Os eleitos que podem disputar sucessão de Rui > A-3 PT renega até a cor vermelha É algo inédito: para tentar reverter a vantagem de Bolsonaro, o candidato Haddad não apenas se afastou de Lula, como renegou o vermelho, cor-símbolo do PT e, o mais incrível, adotou o verde e amarelo, justamente o tom cromático de seu adversário. > A-5
edição PRIMEIRA
Uma aposta ganha Mega-Sena Uma aposta de Marabá, no Pará, ganhou os R$ 27 milhões da Mega-Sena deste sábado (13/10). Foram sorteadas as dezenas 02, 18, 19, 23, 34 e 53. A Quina teve 52 ganhadores e cada um vai embolsar R$ 41 mil. Quem fez a Quadra vai levar R$ 630.
Ano 13 | Edição 794 | Maceió, Alagoas, 15 a 21 de outubro, 2018 | R$2,00
RUMO À BATALHA FINAL fotos: Divulgação
Bolsonaro lidera corrida com enorme vantagem
Fernando Haddad tenta reverter uma vantagem de 21 milhões de votos
Em clima tenso, marcado por troca de acusações, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) caminham para o 2º turno da eleição presidencial no próximo dia 28. A principal pesquisa realizada até agora mostra o capitão com 16% de vantagem (cerca de 21 milhões de eleitores). Dia a dia, a batalha se acirra no Guia Eleitoral da TV, nas caminhadas e declarações dos candidatos. > A-3
Jair Bolsonaro promete declarar guerra contra a corrupção no Brasil
VOTO DO ELEITORADO MACEIOENSE REPROVA GESTÃO E ‘ESTILO’ DE RUI A derrocada do prefeito Rui Palmeira (PSDB), nas urnas de 7 de outubro,
não se limitou à estupenda vitória de Renan Filho (MDB) e na derrota de
aliados como Biu de Lira, Pedro Vilela e Eduardo Canuto, mas também na
humilhante votação do presidenciável tucano Geraldo Alckmin. Em Primeira Edição
Maceió, a posição da maioria dos eleitores indica clara reprovação popu-
Morte de garoto alerta para risco no emissário; Casal repõe o gradeado que vândalos quebraram A morte do adolescente Victor Gabriel, de 14 anos, que saltou da passarela do emissário submarino do Sobral, alerta para o risco de novos incidentes fatais. A Casal já recolocou o portão na entrada da pista. Vân-
Casal instalou, mais uma vez, portão para impedir acesso à passarela do emissário submarino, de onde um garoto pulou para a morte na 2ª feira
lar à gestão de Rui e ao seu estilo raivoso de fazer campanha. > A-5
dalos e drogados já quebraram outros portões. O menino Gabriel havia participado de jogos no clube da Assomal e, com dois colegas, foi até o emissário e saltou para o mar, sem saber nadar. > A-5
STF decide que Correio pode demitir servidores > A-5
Derrota em casa frustra torcida do Azulão Divulgação
Brasil encara Argentina nesta 3ª feira
Após vencer Estados Unidos, El Salvador e Arábia Saudita, a seleção brasileira enfrenta a Argentina nesta terça-feira (16) no principal duelo da série de amistosos pós-Copa do Mundo. Gabriel Jesus (foto) desencantou contra a Arábia. > B-4
CRB FAZ JOGO DE ‘VIDA OU MORTE’ CONTRA O GOIÁS> BFLAMENGO REAGE E VENCE O FLU NO MARACANÃ: 3X0 > B-
O CSA não saiu do G-4, mas a derrota de 2x1 para a Ponte Preta, no Rei Pelé, ligou o sinal de alerta e deixou a torcida preocupada. Foram três jogos seguidos, em casa, e só 4 pontos: o empate com CRB e vitória sobre o Paysandu. Faltando 7 jogos, Azulão segue na zona de acesso à Série A, em 4º lugar, e próximo duelo será contra o Coritiba, fora. > B-1
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Primeira Edição | 15 a 21 de outubro, 2018
A2 | Política
O I R Á N E C OANO G A L A Da Editoria de Política
Apontado como o ‘maior derrotado’ nas eleições em Alagoas, na condição de comandante das forças de oposição agregadas ao PSDB, o prefeito Rui Palmeira deverá ser pressionado a deixar a presidência regional da legenda, função que assumiu no final de 2017 que seus aliados acreditavam que ele deixaria a Prefeitura para concorrer ao governo com Renan Filho (MDB). Sem habilidade para fazer articulações, Palmeira acabou desistindo de disputar o governo e não conseguiu um ‘nome de peso’ para enfrentar o governador Renan Filho, embora tenha prometido aos seus um ‘candidato competitivo’. O prefeito de Maceió não assumiu a direção estadual do PSDB por ser visto como um estrategista, ou por influência política, já que sua atuação sempre esteve limitada à região da capital, mas porque
Fracasso do PSDB poderá ser maior se Cunha resolver trocar de legenda Após derrota, Rui Palmeira deverá ser pressionado a deixar a presidência estadual da sigla tucana Teotonio Vilela, então presidente do PSDB, transferiu-lhe o comando apenas para demonstrar que não tinha a intenção de, eventualmente, negar-lhe legenda para disputar o governo. Aliados do tucanato, lembrando que o ex-governador Téo Vilela desistiu de sair candidato ao Senado, duvidam que Vilela aceite comandar novamente o PSDB, mas alguns chamam a atenção para o fato de que, na reta final desta campanha, ele subiu em palanque (em Delmiro Gouveia) para pedir voto para Biu de Lira e ainda apareceu no Guia Eleitoral da televisão.
DERROTAS
Sob o comando de Rui Palmeira, o PSDB perdeu a disputa pelo governo de Alagoas e assistiu, impotente e fragilizado, à derrota do senador Benedito de Lira, seu grande aliado do PP. De quebra, o partido ainda amargou a derrota do
fotos: Divulgação
Rodrigo Cunha, novo senador, fez campanha igorando rumos do PSDB
Teotonio Vilela Filho entregou partido a Rui e lançou Cunha ao Senado
deputado federal Pedro Vilela, sobrinho do ex-governador Téo Vilela. O prefeito maceioense não conseguiu sequer eleger seu próprio líder na Câmara Municipal, vereador Eduardo Canuto, que concorreu a uma cadeira na Câmara Federal e apareceu no Guia Eleitoral com Rui pedindo voto a seu favor. O baque teria sido maior
ramento da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) na orla de Maceió. Analistas políticos avaliam que, ante a derrocada moral sofrida com as investigações da Lava-Jato, com o desempenho pífio do ex-governador Geraldo Alckmin na sucessão presidencial (ficou em 4º lugar), ante a imagem de seu ex-presidente Eduardo Azeredo preso por
ainda se o deputado estadual Rodrigo Cunha, eleito em primeiro lugar para o Senado, tivesse ouvido Rui Palmeira e se lançado candidato a governador. Mas Cunha, embora filiado ao PSDB, não fez campanha associando seu nome à legenda, pelo contrário, foi visto muito à vontade na grande caminhada que marcou o encer-
corrupção, a tendência de Rodrigo Cunha é deixar o PSDB e procurar uma nova agremiação. Analistas políticos avaliam que, a rigor, a vitória de Cunha não pode ser contabilizada como ‘triunfo do PSDB’, justamente porque ele agiu o tempo todo como um candidato independente e totalmente dissociado dos políticos ligados a Rui Palmeira.
> DESEMPENHO
Cláusula de Barreira deixa sem fundo e espaço na mídia partidos de Collor e Heloísa Helena Criada para conter a proliferação de partidos e detonar os nanicos, a Cláusula de Carreira em vigor desde outubro do ano passado atingiu 14 partidos, nas eleições do 1º turno, dentre eles o PTC, do senador Fernando Collor, e a Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Heloísa Helena, além do PCdoB, de Eduardo Bonfim (e que já foi, também, a sigla do ex-ministro Aldo Rebelo). Aprovada há um ano pelo Senado, a cláusula de desempenho prevê que, para que um partido tenha acesso ao fundo partidário, principal fonte de recursos das legendas no país, ele precisa ter um mínimo de 1,5% de votos válidos nacionalmente ou eleger nove deputados federais em nove estados da União, pelo menos. Entre os partidos que correm risco até de extinção estão o PCdoB, da vice de Fernando Haddad (PT), Manuela D’Ávila, a Rede da presidenciável Marina Silva e o PHS do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Além desses, PRP, PMN, PTC, PPL, DC, PMB,
PCB, PCO, PSTU, Novo e Patriotas também não elegeram o mínimo previsto na Cláusula de Barreira. Três desses tiveram candidatos à Presidência da República em 2018. São eles o PSTU, com Vera Lúcia, o DC, com Eymael, o Patriotas com Cabo Daciolo e PPL com João Goulart Filho. Dessas legendas, o PCdoB foi o que chegou mais próximo aos índices eleitorais mínimos. A sigla somou 1,35% dos votos válidos no Brasil e elegeu nove deputados federais, entretanto só teve representantes ganhadores em sete estados. O partido de Marina Silva teve apenas 0,83% dos votos válidos nesta eleição e só conseguiu eleger uma deputada federal – Joenia Wapichana (RR), que é a primeira indígena na história a ocupar um cargo no Congresso. Apesar disso, segundo fontes do partido, está em estudo uma união com o PV, do vice de Marina Silva, Eduardo Jorge. Caso isso aconteça é possível que a situação da sigla melhore e que ela não entre na cláusula, visto que o
Fernando Collor não sabe o que será do PTC ante a cláusula de barreira
PV alcançou a taxa mínima de votos válidos no país. O Novo, de Romeu Zema, que disputa o segundo turno pelo governo de Minas, também corre perigo de ficar fora das regras. O partido elegeu oito deputados federais apenas. Único partido oficialmente coligado com o PSL, de Jair Bolsonaro, o PRTB também amarga o risco de extinção. A legenda registrou 0,7% dos votos válidos no Brasil e só elegeu três
deputados federais em 2018.
PERDAS
Além do dinheiro do fundo partidário, os partidos que ficarem de fora da cláusula de barreira perdem direito a estruturas no legislativo, como assessores, discursos nas sessões da Câmara e a um gabinete próprio e, também, não podem fazer propaganda na TV e no Rádio. Ainda nesta semana o Departamento Intersindical de
Heloísa Helena também vive expectativa em relação ao futuro da Rede
Assessoria Parlamentar deverá divulgar os partidos que oficialmente não passaram nas regras impostas pela cláusula de barreira. Nas próximas eleições, o número de partidos afetados deve aumentar. A cláusula de barreira prevê uma mudança gradual com exigência de 2% de votos e 11 deputados eleitos em 2022 e de 2,5% e 13 eleitos em 2026, até alcançar o índice permanente de 3% e 15 eleitos
em 2030. A proposta aprovada pelos senadores também acaba com coligações partidárias nas eleições para deputados e vereadores a partir de 2020. Até a eleição deste domingo, os partidos puderam se unir livremente, fazendo com que as votações das legendas coligadas fossem somadas e consideradas como um grupo único no momento de calcular a distribuição de cadeiras no Legislativo.
> GOVERNADOR
Só dois Estados do NE terão segundo turno estadual Quatorze governadores foram eleitos no primeiro turno neste ano. Partidos como o Novo, o PSC e o PSL emplacaram no segundo turno seus candidatos em estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Os dois partidos que formaram a chapa Dilma Rousseff e Michel Temer para a Presidência haviam eleito 12 governadores em 2014. Desta vez, só podem chegar a oito. No segundo turno haverá eleição em 12 estados e no Distrito Federal, sendo que apenas dois estados nordestinos estão realizando campanha eleitoral: Sergipe e Rio Grande do Norte. Os petistas sofreram derrotas importantes. A maior delas foi registrada em Minas, onde o governador Fernando Pimentel ficou de fora do segundo turno das eleições, que será disputado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB) e pelo candidato do partido Novo,
Romeu Zema. Além dela, o partido perdeu o Acre, onde se mantinha no poder havia 20 anos. Ali os eleitores elegeram Gladson Cameli, candidato do PP. O PT conseguiu preservar seus três governos no Nordeste, vencendo com mais de 70% dos votos válidos na Bahia, com Rui Costa, no Ceará, com Camilo Santana, e com pouco mais de 50% no Piauí, reelegendo o governador Wellington Dias. O partido ainda vai disputar o segundo turno no Rio Grande do Norte, com Fátima Bezerra, que enfrentará Carlos Eduardo, candidato do PDT.
MDB
A situação do MDB é tão ruim quanto a de seu antigo aliado. Dos sete governos eleitos em 2014, o partido já perdeu nesta eleição cinco, entre eles o Rio, governado havia 12 anos pelos emedebistas Sérgio Cabral Filho e Luiz Fernando
turno.
TUCANOS
No Nordeste, haverá 2º turno estadual em Sergipe e Rio Grande do Norte
Pezão. Conseguiu reeleger apenas um: Renan Filho, em Alagoas, que obteve o recorde de votos válidos no País, com 78% do total no Estado. No Pará e no Distrito Federal, seus candidatos - Helder Barbalho e Ibaneis Rocha, respectivamente - ficaram em primeiro lugar e levam para o segundo turno votações acima de 40%.
A derrota só não foi ainda maior para os emedebistas porque o partido conseguiu emplacar no segundo turno, no Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, que busca se reeleger para governar os gaúchos. No final da apuração, Paulo Skaf, seu candidato em São Paulo, foi ultrapassado pelo socialista Márcio França (PSB) e ficou de fora da disputa do segundo
No Rio Grande do Sul, o emedebista vai disputar o segundo turno contra um candidato tucano. O PSDB, que elegeu cinco governadores quatro anos atrás, dos quais o do Paraná e o de São Paulo no primeiro turno, não conseguiu eleger ninguém no domingo. Vai, no entanto, disputar o segundo turno em seis Estados, entre eles Minas e São Paulo, onde o partido jogará seu futuro de grande força política com as candidaturas de João Doria e de Anastasia. Dos seis Estados que ele disputará no segundo turno, seus candidatos ficaram no domingo em primeiro lugar em São Paulo (Doria), Rio Grande do Sul (Eduardo Leite), Mato Grosso do Sul (Reinaldo Azambuja) e Rondônia (Expedito Júnior). O PSDB enfrentará candidatos do PSL de Jair Bolsona-
ro em Rondônia (Coronel Marcos Rocha) e em Roraima (Antonio Denarium), que defende o fechamento da fronteira para conter os refugiados da Venezuela - o Estado já recebeu de 50 mil deles. O partido de Bolsonaro também disputará o segundo turno em Santa Catarina com o Comandante Moisés, um bombeiro militar. O PSB foi ao lado do PT o partido que mais elegeu governadores no domingo. Foram três: Espírito Santo (Renato Casagrande), Paraíba (João Azevêdo) e Pernambuco (Paulo Câmara), que concorria à reeleição. O PSB tem chance ainda de fazer mais três governadores no segundo turno, pois concorre no Distrito Federal, Amapá e em Sergipe. O DEM voltou aos governos estaduais, elegendo desta vez Ronaldo Caiado em Goiás e Mauro Mendes em Mato Grosso, e concorre no Pará e no Rio no segundo turno.
Primeira Edição | 15 a 21 de outubro, 2018
Política | A3
> MAIS VOTADO Romero Vieira Belo
Enfoque Político O último capítulo Desfecho conhecido? Não. Como no futebol, eleição só termina com o apito final – das urnas. A vantagem de Bolsonaro (21 milhões de votos) é grande, enorme, mas ainda existe campanha e no trajeto até o dia 28 não existe vacina contra intercorrências. Fernando Haddad tem vantagem no Nordeste e parte do Norte. O seu desafio será demonstrar, de forma convincente, que sua eleição será capaz de repetir os avanços – sobretudo no terreno social – que marcaram o governo do ex-presidente Lula. O forte do PT se localiza justamente entre os eleitores mais pobres e menos escolarizados, portanto, os que constituem a maioria da população. São os grandes beneficiários dos programas sociais que Lula criou ou reformou, a exemplo do Bolsa Família. Além do mais, Haddad é um candidato leve, sabe se comunicar e ganhou identidade própria no primeiro turno. Jair Bolsonaro, que teria levado já no domingo passado se tivesse transferido para si pouco mais de dois por cento dos votos atribuídos aos demais candidatos, tem argumentos fortes para a batalha final. Deve, por exemplo, descredenciar toda promessa de Haddad com uma simples evocação: por que Lula não fez? Por que Dilma não fez? E por que o próprio candidato petista não fez, quando prefeito de São Paulo e como ministro da Educação? Bolsonaro tem a vantagem de nunca ter sido governo, o que o deixa fora do alcance de críticas sobre gestão. O eleitor, que pode avaliar criticamente quase 14 anos de governo do PT, não pode fazer o mesmo com relação ao capitão reformado. E justamente por isso, as propostas e os planos de Bolsonaro tendem a ganhar mais força e credibilidade na avaliação do eleitorado. Intercorrências, desvios de rumo, incidentes de campanha podem acontecer, mas qualquer observador – isento – dirá que o segundo turno está muito mais para Bolsonaro do que para Haddad. Ainda mais que, desde a redemocratização nos anos 80, nenhum candidato presidencial passou para o turno final em vantagem e foi derrotado. Não é certeza matemática, mas é ‘certeza’. RENAN COTADO
SEM EXPLICAÇÃO
Reeleito com mais de 621 mil votos, Renan Calheiros já tem o nome especulado para disputar a presidência do Senado. O alagoano já presidiu o Congresso Nacional quatro vezes.
E as pesquisas, hein? Garantiam Dilma e Eduardo Suplicy em primeiro lugar para o Senado, em Minas e São Paulo. Os dois perderam. Dilma, pobre Dilma, deve estar sofrendo muito.
RF MANTÉM COMPROMISSO COM PT ATÉ O FIM Renan Filho (assim como o senador Renan) cumpriu com total lealdade seu compromisso com o PT. Enquanto Lula manteve o nome como candidato, esteve com Lula. Quando Fernando Haddad assumiu a candidatura petista, fez campanha e pediu voto para Haddad. O governador mantém vivo seu apoio no segundo turno, indiferente à vantagem do capitão Bolsonaro. CONCURSOS ANUAIS
PRIORIDADES
Na comemoração da vitória, Renan Filho se voltou para a turma que luta para entrar no serviço público: a partir de agora, o governo vai realizar concurso todo ano em diversas áreas.
O governador vai definir os setores que terão seleção pública, mas já antecipou que a prioridade será a segurança, a saúde e a educação. É uma revolução no mercado de trabalho alagoano.
ADRIANO SOARES: MESTRE, TAMBÉM, COMO ANALISTA POLÍTICO A eleição presidencial deste ano projetou o advogado Adriano Soares Costa como afiado analista político. Desde o início da campanha postou sucessivos textos mostrando, com visão analítica e impressionante acuidade, porque Bolsonaro ganharia a disputa. Mestre do Direito Eleitoral, com obras não raro citadas por ministros dos tribunais superiores incluindo o Supremo, Adriano Soares deu show como comentarista político.
JHC se credencia à sucessão em Maceió daqui a dois anos Recordista de votos já disputou Prefeitura, mas não chegou ao segundo turno Da Editoria de Política
Ao se reeleger com mais de 178 mil votos, domingo passado (o mais votado do País, em valor proporcional) o deputado federal João Henrique Caldas, o JHC, dá um passo importante para, daqui a dois anos, disputar com favoritismo à sucessão do prefeito Rui Palmeira, que termina seu segundo mandato no dia 31 de dezembro de 2020. Eleito deputado estadual em 2010 e vitorioso na disputa por vaga na Câmara Federal em 2014, JHC ocupa o espaço ocupado, ao longo do tempo, por políticos que atraem o voto da oposição – principalmente dos eleitores mais jovens – a exemplo, no passado, de Mendonça Neto, Eduardo Bomfim e da própria Heloísa Helena que, como Rodrigo Cunha, saiu da Assembleia Legislativa para o Senado Federal na eleição de 2002. Nas urnas de domingo, JHC poderia ter enfrentado uma parada dura – não sob ameaça de derrota, mas sujeito a dividir muitos de seus votos – se Rodrigo Cunha tivesse concorrido à Câmara, mas, incentivado por Teotonio Vilela, o deputado arapiraquense preferiu ir direto para a disputa de uma das vagas de senador.
Mais votado em 2018, JHC será franco-atirador na sucessão de Rui Palmeira, daqui a dois anos
BOM DE VOTO
Embora só tenha experiência política em casa legislativa (primeiro na Assembleia de Alagoas e depois na Câmara Federal), JHC já disputou o cargo de prefeito de Maceió, na sucessão municipal de 2016, e por muito pouco não foi para o segundo turno enfrentando Rui Palmeira. Aliás, nessa perspectiva de sair candidato a prefeito da capital, mais uma vez,
daqui a dois anos, o atual presidente estadual do PSB não terá mais como adversário o ex-prefeito Cícero Almeida, que perdeu a disputa deste ano para deputado estadual obtendo apenas pouco mais de 8 mil votos. Em 2016, Almeida disputou (e perdeu) o segundo turno com Rui Palmeira, sendo que, na época, analistas disseram que Palmeira dificilmente teria se reelegido enfrentando JHC.
> NOME FORTE
Maurício também se habilita a disputar Prefeitura da capital Enquanto pela oposição, JHC ganhou força como provável candidato a prefeito de Maceió na eleição de 2020, pelo lado da situação surge um nome forte, mesmo não tendo vencido a disputa do último domingo: o deputado federal Maurício Quintella (PR), terceiro mais votado para o Senado. Deputado federal que se licenciou para assumir o Ministério dos Transportes no governo Michel Temer, Quintella exerceu papel importante na eleição senatorial deste ano: como segundo candidato do bloco governista, ele impediu que o segundo voto de Renan Calheiros se dispersasse e muitos eleitores fossem para Benedito de Lira (PP), que acabou em quarta colocação. Maurício Quintella obteve 494.027 votos contra 364.316 atribuídos a Biu de Lira, o que leva alguns analistas a admitir que, sem Quintella, a votação de Biu teria sido muito acima do registrado, o que dificultaria a vitória de Renan Calheiros, que renovou seu mandato com 621.562 votos.
GOVERNO
Considerando seu papel na disputa (e ainda o fato de que, a exemplo do senador
Maurício Quintella ganhou do senador Biu de Lira e é um nome forte para concorrer á Prefeitura
Renan, foi alvo de ataques pessoais do grupo de Rui Palmeira), Maurício Quintella habilitou-se a ganhar espaço na nova equipe de governo que Renan Filho vai formar a partir de janeiro próximo, quando será empossado para mais um mandato à frente do Executivo estadual. Durante toda batalha eleitoral, Maurí-
cio Quintella procurou fazer uma campanha propositiva, chamando a atenção do eleitor para os frutos de sua atuação como ministro dos Transportes, cargo que lhe permitiu trazer recursos para rodovias, para o Porto e Aeroporto de Maceió e para o viaduto da Polícia Rodoviária, no Tabuleiro do Martins.
> SEGUNDO TURNO
Confronto final coloca alagoanos entre o petismo e o antipetismo PESO DA COLIGAÇÃO
ONDA COLLORIDA
O sistema proporcional derrotou Ronaldo Medeiros. O deputado do MDB teve 24 mil votos e perdeu para Sílvio Camelo, que ficou com 15 mil. Medeiros não suportou o peso da coligação.
O vereador Samir Malta queria ser deputado estadual. Trabalhou para isso. De repente, foi envolvido por Collor, ‘escanteado’, e ficou na saudade. Resta lutar para não perder o que tem em 2020.
SEM CARGOS, OS ‘NEUTROS’ APARECERAM Com Bolsonaro exibindo uma montanha de votos à frente de Haddad, por que será que os dirigentes partidários preferiram ficar em cima do muro, assumindo a popular ‘neutralidade’? Simples: porque o candidato mais próximo da vitória avisou que não negociaria cargos com os partidos. Ou seja, a ‘neutralidade’ apenas trouxe à luz a turma acostumada ao oferecer apoio em troca de participação nos governos. IDEIA SEPULTADA
BOM QUADRO
O eleitor preservou o Cesmac de uma sandice: João Caldas, pai, prometeu defender uma lei para estadualizar a Fundação Jayme de Altavilla. Ainda bem, o povo sepultou a infeliz ideia nas urnas.
Situação previsível, Renan Filho já adiantou que convidará Maurício Quintella para compor o novo governo. O deputado do PR foi o terceiro mais votado na batalha pelo Senado Federal.
Com a recondução do governador Renan Filho (MDB), que se elegeu com mais de 1 milhão de votos, o alagoano voltará às urnas para eleger, em segundo turno, apenas o presidente da República, cuja disputa não se encerrou no último dia 7. Alagoas é um dos sete estados do Nordeste onde a eleição estadual terminou já o primeiro turno, com a escolha dos governadores e respectivos vices, dois senadores, deputados federais e deputados estaduais. Haverá segundo turno no Rio Grande do Norte e Sergipe. A batalha final, aqui, concentrará o eleitorado na disputa entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), resultado da polarização que marcou a campanha desde o início, embora Haddad só tenha assumido a candidatura quase a um mês da eleição, depois que o ex-presidente Lula foi julgado inelegível.
VOTAÇÃO
Apoiado pelo governador Renan Filho e pelo senador Renan Calheiros, o petista Fernando Haddad foi o presidenciável mais votado em Alagoas, mas perdeu a disputa em Maceió e Arapiraca. Na capital, o candidato do PSL teve 52,29%, totali-
Renan Filho reafirma apoio a Fernando Haddad na batalha final com o capitão Jair Bolsonaro
zando 227.491 votos, enquanto Haddad arrebanhou 19,71%, ou seja, 85.734 votos. Em Arapiraca, Jair ficou com 38,74% e Haddad com 34,49%.
CAMPANHA
A campanha do segundo turno presidencial começou já na terça-feira (9), com a definição de apoio dos partidos e candida-
tos derrotados no turno inicial, e ganhou força a partir da sexta-feira (12) data em que foi iniciado o Guia Eleitoral no rádio e na TV. Com duas exibições diárias e duração de 20 minutos (10 para cada candidato) o horário gratuito será encerrado no dia 26, dois dias antes do comparecimento às urnas para o segundo turno.
Primeira Edição | 15 a 21 de outubro, 2018
A4 | Cidades
> MUDANÇA DE HADDAD Geraldo Câmara
Ouvidor Geral geraldocamara@gmail.com
A REPERCUSSÃO DAS ELEIÇÕES NA EUROPA Por coincidência ainda estamos vivendo alguns fantásticos dias na Europa com um foco muito grande na região da Alemanha, Bélgica, Holanda e tivemos a oportunidade de conversar com muita gente desses países e de brasileiros também radicados por aqui e, como não poderia deixar de ser um desses assuntos é a grande polêmica estabelecida no Brasil quando duas forças políticas estão tão acirradas que mais parecem figurantes de uma grande guerra. É essa a impressão que nós brasileiros estamos passando no exterior uma vez que fica difícil entender a engrenagem de uma democracia com radicalismos tão reais. O fato também de o mundo ter sabido do mar de corrupção por que passa o Brasil é um assunto muito discutido onde grupos tentam entender tantas condenações e prisões e outros buscam sensatez no fanatismo de outra facção que se diz salvadora da pátria. nem um nem outro lado estariam num bom momento para dirigir o Brasil, essa a repercussão real para quem entende ou quer entender de Brasil. e a grande pergunta que fica é porque não aconteceu uma terceira força que pudesse evitar a radicalização criada e que se estenderá até o segundo turno das eleições brasileiras. Meu comentário mostra apenas que os assuntos de Brasil estão também no exterior, no Velho Mundo e que cada vez mais precisamos aperfeiçoar a imagem do nosso país para que tenhamos o respeito que merecemos.
DESTACÔMETRO
O destaque vai para o incrível Atomium que está na cidade de Bruxelas (Bélgica) erguido em 1958 por ocasião da Feira Mundial daquela cidade e até hoje amplamente visitado como o fizemos também.
PÍLULAS DO OUVIDOR A Bélgica, mais particularmente Bruxelas, nos pareceu uma espécie de quintal da Alemanha apesar de ter toda uma personalidade e de ser a capital da Europa abrigando o Parlamento Europeu. Mas falta a estrutura das cidades alemães. Muito bonita, sem dúvida, tem sua estrutura sim, mas talvez seja o toque de personalidade, de uma certa dureza, mas sobretudo de uma seriedade absoluta que existe com o povo alemão e que fascina quem gosta de organização. A propósito, quando escrevo essa coluna o faço do navio "River Voyager", fantástico, com tudo que um bom navio pode apresentar e que navega nos rios Reno e seu afluente o Moses. A cada parada, em cada cidade, não importa o tamanho, como Koblenz e Bernkastel, sentimos a infra-estrutura funcionando, nos mostrando a cada olhar as ruas perfeitas, as calçadas corretas, o trânsito correto e o povo educado. A Alemanha é o país da cerveja. O que se toma, o que se fabrica é impressionante. Acabei por dar uma folga ao meu uisquinho e entrar na cerveja, não só para entrar no clima como porque é até difícil encontrar uísque em cada esquina. Também é país dos carrões com marcas como BMW, Mercedes Benz, Skoda, muitas marcas e modelos de todos os tipos. Curiosamente, apesar do frio em boa parte do ano, amam os conversíveis e a um pouquinho de sol desfilam de capota aberta. A propósito os carros com mais de vinte anos são visivelmente conservados. e digo isso para dar uma informação aos aficcionados. Compra barato e pode levar para o Brasil por conta da idade do veículo. Como levar? Facílimo. Coloca num "container" e ele chega por aí de navio no porto mais próximo. Um "container" com todo o despacho custa cerca de 5 mil euros, ou seja, 25mil reais. O carro? Depende. Pode ser bem mais barato. Impressionante é o Museu do Pós Guerra, em Bonn que já foi capital da Alemanha. Vou fazer uma coluna só mostrando o que foi o poder de recuperação do país alemão no pós Segunda Guerra Mundial. Impressionante e merece muito o nosso destaque a presença do trem (foto) em toda a Europa não só como veículo extremamente importante na integração de países como também na mobilidade urbana. Rápidos, limpos e confortáveis.
ABRAÇOS IMPRESSOS Os abraços da semana vão para o casal Hohst Lahmar e Vanuzia. Nossos anfitriões em sua casa de Colônia, na Alemanha e ele, comandante do navio River Voyager no qual viajamos pela região do Mozen por três inesquecíveis dias.
Haddad esquece Lula e muda cor do PT tentando virar jogo Candidato é orientado a se distanciar do ex-presidente que está preso em Curitiba fotos: Divulgação
Reproduzido da IstoÉ
Como um sabão em pó em que o fabricante muda a embalagem para maquiar o produto, enganando o consumidor, o PT transformou radicalmente a campanha do seu candidato: retirou Lula da propaganda e trocou o vermelho pelo verde e amarelo Na segunda-feira 8, o candidato do PT Fernando Haddad repetiu o gesto que fez durante toda a campanha e foi à sede da Polícia Federal em Curitiba pedir a benção do expresidente Lula na sala-cela que lhe serve de prisão. Nessa visita, Lula, que é o coordenador de sua campanha, pediu que fosse a última vez que o candidato o visitasse durante este segundo turno. Na verdade, como em uma sessão espírita, não foi Haddad quem se livrou de Lula. Mas Lula quem se livrou de Haddad. Na sua última recomendação ao candidato que lhe serve de avatar, Lula ordenou que Haddad passasse a tocar a campanha sozinho. O ex-prefeito de São Paulo foi autorizado pelo presidiário a tornar-se, de fato, candidato à Presidência da República. E, rapidamente, trans-
Haddad apagou Lula e adotou o verde-amarelo que, desde o início, tem sido referência do candidato Bolsonaro
mutou-se. Sumiram as camisetas com os dizeres “Lula livre”. Entraram em seu lugar fotos suas com ternos bem cortados e cabelos aparados. Sumiu a foto de Lula, que dividia espaço de destaque ao lado de Haddad e da sua vice, Manuela D’Ávila (PCdoB). Desapareceram outros gurus petistas, como o ex-ministro José Dirceu. Até a cor vermelha do PT saiu de cena. Agora, Haddad é verde e amarelo, as mesmas usadas
por Bolsonaro. Se durante o primeiro turno, Haddad precisou se vincular diretamente à imagem de Lula para conseguir ter uma candidatura com alguma competitividade, agora ele se transforma para se aproximar de Bolsonaro e reverter o quadro que, no primeiro turno, rendeu 46% dos votos ao candidato do PSL contra os 29% dados a ele, diferença de 17% a favor do ex-capitão do Exército. Agora, para crescer, os marqueteiros concluíram que
Haddad precisa se descolar do ex-presidente, que tem uma elevada rejeição, e fizeram nele uma maquiagem, com o intuito de engabelar o eleitor. Nessa estratégia de colocar Haddad como se fosse um novo produto na prateleira com nova embalagem, mas com o mesmo conteúdo, o comando da campanha mudou toda a programação visual, o que tem causado estranheza no eleitor e produzido comentários jocosos nas redes sociais.
Petista se exibe como produto novo, mas o conteúdo é velho Pela primeira vez desde a primeira campanha presidencial em 1989, os símbolos e as cores do PT não prevalecerão mais na campanha de Haddad. Os novos tons objetivam atrair os incautos eleitores de outras legendas e de outros candidatos que não se identifica com as ideias de Bolsonaro. Na quartafeira 10, começou a circular nas redes sociais petistas um pacote voltado justamente para atrair o eleitor não petista. São imagens de pessoas em diversas situações. Os textos iniciam-se sempre com a frase “Não sou petista”. Uma das peças diz: “Não sou petista, mas tenho sonhos. Entre eles, poder me aposentar e ter 13º salário”, numa alusão às declarações do vice de Bolsonaro, o general Hamilton Mourão, que disse que o 13º era uma “jaboti-
Comando da campanha mudou símbolos que identificavam o partido
caba”, uma invenção brasileira que prejudicava as empresas. Bolsonaro desautorizou Mourão. Outra peça destina-se aos evangélicos. “Não sou petista, mas sou evangélica. E aprendi que devemos respeitar nossos
irmãos e irmãs que estão sofrendo violência nas ruas”. Ou: “Não sou petista, mas sou mãe… e quero educar meus filhos com livros e não com armas”. Todos os textos terminam com: “Por isso, vou de
Haddad”. Haddad mudará, também, as propostas de seu programa. No campo econômico, ele defenderá agora uma mini reforma tributária, de forma a tentar atenuar os impactos da sua proposta de revogação da PEC dos tetos de gastos públicos. Um outro aceno ao Centro é tentar mostrar ao eleitor nesta etapa final que ele é um candidato mais equilibrado que o excapitão do Exército. Haddad tentará mostrar ao mercado que ele seria mais previsível que seu adversário, “por jogar dentro das regras”. Do outro lado, a máquina destrutiva de reputações que o PT usa na internet pretende espalhar, por grupos de whatsapp e outras redes sociais, informações sobre o passado do advdersário Jair Bolsonaro.
> REFLEXO
‘Bancada da bala’ cresce mais de 70% com a eleição de militares O grupo de parlamentares que compõem a chamada “bancada da bala” deve ter um crescimento de ao menos 71% na próxima legislatura, com a eleição de deputados e senadores oriundos do meio militar e de políticos filiados ao PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro, um dos integrantes do grupo. Segundo levantamento da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme), que acompanha a atuação da bancada, dos atuais 21 parlamentares que representam os interesses de profissionais que atuam nas polícias Militar e Civil e nas Forças Armadas, o bloco passou a uma composição de 36 integrantes, sendo 32 deputados federais e quatro senadores, considerando eleitos e reeleitos na eleição deste ano.
Plenário da Câmara Federal passa por forte renovação na eleição de 2018
Além de atuar na defesa dos interesses das categorias que representa, a bancada também defende pautas como o endurecimento da legislação penal, processual penal e de execuções penais, a revogação do Estatuto do Desarmamento,
e a mudança no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para ampliar o período de internação nos casos de crimes hediondos para acima dos três anos. O grupo tem o apoio da indústria de armas, como a Taurus e a Companhia Brasilei-
ra de Cartuchos (CBC), grandes financiadoras de campanhas de políticos e partidos nas eleições de 2014, quando ainda eram permitidas as doações de empresas a campanhas eleitorais. Junto aos parlamentares diretamente ligados às carreiras militares, o alto número de deputados eleitos pelo PSL também ajudará a engrossar as fileiras da bancada. A representação do partido na Câmara dos Deputados passará de nove deputados eleitos em 2014 para 52 eleitos neste ano. Para o Senado, a sigla elegeu quatro nomes. O PSL teve um grande aumento no número de candidatos depois que o presidenciável Jair Bolsonaro escolheu o partido para lançar sua candidatura à Presidência da República
Primeira Edição | 15 a 21 de outubro, 2018
I O F E D A A D R A G C N A ARR O afogamento do adolescente Victor Gabriel, de 14 anos, na região do emissário submarino, na praia do Sobral (Zona Sul de Maceió) chama a atenção para um problema que há cerca de dois anos foi divulgado em matéria deste jornal: o livre acesso das pessoas à passarela do emissário, isto porque a grade que fechava a entrada foi arrebentada por marginais e drogados. (A Casal já instalou novo portão no local). O problema se torna mais grave se considerada outra variante: a repercussão da morte do garoto poderá mexer com pessoas depressivas e com tendência ao suicídio, visto que locais como a passarela do emissário são uma espécie de ‘chamariz’ para pessoas depressivas, a exemplo da ponte sobre o riacho do Reginaldo, que frequentemente registra casos de suicídio.
TRAGÉDIA
Na tarde de segunda-feira (8), o menino Victor Gabriel fazia parte de um grupo de colegas de escola que foi participar dos Jogos Internos no Clube
Cidades | A5
Afogamento gera comoção e Casal fecha acesso a emissário submarino Episódio pode chamar atenção de potenciais suicidas; situação lembra ponte sobre o Reginaldo Primeira Edição
Emissário submarino, no Sobral, tem acesso à passarela fechado com portão, após afogamento de adolescente: o problema são os vândalos que já arrebentaram outras grades na entrada
dos Sargentos, localizado a cerca de 100 metros do emissário submarino. Infelizmente, três garotos, em vez de tomarem o caminho de casa, após a competição, se dirigiram exatamente para a passarela junto à tubulação, de onde Victor saltou
para o mar e, lamentavelmente, para a morte. O diretor pedagógico da escola, Anderson Barbosa, contestou informação de que os alunos teriam se ausentado dos Jogos Internos. Segundo ele, as atividades já haviam
acabado e os estudantes dispensados. Os colegas também mergulharam, numa tentativa desesperada de resgatá-lo, mas todo o esforço foi em vão. O coronel Carlos Buriti, do Corpo de Bombeiros, explicou que o ato
de afogamento ocorre num espaço de 30 segundos. Tão logo a notícia do afogamento chegou ao Corpo de Bombeiros, os salva-vidas entraram em ação, resgataram os colegas de Victor, mas não localizaram o corpo do
adolescente desaparecido. As buscas foram suspensas no início da noite e retomadas na terça-feira, já com ajuda dos grupamentos aéreo e aquático. À tarde, o corpo de Gabriel foi finalmente resgatado.
> RUI PALMEIRA
Derrota do PSDB em Maceió também reflete derrocada do prefeito nas urnas A votação pífia de Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à presidência da República, em Maceió, representa mais uma derrota para o prefeito Rui Palmeira e reflete sua posição
crítica perante a grande maioria do eleitorado da capital. Em Maceió, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) ficou com 52,29%, totalizando 227.491 votos, enquanto Fernando
Haddad (PT) obteve 19,71%, com 85.734 votos, ao passo que Geraldo Alckmin, do PSDB de Rui Palmeira, ficou para trás. O prefeito, que abriu da parada e correu do confronto
direto e pessoal com o governador Renan Filho (MDB) fracassou também na tentativa de encontrar um político competitivo para disputar a sucessão estadual: recorreu ao senador
> INSTABILIDADE
Correio está livre para demitir funcionários, decide Supremo Divulgação
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou hoje (10) que as demissões de empregados dos Correios devem ser motivadas. A decisão vale somente para os funcionários da estatal. O caso foi decidido com base no julgamento feito pela Corte em 2013, quando o STF entendeu que os empregados dos Correios não têm estabilidade no serviço público como os servidores efetivos, mas a rescisão unilateral do contrato de trabalho por parte da empresa de- Correio pode demitir servidores, bastando apenas apresentar motivação ve ter motivação. Após a decisão, a empresa entrou com casos em tramitação na Justi- ra de processo administrativo, recurso no STF para que o ça, a “ECT [Empresa de Cor- basta a apresentação da justiacórdão do julgamento fosse reios e Telégrafos] tem o de- ficativa, como queda de receiesclarecido. ver jurídico de motivar, em ta ou remanejamento interno. De acordo com a tese defi- ato formal, a demissão de Durante o julgamento, o nida hoje no julgamento e de- seus empregados”. Pela deci- ministro Alexandre de Moverá ser aplicada em todos os são, não é necessário a abertu- raes, um dos ministros que
votaram a favor da tese, ressaltou que a ECT tem liberdade para demitir, mas a dispensa deve ser motivada para evitar perseguições políticas e para que o empregado possa recorrer à Justiça para anular a demissão em caso de alguma irregularidade. “Por que a motivação? Para eventualmente possibilitar judicialmente ou administrativamente a demonstração de que, se o ato não corresponder a motivação, se a motivação for falsa, for enganosa, esse ato for anulado", disse. Também votaram a favor do entendimento dos ministros Rosa Weber, Luiz Fux, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e presidente, Dias Toffoli. Marco Aurélio e Edson Fachin ficaram vencidos.
Fernando Collor (PTC) que também acabou desistindo temendo um vexame eleitoral. Com a tropa em pânico, Rui Palmeira valeu-se do ex-delegado da Polícia Federal José Pinto de Luna (Pros), que aceitou de pronto substituir Collor e acabou sendo usado para dirigir ataques ao governador Renan Filho e ao senador Renan Calheiros. Foi mais um baque para o prefeito de Maceió: ao final da apuração, Pinto não só foi massacrado por RF, como também perdeu para Josan Leite (PSL) ficando em terceiro lugar. A rigor, e isso mostra a desaprovação popular ao prefeito, Rui Palmeira perdeu todas. Nem seu líder na Câmara Municipal, vereador Eduardo Canuto (PSDB) conseguiu se eleger deputado federal. O senador Benedito de Lira, que Rui apoiou, perdeu votos após os
ataques ao senador Renan e acabou em quinto lugar na capital. Rui viu ainda o deputado tucano Pedro Vilela perder a eleição, o que atingiu também a influência política de seu tio, o ex-governador Teotonio Vilela Filho. O prefeito maceioense, cuja gestão tem sido marcada, também, por discriminação contra os jornais semanários, sofreu reprovação popular por prometer sem ter condições de cumprir, a exemplo do projeto de revitalização do Dique-Estrada, e ainda pelos reflexos, profundamente negativos, do escândalo em que se transformou o esquema dos pardais (um contato de quase 10 milhões de reais sem licitação), que foi reprovado pelo Tribunal de Contas, denunciado pelo Ministério Público e condenado pelo Poder Judiciário do Estado. Divulgação
Rui Palmeira sofreu reprovação popular à sua gestão e ao ‘estilo raivoso’
A6 | Especial
Primeira Edição | 15 a 21 de outubro, 2018
Esportes
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Primeira Edição | 15 a 21 de outubro, 2018 Diário Oficial dos Municípios - Opinião - Social
> PREOCUPANTE AO EXTREMO
32ª rodada pode afundar Azulão e Galo Cenário apresentado pelas equipes nas últimas rodadas indica participação decepcionante, CSA e CRB precisam de vitórias Divulgação
Márcio Ândrei
ma posição, em caso de vitória pode ou não deixar a zona da degola, pois vai depender de uma derrota ou empate do Sampaio Corrêa, que também tem a mesma pontuação do CRB, que joga em casa no sábado (20), às 21h, contra o Londrina. Em 31 rodadas o CRB só conseguiu vencer sete partidas, faltando o mesmo número de confrontos para encerrar a Série B deste ano, o Galo tem de vencer no mínimo quatro para se garantir de vez na competição, pode ser com menos, mas vai depender muito dos resultados, desta forma terá de fazer o que não fez no decorrer do campeonato, acumular vitórias com aproveitamento superior a 50% nos jogos restantes.
Repórter
Com os desempenhos de CSA e CRB abaixo do que se esperava na reta final da Série B, as próximas rodadas apontam cenários que ambas as torcidas dos maiores clubes de Alagoas não esperavam. No Azulão, o time que vinha na vice-liderança em boa parte da competição, hoje ocupa a quarta posição e, está ameaçado a deixar a zona de classificação. No Galo a situação é pior, pois encontra-se no Z4 há várias rodadas e, o pior, não depende de se mesmo para deixar. A 32ª rodada, que começa nesta terça com Coritiba e CSA, no Couto Pereira às 19h15, pode afundar ainda mais os times de Alagoas.
AZULÃO
Após passar um bom período sem jogar, no último confronto contra a Ponte Preta em pleno Rei Pelé, diante excelente público, o CSA demonstrou ter “desaprendido” a jogar, fez um péssimo primeiro tempo, onde levou um gol no minuto inicial e, deixou o gramado perdendo
Em Maceió o Azulão foi irreconhecível ao perder para a Ponte Preta por 2x1, nesta terça vai com tudo pra cima do Coritiba para recuperar três pontos
por 2x0. Na segunda etapa foi ruim, ou seja, saiu de extremamente mau para desagradável, chegando a amenizar a situação com um gol no finalzinho do jogo, muito longe do que se esperava pra uma equipe que “busca” subir à Série A. Ocupando agora a quarta posição com 50 pontos, dois acima do quinto colocado, o Azulão do Mutange pode
Resultados / Série B 09/10 09/10 12/10 12/10 12/10 13/10 13/10 13/10 13/10 13/10
Paysandu-PA Criciúma-SC Juventude-RS Atlético-GO CSA-AL Guarani-SP Oeste-SP Vila Nova-GO Figueirense-SC Londrina-PR
1x1 0x1 3x5 1x2 1x2 1x2 0x0 2x0 2x2 2x1
deixar a zona de classificação caso perca seu próximo compromisso e o Vila Nova consiga vencer o Juventude em casa, no sábado (20), às 16h30. Um empate ainda garante o CSA no G4, mas para quem busca subir à Série A tem mais é que vencer, principalmente fora de casa para recuperar o péssimo resultado da última partida.
GALO
Em situação delicadíssima na Série B, o Galo tem nesta sexta-feira (19), às 19h15 no Rei Pelé, mais uma missão que requer exclusivamente vitória sobre o Goiás. Ocupando a 17ª posição com 32 pontos, os mesmos de Paysandu e Juventude, 18º e 19º respectivamente, uma derrota ou até mesmo empate pode deixar o CRB na penúlti-
Próximos jogos / Série B CRB-AL Brasil-RS Goiás-GO Sampaio Corrêa-MA Ponte Preta-SP Avaí-SC Fortaleza-CE Boa Esporte-MG Coritiba-PR São Bento-SP
16/10 - 19:15 Coritiba-PR 16/10 - 21:30 Brasil-RS 19/10 - 19:15 CRB-AL 19/10 - 20:30 São Bento-SP 19/10 - 21:30 Ponte Preta-SP 20/10 - 16:30 Avaí-SC 20/10 - 16:30 Vila Nova-GO 20/10 - 16:30 Boa Esporte-MG 20/10 - 19:00 Fortaleza-CE 20/10 - 21:00 Sampaio Corrêa-MA
x x x x x x x x x x
CSA-AL Atlético-GO Goiás-GO Criciúma-SC Figueirense-SC Oeste-SP Juventude-RS Guarani-SP Paysandu-PA Londrina-PR
Classificação / Série B 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º
Fortaleza-CE Goiás-GO Avaí-SC CSA-AL Vila Nova-GO Guarani-SP Atlético-GO Londrina-PR Coritiba-PR Ponte Preta-SP Figueirense-SC Oeste-SP Criciúma-SC São Bento-SP Brasil-RS Sampaio Corrêa-MA CRB-AL Paysandu-PA Juventude-RS Boa Esporte-MG
P 57 53 51 50 48 45 45 44 44 43 41 41 40 39 37 32 32 32 32 26
J 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31
V 17 16 14 14 12 12 12 12 11 11 10 9 10 9 9 8 7 7 6 6
E 6 5 9 8 12 9 9 8 11 10 11 14 10 12 10 8 11 11 14 8
D 8 10 8 9 7 10 10 11 9 10 10 8 11 10 12 15 13 13 11 17
GP 44 48 42 40 31 38 44 34 34 33 40 30 32 31 26 26 22 30 25 23
GS 28 40 27 32 23 33 44 33 33 27 39 31 35 32 30 37 32 41 35 41
SG 16 8 15 8 8 5 0 1 1 6 1 -1 -3 -1 -4 -11 -10 -11 -10 -18
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B2 | Esportes
> KRISE*
Seleção “rebaixada” e Bayern em *crise Alemanha tem jogo decisivo contra a França pela Liga das Nações nesta terça; futebol apresentado encontra-se em baixa Globo.com Centros de treinamento modernos, alta tecnologia a serviço das comissões técnicas na preparação das equipes, uma liga nacional respeitada como modelo esportivo e de negócios, trabalho a longo prazo na seleção, que tem o mesmo técnico há 12 anos... O futebol na Alemanha é levado a sério e tratado quase como uma ciência. Mas ainda é futebol, e às vezes o impoderável entra em campo. Até na Alemanha. O fracasso da seleção na Copa do Mundo da Rússia ligou o alerta: a geração campeã mundial em 2014 - quando todos aqueles atributos ali de cima foram exaltados como o futuro do futebol - parecia ter entrado em declínio. A Federação Alemã acreditou ter havido
apenas um tropeço, e apostou na permanência do técnico Joachim Löw para seu quarto ciclo, visando à Copa de 2022, no Catar. Os resultados pós-Mundial da Rússia, no entanto, parecem dizer o contrário. Após a eliminação na primeira fase da Copa, a Alemanha venceu apenas um dos seus três jogos no segundo semestre, um amistoso contra o Peru. Os outros dois foram pela Liga das Nações, a nova competição criada pela Uefa, onde a equipe de Joachim Löw repete o desempenho melancólido da Copa. Na estreia, em setembro, empate em casa por 0 a 0 com a campeã mundial França. No sábado (13), a derrota por 3 a 0 para a Holanda, em Amsterdã, soou como aviso final. Com apenas um ponto, a Alemanha
fotos: Divulgação
O atacante Mark Uth, da seleção da Alemanha, na derrota por 3 a 0 para a Holanda, na triste realidade alemã
é a terceira - no caso, última colocada no grupo 1. Pelo regulamento da Liga das Nações, a pior seleção de cada chave será "rebaixada" na temporada se-
guinte para o segundo nível da competição, a chamada Liga B. O risco da humilhação já faz a imprensa alemã cogitar a saída do técnico Joachim Löw.
Uma derrota na próxima terça, contra a França, em Paris, pode ser a gota d'água - restaria apenas um jogo a mais para a Alemanha, na última rodada, con-
tra a Holanda, quando já poderia até chegar rebaixada à Liga B. Löw reconheceu, após a derrota deste sábado, que sua situação não é boa: O treinador de 58 anos alcançou neste sábado o recorde de 168 jogos à frente da seleção alemã, superando Sepp Herberger como o técnico que mais dirigiu a equipe nacional. O desgaste, porém, pode ser medido pelos resultados abaixo do normal obtidos este ano: nas dez partidas que fez em 2018, a Alemanha venceu apenas três (um amistoso contra a Arábia Saudita, antes da Copa, o 2 a 1 sobre a Suécia no Mundial da Rússia e o amistoso de setembro contra o Peru). Perdeu cinco e empatou duas. Para os críticos, falta renovação no elenco da seleção. A Alemanha ficou na última colocada no grupo F da Copa.
> NÃO PRECISA SER PRESO
Ronda comenta confusão entre Khabib e Conor na luta principal Combate.com Ex-campeã do Ultimate e aposentada do MMA, Ronda Rousey já esteve no papel de ser a atleta que mais atraía a atenção do público dentro da organização. Ao comentar a briga generalizada entre membros das equipes de Khabib Nurmagomedov e Conor McGregor na luta principal do UFC 229, a americana criticou a forma como o irlandês promoveu o confronto entre eles antes do evento. - Entendo que você tem que promover as lutas e vendê-las. Realmente entendo. Mas não acho que pessoas que ser pre-
Ex-campeã do Ultimate diz que ataque de McGregor ao ônibus foi pior
sas para fazer isso. Acho que fui capaz de provar que você
pode fazer uma luta empolgante e fazer as pessoas quererem
ver sem cruzar qualquer linha legal - afirmou, em entrevista ao "TMZ". Para Ronda, o ataque de McGregor ao ônibus dos lutadores no "Media Day" do UFC 223 foi uma atitude pior que Khabib pular o octógono em direção ao treinador de jiu-jítsu do irlandês, Dillon Danis, já que prejudicou atletas que não tinham nada a ver com a confusão. - Eu acho que Khabib pular o octógono não foi tão ruim quanto arremessar objetos em um ônibus porque minha amiga Rose Namajunas estava naquele ônibus - concluiu a simpática Ronda Rousey.
> MEMÓRIA VIVA
Barcos que deixaram saudades Alcides Muniz Falcão (*) Faz muito bem lembrar fatos interessantes do passado, de autoria de pessoas espirituosas que se tornaram engraçadas e inofensivas. Eu residi por sete anos na hospitaleira cidade de Juazeiro da Bahia onde deixei muitos amigos e bons chefes e colegas da repartição onde trabalhei; fui designado chefe da fiscalização dos navios de nomes Barão de Cotegipe, Venceslau Brás, Juracy Magalhães, São Francisco e que outros faziam percurso nas águas serenas do tradicional ‘Velho Chico’, fazendo a rota de Juazeiro da Bahia a Pirapora-MG e vice-versa. Juazeiro da Bahia, terra natal da popular cantora Ivete Sangalo e de João Gilberto, o eterno guru da Bossa Nova. Existia, como acontece com muitas cidades do nosso País, como aqui em Alagoas, uma rivalidade, notadamente entre
Ex-senador Alcides Muniz Falcão
Juazeiro da Bahia e Petrolina-PE, Relacionadas ao futebol e outros eventos, na disputada de quem seria me-
lhor. Há muitos anos, foi instalada em Juazeiro uma emissora com o prefixo ‘Barroco do São Francisco’, que gerou ciumada em muitos gozadores da vizinha cidade de Petrolina, que dizia o seguinte: “Rádio Barranco do São Francisco’, falando de Juazeiro da Bahia e cochichando pra Petrolina”. Com essa tirada atribuída aos habitantes de Petrolina, a rivalidade entre os moradores das duas cidades só fez aumentar, mas sempre foi uma emulação saldável e urbana. O que é muito bom, pois a competição acaba gerando avanços e progressos. São situações interessantes que guardamos ao longo do tempo e aqui vamos recordando neste espaço de ‘memórias vivas’. (*) Depoimento do Ex-Senador Alcides Muniz Falcão
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Esportes |B3
> DEYVERSON FAZ DOIS
Líder Palmeiras vence o Grêmio por 2x0 Vantagem alviverde continua sendo de três pontos sobre o Internacional, que venceu o São Paulo com dois gols de Damião fotos: Divulgação
Globo.com
filhas que estão sendo procurados. Quem tiver sinal ou suspeita do paradeiro de alguma das crianças deve entrar em contato pelo site www.maesdase.org.br ou pelo telefone (11) 3337-3331.
Com dois gols de Deyverson, o Palmeiras venceu o Grêmio por 2 a 0 na tarde do domingo (14), no Pacaembu, e se manteve na liderança isolada do Campeonato Brasileiro. A vantagem do Verdão após a 29ª rodada continua sendo de três pontos sobre o Internacional, que venceu o São Paulo por 3 a 1 no Beira-Rio. O Tricolor gaúcho também não saiu do lugar: é o quinto colocado, mas agora a oito pontos do primeiro.
MAIS BRASILEIRÃO
Pela 30ª rodada da competição nacional, o Grêmio visita o América-MG no próximo sábado, às 16h (de Brasília), no Independência. No domingo, o Palmeiras recebe o Ceará, às 16h, novamente no Pacaembu.
HOMENAGEM DUPLA
Deyverson dedicou os dois gols que fez no Pacaembu a Nickollas, torcedor do Palmeiras de 11 anos, deficiente visual, que ficou conhecido por ter os jogos narrados por sua mãe na arena palmeirense. - Ele é um anjo que não vê, mas sente. Fico emocionado, sou um ser humano. É um menino que nos motiva por vir ao estádio. Parabéns para a mãe
E A LIBERTADORES?
Os dois representantes brasileiros na competição continental só voltam a campo na outra semana. No dia 23, o Grêmio faz o jogo de ida da semifinal contra o River Plate no Monumental de Núñez, em Buenos Aires. No dia seguinte, também na capital argentina, mas na Bombonera, o Palmeiras encara o Boca Juniors.
Deyverson supera Bressan para fazer o segundo gol do Palmeiras; vitória; o Tricolor gaúcho também não saiu do lugar, é o quinto colocado na tabela
dele também - explicou o atacante.
CENTRAL DO APITO
Aos 16 minutos do segun-
do tempo, Dudu sofreu carga de Bressan dentro da área, mas o árbitro Ricardo Marques Ribeiro mandou o jogo seguir. Segundo o comentaris-
ta Renato Marsiglia, foi pênalti.
MÃES DA SÉ
Os jogadores do Palmeiras
entraram em campo de mãos dadas com 11 mães de jovens e adolescentes desaparecidos - as participantes da ação carregavam cartazes de seus filhos e
> CAÇA AO LÍDER
Inter vira para cima do São Paulo com dois de Damião Globo.com Os instantes iniciais deram o tom do que seria o jogo. O São Paulo saiu na frente logo aos dois minutos, mas o Inter virou ainda no começo do segundo tempo e ampliou a vantagem no placar já no fim da partida. Leandro Damião saiu do banco ainda na etapa inicial para comandar a virada colorada ao lado de D'Alessan-
dro e Nico López. Já o time de Aguirre melhorou ao ficar atrás no placar, mas não conseguiu produzir para empatar a partida no Beira-Rio, válida pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro.
PRIMEIRO TEMPO
O jogo começou em alta velocidade. O São Paulo surpreendeu com uma jogada rápida pelo lado esquerdo e logo
abriu o placar com Liziero, em cruzamento certeiro de Reinaldo. A partir de então, o Inter dominou as ações e tentou sempre pressionar o adversário direto na tabela, ainda que com uma marcha mais lenta. Aos poucos, foi criando oportunidades. Antes do empate, chegou a acertar a trave de Jean em cobrança de falta de D'Alessandro e teve um gol anulado. O empate veio aos 45,
com Leandro Damião, em grande jogada de Nico.
SEGUNDO TEMPO
Na etapa final, o Colorado pressionou e buscou a virada logo no início, aos seis minutos, novamente em bola aérea. O centroavante Leandro Damião aproveitou passe de Cuesta e só escorou para o gol de Jean. A partir daí, o São Paulo se expôs mais e assustou. Diego Souza perdeu a grande chance do empate, dentro da pequena área, e viu o Inter conseguir novamente o gol após Damião sofrer pênalti quase no fim da partida.
GOL RELÂMPAGO E SÓ
O São Paulo praticamente iniciou o jogo com a vantagem no placar. Logo no segundo minuto, após um erro de Edenílson no meio-campo, Jucilei abre a bola para Reinaldo. O lateral-esquerdo coloca na medida para Liziero escorar para o gol, de primeira, sem chances para Marcelo Lomba. A vantagem, no entanto, fez mal aos paulistas, que pouco fizeram até o intervalo.
DAMIÃO SAI DO BANCO
O centroavante Leandro Damião, grande nome colorado na vitória, iniciou a partida no banco de reservas, recuperado de lesão muscular. Era uma arma para o segundo tempo, mas foi lançada por Odair Hellmann antes do previsto, já que Pottker pediu para sair, machucado. O camisa 9 foi centroavante "de carteirinha", fez dois gols de imposição física e ainda sofreu o pênalti do gol de Nico López. Foi o grande nome colorado no jogo e responsável direto pelo resultado.
RECORDE NO BEIRA-RIO
Um dos segredos da campanha do Inter neste Campeonato Brasileiro é a força dentro de casa. Dentro do Beira-Rio, o time de Odair ainda não foi derrotado. Na virada, recorde de público em jogos do Inter desde a remodelação do estádio: 45.263 pessoas (40.474 pagantes), para uma renda de R$ 1.307.521,00
NA TABELA
O Inter, com a vitória, permanece na vice-liderança do Brasileirão, com 56 pontos, três atrás do Palmeiras na tabela. Na próxima segunda, encara o Santos, às 20h, novamente no
Tricolor sai na frente logo no início, mas camisa 9 colorado entra e muda
Beira-Rio. Já o São Paulo é o quarto colocado, com 52 pon-
tos, e enfrenta o Atlético-PR, às 19h de sábado, no Morumbi.
Resultados / Série A 13/10 Flamengo-RJ 13/10 Santos-SP 13/10 Bahia-BA 14/10 Chapecoense-SC 14/10 Vasco da Gama-RJ 14/10 Palmeiras-SP 14/10 Internacional-RS 14/10 Atlético-MG 14/10 Atlético-PR 15/10 - 20:00 Ceará-CE
3x0 1x0 2x0 0x1 2x0 2x0 3x1 0x0 4x0 x
Fluminense-RJ Corinthians-SP Paraná-PR Vitória-BA Cruzeiro-MG Grêmio-RS São Paulo-SP América-MG Sport-PE Botafogo-RJ
Próximos jogos / Série A 20/10 - 16:00 20/10 - 16:00 20/10 - 19:00 20/10 - 19:00 21/10 - 16:00 21/10 - 16:00 21/10 - 16:00 21/10 - 19:00 21/10 - 19:00 22/10 - 20:00
América-MG Botafogo-RJ São Paulo-SP Sport-PE Vitória-BA Fluminense-RJ Palmeiras-SP Cruzeiro-MG Paraná-PR Internacional-RS
x x x x x x x x x x
Grêmio-RS Bahia-BA Atlético-PR Vasco da Gama-RJ Corinthians-SP Atlético-MG Ceará-CE Chapecoense-SC Flamengo-RJ Santos-SP
Classificação / Série A 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º
Palmeiras-SP Internacional-RS Flamengo-RJ São Paulo-SP Grêmio-RS Atlético-MG Santos-SP Atlético-PR Fluminense-RJ Cruzeiro-MG Corinthians-SP Bahia-BA Vasco da Gama-RJ Botafogo-RJ América-MG Vitória-BA Chapecoense-SC Ceará-CE Sport-PE Paraná-PR
P 59 56 55 52 51 46 42 39 37 37 35 34 34 34 33 32 31 30 27 17
J 29 29 29 29 29 29 29 29 29 28 29 29 29 28 29 29 29 27 29 29
V 17 16 16 14 14 13 11 11 10 9 9 8 8 8 8 9 7 7 7 3
E 8 8 7 10 9 7 9 6 7 10 8 10 10 10 9 5 10 9 6 8
D 4 5 6 5 6 9 9 12 12 9 12 11 11 10 12 15 12 11 16 18
GP 45 39 44 40 37 47 33 41 30 22 28 30 34 29 25 28 29 22 25 12
GS 18 20 22 27 18 34 26 29 35 25 27 34 40 39 34 49 42 29 49 43
SG 27 19 22 13 19 13 7 12 -5 -3 1 -4 -6 -10 -9 -21 -13 -7 -24 -31
Primeira Edição | 15 a 21 de outubro, 2018
B4 | Diário Oficial dos Municípios
PREFEITURA MUNICIPAL DE PIAÇABUÇU EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 027/2018 ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 029/2018 FORNECEDORA REGISTRADA: AGÊNCIA DE EMPREENDIMENTOS, PROJETOS E SERVIÇOS LTDA – ME, inscrita no CNPJ sob n.º 19.987.235/0001-47 – Objeto: Registro De Preços Para Futura Locação De Veículos E Maquinas. Perfazendo o valor total da ata de registro de preços na ordem de R$ 3.274.586,48 (três milhões duzentos e setenta e quatro mil quinhentos e oitenta e seis reais e quarenta e oito centavos), referente aos lotes 01, 02, 03, 04 e 05. Data de Assinatura: 20 de Setembro de 2018. Validade de 12 meses a partir de sua assinatura. A íntegra da ata de registro de preços poderá ser obtida na sede do Setor de Licitações de Piaçabuçu. Piaçabuçu/AL, 20 de Setembro de 2018. Djalma Guttemberg Siqueira Breda Prefeito -----------------------------------------------PREFEITURA MUNICIPAL DE PIAÇABUÇU EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 032/2018 ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 028/2018 FORNECEDORA REGISTRADA: JOÃO OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE – ME, inscrita no CNPJ sob n.º 35.252.857/0001-83 – Objeto: Registro de Preços para aquisição de Urnas Funerárias. Perfazendo o valor total da ata de registro de preços na ordem de R$ 106.850,00 (cento e seis mil
oitocentos e cinquenta reais), referentes aos itens 01 ao 08. Data de Assinatura: 05 de Setembro de 2018. Validade de 12 meses a partir de sua assinatura. A íntegra da ata de registro de preços poderá ser obtida na sede do Setor de Licitações de Piaçabuçu. Piaçabuçu/AL, 17 de Setembro de 2018. Djalma Guttemberg Siqueira Breda Prefeito -----------------------------------------------PREFEITURA MUNICIPAL DE PIAÇABUÇU EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 035/2018 ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 030/2018 FORNECEDORA REGISTRADA: MOIZES RIBEIRO – ME, inscrita no CNPJ sob n.º 08.272.360/0001-54 – Objeto: Registro de Preços para aquisição de Água Mineral e Gás. Perfazendo o valor total da ata de registro de preços na ordem de R$ 89.470,00 (oitenta e nove mil quatrocentos e setenta reais), referente ao subgrupo I os itens 01 ao 04 e Subgrupo II os itens 01 ao 03. Data de Assinatura: 21 de Setembro de 2018. Validade de 12 meses a partir de sua assinatura. A íntegra da ata de registro de preços poderá ser obtida na sede do Setor de Licitações de Piaçabuçu. Piaçabuçu/AL, 21 de Setembro de 2018. Djalma Guttemberg Siqueira Breda Prefeito -----------------------------------------------PREFEITURA MUNICIPAL DE PIAÇABUÇU
HOMOLOGAÇÃO O PREFEITO MUNICIPAL DE PIAÇABUÇU/AL, no uso de suas atribuições legais, e em cumprimento ao Art. 43, inciso VI da Lei Federal nº 8.666/93 e com a previsão do inciso XXII da Lei Federal nº 10.520/02, resolve HOMOLOGAR os lotes do Certame Licitatório modalidade Pregão Presencial sob o nº 027/2018, que tem por objeto para Locação de Veículos de Maquinas, em favor da Empresa AGÊNCIA DE EMPREENDIMENTOS, PROJETOS E SERVIÇOS – LTDA – ME, CNPJ: 19.987.235/0001-47, vencedora dos lotes 01, 02, 03, 04 e 05, perfazendo o valor total global na ordem de R$ 3.274.586,48 (três milhões duzentos e setenta e quatro mil quinhentos e oitenta e seis reais e quarenta e oito centavos) e considerando, com base nas informações contidas nos autos, sua plena regularidade. Piaçabuçu/AL, 19 de Setembro de 2018. Djalma Guttemberg Siqueira Breda Prefeito -----------------------------------------------PREFEITURA MUNICIPAL DE PIAÇABUÇU HOMOLOGAÇÃO O PREFEITO MUNICIPAL DE PIAÇABUÇU/AL, no uso de suas atribuições legais, e em cumprimento ao Art. 43, inciso VI da Lei Federal nº 8.666/93 e com a previsão do inciso XXII da Lei Federal nº 10.520/02, resolve HOMOLOGAR os itens do Certame Licitatório modalidade Pregão Presencial sob o nº 032/2018, que tem por objeto o
Registro de Preços para Aquisição de Urnas Funerárias, em favor da Empresa JOÃO OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE – ME, CNPJ: 35.252.857/0001-83, vencedora dos itens 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07 e 08, perfazendo o valor total na ordem de R$ 106.850,00 (cento e seis mil oitocentos e cinquenta reais), e considerando, com base nas informações contidas nos autos, sua plena regularidade. Piaçabuçu/AL, 05 de Setembro de 2018. Djalma Guttemberg Siqueira Breda Prefeito -----------------------------------------------PREFEITURA MUNICIPAL DE PIAÇABUÇU HOMOLOGAÇÃO O PREFEITO MUNICIPAL DE PIAÇABUÇU/AL, no uso de suas atribuições legais, e em cumprimento ao Art. 43, inciso VI da Lei Federal nº 8.666/93 e com a previsão do inciso XXII da Lei Federal nº 10.520/02, resolve HOMOLOGAR o itens do Certame Licitatório na modalidade Pregão Presencial sob o nº 035/2018, que tem por objeto para Aquisição de Água Mineral e Gás GLP, em favor da Empresa MOIZES RIBERO GÁS – ME, CNPJ nº 08.272.360/0001-54, vencedor dos itens: subgrupo I – 01, 02, 03 e 04 e Subgrupo II – 01, 02 e 03, perfazendo a ordem de R$ 89.470,00 (oitenta e nove mil e quatrocentos e setenta reais), considerando, com base nas informações contidas nos autos, sua plena regularidade. Piaçabuçu/AL, 21 de Setembro de 2018. Djalma Guttemberg Siqueira Breda Prefeito
> AMISTOSOS
Brasil enfrenta Argentina nesta terça-feira Seleção de Tite já venceu Estados Unidos, El Salvador e Arábia Saudita; time, entretanto, ainda demonstra pouca motivação Foi a terceira vitória da seleção após a derrota para a Bélgica, com nove gols marcados e nenhum sofrido, mas em todos eles, até pela fragilidade dos adversários - Estados Unidos, El Salvador e Arábia -, o time pareceu pouco motivado. Isso deve mudar nesta terça-feira (16), quando o Brasil enfrenta a Argentina em clássico que será realizado em Jeddah. Talvez pensando justamente nesta motivação extra, Tite tem mexido na equipe desde a Copa e nesta sexta deu chances para nomes como Ederson, Pablo, Fabinho, Alex Sandro e Renato Augusto entre os titulares. Ao longo do confronto, ainda entraram Lucas, Walace, Arthur e Richarlison, que tentam ganhar espaço neste ciclo até a próxima Copa. Mas mais uma vez a seleção dependeu demais de Neymar. As principais chances da equipe foram criadas pelo atacante do Paris Saint-Germain, quase sempre pelo meio, com liberdade para criar. Em um de
seus lampejos em campo, ele deu passe perfeito para Gabriel Jesus marcar o único gol da partida, seu primeiro com a camisa amarela desde o amistoso contra a Áustria às vésperas da Copa. Foi Neymar também quem deu a assistência para o gol de Alex Sandro, já nos acréscimos do segundo tempo. O primeiro bom momento do Brasil, porém, surgiu dos pés de Fred, que aos 10 minutos teve a chance mas preferiu ajeitar para Gabriel Jesus, que acertou a zaga. Na sequência, Neymar apareceu pela primeira vez com espaço na área, mas novamente a defesa da Arábia travou. Em um dos cochilos da defesa brasileira, Al Shahrani passou como quis por Fabinho e tocou para Al Mogahwi, que foi travado por Marquinhos. Mas o jogo era mesmo de Neymar, que perdeu boa chance aos 19, após bela jogada e finalização para fora. Gabriel Jesus teve bom
Neymar não fez gol contra Arábia, mas é trunfo contra os argentinos
momento aos 25, em tentativa de cabeça que exigiu grande defesa de Al Owais, mas foi aos 42 que desencantou. Neymar fez ótima jogada pelo meio e deu enfiada precisa para o atacante do City, que tocou na saída do goleiro para
marcar. Na etapa final, Tite voltou com Lucas na vaga de Fred, e o meia do Tottenham demorou apenas seis minutos para mostrar serviço. Ele recebeu ótimo passe de Neymar, saiu sozinho na área, mas parou em outra
defesa de Al Owais. Aos nove, Neymar novamente apareceu bem pelo meio e arriscou de esquerda, de fora da área, acertando a trave. Mas a cada sumiço de Neymar, o setor ofensivo do Brasil também desaparecia com ele. E quando o craque caiu de produção no segundo tempo, a seleção não mais criou. Nem mesmo as substituições de Tite deram novo ânimo ao time, que trocava passes sem objetividade. Aos 39 minutos, o árbitro de vídeo foi acionado para a expulsão do goleiro árabe, por colocar a bola na mão fora da área. E, nos acréscimos, o Brasil chegou ao segundo gol. Neymar cobrou escanteio da direita e Alex Sandro finalizou para a rede.
ARÁBIA SAUDITA 0X2 BRASIL ARÁBIA SAUDITA - Al Owais, Al Burayk (Al Mowa-
lad), Omar Housawi, Al Bulayhi e Al Shahrani; Otaif, Al Mogahwi (Ghareeb), Al Faraj, Al Bishi (Al Shehri) e Al Dawsari (Sulaimani); Bahbri (Malayekah). Técnico: Juan Antonio Pizzi. BRASIL - Ederson; Fabinho, Pablo, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro (Walace), Fred (Lucas), Renato Augusto, Philippe Coutinho (Arthur) e Neymar; Gabriel Jesus (Richarlison). Técnico: Tite. GOL - Gabriel Jesus, aos 42 minutos do primeiro tempo. Alex Sandro, aos 50 minutos do segundo tempo. ÁRBITRO - Danny Makkelie (Holanda). CARTÃO AMARELO Otaif (Arábia Saudita). CARTÃO VERMELHO Al Owais (Arábia Saudita). RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis. ESTÁDIO - Estádio da Universidade King Saud, em Riad (Arábia Saudita).
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Opinião |B5
A foto do fato
Editorial
A disputa final Jair Bolsonaro e Fernando Haddad estão em campanha visando ao segundo turno da eleição presidencial – a mais distante do eleitor, mas, obviamente, a mais importante para o País. São os rumos do governo federal que traçam o destino da Nação, mexem com a qualidade de vida do povo, pioram ou melhoram a economia, a produção, a educação, a saúde e assim por diante. O veredito do primeiro turno mostrou um grau nunca visto de polarização: o eleitorado se dividiu entre Bolsonaro e Haddad (com ampla vantagem de votos para o primeiro), sem dar chance ao surgimento de uma terceira via, pois o que mais se aproximou disso foi Ciro Gomes, mas muito distante do segundo colocado. A votação de domingo indicou claramente o desejo de mudança da grande maioria dos eleitores, lembrando que perto de 45 milhões de brasileiros não participaram do processo – ou se ausentando do pleito (abstenção) ou votando nulo ou branco. A polarização se deu precisamente entre petistas e antipetistas, e ao final o candidato Bolsonaro colocou mais de 18 milhões de votos sobre Haddad, o segundo colocado. Agora, nos debates, nas ruas, nas redes sociais e no Guia Eleitoral, os dois contendores tentarão ganhar a confiança e o voto daqueles que, domingo passado, apoiaram nas urnas os demais concorrentes, principalmente Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, João Amoedo, Henrique Meirelles e Álvaro Dias. Bolsonaro vai insistir no discurso central de que o Brasil precisa mudar de rumo, de que a sociedade precisa resgatar seus valores mais caros e tradicionais, de que é preciso fazer algo novo para enfrentar a violência. Haddad vai continuar explorando o argumento de que, com sua vitória, o Brasil poderá voltar a viver um período de estabilidade e avanços sociais, como no ciclo governado pelo ex-presidente Lula. No final – espera-se com maior afluência às urnas – o povo decidirá dizendo, através do voto, o caminho que pretende ver o País trilhar nos próximos quatro anos, a partir de janeiro.
O papa Francisco canonizou, neste domingo (14/10) o papa Paulo VI, o mártir salvadorenho Dom Oscar Romero e cinco beatos europeus. A cerimônia foi acompanhada por grande multidão na Praça de São Pedro, onde o pontífice celebrou mais um Ângelus e pediu pela paz entre os povos de todo o mundo.
Os eleitores de olhos bem abertos
Análise e paixão
dores estão mapeando Os eleitores são sábios. O recado qual será o que deram por meio das urnas tamanho da foi eloquente. Não querem mais força que o o modelo tradicional que impe- eleito em 28 rou na política. Isso ficou eviden- de outubro te, sobretudo, na renovação his- terá para letórica do Congresso, com a ex- var adiante pulsão de caciques das decisões projetos de que movem o destino do país — extrema importância para tirar o muitos deles, se ressalte, denun- Brasil do atoleiro. Nenhum dos ciados por corrupção. Por maio- dois candidatos escolhidos para res que sejam as dúvidas sobre a o segundo turno demonstra ter capacidade do futuro Legislativo maioria. O PT de Fernando de atender as demandas da Haddad e o PSL de Jair Bolsonaro população, o novo reascende a terão as duas maiores bancadas esperança daqueles que torcem da Câmara dos Deputados. Mas por um Brasil melhor. precisarão suar a camisa para O Congresso chegou a um nível montar uma coalizão consisteninsuportável de descrédito. Em te, dada à fragmentação das levez de legislar em prol da maio- gendas. ria, sempre privilegiou um pe- A expectativa é de que o eleito queno grupo afeito à corrupção. consiga, ainda no primeiro ano, Num país com tanto por se feito, aprovar as duas principais refornão há mais espaço para essa mas: a da Previdência Social e a política do atraso. É inaceitável tributária. Se conseguir, terá que parlamentares eleitos para todas as condições para retomar representar o povo sejam indicia- o crescimento econômico, reverdos pela polícia por todo tipo de ter o desemprego e reduzir as crime. Chegou-se ao cúmulo de desigualdades sociais que só termos deputados propondo leis fazem aumentar. Os especialistas durante o dia e passando a noite dizem, porém, que todas as na cadeia. Tivemudanças terão mos de assistir, de ser feitas ainatônitos, pela da no primeiro “A expectativa é tevê, a Operaano, sob o risco ção Lava-Jato de o descrédito de que o eleito, fazendo buscas minar a força ainda no primeiro que todos os goe apreensão em gabinetes da vernantes costuano, consiga Câmara e do Semam ter em iníaprovar duas nado. Como ter cio de mandato. o respeito da Exemplos para reformas” população? Coisso não faltam. mo acreditar Pelos cenários nesse sistema traçados por podre, nessa velha política? Carlos Thadeu Filho, economista Apesar de todo alento que as sênior do Instituto Brasileiro de eleições do último domingo trou- Economia (Ibre) da Fundação xeram, é preciso ficar muito aten- Getúlio Vargas (FGV), se o futuro to. Teme-se que, por meio de presidente conseguir reformar o caras novas, o Congresso não só regime previdenciário e o sistema mantenha as práticas nefastas tributário na primeira parte de que são históricas, mas, também, seu mandato, poderá manter, impulsione uma onda conserva- tranquilamente, o teto que limita dora que pode pôr fim a avanços o aumento de gastos públicos importantes. Projetos nesse sen- até 2021. Será um desgaste a tido não faltam no Legislativo. menos. Também não terá de se Felizmente, nos últimos anos, preocupar com a inflação e os todas as tentativas de retrocesso juros, já que o teto dos gastos foram barradas pelo bom senso funciona como uma âncora para de minorias que gritaram muito o Banco Central. Ao limitar o alto. Contudo, em meio à onda crescimento das despesas pela radical que atormenta o país, inflação do ano anterior, o teto qualquer descuido pode ser fatal. indica ao BC que não há risco de deterioração fiscal. Força da coalizão É com esse novo Congresso que (*) Colunista do Correio Braziliense o futuro presidente da República terá de governar. Não à toa, economistas, empresários e investi-
Paulo Castelo Branco (*)
Vicente Nunes (*)
Este título é de um grupo de profissionais de Relações Institucionais e Governamentais com atuação no Brasil e no exterior, e do qual faço parte com muito prazer. As análises ali expostas são profundas, abrangendo as relações públicas e privadas. E, neste momento nebuloso da vida nacional, servem para demonstrar conhecimento e cultura dignas de serem aprendidas e respeitadas por centenas de especialistas que pululam na mídia diuturnamente. Nesse grupo, formado exclusivamente para o debate sobre as eleições, a cada dia as análises deixaram de ser pragmáticas para assumirem a paixão tão importante nas relações humanas; e a paixão cresceu de tal forma que pode representar muito bem o que pensa o povo eleitor. A paixão que hoje nos domina é incontrolável; como é a avassaladora a paixão cantada pelos poetas e inoculada nos jovens, como o primeiro amor. O sentimento materializado na alma do povo é a mesma paixão que nos levava a cortar relações com amigos quando a discussão era sobre os antigos times de futebol. Hoje, a paixão foi levada ao ringue das brutais lutas em que humanos se digladiam como se fossem animais e, no final, um deles ganha. Mas os dois perdem, pois saem massacrados pelas pancadas recíprocas que, não raro, são mortais. Dizem que lutam para viver. Nessa quadra, os olhares devem ser voltados para os que, até hoje, não têm estudo, trabalho e vida digna. São esses que, como ovelhas, seguem o tilintar de comando e caem no abismo. As pessoas estão tão desiludidas que, mesmo com as informações divulgadas
pelos celulares pregados em suas mãos, renegam os avisos e, sem olhar para o futuro de seus filhos, preferem, ainda, vender votos em troca de uma bolsa qualquer. O olhar que exponho é a visão de que o passionalismo ocupou o corpo e a alma do brasileiro. Sendo certo que o passional deixa de lado a razão e entra no mundo obtuso de soluções infundadas. O atentado contra o candidato Jair Bolsonaro representa hoje o desejo da população em arrancar o mal pelas raízes tão profundas que compõem a corrupção, o descrédito na política e nos políticos.
“Os formadores de opinião tomaram para si a missão de agravar e tornar maior ainda a angústia que domina os brasileiros” Por outro lado, os formadores de opinião, especialmente os de rádios, televisão e jornais, tomaram para si a missão de agravar e tornar maior a angústia da população. O eleitor, cansado da violência, do desemprego e da exclusão social, voltou-se para Jair Bolsonaro com a esperança de mudar tudo o que está aí. O seu afastamento da campanha o fortaleceu politi-
camente e poderá, inclusive, fazê-lo ganhar no primeiro turno. A radicalização é a marca dessas eleições e, se o eleitor escolher a disputa final entre Bolsonaro e Fernando Haddad, teremos na presidência um radical de direita e um radical de esquerda, para usar termos que a população identifica. O vencedor, se Bolsonaro, irá tentar moralizar o país com um único tiro, enquanto Haddad trará de volta o aparelhamento do Estado e os corruptos liderados pelo “Grande Líder”. Esse é o quadro da situação atual; e os demais candidatos que lutam por um lugar no segundo turno? Aí está o mistério: não há nas conversas quem não declare que os melhores candidatos são Geraldo Alckmin, por seu desempenho como político e governador de São Paulo; Álvaro Dias, pela experiência e conhecimento do país; e Henrique Meirelles, pelas soluções econômicas que comandou e por sua experiência internacional. No entanto, parece que o eleitor prefere correr o risco de escolher o desconhecido do que votar no candidato do já manjado Partido dos Trabalhadores. (*) Sócio-fundador do escritório Paulo Castelo Branco Advogados Associados. Foi Conselheiro Seccional e Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, e Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal
Um olhar sobre as eleições Michel Zaidan (*) Obtivemos, no domingo (7), um resultado surpreendente nas eleições presidenciais do Brasil. Os maiores colégios eleitorais do país, onde se concentram as elites mais estudadas, ricas e mais poderosas em termos de influência e poder de persuasão (Sul, Sudeste, Centro-Oeste) votaram em peso num candidato que representa a negação do que chamamos "civilização": direitos humanos, reconhecimento das identidades, políticas redistributivas, respeito às leis e a Constituição, respeito à vida humana, ao meio-ambiente, a diversidade cultural e religiosa, às liberdades democráticas etc. E o Nordeste, região sempre identificada com o atraso, a pobreza, a dependência econômica e social, o fanatismo e a ignorância, foi quem optou pela democracia e os direitos. Região sempre preterida pelas políticas públicas de desenvolvimento regional, fonte da perpetuação das oligarquias familiares, revelou-se um bastião da resistência à barbárie a galope, comandada pelo ex-capitão do Exército que faz da tortura e do extermínio o bordão de sua propaganda eleitoral. Podemos até perder a eleição, mas chegar ao 2º Turno foi uma vitória inestimável diante dos enormes obstáculos enfrentados pelo candidato da civilização. Muitas dificuldades se contrapuseram a esta candidatura laica, republicana e socialista. Primeiro, o seu deslanchar tardio, quando os demais candidatos já estavam em campanha e com farta exposição pública de seus portfólios político-partidários. Segundo, a corajosa e desassombrada aproximação com a imagem e o legado do ex-presidente LULA. Terceiro, a ofensiva da mídia eletrônica e
impressa, francamente anti-petista. Quarto, a política de terra arrasada praticada pela Operação Lava-Jato contra o Partido dos Trabalhadores- e seus candidatos. Quinto, o posicionamento das Igrejas neopentecostais e pentecostais, representadas em seu apoio a Bolsonaro pelos seus bispos e pastores. Seis, a falta de responsabilidade política dos partidos de centro, em destruírem o capital político do PT, ajudando com isso ao candidato da extrema-direita. Isso sem mencionar os poderosos grupos que estão alavancando essa perigosa candidatura: as bancadas da bala, do boi e da bíblia.
“Podemos até perder a eleição, mas chegar ao 2º turno foi uma vitória inestimável, considerando os enomes obstáculos” Não fosse o trabalho de sapa contra as instituições, com a complacência ou cumplicidade dos tribunais superiores, a figura desse candidato lúgubre, desengonçado e falastrão não passaria de uma personagem folclórica, de mau gosto, mas risível, ridícula. Infelizmente, o diabo não se apresenta como tal quando aparece. Teria que vir com um uniforme militar, segurando uma metralhadora e apontando para seus adversários políticos. Na ima-
gem desse anticristo, os democratas, defensores dos direitos humanos, ambientalistas, feministas ou militantes das causas LGTBI, são bandidos, criminosos, terroristas, inimigos da família, da Igreja e da propriedade privada. A criminalização recorrente do "outro", da "alteridade", é um recurso conhecido dos políticos fascistas, da extrema-direita. Não se admite o respeito à diferença, de quem pensa diferente ou é diferente. Estaríamos diante de uma grave ameaça à secularidade e laicidade do Estado brasileiro e rumando para uma modalidade de fundamentalismo apoiado pela espada e a religião. O pior casamento possível. Personagem tosco, primário, mas perigosíssimo. Porque instrumento da ignorância de uns, do ressentimento de outros e da ganância de uma minoria, que sabe exatamente o que está fazendo. Bem-vindo o segundo turno. Vamos esclarecer a sociedade sobre aquilo que está em jogo neste momento. Obrigar a besta a mostrar sua cara, dizer o que pretende sem papas na língua. Quem quiser acompanha-la rumo à barbárie, que o faça, mas conscientemente do que está ajudando a fazer. Nada de Brasil, Deus, Jesus Cristo. Barbárie, pura e simplesmente a serviço de interesses que não ousam dizer o nome. Viva o Nordeste e os nordestinos! (*) Professor e cientista político
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