Nas urnas, vantagem de Bolsonaro poderá superar 20 milhões de votos

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SMTT vem aí com câmeras para multar motoristas > A-5 A batalha das fakes news Quem está divulgando fakes news na disputa presidencial? Todo mundo. Tanto partidários de Fernando Haddad quanto de Jair Bolsonaro travam batalha com mentiras na internet. Para apurar isso, a Polícia Federal entrou em ação, a pedido da PGR. > A-2

edição PRIMEIRA

Mega-Sena vai a R$ 18 milhões Ninguém acertou a Mega-Sena deste sábado (20). As dezenas sorteadas: 05, 10, 32, 38, 48 e 49. Cada ganhador da Quina vai receber R$ 53.143,74. Quem acertou a Quadra vai levar R$ 826. O prêmio para o sorteio da 4ª feria deverá ser de R$ 18 milhões.

Ano 13 | Edição 795 | Maceió, Alagoas, 22 a 28 de outubro, 2018 | R$2,00

Nas urnas, vantagem de Bolsonaro poderá superar 20 milhões de votos Derrota iminente do PT deverá ser uma das maiores da história; jornal trata Bolsonaro com ‘Capitão Brasil’ ao suspeitar de fraude As pesquisas do Datafolha, Ibope e outros mostram o candidato Jair Bolsonaro

(PSL) com cerca de 20 pontos de vantagem sobre Fernando Haddad (PT). O

capitão aparece com 59% dos votos válidos contra 41% do petista. Como tem Primeira Edição

havido avanço lento e gradual, Bolsonaro poderá colocar uma vantagem final,

nas urnas, superior a 20 milhões de votos, no próximo domingo, o que seria a

Renan Filho afirma que só educação e emprego podem combater crime Numa contraposição ao emprego de armas pela população, o governador reeleito Renan Filho (MDB) afirma que só existem dois instrumentos para enfrentar a criminalidade: emprego e educação.

Governo combate crime com mais polícia nas ruas, mas governador quer priorizar escola e emprego

maior vitória da história republicana, em volume de sufrágios. > A-5

Para ele, emprego e escolha são os únicos meios de evitar que jovens se envolvam com drogas e ilícitos. RF diz que cidadão de bem não tem como enfrentar bandidos fortemente armados. > A-5

Senador Renan diz que não disputa comando do Senado

> A-3

Rui sem verba para projeto da orla lagunar Eleição de deputado estadual tem grandes decepções nas urnas

> A-3

Benedito de Lira não deverá sair candidato a prefeito de Maceió

> A-3

Considerado objeto de ‘estelionato eleitoral’, usado na campanha para reeleição de Rui Palmeira (PSDB) sem verba para executá-lo, o projeto ‘Maceió de frente para a lagoa’ não consta da Lei Orçamentária Anual (LOA), que o prefeito acaba de enviar à Câmara Municipal. A Prefeitura estima receita de R$ 2 bilhões e 650 milhões, para 2019, apenas R$ 70 milhões a acima da arrecadação que foi prevista para o atual exercício. > A-5

Primeira Edição

Secretaria de Finanças (Economia) não disporá de recursos para o projeto ‘Maceió de frente pra lagoa’

CSA pode voltar à vice liderança nesta 3ª Kimi adia título de Lewis Hamilton

Palmeiras vence com um a menos

O finlandês Kimi Raikkonen venceu o GP do Circuito das Américas (nos EUA) e adiou para Em jogo atribulado, o Palmeiras venceu o Ceará por 2x1, neste domingo, mesmo com um o México a conquista do título pelo inglês Lewis Hamilton, que chegou em terceiro. > B-4 jogador a menos (Deyverson foi expulso), e se manteve na liderança do Brasileirão. > B-3

Se vencer o Brasil de Pelotas, nesta terça-feira (23) no Rei Pelé, o CSA reassumirá a vice-liderança da Série B. O time está de moral elevada após empatar com o Coritiba em pleno no Couto Pereira. Para o embate desta terça, Azulão contará com todos os seus titulares. > ESPORTES

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Primeira Edição | 22 a 28 de outubro, 2018

A2 | Política

DA S O A T N VE DANÇ MU Da Editoria de Política

Sob o peso de uma renovação de mais de 43%, com destaque para a consagração de cinco mulheres, a eleição de deputado estadual foi marcada por derrotas ‘surpreendentes’, uma delas totalmente fora de qualquer prognóstico: o exprefeito de Maceió e ainda deputado federal Cícero Almeida (PHS) obteve apenas 8.405 votos, desempenho que, dependendo de coligação, talvez não u elegesse para compor a Câmara de Vereadores da capital. Mas não foi só: também ex-prefeita (Arapiraca) e apontada como ‘a maior liderança do Agreste’, Célia Rocha (PTC) amealhou 16.962 sufrágios, ela que já foi até deputada federal. Outra decepção foi o vereador Lobão, do PR: ele conseguiu 21.964 votos, um desempenho muito aquém do que era esperado para o ex-produtor de filmes pornôs que, na eleição municipal de 2016, obteve o apoio de 24.969 eleitores, sendo o mais votado da história de Maceió, perdendo apenas para Heloísa Helena. A máquina renovadora também triturou nomes tradicionais que pareciam destinados a manter ‘cadeiras cativas’ na Casa de Tavares Bastos por muitos anos e mandatos, a exemplo de Edval Gaia (PSDB), Ronaldo Medeiros (MDDB), Thayse Guedes (PTB), Chico Filho (PP), Marcos Madeira (PRTB), Carimbão Júnior (Avante), pastor João Luiz (PRTB).

Grandes decepções para deputado estadual na eleição de 7 de outubro Ex-prefeitos de Maceió e Arapiraca tiveram votações pífias, nomes tradicionais perderam mandatos Decepcionante, também, foi a votação de João Caldas (PSC), que é pai do deputado federal João Henrique Caldas, o JHC, o mais votado de Alagoas e do País, em termos proporcionais. João Caldas, um dos denunciados na Operação Sanguessuga, chegou a fazer campanha exibindo no Guia Eleitoral vídeo em que aparece ao lado de Jair Bolsonaro. Ele estava fora da política e retornou tentando uma vaga de estadual, mas sua votação foi pífia: 7.337 sufrágios, para quem já ocupou vaga no Plenário da ALE e foi deputado federal. A dinastia Hollanda também foi atingida pelos ventos da mudança que sopraram no domingo 7 de outubro: o deputado Dudu Hollanda conseguiu 20.171 votos, mas não se reelegeu. E como foi um tanto ‘caótico’, o processo eleitoral deste ano negou oportunidade até para Judson Cabral (PDT), que terminou a eleição com apenas 13.289 votos, ele que já foi deputado estadual notabilizado por representar os movimentos sociais e por fazer política com alto senso de ética e responsabilidade. No caso do pastor João Luiz, vale lembrar que, eleito em 2014, ele teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral, sob acusação de ter usado a Igreja Quadrangular em sua campanha, mas acabou sendo reintegrado ao mandato por decisão do Supremo Tribunal Federal, porém não conseguiu a recondução para mais um mandato no Parlamento

Divulgação

Cícero Almeida teve votação que talvez não o elegesse sequer vereador

Líder do governo Ronaldo Medeiros fica de fora da próxima legislatura

Lobão continua como vereador, após perder disputa por cadeira na ALE

Ex-prefeita Célia Rocha termina carreira política de forma melancólica

alagoano. Outra derrota que chamou a atenção foi a de Carimbão Júnior, filho do deputado federal Givaldo Carimbão, que também perda a batalha pela renovação de seu mandato.

RENOVAÇÃO

A eleição deste ano proporcionou renovação de 44% na Assembleia de Alagoas, mas esse percentual tem que ser avaliado por outra ótica além dos números: Paulo Dantas,

por exemplo, é um deputado eleito pela primeira vez, mas ele apenas substituirá o seu pai, o deputado Luiz Dantas, atual presidente da ALE. A chegada de 12 novos parlamentares se dá, também, pelo

fato de que dois dos atuais membros da ALE – Sérgio Toledo e Isnaldo Bulhões – deixaram a Casa para concorrer vagas na Câmara dos Deputados, sendo que ambos foram eleitos.

> A PEDIDO DA PGR

Polícia Federal vai investigar guerra de fakes news entre Haddad e Bolsonaro Petista posta calúnia e depois apaga "Após mentir descaradamente dizendo que votei contra os deficientes, o marmita de corrupto preso também apagou as acusações como se nada tivesse acontecido. A mentira nunca vencerá a verdade!", escreveu Bolsonaro. O twiter de Haddad criticava Bolsonaro por supostamente ter votado contra o Estatuto da Pessoa com Deficiência. A publicação, depois, foi apagada. Procurada, a equipe do petista disse que, na verdade, Bolsonaro se absteve da votação, e que por isso a postagem foi excluída. "O deputado Jair Bolsonaro votou contra o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Acredito que ele tenha votado Fernando Haddad postou vídeo com calúnia contra o candidato Jair Bonsonaro, mas logo depois apagou contra por falta de conhecimento. Ele não foi educado empresas para espalhar boa- ção generalizada, assalto a taforma WhatsApp custeados para compreender toda a tos e informações negativas estatais, quebra de fundos de por empresas de apoiadores diversidade humana e sua sobre Haddad no aplicativo pensão, doação de dinheiro do candidato à Presidência complexidade", era o que di- de mensagens instantâneas. A do BNDES a ditaduras. Esse é Jair Bolsonaro (PSL). O pedizia a postagem, antes de ser prática configuraria caixa o PT, nós não precisamos fa- do foi feito pela campanha dois, isto é, doações à campa- zer fake news contra eles”, de- do candidato Fernando apagada. Jair Bolsonaro negou que nha de Bolsonaro não declara- clarou Jair Bolsonaro em um Haddad (PT). vídeo. Mussi rejeitou, no entanto, sua campanha tenha relação das à Justiça Eleitoral. “Não tem prova de nada, pedido de diligências como com notícias falsas dissemiAÇÃO NO TSE quebra de sigilo bancário, tenadas no WhatsApp e redes é a Folha jogando nesse time O ministro do Tribunal lefônico e de prisão dos susociais contra seu adversá- do Haddad. Nós não precisario, Fernando Haddad, do mos de fake news para com- Superior Eleitoral (TSE) Jorge postos envolvidos, por entenbater o Haddad, as verdades Mussi abriu hoje (19) ação der que as justificativas estão PT. O jornal Folha de S. Paulo são mais que suficientes. To- para investigar suspeitas de baseadas em notícias de jornal publicou hoje que empresá- dos se lembram de 13 anos do uso de sistemas de envio de e não podem ser decididas lirios bolsonaristas pagaram a PT, aí sim: caixa dois, corrup- mensagens em massa na pla- minarmente.

A Polícia Federal instaurou neste sábado inquérito para investigar a disseminação de mensagens pelo WhatsApp referentes aos candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). O pedido de abertura de investigação foi feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que quer a apuração do possível uso de esquema profissional por parte das campanhas, com o propósito de propagar fake news (notícias falsas). Segundo reportagem publicada na quinta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo, empresas pagaram, em contratos que chegariam a 12 milhões de reais, pelo envio em massa de conteúdos contra o Haddad no WhatsApp. No documento enviado ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, para solicitar a investigação da PF, Raquel Dodge informa que os fatos mencionados em reportagens já motivaram a abertura de apuração pela ProcuradoriaGeral Eleitoral (PGE). Além da investigação

aberta pela PF, a notícia motivou a abertura de uma investigação no Tribunal Superior Eleitoral a pedido da campanha da Haddad. Ao final da ação, os petistas querem que a corte declare a inelegibilidade de Bolsonaro para a atual eleição e as dos próximos oito anos. Ao rebater as acusações, Jair Bolsonaro afirmou que não tem controle sobre apoios voluntários e afirmou que o PT não está sendo prejudicado por fake news, mas pela “verdade”. Paralelamente às ações das autoridades brasileiras, o aplicativo de mensagens WhatsApp informou, em comunicado distribuído nesta sexta, que baniu “centenas de milhares de contas” durante o período das eleições de 2018 no Brasil. O objetivo da empresa, segundo o documento, é desativar contas com “comportamento anormal”, coibindo a atuação de empresas que enviam “mensagens em massa” através do aplicativo, promovendo “spam ou desinformação”.

Ministro Raul Julgmann manda PF apurar fakes news dos presidenciáveis


Primeira Edição | 22 a 28 de outubro, 2018

Política | A3

> ERRO PRIMÁRIO Romero Vieira Belo

Enfoque Político Dois pontos cruciais O futuro presidente da República terá desafios imensos pela frente. Começando pelo déficit orçamentário estimado em 130 bilhões de reais. Significa que as despesas previstas para o próximo ano ficarão muito acima da arrecadação. Simplificando: vai faltar dinheiro para educação, saúde, segurança e também para programas sociais como o Minha Casa Minha Vida. O governo Temer fez o Congresso Nacional aprovar o teto de gastos – medida que impôs limite aos dispêndios do poder público, além do que já era previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal – mas o aperto não atenua o problema já existente do grave desequilíbrio fiscal produzido no governo de Dilma Rousseff. Por conta do déficit orçamentário, milhares de obras físicas da União estão paralisadas, muitas delas incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento, a exemplo do Minha Casa Minha Vida. E isso não afeta apenas o público-alvo desses projetos sociais, mas também a geração de empregos, no momento em que o País contabiliza cerca de 13 milhões de desempregados. O futuro presidente, portanto, não terá meios para materializar muitas das promessas feitas na campanha, vários projetos considerados prioritários, ainda que tenha vontade e disposição para tal. Mas dois setores terão de ser conduzidos com atenção concentrada, como uma síntese das prioridades: o econômico, que mexe com o bolso e a conta bancária de todos, e o da segurança pública, a grande obsessão de um País que registra 60 mil assassinatos por ano – números de uma autêntica guerra civil. O futuro presidente precisará adotar medidas cirúrgicas e de alta eficácia, capazes de produzir efeitos no curto prazo. Medidas que melhorem o desempenho fiscal sem criar ou elevar impostos, que possibilitem ao governo voltar a investir em obras gerando empregos, e medidas que contenham e reduzam o avanço das trágicas estatísticas criminais que assolam o Brasil. Os demais setores, considerada a crítica realidade nacional, são secundários, ainda que ingentes e, portanto, relevantes. NOVO DIÁLOGO

NÚMEROS POSITIVOS

Ao reunir jornalistas numa coletiva sobre segurança, logo após sua reeleição, Renan Filho abriu nova frente de diálogo para abordagem de um tema pra lá de crítico na maioria dos estados.

A explicação reside em que o governador discute segurança apoiado em números muito favoráveis: Alagoas tem registrado queda na taxa de homicídios e de crimes contra o patrimônio.

ELEIÇÃO CONDUZ A UM NOVO SECRETARIADO Renan Filho vai recompor o secretariado levando em conta as alianças feitas para sua reeleição. A expectativa é de que nomes como Ronaldo Lessa, Maurício Quintella, Cícero Almeida, Régis Cavalcante e Ronaldo Medeiros, que não obtiveram êxito nas urnas de 7 de outubro, sejam encaixados na equipe de governo. Lessa poderia continuar na Câmara, com a chamada de um federal. UM RECOMEÇO?

CAMPANHA MODESTA

Se tiver humildade, Cícero Almeida poderá tentar um reinício de carreira política na eleição de 2020. Sairia candidato a vereador, exatamente como o fez antes de se eleger prefeito de Maceió.

Melhor prefeito de Maceió, depois de Dilton Simões e João Sampaio, Almeida fez uma campanha modesta e não teve como reconquistar o espaço que já ocupou na Assembleia Legislativa.

COM CIRO GOMES, TERIA SIDO BEM MAIS VIÁVEL PROJETO DO PT Falhou a visão política e falhou o cálculo eleitoral de Lula, ao insistir numa candidatura presidencial genuinamente petista. Pura teimosia. A disputa estaria noutro patamar se, em vez de marchar com o insosso Fernando Haddad, o PT tivesse apoiado Ciro Gomes, que fez um bom governo no Ceará e não tinha como ser vinculado à Lava-Jato, um dos trunfos da campanha do capitão Jair Bolsonaro contra qualquer nome oriundo do petismo.

MESMO MÉTODO

GATINHO MANSO

Em Bolsonaro, o PT encontrou um adversário difícil de ser batido por usar o método que, até a reeleição de Dilma, os petistas exploravam com desenvoltura: o vale tudo para ganhar a eleição.

Na atual campanha, incrível, o PT parece um gatinho manso e indefeso diante de um predador implacável. E acontece que o tom de vitimização não está conseguindo sensibilizar o eleitorado.

BIU NÃO DEVERÁ DISPUTAR PREFEITURA DE MACEIÓ Na política, nada pode ser descartado, mas muito pouco provável que o senador Benedito de Lira se lance na aventura de disputar a Prefeitura de Maceió, na sucessão de Rui Palmeira. Seria muito mais consentâneo apoiar eventual candidatura de Marcelo Palmeira, seu enteado e atual vice-prefeito. Biu de Lira não se reelegeu e deixa o Senado Federal no início do próximo ano. MEMÓRIA DE ONTEM

MEMÓRIA DE HOJE

Na campanha para reeleger Dilma, em 20014, o alto comando petista avisou que estava disposto a ‘tudo’ para garantir a vitória, deixando claro que não aceitaria a derrota de forma alguma.

Já agora, antes do primeiro turno, José Dirceu – o petista que ‘não se verga’ – disse para a imprensa o que só se ouve em regimes totalitários: “Falta pouco tempo para a gente tomar o poder”.

Benedito de Lira naufragou no barco furado de Palmeira Coligação apostou em ganhar duas vagas, ignorando força do bloco governista fotos: Divulgação

Da Editoria de Política

Além de ter embarcado numa coligação problemática, na qual o segundo candidato ao Senado fez campanha isolada, sem integrar ‘dobradinha’, o senador Benedito de Lira (PP) foi vencido, também, pela onda de renovação que derrotou nomes conhecidos da Câmara Alta, a exemplo de Romero Jucá, líder do MDB, Magno Malta (que abriu mão de ser o vice de Jair Bolsonaro) e até Eunício Oliveira, atual presidente da Casa. Ao contrário do bloco governista, que lançou o deputado federal e ex-ministro Maurício Quintella (PR) em dobradinha com o senador Renan Calheiros (MDB), mas com a função de evitar que o segundo voto do eleitor governista fosse para um dos candidatos da oposição, Biu de Lira trabalhou dentro de um grupo que se dispôs a conquistar as duas vagas da disputa senatorial. Aos 76 anos, Benedito de Lira praticamente encerra sua longa carreira política, magoado com o prefeito Rui Palmeira (PSDB) que, como principal condutor da campanha oposicionista, nada fez para

Biu de Lira ficará sem mandato a partir de fevereiro, mas não deverá disputar a eleição de 2020

dissuadir o deputado estadual Rodrigo Cunha de concorrer ao Senado a buscar um mandato de deputado federal, o que facilitaria bastante sua reeleição. O único consolo de Biu de Lira foi ver

o filho, Artur Lira, também do PP, se reeleger como um dos candidatos a federal mais votado em Alagoas, ele que fez campanha em dobradinha com o pai, a quem defendeu de acusações dos adversários.

O elenco numeroso de senadores que não conseguiram a reeleição A eleição para o Senado Federal deixou fora do Congresso políticos de renome, como a ex-presidente Dilma Rousseff (PTMG), que ficou em quarto lugar na disputa; o atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE); o vereador Eduardo Suplicy (PT-SP), ex-senador e aposta do partido para reforçar a bancada; e o senador Cristovam Buarque (PPS-DF). No Rio de Janeiro, Lindbergh Farias (PT) não se reelegeu. Os eleitores do Maranhão tiraram do cenário nacional o senador Edison Lobão (MDB). Os ex-governadores Beto Richa (PSDBPR), Raimundo Colombo (PSD-SC), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Jackson Barreto (MDB-SE) também não tiveram sucesso nas urnas. Os senadores Garibaldi Alves Filho (MDB-RN), Antônio Carlos Valadares (PSB), Roberto Requião (MDB-PR), Valdir Raupp (MDB-RO), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Flexa Ribeiro (PSDB-PA),

Cristovam Buarque não conseguiu a reeleição

Magno Malta também fica de fora do Senado

Eduardo Braga (MDB-AM), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Vicentinho Alves (PR-TO), Ataídes Oliveira (PSDB-TO), Lúcia Vânia (PSB-GO), Wilder Morais

(DEM-GO), Magno Malta (PR-ES), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Waldemir Moka (MDBMS), Angela Portela (PDT-RR) e Paulo Bauer (PSDB-SC) não foram reeleitos.

> EM ALTA

Renan não quer, mas é cotado para presidir o Congresso mais uma vez Reeleito com quase 700 mil votos, o senador Renan Calheiros (MDB) é um dos nomes fortes, já colocado no cenário, para disputar a presidência do Senado Federal, cargo que já exerceu em quatro oportunidades, sendo a última delas durante o atual governo do presidente Michel Temer. Durante a semana, o senador alagoano afirmou que não cogita disputar a presidência da Casa, mas seu nome continua sendo objeto de especulações nos meios políticos e jornalísticos. A escolha de Renan poderá ocorrer de forma consensual, considerando que, pela tradição, comanda o Senado o partido detentor da maior bancada, e este é o caso do MDB, que permanece com a maior bancada (11 senadores) na Casa. A situação se torna mais favorável para o senador alagoano devido a sua aliança com o PT, que tem a segunda maior bancada (8 integrantes), seguida do PSD (7 senadores) e do PT com 6 membros. Ao longo de sua carreira política (acaba de conquistar o quarto mandato senatorial), Renan Calheiros fez grandes amizades e exerce fortíssima influência dentro do Congresso Nacional, tanto que já presidiu o Parlamento em quatro oportunidades.

TRAJETÓRIA

Nascido em Murici (AL) há 63 anos, José Renan Vasconcelos Calheiros iniciou

Renan Calheiros descarta concorrer, mas seu nome é ventilado para presidir Senado pela 5ª vez

sua trajetória política no movimento estudantil, nos anos 70, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e em 1978 elegeuse deputado estadual pelo MDB (mais tarde PMDB), partido que fazia oposição ao regime militar. Na década de 1980, elegeuse deputado federal por duas vezes e participou da Assembleia Nacional Constituinte. Em 1989 Renan filiou-se ao Partido da Reconstrução Nacional (PRN), em apoio à candidatura presidencial de Fernando

Collor, e em 1990 tornou-se líder do governo no Congresso. Foi eleito senador pela primeira vez em 1994 e, desde então, foi escolhido quatro vezes como presidente da Casa. Também atuou como vice-presidente da Petrobras Química (Petroquisa) e foi ministro da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso. Eleito para seu quarto mandato de senador, Renan terá como suplentes o empresário Rafael Tenório (MDB) e a vereadora Silvana Barbosa (PRTB).


Primeira Edição | 22 a 28 de outubro, 2018

A4 | Nacional

> IMPACTO Geraldo Câmara

Ouvidor Geral geraldocamara@gmail.com

O MAL DOS RADICALISMOS Seja no que for, o radicalismo não soma, não encontra caminhos viáveis, não deveria fazer parte de um sistema que se diz democrático, mas faz. E como tal também temos que respeitar posições sejam elas quais forem porque falar e ouvir com respeito e com dignidade também são fatores indispensáveis ao exercício correto da democracia. No entanto e lamentavelmente estamos vendo uma campanha presidencial acirrada, seria até correta não fossem os excessos praticados, a troca de impropérios e acusações, de fundadas a infundadas, com a imensa colaboração das Redes Sociais que se permitiram serem usadas não mais para a defesa de programas e de propostas respeitáveis para se transformarem em berço nada esplêndido das chamadas "fake news" covardemente utilizadas por ambos os lados com ataques que vão do institucional ao pessoal transformando uma campanha que poderia ser muito bonita em lixo da democracia. As idéias colocadas, insisto em dizer, dos dois candidatos, poderiam se apreciadas e estudadas pela população de maneira bem mais objetiva não tivessem sido criados os campos de batalha ao invés das arenas de debates produtivos e conclusivos. Face a isto, fica o eleitor num terrível papel olhando-se uns aos outros até com olhos de inimigos dissociando até famílias, dispersas em idéias aterrorizantes e radicais. Espero que cheguemos no próximo domingo a um final feliz para uns, frustrantes para outros, mas sem mais delongas com a deposição e o esquecimento das armas usadas nessa infeliz campanha.

DESTACÔMETRO O destaque vai para o amigo e agora senador eleito, Rodrigo Cunha pela limpeza e honestidade de sua campanha sem depreciar ninguém e respeitando plenamente a democracia nas eleições. Incluo no destaque a também excelente vitória de Renan Calheiros.

PÍLULAS DO OUVIDOR Sem traumas, sem brigas, sem discussões inócuas, o cuidado pelo meio ambiente na Europa, principalmente na Alemanha é incrível e o respeito é praticado em cada ponto de preservação. Fizemos uma bela incursão pelos rio Reno e Mosel dentro de um espetacular navio de cruzeiro, por três dias e três noites. Uma das gostosas experiências foi estar dentro do navio que passou por nove eclusas durante o trajeto. Eu conhecia como espectador o trabalho da eclusa no Panamá e nunca me esqueci. No entanto quando você faz parte direta do processo a sensação e a emoção são outras. Durante a madrugada aconteceu também e você nem acorda. Duas cidades à margens dos rios me agradaram em cheio: Koblenz, exatamente no encontro dos dois rios e BernKastel, fantásticas ambas pela arquitetura antiguíssima, por castelos, gastronomia e muita cerveja. O famoso jantar de despedida no navio Voyager foi na mesa do comandante, nosso amigo e anfitrião Host Lehmar, um alemão com paixão pelo Brasil e principalmente por Alagoas onde já tem até apartamento na Jatiúca. Duas brasileiras localizadas há mais de 30 anos em Colônia querem fazer um turismo receptivo lá, sobretudo para nordestinos terem a sorte de conhecerem a Alemanha com gostinho de morador. Estou aproximando-as de uma agência de viagens daqui. Aliás, a Alemanha não é a primeira escolha de quem vai para a Europa, mas para quem já conhece os tradicionais Portugal, Itália, Espanha e França, conhecer aquele país é encantador e culturalmente importante. Com gente de lá, então! Loucura mesmo foi o nosso embarque de volta para o Recife a partir de Frankfurt, um imenso aeroporto onde você anda, anda, anda e anda até chegar com suas bagagens ao "checkin". Acho até que fiquei bom de minhas dores nas pernas. Viajamos pela Condor, alemã, 10 horas de um excelente vôo com muita gentileza a bordo e bom serviço também. Difícil foi esperar a bagagem no Aeroporto do Recife. A desorganização e a demora já nos deram saudades da Europa. A foto acima mostra uma pequena cidade alemã, no interior. Conheci mais de vinte delas sem encontrar miséria, sujeira, falta de infra estrutura. Tudo perfeito como gostaríamos que fosse em nossas pequenas cidades. Nas grandes também.

ABRAÇOS IMPRESSOS Os abraços impressos vão e já com saudade para essa turma brasileira e alemã que nos recebeu tão bem, que nos acarinhou e dividiu conosco a alegria de conhecer aquela parte da Europa que nos faltava. Obrigado, gente!

Bolsonaro propõe acabar com reeleição e reduzir Congresso Candidato do PSL também defende total autonomia do Banco Central do Brasil O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, defendeu o fim da reeleição e a redução do número de parlamentares no Congresso Nacional, em entrevista à imprensa neste sábado (20), no Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro. O candidato saiu de casa para participar da gravação do programa eleitoral. “Da minha parte, vou conversar com o Parlamento com vistas a uma reforma. Acabar com o instituto da reeleição e reduzir de 15% a 20% a quantidade de parlamentares”, disse o militar, segundo informações da Agência Brasil. Bolsonaro também defendeu a autonomia política do Banco Central (BC) e a manutenção do tripé macroeconômico no país, com câmbio flutuante e metas de inflação e fiscal.

fotos: Divulgação

Jair Bolsonaro quer fim da reeleição e autonomia para o Banco Central

O capitão do Exército aposentado tratou ainda de outros temas com os jornalistas. Con-

firmou que, se eleito, deve indicar o astronauta Marcos Pontes, tenente-coronel da reserva, para

ser ministro da Ciência e Tecnologia. Sobre a indústria, afirmou que é necessário incentivar e estimular o setor. Para Bolsonaro, o país passa por um processo de desindustrialização. “Não podemos continuar exportando minério de ferro e importando uma canoa de aço de volta”, afirmou. A política externa de um eventual governo Bolsonaro deverá buscar mais acordos bilaterais. “Vamos partir para o bilateralismo onde for possível. Conversei com o [Mauricio] Macri [presidente da Argentina], ontem com o do Paraguai [Mario Abdo Benítez], encontrei senadores do Chile. Vamos buscar fazer acordos com os países da América do Sul sem o viés ideológico”, disse.

Veja por que o capitão está a um passo da vitória final Murilo Ramos Revista Época

Na quarta-feira (17), logo após visitar a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, o candidato do PSL ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, disse que estava “com uma mão na faixa” presidencial. Soou arrogante, mas a declaração estava amparada em números de pesquisas do Datafolha e do Ibope. Elas apontavam, desde a semana passada, vantagem entre 16 e 18 pontos percentuais para Bolsonaro em relação ao seu adversário, o petista Fernando Haddad. A pesquisa divulgada na quinta-feira (18) leva a crer que a segunda mão de Bolsonaro roça a faixa presidencial. O levantamento mostrou uma diferença de 18 pontos percentuais (59% contra 41% dos votos válidos). O detalhe é os ponteiros do relógio andaram e só faltam nove dias para a votação no segundo turno. Há outros números que corroboram o favoritismo do capitação reformado do Exército na disputa. Apenas 5% dos eleitores

de Bolsonaro disseram que poderão trocar de candidato ou invalidar o voto. A chance de os simpatizantes de Haddad o traírem o é maior: 11%. Outra boa notícia para Bolsonaro está no quesito rejeição. Enquanto a dele ficou em 41%, a rejeição a Haddad alcançou a indesejável marca de 54% dos eleitores. O requinte de crueldade com Haddad mora na informação de que 5% daqueles que se dizem petistas votarão em Jair Bolsonaro. A publicação de uma reportagem da Folha de S. Paulo dando conta de que empresários simpáticos a Bolsonaro bancaram a proliferação de “Fake News” pelo Whatsapp contra o ex-prefeito de São Paulo foi um lufada de esperança no entorno de Haddad. Assessores do petista rapidamente se mobilizaram em algumas frentes. Entre elas: acionar a Justiça para apurar os fatos narrados na reportagem, provocar a Organização dos Estados Americanos (OEA) para observar o desenrolar dos fatos e tentar criar uma CPI no Congresso Nacional. Só que a pesquisa

do Datafolha foi realizada na quarta-feira (17) e quinta-feira (18), dia da publicação da reportagem, e não mostrou nenhum abalo nos resultados de Bolsonaro. É preciso esperar para saber se a repercussão provocada pela reportagem terá reflexo nas próximas pesquisas e se provas irrefutáveis do que se narrou aparecerão. A busca de Haddad por apoios entre próceres de grandes partidos políticos tem se mostrado infrutífera. A maior ferida na campanha do petista foi provocada por Cid Gomes (PDT), um aliado no Ceará. Ele disse que o PT “vai perder feio” por não ter feito uma autocrítica. Haddad não está entusiasmado em fazer autocrítica em nome do partido. Quando reconhece algum erro perpetrado pela legenda geralmente é no ambiente econômico e diz respeito aos mandatos da ex-presidente Dilma Rousseff, aquela que foi derrotada nas urnas em Minas Gerais de forma avassaladora. Ciro Gomes, que poderia fazer a diferença na campanha de Haddad, está longe, numa viagem à Europa. A

fraqueza da parceria entre os dois foi exposta pelo próprio petista durante entrevista à Rádio Globo na quinta-feira. Ele disse ter falado com Ciro apenas uma vez após a divulgação do resultado das eleições no primeiro turno. A caça a tucanos para reforçar a campanha, como o expresidente Fernando Henrique Cardos, também fraqueja. Haddad está tendo de se contentar com a solidariedade acanhada de juristas afinados ao PSDB. Outra oportunidade que Haddad teria para tirar a vantagem expressiva de Bolsonaro seria em debates com o capitão. O ex-prefeito clama por isso. Mas Bolsonaro não está inclinado a ceder, mesmo sendo liberado pelos médicos a participar e sabendo que a população gostaria que ele fosse a esses embates. Bolsonaro não quer se arriscar e está convencido de que ganhará a eleição mesmo sem comparecer. O que mais Haddad pode fazer para reverter esse cenário desfavorável? Quem souber deve procurar o QG petista. Terá uma grande chance de ser ouvido.

> ANÁLISE

Bolsonaro vira ‘Capitão Brasil’ e mote da Folha ameaça eleições Se faltava algo para fazer de Jair Bolsonaro um super-herói nacional ou um o ‘Capitão Brasil’ (a exemplo do invencível Capitão América, dos EUA), a Folha de S. Paulo cumpriu a contento a tarefa. Ao tentar culpar o presidenciável do PSL por mensagens, supostamente divulgadas na internet, contra o PT, o jornal paulista transforma o capitão reformado do Exército em um gigante inatingível – um homem que, internado em um hospital durante toda a campanha do primeiro turno, ainda assim, esfaqueado e correndo sério risco e morrer, foi capaz de comandar um esquema de envio de textos e vídeos pelo WhatsApp com críticas ao PT e ao seu candidato Fernando Haddad. Com uma matéria sem documento, sem nenhuma prova, em que levanta suspeita de uso massivo e abusivo do aplicativo para atacar o PT, a Folha tentou – e até criou – um ‘fato novo’ na reta final da campanha com indisfarçável intento de mudar o rumo do processo engendrando dificuldades para o candidato Bolsonaro. As empresas citadas, porém, desmentiram de forma categóri-

Líder das pesquisas é tratado como super-herói , espécie de ‘Capitão Brasil’

ca, sendo que uma delas, a Havan, por seu proprietário Luciano Hang, acusou o jornal paulista de difundir fake news e anunciou que a processará para punila com pagamento de indenização. Herói? Mágico? Miraculoso? Coisa do gênero. Pois Bolsonaro, e a Folha deve saber disso, sofreu um atentado no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora, onde foi esfaqueado, e só teve alta no dia 29, ou seja, 8 dias antes da eleição. O que poderia fazer, nes-

sa situação, o candidato do PSL para influir na decisão dos eleitores? Sem tempo no Guia Eleitoral, impossibilitado de se locomover, combalido, refazendo-se do golpe que por pouco não lhe ceifou a vida. Dizer que empresários fizeram por ele é só um artificio de quem não pode afrontar o bom-senso culpando um enfermo. A matéria da folha – ‘Empresas bancam envio de mensagens pelo WhatsApp contra o PT’- pa-

rece uma bomba jornalística, mas é simples provocação. Pauta para Haddad e seu aliados fazerem o que estava faltando: tentar transferir a disputa eleitoral no voto para os tribunais. Até porque a Folha – que tentou a todo custo entrevistar o presidiário Lula e usou a ex-mulher do candidato para influir na campanha eleitoral – sabe que durante esta campanha houve uma guerra de fake News. E não existe guerra sem enfrentamento, com apenas um lado. Por fim, se houve disparos massivos de mensagens contra o PT, como diz a Folha, quem pode assegurar, quem pode provar que não partiram de empresários petistas disfarçados de aliados de Bolsonaro? O fato é gravíssimo porque, se o Judiciário julgar consistente o material da Folha, criará um precedente incontornável: em toda campanha eleitoral, candidatos se auto-agredirão, de forma insidiosa e matreira, para culpar os adversários, exigindo que sejam excluídos do processo, como Fernando Haddad tenta fazer com Bolsonaro, inspirado no mote da velha Folha paulista.


Primeira Edição | 22 a 28 de outubro, 2018

A M E L B O PR PLEXO COM Da Redação Numa contraposição aos que defendem o uso indiscriminado de armas (sobretudo de fogo) para combater a criminalidade, o governador reeleito Renan Filho (MDB) afirma que, no seu entender, só existem duas armas que, democratizadas, são capazes de enfrentar a violência no país: educação e emprego. Reconduzido ao cargo com votação que o coloca entre os três governadores mais votados do Brasil, Renan Filho vem ganhando projeção nacional por ter transformado Alagoas, um dos estados mais pobres da federação, numa unidade que está dando certo e isso imprime credibilidade às suas avaliações. Segundo afirma, enquanto o bandido sempre age em companhia, com uma arma da cintura e outra na mão, o cidadão de bem, na hora do sufoco, nem se lembra onde guardou a sua, se num cofre, numa gave-

Geral | A5

Renan Filho diz que só há duas armas contra o crime: ‘educação e emprego’ Governador afirma que cidadão de bem não sabe manusear armas e não pode enfrentar bandidos ta ou em cima do guarda-roupa. Para Renan Filho, que iniciou a semana reunindo-se com jornalistas, no Palácio República dos Palmares, para uma coletiva sobre os avanços da segurança pública e a redução dos índices de criminalidade em Alagoas, a educação é o caminho porque prepara o jovem para conviver pacificamente no meio social e o habilita a conquistar um emprego. O uso de armas pelos cidadãos em geral vem sendo defendido na agenda da campanha presidencial diante da escalada da violência no País, inclusive em estados do Nordeste, como Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe. Ao defender o emprego como único meio de evitar que os jovens se envolvam com práticas delituosas, Renan Filho lembra que, na contramão da crise nacional, o governo de Alagoas abriu milhares de postos de trabalho nos últimos

fotos: Divulgação

Governador Renan Filho comemora redução da violência e diz que armas contra crime são escola e emprego

anos, para execução de obras em rodovias, construção de hospitais, postos de saúde, escolas de tempo integral, projetos de mobilidade urbana na capital e com obras de requalificação das grotas de Maceió. Sua avaliação remete para outra questão ingente: a necessidade de retomada de milhares de obras federais que estão

parcial ou totalmente paralisadas e que, se reiniciadas, abrirão milhares de postos de trabalho em todo o País.

CRIMINALIDADE

Na coletiva, ao lado do secretário de Segurança, coronel Lima Júnior e do alto comando do sistema policial, Renan Filho salientou que, nos

últimos anos, houve uma redução de 50% na taxa de homicídios registrados em Maceió Conforme os dados apresentados, a média de homicídios na capital, em 2011, foi de 102,9 por 100 mil habitantes, caindo em 2015 para 56 e agora está em 53,4, segundo os registros do Neac até o mês de agosto.

A diminuição da criminalidade ocorreu em todo estado, com a média passando de 76,8 , em 2011, em cada grupo de 100 mil habitantes, para 54,3 no ano de 2015sendo que agora está em 49,1. Em Maceió, que chegou a ser apontada como uma das cidades mais violentas do mundo, a redução foi de 31,7%, portanto, mais significativa ainda. O governador lembrou que, em 2017, Alagoas era quinto estado mais violento do Brasil, ao passo que, neste ano, passou a ocupar a nona posição. “A nossa meta agora é sairmos dos 10 primeiros estados mais violentos. Depois disso, a nosso objetivo será situar Alagoas entre os estados com menos violência, de acordo com a média nacional. Se conseguirmos, vamos ter um estado mais seguro, pois sempre estivemos puxando a média do país para cima e agora vamos estar puxando a média do país para baixo”, disse o governador.

> EM DEZEMBRO

Impedida de reativar os pardais, Prefeitura parte para câmeras de videomonitoramento Com a disposição de melhorar sua receita, sempre com a justificativa de punir motoristas faltosos, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) já tem pronto um novo esquema para fiscalizar as vias urbanas de Maceió, aplicando multas contra infratores. Impedida de acionar os radares eletrônicos (pardais), que foram contratados por quase R$ 10 milhões e sem licitação e acabaram desativados por determinação da Justiça, a SMTT acaba de anunciar a instalação de 100 câmeras de videomoni-

toramento, equipamentos que, segundo informação do superintendente Antônio Moura à Gazetaweb, já foram objeto de licitação. Moura informou que, inicialmente, estão sendo instaladas 100 câmeras, que deverão começar a funcionar até o final de dezembro, coibindo infrações como estacionamento em local proibido e uso ilegal da faixa azul (via exclusiva para ônibus e, de carona, para táxis). No contato com a Gazetaweb, o superintendente da SMTT adiantou que as câmeras vão monitorar, principalmente,

Rui Palmeira não disporá de recursos para iniciar projeto na orla lagunar

os corredores de ônibus e os cruzamentos das vias mais importantes da capital alagoana. - Da nossa central, o agente de plantão fotografa rapidamente, pega a placa e já faz a autuação – disse ele, acrescentando que até março de 2019, a cidade contará com 500 equipamentos. Antônio Moura não informou se fará uma campanha educativa para alertar os motoristas quanto à instalação da câmeras, a exemplo do que foi feito antes de colocar em operação os radares eletrônicos, cujo processo de contratação e ins-

talação, acabou sendo denunciado pelo Tribunal de Contas e Ministério Público, o que levou a Justiça a ordenar a desativação dos pardais.

ACIDENTES

Enquanto investe em esquemas que garantem retorno financeiro ao órgão, o comando da SMTT não adota providência efetiva para fiscalização, autuar e punir os motociclistas que cometem infrações no trânsito e que, estatisticamente, são os maiores responsáveis pela alta taxa de acidentes nas vias urbanas da capital alagoana.

> FINANÇAS

Orçamento de Maceió para 2019 supera o do ano passado em apenas R$ 70 milhões Da Redação O prefeito Rui Palmeira (PSDB) terá à sua disposição, no próximo ano, um orçamento que prevê arrecadação e gastos no valor de R$ 2.651.707.542,00, ou seja, apenas cerca de R$ 70 milhões a mais em relação ao montante aprovado na Lei Orçamentária Anual (LOA) para o corrente ano. O projeto da Lei Orçamentária, que estima a receita e fixa a despesa do Município para o exercício financeiro de 2019, acaba de ser encaminhado para apreciação da Câmara Municipal. O montante de R$ 2.651.707.542,00, segundo

especificado no texto legal, deverá ser alcançado com arrecadação de tributos, transferências constitucionais, rendas e outras fontes correntes e de capital. A grande questão é saber se com essa previsão de receita, o prefeito se disporá ou não a cumprir a Constituição o reajustar os salários do funcionalismo municipal com percentual que compense as perdas com a inflação apurada em 2018. Neste ano, Rui Palmeira concedeu reposição salarial de apenas 3%, correspondendo à inflação de 2017, mas os servidores entraram em greve porque, no ano passado, o prefeito

Antônio Moura anuncia câmeras para monitorar trânsito já em dezembro

deixou de aplicar o reajuste de 6.29% referente à inflação de

2016. De acordo com o que foi

publicado no Diário Oficial do Município de 16/10, o projeto da LOA segue a Constituição Federal, artigo 165, § 5º, e a Lei Orgânica Municipal (LOM), artigo 74, § 5º, e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), compreendendo o Orçamento Fiscal referente aos órgãos e entidades da administração direta e indireta, além de fundações instituídas e mantidas pelo poder público municipal. O projeto também abrange o Orçamento da Seguridade Social, incluindo entidades e órgãos a ela vinculados, da Administração Direta ou Indireta, assim como os fundos e fundações instituídas e manti-

das pela Prefeitura, além do Orçamento de Investimentos das empresas públicas, em que o Município, direta ou indiretamente, detém a maioria do capital social, com direito a voto. Com esse orçamento, Rui Palmeira não terá sequer como iniciar as obras de requalificação da região do Dique-Estrada, projeto que ganhou o nome de ‘Maceió de frente para a lagoa’ e que foi usado em 2016 para turbinar a reeleição do prefeito tucano. O projeto da LOA segue agora para às Comissões e em seguida vai para votação no plenário da Câmara de Vereadores.


A6 | Especial

Primeira Edição | 22 a 28 de outubro, 2018


Esportes

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Primeira Edição | 22 a 28 de outubro, 2018 Diário Oficial dos Municípios - Opinião - Social

> CLAREANDO

Galo deixa a zona favorecendo o Azulão Para escapar do rebaixamento o CRB só depende agora das próprias forças, 32ª rodada foi favorável aos times alagoanos Márcio Ândrei Repórter

Ao vencer o vice-líder Goiás, na sexta-feira (19), no Rei Pelé por 2x0, o Galo deixou a zona de rebaixamento

e, ainda favoreceu ao maior rival, Azulão, a não se distanciar da segunda posição. Com a conclusão da 32ª rodada os resultados foram viáveis aos times alagoanos. Para o CRB não ser rebaixado

agora não depende mais de ninguém, já o CSA pode reassumir temporariamente a vice-liderança caso vença o Brasil de Pelotas nesta terçafeira (23), às 19h15 no Trapichão, onde vai abrir a 33ª

Divulgação

rodada.

GALO

Ufa! Em fim o Galo quebrou a sequência desesperadora de sete jogos sem vencer, além disso a sorte esteve ao lado da equipe regatiana no complemento da rodada. Com as derrotas do Sampaio Corrêa, Paysandu e Juventude, que se encontram respectivamente em 17º, 18º e 19º colocados com 32 pontos, três a menos que o Regatas, o Galo agora respira um pouco mais e, pra melhorar o clima, a derrota do Brasil de Pelotas também favoreceu muito ao alvirrubro alagoano, justamente porque a equipe de Caxias do Sul agora só tem dois pontos de vantagem sobre o Galo, que pode perder a 15ª posição em uma provável derrota para o Azulão, caso o Galo vença o São Bento no próximo sábado às 16h30 na casa do adversário. Mesmo com a vitória e favorecimento da rodada, o Galo ainda corre riscos de rebaixamento. Para se distanciar e apresentar mais tranquilidade, o time alagoano volta a campo necessitando de mais uma vitória, em caso de revés pode retornar à zona de rebaixamento.

AZULÃO

Embalado com a real possibilidade em reassumir a vice-liderança da Série B, de forma temporária, o Azulão do Mutange busca uma vitória a todo custo diante o Brasil de Pelotas. Vencendo o CSA terá pela frente mais cinco jogos, sendo sequenciados dois fora de casa, outros dois no Rei Pelé e, fecha a participação na Série B no reduto adversário, ou seja, o Azulão tem tudo para subir à Série A, mas pra isto precisa cumprir com as obrigações diante da sua torcida e, jogar com raça na casa adversária para garantir ao menos um empate. Fazendo o que deve com certeza o Trapichão vai ficar pequeno na 36ª ou 37ª rodada ao enfrentar respectivamente Atlético-Go e Avaí, adversários que também lutam por acesso, onde pode garantir mais uma festa à Fantástica Nação Azulina, com outro jogo de acesso do Azulão, agora à Série A.

O Galo se superou diante a sua torcida arrebentando o irreconhecível Goiás

Resultados / Série B 16/10 16/10 19/10 19/10 19/10 20/10 20/10 20/10 20/10 20/10

Coritiba-PR Brasil-RS CRB-AL São Bento-SP Ponte Preta-SP Avaí-SC Vila Nova-GO Boa Esporte-MG Fortaleza-CE Sampaio Corrêa-MA

1x1 1x2 2x0 0x0 2x1 1x1 1x0 2x1 1x0 1x2

CSA-AL Atlético-GO Goiás-GO Criciúma-SC Figueirense-SC Oeste-SP Juventude-RS Guarani-SP Paysandu-PA Londrina-PR

Próximos jogos / Série B 23/10 - 19:15 26/10 - 19:15 26/10 - 20:30 26/10 - 20:30 26/10 - 21:30 27/10 - 16:30 27/10 - 16:30 27/10 - 16:30 27/10 - 16:30 27/10 - 18:30

CSA-AL Londrina-PR Juventude-RS Fortaleza-CE Goiás-GO Guarani-SP São Bento-SP Figueirense-SC Boa Esporte-MG Paysandu-PA

x x x x x x x x x x

Brasil-RS Vila Nova-GO Sampaio Corrêa-MA Ponte Preta-SP Avaí-SC Oeste-SP CRB-AL Criciúma-SC Atlético-GO Coritiba-PR

Classificação / Série B 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º

Fortaleza-CE Goiás-GO Avaí-SC CSA-AL Vila Nova-GO Atlético-GO Londrina-PR Ponte Preta-SP Guarani-SP Coritiba-PR Oeste-SP Figueirense-SC Criciúma-SC São Bento-SP Brasil-RS CRB-AL Sampaio Corrêa-MA Paysandu-PA Juventude-RS Boa Esporte-MG

P 60 53 52 51 51 48 47 46 45 45 42 41 41 40 37 35 32 32 32 29

J 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32

V 18 16 14 14 13 13 13 12 12 11 9 10 10 9 9 8 8 7 6 7

E 6 5 10 9 12 9 8 10 9 12 15 11 11 13 10 11 8 11 14 8

D 8 11 8 9 7 10 11 10 11 9 8 11 11 10 13 13 16 14 12 17

GP 45 48 43 41 32 46 36 35 39 35 31 41 32 31 27 24 27 30 25 25

GS 28 42 28 33 23 45 34 28 35 34 32 41 35 32 32 32 39 42 36 42

SG 17 6 15 8 9 1 2 7 4 1 -1 0 -3 -1 -5 -8 -12 -12 -11 -17


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B2 | Esportes

> VERMELHO

Vinícius Júnior faz golaço, mas é expulso O atacante garantiu o empate, provoca torcida e deve perder chance de ser convocado para clássico diante do Barcelona Globo.com O atacante Vinícius Júnior foi o protagonista do empate do Real Madrid B com o Celta por 1 a 1, em Vigo, neste domingo, pela terceira divisão do Campeonato Espanhol. Garantiu o empate por 1 a 1 com um golaço em cobrança de falta, aos 38 minutos do segundo tempo. Mas foi expulso pouco depois, aos 41, por simulação, ao cair diante da marcação quando partia para a linha de fundo, e provavelmente não terá a chance de voltar a fazer parte do elenco merengue no clássico diante do Barcelona, na rodada da elite da liga nacional no fim de semana que vem. Fora da lista de convocados para o jogo da véspera da

equipe principal depois de se integrar ao time por quatro partidas e entrar em campo em duas, Vinícius Júnior começou entre os titulares do Real Madrid B. Artilheiro da equipe, agora com quatro gols, sofreu de novo com a marcação cerrada dos adversários. Tanto que se irritou em vários momentos quando foi derrubado e acabou sendo punido com o cartão amarelo aos 21 do segundo tempo ao encarar um adversário depois de uma falta na intermediária defensiva merengue. A essa altura, o Real buscava o empate, pois Pastrana tinha aberto o placar aos 39 minutos do primeiro tempo. De tanto ser parado com falta, Vinícius Jr. conseguiu uma perto da área, pela esquerda, e co-

fotos: Divulgação

De forma incorreta, Vinícius Júnior reclama depois de expulsão no jogo do Real Madrid B com o Celta de Vigo

brou no ângulo. Mas, passados três minutos do empate, foi expulso.

Só que a sequência de cartões não interrompeu as reclamações do brasileiro. Ainda no

chão, Vinícius Jr. se mostrou surpreso pela expulsão. Levantou e partiu para a reclamação.

Cercado por dois adversários, foi contido por um companheiro do Real Madrid B e chegou a se desentender de novo com os rivais. Na saída de campo, mostrou o escudo da camisa para a torcida local e foi amparado pela comissão técnica merengue. A princípio, Vinícius Jr. não poderá ser convocado para a equipe principal que enfrenta o Barcelona no domingo que vem, pelo Campeonato Espanhol. Por causa da suspensão automática pela expulsão, o brasileiro vai ter que cumprir uma rodada inteira da terceira divisão fora. A não ser que a diretoria merengue consiga anular um dos cartões amarelos em apelação à organização da competição ou por uma liminar que o libere.

> 4X2

Barcelona volta a ganhar e reassume liderança, mas perde Messi Globo.com A felicidade voltou a Barcelona, mas a preocupação permaneceu. O atual campeão venceu o ex-líder Sevilla por 4 a 2 depois de quatro rodadas de jejum e reassumiu a primeira colocação do Campeonato Espanhol. Só que ficou sem Messi. Autor do passe para o golaço de Coutinho, logo aos dois minutos, e responsável direto pelo 2 a 0 aos 12, o argentino saiu aos 16 depois de cair de mau jeito e machucar o cotovelo direito. Acabado o jogo, o clube confirmou a fratura e o desfalque por três semanas. Suárez, de pênalti, e Rakitic completaram a vitória no segundo tempo, com Sarabia e Muriel descontando.

Atlético de Madrid, outro que entrou em campo neste sábado e empatou. O Real vem logo atrás, em quinto, com 14, depois de perder outra, para o Levante, por 2 a 1.

PAREDÃO

Argentino dá passe para o golaço, deixa o seu, mas sai aos 16 minutos

DESGARRADO NA FRENTE

O Barcelona foi a 18 pontos e ficou um à frente do Alavés, líder temporariamente depois

de ganhar na abertura da rodada na sexta-feira passada. Ex-primeiro colocado, o Sevilla permaneceu com 16, agora em terceiro e com a companhia do

O goleiro alemão Ter Stegen foi o destaque absoluto do jogo depois da saída de Messi. Fez duas defesas seguidas em dois lances em que a bola do Sevilla tinha endereço certo. Não à toa, mereceu a brincadeira da conta do Barcelona no Twitter sobre o melhor da partida. O Barcelona volta a vencer no Espanhol depois de quatro rodadas e reassume a liderança, com 18 pontos, dois à frente do Sevilla, agora terceiro, atrás ainda do Alavés.

> MEMÓRIA VIVA

Rademaker na Assembleia Legislativa Alcides Muniz Falcão (*) O almirante Augusto Hamann Rademaker foi vice-Presidente da República no entre 1969 e 1974. Numa ocasião, ele esteve em Alagoas e visitou os Poderes Constituídos. Ao chegar á Assembleia Legislativa foi recebido por uma comissão constituída pelo governador Afrânio Lages, deputado Divaldo Suruagy, líder do Governo, e o deputado Alcides Falcão, líder da bancada da oposição. Ao entrar na Assembleia com a sua comitiva, o vice-Presidente, Rademaker foi surpreendido com a pergunta de um cidadão presente: “Presidente, quando teremos eleições diretas?”. Ele respondeu na hora, direta e objetivamente: - Faça essa pergunta à Justiça Eleitoral. E ponto final.

dente no Poder Legislativo: alguns achavam que deveria ser feita pela Guarda da Assembleia. No final houve um acordo e a segurança foi mista - por membros do Poder Legislativo alagoano e Agentes de Segurança do vice-Presidente. A viagem foi realizada em clima de expectativa e absoluta ordem. NÚMEROS Pesquisas eleitorais erra feito nestas eleições. Como pode? Um caso: Dilma liderou as pesquisas do início ao fim da campanha ao Senado – sempre com o dobro dos votos do segundo colocado – mas acabou em quarto lugar. Como explicar isso? Ex-senador Alcides Muniz Falcão

Houve uma pequena discordância com relação à segurança do vice-Presi-

(*) Depoimento do ex-Senador Alcides Muniz Falcão


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Esportes |B3

> DISPUTA E CURIOSIDADES

Palmeiras vence o Ceará no Pacaembu: 2x1 Além de aniversariante, partida teve pênalti marcado por quarto árbitro, expulsões de técnico, auxiliar e jogador e perdas Globo.com Na quinta vitória seguida no Campeonato Brasileiro, o Palmeiras fez 2 a 1 no Ceará na tarde do domingo (21), no Pacaembu, e terminará a 30ª rodada com, no mínimo, a mesma vantagem que tinha na liderança da competição. Principais perseguidores do Verdão, o Flamengo enfrenta o Paraná logo mais, no Durival Britto, enquanto o Internacional recebe o Santos na noite de segunda-feira, no Beira-Rio. O Vozão, que vinha de duas rodadas sem perder, mas tem um jogo a menos em relação aos adversários, continua na zona de rebaixamento.

QUE SEQUÊNCIA!

O Palmeiras chegou a 15 jogos de invencibilidade neste Brasileirão, com 12 vitórias e três empates. Não perde desde a 15ª rodada (Fluminense 1 x 0

Divulgação

Palmeiras), quando Roger Machado foi demitido. Depois, o interino Wesley Carvalho comandou a equipe uma vez (Palmeiras 3 x 0 Paraná), antes de Felipão assumir (AméricaMG 0 x 0 Palmeiras). Em 2016, quando também conquistou o Brasileirão, o Palmeiras de Cuca atingiu a mesma sequência, mas com 10 vitórias e cinco empates.

Durante o primeiro tempo, ainda reclamando do pênalti marcado, Lisca foi expulso de campo – na saída, xingado pela torcida, o técnico fez gestos de "roubo" na direção das cadeiras do Pacaembu. Antes do início do segundo tempo, o árbitro expulsou o auxiliar de Lisca, Márcio Hahn, que estava dando instruções aos seus jogadores dentro do campo.

TÁ DE PARABÉNS

No dia do aniversário de 29 anos, Bruno Henrique fez os dois gols do Palmeiras no Pacaembu. O volante é o segundo jogador do Palmeiras que mais atuou neste ano, com 57 jogos (Willian tem 60). Além disso, tornou-se o viceartilheiro do time no Brasileirão, com oito gols (Willian tem nove).

PÊNALTI? PÊNALTI!

Aos 13 minutos do primei-

DEYVERSON EM DIA RUIM

ro tempo, uma bola cabeceada por Willian bateu no braço erguido de Edinho e saiu pela linha de fundo. O árbitro André Luiz de Freitas Castro, de Goiás, auxiliado por seus auxiliares, marcou escanteio. Felipe

Melo chegou a se ajoelhar pedindo pênalti... Logo em seguida, avisado pelo quarto árbitro, Márcio Soares Maciel, o juiz marcou a penalidade, convertida por Bruno Henrique, aos 17, sob protesto de Lisca e dos jo-

Para fugir do Z-4, Vitória e Corinthians ficam empatados Em duelo direto de equipes que estão preocupadas com o rebaixamento no Brasileirão, Vitória e Corinthians ficaram no empate por 2 a 2, no domingo (21), no Barradão, num jogo que teve emoção até os acréscimos. Rhayner e Jadson marca-

ram no primeiro tempo, e, no fim, Roger fez o segundo para o Timão, mas viu Neílton empatar novamente no último minuto. No fim, até que os dois não podem reclamar do pontinho somado na 30ª rodada. A equipe baiana abre dois pontos do Ceará, primeiro time do Z4, que perdeu para o Palmeiras,

Depois de fazer dois gols contra o Grêmio, no domingo passado, Deyverson vinha numa jornada apagada até, aos 45 da etapa inicial, acertar uma solada na barriga de Richardson. Antes de deixar o campo, o atacante pediu desculpa para o adversário, caído no gramado, e para a torcida alviverde.

Bruno Henrique corre para comemorar o primeiro gol do Palmeiras, com isso Verdão segue líder, e Vozão no Z4

> 2X2

Globo.com

EXPULSÃO DUPLA

enquanto o Timão evitou que o time rubro-negro o ultrapassasse na tabela. Ambos só dependem das próprias forças para um fim de ano tranquilo.

PRIMEIRO TEMPO

O Vitória começou mandando no jogo e exigindo de Cássio nos primeiros dez mi-

nutos. Erick, por duas vezes, parou no goleiro do Corinthians. Na terceira jogada, tocou para Rhayner, que arriscou de longe e acertou o cantinho do gol, abrindo o placar. Com mais posse de bola (60% a 40%), mas baixo poder ofensivo, o Timão passou concentrar suas jogadas no lado esquerdo, com Romero e Danilo Avelar. Numa dessas jogadas, o lateral serviu Jadson, que pegou de primeira, de trivela, fazendo um golaço. O lance animou o Timão, que até marcou o segundo com Ralf, mas o lance acabou anulado por impedimento de Henrique no lance anterior.

SEGUNDO TEMPO

O Vitória tratou o jogo com maior urgência e foi ao ataque, empurrando o Corinthians para o setor defensivo e fazendo a equipe de Jair Ventura apostar nos contra-ataques. As alterações corintianas foram boas, com Clayson, Roger e Araos melhorando a criação do time – o resultado, depois de muita pressão do rival, viria aos 45 minutos, com Araos dando passe perfeito para Roger dominar e marcar. No entanto, o time da casa teria seu esforço recompensado aos 47, após cobrança de falta que Fabiano desviou, e Neílton, na pequena área, finalizou. 2x2.

gadores do Ceará. Para o comentarista de arbitragem Renato Marsiglia, a decisão da equipe de arbitragem, "formada por seis integrantes, que podem interferir nas decisões", foi correta.

Resultados / Série A 20/10 América-MG 20/10 Botafogo-RJ 20/10 São Paulo-SP 20/10 Sport-PE 21/10 Vitória-BA 21/10 Fluminense-RJ 21/10 Palmeiras-SP 21/10 Cruzeiro-MG 21/10 Paraná-PR 22/10 - 20:00Internacional-RS

1x1 0x1 0x0 2x1 2x2 1x0 2x1 3x0 0x4 x

Grêmio-RS Bahia-BA Atlético-PR Vasco da Gama-RJ Corinthians-SP Atlético-MG Ceará-CE Chapecoense-SC Flamengo-RJ Santos-SP

Próximos jogos / Série A 26/10 - 19:30 26/10 - 21:30 27/10 - 16:30 27/10 - 16:30 27/10 - 19:00 27/10 - 19:00 27/10 - 19:00 27/10 - 21:00 27/10 - 21:00 29/10 - 20:00

Vitória-BA Vasco da Gama-RJ Santos-SP Grêmio-RS Chapecoense-SC Flamengo-RJ Corinthians-SP Cruzeiro-MG Atlético-PR Ceará-CE

x x x x x x x x x x

São Paulo-SP Internacional-RS Fluminense-RJ Sport-PE América-MG Palmeiras-SP Bahia-BA Paraná-PR Botafogo-RJ Atlético-MG

Classificação / Série A 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º

Palmeiras-SP Flamengo-RJ Internacional-RS São Paulo-SP Grêmio-RS Atlético-MG Santos-SP Atlético-PR Fluminense-RJ Cruzeiro-MG Bahia-BA Corinthians-SP Botafogo-RJ Vasco da Gama-RJ América-MG Vitória-BA Ceará-CE Chapecoense-SC Sport-PE Paraná-PR

P 62 58 56 53 52 46 42 40 40 40 37 36 35 34 34 33 31 31 30 17

J 30 30 29 30 30 30 29 30 30 29 30 30 30 30 30 30 29 30 30 30

V 18 17 16 14 14 13 11 11 11 10 9 9 8 8 8 9 7 7 8 3

E 8 7 8 11 10 7 9 7 7 10 10 9 11 10 10 6 10 10 6 8

D 4 6 5 5 6 10 9 12 12 9 11 12 11 12 12 15 12 13 16 19

GP 47 48 39 40 38 47 33 41 31 25 31 30 29 35 26 30 23 29 27 12

GS 19 22 20 27 19 35 26 29 35 25 34 29 40 42 35 51 31 45 50 47

SG 28 26 19 13 19 12 7 12 -4 0 -3 1 -11 -7 -9 -21 -8 -16 -23 -35


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B4 | Diário Oficial dos Municípios

CAMARA MUNICIPAL DE PIAÇABUÇU PREGÃO PRESENCIAL 002/2018REGISTRO DE PREÇOS AVISO DE LICITAÇÃO OBJETO: Aquisição Fornecimento de Combustíveis Automotivos( Gasolina comum, Diesel). Local: Sala de Reuniões da Comissão de Licitação, Rua João Pessoa, 623, Centro, Piaçabuçu. Data: 05 de Novembro de 2018, às 10:00. Informações: O edital se encontra a disposição dos interessados das 08:00 às 12:00, na sede Administrativa da Câmara Município de Piaçabuçu. Piaçabuçu, 18 de Outubro de 2018 René da Silva Nunes | Pregoeiro ----------------------------------------PREFEITURA MUNICIPAL DE PIAÇABUÇU ATA DA REUNIÃO – JULGAMENTO DE HABILITAÇÃO – CONCORRÊCIA Nº 001/2018. OBJETO: Obras de Engenharia – Serviços de Pavimentação de Diversas Ruas. A Empresa RNS CONSTRUÇÕES LTDA – EPP, inscrita no CNPJ nº 16.970.437-0001-98, após analises dos documentos foi declarada HABILITADA por cumprir aos requisitos editalícios. Continuando o presidente informou que seria publicado o resultado do julgamento, para que comece a correr o prazo de 05 (cinco) dias, para manifestação de recurso, conforme determina a lei. A integra da ata poderá ser obtida na sede do Setor de Licitações de Piaçabuçu.

Piaçabuçu/AL, 17 de Outubro de 2018. José Erinaldo Castro Nunes Presidente ----------------------------------------PREFEITURA MUNICIPAL DE PIAÇABUÇU EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 8/2018 CONTRATO Nº 021/2018 SERQUIP TRATAMENTO DE RESÍDUOS AL LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 06.121.325/0001-09 - Objeto: Contratação de Serviços de Coleta de Resíduos Sólidos. Perfazendo o valor total do contrato na ordem de R$ 55.728,00(cinquenta e cinco mil setecentos e vinte e oito reais). Dotação orçamentária: P r o j e t o / A t i v i d a d e : 10.302.0010.2049 - Teto municipal de media e alta complexidade ambulatorial e hospitalar. Elemento de Despesa: 33.90.39.78 - Limpeza e conservação. 33.90.39.00 - Outros serviços de terceiros - Pessoa jurídica. Data de Assinatura: 09 de julho de 2018. Validade de 12 (doze) meses a partir de sua assinatura. A íntegra do contrato poderá ser obtida na sede do Setor de Licitações de Piaçabuçu. DESPACHO DE 9 DE JULHO DE 2018 Consoante às informações procedentes da Procuradoria Geral do Município, e atendendo as determinações legais, declaro para os devidos fins de direito, cumprindo as emanações das normas legais que tratam sobre finanças públicas, em especial aos incisos I e II, do artigo

16 da Lei Complementar N° 101/2000, que as despesas oriundas deste processo tem adequação orçamentária e financeira para o corrente exercício financeiro com a Lei Orçamentária Anual, e compatibilidade com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, sendo assim, RATIFICO pelo entendimento retro firmado ao tempo em que AUTORIZO a celebração do contrato com a empresa SERQUIP TRATAMENTOS RESÍDUOS AL LTDA, inscrita no CNPJ nº 06.121.325/0001-09 no valor de R$ 55.728,00(cinquenta e cinco mil setecentos e vinte e oito reais). Conforme proposta de preço expedida pela mesma, sob os fundamentos do artigo 25, inciso I da Lei Federal Nº. 8.666 de 21 de junho de 1993. DJALMA GUTTEMBERG SIQUEIRA BREDA | Prefeito ----------------------------------------PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DOS MILAGRES HOMOLOGAÇÃO – ADESÃO A ATA DE REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO PRESENCIAL Nº 018/2017 O Prefeito do município de São Miguel dos Milagres HOMOLOGA o presente processo. EXTRATO DO CONTRATO Nº 001/2018 - ADESÃO A ATA DE REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO PRESENCIAL Nº 018/2017. Modalidade: Pregão Presencial nº 005/2017 – Objeto: Aquisição Material Gráfico. CONTRATANTE: Município de São Miguel dos Milagres, CNPJ: 12.364.881/0001-09. CONTRATADA I: PLASFILM COMÉRCIO E SERVIÇOS

GRÁFICO LTDA - ME, pessoa jurídica inscrita no CNPJ/MF: 10.518/000165 Itens, quantidades e preços unitários registrados disponíveis na íntegra na sede do município Rua Vigário Belo, nº 114, Centro, São Miguel dos Milagres/AL. VIGÊNCIA: 18/05/2018 à 18/05/2019. São Miguel dos Milagres/AL, 18 de Maio de 2017. Rubens Felisberto de Ataíde Junior Prefeito ----------------------------------------PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DOS MILAGRES HOMOLOGAÇÃO – ADESÃO A ATA DE REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO PRESENCIAL Nº 002/2018 O Prefeito do município de São Miguel dos Milagres HOMOLOGA o presente processo. EXTRATO DO CONTRATO Nº 001/2018 - ADESÃO A ATA DE REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO PRESENCIAL Nº 002/2018. Modalidade: Pregão Presencial nº 002/2018 – Objeto: Aquisição de Peixe. CONTRATANTE: Município de São Miguel dos Milagres, CNPJ: 12.364.881/0001-09. CONTRATADA I: BOA VISTA DISTRIBUIDORA LTDA ME, pessoa jurídica inscrita no CNPJ/MF: 14.728.741/0001-06 Itens, quantidades e preços unitários registrados disponíveis na íntegra na sede do município Rua Vigário Belo, nº 114, Centro, São Miguel dos Milagres/AL. VIGÊNCIA: 28/03/2018 à 28/03/2019. São Miguel dos Milagres/AL, 28 de Março de 2018. Rubens Felisberto de Ataíde Junior Prefeito

> FÓRMULA-1

Raikkonen vence e adia decisão do título No Circuito das Américas (Estados Unidos), líder Lewis Hamilton chega em terceiro e rival Sebastian Vettel, em quarto Ficou para o México. Toda a expectativa da conquista do pentacampeonato de Lewis Hamilton não foi alcançada neste domingo, no Circuito das Américas, pelo Grande Prêmio dos Estados Unidos de Fórmula 1. Na corrida, vencida pelo finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari, o britânico chegou na terceira colocação, enquanto que o rival Sebastian Vettel cruzou a linha de chegada em quarto. Com o resultado, a diferença entre os pilotos na tabela de classificação dos pilotos está em 70 pontos, com 75 ainda em disputa. O grande personagem do dia foi Max Verstappen, da RBR, que defendeu muito bem a ultrapassagem que faria Hamilton ter grande chance de ser campeão neste domingo. Além dele, o próprio Kimi Raikkonen arrancou lágrimas da equipe de jornalistas finlandeses presentes em Austin com a vitória, a primeira do “Homem de Gelo” na temporada. Com o triunfo, Kimi tornou-se

o mais bem-sucedido piloto da Finlândia na categoria, com 21 bandeiras quadriculadas recebidas em primeiro lugar. A principal categoria automobilística do mundo retorna às ações já no próximo final de semana, no México, com corrida marcada para às 16h10 (horário de Brasília) do domingo. A primeira volta do Grande Prêmio dos Estados Unidos foi tão emocionante quanto toda a temporada. Na primeira curva, Hamilton tentou fechar o espaço para Kimi Raikkonen, mas o finlandês da Ferrari foi mais habilidoso e conseguiu a ultrapassagem por fora, assumindo a liderança. Além das colisões entre Stroll e Alonso e Grosjean e Leclerc, outra acidente marcou a prova americana. E, novamente, o culpado da vez foi Sebastian Vettel: sob grande pressão devido à disputa pelo título e visivelmente mostrando um estado psicológico mais frágil, o piloto da Ferrari forçou a

Hamilton assumiu o terceiro lugar, enquanto Vettel encontrava-se em quinto. A briga entre os três primeiros ficou embolada, com nenhum piloto conseguindo abrir mais de um segundo de diferença para os rivais, enquanto Bottas fazia o papel de “porteiro” e impedia que o alemão da Ferrari se aproximasse do pelotão da frente. As últimas voltas foram emocionantes. Hamilton tentou a ultrapassagem para cima

Hamilton poderá ganhar o título mundial de 2018 no GP do México

ultrapassagem para cima de Ricciardo e rodou na pista, caindo para 15º. A partir daí, o panorama da corrida mudou. Vettel teve que fazer uma corrida de recuperação, conseguindo tal objetivo e voltando a figurar entre os primeiros; Raikkonen, na liderança, fez o trabalho de segurar Hamilton, que aproveitou o safety car virtual na pista para fazer sua ida aos boxes; enquan-

to isso, Verstappen, que largou em 18º, ia subindo colocações rapidamente. Na parte final da corrida, a previsão inicial da Ferrari se confirmou. Hamilton acusou bolhas nos pneus e teve que fazer a segunda parada. Entretanto, o britânico da Mercedes voltou à frente de Vettel e atrás de Bottas, na quarta colocação. Logo após seu companheiro de equipe ceder a posição,

de Verstappen, piloto do dia, mas o holandês não permitiu que o britânico assumisse à frente de maneira madura, garantindo a disputa de campeonato no México. Enquanto isso, Bottas cometeu raro erro e deixou que Vettel o passasse, fazendo com que o alemão cruzasse a linha de chegada em quarto. Com isso, a diferença entre Vettel e Hamilton ficou em 70 pontos, com 75 ainda em disputa.

Colocação dos 10 primeiros nos EUA: 1) Kimi Raikkonen (Ferrari): +25 pontos 2) Max Verstappen (Red Bull): +18 pontos 3) Lewis Hamilton (Mercedes): +15 pontos 4) Sebastian Vettel (Ferrari): +12 pontos 5) Valtteri Bottas (Mercedes): +10 pontos 6) Nico Hulkenberg (Renault): +8 pontos 7) Carlos Sainz Jr. (Renault): +6 pontos 8) Esteban Ocon (Force India): +4 pontos 9) Kevin Magnussen (Haas): +2 pontos 10) Sergio Pérez (Force India): +1 ponto


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Opinião |B5

A foto do fato

Editorial

Bolsonaro ou Haddad? O PT caminha para uma derrota nas urnas da eleição presidencial – é o que indicam todas as pesquisas de intenção de voto – dentro de um processo eleitoral em que a população brasileira decidiu colocar em análise não os candidatos, em si, mas o continuísmo e a mudança. E, desde o início da campanha, foi ficando muito claro que a maioria do eleitorado se posicionou contra a volta do Partido dos Trabalhadores ao poder central. Por que? O problema não é Lula – denunciado, processado, julgado e condenado à prisão – nem Fernando Haddad, o nome escolhido para encabeçar a chapa presidencial petista. O problema é a exaustão de um projeto de governo que, depois de Lula, começou a produzir efeitos negativos na gestão desastrada de Dilma. O povo sentiu mudanças no cenário nacional, sobretudo na economia, sentiu a ausência do governo em projetos que não puderam mais ser tocados por falta de recursos, e sentiu, sobretudo, os reflexos da Operação Lava-Jato, que colocou o PT no comando de um esquema de desvios de dinheiro público jamais visto na história da República. O projeto petista esgotou-se dando origem a um sentimento muito forte de mudança, de renovação, o que levou a maioria da população a entender, no tabuleiro da disputa presidencial, somente Jair Bolsonaro apresentava atributos para comandar um grande projeto nacional de restauração de valores, mas, sobretudo, de combate à criminalidade e de transformações que possam melhorar os rumos da economia e, por conseguinte, as condições de vida do conjunto da sociedade brasileira. Fernando Haddad não é um candidato fraco, pelo contrário, é um político leve, de boa comunicação, tem boas ideias, mas está sendo ignorado – salvo pelo universo constante de petistas – pelo desejo de mudança que domina a maioria do eleitorado. Bolsonaro – que não é nenhum exemplo de grandes ideias e de coerência – encarna o agente dessa grande mudança.

Desânimo na campanha de Haddad Vicente Nunes (*)

centrada em São Paulo, onde a rejeição ao PT é avassaladora. Desde que terminou o primeiro turno, ele passou a maior parte do tempo no estado, o que não acrescentou nada em termos de votos. “Haddad deveria ter mergulhado em áreas onde o PT ainda é forte”, frisa um deputado eleito pelo partido. Há, ainda, outro problema. Tem muita gente da cúpula do PT jogando contra Haddad. São pessoas que representam tudo o que os eleitores estão rejeitando no partido. Haddad, infelizmente, não conseguiu se desvencilhar das figuras que o eleitorado mais associa à corrupção. “Haddad não teve forças para assumir o comando da própria campanha. Isso é visível”, complementa o mesmo deputado.

Os petistas mais aguerridos tentam manter a tropa unida, mas dentro da campanha do candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, o clima é de total desânimo. Ninguém vai admitir que a toalha já foi jogada, mas a derrota para Jair Bolsonaro (PSL) no domingo, 28 de outubro, já foi assimilada. “É quase impossível reverter a diferença de votos”, diz um graduado petista que foi reeleito para o Congresso. A ordem, agora, é evitar que Haddad tenha menos votos no segundo turno do que no primeiro. Os coordenadores da campanha não descartam tal possibilidade, diante do forte aumento da rejeição do petista. Eles lembram que isso já aconteceu com Geraldo Alckmin, do PSDB, em 2006. “O tiroteio contra Haddad, sobretudo por meio de fake news, está enorme. Isso, sim, pode tirar votos dele”, “Com eleição na Com Bolsonaro ressalta o mesCom a eleição reta final, as mo petista. entrando em Além do desâpesquisas apon- sua reta final e nimo, há um pesquisas de tam para aventual as certa irritação intenção de vodentro da camvitória de Jair tos apontando panha de para uma evenBolsonaro” Haddad. Uma tual vitória de ala mais realisJair Bolsonaro ta diz que o PT (PSL) — ele está errou demais na estratégia da com 59% dos votos válidos, candidatura do ex-prefeito de contra 41% de Fernando São Paulo. Algumas decisões só Haddad (PT) — integrantes da fizeram aumentar o sentimento equipe econômica de Michel anti-PT que vai eleger Temer já se movimentam para Bolsonaro. “Houve erros por garantir um espaço no próximo todos os lados, a começar pela governo. demora em lançar Haddad As movimentações são explícicomo candidato”, reconhece tas, sobretudo, no Ministério outro cacique petista. da Fazenda, no Planejamento e O PT, acrescenta um integrante na Agricultura, além de estatais da campanha de Haddad, sairá como o Banco do Brasil e o menor das eleições, ainda que Banco Nacional de Desenvoltenha feito uma bancada rele- vimento Econômico e Social vante na Câmara e vencido com (BNDES). Além de garantirem vários governadores. “Se não os polpudos contracheques, os assumirmos isso, só tendere- técnicos garantem que comparmos ao encolhimento. Segui- tilham do programa econômico remos o mesmo caminho do de Bolsonaro. PSDB, que implodiu”, afirma. A última estratégia da campa(*) Colunista do Correio Braziliense nha de Haddad será mudar a agenda do candidato, muito

Novas manifestações a favor de Jair Bolsonaro inundaram ruas de cidades neste domingo (em Maceió houve ato na orla). No sábado, atos defenderam o petista Fernando Haddad. Em Brasília, faixa com inscrição '#ELESIM' foi exibida em contraposição ao '#ELE NÃO'.

Sobre a Constituição de 2018 Roque de Brito Alves (*) 1 – Em um Estado Democrático de Direito, a Constituição é mais de direitos do cidadão que de poderes do Estado e assim o Estado Democrático de Direito é essencialmente um Estado Constitucional de Direito e no qual a liberdade do cidadão predomina perante o poder de punir do Estado, o que é consagrado em vários textos constitucionais. Esta é a realidade legal porém a realidade objetivamente considerada vem a contrariá-la pela omissão criminosa do Estado que não cumpre com os seus deveres constitucionais. 2 – Infelizmente, em nosso país, desde a Constituição Imperial de 1824 as nossas Constituições têm sido mais violadas que aplicadas, muitas vezes por tribunais superiores que deveriam ser os seus guardiães e assim sendo a vigente Constituição de 05 de outubro de 1988, com mais de 100 Emendas até a presente data não escapou a tal destino e muitos dos seus textos sobre os direitos individuais e sociais não são obedecidos, tornandose letra morta ou abstrata realmente inaplicável pela omissão criminosa do Estado. 3 – Assim, um dos mais expressivos princípios do Estado Democrático de Direito que é o da igualdade de todos perante a lei (art. 5º) é claramente negado pela impunidade penal dos poderosos política ou economicamente e basta uma simples visita a qualquer penitenciária brasileira para descobrir que lá somente estão

presos ou condenados os pobres, os homens de cor e uma maioria analfabeta. Impunidade que atinge até a um grau de surrealismo pois atualmente muitos dos que são suspeitos ou acusados de corrupção vivem como se nada existisse contra eles, são até bajulados politicamente, ainda possuem poder político e chegam até a ser aplaudidos de pé... Existe até acusado de improbidade e de corrupção que não pode ser preso no Brasil porém se

“Infelizmente, em nosso País, desde a Constituição Imperial de 1824, as Constituições têm sido mais violadas”... viajar para qualquer outro país será detido por uma ordem de prisão internacional... Seria cômico se não fosse trágico... Portanto, lamentavelmente em nosso país muitos estão acima da lei e da Justiça (muitas vezes até motivo de deboches por tais figuras), e vivem com a maior “cara de pau” socialmente.

4 – Por outra parte, o art. 2º proclama que os poderes da República (o Executivo, o Legislativo e o Judiciário) são independentes e harmônicos entre si, o que é uma ilusão pois o único poder que realmente existe é o Executivo pois afinal ele é o único que pode fabricar “o vil metal”... Atualmente, em nosso país, o Legislativo não legisla e sim o Executivo através de medidas provisórias, basta a tal respeito a estatística dos textos que foram aprovados o ano passado e no corrente ano que foram oriundos do Executivo ou do Legislativo. Assim o Legislativo e o Judiciário é como se fossem “figuras de adorno”, efetivamente sem o poder maior. Muitos políticos e autoridades continuam a confundir o que é “público” com o “privado”, tornando “privado” o que é “público”... Por outra parte, o dever do Estado com a saúde, com a educação, com a cultura, com a defesa do meio ambiente, com a proteção da maternidade e da infância, com a duração razoável do processo, tornamse verdadeiras utopias constitucionais inegáveis e lamentáveis. (*) Professor e advogado

E agora, brasileiros Paulo Castelo Branco (*) Vivemos momentos complicados. Creio que mais graves do que o suicídio de Getúlio Vargas e da edição do Ato Institucional nº 5, que enterrou de vez a esperança do povo em retornarmos à democracia prometida por Humberto Castello Branco, presidente escolhido com o apoio do povo, do Congresso Nacional e de Juscelino Kubitschek, favorito nas eleições de 1965. Por pressões da linha dura, Castello se curvou, e começaram as cassações de parlamentares. Para chegarmos à ditadura foram só três anos e um longo período de eleições com cartas marcadas até a eleição de Tancredo Neves. Daí para frente, e com a Constituição de 1988, o país superou a tudo e a todos, e se consolidou. Agora, mais uma vez, chegamos à encruzilhada e teremos que escolher o caminho. As palavras assustam, os discursos aterrorizam; as falas são falaciosas. De um lado, um candidato do Partido dos Trabalhadores com um currículo profissional e intelectual de bom conceito. Este é, na realidade, uma marionete do ex-presidente Lula, que nos enganou quando se mostrou um candidato que queria fazer um bom governo, respeitando os direitos dos cidadãos e a Constituição – que não assinou por não concordar com os seus termos. Só esse fato já serviria para não acreditarmos em suas palavras amistosas. Lula chegou ao poder com a colaboração de muitos de seus adversários, que confiaram no discurso fácil da continuação de uma social-democracia com alternância do poder. Os políticos imaginavam que a eleição de um ex-trabalhador, de origem humilde e conhecedor das dificuldades das classes desprotegidas, poderia manter o controle da economia e os programas sociais implantados pelo governo de Fernando Henrique. E levar o país à real social-democracia.

No seu primeiro governo, Lula seguiu a cartilha deixada sobre a sua mesa e intensificou as ações sociais dando aos carentes as bolsas, as cotas e a possibilidade de um futuro melhor. No segundo mandato resolveu, pressionado por seus experientes companheiros, colocar em prática a velha política marxista, comunista e socialista. Lula passou a controlar o povo com falácias e descobriu como fazer currais eleitorais aliado aos tradicionais da prática corrupta. Nesse tempo foi filmado o primeiro caso de corrupção do seu governo, no valor de meros R$ 3 mil. Daí em diante, cada caso foi desvendando os porões imundos da roubalheira jamais vista em qualquer país democrático. A Constituição e as leis

“Ao fim de seu mandato, Lula criou o seu primeiro poste, elegendo Dilma para guardar sua cadeira presidencial” foram aplicadas, levando ao cárcere autoridades até então consideradas respeitáveis, apesar de seus sinais exteriores de riqueza. Ao fim do seu mandato, Lula criou o seu primeiro poste, elegendo Dilma para guardar a sua cadeira presidencial. A presidente – incapaz de governar, pois nunca fez política – deu uma rasteira no mentor e não abriu mão de continuar no poder. A velha raposa, que na juventude não conseguiu implantar o seu sonho revolucionário, decidiu que era hora de mudar o mundo que já não mais existia des-

de a queda do Muro de Berlin. O seu desejo se transformou em desgraça. Foi banido do poder e, recentemente, da política. Sofreu um golpe de azar. Na eleição presidencial, o poste na prefeitura de São Paulo é indicado pelo prisioneiro para disputar o mandato. O professor, neto de líder religioso, casado e pai de três filhos, a cada instante se diz adorador de todos os deuses, recebe o corpo e o sangue de Cristo e finge pedir proteção divina. O outro concorrente, Jair Bolsonaro, não tem muita história para contar, pois entrou na política há muitos anos e tem sido reeleito sucessivamente, exercendo os seus mandatos de forma inexpressiva, mas com discurso inflamado e repleto de falas contra minorias. É a favor da instalação do faroeste; cada cidadão uma arma. Valoriza policiais que se dedicam a defender com a própria vida o cidadão massacrado pela violência que impera no país, dissimulada pelos programas frouxos de combate ao crime e ao tráfico de drogas. Bolsonaro defende o uso da força bruta, Fernando Haddad defende os métodos da quadrilha ainda não desbaratada. Ganhando Bolsonaro ou Haddad, não irei para as ruas armado em defesa da democracia; irei com as armas que tenho: a Constituição, as leis e uma vontade imensa de deixar como legado um país justo, seguro, democrático e feliz. Mas também não irei com carteira de trabalho na mão, nem com a caneta e os livros das escolas do Haddad. (*) Paulo Castelo Branco é sócio-fundador do escritório Paulo Castelo Branco Advogados Associados

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