Como resgatar a educação Há saída para o 'quadro negro' da educação alagoana? Célia Capistrano, líder do Sinteal, afirma que sim: "Basta que os governantes cumpram o que anunciam nas campanhas". Para ela, só investimento salva a educação. > A-6
edição PRIMEIRA
Mega salta para R$ 16 milhões Ninguém acertou a Mega-Sena deste sábado (29). Foram sorteadas as dezenas 09, 12, 22, 39, 48 e 60. O prêmio para esta 4ª feira (3) deverá ser de R$ 16 milhões. A Quina teve 59 ganhadores e cada um receberá R$ 25.259,36.
Ano 9 | Edição 485 | Maceió, Alagoas, 1º a 7 de outubro, 2012 | R$2,00
RUI REDOBRA ESFORÇOS PARA VENCER ELEIÇÃO NO DOMINGO Vencer no próximo domingo e evi- vindo até aqui para apoiar Ronal- final da corrida à Prefeitura de Ma- pesquisas de intenção de voto foi de novo impedido de aparecer tar o desgaste de nova campanha do Lessa - é o objetivo concentra- ceió. A campanha segue morna, minguaram. Principal crítico de Rui no Guia Eleitoral por decisão dos - possivelmente com Lula e Dilma do do tucano Rui Palmeira na reta sem debates na televisão, e até as na TV, o prefeito Cícero Almeida juizes do TRE-AL. > A-2 Fotos: Divulgação
LESSA: RECURSO DEVE SER VOTADO NESTA TERÇA, A 5 DIAS DA ELEIÇÃO Relatora distribui cópias aos ministros para evitar 'pedido de vista' e mais retardamento Estava tudo pronto para o recurso de Ronaldo Lessa ser julgado na quinta-feira (27), mas o processo não entrou
em pauta e a decisão deve sair nesta 3ª feira, véspera da última exibição do Guia Eleitoral. A ministra-relatora,
Laurita Vaz, distribuiu cópias integrais do recurso aos ministros para evitar pedido de vistas. A última sessão do TSE
antes do pleito será 5ª feira. Se perder, Lessa terá de ser substituído, certamente pelo vice Mosart Amaral. > A-3
Ministra Laurita Vaz, relatora do recurso de Lessa
Falência pode agravar crise do Grupo JL A falência do Grupo João Lyra, decretada pelo Tribunal de Justiça, deverá afetar ainda mais a já precária credibilidade das usinas em reconhecido estado de insolvência. A medida extrema foi tomada porque o grupo
A TELEVISÃO SEM HEBE CAMARGO
não vem cumprindo o acordo de recuperação judicial firmado em 2009. João Lyra já anunciou que vai recorrer e, reunido com a direção da Asplana, disse que vai pagar o que deve aos produtores de cana. > A-5
Votação biométrica será quase 100% em Alagoas e Sergipe A Rainha da TV foi sepultada neste domingo em São Paulo. A ex-cantora, atriz e apresentadora Hebe Camargo morreu aos 83 anos na madrugada de sábado (29) em sua casa no Morumbi-SP. Sua morte priva a televisão de um de seus grandes talentos femininos. > B-6
MÍDIA REMEMORA IMPEACHMENT DE COLLOR HÁ EXATOS 20 ANOS
Alagoas e Sergipe são os únicos estados onde a votação do próximo domingo será quase 100% biométri-
ca. Segundo o TSE, o voto digital deverá abranger todo o país somente nas eleições de 2018. > A-7
JOAQUIM BARBOSA PREPARA PENAS DURAS PARA ZÉ DIRCEU E DELÚBIO
> A-8
> A-8
Galo se livra de Pintado e Bala perdida O CRB voltou a perder em casa (2x0 para o Criciúma, sexta-feira à noite no Rei Pelé), estacionou nos 28 pontos e só não entrou na zona de rebaixamento porque o Guaratinguetá também dançou. Com a crise instalada, a direção do Galo acionou a guilhotina: demitiu 3 jogadores, incluindo Carlinhos Bala, e o técnico Pintado. Com time desarrumado, o Regatas vai jogar duas partidas fora de casa, Lutando para sair da zona de rebaixamento, o Sport foi ao Pacaembu e a 1ª contra o América de No grande clássico carioca, o Fluminense venceu o Flamengo por 1x0 e levou 3x0 do Corinthians, continuando com 27 pontos. > ESPORTES se mantém isolado na liderança da Série A do Brasileiro. > ESPORTES Natal. > ESPORTES
Corinthians goleia Sport no Pacaembu
Fred faz golaço e Flu vence Flamengo
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Primeira Edição | 1º a 7 de outubro, 2012
A2 | Política
O Ã S S AL E C SU APIT C A N
Rui quer se eleger já no domingo; Lessa ainda batalha pelo 2º turno Campanha segue morna, sem comícios e sem debates; na reta final, até as pesquisas de intenção de voto minguaram fotos: Primeira Edição
Miguel Góes Repórter
Tucano Rui Palmeira lidera pesquisas e tenta se eleger já no próximo domingo
Cícero Almeida trocou de partido, mas foi de novo retirado do Guia Eleitoral
> ASSEMBLEIA
Luciano lidera luta contra veto e lembra avanços do STPLAL Primeira Edição
O presidente em exercício do STPLAL, Luciano Vieira, reuniu-se com a categoria para anunciar que, logo após as eleições, retomará a luta para assegurar a reposição inflacionária de 22,9%, incluída na LDO de 2013, mas vetada pelo governador Téo Vilela. - Tão logo termine o processo eleitoral, vamos mobilizar a categoria a fim de pressionar os deputados pela derrubada do veto, que é injustificável já que Luciano Vieira prepara luta contra veto e destaca ações de Ernandi Malta
não se trata de aumento salarial, mas de simples reposição inflacionária, o que o próprio governo do Estado já faz todo o ano a favor dos servidores do Executivo - disse Vieira. Sobre essa questão, Luciano Vieira resumiu: "Por que o governo reajusta anualmente os salários de seus funcionários, mas não quer que o mesmo seja feito com os servidores do Poder Legislativo? Qual é a lógica disso?".
Ernandi e as conquistas do sindicato O presidente interino do STPLAL conclamou a categoria a fazer uma reflexão sobre as conquistas do sindicato nos últimos cinco anos e lembrou que todos os avanços resultaram da ação destemida e ousada do presidente Ernandi Malta, que está concorrendo a uma vaga de vereador na Câmara de Maceió: - Ernandi é o que podemos chamar de 'algo novo' na política de Alagoas. Funcionário da
Assembleia Legislativa, ingressou no sindicalismo, elegeu-se presidente do nosso Sindicato e, em defesa dos servidores, desafiou a velha ordem ali vigente - disse. Lembrou que foi Ernandi quem comandou a histórica greve que fechou a sede da Assembleia em 2008, então funcionando no prédio da Associação Comercial em Jaraguá. "Sem medo de cara feia e até de ameaças de morte, ele
enfrentou os deputados e assegurou conquistas para os trabalhadores, entre as quais eu destaco: - implantação de uma reposição salarial de 102%, engavetada no Judiciário desde 1995; - pagamento de décimo terceiro salário atrasado; - aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios uma conquista histórica; - e agora, já incluído na LDO de 2013, reajuste de 22,9%
referente à data-base dos anos 2010 a 2012. Segundo Luciano, graças à atuação corajosa de Ernandi Malta, a Assembleia hoje paga os salários em dia e não corta mais - como fazia antes - a remuneração de seus funcionários. "Agora, Ernandi quer mostrar que pode fazer o mesmo na Câmara, e eu tenho convicção de que ele cumprirá esse novo compromisso", finalizou.
Uma campanha sem debate? Isso. Até agora, nenhuma emissora de rádio ou TV anunciou debate entre os candidatos, um evento tradicional nas campanhas eleitorais. Esse é o cenário da sucessão em Maceió em plena reta de chegada. Até as pesquisas de intenção de voto minguaram. Com o crescimento contínuo do tucano Rui Palmeira, a grande questão é saber se haverá segundo turno. No início da campanha, tal condição parecia indiscutível: num pleito com oito concorrentes, mais fácil do que prever de quem seria a vitória, era afirmar a realização do segundo turno. Mas veio a polarização entre Rui Palmeira e Ronaldo Lessa, provocando um encolhimento das demais candidaturas. No bloco tucano, o objetivo é concentrar esforços na reta final para assegurar a vitória domingo e, assim, evitar o desgaste de uma nova campanha, com embate direto entre Rui e, possivelmente Ronaldo, o que poderia trazer para cá figuras emblemáticas como Lula, Michel Temer e até a presidente Dilma. Até o democrata Jéferson
Morais, apoiado pelo vice-governador José Thomaz Nonô e visto como uma 'terceira via', perdeu eleitores para Rui Palmeira, que assumiu a liderança das pesquisas e passou a despontar como virtual vencedor já no primeiro turno. O único sinal de campanha são os adesivos colados nos automóveis e nas paredes das casas dos bairros periféricos, além de cartazes fixados em pontos de grande movimento como a Praça do Centenário e Avenida Duque de Caxias. Sem debate na televisão, os candidatos se enfrentam no Guia Eleitoral exibido diariamente no rádio e na televisão. No mais, aparecem em entrevistas realizadas por emissoras de rádio e TV, livres de confronto direto. O horário gratuito na televisão e rádio se encerra nesta quinta-feira, ocasião em que, normalmente, os candidatos aproveitam para se despedir e agradecer aos eleitores. Mas a Justiça Eleitoral eventualmente pode acatar pedido de direito de resposta e autorizar que candidatos acusados injustamente possam se defender após o encerramento do Guia.
Almeida volta ao Guia, mas de novo é retirado Depois de passar mais de duas semanas fora do Guia Eleitoral, o prefeito Cícero Almeida voltou a aparecer pedindo voto para Ronaldo Lessa, mas, de novo, foi retirado do horário gratuito por decisão unânime dos juízes do Tribunal Regional Eleitoral. Acolhendo uma ação da coligação 'Por uma nova Maceió', do tucano Rui Palmeira, a Justiça Eleitoral entendeu que Cícero Almeida não podia aparecer no Guia Eleitoral porque pertencia a um partido (o PEN) que não integrava a coligação de Ronaldo Lessa. Cícero então foi orientado a trocar de partido: desligou-se do PEN e filiou-se ao PSD, que está na coligação de Lessa. Com isso, pôde voltar a fazer
campanha para Lessa na televisão. Em nova ação, entretanto, o TRE-AL entendeu que ele, mesmo no PSD, não podia participar do Guia Eleitoral já que, para isso, teria de ter se filiado na nova agremiação antes das convenções partidárias.
CALENDÁRIO Pelo calendário eleitoral, a partir desta terça-feira (2) e até 48 horas após o encerramento da eleição, nenhum eleitor poderá ser preso, salvo em flagrante delito, ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou ainda por desrespeito a salvo-conduto, de acordo com o calendário aprovado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Primeira Edição | 1º a 7 de outubro, 2012
Política | A3
> EXPECTATIVA Romero Vieira Belo
Enfoque Político O duelo que não houve Todas as previsões indicavam um confronto histórico na sucessão em Maceió: de um lado, a experiência de Ronaldo Lessa; do outro, a renovação com Rui Palmeira. O embate, contudo, acabou prejudicado pela decisão judicial que impediu Lessa de registrar sua candidatura. Sem registro, o ex-governador atravessou toda a campanha lutando para reverter a sentença da Justiça Eleitoral. Lessa tinha sete concorrentes, mas apenas Rui Palmeira se beneficiou de sua situação de insegurança. Justamente porque o eleitor percebeu, desde o primeiro momento, que nenhum outro postulante - além do tucano - tinha cacife para enfrentar Lessa. Rui cresceu e passou a liderar as pesquisas, também embalado pelo vendaval mudancista que atingiu diversas capitais. Candidato jovem, sem erros administrativos a serem apontados, o herdeiro político do exgovernador Guilherme Palmeira foi ainda favorecido pelo pessimismo que se abateu sobre as hostes de Lessa. O que poderia atrapalhar a trajetória ascendente de Rui não se confirmou: o crescimento do candidato Jéferson Morais. Mesmo contando com o mesmo eleitor que consagrou Cícero Almeida em duas eleições seguidas, Morais não teve ímpeto suficiente para se capitalizar explorando as dificuldades enfrentadas por Lessa. Com os demais candidatos presos por âncoras de rejeição ou indiferença popular, Rui avançou sem ter obstáculos a vencer. E avançou tanto que pode ganhar a disputa já no dia 7 de outubro. CADÊ A CAMPANHA? 1
CADÊ A CAMPANHA? 2
Zé Muniz, bravo e incansável Zé Muniz, critica a campanha: "Não tem comício, carreata, showmício. Não tem mais nada. Só tenho a TV, 15 segundos na TV. Isso é campanha?".
Candidato a vereador, fiel ao PMDB, Zé Muniz sente clima positivo por onde anda, mas não se ilude: "Toda essa gente que diz votar em mim será peitada pelos compradores de voto. E aí?".
BOM DESEMPENHO RENDE DIVIDENDOS A SILVANIA A atuação segura e isenta de Silvania Barbosa, quando integrante da Mesa da Câmara Municipal, está lhe rendendo bons dividendos na atual campanha. Candidata à reeleição, a vereadora tem recebido mais manifestações de apoio do que na eleição passada. Neste sábado, ela liderou uma caminhada gigante pela Zona Sul da capital, partindo do início da Rua Cabo Reis. STF: CULPADOS
O BRASIL DE HOJE
Todos os envolvidos no escândalo do mensalão são culpados. E serão condenados a penas variadas, não obstante a manifestação condescendente, a favor de alguns, do revisor Lewandowski.
Lula diz que, sem o PT, o Brasil não seria o mesmo hoje. Seria. Não seria se a inflação, derrubada pelo Plano Real, ainda priorizasse a ciranda financeira em detrimento do mercado produtivo nacional.
Recurso de Lessa no TSE será determinante para o 2º turno Se decisão sair nesta 3ª feira, Ronaldo só terá o Guia Eleitoral da 4ª para repercutir Divulgação
Da Redação
A eventual vitória de Ronaldo Lessa no Tribunal Superior Eleitoral, onde o recurso visando ao registro de sua candidatura continua na geladeira, fora da pauta de julgamento, terá repercussão precária exatamente por exigüidade do tempo. Como o TSE realiza sessões de julgamento na terça e na quinta, em caso de vitória no início da semana, Ronaldo Lessa só terá o Guia Eleitoral da quartafeira (3), o último da campanha de prefeito, para divulgar sua vitória. Se a decisão só ocorrer na sessão da quinta-feira (4), sem horário gratuito no rádio e na televisão, o resultado ficará adstrito ao noticiário normal dos veículos de comunicação. - O último Guia Eleitoral será exibido na quarta-feira, 3 de outubro, e como o vídeo é encaminhado por antecipação, não haverá como mostrar a repercussão na própria mídia de uma eventual vitória de Ronaldo Lessa - disse o advogado Marcelo Brabo Magalhães, mas a situação ficará mais crucial ainda se a decisão no TSE só acontecer na quinta-feira (4) sem mais horário gratuito. A assessoria jurídica da coligação 'Maceió cada vez melhor' informou que, em caso de derrota, Lessa terá de ser imediatamente substituído na chapa: nessa hipótese, o mais provável
O pleno do TSE deve julgar recurso de Ronaldo Lessa nesta terça-feira (2) a apenas cinco dias das eleições
é que o vice Mosart Amaral assuma a condição de candidato a prefeito e seja substituído por alguém da coligação. O advogado Marcelo Brabo disse ao Primeira Edição na manhã deste sábado (29) que o recurso deverá ser julgado nesta terça-feira (2), até porque, para evitar pedidos de vistas do processo, a ministra Laurita Vaz distribuiu cópias integrais do recurso a todos os ministros.
Na coligação de Lessa, todos estranham o fato de um processo dessa natureza, envolvendo um dos candidatos de uma capital, não ter um mínimo de prioridade para apreciação dos ministros. Marcelo Brabo explicou que, na hipótese de o Tribunal Superior Eleitoral não julgar o recurso até a quinta-feira (última sessão da Corte antes das eleições), ele já tem pronto um pedi-
do de medida cautelar que deverá ser encaminhado ou ao próprio TSE ou ao Supremo Tribunal Federal. Na avaliação de integrantes da coligação de Lessa, a decisão do TSE (se favorável), será determinante para a realização de um segundo turno em Maceió, com um provável confronto direto entre Rui Palmeira, do PSDB, e o próprio Ronaldo Lessa, do PDT.
> PROPOSTA
Fontan quer isenção do IPTU para quem tem renda mínima Divulgação / Alagoas24horas
RENAN E A SUCESSÃO DE LUCIANO BARBOSA EM ARAPIRACA A atuação do senador Renan Calheiros, apoiando projetos de educação e de desenvolvimento econômico, ajudando a moldar o excelente gestor que foi Luciano Barbosa, pavimentou o caminho para a volta de Célia Rocha à Prefeitura de Arapiraca. Foi o apoio de Renan que fez de Luciano - técnico de alto nível - um prefeito eficiente, com força e influência capaz de definir sua própria sucessão. Célia Rocha enfrenta Rogério Teófilo e Alves Correia. RETRATO FEIO
E OS PREPARADOS?
Certo que a eleição, por seus candidatos, retrata a sociedade, mas tem limites. O que se viu este ano, no Guia Eleitoral, beirou a ridicularia. A sociedade alagoana pode ser tudo, menos isso.
A Ficha Limpa cumpre sua parte ao livrar a democracia dos salafrários, mas falta algo: a participação de homens e mulheres de bem, preparados. Sem estes, a malta ignara toma conta do pedaço.
Propor ao futuro prefeito uma anistia aos devedores do IPTU, de renda comprovadamente baixa, além de dispensa de multas para os inadimplentes em geral, de modo a permitir que a receita municipal melhore, mas sem sacrificar ninguémm sobretudo os mais pobres. Esse é um dos compromissos assumidos pelo ex-presidente da Câmara de Maceió, Arnaldo Fontan, que está em campanha para reassumir um mandato no Legislativo da capital. Acometido de virose na reta final da campanha, Fontan disse que não teme a gastança de alguns concorrentes porque, este ano, resolveu trabalhar de forma descentralizada: "Garimpei votos em todos os bairros, nunca caminhei tanto numa campanha", revelou. Ele diz que já existe isenção para os donos de casas pequenas, mas pondera: "E quem tem uma casinha com mais espaço,
QUEM PAGA A FESTA DOS BANCÁRIOS A greve dos bancos envolveu três partes, mas só uma saiu perdendo: o público. Os bancários nunca conseguem o que querem, mas sempre mordem alguma coisa. Os banqueiros concedem aumento, mas se compensam elevando os juros. No fim, os correntistas, sempre eles, pagam a conta do acerto negociado. NA RETA FINAL
CADÁVER INSEPULTO
Acusado de comprar voto na eleição de 2008, o vereador Paulo Corintho desistiu de tentar a reeleição. Por aí se tem uma noção mais precisa de como anda o comércio do voto em Maceió.
De um leitor, sobre a crise no Instituto Médico Legal: "O IML de Maceió é um cadáver insepulto. Morreu nos tempos do legista Duda Calado, e até hoje ninguém providenciou o enterro".
A VELHA CRETINICE ESTÁ DE VOLTA Por aqui, não existe eleição sem canalhice. A serviço, obviamente, de candidatos escusos, tem gente apregoando a desistência de candidatos inabaláveis a vereador, como Antônio Holanda, o guerreiro Toroca e até o pastor João Luiz, um dos poucos da Câmara com reeleição garantida, segundo analistas políticos. A única desistência, até agora, é a de Paulo Corintho.
para os que realmente não têm como pagar - garantiu Arnaldo Fontan. Ele afirmou, também que, se reconquistar o mandato, vai apoiar principalmente os projetos que visem melhorar o atendimento nos postos de saúde do Município. "A saúde não pode continuar como está".
Arnaldo Fontan quer anistiar devedores sem condições de pagar IPTU atrasado
mas vive com uma renda mínima, precária?". Segundo o ex-presidente da Câmara, a alta inadimplência que atinge o IPTU (51% em 2011, segundo a secretária Marcilene Costa) ocorre porque a maior parte da população vive em dificuldades financeiras,
além de penalizada por insuportável carga tributária. - O povo trabalhador de Maceió é honesto e cumpridor de suas obrigações. Os mais pobres não têm renda suficiente para pagar o IPTU, por isso, se voltar à Câmara, irei ao futuro prefeito reivindicar uma anistia
RECEITA Na contramão da proposta defendida por Arnaldo Fontan, o candidato a prefeito Galba Novais (PRB)já avisou que, se eleito,m vai cobrar os impostos atrasados, incluindo o IPTU. O próprio Galba disse que a dívida ativa do Município (dinheiro a receber) chega a R$ 200 milhõesm e que vai cobrar dos ‘devedores poderosos’. Segundo a Secretaria de Finanças de Maceió, em, 2011 a inadimplência do IPTU atingiu 51%, envolvendo moradores de todos os bairros da capital.
PANORAMA ELEITORAL Da Redação
nenhum 'grupo' predominante.
GRANDE BOBAGEM Em seu discurso de candidato, Alexandre Fleming (PSOL) comete uma heresia política: diz que um mesmo grupo manda em Maceió há 20 anos e que ele representa a mudança. Que grupo? Cícero Almeida se elegeu prefeito em 2004 desbancando o PSB que administrava a capital havia 12 anos, com Lessa e Kátia Born.
DILMA EQUIDISTANTE Ao contrário de Lula quando presidente, Dilma tem evitado participar da campanha eleitoral. Candidatos de partidos da base governista dariam tudo para ter uma mensagem de apoio da presidente, mas isso não tem passado de sonho. O máximo que os aliados podem dizer é que contam com o apoio dela.
FIGURAS CARICATAS O nível dos candidatos a vereador em Maceió é o mais crítico da história recente. A Ficha Limpa excluiu alguns políticos indignos de pleitear um mandato popular, mas, por outro lado, os partidos abriram legenda para todo tipo de 'palhaço'. A votação desses personagens bizarros mostrará a real estatura política de cada um.
GRUPO JÁ ERA O último grupo político dominante em Alagoas se desfez nos anos 90, quando Divaldo Suruagy renunciou ao governo, em 1997, e Guilherme Palmeira encerrou seu mandato de senador e foi ser ministro do TCU. Eram os líderes do bloco que conduziu o estado ao longo de 25 anos. Hoje não há
CAMPANHA VIGOROSA A campanha de Rui Palmeira continua mais presente e visível nas ruas da capital. Na guerra dos adesivos, o tucano permanece absoluto. A propaganda de Ronaldo Lessa minguou nas últimas semanas, o mesmo ocorrendo com a de Jéferson Morais. No PSDB, a ordem é dar a carga toda para liquidar a fatura no primeiro turno.
SURPRESA PÓS ELEIÇÃO O preço da gasolina baixou. Houve uma queda média de 10 centavos por litro nas bombas de Maceió. Mas essa alegria deve durar pouco. A previsão é de que, tão logo acabe o processo eleitoral, os derivados do petróleo terão os preços reajustados. Claro que o governo não vai aumentar nada em cima das eleições.
Primeira Edição | 1º a 7 de outubro, 2012
A4 | Cidades
OS CANDIDATOS EM MACEIÓ
O que cada um promete realizar em 4 anos se vencer a eleição de domingo Eleitor deve ficar atento às promessas de campanha; muitas são envolventes, mas irrealizáveis por questões técnicas e financeiras Luciana Martins
Miguel Goes
Márcio Ândrei
e ao combate a violência e construir núcleos de apoio às vítimas e viúvas dos crimes violentos. Educação: ampliar os 25% de arrecadação do município na educação básica e na valorização dos profissionais da educação; elaborar e executar o projeto 'Alfabetizando Maceió' visando tirar Maceió das estatísticas negativas do analfabetismo. Transporte e Trânsito: criar terminais de ônibus urbanos em todos os bairros, interligados as linhas de trens assegurando o transporte integrado; melhorar a qualidade do transporte coletivo, construir passarelas e viadutos para reduzir o número de semáforos e lombadas permitindo assim o rápido fluxo do trânsito.
Repórter
Promessa é o que não falta, mas os candidatos preferem falar em propostas, projetos e programas de governo. Fica mais palatável já que, em tempo de eleições, a palavra promessa virou sinônimo de enganação, principalmente quando se tenta induzir o eleitor a crer em promessa impossível, irrealizável. E como só faltam seis dias para o pleito, o Primeira Edição apresenta aqui um resumo das principais propostas dos oito candidatos à Prefeitura de Maceió. Trata-se de uma síntese, apenas o essencial retirado dos programas de governo, contemplando as áreas de saúde, educação, transporte, segurança, trânsito. Lembrando: concorrem à sucessão do prefeito Cícero Almeida os candidatos Rui Palmeira (PSDB), Ronaldo Lessa (PDT), Jeferson Morais (DEM), Nadja Bahia (PPS), Alexandre Fleming (PSOL), Galba Novaes (PRB), Rosinha da Adefal (PT do B) e Sérgio Cabral Rui Palmeira (PSDB): mais ações para a saúde (PPL). Luciana Martins
ALEXANDRE FLEMING (PSOL)
Ronaldo Lessa (PDT): escolas de tempo integral Arquivo
CONFIRA AS PRINCIPAIS PROPOSTAS DE CADA UM RUI PALMEIRA (PSDB) Saúde: ampliar o programa de saúde da família, aumentar o número de unidades básicas de saúde e construir o primeiro hospital e maternidade municipal. Segurança: ampliar a rede de iluminação pública, capacitar e ampliar a guarda municipal e criar centros de reabilitação e recuperação de dependentes químicos. Educação: implantar centros de educação integral com creches, escolas, cursos profissionalizantes, esporte, cultura e lazer. Qualificar a atual rede de ensino e construir novas unidades escolares na educação básicas, ampliando o número de vagas e universalizando o acesso. Transporte e Trânsito: ampliar o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em Maceió, colocar novas linhas de ônibus mais novas e mais modernas, construir novas vias e Jéferson Morais (DEM): dinamizar postos de saúde utilizar o sistema inteligente para sincronizar os semáfoDivulgação ros.
RONALDO LESSA (PDT) Saúde: vai criar um Hospital Geral de Maceió e Hospital Materno-Infantil; aumentar as equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) e criar quatro unidades de pronto atendimento. Segurança: vai reforçar a guarda municipal e tratar de jovens que sofrem com dependência química. Educação: criar escolas de tempo integral, escolas de ensino técnico-profissionalizante e capacitar os professores por meio de parceria com o Governo Federal dentro do programa Universidade Aberta do Brasil. Transporte e Trânsito: um plano de mobilidade urbana com a construção e pavimentação de ruas avenidas e também da via Lagunar.
GALBA NOVAES (PRB) Saúde: construir um Hospital Municipal de Maceió; estabelecer parceria com a Santa Casa de Misericórdia, a partir de sua inclusão na rede SUS; aprimoramento do fornecimento gratuito de medicamentos à população na rede de saúde ou em domicílio e ampliação do atendimento odontológico nas Unidades Básicas de Saúde. Segurança: implantação de um amplo sistema de monitoramento das principais vias e equipamentos públicos; elaboração do Plano Municipal de Segurança Rosinha da Adefal (PT do B): investir no social e criação do Observatório da Criminalidade no municíPrimeira Edição pio. Educação: destinar 40% da receita para a Educação; implantar a Jornada Integral de Ensino para transformar o ensino público de Maceió em referência no País construir creches escolares, reestruturar a proposta pedagógica voltada ao atendimento de jovens e adultos e ampliar a oferta de vagas na rede municipal de ensino. Transporte e Trânsito: criar corredores de ônibus.; ampliar a área de alcance e da capacidade de lotação do VLT e construir novas vias de acesso aos principais pontos da cidade. Para emprego e renda ele vai criar um Centro Público de Trabalho e Renda e ampliar a política de microcrédito para pequenos empreendedores.
ROSINHA DA ADEFAL (PT DO B)
JEFERSON MORAIS (DEM) Saúde: aumentar o número de profissionais nos Postos de Saúde; garantir o funcionamento dos postos por 24hs; ampliar o PSF e fazer entrega domiciliar de Nadja Bahia (PPS): criar o Fundo de Segurança medicamentos a população de baixa renda. Primeira Edição Segurança: vai equipar e ampliar a Guarda Municipal, criar um Conselho Municipal de Segurança Pública e Implantar Conselhos de Segurança Cidadão. Educação: preparar a rede municipal para o sistema de ensino em tempo integral; aumentar o número de creches; construir centros de excelência para formação profissional e tornar as escolas opção de esporte e cultura nos finais de semana. Transporte e Trânsito: implantar um centro de inteligência de tráfego; colocar operadores de tráfego nas vias, em horário de pico; construir e melhorar as ciclovias e implantar corredores exclusivos para ônibus.
Galba Novais (PRB): 40% da receita para o ensino Divulgação
Saúde: investir em prevenção para que Maceió saia do caos que vive na saúde. Segurança: vai investir nas questões sociais para diminuir os altos índices de criminalidade e com isto facilitar as resoluções dos problemas de segurança. Educação: criar escolas em tempo integral; ensino técnico-profissionalizante e ampliação do número de creches e escolas em todos os bairros. Transporte e Trânsito: fazer licitações mais criteriosas no transporte público e ampliar a malha do VLT.
SÉRGIO CABRAL (PPL)
NADJA BAHIA (PPS) Saúde: atingir a meta de 100% de cobertura do Programa de Saúde Familiar (PSF); implantar programa de agendamento nos postos de saúde via internet; construir novos postos de saúde e realizar concurso público para os profissionais da saúde. Segurança: criar um Fundo Municipal de Segurança Pública como garantia das ações concretas à prevenção Alexandre Fleming (PSOL): resgatar a cidadania
Saúde: investir na saúde preventiva; ampliar, urgentemente, o PSF da capital; e construir um hospital destinado às crianças e adolescentes. Segurança: atuar com políticas públicas de resgate da cidadania; abrir concurso para nossa guarda municipal e integrá-la às demais polícias e melhoria da iluminação pública, principalmente nos bairros periféricos; criação e/ou revitalização de praças e quadras de esportivas. Educação: abrir oito escolas de tempo integral com atividades de esporte, cultura e lazer e valorizar o educador com reajuste, capacitação e carreira. Transporte e Trânsito: criar sete terminais integrados em cada subprefeitura e modificar a estrutura de transporte para veículos de trilhos, ligando as subprefeituras.
Sérgio Cabral (PPL): mais corredores de transporte
Saúde: viabilizar junto aos governos federal e Estadual as UPA`s - Unidade de Pronto Atendimento; melhorar o Sistema de Regulação de Consultas e Exames e ampliar as equipes do PSF; Segurança: criar meios de monitoramento de usuários de drogas para desenvolver ações no tratamento destes dependentes e com isto reduzir as taxas de criminalidade na capital alagoana. Educação: ampliação das escolas existentes e construção de novas unidades de ensino para atender principalmente aos mais necessitados e equipar as escolas para implantação de horário integral; Transporte e Trânsito: estabelecer novos corredores de transportes e integrá-los as estações de transbordos e regulamentar o transportes alternativos de Maceió.
Primeira Edição | 1º a 7 de outubro, 2012
A D I MED EMA R T X E
Cidades | A5
Decretação de falência não resolve crise que atinge o Grupo João Lira Decisão tende a fragilizar ainda mais empresas atingidas; TJ-AL decidiu em resposta a ações de credores Divulgação
Da Redação
Devido ao descumprimento do acordo assumido nos termos da recuperação judicial negociada em 2009, o Tribunal de Justiça decretou a falência das usinas do Grupo João Lyra, mas a medida não soluciona o principal problema que atinge o conglomerado: o não pagamento de dívidas negociadas com os credores. O problema é que, diante de sucessivas ações de cobrança interposta pelos credores das usinas de João Lyra, a Justiça praticamente foi obrigada a tomar uma decisão extrema, já que tinha que apresentar uma resposta aos fornecedores. Os desembargadores da 3ª Câmara Civil do TJ-AL decidiram pela decretação de falência, mas sabendo que o principal efetivo esperado - a obtenção de recursos para pagar aos credores - não será resolvido em curto prazo, e que a própria decisão poderá ser suspensa através de um recurso do Grupo atingido. Uma dos efeitos da falência decretada (ainda que tal decisão seja suspensa) será a perda de credibilidade do Grupo JL, que nos últimos anos foi seriamente afetada pela crise financeira que debilitou sobretudo as usinas em funcionamento aqui em Alagoas e em Minas Gerais
SEM INVESTIMENTO O juiz relator do processo de falência, Marcelo Tadeu de Oliveira, lembrou que em dois anos, desde a assinatura do acordo de recuperação judicial, o Grupo JL não investiu quase nada do que foi prometido, o que, segundo
o grupo vai ter que pagar o acordo inicial feito com os credores. O professor disse ainda que, nesse caso, os funcionários do Grupo recebem tratamento diferenciado. O Grupo João Lyra (formado também pela Lug Táxi Aéreo, Sistema O Jornal de Comunicação, Mapel, Sapel e JL Agroquímica, que não foram atingidas pela medida judicial) enfrenta problemas financeiros que se ampliaram nos últimos cinco anos agravados pela enchente que destruiu as instalações da Usina Laginha em 2010. Atuando como o maior empregador individual de Alagoas (perde apenas para o Estado), o empresário e deputado federal João Lyra mantém uma folha salarial com cerca de 40 mil trabalhadores.
COM ASPLANA Destruída pela enchente de 2010, a Laginha foi totalmente recuperada e é uma das cinco usinas do Grupo JL atingidas pela decisão do Tribunal de Justiça
assinalou, inviabilizou o equilíbrio financeiro das empresas. Ao se referir à pressão dos credores, o juiz Marcelo Tadeu revelou: "Nesta quinta-feira julgamos três ações contra a Laginha, semana que vem terão mais três processos para entrar em julgamento e ainda faltam chegar mais dois. São muitos credores reclamando seus direitos". As usinas Uruba, Laginha e Guaxuma - de Alagoas - e Triálcool e Vale do Paranaíba de Minas Gerais - vão continuar operando normalmente, mas é difícil prever até que ponto a decretação de falência afetará a
capacidade de produção de cada uma delas.
FORNECIMENTO Um dos grandes desafios será conseguir cana para moer, uma vez que, diante da situação de insolvência declarada, poucos produtores se disporão a vender cana para receber depois. Há ainda que se considerar que a medida do TJ-AL comporta recurso e, como o próprio juiz Marcelo Tadeu explicou, se o Grupo JL recorrer ( iniciativa já anunciada pelo empresário João Lyra) o processo de falência terá de esperar por nova decisão.
E como os recursos poderão ser impetrados em instância superior (Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal) não é possível prever quando o processo de falência poderá ser materializado. A falência implica em nomeação de inventariante que vai proceder a um levantamento da massa falida, avaliação do patrimônio e verificação do que pode ser vendido para pagamento das dívidas negociadas e não quitadas.
O QUE ACONTECEU Ouvido pelo Primeira Edi-
ção, o professor José Barros, de Direito Empresarial da FITs e Ufal, explicou didaticamente: O Grupo João Lyra estava passando por um processo de recuperação judicial e havia feito um acordo para pagar a dívida junto aos credores, mas como atrasou os pagamentos no período menor que dois anos, a falência do Grupo foi decretada automaticamente. Segundo Barros, o Grupo pode recorrer da decisão da Câmara Civil do Tribunal de Justiça pedindo um efeito suspensivo da falência e enquanto este processo estiver para ser julgado
No entanto, apesar do cenário conturbado, após reunião com o industrial João Lyra na tarde de sexta-feira (28), o presidente da Associação dos Produtores de Cana (Asplana), Lourenço Lopes, disse que o encontro foi positivo e que os 500 fornecedores da entidade tiveram a garantia de que receberão seus créditos. Logo após divulgada a decisão da 3ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça, o industrial João Lyra reagiu: primeiro, declarando que faltou ao TJ-AL 'sensibilidade social'; depois, anunciando que entrará com recurso e, a seguir, emitindo uma nota em que posiciona o Grupo diante da decisão do Poder Judiciário.
JL recorrerá até ao Supremo Tribunal Arquivo / Primeira Edição
Eis a íntegra da nota assinada pelo empresário João Lyra e divulgada na tarde de quinta-feira (27) logo após tornada pública a decretação de falência do Grupo JL: O Grupo João Lyra, através de seu presidente, vem a público para tranquilizar o povo alagoano, em especial seus colaboradores, fornecedores e clientes, a respeito da decisão da 3a Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas, noticiada nesta quinta-feira (27), que teria convolado em falência a recuperação judicial da Laginha Agro Industrial S/A. Cabe esclarecer: 1. A LAGINHA é uma das empresas do GRUPO JOÃO LYRA, que existe há mais de 60 anos e tem hoje sólida posição no setor da agroindústria sucroalcooleira nacional e internacional. Exerce relevante papel na economia dos Estados de Minas Gerais e, principalmente, Alagoas, inclusive porque é polo gerador de milhares de empregos diretos e indiretos (cerca de 40.000 - quarenta mil); 2. Em razão da crise mundial iniciada no final de 2007 e, mais especificamente, da crise enfrentada pelo mundo e pelo setor sucroalcooleiro em 2008 (decorrente da queda do preço do açúcar e da forte retração de crédito ocorrida) a LAGINHA ingressou numa fase de falta de liquidez momentânea; 3. Por tal razão, em 25 de novembro de 2008, a LAGINHA formulou pedido de recuperação judicial perante o MM. Juízo da Comarca de Coruripe, onde o processo tramita até hoje, tendo o plano de recuperação judicial sido aprovado por 100% da classe trabalhadora (Classe I), destacando sua relevância social; 4. Em resumo, a LAGINHA atravessa este processo de recuperação judicial visando, primordialmente, a continuidade de suas atividades e a manutenção dos empregos que gera. Neste tipo de processo, o interesse coletivo se sobrepõe a interesses individuais de
Empresário João Lyra anunciou recurso e garantiu pagar aos credores
alguns poucos credores, sendo a Lei Federal nº 11.101/05 clara neste sentido; 5. A decisão da 3a Câmara Cível, composta pelos Desembargadores Eduardo José de Andrade e Alcides Gusmão da Silva e pelo Juiz Convocado Marcelo Tadeu Lemos de Oliveira (relator), que julgou 03 (três) agravos de instrumento interpostos por credores da recuperação judicial da Laginha S/A., julgou no sentido de convolar em falência o processo de recuperação judicial;
6. A decisão não foi unânime nem é definitiva, na medida em que houve divergência entre os desembargadores quanto à convolação ou não da recuperação judicial em falência, além de serem cabíveis diversos recursos, inclusive para os Tribunais Superiores (STJ e STF); 7. A decisão da 3a Câmara Cível sequer foi publicada, até o momento, e mesmo depois de publicada, não surtirá efeitos imediatos, na medida em que foi clara ao determinar que a convolação em falência somente se concretizaria com o seu trânsito em julgado, ou seja, ausência completa de recursos cabíveis, o que não é o atual caso; 8. Assim, apesar da decisão da 3a Câmara Cível, as usinas do Grupo João Lyra permanecem em pleno funcionamento e os compromissos assumidos serão regularmente honrados, tanto com fornecedores quanto com colaboradores e clientes; 9. Vale salientar que esta decisão não atinge as empresas Mapel, Sapel, JL Agroquímica e Lug Táxi Aéreo; 10. O Departamento Jurídico do Grupo João Lyra tomará imediatamente as medidas cabíveis para reverter o posicionamento da 3a Câmara Cível, por considerar que é equivocado e desprovido de qualquer sensibilidade social e econômica com as mais de 40.000 (quarenta mil) famílias que seriam atingidas pela convolação da recuperação judicial em falência o que, frise-se, não ocorrerá; 11. Esta presidência tem plena convicção de que a Laginha Agro Industrial S/A superará mais este desafio, como sempre tem feito, e continuará firme contribuindo com a geração de emprego e renda e o desenvolvimento de Minas Gerais e Alagoas. João José Pereira de Lyra Presidente
Manuel Marques assume Movimento Competitivo Luciana Martins Repórter
Toma posse nesta segundafeira, 01 de outubro, como presidente do Movimento Alagoas Competitivo (MAC) o industrial Manuel Marques. O evento acontece às 19h30 no auditório da Federação das Indústrias de Alagoas (FIEA) no bairro do Farol. O industrial confessou que ao receber o convite ficou apreensivo, mas decidiu aceitar porque acredita que este é o momento oportuno para ele contribuir com os empresários locais e com a sociedade. O Movimento Alagoas
Marigleide Moura / Colaboradora
Competitivo surgiu em 2004 e foi constituído como associação civil sem fins lucrativos e com atividade não econômica no ano de 2008. O objetivo do movimento é proporcionar às empresas um modelo de gestão de equilíbrio entre a obtenção de resultados e o desenvolvimento da capacidade gerencial. Marques explica que o modelo de gestão implantado pelo movimento é o mesmo usado nas empresas Gerdau, já que o empresário Jorge Gerdau foi o criador dessa nova forma de gestão. "Ele (Jorge Gerdau) resolveu há 10 anos disseminar de forma completa esse novo
Industrial Manuel Marques será empossado no MAC nesta segunda-feira
modelo de gestão para ser implantando não somente nas empresas privadas, mas também na gestão pública". Ele assegura que as empresas que adotarem o novo modelo de gestão poderão identificar quais são suas falhas administrativas, corrigi-las e assim otimizar a redução de custos. "Você vai melhorar a vida do empresário, a vida da empresa porque ele vai otimizar melhor os seus ganhos e o que nós queremos é melhorar a competitividade. As empresas poderão ser mais competitivas, esse é o nosso propósito", assinala Manuel Marques. O industrial salienta que
esse é um trabalho sem fins lucrativos e enfatiza que a ideia do MAC é no sentido de que as empresas implantem esse modelo de gestão independente do tamanho que ela tenha, seja micro, pequena ou média empresa. Aos empresários que tiverem interesse em implantar o modelo de gestão do MAC basta acessar o site www.alagoascompetitiva.org.br e inscrever a sua empresa. Marques aponta ainda que os empresários podem procurar a sede do MAC que fica localizada na Associação Comercial de Maceió ou ligar para o telefone: 3327-5880.
Primeira Edição | 1º a 7 de outubro, 2012
A6 | Cidades
> ENTREVISTA/ CÉLIA CAPISTRANO Geraldo Câmara
Ouvidor Geral geraldocamara@gmail.com
Falência do Grupo JL e o perigo de desemprego em Alagoas Amigos e inimigos, adversários políticos ou não, todos devem imaginar que o golpe que afeta as empresas do Grupo João Lyra com o decreto de falência pode ter um resultado inequivocamente ruim para o emprego em Alagoas. Segundo informações, são 40.000 empregados do grupo e, como não se sabe ainda se a massa falida - se ratificada - será comprada ou se será leiloada para fazer frente à dívida de 1,28 bilhões de reais, fica a grande interrogação: Qual será o destino desses funcionários? Qual será o impacto na economia do estado, sabido que sempre foi que o Grupo JL é um dos maiores empregadores por aqui? É bom também entender que o que algumas pessoas dizem afirmando que o deputado estaria arruinando as empresas de Alagoas para beneficiar as de Minas Gerais, não passa de balela, já que as daquele estado também foram incluídas no processo de falência. Portanto, cabe também ao governo do estado pensar junto. Não para pagar a dívida impagável, mas para pensar nos trabalhadores e nas possibilidades de incluí-los até em programas especiais de qualificação, capacitação e empregabilidade. Da parte da Prefeitura Municipal de Maceió, com o seu SINE MUNICIPAL, as ações, com certeza, já começarão a ser pensadas. É o mínimo que o ente público pode fazer em casos como esse.
DESTACÔMETRO
O destaque da semana vai para a grande administradora, Mônica Suruagy, dando show de gestão por onde passa. Mal de família, gente!
PÍLULAS DO OUVIDOR Pois é! Agora, o prefeito Almeida volta a ser proibido de aparecer no Guia Eleitoral e todo o tempo utilizado, segundo as últimas informações, será descontado nos dois guias que faltam. Será? Trabalhei com Hebe em 64, na TV Paulista em um programa denominado "Hebe, Cynar e Simpatia". Já era, na época, uma estrela e brincava com todos. Chamava-me de "menino dos olhos tristes". Nem sei por que. Jeanine Pires, a mais alagoana das catarinenses, show de competência, foi nomeada Secretária Executiva do Ministério da Cultura. Prova de que a ministra Martha Suplicy está começando bem. O Plano Estadual do Turismo de Alagoas - Projeto prioritário do Governo do Estado e coordenado pela Secretaria de Estado do Turismo - está prestes a finalizar as atividades e definir as prioridades para o desenvolvimento do setor. Na soma de transferências, créditos para pessoas físicas e jurídicas, financiamentos habitacionais, entre outras operações financeiras, a Caixa Econômica Federal tem a meta de injetar R$ 6 bilhões na economia alagoana em 2012 "Gente, a distribuição dos convites está uma loucura. Passem no S.Mag office e pegue o seu!". Foi assim que meu amigo James Silver me passou o e-mail lembrando dos 15 anos da S.Mag. E quem esquece? O Conselho de Direitos Humanos ligado à ONU aprovou uma resolução proposta pelo Brasil e pela Argentina para reconhecer os direitos humanos dos idosos. O país que não reconhece seus idosos não merece ter história. O que vai acontecer no próximo domingo nas eleições municipais duvido quem saiba. Tem quem pareça vivo e ainda não está e tem quem pareça morto e pode ressuscitar. Coisas que nem Freud explicaria. Ou seja, a cabeça do povo. Acabou a novela "Cheias de Charme". Muito boa, por sinal. Hilária fazendo o povo rir o que é bom. Mas foi a maior provocação que já se fez a duas categorias domésticas: patrões e empregados. Vamos ver no que dá. Uma das pastas mais visadas no primeiro período da administração de Cícero Almeida, a da Assistência Social, deu uma bela guinada no segundo mandato, graças ao trabalho realizado pela dupla Francisco Araujo e Elisa (foto).
ABRAÇOS IMPRESSOS Os abraços impressos da semana vão para esta incansável Secretária de Finanças de Maceió, Marcilene Costa que, no momento, começa a se preparar para fechar - com chave de ouro - as finanças do município.
"Sem investimento no ensino AL não vence analfabetismo" Presidente do Sinteal defende escola de tempo integral para estimular o alunado Investir na educação, cumprindo compromissos assumidos durante as campanhas eleitorais. Esta é, na opinião de Célia Capistrano, líder do Sinteal, a única fórmula capaz de resgatar Alagoas do topo no ranking de analfabetismo no País. Em entrevista ao Primeira Edição, a líder classista afirma que a comunidade estudantil alagoana
precisa de escola de tempo integral, com a oferta de instrução, prática esportiva e lazer. Para Célia Capistrano, o governo precisa encarar o ensino como 'investimento', e não como gasto. Só assim, em sua avaliação, se pode esperar que Alagoas tenha ensino de qualidade e, por conseguinte, uma situação de vida melhor para todos. Luciana Martins
Por que, entra governo e sai governo, e Alagoas está sempre liderando o ranking do analfabetismo nacional? Porque os governantes não promovem o investimento necessário para que tenhamos avanços. Sempre veem educação como "gasto" e não como investimento. A prova disso é o desmantelo da rede pública que se arrasta há anos. Não temos concurso que atenda à demanda há muito tempo. Desde o PDV que a rede Estadual está desestruturada, o último concurso aconteceu em 2005 e não foi suficiente para recuperar as perdas históricas de trabalhadores que o estado teve. Existe uma causa precípua ou são várias as causas do atraso educacional no Estado? São várias. A causa principal é a falta de investimento com escola de tempo integral desenvolvendo várias atividades ao longo do dia que dentre estas atividades estejam: esporte, cultura, lazer. No último pleito eleitoral, alias (é quando as áreas sociais são lembradas), houve promessa de se fazer e colocar para funcionar várias escolas de tempo integral, já se foram quase 3 anos e a população continua aguardando e cobrando essas escolas.
mais de 80% dos municípios.
Por que, historicamente, a educação aqui em Alagoas ocupa sempre o segundo plano das preocupações governamentais? Por que a educação é sempre "acalentada" nos discursos eleitoreiros, porém, na hora de se investir em educação, esses nú-
Onde a educação aqui é mais precária - nas escolas municipais ou nos educandários da rede estadual? Por que os governantes, não praticam uma política educacional adequada e o que se vê é uma rotatividade de programas
Célia Capistrano afirma que somente o compromisso dos governantes pode melhorar a educação em Alagoas
“Isso vai permanecer enquanto os governantes não tiverem a consciência de que educação é investimento” meros não se concretizam. Enquanto os gestores avaliarem a educação como gasto não avançaremos. Fica bem mais caro para os governantes manter os nossos jovens em sistemas prisionais, quando negamos o direito constitucional às nossas crianças, que precisam desenvolver suas potencialidades. O governo estadual cumpre o limite de gastos com o ensino determinado pela Constituição Federal? E o municipal? Não. Ainda são utilizados recursos que são da educação básica para a educação superior e principalmente os 25% (UNCISAL/UNEAL). O recurso não está todo na educação básica, e em um estado onde o Ideb é baixíssimo o governo não poderia se dar a tal luxo. Dos 25%, ainda é pago parte dos aposentados, justamente por causa da inexistência de um fundo previdenciário que acomode aqueles que contribuíram durante toda sua vida profissional. Aliás, em Alagoas conseguimos aplicar Piso, Carreira e Hora atividade em
que nem chegam a ser implantados, já são substituídos por outros e assim sucessivamente. Isso vai permanecer enquanto os governantes não tiverem a consciência de que a educação é INVESTIMENTO, e não gasto. Enquanto não houver a consciência de que o maior patrimônio cultural que se deixa para as crianças, jovens e adultos é a instrução, não iremos ver nosso estado com melhores resultados. Como evitar que a má formação de alunos, desde a educação básica até a secundária, se reflita na má formação de futuros professores? A má formação não acontece apenas para os futuros professores. Até porque pelos bancos das escolas básicas e universidades passam todos os cidadãos/ãs que hoje são profissionais, entretanto temos a clareza de que se faz necessário mais investimento em educação, que é um direito público subjetivo e pagamos impostos para se ter uma escola com qualidade social.
Por que a carência de professores aqui é tão acentuada? Porque na gestão deste governo não houve compromisso para a realização de concurso para resolver a situação de precarização existente na rede estadual. Os nossos alunos concluem o ano letivo sem várias disciplinas e quando são aprovados em concursos ou vestibulares fazem uma avaliação no Conselho Estadual de Educação para serem certificados. Deveria haver um incentivo, uma espécie de premiação, para estimular, na sala de aula, o alunado de um modo geral? O incentivo deve haver através de uma escola pública com qualidade social que atenda os anseios dos usuários (teatro, dança, música, prática desportiva e outras atividades culturais) que de fato motivem os alunos a frequentarem a escola. O que não defendemos é a premiação individual que acaba rotulando
Peço licença para dizer que esta pergunta já está devidamente respondida numa das perguntas anteriores, justamente a que indaga se a má formação dos alunos não pode desaguar na formação (má) de uma geração futura de professores. Por que a educação em Alagoas parece um desafio invencível? Não podemos acreditar nunca que melhorar a educação pública seja um "desafio invencível". Para todo e qualquer gestor, a educação deve ser um dos objetivos fundamentais se queremos a melhoria social do município, do estado e, claro do país. Como adverti em outra pergunta anterior, é necessário, e urgente, investir maçiçamente na educação, combatendo a precarização, valorizando os servidores da área educacional, motivando, a partir de uma escola dotada da melhor infraestrutura de funcionamento,
“O incentivo deve haver através de uma escola pública com qualidade social que atenda os anseios dos usuários” quem são os melhores e quem são os fracassados da escola por razões que não são consideradas. O aluno mal formado, na escola e depois no colégio, acaba chegando à universidade e formando maus professores que, por sua vez, vão formar maus alunos. Como acabar com esse círculo?
o interesse dos alunos em estudar da melhor maneira possível. Isso passa pela necessária e urgente implantação da escola de tempo integral e pelo combate à violência que, infelizmente, atualmente invade as escolas e seus entornos. Buscando esses objetivos, não acredito que melhorar a educação seja, como a pergunta coloca, um "desafio invencível".
Primeira Edição | 1º a 7 de outubro, 2012
O Ã Ç I ELE CIPAL I N MU
Política | A7
Apenas Alagoas e Sergipe terão voto digital em quase todos os municípios Previsão do Tribunal Superior Eleitoral é de que voto biométrico alcançará todo o País nas eleições de 2018 Divulgação
O voto biométrico, que identifica o eleitor pelas impressões digitais, será utilizado nas eleições deste ano em todos os municípios de apenas dois estados: Alagoas e Sergipe. Em todo o País, o sistema de votação biométrica alcançará mais de 7,7 milhões de pessoas de 299 municípios em 24 Estados brasileiros, segundo dados oficiais fornecidos pelo TSE. Esses números foram divulgados pela coordenação do projeto de identificação biométrica do eleitor após o processamento e a auditoria do cadastro de eleitores, encerrados em julho último. A expectativa do TSE é que até 2018 todos os eleitores brasileiros possam votar após serem identificados pelas digitais. O projeto é desenvolvido pela Justiça Eleitoral desde 2007 e, até o momento, apenas os Estados do Amazonas e de Roraima e o Distrito Federal ainda não iniciaram a revisão eleitoral para uso da biometria. Implementada de forma pioneira nas eleições municipais de 2008 nas cidades de Colorado do Oeste-RO, Fátima do Sul-MS e São João BatistaSC, no pleito de 2010 a biometria alcançou mais de 1,1 milhão de eleitores de 60 municípios em 23 Estados. SEGURANÇA A biometria é uma tecnologia que confere ainda mais segurança à identificação do eleitor no momento da votação. O leitor biométrico acoplado à urna eletrônica deve confirmar a identidade de cada eleitor, comparando as impressões digitais
O voto biométrico nos municípios Por região do país, a identificação biométrica será realizada conforme a seguinte distribuição: REGIÃO NORTE Acre - 2 municípios (11.679 eleitores); Amapá - 1 município (5.193 eleitores); Pará - 2 municípios (44.659 eleitores); Rondônia - 4 municípios e a capital, Porto Velho (313.703 eleitores); Tocantins - 18 municípios (124.750 eleitores). TOTAL: 499.984 eleitores
Um longo e árduo trabalho do TRE-AL garantiu que quase todo o eleitorado fosse cadastrado no sistema biométrico
com todo o banco de dados disponível. Dessa forma, é praticamente inviável a tentativa de fraude na identificação do votante, uma vez que cada pessoa tem digitais únicas.
ELEIÇÕES 2012 Nas eleições de domingo, a tecnologia será utilizada em 299 cidades brasileiras, estando aptos a serem identificados pela biometria exatos 7.771.692 eleitores. Nos Estados de Alagoas e Sergipe, praticamente todo o eleitorado será submetido à identificação pelas digitais na hora de votar. Nas capitais
Curitiba-PR, Goiânia-GO e Porto Velho-RO a biometria também atingirá quase todos os eleitores. PROIBIÇÃO Partidos políticos e candidatos são proibidos de fornecer alimentação e transporte a eleitores no dia da eleição, seja na cidade ou no campo. Mas os eleitores residentes na zona rural contam com um apoio logístico da Justiça Eleitoral para que possam exercer o direito ao voto. Uma lei dos anos 70 (Lei nº 6.091/1974), em vigor até hoje, dispõe sobre o fornecimento
gratuito de transporte e alimentação em dias de eleição a esses eleitores. A norma foi regulamentada ainda naquele ano pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio da Resolução da Corte nº 9.641. A resolução do TSE diz que as refeições podem ser fornecidas somente pela Justiça Eleitoral quando imprescindíveis, em caso de absoluta carência de recursos de eleitores residentes na zona rural. Os partidos podem fiscalizar o transporte de eleitores e locais onde houver fornecimento de refeições na zona rural.
REGIÃO NORDESTE Alagoas - 101 municípios e a capital, Maceió (1.852.549 eleitores); Bahia - 1 município (24.244 eleitores); Ceará - 1 município (30.232 eleitores); Maranhão - 6 municípios (102.934 eleitores); Paraíba - 2 municípios (71.383 eleitores); Pernambuco - 12 municípios (355.189 eleitores); Piauí - 5 municípios (149.273 eleitores); Sergipe - 74 municípios e a capital, Aracaju (1.382.973 eleitores); Rio Grande do Norte - 14 municípios (175.498 eleitores). TOTAL: 4.144.275 eleitores REGIÃO CENTRO-OESTE Goiás - 3 municípios e a capital, Goiânia (881.526 eleitores); Mato Grosso - 8 municípios (71.032 eleitores); Mato Grosso do Sul - 6 municípios (73.104 eleitores). TOTAL: 1.025.662 REGIÃO SUDESTE Espírito Santo - 3 municípios (70.353 eleitores); Minas Gerais - 21 municípios (283.776 eleitores); Rio de Janeiro - 1 município (21.913 eleitores); São Paulo - 4 municípios (299.198 eleitores). TOTAL: 675.240 eleitores REGIÃO SUL Paraná - 1 município e a capital, Curitiba (1.180.170 eleitores); Rio Grande do Sul - 1 município (228.260 eleitores); Santa Catarina - 1 município (18.101 eleitores). TOTAL: 1.426.531
Primeira Edição | 1º a 7 de outubro, 2012
A8 | Nacional
Fotos: Divulgação
Relator Joaquim Barbosa vai pedir penas severas para ex-ministro José Dirceu
Dirceu foi apontado pelo delator Roberto Jéfferson como mentor do mensalão
> MENSALÃO
Relator prepara penas duras para José Dirceu e Delúbio Ex-ministro da Casa Civil foi apontado como mentor do esquema de compra de votos O relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, vai impor penas mais duras a três figuras centrais do escândalo: o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, considerado o "mentor" do esquema de pagamento de parlamentares no governo Luiz Inácio Lula da Silva, o extesoureiro do PT Delúbio Soares, considerado o "organizador", e o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, chamado de "operador" do mensalão. Outros réus terão tratamento mais brando. Segundo dois ministros do tribunal ouvidos em conversas reservadas pelo Estado, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, por exemplo, poderá ter pena mais leve por ter prestado depoimentos que contribuíram para o Ministério Público embasar as acusações. Ainda segundo os ministros ouvidos pela reportagem, o expresidente do PT José Genoino, apesar de ter assinado os em-
préstimos bancários considerados fraudulentos e que serviram para financiar o esquema e tentar ocultar a origem pública do dinheiro, poderá ter tratamento mais brando caso venha a ser condenado. Ministros argumentam que Genoino não agia como presidente de fato do PT, função que seria ocupada na verdade por Dirceu. A atuação desses réus apontados como os corruptores do esquema do mensalão será analisada a partir de segunda-feira, 1, na semana que precede as eleições municipais de 7 de outubro, pelo plenário do Supremo. O voto de Barbosa com a condenação de réus por lavagem de dinheiro em etapa anterior do julgamento mostrou como ele deve calcular as penas. Na ocasião, a dosimetria foi divulgada por engano por sua assessoria. Ao calcular a pena de Marcos Valério, Barbosa considerou que o empresário dirigiu "a atividade dos réus integrantes
do chamado núcleo publicitário" e recordou que ele prestou "inestimável apoio empresarial" à estrutura do esquema. Por isso, estabeleceu a pena em 12 anos e 7 meses de reclusão.
DEBATE A definição das penas, conforme ministros da Corte, deve gerar debates tão intensos quanto as discussões do julgamento do mérito. A dosimetria pode definir se um réu cumprirá a pena em regime fechado ou em liberdade. Pelo Código Penal, quem for condenado a mais de oito anos começa a cumprir a pena em regime fechado, os que receberem penas entre quatro e oito anos podem ser enquadrados em semiaberto e quem ficar abaixo de quatro anos pode cumprir a punição em regime aberto ou até conseguir convertê-la em pena alternativa. Não contarão para este cálculo penas aplicadas que já estiverem prescritas.
A fixação das penas é a última etapa do julgamento. Depois que todos os réus forem condenados, o relator julgará qual a pena mais adequada para cada réu, levando em conta os antecedentes dos crimes, o volume de dinheiro envolvido, o motivo do crime e a reprovabilidade da conduta. Antes de iniciarem esta definição, os ministros deverão discutir se aqueles que votaram pela absolvição participarão ou não deste cálculo das penas. No entendimento de alguns ministros, quem absolveu deve votar, sim, na dosimetria, aplicando a pena mais baixa. Outros, no entanto, entendem que isso não seria possível por não ser racional "absolver fixando pena". O ministro Luiz Fux, que tem seguido a maioria das condenações de Barbosa, é um dos que já defenderam publicamente a exclusão de quem votou pela absolvição do cálculo das penas.
> QUEDA
Há 20 anos, Câmara decretava o impeachment de Fernando Collor Há 20 anos (completados neste sábado), ou seja, em 29 de setembro de 1992, a Câmara dos Deputados aprovava a perda do cargo do ex-presidente Fernando Collor de Mello, atual senador, e que o levaria à renúncia e perda dos direitos políticos por oito anos, sendo o primeiro mandatário a sofrer um impeachment no Brasil. Collor foi o primeiro presidente eleito diretamente pelo povo depois da ditadura militar (1964-1985), em 1989. Ele venceu a eleição no segundo turno, com pouco mais de 35 milhões de votos contra 31 milhões do segundo colocado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Collor surgiu na disputa presidencial como 'o novo' e conseguiu desbancar ícones da política brasileira como Ulysses Guimarães (PMDB), Mário Covas (PSDB) e Leonel Brizola (PDT), sendo eleito pelo desconhecido PRN (Partido da Renovação Nacional). Após a posse, já em 1990, começaram a aparecer denúncias apontando para um esquema que envolvia cobrança de propina de empresários, contas no exterior e pagamento de gastos pessoais de Collor. O esquema seria coordenado pelo então tesoureiro de campanha de Collor, Paulo César Farias, ou apenas, PC Farias. O tesoureiro teria um fim trágico ao lado da namorada, Suzana Marcolino. Depois de ser preso e investigado, PC e a namorada foram mortos no dia
Fernando Collor foi destituído da presidência da República e depois absolvido pelo Supremo Tribunal Federal
23 de junho de 1996. Ele foi encontrado deitado na cama de sua casa de veraneio, em Guaxuma (bairro na orla norte de Maceió), com um tiro no peito, ao lado de Suzana, também morta com um tiro.
RENÚNCIA Pressionada pelas denúncias e diversas manifestações públicas, a Câmara autorizou a abertura do processo de impeachment por 441 votos a 38. Houve uma abstenção e 23 ausências. No começo de outubro, o processo chegou ao Senado, e Collor foi afastado interinamente. Collor renunciou à Presidência em 29 de dezembro de 1992, quando o Senado julgava
seu afastamento definitivo, e foi substituído pelo vice, Itamar Franco (PRN), que governou o Brasil até 1994. Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi eleito na sequência. Também condenado pelo Senado, Collor ficou inelegível durante oito anos, até 29 de dezembro de 2000.
ABSOLVIÇÃO Acusado de corrupção passiva, Collor foi julgado pelo STF em dezembro de 1994. Entretanto, a maioria dos ministros entendeu que houve falta de provas e não ficou comprovado o chamado ato de ofício, quando um servidor público muda a sua postura em determinado ato
mediante recebimento de vantagem financeira. Collor foi, então, absolvido. Em 2002, ele tentou se eleger governador de Alagoas, mas foi derrotado. Em 2007, foi eleito senador por Alagoas --para um mandato de oito anos-- e, em 2010, tentou pela terceira vez o governo de Alagoas, ficando em terceiro lugar. Em 2006, depois de passar dois meses assistindo às campanhas de Ronaldo Lessa e Thomaz Nonô, na disputa pela vaga no Senado, Collor lançou-se candidato quando faltavam 28 dias para a eleição e conquistou o mandato que, àquela altura, todos achavam que seria do exgovernador Lessa.
Esportes
esportes@primeiraedicao.com.br
Primeira Edição | 1º a 7 de outubro, 2012 Opinião - Diário Oficial dos Municípios - Social
> OUTRA VEZ
CRB não demonstra reação e perde mais uma Criciúma bateu o Galo por dois tempos a zero, Alvirrubro foi favorecido e por pouco não entrou na Zona de Rebaixamento fotos: Márcio Ândrei
Por mais que tenha se dedicado, o técnico Pintado não conseguiu reabilitar o CRB, a demissão foi no domingo
Ao centro, o atacante Carlinhos Bala não disse a que veio, com baixa atuação técnica sua demissão foi inevitável
Márcio Ândrei
bém na próxima sexta-feira, 28, jogando em casa no Estádio Heriberto Hülse.
Repórter
Em busca de uma vitória para acabar a sequência negativa dentro de casa, quatro derrotas consecutivas e um empate, o CRB tinha pela frente nada mais nada menos que o vice-líder da Série B, Criciúma. Jogando mais uma vez no tapete do Estádio Rei Pelé, o Galo da Pajuçara voltou a decepcionar seus torcedores ao perder por 2x0. Os gols da partida foram marcados pelos atacantes Zé Carlos aos 11 minutos do primeiro tempo e Lucca, aos 11 da segunda etapa. O CRB ainda perdeu um pênalti aos 16 minutos finais com o
meia Ronaldo e, teve sorte em não entrar na zona de rebaixamento devido a derrota do Guaratinguetá. Criciúma 2x0 CRB. A cinco pontos do topo da Série B, o Criciúma que veio a Maceió disposto a encostar no líder da competição, Vitória, mesmo com uma defesa entre as piores do evento com 43 gols, quatro a menos que a do CRB, a equipe também entrou em campo com o intuito de sair vitoriosa, e conseguiu. Indo de encontro ao retrospecto de ter uma das piores defesas, o time soube segurar as investidas do CRB e foi mais objetivo nas finalizações, desta forma, conquistou uma importante vitória rumo à
Série A. Com o apagar das luzes, o CRB que estava na 16ª posição com 28 pontos permanece na mesma situação, graças a derrota do Guaratinguetá, 17º colocado com 25 pontos, por 3x0 dentro de casa. Na 28ª rodada, próxima sexta-feira, 5, o Galo vai até a cidade de Goianinha enfrentar o América-RN, 10º colocado com 40 pontos, no Estádio Nazarenão. Já o Criciúma com mais um brilhante resultado, segue em situação oposta, com diferenças positivas, a vitória deixou o time na mesma posição, com tudo, subiu de 52 para 55 pontos e agora vai encarar o Ceará, 8º colocado com 42 pontos, tam-
DEMISSÕES Depois de um novo tropeço dentro de casa, quatro derrotas consecutivas, um empate e outra derrota, a lógica prevaleceu e a diretoria do CRB não perdoou, o técnico Pintado, o atacante Carlinhos Bala, o volante Gercimar e o zagueiro Thiago Gomes foram demitidos do Galo e, novos nomes do plantel podem surgir para fazer parte dos desligamentos. Como já era de se esperar, o "estopim da bomba" foi aceso depois da última derrota para o
Criciúma por dois tempos a zero, com o novo resultado insatisfatório a diretoria se reuniu e, deixou claro o desligamento do técnico e atletas mencionados além da insatisfação com o desempenho de outros jogadores. Em relação ao técnico Pintado a confirmação do desligamento foi feita no domingo, 30, por volta das 18h30. Com a derrota para o Criciúma torcedores voltaram a criticar o treinador e ao mesmo tempo pediram a direção do Galo a contratação de um novo comandante e, o possível desligamento de jogadores que não estão correspondendo dentro de campo, esta atitude teve de uma certa forma um
peso para as demissões. Com o andar da carruagem a diretoria do CRB provavelmente pode anunciar o desligamento de novos atletas que tiveram a oportunidade de mostrar serviço, mas não disseram a que veio. Para o lugar de Pintado a diretoria regatiana tem Roberval Davino como o nome mais cotado para substituir o ex-comandante. "Tomamos a decisão em conjunto com o treinador, Pintado é um excelente profissional com um histórico exemplar. Desejo sucesso em seu futuro, pelo caráter e personalidade demonstrados no CRB", disse o presidente do Galo, Marcos Barbosa.
Atletas retornam ao ASA para enfrentar o Avaí Márcio Ândrei Repórter
Depois da tempestade vem a bonança. Seguindo o dito popular, o Departamento Médico do ASA garantiu o retorno de cinco atletas para o confronto desta terça-feira, 2, diante o Avaí no Estádio Municipal Coaracy da Mata Fonseca em Arapiraca. O Dr. Celso Marcos afirmou que boa parte dos atletas que deram entrada no DM, está se recuperando bem e, cinco deles provavelmente estejam liberados. São eles: zagueiros Edson Veneno, Wallysson e Audálio, o lateralesquerdo Chiquinho Baiano e o meia Didira. Quem deve ficar parado por 15 dias é o atacante Rogério Maranhão. Na manhã do domingo, 30, a equipe Alvirrubra deu sequência aos preparativos para o jogo
Divulgação
contra o Avaí diante da sua torcida. Fugido das fortes chuvas que caíram no último final de semana no agreste, o ASA que iria treinar no Estádio Coaracy da Mata teve de transferir parte dos treinamentos para a quadra de esportes da AABB de Arapiraca. Em busca de mais um resultado satisfatório, desta vez uma vitória para apagar a última derrota dentro de casa, o técnico Nêdo Xavier não vai contar com o desempenho do volante Cal, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, além disso, terá uma dor de cabeça para saber quem vai ficar com a vaga, a briga fica entre Geovane e Jorginho. Restando doze rodadas para acabar a Série B, o ASA precisa voltar a vencer dentro e fora de casa para continuar se distanciando da zona de rebaixamen-
Resultados / Série B 25/09 25/09 25/09 28/09 28/09 28/09 29/09 29/09 29/09 29/09
ABC-RN América-MG Joinville-SC Paraná-PR Guaratinguetá-SP CRB-AL Guarani-SP Bragantino-SP Avaí-SC Ceará-CE
1x1 1x2 3x0 2x1 0x3 0x2 0x0 2x1 2x0 1x1
Zagueiro-Volante AudálioCansaço Muscular Lateral-esquerdo Chiquinho Baiano- Contratura Muscular Meia Didira - Contratura Muscular Atacante Rogério Maranhão - Contratura Muscular
FUMEIRÃO LOTADO O departamento de marketing do ASA estuda opções para atrair os torcedores, com promoção, tendo em mente e intenTorcida do Asa Gigante será o 12º jogador em campo nos próximos confrontos
to. A equipe ocupa a 15ª posição com 31 pontos, seis a mais que o Guaratinguetá, primeiro da zona de rebaixamento.
JOGADORES NO DM Lateral-direito Gabriel- Passou por cirurgia na última se-
gunda-feira e se recupera da intervenção no ligamento cruzado anterior do joelho direito. O atleta só retorna em 2013. Zagueiro Edson Veneno Ruptura muscular Zagueiro Wallysson - Ruptura Muscular
Próximos jogos / Série B ASA-AL Grêmio Barueri-SP Boa Esporte-MG São Caetano-SP Goiás-GO Criciúma-SC América-RN Atlético-PR Vitória-BA Ipatinga-MG
2/10 - 19h30 2/10 - 21h00 2/10 - 21h00 5/10 - 19h30 5/10 - 19h30 5/10 - 19h30 5/10 - 21h00 5/10 - 21h00 6/10 - 14h00 6/10 - 16h00
ASA-AL Goiás-GO São Caetano-SP Grêmio Barueri-SP Ipatinga-MG América-RN Criciúma-SC Boa Esporte-MG Atlético-PR Vitória-BA
x x x x x x x x x x
Avaí-SC Bragantino-SP Guaratinguetá-SP Joinville-SC Guarani-SP CRB-AL Ceará-CE Paraná-PR América-MG ABC-RN
ção de superlotar o Estádio Coaracy da Mata Fonseca. De acordo com o vice-presidente de marketing da equipe, Sérgio Lúcio, o ASA possui uma boa equipe e merece o apoio da torcida, principalmente para empurrar a equipe nesta reta final da competição. O presidente do Alvinegro, José dos Santos Oliveira, também reforçou o pedido ao afirmar que a torcida do ASA Gigante é o 12º jogador em campo.
Classificação / Série B 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º
Vitória-BA Criciúma-SC Goiás-GO São Caetano-SP Joinville-SC Atlético-PR Avaí-SC Ceará-CE América-MG América-RN Guarani-SP Paraná-PR Boa Esporte-MG ABC-RN ASA-AL CRB-AL Guaratinguetá-SP Bragantino-SP Grêmio Barueri-SP Ipatinga-MG
P 57 55 52 49 47 46 43 42 40 40 36 35 34 33 31 28 25 24 17 17
J 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27
V 17 17 15 14 14 14 13 11 12 11 9 9 9 8 9 8 7 6 4 4
E 6 4 7 7 5 4 4 9 4 7 9 8 7 9 4 4 4 6 5 5
D 4 6 5 6 8 9 10 7 11 9 9 10 11 10 14 15 16 15 18 18
GP 47 57 45 41 44 42 33 43 38 40 28 34 38 37 34 31 27 29 21 24
GS 28 43 28 28 25 26 28 37 35 34 26 35 41 36 37 49 47 44 51 55
SG 19 14 17 13 19 16 5 6 3 6 2 -1 -3 1 -3 -18 -20 -15 -30 -31
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> LÍDER
Fluminense vence o Flamengo por 1x0 Com gol de voleio o atacante Fred ajudou a equipe abrir seis pontos na liderança, o próximo adversário será o Botafogo Fotos: Divulgação
O Flamengo deu sua segunda 'ajuda' ao Fluminense em menos de uma semana. Depois de vencer o vice-líder AtléticoMG no meio da semana, a equipe da Gávea não conseguiu tirar pontos do rival neste domingo, no Engenhão. O Tricolor venceu por 1 a 0 com belo gol de voleio do artilheiro Fred e abriu seis pontos na ponta do Campeonato Brasileiro. O clássico teve início com igualdade de forças. O Flamengo afastou a crise com duas vitórias seguidas e entrou em campo embalado pelo triunfo sobre o Atlético-MG, de seu ex-camisa 10 Ronaldinho Gaúcho. O Fluminense, por sua vez, chegou à 27ª rodada com boa vantagem na liderança. As duas equipes erraram muitos passes e facilitaram o trabalho dos setores defensivos no início do primeiro tempo. Mas bastou Deco começar a aparecer para o Fluminense criar as melhores chances. Dos pés do luso-
brasileiro saíram três jogadas de perigo do líder da competição. Na primeira delas, aos 16min, Thiago Neves foi acionado e chutou por cima. Na sequência, Deco lançou Wellington Nem na direita. O atacante tocou por cima de Felipe, mas a zaga rubro-negra afastou. Aos 18min, Fred chegou ao seu 13º gol no Campeonato Brasileiro. O camisa 20 cruzou e o artilheiro da competição acertou bonito voleio para abrir o placar para o Fluminense. O Flamengo sentiu o gol, mas teve duas chances de empatar com Ibson. Primeiro, o camisa 7 apareceu livre na marca do pênalti após cobrança de falta na direita, mas errou a cabeçada. Na segunda oportunidade, Diego Cavalieri saiu bem do gol e impediu a ação do meia. O Fluminense recuou e passou a explorar os contra-ataques. Mesmo com mais posse de bola, o time da Gávea não conseguiu criar lances de perigo e foi para
O atacante Fred foi o grande nome do jogo ao marcar um belo gol, situação do Flamengo ainda é crítica
o intervalo em desvantagem no marcador. O panorama do final do pri-
meiro tempo se repetiu na etapa final. O Fluminense quase chegou ao segundo gol em cobran-
Corinthians goleia Sport por 3x0 diante da torcida no Pacaembu O Corinthians teve inicialmente muita dificuldade para superar a retranca do Sport, mas deslanchou no segundo tempo e se aproveitou da habilidade dos seus jogadores para vencer por 3 a 0 neste domingo no Pacaembu, resultado que ajudou o arquirrival Palmeiras na briga para sair da zona do rebaixamento do Brasileirão. Romarinho (dois) e Paulinho fizeram os gols do Timão. Já classificado para a Libertadores de 2013 e com escassas chances de título, o Corinthians chega a 39 pontos e se aproxima da meta de atingir a pontuação necessária para não correr risco de ser rebaixado e poder pensar no Mundial de clu- Já classificado para a Libertadores de 2013 e com escassas chances de título, o Corinthians continua pontuando bes, em dezembro deste ano. A derrota foi muito ruim apostou no ex-são-paulino Hu- mas tem que ter paciência", de- São Paulo (o jogo acabou empapara o Sport, que segue na zona go, no ex-corintiano Moacir e clarou o meia Danilo na saída tado por 1 a 1 em Curitiba). da degola com 27 pontos e pas- no ex-santista Felipe Azevedo para o intervalo. "Nossa equipe Depois do gol, o Corinsou a ter a ameaça de ser ultra- como as principais armas ofen- está um pouco atyras, acredito thians melhorou ainda mais na passado pelo Palmeiras, que sivas do Sport, mas levou peri- que no segundo tempo se a partida. Em um contra-ataque, com a vitória contra a Ponte go ao rival, ainda de que forma gente sair para o jogo, vai ter Romarinho recebeu sozinho e Preta neste sábado chegou a 26. moderada, com o veterano late- mais chance", falou o goleiro chutou cruzado de esquerda Tite optou por atuar com o ral Cicinho pela direita em Magrão. para definir a fatura no PaGuerrero isolado no ataque, cima de Fabio Santos. O Corinthians voltou me- caembu. O atacante ainda peRomarinho e Danilo nas pontas O peruano Guerrero, quase lhor na segunda etapa e perdeu gou o rebote de chute de Guere Douglas como armador, dei- no fim da primeira etapa, fez duas boas chances com Guer- rero e deixou a sua marca, xando o argentino Martinez no bela jogada individual e obri- rero - o melhor do time até en- decretando o 3 a 0 para o time banco de reservas. Foi de Ro- gou o goleiro Magrão a espal- tão. Mas em bela troca de pas- da casa. marinho a melhor jogada do mar para fora. No restante do ses, Paulinho mostrou frieza Se não fosse a boa atuação Corinthians no início do pri- tempo, o Corinthians sofreu para concluir e abriu o placar de Magrão, que defendeu duas meiro tempo, nas ele chutou com a falta de inspiração e pou- para os donos da casa, muito bolas cara a cara com Paulinho e para fora e desperdiçou boa co produziu. pouco tempo depois de os tor- Guerrero, a vitória dos comanchance. "É complicado, eles estão lá cedores comemorarem o gol do dados do técnico Tite seria por O técnico Waldemar Lemos atrás, marcando individual, Coritiba contra o arquirrival uma margem até maior de gols.
ça de falta de Thiago Neves, que parou na trave esquerda de Felipe, mas apostava mesmo na
qualidade de seu setor ofensivo para encaixar um contra-ataque. O Flamengo, por sua vez, passou a variar mais as jogadas pelos lados do campo. As faltas ficaram mais duras e o jogo mais pesado. O Flamengo ainda sufocou. Aos 32min, Cleber Santana mandou por cima ótima chance de empatar. Em cruzamento pela direita, o meia apareceu livre na área e errou o chute. Um minuto depois, Nixon apareceu na segunda trave para cabecear, mas parou em grande defesa de Diego Cavalieri. E o goleiro ainda salvou o Fluminense mais uma vez. Aos 41min, Bottinelli teve a chance de empatar o jogo em cobrança de pênalti. No entanto, Cavalieri defendeu a cobrança. Vagner Love ainda balançou as redes um minuto depois, mas a arbitragem assinalou impedimento no lance. O Flamengo ainda tentou atacar desordenadamente, mas Fred e Cavalieri garantiram a larga vantagem na liderança.
Bahia bate Fogão e acaba com invencibilidade O Bahia dominou o Botafogo neste domingo, no estádio Pituaçu. Time de melhor campanha no segundo turno do Campeonato Brasileiro, o Tricolor venceu por 2 a 0 - com gols do ex-alvinegro Fahel e Hélder nos minutos finais - e recuperou fôlego na briga contra o rebaixamento após derrota na última rodada. O Glorioso perdeu invencibilidade de seis partidas na competição e vê os times que ocupam o G-4 ainda mais distantes. Com 34 pontos, o Bahia mostra força para escapar da degola. O Botafogo, por sua vez, chega ao quarto jogo sem vitória no Brasileirão - a equipe de Oswaldo de Oliveira havia empatado os três últimos compromissos - e precisa reagir para manter pressão sobre os concorrentes à vaga na Copa Libertadores de 2013. O Bahia começou com mais força de ataque, mas o Botafogo deu resposta com dois sustos no goleiro Marcelo Lomba. Tudo isso antes dos 10min de jogo. Pressionado pelas vaias da torcida da casa por causa de seu passado no Vitória, Elkeson era a principal opção de ataque pelo Alvinegro. O Bahia, no entanto, conseguiu se organizar na defesa e voltou a marcar presença ofensiva. Aos 18min, Fahel superou marcação de Fábio Ferreira e cabeceou sem chances para Jefferson. Após escanteio na medida, batido por Neto, o Bahia abriu 1 a 0. O Botafogo teve a sua chan-
ce para empatar, também após escanteio. Aos 29min, o Glorioso perdeu oportunidade em confusão na área do Tricolor Baiano. Elkeson não conseguiu finalizar. Um minuto depois, Andrezinho invadiu a área adversária, mas errou o chute. A primeira etapa seguiu com o Bahia no ataque e em velocidade, mas sem força para conseguir finalizar. O Botafogo cresceu nos minutos finais. Andrezinho tentou cruzamento, mas ninguém completou. Lodeiro também tentou, mas errou cabeçada. Em desvantagem, o Botafogo voltou do intervalo com a proposta de atacar. Desorganizado, o time alvinegro encontrou pouco espaço. Abertos, os visitantes davam espaços para contra-ataques do Bahia. Jefferson teve trabalho em chutes de longa distância. Aos 15min, o Bahia encaixou boa jogada. Lulinha ajeitou para Gabriel, que não acertou o alvo. Dominado, o Botafogo tentou mudar o jogo com as entradas de Vitor Junior e Rafael Marques. Nos últimos 15min de partida, o Bahia passou a esperar o adversário para levar perigo nos contra-ataques. Aos 35min, Kleberson tentou por cobertura para bela defesa de Jefferson. Cinco minutos depois, o time da casa confirmou o triunfo com Hélder. Ele driblou o goleiro alvinegro e tocou para o gol vazio para marcar 2 a 0 e garantir mais três pontos no Brasileiro.
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> POR POUCO
Osvaldo salva Sampa de derrota para o Coxa No Couto Pereira as equipes empataram em 1 a 1, os gols foram marcados na segunda etapa, São Paulo continua fora do G-4 fotos: Divulgação
Em um jogo morno no Couto Pereira, com poucas chances de gol, São Paulo e Coritiba empataram em 1 a 1, neste domingo. Os paranaenses abriram o placar, aos 14 minutos do segundo tempo, com gol em cobrança de pênalti. Os são-paulinos empataram nos minutos finais, aos 39, com Osvaldo, em chute na entrada da área. Na ocasião, o time paulista jogava com um atleta a menos, uma vez que o zagueiro Rhodolfo foi expulso na metade do segundo tempo. Jogando em casa, o Coritiba começou a partida tentando atacar. Com a pressão da torcida no Couto Pereira, o time mantinha a posse de bola e pressionava o rival, que ficava acuado no capo de defesa. Mesmo com mais posse de bola, os paranaenses tinham dificuldade em entrar na área do São Paulo e não criavam chances
de gol. Os são-paulinos, entretanto, se mantinham recuados, mas conseguiam assustar o rival em lances de contra-ataques. Em duas jogadas de Lucas, o time quase abriu o placar no primeiro tempo. Na primeira, aos 14 minutos, o meia-atacante arrancou com velocidade e chutou na entrada da área do Coritiba. A bola passou rente à trave direita. Menos de 10 minutos depois, o jogador da seleção brasileira fez nova jogada individual, entrou na área do Coritiba, se livrou de dois marcadores, mas foi parado pelo goleiro Vanderlei. No segundo tempo, o Coritiba manteve a maior posse de bola e conseguia criar raras chances de gol. Foi assim aos 13 minutos da segunda etapa. Rafinha avançada em direção ao gol quando foi derrubado por Rhodolfo. O árbitro não teve
Quando o jogo já parecia definido, com o São Paulo sem demonstrar forças para vencer, o empate veio em boa hora
dúvida e marcou pênalti. Éverton Ribeiro cobrou e tocou a bola rasteira no meio do gol, abrindo o placar. Com o gol do Coritiba, o jogo melhorou. Atrás no placar, o São Paulo avançava mais e dava mais espaços para os paranaenses em contra-ataques, que encontravam ainda mais facilidade para avançar após a expulsão de Rhodolfo. O zagueiro recebeu cartão vermelho após dar um carrinho sobre Gil. Quando o jogo já parecia definido, com o São Paulo sem demonstrar forças para vencer, Osvaldo salvou a vida do time mais uma vez. Como tinha acontecido nas últimas duas partidas do clube na semana passada, o atacante marcou. Faltando seis minutos para o final, ele chutou na entrada da área e empatou o jogo.
Técnico Cuca prevê equipe do Barcos quebra jejum em casa Atlético-MG líder em 30 dias e comanda vitória do Palmeiras
Cuca, ainda tem grande confiança na conquista do título Brasileiro, empate por 1x1 representa fim do mau tempo
O treinador do AtléticoMG, Cuca, ainda tem grande confiança na conquista do título Brasileiro. Após o empate por 1 a 1 contra a Portuguesa, na noite de sábado, no Canindé, pela 27ª rodada da competição, o técnico ressaltou o fim do turbulento mês de setembro, e avisou que planeja ver o time líder novamente em 30 dias. "Sempre falei para todos que esse mês de setembro era complicado, com jogos complicados em sequencia, sem tempo para recuperar os principais jogadores. Agora a coisa será diferente. Em outubro são jogos bons, e a sorte vai estar ao nosso lado", destacou Cuca.
"Mantemos o foco no título, e não tem como isso mudar. Nosso momento turbulento passou. Acredito que temos a mesma chance de título que o Fluminense. O mês de outubro deles será complicado, e nós podemos chegar no fim dele como líder... e com sobras", complementou o confiante treinador. Em setembro, o AtléticoMG realizou oito partidas no Brasileiro, e teve duas vitórias, três empates e três derrotas. O aproveitamento de 37,5% dos pontos no período fez o time cair para a vice-liderança, no momento a três pontos do Fluminense. "Agora começa o mês de
Resultados / Série A 29/09 29/09 29/09 29/09 29/09 30/09 30/09 30/09 30/09 30/09
Cruzeiro Portuguesa Vasco da Gama Náutico Palmeiras Bahia Corinthians Flamengo Coritiba Grêmio
0x0 1x1 3x1 2x0 3x0 2x0 3x0 0x1 1x1 1x1
outubro que tanto esperávamos. Vamos fazer a maioria dos jogos em casa, e temos o confronto direto contra o Fluminense. O torcedor atleticano pode ficar esperançoso", avisou Cuca. Em outubro, dos seis jogos programados, o Atlético-MG faz quatro no Independência (contra Figueirense, Sport, Flamengo e Fluminense). A equipe ainda encara o Internacional, no Beira Rio, e o Santos, na Vila Belmiro. "Não é para desanimar. Ainda temos boas chances de título, e estamos confiantes. Momento ruim o Fluminense também pode passar", comentou o volante Pierre.
Ele estava há sete jogos sem marcar, mas desencantou na hora certa. Com dois gols, o atacante argentino Hernan Barcos comandou a vitória do Palmeiras sobre a Ponte Preta por 3 a 0 neste sábado no Pacaembu e ajudou a embolar a briga para sair da degola do Brasileirão. Marcos Assunção fez o outro tento do time alviverde. Com 26 pontos, o Palmeiras agora seca o Sport (27) e o Coritiba (28) na rodada deste domingo para tentar sair da zona do rebaixamento já na próxima rodada, quando faz o clássico contra o São Paulo no outro final de semana. Já a Ponte Preta estacionou nos 34. O jogo foi especial para os técnicos. Gilson Kleina reencontrou a Ponte Preta após ter acertado com o Palmeiras. Guto Ferreira saiu do Mogi Mirim para assumir no seu lugar e fez a sua estreia no comando do time campineiro. Gilson Kleina manteve a formação que ganhou do Figueirense no último final de semana, apenas com a volta de Arthur na lateral-direita após suspensão automática. Assim como no jogo de Florianópolis, o Palmeiras buscou o gol desde o início e deixou a Ponte Preta assustada. Arthur e Maikon Leite perderam boas oportunidades. Mas o Pirata estava inspirado e fez a diferença com dois gols na primeira etapa. O primeiro deles saiu de forma con-
Próximos jogos / Série A Internacional Atlético-MG Figueirense Atlético-GO Ponte Preta Botafogo Sport-PE Fluminense São Paulo Santos
4/10 - 21h00 4/10 - 21h00 4/10 - 21h00 6/10 - 16h00 6/10 - 16h20 6/10 - 16h20 6/10 - 16h20 6/10 - 18h30 6/10 - 18h30 6/10 - 18h30
Flamengo Portuguesa Coritiba São Paulo Santos Atlético-GO Náutico Grêmio Fluminense Atlético-MG
x x x x x x x x x x
Bahia Sport-PE Ponte Preta Palmeiras Internacional Vasco da Gama Corinthians Cruzeiro Botafogo Figueirense
Há sete jogos sem marcar, atacante desencantou na hora certa com dois gols
vencional - jogada de bola parada de Marcos Assunção. No bate rebate, Barcos marcou. No segundo, o camisa 9 aproveitou passe precioso de Maikon Leite e só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo da rede. Empurrado pelo apoio de mais de 30 mil torcedores que lotaram o Pacaembu, o Palmeiras mostrou muita raça e teve controle total da partida contra um rival que, assustado, demorou para voltar a jogar. Mas quando o fez, a Ponte Preta deu
trabalho ao Verdão no fim da primeira etapa, quando o goleiro Bruno trabalhou bem em duas oportunidades. Em um dos contra-ataques, Valdivia acertou a trave. Quando a Ponte voltou a apertar, Bruno apareceu com duas grandes defesas e foi ovacionado pela torcida. O jogo caiu de ritmo e o 3 a 0 permaneceu inalterado, para delírio da torcida que chegou até a gritar olé e cada vez mais confia na permanência do Verdão na Série A do Brasileirão.
Classificação / Série A 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º
Fluminense Atlético-MG Grêmio Vasco da Gama São Paulo Internacional Botafogo Corinthians Cruzeiro Náutico Flamengo Bahia Santos Ponte Preta Portuguesa Coritiba Sport-PE Palmeiras Figueirense Atlético-GO
P 59 53 50 47 43 41 40 39 36 34 34 34 34 34 33 29 27 26 22 20
J 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27
V 17 15 15 13 13 10 11 10 10 10 9 8 8 8 8 8 6 7 5 4
E 8 8 5 8 4 11 7 9 6 4 7 10 10 10 9 5 9 5 7 8
D 2 4 7 6 10 6 9 8 11 13 11 9 9 9 10 14 12 15 15 15
GP 44 41 38 35 39 33 41 33 32 33 28 29 32 30 29 39 23 28 30 27
GS 18 20 22 27 29 23 35 26 36 42 37 30 36 35 31 47 38 36 48 48
SG 26 21 16 8 10 10 6 7 -4 -9 -9 -1 -4 -5 -2 -8 -15 -8 -18 -21
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Opinião |B5
Foto da semana
Editorial
A hora da decisão No próximo domingo, 7 de outubro, assim como os eleitores do resto do país, os alagoanos irão às urnas para escolher seus futuros prefeitos e vereadores em 102 municípios. Espera-se que as eleições transcorram em clima de ordem e em ambiente de segurança, condição essencial para que a democracia seja exercitada de forma plural e com total urbanidade. O regime democrático é perfeito - ou quase perfeito - justamente porque enseja a cada cidadão escolher, com liberdade e soberania, os candidatos que, em sua avaliação, são os melhores. O eleitor, hoje, ao contrário do que sucedia no passado, não vota sob pressão ou ameaçado de perseguição. Não tem que dar satisfação a ninguém, a não ser a sua própria consciência. Na cabine indevassável - e pela primeira vez com o voto digital do sistema biométrico - o votante estará diante de Deus, de sua consciência e dos números representando os candidatos escolhidos. A campanha serviu para que a sociedade pudesse conhecer ideias, projetos e propostas dos postulantes. Ao julgar a postura de cada concorrente, o eleitor deve ser rigoroso com as promessas. Promessas - muitas delas - mirabolantes, irrealizáveis. O que vale, nesse momento, é a sinceridade. E não é difícil saber quem foi sincero no discurso para conseguir o voto, para atrair o eleitor. Escolher o melhor, o mais preparado, é condição essencial para se ter um futuro mais seguro para todos. Quando a maioria erra - cumpre lembrar - não paga a maioria, apenas - todos pagam. Por isso, a responsabilidade é coletiva. Votar certo, para não ter que se lamentar depois. Essa é a palavra de ordem, o mandamento que deve prevalecer na consciência de cada um e de todos.
Cena cada vez mais comum nas ruas de Maceió: ônibus velho quebrado, afunilando o trânsito, como esse que encalhou na Av. Buarque de Macedo
Crédito turbinado
A verdadeira mudança
O mercado brasileiro, espe- que eram quase o triplo da cialmente na área do crédi- inadimplência das empreto e da inadimplência, vem sas em 2002 (8,3% e 2,9%, respondendo satisfatoria- respectivamente), passamente, apesar das incerte- ram para menos que o zas externas. Nos últimos dobro (7,8% e 4,0%). dez anos, com duas crises O estudo evidencia que a mundiais, o volume de cré- estabilização da inadimdito cresceu 516%. Ele plência de pessoas físicas pulou de R$ 351 milhões resultou em uma redução em junho de 2002 para R$ mais intensa das taxas de 2,1 bilhões em junho deste juros e do spread bancário ano, conforme demonstrou diferença entre o custo de estudo da Associação captação do banco e o Nacional de Executivos de valor cobrado do cliente Finanças, Administração e praticados pelo mercado. Contabilidade - ANEFAC. As taxas de juros caíram A forte expansão da oferta 48% para pessoas físicas de empréstimo de dinheiro de 70,4% ao ano em 2002 fez com que o volume do para 36,5% neste ano - e crédito aumentasse de 20% para pessoas jurídicas 27,2% do PIB em 2002 para - de 29,7% ao ano para 50,6% do PIB, atualmente. 23,8%. Apesar da alta a entidade O prazo médio dos finanressalta que o volume total ciamentos praticamente do crédito do país ainda é dobrou tanto para pessoas baixo se comfísicas como parado ao jurídicas, das principais “Outra face mais c r e s c e n d o economias recente da expan- 93% para os do mundo. consumidosão do mercado Ou seja, este res - de 315 foi o aumento do segmento para 610 dias uso de cartões de - em dez anos pode e deve crescer ainda e 120% para crédito” mais. as empresas Do outro lado de 185 para da moeda, a boa notícia é 406 dias. que a inadimplência - Outra face mais recente da aumento das dívidas com expansão foi o aumento do atraso superior a 90 dias - uso de cartões de crédito, subiu apenas 23,4% no de débito e de loja em mesmo período. Saiu de substituição às ao dinheiro 4,7% em 2002 para 5,8% e cheques. Comparando em 2012. Enquanto a ina- com o mesmo período do dimplência de pessoas jurí- ano passado, o setor dicas aumentou de 2,9% ampliou seu faturamento para 4,0% em dez anos - em 20% no segundo trialta de 38% -, o calote caiu mestre deste ano, com de 8,3% para 7,8% - queda movimentação de R$ 191 de 6% - para pessoas físi- bilhões. O crescimento no cas. uso de cartões de crédito Com a melhora dos paga- foi de 14%; 19% de débitos mentos por parte dos con- e 12% nos de rede e loja. sumidores e considerável Renan Calheiros piora das empresas, os É senador e líder da bancada do PMDB atrasos de pessoas físicas,
Fiquei perplexo (mas compreendi, já que estamos em campanha eleitoral) ao ouvir um candidato a prefeito afirmar, em tom categórico, que Maceió está há 20 anos sob o domínio de um mesmo grupo político, e que ele, somente ele, representa a verdadeira mudança. Pergunto: que grupo político? Que mudança? Nas duas últimas décadas, os cinco mandatos de prefeito da capital foram exercidos por Ronaldo Lessa (um), Kátia Born (dois) e Cícero Almeida (dois). E do mesmo modo que Lessa interrompeu a continuidade do grupo então liderado por Divaldo Suruagy e Guilherme Palmeira, Cícero impediu que o PSB permanecesse no comando administrativo maceioense. A real mudança, que hoje todos os candidatos reivindicam para si como projeto para o futuro, foi materializada por Cícero Almeida ao vencer a sucessão de 2004 e se consagrar, com a reeleição histórica, quatro anos depois. Reeleição, ressalte-se, que só veio atestar o reconhecimento da população pelo trabalho sério e afirmativo de seu primeiro mandato. A mudança, com Almeida, foi tão afirmativa quanto surpreendente. Poucos acreditavam que um simples repórter policial comandasse a revolução administrativa que em apenas quatro anos mudaria por completo a fisionomia da cidade. Os adversários, silentes e perplexos, inventaram um pretexto para criticálo apontando o grande volume de obras físicas realizadas... Os mesmos críticos, que antes da eleição de 2004 alertavam para o risco de se colocar na
Prefeitura um 'despreparado', perderam de novo quando, derrotados nas urnas, apostaram na 'síndrome do segundo mandato'. A usina de obras pararia, o prefeito perderia o interesse pela gestão, o segundo seria a negação do primeiro. E, no entanto, o que se viu foi Almeida realizar ainda mais, com a mesma determinação e algo altamente positivo a acrescentar: o trabalho meticuloso, dinâmico e abrangente na área da assistência social.
“Cícero, em dois momentos, provou que o seu projeto de mudança não era apenas promessa para sensibilizar o eleitor” A mudança é o que está aí - uma Maceió de cara nova, com novo e moderno perfil urbanístico, com o trânsito fluindo melhor graças aos novos espaços e às oportunas modificações no sistema viário. Por isso, nada mais coerente do que afirmar que, mudar no atual processo eleitoral, significa manter a mudança já experimentada com bons resultados em todos os sentidos. O que o prefeito defende, focado nas eleições do próximo dia 7, é a continuidade de
um projeto que deu certo. É a continuidade sem continuísmo, isto é, o prosseguimento de um trabalho que, se interrompido, só trará prejuízos à cidade e aos seus habitantes. Disse, na semana passada, e reitero: o governo de Cícero Almeida - assim como o resultado de suas obras - só será devidamente avaliado nos próximos anos, bem mais adiante, quando for possível julgar serenamente o trabalho de amanhã e compará-lo ao de ontem. Sem emoção, racionalmente. Quantos, no ardor das paixões políticas, e mesmo na ânsia de atingir objetivos eleitorais, não estão negando a Cícero o mérito que, amanhã, livres dessas influências, terão de reconhecer e exaltar? Quantos, hoje, por interesses políticos menores, escondem o que de fato acham da administração de Almeida? Mudar não é fácil. Fácil é prometer a mudança. Cícero, em dois momentos consecutivos, provou que o seu projeto de mudança não era apenas promessa para sensibilizar o eleitor. Seu legado, em obras, em ações, em decisões corajosas, é um legado expressivo que o colocará entre os grandes vultos da vida pública alagoana. Quem acha que foi fácil, vai ter a oportunidade de sentir quanto foi difícil e complexo. Aliado ou não, adversário político ou não, quem assumir a Prefeitura em janeiro próximo perceberá, em poucos meses, a real dimensão do trabalho que Almeida realizou. Francisco Araújo É secretário de Assistência Social de Maceió
Mensalão: julgamento do STF pode não valer (1ª parte) Muitos brasileiros estão acompanhando e aguardando o final do julgamento do mensalão. Alguns com grande expectativa enquanto outros, como é o caso dos réus e advogados, com enorme ansiedade. Apesar da relevância ética, moral, cultural e política, essa decisão do STF - sem precedentes - vai ser revisada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, com eventual chance de prescrição de todos os crimes, em razão de, pelo menos, dois vícios procedimentais seríssimos que a poderão invalidar fulminantemente. O julgamento do STF, ao ratificar com veemência vários valores republicanos de primeira linhagem - independência judicial, reprovação da corrupção, moralidade pública, desonestidade dos partidos políticos, retidão ética dos agentes públicos, financiamento ilícito de campanhas eleitorais etc. -, já conta com valor histórico suficiente para se dizer insuperável. Do ponto de vista procedimental e do respeito às regras do Estado de Direito, no entanto, o provincianismo e o autoritarismo do direito latino-americano, incluindo, especialmente, o do Brasil, apresentam-se como deploráveis. No caso Las Palmeras a Corte Interamericana mandou processar novamente um determinado réu (na Colômbia) porque o juiz do processo era o mesmo que o tinha investigado anteriormente. Uma mesma pessoa não pode ocupar esses dois polos, ou seja, não pode ser investigador e julgador no mesmo processo. O Regimento Interno do STF, no entanto (art. 230), distanciando-se do padrão civilizatório já conquistado pela jurisprudência internacional, determina exatamente isso. Joaquim Barbosa, no caso
mensalão, presidiu a fase investigativa e, agora, embora psicologicamente comprometido com aquela etapa, está participando do julgamento. Aqui reside o primeiro vício procedimental que poderá dar ensejo a um novo julgamento a ser determinado pela Corte Interamericana. Há, entretanto, um outro sério vício procedimental: é o que diz respeito ao chamado duplo grau de jurisdição, ou seja, todo réu condenado no âmbito criminal tem direito, por força da Convenção Americana de Direitos Humanos (art. 8, 2, h), de ser julga-
“O ex-ministro Thomaz Bastos levantou a controvérsia e pediu o desmembramento do processo logo no princípio” do em relação aos fatos e às provas duas vezes. O entendimento era de que, quem é julgado diretamente pela máxima Corte do País, em razão do foro privilegiado, não teria esse direito. O ex-ministro Márcio Thomaz Bastos levantou a controvérsia e pediu o desmembramento do processo logo no princípio da primeira sessão, tendo o STF refutado seu pedido por 9 votos a 2. O Ministro Celso de Mello, honrando-nos com a citação de um trecho do nosso livro,
atualizado em meados de 2009, sublinhou que a jurisprudência da Corte Interamericana excepciona o direito ao duplo grau no caso de competência originária da corte máxima. Com base nesse entendimento, eu mesmo cheguei a afirmar que a chance de sucesso da defesa, neste ponto, junto ao sistema interamericano, era praticamente nula. Hoje, depois da leitura de um artigo (de Ramon dos Santos) e de estudar atentamente o caso Barreto Leiva contra Venezuela, julgado bem no final de 2009 e publicado em 2010, minha convicção é totalmente oposta. Estou seguro de que o julgamento do mensalão, caso não seja anulado em razão do primeiro vício acima apontado (violação da garantia da imparcialidade), vai ser revisado para se conferir o duplo grau de jurisdição para todos os réus, incluindo-se os que gozam de foro especial por prerrogativa de função. No Tribunal Europeu de Direitos Humanos é tranquilo o entendimento de que o julgamento pela Corte Máxima do país não conta com duplo grau de jurisdição. Mas ocorre que o Brasil, desde 1998, está sujeito à jurisprudência da Corte Interamericana, que sedimentou posicionamento contrário (no final de 2009). Não se fez, ademais, nenhuma reserva em relação a esse ponto. Logo, nosso País tem o dever de cumprir o que está estatuído no art. 8, 2, h, da Convenção Americana (Pacta sunt servanda). Luiz Flávio Gomes E doutor em direito penal, fundou a rede de ensino LFG. Foi juiz de Direito e promotor de Justiça
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Primeira Edição | 1º a 7 de outubro, 2012
B6 | Diário Oficial dos Municípios
ESTADO DE ALAGOAS PREFEITURA MUNICIPAL DE BRANQUINHA HOMOLOGAÇÃO DO PREGÃO PRESENCIAL - SISTEMA REGISTRO DE PREÇOS N° 009/2012 A Prefeita do Município de Branquinha homologa o presente processo, importando o mesmo o valor total de R$ 3.034.131,71 (três milhões trinta e quatro mil e cento e trinta e um reais e setenta e um centavos). EXTRATO DA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS N° 009/2012 Modalidade: Pregão Presencial nº 009/2012 – Objeto: Aquisição de Gêneros Alimentícios. CONTRATANTE Município de Branquinha, CNPJ:
12.332.995/0001-77. DETENTORA I: COMERCIAL COLOMBO LTDA EPP. CNPJ nº 10.449.397/000157. DETENTORA II: COMERCIAL TRADIÇÃO LTDA ME. CNPJ nº 03.842.183/0001-80. O conteúdo integral desta Ata de Registro de Preços encontra-se a disposição na sede do município, na Rodovia BR 104 km 47, S/N, Branquinha/AL. Branquinha/AL 31 de julho de 2012. Ana Renata da Purificação Moraes | Prefeita --------------------------------------------------------ESTADO DE ALAGOAS PREFEITURA MUNICIPAL DE PENEDO GABINETE DO PREFEITO EXTRATO DO PRIMEIRO TERMO ADITIVO AO CON-
TRATO DE EXECUÇÃO DE OBRA TP Nº 01/2012 FIRMADO ENTRE O MUNICÍPIO DE PENEDO E A EMPRESA CAVALCANTE MOURA ENGENHARIA LTDA-EPP Processo nº 052/2012/SEINFRO Número do Contrato TP 01/2012 Contratante: MUNICÍPIO DE PENEDO/AL – CNPJ 12.243.697/0001-00 Contratado: EMPRESA CAVALCANTE MOURA ENGENHARIA LTDA – CNPJ/MF sob o nº 00.526.102/0001-45. Espécie: PRIMEIRO TERMO ADITIVO AO CONTRATO nº TP 01/2012 VISANDO PRORROGAR O PRAZO CONTRATUAL E RATIFICAR AS DEMAIS CLÁUSULAS E CONDIÇÕES.
Objeto: ADITAR O PRAZO DO CONTRATO TP 01/2012. Objeto do Contrato Inicial: EXECUÇÃO DAS OBRAS E SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO DE QUADRA POLIESPORTIVA NA ESCOLA MUNICIPAL BARÃO DE PENEDO, NESTE MUNICÍPIO. Prazo de Vigência do Contrato: 90 (noventa) DIAS CONTADOS A PARTIR DO TÉRMINO DE VIGÊNCIA DO CONTRATO. SIGNATÁRIOS: ISRAEL RAMIRES SALDANHA NETO – PELA CONTRATANTE E DENYS CAVALCANTE MOURA – PELA CONTRATADA. DATA DE ASSINATURA DO PRIMEIRO TERMO ADITIVO: 19 DE SETEMBRO DE 2012.
> PERDA
A televisão brasileira sem Hebe Camargo Rainha da TV morreu em casa, na madrugada deste sábado, e foi sepultada na manhã deste domingo; Hebe lutava contra um câncer fotos: Divulgação
Ícone absoluto da TV brasileira, a apresentadora Hebe Camargo morreu na madrugada deste sábado (29), após sofrer uma parada cardiorespiratória em sua casa, no Morumbi, em São Paulo (SP). Ela estava com 83 anos e lutava contra um câncer no peritônio, descoberto em 2010. O corpo da apresentadora Hebe Camargo foi velado neste domingo (30) no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo. O enterro da artista aconteceu às 9h30 no cemitério Gethsemani, no Morumbi. O corpo de Hebe chegou ao velório às 19 horas da noite de sábado. Familiares da apresentadora não quiseram falar com a imprensa. O velório foi aberto ao público por volta das 20 horas e personalidades prestaram a última homenagem à artista. Silvio Santos se despediu da artista com um selinho e fez campanha do Teleton. "Não chorem. Hebe usaria isso para ajudar as crianças do Teleton. Precisamos de R$27 milhões esse ano", disse aos jornalistas. Roberto Carlos, Dudu Braga, Tom Cavalcante e Otávio Mesquita também prestaram última homenagem à artista. "Hebe era uma mulher maravilhosa, deixou saudade no meu coração e de todos os brasileiros", disse o cantor Roberto Carlos. "Ela vai sempre estar junto com a gente", completou o filho do artista, Dudu Braga. Tom Cavalcante se emocionou ao falar da colega. "Pessoas como a Hebe são insubstituíveis. Ela tinha coragem para criticar tudo o que estava errado. Dava a cara para bater. A frase dela que fica é: Vamos comemorar a vida". Uma das melhores amigas da apresentadora, Lolita Rodrigues, lamentou profundamente a morte de Hebe. "Nós éramos amigas 'só' há 68 anos. Ser velha é muito triste, porque você só tem perdas". Ao falar sobre a morte de Hebe Camargo, o candidato José Serra lembrou da política. "Ela sempre me apoiou em praticamente todas as campanhas políticas", disse. O prefeito Gilberto Kassab também lamentou a morte da artista. "Era uma mulher vocacionada para a televisão e comunicações".
HISTÓRIA Hebe Camargo Ravagnani nasceu no dia 8 de março de 1929 na cidade de Taubaté, em São Paulo, e teve uma infância bastante humilde. Filha de Esther Magalhães Camargo e Segesfredo Monteiro Camargo, ela não se inibiu com as dificuldades financeiras e traçou uma trajetória de sucesso, passando pelas maiores emissoras do Brasil e eternizando seu sofá de debates. Vir ao mundo no mesmo dia em que se comemora o Dia Internacional da Mulher é ter
O corpo da apresentadora Hebe Camargo foi sepultado nesta domingom, em São Paulo, depois de velado por familiares, amigos e uma legião de fãs
cantando sambas e boleros. Em sua carreira solo, ela chegou a gravar um disco em homenagem a Carmen Miranda, rendendo-lhe o título de Estrelinha do Samba. O sucesso na música a levou a explorar outros talentos artísticos, como o de atriz de cinema. Participou de filmes de de Mazzaropi (1912-1981), contracenando com Agnaldo Rayol em um deles. Hebe abandonou a carreira musical para se dedicar à TV. Foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira, no bairro do Sumaré, em São Paulo, em 1950. Acabou não comparecendo ao evento e foi substituída pela amiga Lolita Rodrigues. Anos mais tarde, ela revelou que faltou ao compromisso para acompanhar o ex-namorado em uma festa.
APRESENTADORA
Hebe foi cantora e atriz, mas se consagrou como apresentadora de TV
Uma cena rara: Hebe beijando Sílvio Santos com o seu famoso ‘selinho’
uma estrela apontada para o sucesso. Fazendo um retrospecto sobre sua vida profissional, logo percebemos que a vida de Hebe está diretamente ligada à
Helena e Maria. Três anos depois, elas colocaram fim ao grupo e Hebe formou uma dupla caipira com a irmã, utilizando-se de nomes fictícios:
história da TV no Brasil. Sua vida artística se iniciou na década de 40 integrando o quarteto Dó-Ré-Mi-Fá, do qual fazia parte sua irmã Estela e as primas
Rosalinda e Florisbela. A parceria durou pouco tempo e ela investiu na carreira solo. Foi neste momento que ela ganhou popularidade e visibilidade,
Engana-se quem pensava que Hebe Camargo sempre foi loira. Ela estreou como apresentadora em 1955 com o primeiro programa feminino, O Mundo É Das Mulheres. O sucesso da atração era tão grande que ela entrava no ar cinco vezes por semana. Foi nesta época que ela passou de morena para loira. Seu tato para conduzir entrevistas abriu os olhos das demais emissoras, que a fizeram deixar a TV Tupi. Hebe passou por diversos canais, até chegar ao SBT em 1986. Foi na empresa de Silvio Santos que ela conquistou o título de "rainha da TV". Ficou no SBT até 2010 e, após inúmeras brigas por questões salariais, se mudou para a RedeTV!. O dinheiro voltou a ser problema na vida de Hebe, já que o canal atrasou seus salários e a levou a rescindir o contrato. Nessa quinta-feira (27), o SBT anunciou a recontratação de Hebe. Ela estrearia seu novo programa em 2012, mas o formato e a frequência não chegaram a ser divulgados.
CASAMENTO
Curiosidades da vida de Hebe Camargo * Hebe estava no grupo que foi ao porto da cidade de Santos buscar os equipamentos de televisão para a formação da primeira rede brasileira, a Rede Tupi. * Durante a Jovem Guarda, Hebe deu espaço a novos talentos, como Roberto Carlos, Martinha, Wanderléa e Ronnie Von, a quem apelidou de Príncipe. * Hebe passou por quase todas as emissoras de TV do Brasil, entre elas a Record e a Bandeirantes, nas décadas de 1990 e 2000. Na Bandeirantes, ficou até 2005, quando foi contratada pelo SBT. Na Globo, ela recebeu uma homenagem no Domingão do Faustão, convidada por Fausto Silva, em 26 de dezembro de 2010. * Por volta das 16h30 de 13 de dezembro de 2010, ao final da gravação do especial de Réveillon de seu programa no SBT,
Hebe pegou todos de surpresa e leu uma carta de próprio punho para o público, informando que aquela era a sua última atuação como funcionária do SBT. Ela estava se despedindo depois de 24 anos no SBT. * Até o primeiro semestre de 2012, ela manteve um contrato com a Rede TV!. Na última semana de setembro, havia fechado contrato com o SBT, para voltar à emissora de Silvio Santos. Nesse momento, estavam decidindo se ela gravaria o programa de casa, no bairro Morumbi, em São Paulo, ou nos estúdios do SBT, em Anhanguera. * Hebe se casou no civil e na igreja em 14 de Julho de 1964, de vestido rosa, pois, por tradição da época, a noiva que não fosse mais virgem não poderia usar branco. Ela já tinha 35 anos e no mesmo dia des-
cobriu que estava grávida. * Antes de se casar oficialmente com Décio, engravidou duas vezes e sofreu aborto espontâneo. * Depois de muitas brigas, provocadas por ciúmes e pelo fato de ela trabalhar muito, Hebe saiu de casa levando o filho do casal, em 1971. Divorciaram-se no mesmo ano. * Começou a namorar o empresário Lélio Rvagnani em 1973. Casaram-se logo depois. Hebe e Lélio viveram juntos por 29 anos, até a morte dele, em 2000. * Hebe declarou que sua primeira relação sexual foi em 1947, aos 18 anos. Ela engravidou do seu primeiro namorado, o empresário Luiz Ramos, e abortou porque brigavam muito e sua família não o aceitava.
Hebe se casou duas vezes. A primeira, aos 35 anos, foi com o empresário Décio Capuano, com quem já morava junto há 15 anos. A união foi celebrada no civil e no religioso no dia 14 de julho de 1964. Ela subiu ao altar com um vestido rosa, pois os costumes da época diziam que somente as virgens poderiam usar branco na igreja. No ano seguinte, ela deu à luz seu [unico filho, Marcello de Camargo Capuano. O fim do casamento aconteceu em 1971 por conta do ciúme excessivo de Décio, que tentou proibí-la de trabalhar na TV. Morando com o filho, ela conheceu o empresário Lélio Ravagnani, com quem se casou em 1973. Hebe foi muito feliz nesta união, que durou até 2000, quando o marido morreu.
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Especial |B7
> CIDADANIA
Alagoas consolida política contra subregistro Estado emite documento para mais de 33 mil crianças, resultado bem acima da meta inicial e fruto de parceria com instituições O bebê Pedro Lucas, de apenas oito dias de vida, já é um cidadão alagoano devidamente registrado. Recémnascido na Maternidade Nossa Senhora da Guia, no bairro do Poço, Lucas e mais de 33 mil crianças não precisaram que seus pais enfrentassem as longas filas e a burocracia natural nos cartórios espalhados pelos municípios. Dentro da própria maternidade, as crianças obtêm a Certi-
dão de Nascimento ou podem adquirir o documento em mutirões promovidos para diminuir o sub-registro em Alagoas. "Com apenas dois dias de nascido, meu filho já saiu com o registro, sem filas e sem burocracia nenhuma", conta a mãe de Pedro Lucas, Daiene Gomes da Silva, acompanhada do pai da criança, José Adeildo dos Santos. Quando recebeu alta na maternidade Nossa Senhora da Guia, Daiene recebeu das mãos
do funcionário do cartório instalado na maternidade a documentação básica do bebê. Essa política é resultado da ação desenvolvida pelo Governo de Alagoas desde 2009, cuja ação visa diminuir drasticamente o sub-registro e facilitar para que a população tenha garantias do acesso ao direito do registro civil. A política se potencializou graças à implantação de 26 cartórios dentro das próprias ma-
ternidades, no programa Meu Registro, Minha Cidadania, em convênio com o governo federal, através da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República. Tratamento semelhante teve o bebê de Bruna da Silva Alves, que trouxe à vida Alexia Valentina. "Isso facilita muito a vida dos pais", opina o pai de Valentina, Alexandre Athaíde, ao segurar feliz a primeira filha do casamento. Divulgação / Agência Alagoas
O pai Alexandre segura a filha Alexia Valentina sob o olhar da mãe Bruna
Daiane embala Pedro enquanto o pai Adeildo exibe certidão de nascimento
Vinte e oito postos e 33 mil certidões O resultado positivo dessa política é que a pretensão era implantar, inicialmente, 26 postos, mas foram instalados 28. "Isso é altamente positivo. Somente em 2012, foram implantados dezesseis", revela Josilene Lira, gestora do programa do subregistro e assessora Especial da Seades. Outro dado significativo nesta ação de Governo e do comitê gestor é que a meta inicial era fornecer a Certidão de Nascimento a 6 mil crianças, mas os números demonstram um desempenho muito acima do previsto. "Graças a essa parceria com os cartórios e aos mutirões com todas as outras instituições envolvidas, conseguimos emitir, até agosto deste ano, 33.573 registros", completa Josilene Lira.
Coordenada pela Secretaria de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social (Seads), o comitê gestor de Erradicação do Sub-Registro de Nascimento e Ampliação do Acesso à Documentação Básica é composto por instituições como o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ), Defensoria Pública, Fundo Especial para o Registro Civil (Ferc), Associação de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), a Associação dos Notários e Registradores de Alagoas (Anoreg). Outra meta para se chegar a essa demanda, além da implantação de cartórios nas maternidades conveniadas, acrescenta Josilene Lira, foi o número de mutirões realizados pelo comitê gestor por vários municípios do Estado. Segundo relatório, a meta era fazer 20 mutirões, mas
a demanda chegou a 38 mutirões para emitir a documentação básica. "Outros serviços também contribuíram para o combate ao sub-registro em Alagoas, entre eles, a realização de mutirões para emissão de documentação básica e até casamentos coletivos. Todas essas ações fazem parte do programa Meu Registro, Minha Cidadania", informa Josilene Lira.
COMO FUNCION A Os postos de cartório são instalados dentro das maternidades dos hospitais conveniados e asseguram que a mãe, antes de receber alta, receba a certidão de nascimento do filho. Por meio do convênio com o Estado, as unidades hospitalares recebem uma estrutura mínima,
composta de um microcomputador, impressora, mesa e cadeiras para acomodar devidamente os pais e o bebê. Com o acesso à documentação básica, as famílias em situação de vulnerabilidade social também se tornam aptas aos serviços e benefícios socioassistenciais disponibilizados pelos governos federal, estadual e municipal. Alagoas já dispõe de 28 unidades de Cartório na Maternidade nos municípios de Maceió, Arapiraca, Santana do Ipanema, Joaquim Gomes, Piranhas, Delmiro Gouveia, São José da Tapera, Pão de Açúcar, Marechal Deodoro, São Miguel dos Campos, Batalha, União dos Palmares, Viçosa, Atalaia, Penedo, Palmeira dos Índios, São Luis do Quitunde, Porto Calvo e Maragogi.
> CONCLUSÃO
Governo começa a finalizar Plano Estadual de Turismo O Plano Estadual do Turismo de Alagoas - projeto prioritário do governo do Estado e coordenado pela Secretaria de Turismo (Setur) - está prestes a finalizar as atividades e definir as prioridades para o desenvolvimento do setor. A próxima etapa será a validação do Plano pela comunidade, o que vai acontecer no próximo mês de novembro. Logo após, o estabelecimento dos indicadores e metas que irão compor os programas e projetos do Plano vai acontecer em uma oficina de alinhamento com o Ministério do Turismo
para avaliar a consonância com o Plano Nacional do Turismo Brasileiro, programada para os dias 23 e 24 de novembro. Após estas etapas, o Plano ficará disponível no site da Setur-AL para consulta pública, sendo publicado posteriormente e depois entregue à sociedade. Existe um pleito para que o documento se torne lei e seja executado durante o horizonte dos dez anos (2013 2023). A Setur/AL, concomitante às oficinas de construção do Plano, está debruçada nas legislações do Estado para averiguar
as possibilidades para efetivação deste encaminhamento. Segundo o coordenador da ação pela Setur-AL, Renato Lobo, é a primeira vez que o Estado trabalha um Plano no patamar estadual. "Já trabalhamos com a construção do Plano de Desenvolvimento do Turismo Integrado Sustentável, Planos regionais do litoral, Costa dos corais e Lagoas e Mares do Sul. Agora, o grande exercício é ampliar a experiência na construção de um instrumento de planejamento e gestão para o desenvolvimento do Estado como um todo, obvi-
amente onde existem as reais potencialidades para o setor do turismo. Agradeço a todos pela confiança e dedicação durante o processo", declarou. Para a secretária estadual de Turismo, Danielle Novis, o Plano mostra a preocupação do Governo em alavancar o turismo em Alagoas. "O fato de a construção do Plano ter entrado como prioridade do Programa Alagoas Tem Pressa deu estímulo aos atores do setor. Eles perceberam a seriedade do Governo e a vontade de alavancar o turismo e se engajaram".
B8 | Social
Primeira Edição | 1º a 7 de outubro, 2012