferramenta que permite com alguma facilidade remover elementos
que se movam o caso de carros e pessoas de uma paisagem ou rua de uma qualquer vila ou cidade. Quantas vezes não vimos imagens espectaculares de edifícios ou ruas de cidades muito movimentadas sem ninguém, de certo muitos já imaginaram que a produção tinha fechado a rua, mas o que acontece na realidade é que o fotógrafo se socorreu desta ferramenta o Stack Mode que permite anulasr esses objectos/pessoas em movimento da imagem. O Stack Mode também permite eleminar algum ruído da imagem quando temos de usar um ISO elevado, mais á frente passamos a explicar. (Pág. 17)
Fig.3 Tentativa de mostrar como o Stack Mode funciona na remoção de pessoas/objectos que se movimentem dos espaços.
Nas páginas seguintes vamos passar a descrever em pormenor todos os passos para a execução de estas três técnicas que podem ser muito uteis se bem utilizadas. 9
f8 - 1/8
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HDR (High Dinamic Range) High Dynamic Range (HDR, ou Grande Alcance Dinâmico, em português) são métodos utilizados em fotografia, computação gráfica ou processamento de imagens em geral, para alargar o alcance dinâmico (o trecho entre o valor mais escuro e o mais claro de uma imagem). A intenção dessa técnica é representar precisamente nas imagens desde as áreas mais claras, possivelmente iluminadas diretamente por uma fonte de luz até áreas mais escuras, possivelmente em sombras.(1) Para um HDR ser considerado puro, teremos de utilizar pelo menos três registos, com diferentes exposições, ou seja: a câmara convém estar apoiada numa base estável ou sobre um tripé, com todas as configurações que referimos inicialmente e devemos colocar a focagem em manual e fixar a abertura do diafragma para mantermos durante todosos registos a mesma profundidade de campo. O que vai alterar é simplesmente a velocidade de disparo do obturador, demodo a podermos atingir toda a gama dinâmica nas altas luzes e nas sombras e deverão ser feitos tantos registos quantos os que julguem necessários em relação ao cenário que se vos apresenta, devemos garantir que todos os registos contêm informação tanto nas sombras como nas altas luzes. No exemplo que mostro hoje foram utilizados seis registos dado o contraste existente existia essa necessidade para que no fianl a prova fosse o mais real e fidigna possível. O mais complicado não é obter os registo mas sim fazer um bom uso dos mesmos na hora de passar ao programa de edição é que os exageros acontecem e podemos deitar a perder horas de trabalho, há que ser muito comedido na utilizaçãos dos controles que estes progrmas de edição colocam à nossa disposição. (1)
Depois da captura efectuada passamos para a fase da pós produção, o primeiro passa a dar após o download das imagens é revelar, isto é basicamente no Bridge abrir uma das imagens e aplicar o tipo de lente utilizado para evitar as distorções da lente e ainda seleccionar remoção de aberrações cromáticas. Este procedimento vai criar uma uniformização das imagens o que permite uma melhor sobreposição e controle de luz. Em seguida seleccionamos todas as imagens e vamos na barra de ferramentas do Bridge a “Tools” em seguida seleccionamos “Photoshop” e finalmente “Merge to HDR Pro”, como exemplo Fig. 2. Ao proceder deste modo automaticamente vai-se abrir o Photoshop e as fotos vão ser descarregadas em Layers automaticamente o programa vais alinhar as Layers o que facilita em muito a montagem das Fig. 1 - Quadro do Bridge
. Fonte Wikimedia - http://pt.wikipedia.org/wiki/High_dynamic_range
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Este quadro apresenta-nos várias opcções entre as quais a opcção de escolhermos automatismos, no entanto todos eles muito duvidosos, aliás de certo são eles os responsáveis pelo grande número de HDR que vimos de baixa qualidade em termos visuais do que é a realidade, na Fig. 3 exemplifica-se isso mesmo um modo automático, no quadro do lado direito podemos ver ainda uma série de opcções que nos são colocadas sendo que muitas delas são terrenos pantanosos e de resultados muito fracos, a meu ver abolia totalmente três deles no Edge Glow, o Radius responsável pelos alos Fig. 2 - Merge to HDR Pro horriveis que observamos com frequência e o Strenght já no quadro do Tone ande Detail retirava o detail, já mesmas após este processo que pode demorar alguns que não acrescenta nada a não ser um contorno pouco minutos tudo dependendo do número de registos utilireal nas imagens. zados, do seu formato e do processador e placa gráfica Os outros comandos Gamma, Exposure, Shadow do seu sitema aparecerá um quadro, como exemplificae Higkight podem ser bastante úteis para dar precisado na Fig. 3 e é aí que começam os problemas ou a nemente contraste à foto e enriquecer a sua gama dinâcessidade de um grande rigor para que o resulatdo final seja o pretendido o mais próximo da realidade captada Fig. 3 - Em baixo aspecto da página que abre depois das fotos importadas e o pelo olho humano. exemplo (mau) de um automatismo dos muitos propostos.
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Fig. 4 - Produto final
mica, na Fig. 4 podemos ver o resultado final, que no meu ponto de vista está equlibrado tendo detalhe tanto nas altas luzes assim como nas sombras, sempre que for necessário desfazer algum acção basta clicar duas vezes consecutivas sobre o cursor e os valores voltam ao início dos valores de defeito. Todo este processo exemplificado aqui com a ferramenta do Bridge e Photoshop, também pode ser iniciado a partir do Photoshop, para tal devem abrir na barra de ferramentas File depois Automate e seguidamente Merge to HDR Pro de imediato abre um quadro que pede para seleccionarmos os ficheiros sobre os quais pretendemos submeter o HDR conforme se exemplifi- Fig. 6 - Menu do AEB Auto Exposure Braketing ca na Fig. 5, depois todo o processo é igual ao anterior. poder parecer confuso, na maioria das câmaras Reflex Para quem não pretende utilizar este sistema por lhe e mesmo em algumas compactas existe no Menu a opcção AEB Auto Exposure Bracketing o que faz este sistema, basicamente você tira uma foto e a câmara consoante a sua informação tira mais duas uma subexposta e uma superexposta, para que isto se torne automático active o Timer e ela faz os três disparos, depois basta optar por uma das duas opções descritas na parte superior deste texto. Também pode fotografar em JPG que a qualidade final vai ser boa. No entanto na procura de maior qualidade as fotos que forem transformadas em HDR no formato RAW. ficam com um Alcance DinâFig. 5 - Através do Photoshop mico muito melhor 12
Panorama Panorama é o nome dado, grosso modo, a qualquer vista abrangente de um espaço físico, ou seja, é uma ampla vista geral de uma paisagem, território, cidade ou de parte destes elementos, normalmente vistos de um ponto elevado ou relativamente distante. (2)
os raios de luz que entram na lente parecem apontar. O ponto nodal traseira é o lugar onde os raios de luz parecem ter vindo, depois de passar através da lente. Os pontos nodais são utilizadas para calcular as medições ópticas. Pode parecer complicado mas é fácil de detectar como exemplo pode ter duas árvores ou dois paus ou até mesmo as barras de uma baliza de futebol deve colocar a câmara no alinhamento das duas e acha o ponto Nodal quando ao rodar a câmara sobre o tripé coninuar a ver um único poste, vã avançando ou recuando a câmara até que esse ponto esteja perfeito, pois depende muito deste ponto o resultado final do Panorama. Depois de achado o ponto Nodal podemos avançar para o particionamento da paisagem a registar, teFig. 7 - Ao rodar o ponto deve ficar fixo e rodar sobre ele próprio mos de ter sempre em atenção que durante o processo O Panorama ou fotografia Panorâmica geralmente existirão sobreposições e nas pontas por vezes essas o que nos vem à memória são fotos do tipo da Fig. 7, sobreposições precisam de ser recortadas pelo que desão de facto panorâmicas no entanto estão um pouco vemos dar sempre uma margem superior aquela de além daquilo que queremos que seja uma fotografia que precisamos que seja o tamanho final do registo. A panorâmica para ter um bom resultado além do panorâmica. Uma fotografia panorâmica deve ser mais do que o ponto Nodal devemos ter em atenção a sobrepocição mostrar de uma zona com o seu espaço delimitado a que deve ser sempre em 1/3 tanto na horizontal como uma tira, uma foto panorâmica deve ter um conjun- na vertical, encontrar-se em focagem manual, sempre to de imagens de qualidade suficiente para fazermos com a mesma abertura de diafragma para a profunuma ampliação e entrarmos dentro da imagem devido didade de capo não se alterar, é importante antes de à sua resolução o que se pretende é uma foto com a começar fazer uma média da abertura do diafragma, proporção de uma fotografia normal no entanto com uma resolução de centenas de pixeis até mesmo milhares de pixeis que nos permitam ter uma visualização tão boa como se estivessemos presentes no local. Na obtenção deste tipo de resgistos é importante antes demais que tenhamos um bom tripé, um tripé próprio de panorâmicas como exemplificado na Fig. 7 este tripé permite-nos achar o ponto Nodal e o que é isto de ponto Nodal? Estão localizadas em duas áreas de um sistema de lentes do composto. O ponto nodal da frente é onde Fig. 8 - Cabeça do tripé (2)
. Fonte Wikipedia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Panorama 13
Fig. 9 - Exemplo do que não se deve fazer era preferivel, juntar duas panorâmicas.
dado que os sítios a abranger podem ter muita descrepância em termos de luz.. Os tripés de panorâmica têm a possibilidade de defenirmos esses incrementos consoante a nossa necessidade depois basta simplesmente rodar e vamos sentir um pequeno travamento quando cheagamos ao ponto onde devemos efectuar o próximo registo. Nestes registos não devemos exagerar no número de fotos tanto na horizontal como na diagonal, se precisarmos de um espaço maior será muito melhor juntar várias panorâmicas do que querer fazer tudo com uma só, pois se for na horizontal o efeito pode ser de barril Fig 8 e se for na vertical o céu pode ter dificuldade na colagem caso não existam ponto de referência. O ponto essencial neste tipo de registo é o ponto Nodal correcto e uma boa interpretação da paisagem e 14
da sua divisão nas zonas pretendidas. O registo final é difícil de mostrar nestas páginas pois a definição não será tão evidente mas posso dizer que a foto que se apresenta na página ao lado tem 9 registo 3 na horizontal e três na vertical e formou uma imagem com 170Mb sendo o seu lado maior de 80cm por no lado menor 63cm a 300dpi, permite ampliações de perto dos 300% sem perca de qualidade da imagem.
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Stack Mode Stack Mode é uma opcção muito útil em dois aspectos um permite retirar objectos que se movimentem de uma imagem e outra permite retirar ruído de uma imagem geralmente criado pela utilização de um ISO alto.
Quantas vezes ficámos tempo e tempo à espera que o espaço que querímos fotografar ficasse limpo de gente, quantas vezes queríamos aquele monumento sem pessoas na imagem, isso é possível com uma ferramenta muito simples. Para tal basta na hora da captura de imagem ter em atenção o seguinte, ter um tripé colocar a câmara apoiada sobre este, colocar em modo manual firmar o valor de abertura do diafragma, velocidade, formato, withe Balance e ISO e fazer uma focagem com a câmara em Manual (para evitar na altura dos disparos que o ponto de foco se altere e assim estrague os registos), do elemento que quer fotografar. Depois de todos estes procedimentos basta fazer uma série de registos, tantos quantos necessários, pois isso tem muito a ver com o tipo de movimentação de pessoas ou carros ou ambos que acontecem durante o registo. O que acontece é que o software vai à procura dos elementos que se movimentam na imagem e vai achar os espaços em branco da mesma e depois retira tudo o que se movimente. É um processo relativamente simples se aplicarmos as regras que descreve16
mos no início. Nas imagens de cima vimos um exercíco que fizemos para demonstrar o funcionamento desta ferramenta, o edifício que queríamos fotografar estava constantemente impedido por pessoas que cruazavam aquele caminho, portanto queríamos fazer o registo mas não podíamos impedir as pessoas de passarem. Nesse caso procedemos a quinze registos que pensámos serem suficientes para limpar a imagem. Depois descarregámos a imagem no Bridge e procedemos à revelação da imagem, atribuímos a lemte seleccionamos para remover a aberração cromática, e fizemos os ajuste que julgámos necessários com o botão do rato sobre a imagem que tinha sofrido essas alterações seleccionámos Developing Settings e de seguida Copy Settings, seleccionamos depois todas as outras imagens e com o botão direito do rato fazemos novamente o processo anterior só que desta vez carregamos em Paste Settings, posto isto toas as imagens ficaram com as mesmas definições. Passo seguinte seleccionamos todas as imagens e
seguidamente vamos com o rato à barra de ferramentas e escolhemos a opcção Tools - Load Files to Photoshop Layers e vão reparar que mais uma vez o Bridge chama o Photoshop e começa a exportar para lá as imagens, quando o processo termina devemos mais uma vez seleccionar todas as Layer’s e ir com o rato à barra dos menus e clicar em Layers - Smart Object - Convert to Smart Objects, a seguir vão reparar que todas as layers se vão sobrepor e ficar uma única, quando isso acontece devemos novamente ir à barra de Menu e seleccionar Layer - Smart Object - Stack Mode - Median e é neste momento que o software vai identificar as zonas nas onde estão espaços deixados limpos sem movimento de pessoas ou carros ou ambos e limpa a imagem. Nas imagens do lado direito exemplifica-se todo o processo. Em relação ao ruído aplica-se do mesmo modo, quando trabalhamos com um ISO alto 6400 com luz fraca a imagem final fica muitas vezes com ruído o que se aconselha é efectuar vários disparos sempre na mesma posição e depois seguir os passos que descrevemos, como o ruído não é fixo nas imagens ao limparmos os parasitas a imagem fica muito mais perceptível e com muito melhor qualidade. Nas imagens do lado direito estão alguns exemplos dos passos que tivemos de percorrer para terminar a tarefa. A última foto em baixo à direita é o produto final onde se pode verificar que o elemento a fotografar que neste caso era o edifíco na direita da imagem, independentemente do movimento que a rua aparentava, conseguimos que apareça sem ninguém. Como repararam de certo, é um processo que não é nada difícil, no entanto depende do sucesso do mesmo a preparação dos registo, conforme delineámos no início destas páginas. É muito importante que façamos sempre este check up ao equipamento sempre, antes de se começar qualquer sessão, vão ver que evita muito trabalho de pós-produção e os resultados atingidos são sempre muito mais surpreendentes. 17
Reprodução Kodachrome Produzido a partir de 1935, primeiro em filme de 16 mm para cinema amador e no ano seguinte, em rolo de 35 mm para fotografia, o Kodachrome produz uma imagem transparente positiva. A qualidade da imagem é muito superior a tudo o que se tinha visto até essa altura; não tem granulação visível, a reprodução das cores é muito boa, não há problemas de desacertos de cor e forma. O Kodachrome beneficiou de vários aperfeiçoamentos ao longo do tempo, ainda se fabrica e continua a ser uma das película a cor mais perfeitas que existem. (1)
A reprodução de provas sejam elas opacas ou transparentes em bancada são na maioria dos casos mais rápidas e com muito boa qualidade e poder de reprodução posterior de elevada qualidade. O sistema que abordamos hoje é a reprodução de Kodachrome, para tal recorremos a uma câmara Canon 5D Mark II com lente de 100mm macro também da Canon o sistema de captura é directo para o computador através do programa de captura do EOS Utility e com recurso ao Bridge. Neste sistema de captura optámos ainda por utilizar uma bancada de luz como esquema que reproduzo mais à frente na Fig. 1 esta bancada tem um vidro opalino como base de trabalho, na sua base foi colocado um flash que será o que vai iluminar o Kodachrome para a reprodução e um outro flash de maneira a que a luz desse incida para preencher com luz o caixilho do referido Kodachrome, sendo que um fica na posição Slave e outro em Master. Para que a reprodução seja fiel devemos representar tanto a imagem como o caixilho que a envolve, até pelo seu testemunho em relação ao processo como pelo seu enquadramento, neste sentido a primeira coisa a fazer será com um kapaline preto recortar o espaço para o encaixe correcto do Kodachrome, este sistema permite automatizar e facilitar a captura das imagens. Devemos como sempre fazer o check up da câmara antes de iniciarmos a sessão e criar uma pasta de trabalho para ser mais fácil a sua identificação e procura, a abertura do diafragma não deve ser muito elevada para não prejudicar a imagem, no entanto podemos fazer teste para saber qual o melhor valor para cada lente que utilizamos. (1)
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Na reprodução de negativos positivos o sistema que utilizamos será o mesmo só que abdicamos do segundo flash de enchimento, pois não há caixilho para preencher. Depois de acharmos os valores correctos devemos mantê-los até ao final para não existirem diferenças quando estivermos a passar a colecção, uns com mais luminosidade e outros com menos.
http://www.lupa.com.pt/site/ficheiros/09051504258.pdf
Reprodução Neg. Vidro
Na reprodução de negativos em vidro já devemos ter outros cuidados, além do check up ao equipamento devemos ter em atenção fotografar sempre com a emulsão para baixo, no entanto se aparecerem aneis de Newton devemos virar a emulsão para cima e fotografamos só a imagem. Como o que estamos a visualizar é um negativo temos de nos regular pelo histograma e pensar em negativo que as zonas bancas são as sombras e as zonas escuras as altas luzes, utilizamos na mesma o K-line preto cortado à medida do vidro o que dará para outras situações dado que os vidros são standartizados. Encontrado o valor certo do diafragma e a inten-
sidade do flash podemos começar a registar. No Bridge no menu Basic retiramos toda a saturação depois vamos ao menu Levels e dentro deste a point e aí clicamos e mantendo o rato pressionado sobre o ponto da direita baixamo-lo e em seguida fazemos o mesmo com o ponto da direita o que quer dizer que invertemos os Levels. A seguir podemos ir a Presets e guardar Basic, Levels e Flash damos-lhe um nome “Inversão Negativo” e a partir daí sempre que precisarmos é só ir aplicar esse preset e as opcções seleccionadas estarão activas. Devemos verificar o histograma dentro da imagem e só na imagem, mais tarde podemos colocar um pouco de sharpen no camera raw ou no bridge se acharmos necessário. Posto isto o trabalho está finalizado. 19
Conclusão
Este pequeno Manual de Procedimentos foi elaborado para responder às necessidades de um público que tenha conhecimentos mínimos de Fotografia e pretenda estender um pouco mais os seus conhecimentos. Espero com o mesmo ter explicado de forma muito resumida mas ao mesmo tempo acertiva todos os processos necessários que vão desde a captura de uma imagem até à prova final. Encerra aqui mais um capítulo nesta fase de absorção de conhecimentos, um capítulo muito benéfico no cimentar de alguns modos de actuar e na aprendizagem de outros tantos. A Fotografia Digital foi transversal diria a todas as Unidades Curriculares (UC) foi ela a base que nos proporcionou desenvolver os trabalhos de uma forma metódica e acertiva, desde a Fotografia de Produto, Arqueologia, Território, Reprodução de Positivos e de Provas Históricas até ao Stack Mode, estamos a falar de UC tão diversas como Fotografia Território, Produção Artística e Curadoria, Conservação de Colecções de Fotografia e Gestão de Colecções de Fotografia. A UC de Fotografia Digital refinou os nossos conhecimentos e preparou-nos para enfrentar os desafios de um mercado competitivo.
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Teclas de Atalho Teclas de Atalho Câmera RAW Abrir o Câmera Raw no Adobe Bridge - Ctrl + R Preview - P Zoom - Z Hand - H White Balance - I Crop - C Rotate Image 90° (left) - L Rotate Image 90° (right) - R Aviso de corte nas altas luzes - O Aviso de corte nas sombras - U Full Screen - F Teclas de Atalho do Adobe Bridge Colocar “Rating” numa imagem Ctrl+1 Ctrl+2 Ctrl+3 Ctrl+4 Ctrl+5 Colocar Labels numa Imagem Ctrl+6 Ctrl+7 Ctrl+8 Ctrl+9 Full Screen Preview - Space SlideShow - Ctrl+L Review Mode - Ctrl+B Refresh - F5 New Folder - Ctrl+Shift+N Close Window - Ctrl+W Open Camera Raw - Ctrl+R
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Glossário AJUSTE B (BULB) - Ajuste na escala de velocidades do obturador para mantê-lo aberto durante o tempo necessário para fotografar cenas com poucas condições de luz, como ruas e avenidas de grande movimento durante á noite, por exemplo.
sa americana de softwares Adobe Systems. Esse tipo de arquivo foi criado com a intenção de padronizar os diferentes formatos de RAW utilizados no mercado pelas diferentes marcas de câmeras, além de unificar o arquivo de imagem com seu script de edição e metadados.
Átomo - É uma unidade básica de matéria que consiste num núcleo central de carga positiva envolto por uma nuvem de eletrões de carga negativa.
Distância Focal - Distância entre a objetiva e um ponto determinado, onde se forma a imagem focalizada de um assunto a grande distância, quando a objetiva está focalizada para o infinito. A distância focal de uma objetiva determina o tamanho final da imagem fotográfica. Em geral, quanto maior for a distância focal da objetivam menor será seu respectivo ângulo de visão.
Balanço de Brancos - Recurso de correção, por meio de colorímetro, disponível em câmaras digitais ou câmaras de vídeo, destinado a pré-ajustar o equipamento em relação à fonte de luz utilizada (Luz do Dia, Fluorescente ou Incandescente). BULB - Bulb, abreviado B, é uma configuração da velocidade do obturador numa câmera ajustável que permite longos tempos de exposição sob o controle direto do fotógrafo. Covalente - A ligação covalente é um tipo de ligação química caracterizada pelo compartilhamento de um ou mais pares de elétrons entre átomos, causando uma atração mútua entre eles, que mantêm a molécula resultante unida. O nome ligação covalente surgiu em 1939. Cropping - Processo de corte de uma imagem digital. Cor Saturada - Cor pura, sem qualquer mistura de cinza ou contaminação de outra cor. Composição - É o arranjo dos elementos de uma fotografia, o assunto principal, primeiro plano, fundo e motivos secundários visando harmonia e estética visual. Definição - É a clareza nos detalhes e contornos. Depende da dimensão do menor ponto da imagem que pode ser gravado no filme por meio da objetiva que se utiliza. O índice de definição vai depender da sensibilidade do filme, da qualidade óptica da objetiva, dos métodos de fotometria e processamento da imagem. Diafragma - O diafragma fotográfico é o dispositivo que regula a abertura de um sistema óptico. É composto por um conjunto de finas lâminas justapostas que se localiza dentro da objectiva, e que permitem a Regularem da intensidade de luz/iluminada que ira sair na material foto-sensível. O valor do diafragma se dá através de números, conhecidos como números f ou f-stop, e seguem um padrão numérico universal. Esta escala inicia-se em 1, 1.4, 2, 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22, 32, 45, 64, etc. Sendo que, quanto menor for o número f, maior a quantidade que luz que ele permite passar e, quanto maior o número f, menor a quantidade de luz que passará pelo diafragma. Cada número maior, ou seja, mais fechado, representa a metade da luz que a abertura anterior permite passar, assim como a cada número menor, ou seja, mais aberto, permite a entrada do dobro de luz. DNG - Digital Negative (DNG) é um formato de imagem RAW utilizado na fotografia digital, desenvolvido em 2004 pela empre-
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Distância Hiperfocal - A distância até o objeto mais próximo em foco, quando a objetiva é focalizada no infinito. Estabelecer o foco nessa distância, ao invés de no infinito, fará com que os planos mais distantes permaneçam em foco, além de estender a profundidade de campo a fim de incluir outros planos mais próximos da câmara. Eixo Óptico - Linha imaginária que passa pelo centro óptico de um sistema de lentes ou objetiva. Electrão - (do grego ήλεκτρον, élektron, “âmbar”), geralmente representado como e-, é uma partícula subatômica que circunda o núcleo atômico, identificada em 1897 pelo inglês John Joseph Thomson. Subatómica e de carga negativa, é o responsável pela criação de campos magnéticos e eléctricos. Espectro eletromagnético é o intervalo completo da radiação eletromagnética que contém as ondas de rádio, as microondas, o infravermelho, os raios X, a radiação gama, os raios violeta e a luz visível ao olho humano. Exposição - Tempo durante o qual a luz deve incidir sobre a emulsão fotográfica para formar sua respectiva imagem. A exposição é controlada pela velocidade do obturador e pela abertura do diafragma selecionada. Filtros - Um filtro fotográfico é um acessório de câmera fotográfica ou de vídeo que possibilita o manejo de cores e/ou a obtenção de efeitos de luz pela sua inserção no caminho ótico da imagem. Os filtros são de gelatina, plástico, vidro ou cristal, na maioria das vezes montadas em anéis rosqueáveis na objetiva, ou em anéis elásticos para montar no cilindro liso da objetiva. Flash - ou flache1 é um instrumento utilizado em fotografia que dispara luz em simultâneo com a abertura do obturador. Usado em situações de pouca luz ou mesmo com bastante luz, ao sol por exemplo, para preenchimento de sombras muito fortes evitando o contraste exagerado, o chamado fill flash. Fluorescência - É a capacidade de uma substância de emitir luz quando exposta a radiações do tipo ultravioleta (UV), raios catódicos ou raios X. Fotograma - Há várias definições: 1) Cada uma das imagens em
um rolo de filme. 2) As bordas de uma imagem. 3) Fotografia sem câmara obtida por cópia contato de objetos colocados diretamente sobre o papel fotográfico.
Master e Slave - Master é um flash que, na Sapata, pode “mandar” em outros flashes de forma wireless. Slave é o flash que obedece um Master.
Fotómetro Central - Fotômetro de ação central. Medidor de exposição que trabalha através da objetiva, e mede os valores de luz de toda a cena, dando, porém, maior ênfase à área central do visor.
Metadados, ou Metainformação, são dados sobre outros dados. Um item de um metadado pode dizer do que se trata aquele dado, geralmente uma informação inteligível por um computador. Os metadados facilitam o entendimento dos relacionamentos e a utilidade das informações dos dados. Moléculas - Uma molécula é uma entidade eletricamente neutra que possui pelo menos dois átomos, todos ligados entre si mediante ligação covalente.
Fotómetro TTL - Fotômetro de leitura direta através da objetiva (Fotômetro TTL). Fotômetro embutido que faz as leituras de luz diretamente através da objetiva sobre o plano do filme. Fotómetro - O fotómetro é um aparelho que mede a intensidade da luz (por exemplo, para adequá-la às necessidades específicas de um fotógrafo ou de um cineasta) através de parâmetros fotográficos. Este converte a luz em corrente eléctrica podendo ser medida em valores referentes à velocidade de obturação ou abertura de diafragma (“f ”) . Os fotografos e cinegrafistas por exemplo usam o fotometro para medir a intensidade da luz no ambiente para conseguir bons filmes e imagens. High Dynamic Range (HDR, ou Grande Alcance Dinâmico, em português) são métodos utilizados em fotografia, computação gráfica ou processamento de imagens em geral, para alargar o alcance dinâmico (o trecho entre o valor mais escuro e o mais claro de uma imagem). A intenção dessa técnica é representar precisamente nas imagens desde as áreas mais claras, possivelmente iluminadas diretamente por uma fonte de luz até áreas mais escuras, possivelmente em sombras. Impregnada - Repleta de .... ISO - Sensibilidade fotográfica, também conhecida como sensibilidade ISO é um termo utilizado para se referir à sensibilidade de superfícies fotossensíveis (sensíveis à luz) utilizadas na fotografia (filme fotográfico ou sensor de imagem). Keyword - Palavras-chave são as palavras que os acadêmicos usam para revelar a estrutura interna do raciocínio de um autor. Enquanto eles são usados principalmente para a retórica, eles também são usados em um sentido estritamente gramatical para a composição estrutural, raciocínio e compreensão. Na verdade, eles são uma parte essencial de qualquer língua. Há muitos tipos diferentes de categorias de palavras-chave, incluindo: Conclusão, continuação, contraste, ênfase, Evidence, Ilustração e Seqüência. Cada categoria serve a sua própria função, assim como as palavras-chave dentro de uma determinada categoria. Lâmpada de Wood - A Lâmpada de Wood tem um arco de mercúrio que emite radiações ultravioleta. Luz Polarizada - Luz cujas vibrações eletromagnéticas oscilam segundo um só plano. Em condições normais a luz não está polarizada, e suas vibrações eletromagnéticas oscilam em planos diferentes. A luz refletida por superfícies brilhantes não metálicas, que impede ver os pormenores e as cores, é freqüentemente polarizada e pode ser controlada ou ainda eliminada mediante o uso do filtro polarizador. Macrofotografia - Classicamente, o campo da macrofotografia está delimitado pela captura de imagens em escala natural ou aumentada em até cerca de dez vezes seu tamanho natural.
Nanómetro - é um milionésimo de milímetro Radiação Ultravioleta - As frequências desta radiação são superiores às da região visível ao olho humano. Estas radiações são emitidas pelos átomos quando excitados, como por exemplo, em lâmpadas de vapor mercúrio (Hg), acompanhando a emissão de luz. Por não serem visíveis os raios ultravioletas podem causar sérios danos à visão humana. RAW - Raw, ou formato cru, é uma denominação genérica de formatos de arquivos de imagens digitais que contém a totalidade dos dados da imagem tal como captada pelo sensor da câmera fotográfica. Tais formatos não podem ter aplicada a compressão com perda de informação, como ocorre com o popular JPEG. Como o formato cru contém todos os dados da imagem captada pela câmara e uma maior profundidade de cor, em geral 30 ou 36 bits/píxel — seus arquivos são muito grandes, salvo quando são comprimidos (sem perdas). É muitas vezes chamado de “negativo digital” pois é equivalente a um filme negativo na fotografia analógica: ou seja, o negativo não é usável como uma imagem, mas contem todas as informações necessárias para criar uma. O processo de converter uma imagem crua para um formato visível é muitas vezes chamado de revelação de imagem raw . Reflectografia - É o nome dado ao método de registro do raio refletido de luz sobre uma superfície. Reflectografia Infravermelho, em especial, tem aplicação na observação de desenhos subjacentes em pinturas. TTL - É quando a Câmera e o Flash conversam entre si e definem as coisas automaticamente. A câmera diz pro flash que precisa de mais ou menos luz e ele obedece. X.Riter Color Checker - Simples e intuitivas, as soluções da X-Rite fornecem os passos necessários para calibrar e perfilar seus dispositivos de cores, incluindo câmeras, digitalizadores, monitores, projetores e impressoras. Os perfis resultantes são como as impressões digitais de cada dispositivo. Quando você os utiliza em seus aplicativos, controladores e processadores de imagens por varredura (RIP), eles rompem as barreiras linguísticas das cores de modo a garantir uma comunicação clara, exata e coerente de cada cor de um dispositivo para outro. Além disso, visto que todas as atuais ferramentas profissionais para criação e tratamento de imagens são compatíveis com os perfis de gerenciamento de cores, é muito fácil e rápido implementá-los no seu fluxograma de trabalho! White Balance - Em fotografia, balanço de cores ou balanço do branco (em inglês, white balance) refere-se aos ajustes que são efetuados pelo fotógrafo ou pela câmera fotográfica para se obter imagens com fidelidade de cores próxima àquelas que os objetos apresentam sob iluminação ideal.
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