Federal detona acusação e inocenta Renan e Jucá > A-3 Delação atingirá Lula e FHC O publicitário Marcos Valério fechou delação premiada com a Polícia Federal e vem aí com revelações que atingem os ex-presidentes Fernando Henrique e Lula, além dos senadores José Serra e Aécio Neves. Valério está condenado a 37 anos de prisão. > A-8
edição PRIMEIRA
Mega segue sem ganhador Ninguém cravou a Mega-Sena deste sábado, 22 de julho. Foram sorteadas as dezenas 14, 16, 19, 21, 33 e 55. O prêmio da próxima 4ª feira está estimado em R$ 90 milhões. Quem acertou a Quina vai levar R$ 26 mil. Ganhador da Quadra embolsa R$ 577.
Ano 13 | Edição 731 | Maceió, Alagoas, 24 a 30 de julho, 2017 | R$2,00
PF LEVANTA TUDO SOBRE ROUBALHEIRA EM MARECHAL, E ACUSA CRISTIANO MATHEUS Divulgação / PF
Rui irá cortar ponto e pedir ilegalidade da greve de professores > A-5 BNDES vai oferecer R$ 15 bilhões para pequenas empresas> A-7
Agentes da Polícia Federal apreenderam documentos e dinheiro no apartamento de Cristiano Matheus, em Maceió
Primeira Edição
Procon pode ir à Justiça para evitar preço abusivo da gasolina em Maceió A exemplo do que ocorreu em GoiâniaGO, em 2015, o Procon de Alagoas poderá recorrer à Justiça para impedir preços abusivos da gasolina nos postos de Maceió. A fiscalização deverá se tornar mais rigorosa a partir de agora, devido
Donos de postos de combustível de Maceió poderão ser punidos com multa por prática de preços abusivos
A Polícia Federal já dispõe de tudo - evidências, pistas, documentos, provas - sobre o desvio de recursos federais em Marechal Deodoro e afirma que o ex-prefeito Cristiano Matheus chefiava uma quadrilha no Município. A PF afirma que Matheus registrou os bens em nome de terceiros. O exprefeito deve se apresentar à Polícia Federal neste início de semana. > A-2
ao aumento decretado pelo governo sobre os impostos dos combustíveis, o que elevou a cotação da gasolina em todo o País. Em Goiânia, a Justiça acabou com os abusos aplicando multa aos empresários recalcitrantes. > A-4
Governo se valeu da inflação baixa para aumentar preços
> A-4
Como Galo, CSA também empata em casa A história ocorreu e se repetiu no Rei Pelé, com dois resultados frustrantes. Neste domingo, o CSA empatou em 1x1 com o Sampaio Corrêa mantendo-se, mesmo assim, na liderança da Série C. No sábado, jogo dramático: o zagueiro Adalberto fez 1x0 para o CRB aos 45 do 2º tempo. Vitória sobre o Guarani? Não, porque nos acréscimos, aos 49, o ex-regateano Diego Jussani empatou para o Bugre. Com o 1x1, o Galo alagoano sai do G-4 superado pelo Vila Nova, que conseguiu derrotar o Internacional - e fica em 5º. > ESPORTES
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Time do Flamengo estreou uniforme novo, amarelo com detalhe sem azul, e deu sorte
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Com ótima atuação, Palmeiras derrotou o Sport no Recife, onde o leão sempre ruge
Flamengo faz 2x1 no Coritiba ao Palmeiras cresce e vence Sport estrear novo uniforme amarelo por 2x0 na Arena Pernambuco O Flamengo sofreu, mas venceu o Coritiba por 2x1, sábado na Ilha do Urubu, com gols de Berrío no 1º
tempo, e Everton Ribeiro, de pênal- O Palmeiras voltou a jogar bem e ti, aos 46 da etapa final. O Fla es- derrotou o Sport por 2x0, neste dotreou uniforme amarelo. > B-3 mingo, em plena Arena Pernambu-
co. O destaque do Verdão foi Bruno Henrique, com um belo gol e uma assistência de craque. > B-
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Primeira Edição | 24 a 30 de julho, 2017
A2 | Política
M E BO AL M RO ECH R MA
PF diz que Cristiano desviava recursos e registrava os bens em nome de terceiros Ex-prefeito não tem nada no próprio nome, segundo delegado Márcio Tenório, de Pernambuco fotos: Divulgação
Da Redação com G-1
O ex-prefeito Cristiano Matheus, de Marechal Deodoro, terá dias difíceis pela frente como personagem central de um esquema que desviou milhões de reais do vizinho Município, sendo parte dos recursos originários de programas federais, conforme acaba de revelar a Polícia Federal. Com o cumprimento de mandados de busca e apreensão da Operação Astaroth em Alagoas, Pernambuco e Maranhão, na semana que passou, a PF informou ter comprovado que Matheus comprava bens com recursos desviados da Prefeitura e os registrava em nome de terceiros - assessores, empregados, seguranças. Detalhes da operação foram revelados em Maceió pelo delegado federal Márcio Tenório, da Superintendência da PF em Pernambuco, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão, a exemplo de Alagoas e do Maranhão. Segundo Márcio Tenório, Cristiano Matheus (que começou a carreira política como vereador de Maceió, depois se elegeu deputado federal e a seguir assumiu a Prefeitura de Marechal, "não tem nenhum veículo no seu nome, mas anda em carros de luxo e em propriedades em Alagoas, Maranhão e Pernambuco, tudo no nome de terceiros que sabemos que pertencem a ele". O delegado federal afirmou que até a revisão do carro dele foi feita com nota expedida no nome do caseiro dele.
REPERCUSSÃO
A notícia da Operação Astaroth (referência a uma deusa mitológica que enganava e despertava a ânsia da vaidade nas pessoas), repercutiu a mídia nacional. Conforme o G-1, "ain-
Agentes da PF acusam o ex-prefeito Cristiano Matheus de chefiar quadrilha em marechal
da segundo as investigações, umas 14 pessoas, entre ex-assessores e funcionários pessoais do ex-prefeito, participavam dos esquemas fraudulentos na Prefeitura de Marechal, todas chefiadas por Matheus, que administrou o município por dois mandatos consecutivos, de 2009 a 2016". A reportagem do site de O Globo destaca que "a PF informou que os recursos, cerca de R$ 6 milhões, foram desviados de verbas destinadas à Prefeitura por meio do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do FUNDEB. As investigações apontam ainda que os desvios aconteceram entre os anos de 2010 a 2012" - e acrescenta: "O Superintendente da PF em Alagoas, o delegado Bernardo Gonçalves, disse que a polícia pediu o mandado de condução coercitiva contra os envolvidos, mas que isso foi negado pela Justiça. Durante a operação, foram apreendidos documentos que apontam que o ex-prefeito
Agentes federais apreenderam ‘dinheiro vivo’ no apartamento de Matheus, na Ponta Verde
são decretada e sua assessoria jurídica disse que ele está 'tranquilo', atribuindo às acusações a 'equívocos' da Polícia Federal. "Ele está tranquilo, viajando e deve se apresentar à Polícia Federal nesta semana", disse o advogado Fábio Ferrário. Vivendo uma situação parecida, o ex-prefeito de Inhapi, Celso Luiz, está recolhido em um presídio de Maceió, mesmo antes de ser julgado e receber sentença condenatória.
DENÚNCIA
Acusado de desviar R$ 6 milhões, Cristiano Matheus deve se apresentar à Federal neste inícido de semana
tinha três postos de combustíveis em seu nome, sendo um em Alagoas e dois no Maranhão".
APREENSÃO
A Polícia Federal informou que, além de documentos, foram apreendidos quatro veículos com valores de custo acima de R$ 60 mil, uma moto, 11 mil euros, dólares, computadores,
mídias digitais e uma arma. Outro delegado federal, Fábio Maia, acrescentou que as investigações aconteceram após uma auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) apontar as irregularidades. - Além do cumprimento dos mandados foram realizadas algumas diligências complementares que eram necessá-
rias que fossem feitas em estabelecimentos comerciais na cidade de Maceió - completou. A Federal informou que, pelas provas apuradas, Cristiano Matheus deverá responder por improbidade administrativa, fraudes em licitações, enriquecimento ilícito e formação de quadrilha. O ex-prefeito não teve a pri-
No final de junho último, Cristiano Matheus foi acusado de ter agredido sua ex-mulher, a publicitária Mayane Souza, mas ele rebateu a acusação afirmando, em vídeo postado na internet e em declarações à imprensa, que o episódio (a denúncia) se deu porque a excompanheira não queria sair de um apartamento cujo contrato de aluguel havia sido encerrado. Segundo o ex-prefeito, ela também cobrava uma pensão mensal de R$ 6 mil, "cabendo, porém, à Justiça estabelecer o valor da ajuda de custo".
> CANTINHO DA LAVA-JATO
Milionário, Lula não tem como passar fome O juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava-Jato, em Curitiba, bloqueou R$ 600 mil de contas bancárias de Lula. Os petistas reagiram: "Moro quer matar o ex-presidente de fome". Horas depois, a Justiça descobriu R$ 9 milhões de Lula aplicados em Fundos de Aposentadorias. Ou seja, pega mal a trupe fazer esse tipo de defesa, sabendo que Lula tem grana de sobra. Lembrando: só com 'palestras', Lula diz ter embolsado R$ 27 milhões, após de ter deixado a presidência.
DEFESA ATACA MORO
Em defesa do ex-presidente Lula, o Partido dos Trabalhadores (PT) classificou o bloqueio de bens do petista como "vingança" sobre um "inocente". "Moro decretou uma pena de asfixia econômica que priva o ex-presidente de sua casa, dos meios para subsistir e até para se defender das falsas acusações", diz a legenda por meio de nota enviada à imprensa. O partido alega ainda que a decisão do magistrado foi "mesquinha", tramada em segredo ao longo de nove meses com a força-tarefa da Lava-Jato.
DEMOCRACIA PETISTA
Com pés e mãos atolados na roubalheira
apurada pela Lava-Jato, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirma com ar democrático: "Espero que o julgamento de Lula na segunda instância não seja político". Traduzindo: o PT não oferece ao Tribunal uma alternativa ou absolve Lula, para que possa se candidatar em 2018, ou terá agido politicamente.
JBS: LIMPEZA INTERNA
A defesa dos irmãos Joesley e Wesley Batista e outros diretores do grupo J&F deve entregar, em setembro, cerca de 20 novos documentos à Procuradoria-
Geral da República (PGR) para que sejam incluídos no acordo de colaboração premiada dos executivos. A delação dos donos da JBS foi homologada em 11 de maio deste ano pelo ministro Edison Fachin, do STF Tribunal. A JBS está fazendo um pente-fino em seus departamentos para colher histórias e provas de pagamentos ilegais a funcionários.
CONFIANÇA DE LULA
Apesar de condenado por Moro, em um dos cinco processos a que responde, Lula acredita piamente na possibilidade de concorrer à Presidência. Tanto que está agendando encontros políticos em todos os Estados do Nordeste. Sua vinda a Alagoas está prevista para o dia 20 de agosto. Lembrando que os alagoanos não votam no PT, mas não negam apoio ao ex-presidente de Caetés.
DENÚNCIAS DO RODRIGO
Para Gleisi, qualquer decisão contra Lula será política
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já deve ter pronta, redigida, nova denúncia contra Temer, com base na delação da JBS, mas vai esperar pela votação da primeira acusação pelo plenário da Câmara. Como, tudo indica, que não haverá o quórum mínimo de 342
Marcelo Crivela cancela agenda devido à violência
votos, cabe a pergunta: Janot mandará a segunda, mesmo sem a finalização da primeira?
GUERRA CIVIL NO RJ
E o fantástico Rio de Janeiro virou cenário de guerra civil, sem exagero. Afinal, desde janeiro já foram abatidos a tiros 91 homens da Força Pública, a Segurança perdeu a conta das balas perdidas, os arrastões se multiplicam e o clima de violência é tal que o prefeito Marcelo Crivela teve de cancelar sua agenda, com medo da violência - mesmo sendo ele um ícone da Igreja Universal.
Primeira Edição | 24 a 30 de julho, 2017
Política | A3
> DELAÇÃO IMPRÓPRIA Romero Vieira Belo
Enfoque Político Adversários de Renan Filho Não se sabe, ainda, quem será o (principal) adversário de Renan Filho na batalha sucessória do ano que vem. Mas já se sabe, com segurança, quem não entrará nessa luta: Benedito de Lira (PP), Thomaz Nonô (DEM) e Teotonio Vilela Filho (PSDB). O senador Benedito de Lira não disputará o governo porque tem maturidade suficiente para saber onde deve e onde não deve entrar. Após fragorosa derrota para Renan Filho em 2016, não cometeria a bobagem de encará-lo novamente - agora enfrentando, não promessas de palanque, mas realizações. Vai, prudentemente, tentar mais um mandato senatorial. O ex-deputado e ex-vice-governador José Thomaz Nonô tem exata noção de seu capital eleitoral. Foi mal ao disputar certa vez a Prefeitura de Maceió e se reconhece como um vocacionado para a atividade parlamentar. Se ceder aos estímulos dos amigos e aliados, deverá concorrerá a uma vaga na Câmara dos Deputados. Ou, talvez, uma cadeira inédita na Assembleia Legislativa. O ex-governador Teotonio Vilela Filho cumpriu dois mandatos consecutivos de governador, integralmente, e desde que passou o cargo para Renan Filho, em janeiro 2015, nunca escondeu seu desejo político de retornar ao Senado Federal. Deverá se compor com o senador Renan Calheiros, reeditando a dobradinha vitoriosa de 1994, quando ambos se elegeram senadores. Os que buscam um nome para atuar como 'carro-chefe' da campanha eleitoral de 2018, pelas oposições, certamente já trabalham com a exclusão dos nomes aqui mencionados e torcem pelo projeto que julgam mais certo e oportuno: a candidatura do tucano Rui Palmeira. Contudo, por uma série de razões, o prefeito de Maceió está cada vez menos propenso a sacrificar mais da metade de seu mandato conquistado no ano passado. Tem mais: Rui sabe que, para largar tudo e se lançar adversário de Renan Filho, precisará de autorização de Teotonio Vilela Filho. O ex-governador é presidente regional do PSDB e tem a competência legal de decidir quem deve e quem não deve obter legenda para disputar a próxima sucessão estadual. CRÍTICAS A TEMER
POSIÇÃO ANTIGA
Contra as reformas, mormente a trabalhista, Renan Calheiros tem ampliado o tom das críticas a Michel Temer, mas convém lembrar que o senador alagoano nunca foi 'aliado' do atual presidente.
Tanto não foi que, então presidente do Senado, Renan não viu o impeachment de Dilma como solução para a crise brasileira. Até porque Temer era, sim, figura de destaque do governo federal.
TEMA ATUAL PARA VÁRIOS LIVROS Em clima de guerra civil, o Rio de Janeiro registra todo dia um '17 de julho' alagoano. Perto da tempestade financeira do Estado fluminense, a crise de Alagoas em 1997 parece uma marola. Lá, já invadiram a sede do Poder Legislativo, já houve quebra-quebra com prisões e feridos. E o governador Luiz Fernando Pezão já se afastou do cargo duas vezes. Sem salários, servidores estão recebendo esmolas. O Rio vive sua maior tragédia, com quase 100 PMs executados a tiros desde janeiro último. MEDIDA AÇODADA
ENXUGANDO GELO
Preocupado com as críticas por causa da buraqueira na malha asfáltica da capital, Rui tem agido com pressa e poderá se dar mal: o tapa-buraco emergencial está sendo anulado pela chuva.
Não é preciso ser técnico para saber que tapar buraco com a chuva caindo é o mesmo que enxugar gelo com pano. O que todos veem são buracos novos surgindo e velhos (tapados) ressurgindo.
QUINTELLA QUER RUI DISPUTANDO O GOVERNO Deputado federal com olho fixo na reeleição, o ministro Maurício Quintella, dos Transportes, torce para Rui Palmeira sai candidato a governador em 2018. É o desejo de Quintella e de muitos políticos que precisam de 'carro-chefe' na campanha eleitoral no ano que vem. Enquanto isso, Palmeira se divide entre ouvir os estímulos dos correligionários e contemplar a malha viária da capital totalmente destroçada pela chuva do inverno rigoroso. PROVA DE VIDA
13º DO INSS
Na próxima semana começa o recadastramento para aposentados e pensionistas da Assembleia Legislativa. A atualização de dados serve também como 'prova de vida', como faz o INSS.
E por falar em INSS, a primeira parcela do 13º salário dos aposentados da Previdência Social deverá ser liberada no final de agosto ou início de setembro. É um compromisso de Temer.
PAULÃO NA LUTA, COM OU SEM LULA Lulista inveterado, o deputado Paulo Fernando dos Santos, o Paulão, está pronto para disputar seu segundo mandato federal. E o fará com ou sem Lula no páreo. Com, para ajudar o líder petista a voltar ao Planalto. Sem, para denunciar perseguições ao ex-presidente. Ou seja: Paulão será candidato de qualquer jeito. O ESTRATEGISTA
MENTES CRIATIVAS
Das duas, uma: ou Janot não tem base para uma segunda denúncia contra Temer ou aguarda o julgamento da primeira. Mas, por questão lógica, a segunda seria mais fraca e, pois, sem chance.
Com o Congresso Nacional em recesso, a imaginação dos 'articulistas políticos' anda solta. Os sites precisam de notícia e toda hora são abastecidos com teses e teorias de toda sorte.
BOLSONARO À PROCURA DE PARTIDO Jair Bolsonaro anda em busca de um partido para disputar a presidência da República. O deputado do PSC sinalizou interesse em migrar para o PSDC, mas a direção da legenda negou interesse em admiti-lo. Em pesquisa de intenção de voto recente, Bolsonaro aparece empatado tecnicamente com Lula. É visto como o 'candidatos dos totalmente desenganados'.
PF inocenta Renan e Jucá, e afeta credibilidade de Janot Por acusação infundada, Jucá perdeu cargo de ministro e Renan quase era preso fotos: Divulgação
Da Redação
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) publicou neste sábado (22 de julho) vídeo para comentar o relatório da Polícia Federal que o inocenta da delação premiada feita pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. No documento, a PF também concluiu que não houve obstrução de Justiça por parte de Renan Calheiros (PMDBAL), Romero Jucá (PMDB-RR) e José Sarney (PMDB). "A decisão de Polícia Federal propondo a retirada dos benefícios do delator Sergio Machado mostra que réu preso, desesperado para reduzir pena ou anistiar dinheiro púbico desviado - neste caso, quase R$ 1 bilhão nas contas dele e de seus 3 filhos -, não pode acusar sem prova, citando dados conhecidos da prestação de contas eleitorais", diz Renan no vídeo. Assista: O ex-presidente da Transpetro gravou conversas que teve com Renan, Jucá e Sarney no início de 2016, antes do impeachment da ex-presidente Dilma
Renan Calheiros poderia ter sido preso, se STF tivesse atendido Janot em delação que PF considera infundada
Rousseff (PT). Em uma delas, Jucá diz que "a solução mais fácil era botar o Michel [Temer]" e "estancar a sangria". A Procuradoria Geral da República acusou os 3 de tentativa de obstrução à operação Lava Jato. No entanto, o relatório en-
tregue pela Polícia Federal na 6ª (21.jul.2017) argumenta que suposta "intenção" não pode ser considerada crime. "O simples desejo, intenção ou manifesta vontade de impossibilitar a execução ou o prosseguimento da investigação em relação à or-
ganização criminosa, críticas, reclamações ou desabafos feitos à condução de determinada investigação, aos agentes investigadores ou mesmo ao juiz, não bastam para caracterização do crime", diz o texto assinado pela delegada Graziela Machado da Costa e Silva.
Delator não merece benefícios, diz PF O relatório da Polícia Federal também ataca o acordo feito pelo Ministério Público Federal com Sérgio Machado. Segundo a PF, a colaboração de Sérgio Machado se mostrou "ineficaz" para o inquérito. "No que concerne ao objeto deste inquérito, a colaboração que embasou o presente pedido de instauração mostrou-se ineficaz, não apenas quanto à demonstração da existência dos crimes ventilados, bem como quanto aos próprios meios
de prova ofertados, resumidos estes a diálogos gravados nos quais é presente o caráter instigador do colaborador quanto às falas que ora se incriminam", diz o documento. Com Rodrigo Janot, o Ministério Público tem denunciado políticos e empresários com base em delações de bandidos presos que fazem, nas delações premiadas, de tudo para conseguir a liberdade sem cumprir pena pelos crimes cometidos.
Sérgio Machado armou e engravou conveesas, como fez Joesley Batista
Ação de Janot prejudicou senadores Ao inocentar Renan, Jucá e Sarney, a Polícia Federal arrasa com a credibilidade de Rodrigo Janot, o procurador-geral que induziu o Supremo a cometer erros absurdos no processo da Lava-Jato. Em um deles, o senador Romero Jucá, acusado por Janot, perdeu o cargo de ministro de estado do governo Temer. Em outro, Renan quase perde a presidência do Senado e do Congresso. Sábado, ele lembrou: "Além da violação à minha intimidade e da minha família, fiquei exposto na mídia e até pediram a minha prisão quando exercia a presidência do Senado. O saudoso ministro
Senador Romero Jucá perdeu cargo de ministro no início do atual governo
Teori negou o pedido. Mas, com base nessa mesma gravação, o ministro Marco Aurélio
tentou me afastar da presidência do Senado e da linha sucessória da presidência da Repú-
blica por liminar (ferindo o Legislativo e a Democracia), mas o plenário do STF reparou o abuso no dia seguinte". Renan passou 15 meses exposto à mídia, negativamente, por causa dessa denúncia, mas reagiu sereno ao veredicto da PF: "Vida que segue". Quanto a Rodrigo Janot, vale uma reflexão: será que o esquema da delação de Sérgio Machado não foi o mesmo do Joesley Batista, da JBS, montado para pegar o presidente Temer? O episódio exibe um procurador-geral despreparado e sem isenção para cumprir a missão no comando da PGR.
Primeira Edição | 24 a 30 de julho, 2017
A4 | Cidades
A R R UE SOS G A BU A AOS Da Redação
As autoridades alagoanas e, mais do que elas, os consumidores, estão absolutamente convencidos de que um sistema de 'avisos orquestrados' existe por trás dos reajustes do
Procon pode ir à Justiça para conter preço abusivo da gasolina na capital Em 2015, Judiciário de Goiás exigiu redução de preço e fixou multa diária contra abusos nos postos preço da gasolina comercializada nos postos de Maceió. O Primeira Edição, que de há muito vem colhendo dados, recolhendo informações e buscando uma 'explicação' para os preços abusivos, apostou que uma das causas seria a 'galon-
agem', isto é, o baixo volume de gasolina negociado por empresários, mas tal entendimento esbarra diante de uma constatação: nos últimos dos anos, ao menos 14 postos de combustíveis pararam de funcionar na capital alagoana, e isto seria
mais do que bastante para elevar a quantidade do produto vendida diariamente por cada empresário, garantindo-lhe uma margem mais em conta. Mas isso não aconteceu e o fato é que o setor continua praticando preços 'acima do norPrimeira Edição
Preço médio da gasolina foi mantido em alguns postos de Maceió; noutros, mesmo com estoques antigos, empresários aumentaram logo os valores
Temer pisa na bola e autoriza alta que pressionará inflação Divulgação
O presidente Michel Temer pisou na bola: sem entender de economia e distante da reação popular (viajou para a Argentina pouco antes do anúncio) concordou com o argumento do ministro da Fazenda. Henrique Meirelles, e autorizou, na 4ª feira (20) o aumento dos impostos que incidem sobre os combustíveis. Resultado: a alta nas refinarias produziu reflexo automático nos preços das bombas, onde o litro da gasolina subiu em média 41 centavos, Temer ‘cedeu’ a Henrique Meirelles ao autorizar alta dos combustíveis o do diesel foi elevado em 21 centavos e o do etanol em 12 ços da gasolina, particular- ção reajusta. Na Cambona, o centavos, isso em todos os mente, já são 'naturalmente litro do derivado saltou de Estados. abusivos', inúmeros postos R$ 3,68 para R$ 4.08, provoEm Maceió, onde os pre- já amanheceram com a cota- cando revolta nos consumi-
dores. As queixas procedem, não apenas pelo aumento em si decretado pelo governo em cima dos impostos, mas também porque os empresários reviram seus preços com os estoques antigos, ou seja, oferecendo a gasolina comprada com antes da alta. A 'estratégia' de Meirelles foi oportunista: aproveitou o momento de inflação baixa, achando que o reajuste dos combustíveis terá um reflexo leve no índice geral de preços, mas deu pouca atenção ao nevrálgico setor de transporte de cargas e isso poderá custar caro ao esforço do governo para cumprir a meta inflacionária.
mal', mesmo quando a Petrobras reduz a cotação da gasosa nas refinarias o que, segundo a própria estatal, justifica uma redução de preço nas bombas. Nas duas últimas semanas, sempre agindo em 'movimentos combinados', os postos bai-
xaram e aumentaram o preço do derivado do petróleo - primeiro quando o Procon deflagrou uma rigorosa ação fiscalizadora (embora em parte dos postos de Maceió), e o segundo quando a fiscalização 'arrefeceu'.
Defesa do Consumidor vê setor desafiando o Estado Com a volta gradativa - e alinhada - do preço da gasolina nos postos, o Conselho Estadual de Defesa do Consumidor (Ceprocon) partiu para um efetivo combate aos preços abusivos através de novas investidas do Procon. Durante reunião foram discutidas novas estratégias para a realização das fiscalizações em postos de combustíveis e pedido apoio aos conselheiros para uma ação mais efetiva e que atenda toda a demanda do Estado. O superintendente do Procon Alagoas, João Araújo Neto, aprovou a parceria dos órgãos governamentais em defesa dos consumidores alagoanos: - A pedido do governador Renan Filho, convocamos essa reunião extraordinária para pedir o apoio e realizar uma força-tarefa em prol dos consumidores, para verificar se o preço cobrado nos postos é abusivo ou não. O intuito da reunião é ver em como cada
um pode contribuir para atender essa demanda, dando uma cobertura maior que atenda todas as áreas - João Neto. Ficou definido que os agentes do Procon vão fiscalizar diariamente os postos, além de divulgar semanalmente a relação dos pontos onde os preços estão mais em conta (sobretudo os que operam em áreas isoladas e, portanto, fora da pressão da concorrência), mas ainda não foi estudada uma forma de punição. Estão engajados no novo esforço para baratear o preço do derivado do petróleo os seguintes órgãos: Procuradoria Geral do Estado (PGE); Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag); Ministério Público Estadual (MPE); Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA); Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio); Casa da Indústria (FIEA); e Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
Justiça poderá punir abusos com multas Ressalvando que não se está buscando acusação contra os empresários, o assessor jurídico do Procon, Ubiritan Reis, afirmou: "Queremos entender como se dá uma variação praticamente diária de preços, é preciso justificar se isso está ocorrendo de maneira correta ou se é uma prática abusiva". O assessor jurídico César Caldas explica que a ideia de se unir com outros órgãos e secretarias é justamente para uma análise mais técnica, não da alçada do órgão administrativo. - Antes de confirmar um preço médio, é preciso convocar um perito contábil para nos acompanhar nas fiscalizações. Assim, com a análise técnica, será possível, após o estudo financeiro dos documentos - nota de entrada, nota de
saída e o lucro líquido -, verificar, de um por um, se o preço final cobrado é abusivo, ou não - disse ele. A partir daí, será possível reunir documentos que fundamentem uma representação junto ao Poder Judiciário para, inicialmente com uma liminar, forçar a redução dos preços, até porque medidas desse tipo já foram adotadas com sucesso em outros estados.
EM GOIÂNIA
Em 2015, os empresários de combustíveis de Goiânia (GO) foram obrigados pela Justiça a reduzir os preços da gasolina e do etanol, decisão comemorada pelos consumidores. Então, a Justiça de Goiânia determinou que, quem não cumprisse a decisão seria multado em R$ 5 mil por dia.
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S A L O S C S E ADA H C E F
Cidades | A5
Professores entram em greve nesta 2ª; Rui recorre e promete cortar salários Comando grevista convoca ato na Praça Deodoro; prefeito promete retaliar com corte de ponto Primeira Edição
Da Redação
Inconformados com a proposta de 'reajuste zero', os professores da rede municipal de Maceió entram em greve por tempo indeterminado, nesta segunda-feira (24), cumprindo decisão tirada no voto em assembleia extraordinária realizada há uma semana. O Sinteal (Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Estado de Alagoas) informa que os professores da capital cobram uma proposta salarial que tenha como 'ponto de partida' uma reposição de 6,29%, ou seja, a inflação do ano passado. Os grevistas também querem um canal de diálogo permanente com o Poder Executi-
Servidores da rede municipal de ensino de Maceió deflagram greve e fazem ato inicial na Praça Deodoro nesta 2ª
vo, de modo que possam negociar, além da recomposição salarial, outros pontos a favor da categoria. Segundo o Sinteal, um ato público inicial está marcado para a manhã desta segundafeira, na Praça Deodoro, onde estão localizadas, de um lado, a sede da Câmara Municipal, e, do outro, a sede do Tribunal de Justiça do Estado. Dali, os servidores marcharão rumo à Secretaria de Finanças, na Rua Pedro Monteiro, também na área central. A Prefeitura afirma que não tem caixa para conceder reajuste, embora tenha pedido um prazo de 'três a quatro meses' a fim de ver se ocorre uma melhora das finanças que permita a concessão de uma correção
salarial. Em junho, quando os servidores decretaram greve geral (depois considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça), a secretária municipal da Educação, Ana Dayse Dórea, antecipou o fim do ano letivo, numa manobra que teve por finalidade esvaziar a greve impedindo a paralisação das aulas. NOVO INGREDIENTE Agora, a mobilização dos professores (e dos servidores municipais em geral) ganha um ingrediente novo: o aumento dos combustíveis, decretado pelo governo federal através da elevação de impostos, um ônus a mais no sacrificado orçamento dos servidores.
Prefeito vai cortar ponto e pedir ilegalidade O prefeito Rui Palmeira (PSDB) já alertou a Procuradoria Geral do Município (PGM) para entrar com ação no Tribunal de Justiça pedindo a decretação de ilegalidade da greve dos professores da rede de ensino de Maceió, com início previsto para esta 2ª feira. A disposição do prefeito é,
repetindo o que fez no primeiro semestre, adotar duas medidas contra o movimento grevista: entrar na Justiça com pedido de ilegalidade e cortar o salário dos professores que faltarem ao trabalho. Para enfrentar esta última providência, os professores estão se organizando a fim de montar piquetes em frente às
escolas do Município a fim de impedir o acesso dos professores. Rui Palmeira garante que não tem como conceder reajuste: "Vamos entrar com o pedido de ilegalidade e cortar o ponto. A gente cumpre uma decisão do Supremo Tribunal Federal, de dezembro do ano passado, que determina que os gestores
têm a obrigação de cortar o ponto, se houver greve. Vamos fazer isso, pois sempre estivemos abertos a negociar. O Sinteal e os sindicatos conhecem os números e sabem que não há condição de dar aumento, mas isso faz parte do jogo político deles". O prefeito diz que já esperava a greve dos professores:
"No primeiro ano demos 9% e tivemos que enfrentar uma greve. Então, já esperávamos. Todos os anos tivemos greve. Agora não vamos ser irresponsáveis de conceder reajuste para amanhã não pagar. Só vamos conceder um reajuste quando houver condições de quitar. Os números estão abertos a
todos". O Tribunal de Justiça só vai se manifestar diante de fato consumado: a paralisação dos professores. Será levado em conta o direito de greve assegurado pela Constituição e as alegações da Prefeitura pedindo decretação de ilegalidade do movimento paredista.
> LEGISLATIVO
Rodrigo Cunha vota contra projeto, mas governo vai investir na malha rodoviária Divulgação
Da Redação
O governo de Alagoas vai dispor de R$ 621 milhões para investir na melhoria da malha rodoviária do Estado, neste ano e ao longo de 2018, mas isto não seria possível se dependesse do deputado Rodrigo Cunha, do PSDB de Arapiraca: ele foi o único parlamentar presente à sessão extraordinária da semana passada a votar contra o pedido de autorização para obtenção do empréstimo junto ao Banco do Brasil. De acordo com o projeto aprovado pelos deputados, dos R$ 621 milhões autorizados, R$ 200 milhões serão utilizados ainda este ano enquanto os R$ 421 milhões restantes estão previstos para serem usados em ano 2018. Investir em abertura de novas rodovias, na recuperação das atuais e na conservação da malha rodoviária como um todo foi dos compromissos de
Deputados votam projeto e autorizam empréstimo de R$ 621 milhões para investir na malha rodoviária em AL
Renan Filho durante a campanha eleitoral. Os deputados da oposição Rodrigo Cunha e Bruno Toledo - não viram com bons olhos a
obtenção desses recursos 'em ano eleitoral', mas pelo menos Toledo optou por votar favoravelmente à matéria "a fim de não atrapalhar o desenvolvi-
mento do Estado". Enquanto a dupla de oposicionistas assumia uma postura crítica, como se o financiamento representasse um mal para
Alagoas, o deputado Isnaldo Bulhões (PMDB), integrante da base aliada do Governo na Casa de Tavares Bastos, disse compreender a importância da discussão, mas asseverou que esse empréstimo junto ao Banco do Brasil só está sendo possível graças a recuperação da 'saúde financeira' do Estado, resultado do que hoje todos sabem: o Executivo alagoano vem cumprindo à risca da Lei de Responsabilidade Fiscal. - Essa matéria autorizativa não traz nenhum temor à sociedade. A visão tem que ser outra. Tem que ser a visão de um Estado que está forte e com credibilidade perante o mercado financeiro do Brasil - sentenciou Bulhões.
DIÁRIO ELETRÔNICO
Acompanhando o que já funciona nos demais poderes do Estado, a Assembleia Legislativa avançou no quesito transparência ao instituir o
Diário Oficial Eletrônico do Poder. De iniciativa do deputado Marcelo Victor (PSD), o projeto de lei foi aprovado por unanimidade durante a sessão extraordinária da quinta-feira (20) e tem por finalidade a publicação e divulgação dos atos oficiais e noticiários de interesse do Legislativo. De acordo com o propositor da matéria, a implantação do Diário Oficial Eletrônico do Legislativo proporcionará uma grande economia para os cofres públicos, além de contribuir para a concepção de um meio ambiente sustentável reduzindo a utilização de papel. "O Diário Eletrônico mostra-se prática irreversível e eficaz onde está implantado, e permite, com a difusão mais ampla da informação, por fim, a imprescindível transparência do serviço público", justificou o deputado Marcelo Victor.
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> ATUALIDADE Geraldo Câmara
Ouvidor Geral geraldocamara@gmail.com
O MINISTRO DA FAZENDA É MOVIDO A GASOLINA? O recente aumento dos combustíveis, mais especialmente o da gasolina foi uma pancada na cara do consumidor, de um modo geral, além de ter sido muito especial no nosso governador Renan Filho que, dias antes havia iniciado uma guerra contra os abusivos preços praticados em Alagoas. Contra a cartelização, dando ordens ao Procon para que fiscalizasse tudo e garantindo ao povo que o preço médio da gasolina seria de R3,20. Aí me sai o senhor Meirelles com essa gracinha aumentando o valor dos impostos sobre combustíveis e ainda estabelecendo que o preço nas bombas poderia chegar a mais 40 centavos em cada litro. Ora, meus amigos, que desagradável para o governador que deve ter perdido o chão, mas que ainda assim, tenho certeza, não vai parar a luta para provar que os preços nos postos estão superfaturados e poderão, portanto, ser investigados como atentado à economia. Acho até que ele não vai parar, que o cronograma de ações visando o conhecimento aprofundado das planilhas é um direito do governo estadual e, portanto, esperemos que o trator do ministro encontre obstáculos nas Alagoas. E nem vamos nos estender nas consequências da ação de Meirelles que, sem dúvida, vai provocar uma esteira de aumentos em muitos produtos consumidos no país.
DESTACÔMETRO O destaque da semana vai para o jovem João Neto, Superintendente do Procon que está montando força tarefa para fiscalizar os postos de combustíveis em relação à prática de cartel, em todo o estado.
PÍLULAS DO OUVIDOR Este é um país que nunca se preparou devidamente para o escoamento da produção, principalmente a agrícola e que, portanto, por falta de ferrovias, de infra-estrutura fluvial baseia-se no transporte rodoviário para o transporte. Quando o preço dos combustíveis sobe muito, o que acontece? Sobe o valor do frete e consequentemente ele é repassado aos produtores que, por sua vez repassam aos ditribuidores até que chegue ao consumidor final. Em função disto e de muitas outras coisas, sobem os índices de inflação e a economia começa a ficar no descontrole, apesar do ministro estar preocupado em pagar a imensa dívida pública do país. Solução (segundo ele), aumentar impostos. Enquanto isso, o pobre pagando, a classe média também e a taxação para grandes fortunas continua em passo de cágado nos arquivos do legislativo brasileiro. Não que resolvam o enorme buraco da corrupção, mas é melhor do que sacrificar o povão. O Ministério da Saúde acaba de lançar a QualiNEO, uma estratégia que visa diminuir a mortalidade neonatal e qualificar o atendimento ao recém-nascido nas maternidades das regiões Norte e Nordeste. No papel é lindo! A Federação das Indústrias do Estado de Alagoas e a Prefeitura de São Miguel dos Campos iniciaram discussões com o intuito de transformar o espaço da extinta Fábrica de Tecidos Vera Cruz em um polo industrial e comercial de moda. A Secretaria de Estado da Cultura divulgou, no Diário Oficial do Estado da quinta-feira (20), a relação final de selecionados na segunda edição do Festival Em Cantos de Alagoas. O festival tem como objetivo descobrir novos talentos. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta sexta-feira que a reforma da Previdência só será votada no Congresso "quando as condições estiverem maduras" e o momento não é certo. E é ele que manda também no Congresso, é? A Casa da Moeda informou nesta sexta-feira (21), por meio de nota, que vai trabalhar "24 horas por dia e sete dias por semana" para normalizar a emissão de passaportes. Aliás essa paralisação é coisa de país de décimo mundo. Pense num músico de primeira linha e que vem representando o estado de Alagoas e sua música, com maestria, em outros estados do sul do país. Ibys Maceió (foto), um nome a ser respeitado na cultura alagoana.
ABRAÇOS IMPRESSOS Um abraço muito especial ao meu amigo Carlito Lima que, semana passada lançou o primeiro livro, Manguaba, de um romance trilógico, o primeiro de sua vida literária. Tive a honra de ser o prefaciador dessa obra.
Esmal debate delação premiada e presta homenagem a Tourinho Seminário acontece nesta segunda-feira na sede da Escola Superior da Magistratura fotos: Divulgação
Da Redação
A Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal) realiza nesta segunda-feira (24), a partir das 9h, o seminário 'Reflexões sobre o Direito', que contará com palestras e debates sobre temas como delação premiada e aspectos controvertidos no julgamento da Turma Ampliada. O encontro, que enfocará um dos temas mais instigantes da atualidade jurídica - a delação premiada - é uma homenagem aos 80 anos do desembargador José Fernando Lima Souza, que também foi professor e teve papel decisivo na construção do prédio da Esmal, situado no Farol. O evento reunirá autoridades, estudantes, amigos e familiares do desembargador, conhecido como Fernando Tourinho, para um dia de debates e de celebração. Durante a manhã, o ministro Humberto Eustáquio Soares Martins, vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), fará uma palestra com o tema 'Formação dos magistrados: práticas e perspectivas'. Já no período da tarde, o primeiro debate será conduzido pelo desembargador federal Paulo Roberto de Oliveira Lima, e abordará o tema 'Aspectos controvertidos no julgamento da turma ampliada'. Em seguida, o juiz Alberto Jorge Correia de Barros Lima coordenará as discussões sobre 'Delação premiada'. Os participantes são convidados a doar uma lata de leite em pó, que será destinada às vitimas das chuvas em Alagoas.
Escola da Magistratura debate delação premiada e fará homenagem a Fernando Tourinho nesta 2ª
A Esmal está situada na rua Cônego Machado, nº 1.061, bairro Farol, em Maceió. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (82) 2126-5362.
TOURINHO
Nascido em três de julho de 1937, na cidade alagoana de Major Isidoro, o desembargador José Fernando Lima Souza, foi um visionário, apaixonado pelo conhecimento e pela transformação. Na juventude, foi jogador de futebol. Ganhou destaque pela força e habilidade que demonstrava na posição de zagueiro, o que lhe rendeu o apelido de Fernando
Tourinho, como ficou conhecido ao longo da carreira profissional. Sua trajetória após graduar-se em Direito demonstra a extrema capacidade de reinventar-se que o representa. Notável advogado, Tourinho assumiu as funções de promotor, procurador municipal, vereador, conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) e, finalmente, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, que presidiu nos anos de 2001 e 2002. Foi também presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, de 2005 a 2007. Ele faleceu em 2014. (Com Assessoria do TJ-AL).
> JUDICIÁRIO
Última leva de juízes concursados deve ser nomeada até final do ano Novos juízes, aprovados no concurso público levado a efeito na gestão do expresidente Washington Luiz (no período entre 2015/2016) deverão ser nomeados e empossados até o final deste ano, em mais um reforço ao sistema jurisdicional de Alagoas. Foi o que sinalizou o presidente do Tribunal de Justiça, Otávio Praxedes, salientando que até dezembro deverá zerar o contingente de juízes-auxiliares que aguardam nomeação. O assunto foi discutido no início da semana passada com os dirigentes da Associação Alagoana de Magistrados (Almagis). Segundo o desembargador Praxedes, o objetivo é reforçar a prestação jurisdicional no Interior do Estado. Em abril deste ano, foram empossados os 12 primeiros candidatos aprovados no certame, que teve como organizadora a Fundação Carlos Chagas. Para o presidente da Almagis, juiz Ney Alcântara, o Poder Judiciário só tem a crescer com essas nomeações. "A carência nas comarcas ainda é grande, mas será uma importante contribuição. Um dos candidatos está assumindo em outro Estado, então possivelmente serão 13 novos colegas nessa chamada. A pretensão do presidente Otávio Praxedes é encerrar a lista e não deixar nenhum dos aprovados de fora", afirmou o magistrado. Também participaram da reunião os juízes Ygor Figueirêdo, Geneir Marques, Antônio Rafael Casado e João Paulo Mar-
Presidente do TJ, Otávio Praxedes acena com nomeação de novos magistrados até o final do ano
tins da Costa.
JÁ NOMEADOS
Em abril deste ano, foram nomeados os juízes Eric Baracho Dore Fernandes, Lívia Maria Mattos Melo Lima, Filipe Ferreira Munguba, Lisandro Suassuna de Oliveira, André Luís Parizio Maia Paiva, Renata Malafaia Vianna, Vilma Renata Jatobá de Carvalho, Bruno Araújo Massoud, Ewerton Luiz Chaves Carminati, Amine Mafra Chukr Conrado, Paula de Góes Brito Pontes e Marcella Waleska Costa Pontes de Mendonça. Os novos juízes passam por capacita-
ção na Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal), que deve terminar no próximo mês. Já em setembro, começarão a atuar nas comarcas de Joaquim Gomes, Teotônio Vilela, Água Branca, Feira Grande, Taquarana, Girau do Ponciano, Batalha, Maribondo, Traipu, Piranhas, Maravilha e São José da Tapera. Além disso, auxiliarão as unidades próximas, de modo que 24 unidades judiciárias passarão a ser atendidas pelos magistrados. O concurso para juiz substituto do Poder Judiciário de Alagoas foi finalizado em setembro de 2016 e ofertou 20 vagas.
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Candidato à presidência Bolsonaro, muda foco de militar para segurança Bem colocado nas pesquisas, deputado federal busca parcerias políticas para viabilizar seu projeto
Potencial candidato à Presidência da República em 2018 e um dos políticos mais bem colocados em pesquisas de intenção de voto, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) mudou sua atuação parlamentar ao longo de 26 anos no Congresso Nacional. Quando chegou a Brasília, no início da década de 1990, seu foco era atender aos interesses de militares, sua primeira base eleitoral. Nos últimos anos, porém, ele ampliou suas propostas para a área de segurança pública, uma das mais vulneráveis do País e de maior apelo nas urnas. Assumidamente conservador, Bolsonaro busca novas parcelas do eleitorado. Ele já se banhou no Rio Jordão, em Israel, critica discussões sobre questões de gênero, sexualidade e direitos humanos e reverbera na internet suas polêmicas em página oficial com mais de 4,4 milhões de seguidores. Pelas redes sociais, grupos se pulverizam em apoio à sua candidatura no próximo ano (mais
informações na página A5). Bolsonaro, que é capitão da reserva do Exército, afirmou ao Estado que foi eleito inicialmente por um "segmento basicamente militar", mas seguiu para outros campos. "Todos nós evoluímos", disse. Levantamento feito pelo Estado/Broadcast revela o perfil desse parlamentar que almeja chegar ao Palácio do Planalto no dia 1.º de janeiro de 2019. Em quase três décadas na Câmara dos Deputados, Bolsonaro apresentou 171 projetos de lei, de lei complementar, de decreto de legislativo e propostas de emenda à Constituição (PECs). No primeiro mandato, entre 1991 e 1995, foram 17 projetos de interesse de militares, ante apenas dois na área de segurança pública. Na atual legislatura, iniciada em 2015 e com término previsto em 2019, já são nove propostas para a segurança e somente três para o setor militar. Entre 2011 e 2015, na legislatura passada, o depu-
fotos: Divulgação
Deputado Jair Bolsonaro aparecem bemn nas pesquisas para presidente
tado apresentou 13 propostas na área de segurança, ante duas militares. As duas áreas representam 56,7% (97) das propostas legislativas de Bolsonaro - são 53 projetos para militares (32%) e 44 para segurança pública (25%). Nenhum, porém, foi aprovado. Apenas três projetos foram ligados a temas econômicos entre eles o que propõe autori-
zar a dedução do Imposto de Renda das despesas comprovadamente efetuadas com empregados domésticos - e dez na área de saúde - como o que determina a proibição do aborto em casos de estupro. Para educação foi somente uma proposta, apresentada no primeiro mandato, a fim de conceder desconto progressivo em taxas e mensalidades escolares para famílias de militares com mais
Na Câmara, muitos apresentam projetos a rodo, mas não são aprovados
de um filho. Aprovação. Até hoje, o deputado teve aprovados dois projetos. Viraram lei uma proposta que estendia o benefício de isenção do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para bens de informática e outro que autorizava o uso da chamada "pílula do câncer" - a fosfoetanolamina sintética. A primeira emenda de sua autoria, aprovada em 2015, deter-
mina a impressão de votos das urnas eletrônicas (mais informações na página A7). "Tão importante quanto você fazer um gol, é não tomar um gol. Eu trabalho muitas vezes para que certos projetos não sejam aprovados", disse o deputado. Assim, "tão importante quanto apresentar propostas, é rejeitá-las", diz Jair Bolsonaro. (Do site do Correio Braziliense)
> ECONOMIA
BNDES vai oferecer R$ 15 bilhões a pequenas empresas, adianta ministro O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou em entrevista ao G1 que o governo prepara um programa de crédito para pequenas empresas com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - desde o ano passado, o banco é subordinado ao Ministério do Planejamento. A medida é mais uma da chamada "agenda positiva" do governo federal, uma série de ações de apelo popular adotadas em meio à crise política motivada pela delação premiada de executivos da JBS, que envolve o presidente Michel Temer, acusado de corrupção passiva pela Procuradoria Geral da República. "Vai ser um 'funding' rápido, para empresas com até R$ 90 milhões de faturamento por ano", disse o ministro. A taxa de juros ainda não foi definida, mas deve ficar aci-
Ministro Dyogo Oliveira (Planejamento) anuncia a liberação de R$ 15 bi do BNDES para as pequenas empresas
ma da Selic De acordo com Dyogo Oliveira, "alguma coisa em torno de R$ 15 bilhões" deve ser disponibilizada para empréstimos. "A linha será para capital de giro e investimento. Neste
momento, a demanda maior das empresas é capital de giro", avaliou. A opção pelo BNDES, disse o ministro, se deve ao fato de o banco ter "bastante recurso parado." O BNDES informou que o
volume de empréstimos concedidos no primeiro semestre de 2017 foi 16,6% menor que no mesmo período do ano passado. Nos primeiros seis meses de 2016, a queda já havia sido
de 42% frente ao mesmo período de 2015. A redução está relacionada à crise econômica e política no Brasil, que fez cair os investimentos no país. O BNDES recebeu, durante a gestão da presidente Dilma Rousseff, mais de R$ 500 bilhões em empréstimos do Tesouro Nacional, para emprestar a empresas. Desse total, foram devolvidos R$ 100 bilhões no fim do ano passado. Em maio deste ano, o BNDES ainda devia R$ 440 bilhões à União. Os recursos, quando são devolvidos pelo BNDES ao Tesouro Nacional, entram no orçamento financeiro, ou seja, não podem ser liberados para gastos dos ministérios. Podem ser usados, nesse caso, somente para abatimento da dívida pública. Desembolsos para empréstimos do BNDES recuam 16,6%
no 1º semestre
TAXA DE JUROS
A taxa de juros a ser cobrada na nova linha de crédito do BNDES para pequenas empresas ainda não foi definida. De acordo com o ministro do Planejamento, ficará acima da taxa Selic - atualmente em 10,25% ao ano -, e "um pouco abaixo do juro mais caro de mercado." "Vai ficar consideravelmente acima da Selic, o que é ótimo para as pequenas empresas que pagam duas vezes a Selic, até mais", disse. Segundo a diretora de Gestão e Solução do Sebrae no Distrito Federal, Cassiana Abritta, as pequenas empresas têm demandado crédito bancário, mas as altas taxas de juros e garantias solicitadas pelas instituições financeiras acabam por resultar em desembolsos menores por parte dos bancos.
> OPINIÃO
"Janot se desmoraliza com relatório da Federal" Reinaldo Azevedo (*) E a Polícia Federal concluiu que, naquelas famosas conversas de Sérgio Machado - um dos grandes heróis eleitos pelo Ministério Público; um dos primeiros a se tornar um ex-canalha, depois da unção de Rodrigo Janot - com os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), então ministro do Planejamento, e Renan Calheiros (PMDB-AL), então presidente do Senado, e com o ex-presidente José Sarney, não houve obstrução da Justiça coisa nenhuma. Na verdade, o certo seria falar em "obstrução da investigação", já que a outra nem tipo penal é. Pois é… A coisa estourou no fim de maio do ano passado. Em junho, o destrambelhado Rodrigo Janot pediu nada menos do que cadeia para os dois senadores e para o ex-presidente nesse caso, em razão da idade, a preventiva seria convertida em prisão domiciliar com tornozeleira. Teori Zavascki não deu. O rechonchudo procurador se tornou ainda mais ambicioso. Tentou, mais tarde, depor o próprio presidente. Machado, ex-bandido, ex-sacripanta, excanalha e ex-ladrão, resolveu gravar seus parceiros de partido, induzindo conversas para que estes confessassem o que a PGR queria ouvir; estariam todos tentando obstruir a Lava Jato. Quem montou essa operação para Janot foi Marcelo Miller, aquele procurador que deixou o MPF e, três dias depois, estava negociando o acordo de leniência da J&F. Notem que o "mo-
dus operandi", para todos os efeitos, é o mesmo. A exemplo de Joesley Batista, também ex-bandido, ex-sacripanta, ex-canalha e ex-ladrão, a versão oficial é que Machado não combinou nada previamente com o MPF. Primeiro ele teria gravado; só depois, então, teria ido em busca do acordo. Estamos vivendo sob os auspícios de um regime de exceção. Vamos lembrar mais. A fala que causou mais reboliço foi a de Jucá. Vamos ver o contexto. Machado, um ex-pulha que aceitou devolver R$ 75 milhões (!!!) aos cofres públicos, telefona para o senador nestes termos: "O Janot está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho. […] Ele acha que eu sou o caixa de vocês". E o ex-bandido premiado diz, então, que pode ser enviado para Curitiba para fazer delação. E vem a ameaça: "Aí fodeu. Aí fodeu para todo mundo. Como montar uma estrutura para evitar que eu 'desça'? Se eu 'descer'… (…) Então eu estou preocupado com o quê? Comigo e com vocês. A gente tem que encontrar uma saída". Jucá diz a frase que acabou resultando na sua demissão e que levou Janot a pedir, imaginem!, sua prisão preventiva: "Se é político (o caso), como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria". O que escrevi, o que escreveram e o que diz agora a PF
Sei bem o que escrevi a respeito e o que disse na rádio e em todo lugar. Relembro: "Venham cá, amiguinhos! Vocês acham que, a esta altura do campeonato, dá para deter a Lava-Jato, para controlá-la, para botá-la sob uma gerência? Acredito que, se fosse possível, o governo anterior teria encontrado os meios, não é mesmo? Mais: para que se realizasse tal intento, seria preciso combinar com os russos. Teriam de participar da conspiração os procuradores de Curitiba, Rodrigo Janot, o juiz Sergio Moro e toda a fatia da Polícia Federal envolvida na investigação. Até o Lula teria de conspirar com toda essa turma. Sabe-se que isso não vai acontecer. Assim, de saída, que fique claro: NINGUÉM CONTROLA A LAVA-JATO. Quem disser que pode fazê-lo está contando uma lorota. Enquanto a vagabundice lava-jateira saía gritando "cadeia, cadeia, cortem-lhes a cabeça", eu estava, neste blog, a dizer que aquela fala não queria dizer rigorosamente nada e que não se tratava de obstrução. Mas reconheci, sim, a gravidade do caso, tanto que deixei claro que Romero Jucá teria de deixar o governo. Mas eu o fiz nestes termos: "Quem ler os diálogos vai perceber que há certo tom de ameaça na fala de Machado. Ele sugere que, se cair, pode levar um monte de gente junto. É bem provável que Jucá estivesse falando apenas para acalmá-lo. Acontece que, em política, a versão do fato é
mais importante do que o próprio. Do ponto de vista, digamos, penal, a fala de Jucá e Machado é irrelevante. Do ponto de vista político, é grave, sim. E Jucá faria um bem a Temer se deixasse o governo. Embora, com efeito, ele nada possa contra a operação." Eu me orgulho de não vender gato por lebre aos meus leitores. Nunca houve, naquele caso, obstrução de investigação. Agora a PF Em seu relatório, a delegada Graziela Machado da Costa e Silva vai além de negar o crime de obstrução e sugere que deixem de vigorar os benefícios da delação premiada a Machado - por enquanto, um ex-assaltante de cofres públicos, né… "Ah, mas a delegada só está dando uma opinião, Reinaldo?" Não! Ela investigou. Afirmou: "As conversas estabelecidas entre Sérgio Machado e seus interlocutores limitaram-se à esfera pré-executória, ou seja, não passaram de meras cogitações (…). As condutas evidenciadas não atingem, numa concepção exclusivamente criminal, o estágio [de se provar] o delito em questão". Ela aponta ainda uma coisa para a qual chamei a atenção desde o primeiro dia: "Não são poucas as vezes em que ele próprio, Sérgio Machado, instiga a adoção do procedimento que ora delata e ao qual foi atribuído viés criminal" (*) Colunista da Rede TV
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> NOVO PROCESSO
Moro vai interrogar Lula em setembro e sugere a oitiva por videoconferência Ministério Público Federal acusa ex-presidente de ter recebido como propina terreno para Instituto Lula O juiz Sérgio Moro marcou para 13 de setembro o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo da Operação Lava Jato que analisa suspeitas em relação a um terreno e um apartamento em São Bernardo do Campo (SP). Este processo tramita na Justiça Federal em Curitiba, entretanto, o juiz recomendou que a oitiva ocorra via videoconferência com a Justiça Federal de São Paulo. A defesa do ex-presidente precisa se manifestar em cinco dias. Nesta ação penal, o Ministério Público Federal (MPF) acusa o ex-presidente de receber como propina um terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do petista. De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, esses imóveis foram comprados pela Odebrecht em troca de contratos adquiridos pela empresa na Petrobras. O valor da propina, segundo os procuradores, se aproxima dos R$ 13 milhões. O
ex-presidente responde pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Lula nega as acusações, e o Grupo Odebrecht tem afirmado que tem colaborado com as investigações. Instituto Lula afirmou que "nunca teve outra sede a não ser o sobrado onde funciona até hoje, adquirido em 1990 pelo Instituto de Pesquisas e Estudos do Trabalhador (IPET)". Este será o segundo interrogatório de Lula em ação da Lava Jato que tramita no Paraná. No primeiro, referente ao triplex em Guarujá, ele foi a Curitiba e mobilizou um amplo esquema de segurança na cidade, desde a chegada ao Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, até a saída da Justiça Federal, após quase cinco horas de audiência. A Polícia Militar (PM) informou que gastou R$ 110 mil no esquema de segurança. De acordo com o juiz Sérgio Moro, a recomendação para que o interrogatório seja feito a distân-
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Juiz Sérgio Moro marca depoimento de Lula em mais um processo
cia está atrelada a este gasto. "Considerando o havido no interrogatório de Luiz Inácio Lula da Silva na ação penal que acabou envolvendo gastos necessários, mas indesejáveis de recursos públicos com medidas de segurança, diga a Defesa respectiva, em cinco dias, se tem objeções à realização de novo interrogatório do acusado em questão por videoconferência com a Justiça Federal de
São Paulo". Lula foi condenado no processo sobre o triplex a 9 anos e seis meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele pode recorrer da sentença em liberdade. Entenda as acusações contra o ex-presidente.
INTERROGATÓRIOS
Esta ação penal tem mais sete réus. Entre eles o ex-mi-
Lula já está condenado a 9 anos e 6 meses, no processo do triplex
nistro Antonio Palocci e o empresário Marcelo Odebrecht ambos têm condenação na Operação Lava Jato e estão presos. O juiz Sérgio Moro também marcou o interrogatório dos demais acusados. * 04/09/2017, às 14h: Marcelo Bahia Odebrecht, Demerval de Souza Gusmão Filho e Paulo Ricardo Baqueiro de Melo;
* 06/09/2017, às 14h: Antônio Palocci Filho, Roberto Teixeira e Glaucos da Costa Marques; * 13/09/2017, às 14h: Luiz Inácio Lula da Silva e Branislav Kontic; A ex-primeira dama Marisa Leticia chegou a ser acusada, contudo, o juiz Sérgio Moro decretou a impossibilidade de puni-la. Marisa Leticia morreu em fevereiro deste ano.
> CHUMBO GROSSO
Em nova delação, Marcos Valério envolve Aécio, Serra e ex-presidentes Lula e FHC No acordo de delação premiada que fechou com a Polícia Federal, o publicitário Marcos Valério detalha o esquema que abastecia o mensalão tucano. Condenado a 37 anos de prisão pelo mensalão do PT e preso desde 2013, ele cita os expresidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Lula (PT) e os senadores peessedebistas Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) como beneficiários de esquemas. Aécio teria recebido propina de contrato de agência de Marcos Valério com o Banco do Brasil com aval de FHC. Já o ex-presidente tucano, Serra e Lula também tiveram campanhas beneficiadas com dinheiro de empréstimos fraudulentos, de acordo com o publicitário. Segundo a reportagem do
jornal Folha de S. Paulo, Valério ampliou a lista de acusados no acordo que firmou com a PF. Os 60 anexos que haviam sido recusados em outras tentativas de fechar delação com o Ministério Público de Minas Gerais e com a procuradoriageral da República fazem parte do acordo, que ainda não foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda não se sabe, entretanto, quais episódios serão investigados pela PF. De acordo com a delação de Marcos Valério, quase R$ 48 milhões (aproximadamente R$ 159 milhões em valores corrigidos) foram obtidos com empréstimos fraudulentos, especialmente com o Banco Rural, e pagos pelas empreiteiras ARG e Andrade Gutierrez. As campanhas dos tucanos FHC, em
de suas dívidas de campanha pagos pelo banco por meio da SMP&B. Já FHC e Aécio são implicados em pagamentos de propina em contratos das agências do publicitário. Valério conta que, durante o governo de FHC, acertou repasse de 2% do faturamento do contrato da DNA Propaganda com o Banco do Brasil para Aécio Neves, que era deputado federal à época. A propina foi avalizada por FHC. Marcos Valério, condneado a 37 anos, fecha acordo com Polícia Federal
1998, e de Aécio e Serra, em 2002, receberam dinheiro do esquema, que ainda teve repasse de R$ 1 milhão da Usiminas via caixa 2. A siderúrgica mineira também foi usada para fazer repasses à campanha de
Lula, em 2002. O senador José Serra, que disputou a presidência com Lula em 2002, atuou para resolver pendências do Banco Rural após perder a eleição. Foi recompensado com R$ 1 milhão
MENSALÃO MINEIRO
O esquema do mensalão mineiro, na campanha fracassada de Eduardo Azeredo para ser reeleito governador em 1998, foi revelado há dez anos, em 2007. Marcos Valério é réu na ação, mas ainda não foi julgado. Ele é acusado de ser o
operador do esquema, usando suas agências de publicidade para lavar o dinheiro desviado. No acordo que fechou com a PF, o publicitário detalha valores que recebeu de empresas e qual o destino do dinheiro. A campanha de Azeredo, diz Valério, recebeu aproximadamente R$ 10 milhões de pelo menos nove estatais (Cemig, Copasa, Furnas, Comig, Eletrobras, Petrobras, Correios, Banco do Brasil e Banco do Estado de Minas Gerais). As estatais e os desvios - que chegam aos R$ 33 milhões em valores atuais constam em uma planilha assinada por Valério com data de 1999. O ex-governador Azeredo foi condenado a 20 anos e dez meses de prisão, mas recorre da sentença em liberdade.
> 17 DE JULHO
Joaldo lança novo livro em ato prestigiado por Ênio Lins representando o governador Lançado na última 2ª feira (17) no Restaurante Anamá (Ponta Verde), o livro-reportagem '17 de julho - a gameleira, as lembranças e a história decidida à bala', do jornalista Joaldo Cavalcante, atraiu políticos, militantes da imprensa e autoridades do Estado, como o secretário de Comunicação, jornalista Ênio Lins, que representou o governador Renan Filho.
O trabalho de Cavalcante é uma tentativa de reconstituição, em volume, dos fatos ocorridos em 17 de julho de 1997, que culminaram com o pedido de licença do governador Divaldo Suruagy, que ocupava o Palácio Floriano Peixoto pela 3ª vez. Meses depois, no final daquele ano turbulento, com ajuda federal e as finanças restabelecidas, Suruagy reassumiu o
Joaldo Cavalcante com Ênio Lins, que representou governador Renan Filho
cargo, mas não quis continuar: renunciou de vez e passou o governo ao vice Manoel Gomes de Barros, o Mano. Após receber seu livro autografado, Ênio Lins comentou: "Pelas outras obras de Joaldo, espero um bom livro. Ele cumpre um papel fundamental. É um historiador e um cronista do próprio tempo. Então, ele não está remexendo em coisas
muito antigas, está contando com a própria memória, com a própria vivência. Este livro sai no momento certo: 20 anos após o acontecido, estão quentes todas as informações contidas neste trabalho". Ênio Lins estava na redação da Gazeta de Alagoas no 17 de julho de 1997, acompanhando os desdobramentos do episódio pelo rádio. Ele voltara à
Livro-reportagem tenta reconstituir os fatos da crise ocorrida em 1997
pauta diária havia sete meses, após ocupar a Secretaria de Cultura, no próprio governo Suruagy. Ele diz que os atrasos salariais do funcionalismo tornaram a situação política de Suruagy insustentável, apesar da resistência. - Aquele foi um momento muito duro, em que o Estado passou sua maior crise em 40 anos, depois do tiroteio na Assembleia, em 1957. Marcou uma tragédia política e pessoal para o então governador Divaldo Suruagy. Na verdade, ele tentou resistir até o último momento a demitir, a cortar salários e terminou, com essa tentativa de defesa do funcionalismo público, envolvido numa tragédia imensa que o vitimou, encerrando sua carreira política, uma das mais expressivas do Estado de Alagoas. O secretário de Comunicação representou o governador e transmitiu a seguinte mensagem de Renan Filho: "O 17 de julho é um dia
muito emblemático para Alagoas, porque foi o fatídico dia em que o servidor público não aguentou mais tanto tempo de atraso salarial e se mobilizou. Houve, inclusive, a mudança no governo do Estado. Nós devemos sempre aprender com os erros do passado para não cometê-los novamente. Por isso, sempre solicito aos secretários, a quem trabalha com o Governo, e mesmo à imprensa, que tem um trabalho importante, serenidade, razoabilidade, para que a gente leve Alagoas, em meio à crise nacional, da maneira que estamos levando: com equilíbrio nas contas e realizando os investimentos necessários". O governador ainda lembrou que o Brasil está vivendo o ciclo econômico mais difícil de sua história, mas ressalvou "Naquela época, em 1997, o problema foi localizado em Alagoas e, hoje, o problema está no Brasil todo. E Alagoas está fora desse risco".
Esportes
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Primeira Edição | 24 a 30 de julho, 2017 Diário Oficial dos Municípios - Opinião - Social
> INTERNACIONAL
Diretoria dá sobrevida a Guto Ferreira O presidente-executivo do Internacional, Marcelo Medeiros, pediu paciência à torcida para com o treinador do clube GAZETAESPORTIVA A derrota por 2 a 1 para o Vila Nova não custou o emprego do contestado técnico Guto Ferreira. Após a partida deste sábado, disputada no Serra Dourada, a diretoria do Internacional deu um voto de confiança ao profissional que substituiu Antônio Carlos Zago. “O Guto Ferreira ficará no cargo. Troca de treinador não é uma coisa que surte efeito. Precisamos evoluir e terminar o turno no G4. Somos obrigados a mostrar evolução”, cobrou o vice-presidente Roberto Melo, lembrando que o Inter é apenas o sexto colocado da Série B do Campeonato Brasileiro no momento. O presidente Marcelo Me-
deiros também se pronunciou e pediu paciência à torcida. “A indignação é procedente. Vai ter que ser na marra, no suor, na garra”, bradou, de olho nos dois próximos compromissos em casa, contra Oeste e Goiás. Ciente de que o discurso deverá mudar em caso de novos tropeços, Guto Ferreira lamentou a falta de tempo para ajustar o Inter. “Nós, treinadores, estamos sempre trabalhando na corda banda. O espetáculo nem sempre atinge a qualidade que se busca em função do calendário. São 70, 75 jogos no ano, com poucas semanas cheias para treinar”, disse o técnico, com o emprego em risco. O centroavante William Pottker deixou o gramado do
fotos: Divulgação
Brasileiro. “Estamos em uma situação muito difícil. Temos que trabalhar para sair disso o mais rapidamente possível. Sabemos da grandeza do Inter, das cobranças. Com isso, até me esqueço dos gols que faço”, comentou Pottker, quando questionado pelo SporTV sobre o pênalti que converteu diante do Vila Nova. A desolação era tamanha que o centroavante também não deu importância às dores que visivelmente incomodavam a sua perna. “O jogador deles deixou a sola, e acabei chutando o pé dele. Não é nada. Só um trauma”, minimizou. Pottker agora tenta se reabilitar emocionalmente para a sequência da segunda divisão nacional.
D’Alessandro não pôde evitar que Guto ficasse “na corda bamba”, como definiu o técnico Guto Ferreira
Serra Dourada cabisbaixo. Não era para menos. Após marcar um gol de pênalti, neste sába-
do, ele viu o Internacional ser vazado pelo Vila Nova aos 45 minutos do segundo tempo e
acabar derrotado por 2 a 1, ficando fora da zona de acesso da Série B do Campeonato
> TROPEÇO
> NO REI PELÉ
Juventude perde para o Guarani empata com o CRB e perde a liderança Oeste e cai para terceiro O Guarani agora é o segundo colocado da Série B do Campeonato Brasileiro. Na noite do sábado, o time de Campinas empatou por 1 a 1 com o CRB, no Rei Pelé, e não conseguiu retomar o posto que agora é exclusivo do América-MG. Os dois gols saíram nos acréscimos da partida. Com o resultado, o Guarani chegou aos 28 pontos, dois atrás do América-MG, que goleou o Figueirense por 4 a 2 na sexta-feira, e um à frente do Juventude, derrotado por 3 a 0 pelo Oeste neste sábado. Já o CRB está fora da zona de acesso à primeira divisão nacional, somando 25 pontos, no quinto lugar.
Os dois gols da partida entre CRB e Guarani saíram nos minutos finais
Apesar da igualdade, o Guarani criou algumas chances para voltar de Maceió com o resultado positivo. O CRB,
Resultados / Série B 21/07 21/07 21/07 21/07 21/07 21/07 22/07 22/07 22/07 22/07
América-MG Santa Cruz-PE Luverdense-MT Ceará-CE Criciúma-SC Vila Nova-GO Londrina-PR Oeste-SP Brasil-RS CRB-AL
4x2 1x1 1x1 0x1 2x1 2x1 0x0 3x0 2x1 1x1
apoiado por sua torcida, equilibrou o jogo, mas não parecia produzir o suficiente para vencer e entrar no G4.
O Juventude completou sua quarta partida sem vencer pela Série B do Campeonato Brasileiro na noite deste sábado e deixou a briga direta pela liderança. Diante do adversário gaúcho, o Oeste confirmou sua força jogando na Arena Barueri e venceu por 3 a 0. Com 27 pontos ganhos, o Juventude cai para a terceira colocação, atrás de AméricaMG (30) e Guarani (28) – em mais um jogo disputado neste sábado, o time de Campinas empatou por 1 a 1 com o CRB. Já o Oeste chega aos 23 pontos e sobe para o 10º posto. Pela 17ª rodada do torneio nacional, às 21h30 (de Brasília) desta terça-feira, o Oeste tenta
Próximos jogos / Série B Figueirense-SC Boa Esporte-MG Paraná-PR Goiás-GO ABC-RN Internacional-RS Náutico-PE Juventude-RS Paysandu-PA Guarani-SP
25/07 - 19:15 25/07 - 21:30 28/07 - 19:15 28/07 - 21:30 29/07 - 16:30 29/07 - 16:30 29/07 - 16:30 29/07 - 16:30 29/07 - 19:00 29/07 - 19:00
Juventude-RS Internacional-RS ABC-RN Paysandu-PA Figueirense-SC Goiás-GO Guarani-SP Paraná-PR Náutico-PE Boa Esporte-MG
x x x x x x x x x x
América-MG Oeste-SP Brasil-RS Ceará-CE Vila Nova-GO CRB-AL Londrina-PR Santa Cruz-PE Criciúma-SC Luverdense-MT
manter a recuperação diante do pressionado Internacional, no Estádio Beira-Rio. O Juventude, por sua vez, volta a campo para enfrentar o líder América-MG às 19h15 de sexta, no Alfredo Jaconi. O Oeste conseguiu inaugurar o marcador na Arena Barueri logo aos 15 minutos do primeiro tempo. Após cruzamento vindo da direita, a bola
desviou na marcação e sobrou na medida para cabeçada certeira de Danielzinho diante do goleiro Matheus Cavichioli. O time mandante chegou ao segundo gol cinco minutos com Mazinho A equipe paulista voltou com apetite para o segundo tempo e praticamente garantiu a vitória aos oito minutos com Mazinho novamente.
Classificação / Série B 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º
América-MG Guarani-SP Juventude-RS Vila Nova-GO CRB-AL Internacional-RS Londrina-PR Santa Cruz-PE Criciúma-SC Oeste-SP Ceará-CE Paraná-PR Boa Esporte-MG Goiás-GO Brasil-RS Paysandu-PA Luverdense-MT Figueirense-SC ABC-RN Náutico-PE
P 30 28 27 26 25 24 24 23 23 23 22 21 21 20 20 20 17 16 12 8
J 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16
V 8 8 7 7 7 6 6 6 6 5 6 5 5 6 6 5 3 4 3 1
E 6 4 6 5 4 6 6 5 5 8 4 6 6 2 2 5 8 4 3 5
D 2 4 3 4 5 4 4 5 5 3 6 5 5 8 8 6 5 8 10 10
GP 21 20 21 20 16 18 23 19 16 16 18 17 15 17 19 14 18 20 13 10
GS 10 15 14 16 15 13 19 17 17 13 15 15 17 20 27 14 21 25 24 24
SG 11 5 7 4 1 5 4 2 -1 3 3 2 -2 -3 -8 0 -3 -5 -11 -14
Primeira Edição | 24 a 30 de julho, 2017
B2 | Esportes
> SÉRIE C
Moto marca 3ª vitória seguida e entra no G4 Com início fulminante no segundo tempo, comandados de Evandro Guimarães vencem com gols de Álvaro e Daniel FUTEBOL INTERIOR O Salgueiro parece ter embalado de vez na Série C do Campeonato Brasileiro. Atuando no Estádio do Castelão neste sábado, a equipe pernambucana surpreendeu o Moto Club, vencendo por 2 a 0 duelo válido pela 11ª rodada da primeira fase, placar que manteve os maranhenses na porta de entrada da zona de rebaixamento. Em contrapartida, entrou momentaneamente no G4 da competição. Álvaro e Daniel marcaram os gols da vitória. Com o resultado, o Salgueiro chegou aos mesmos 14 pontos do Botafogo-PB no Grupo A, mas ultrapassou o concorrente, assumindo a quarta posição. O Carcará leva vantagem nos critérios de desempate
por ter mais gols marcados (13 contra 9). Já o Moto Club segue na oitava posição, com 11 pontos. Valber dominou bem a bola e alçou para Vinícius Paquetá. O centroavante foi de encontro à bola, mas não conseguiu alcançar. Bastava um leve toque para ir às redes. Contudo, a bola saiu pela linha de fundo, resultando em tiro de meta para o Salgueiro. O Caracará não se abateu e respondeu logo em seguida, criando duas boas chances. Aos 13, Cássio Ortega cruzou para Jean, o atacante cabeceou para boa defesa de Márcio Arantes. Três minutos depois, outra grande jogada do camisa 10 do Papão do Norte. Dessa vez, foi Álvaro quem cabeceou. A bola tocou na trave e voltou
fotos: Divulgação
Salgueiro volta a campo no próximo sábado (29), quando visita o Fortalezaàs 17h, no Estádio Presidente
para Toty que, sem marcação perdeu.
Club acuou o Salgueiro no seu campo de defesa, criando boas oportunidades para inaugurar o marcador. Na melhor delas, Vitinho bateu
PAPÃO NA PRESSÃO
Após o susto. O Moto
bem para grande defesa de Mondragon. Aos 26, o Papão do Norte envolveu a defesa do Carcará, com a bola passando por Val-
ber, Diogo Oliveira, Lorran e Vinícius Paquetá, antes da conclusão do camisa 7. Apesar do volume de jogo, os mandantes não conseguiram furar o bloqueio. E, o primeiro tempo terminou mesmo sem gols. No segundo tempo, os visitantes voltaram diferentes do vestiário, tomando conta do jogo rapidamente. Intenso, o Salgueiro pressionou e aos 17 minutos já vencia por 2 a 0. Aos 14, Cássio Ortega puxou contra-ataque, passou para Jean, que bateu firme.Márcio Arantes salvou, mas no rebote Álvaro não teve dificuldades para marcar, 1 a 0. Três minutos depois, Daniel arriscou de fora da área. Dessa vez, o goleiro do Papão do Norte falhou, 2 a 0.
> 11ª RODADA
Fortaleza vence Botafogo-PB e cola no líder CSA do Grupo A da Série C TERRA Pela la 11º rodada da Grupo A da Série C do Campeonato Brasileiro, o Fortaleza não se intimidou com a força da presença da torcida do Botafogo-PB e venceu o rival por 2 a 0, na noite desta sextafeira, jogando fora de casa. Os dois gols foram marcados pelo lateral-esquerdo Bruno Melo. Na próxima rodada, o Fortaleza pega o Salgueiro, no próximo sábado (29), às 17h, no estádio Presidente Vargas. Já o time paraibano encara o líder CSA-AL, no próximo domingo (30), às 16h, no estádio Rei Pelé. Com a vitória, o Fortaleza
Fortaleza encara o Salgueiro na próxima rodada do Campeonato da Série C
segue na segunda posição, cola no time alagoano e soma 18 pontos na tabela. Já o Botafogo-
Resultados / Série C / Grupo A 21/07 22/07 23/07 24/07 - 20:30 24/07 - 21:00
Botafogo-PB 0 x 2 Fortaleza-CE Moto Club-MA 0 x 2 Salgueiro-PE CSA-AL 1 x 1 Sampaio Corrêa-MA Confiança-SE x Cuiabá-MT Remo-PA x ASA-AL
Próximos jogos / Série C / Grupo A 28/07 - 21:00 29/07 - 16:00 29/07 - 17:00 30/07 - 16:00 31/07 - 20:30
Cuiabá-MT Sampaio Corrêa-MA Fortaleza-CE CSA-AL Confiança-SE
x x x x x
Remo-PA ASA-AL Salgueiro-PE Botafogo-PB Moto Club-MA
CSA-AL Fortaleza-CE Sampaio Corrêa-MA Salgueiro-PE Botafogo-PB Remo-PA Cuiabá-MT Moto Club-MA ASA-AL Confiança-SE
P 20 18 16 14 14 13 13 11 11 10
J 11 11 11 11 11 10 10 11 10 10
V 5 5 4 4 4 3 2 3 2 2
E 5 3 4 2 2 4 7 2 5 4
D 1 3 3 5 5 3 1 6 3 4
GP 12 15 11 13 9 11 9 11 7 10
GS 6 8 13 10 10 11 8 13 12 17
> MAIS UM EM CASA
CSA recebe o Botafogo-PB neste domingo no Rei Pelé Da Redação
Classificação / Série C / Grupo A 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
PB continua em crise, está na quarta colocação, com 14 pontos. O Bota corre o risco de ser ultrapassado na tabela pelo Remo e Cuiabá. O São Bento não resistiu
SG 6 7 -2 3 -1 0 1 -2 -5 -7
ao Tombense, mas se manteve firme no G4 do Grupo B da Série C do Campeonato Brasileiro. De virada, o time sorocabano foi derrotado por 3 a 2, na tarde deste sábado, no Estádio Antônio Guimarães de Almeida, em Tombos, na Zona da Mata mineira, pela 11ª rodada. Cassinho abriu o placar para o Bentão, mas Keké, duas vezes e Max viraram para o Gavião, ainda no primeiro tempo. No finalzinho, Judson diminuiu. Com o resultado o Bentão perdeu a chance de assumir a liderança do grupo B, mas se mantém no G4 com 16 pontos, mesma pontuação do Tombense, com os sorocabanos levando vantagem no saldo
O time do CSA recebe o Botafogo-PB neste próximo domingo, dia 30, no estádio Rei Pelé. A partida entre as duas equipes será válida pela 12ª Rodada do Grupo A do Campeonato Brasileiro da Série C. Este é o segundo duelo que o Azulão vai duelar diante de seu torcedor no Trapichão. No primeiro confronto entre CSA e Botafogo-PB, a equipe paraíbana vendeu a partida pelo placar de 2 a 0. Este duelo foi disputado no último dia 28 de maio, no es-
tádio Almeidão, em João Pessoa-PB.
ASA
Sem vencer há três jogos, o Remo precisa da vitória nesta segunda-feira, quando recebe o ASA, às 21 horas, no Estádio Mangueirão, em Belém (PA), pela 11.ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série C. O ASA, apesar da incômoda zona da degola, não perde há seis jogos. São cinco empates e uma vitória. Por isso, a ordem no time alagoano é de se superar e tentar a vitória em Belém.
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Esportes |B3
> SANTOS
David Braz põe Santos na “briga” pelo título O Santos venceu o Bahia por 3 a 0 neste domingo, dia 23, no Pacaembu, e com a vitória se mantevena terceira colocação GAZETAESPORTIVA
do que nunca dos primeiros colocados. Fizemos o dever de casa contra o Bahia. É ficar na torcida para os dois tropeçarem para ficarmos na briga pelo título”, afirmou o defensor. Quem também está confiante na conquista do título é Levir Culpi. Mas, para isso, o comandante alvinegro pede união entre todos os envolvidos. “Queremos ganhar tudo. O objetivo é o título, mas para ganhar tem que estar fechado, a torcida empurrando, os jogadores brilhando e em boa forma física. São vários os fatores que precisam caminhar para o mesmo lugar”, avaliou. União é o que não falta no elenco santista, garante o meia Lucas Lima. “Nosso grupo é muito fechado, muito alegre. O ambiente é o melhor possível. Quando fora tem alegria, dentro também tem. Temos muito a crescer ainda, é manter os pés
O Santos entrou de vez na briga pelo título do Campeonato Brasileiro 2017. Feita após a vitória por 3 a 0 sobre o Bahia, neste domingo, no Pacaembu, a declaração é do zagueiro David Braz, que ainda promete secar pelos tropeços dos rivais e líderes Corinthians e Grêmio no complemento da 16ª rodada do torneio. Com o triunfo sobre os baianos, o Santos manteve o terceiro lugar e chegou aos 30 pontos ganhos, um a menos que o Grêmio e sete em relação ao Corinthians, que entrará em campo às 16 horas (de Brasília) deste domingo, contra o Fluminense, no Maracanã. Já os gaúchos só jogarão nesta segunda-feira, a partir das 20h, diante do São Paulo, no Morumbi. “Estamos na briga. Agora é torcer pelo tropeço do Grêmio para ficarmos mais próximos
Resultados / Série A 22/07 Vitória-BA 22/07 Flamengo-RJ 23/07 Santos-SP 23/07 Fluminense-RJ 23/07 Sport-PE 23/07 Avaí-SC 23/07 Atlético-MG 23/07 Atlético-PR 23/07 Atlético-GO 24/07 - 20:00 São Paulo-SP
1x2 2x1 3x0 0x1 0x2 1x0 1x2 0x2 1x1 x
Chapecoense-SC Coritiba-PR Bahia-BA Corinthians-SP Palmeiras-SP Cruzeiro-MG Vasco da Gama-RJ Ponte Preta-SP Botafogo-RJ Grêmio-RS
Próximos jogos / Série A 29/07 - 16:00 29/07 - 19:00 30/07 - 11:00 30/07 - 16:00 30/07 - 16:00 30/07 - 16:00 30/07 - 16:00 30/07 - 19:00 30/07 - 19:00 31/07 - 20:00
Botafogo-RJ Palmeiras-SP Chapecoense-SC Corinthians-SP Coritiba-PR Bahia-BA Ponte Preta-SP Cruzeiro-MG Grêmio-RS Vasco da Gama-RJ
x x x x x x x x x x
São Paulo-SP Avaí-SC Atlético-GO Flamengo-RJ Atlético-MG Sport-PE Fluminense-RJ Vitória-BA Santos-SP Atlético-PR
Classificação / Série A 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º
Corinthians-SP Grêmio-RS Santos-SP Flamengo-RJ Palmeiras-SP Sport-PE Botafogo-RJ Vasco da Gama-RJ Cruzeiro-MG Ponte Preta-SP Chapecoense-SC Fluminense-RJ Atlético-MG Bahia-BA Coritiba-PR Atlético-PR Avaí-SC São Paulo-SP Vitória-BA Atlético-GO
P 40 31 30 28 26 24 24 23 22 21 21 21 20 19 19 17 17 15 12 9
J 16 15 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 15 16 16
V 12 10 9 7 8 7 6 7 6 6 6 5 5 5 5 4 4 4 3 2
E 4 1 3 7 2 3 6 2 4 3 3 6 5 4 4 5 5 3 3 3
D 0 4 4 2 6 6 4 7 6 7 7 5 6 7 7 7 7 8 10 11
GP 26 30 18 24 24 24 17 21 18 19 22 24 17 20 17 14 10 15 16 13
GS 7 16 10 13 18 20 14 26 16 21 28 24 19 19 22 22 18 18 29 29
SG 19 14 8 11 6 4 3 -5 2 -2 -6 0 -2 1 -5 -8 -8 -3 -13 -16
fotos: Divulgação
David Braz acredita que o Santos está vivo para disputar o título do Campeonato Brasileiro desta edição
no chão que vamos longe”, projetou o camisa 10. Elogiado por Levir Culpi após a partida, o meia argentino Vecchio elogiou a atuação do Santos neste domingo. “Sabíamos que seria um jogo muito difícil, contra um time que venceu os últimos jogos fo-
ra. Fizemos um primeiro tempo muito sólido e depois no segundo manejamos o jogo”, analisou. Antes de enfrentar o Grêmio em confronto direto no próximo domingo pelo Brasileirão, o Santos receberá na quarta-feira o Flamengo, às
21h45 (de Brasília), na Vila Belmiro, precisando reverter uma desvantagem de 2 a 0 para avançar às semifinais da Copa do Brasil. Autor dos três gols do Santos na vitória por 3 a 0 sobre o Bahia, neste domingo, no Pacaembu, Bruno Henrique agra-
deceu a Lucas Lima após a partida. Foi do meia a linda jogada que originou o segundo tento do atacante e do Peixe no duelo. Artilheiro da equipe na temporada com dez gols, Bruno Henrique ainda não havia balançado as redes no Campeonato Brasileiro, que chegou à sua 16ª rodada. Segundo o protagonista do jogo, a parceria entre os dois fora de campo também ajudou para o seu crescimento no Santos. “O meu último gol tinha sido na Libertadores, contra o Atlético-PR. Ainda não tinha marcado no Brasileiro, mas hoje fui feliz, pude fazer os três gols com a ajuda dele (Lucas Lima). Quando ele está inspirado, não tem pra ninguém. Qualidade dele, passes, o momento dele, o Santos vai lá em cima. Quero agradecer, desde que cheguei, ele foi superamigo, me apoiou, o entrosamento foi sensacional”, disse o camisa 27. Sem disfarçar a emoção pelo bom momento na Vila Belmiro, Bruno Henrique começa a planejar objetivos maiores para sua carreira.
> QUARTA-FEIRA
Ainda sem Micale, Atlético-MG recebe o Vasco, no Horto Quando começar o confronto contra o Vasco o banco de reservas do AtléticoMG estará mudado. A voz rouca e o jeito enérgico de Roger Machado dará vaga ao calmo Diogo Giacominni – membro fixo da comissão técnica atleticana. Já na próxima quarta-feira, Rogério Micale, assume suas funções a frente do Galo. Para o jogo contra o Vasco, o Galo deve ter uma formação bastante alternativa, por uma série de problemas. Além do jogo no meio de semana, contra o Botafogo, pela Copa do Brasil, no Rio de Janeiro, o Atlético-MG não poderá contar com Victor e Bremer, ambos suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Na ala, Marcos Rocha será poupado por não ter outra opção para jogar na Copa do Brasil, em caso de problemas. Mas o atacante Fred vai para o jogo, pois, está suspenso do jo-
Atlético-MG espera dar fim à sequência de derrotas em casa
go contra o Glorioso. “O jogo de domingo é muito importante para a gente. Temos que retomar as vitórias em casa no Brasileiro. Precisamos dar a resposta ao nosso torcedor. Vamos com time for-
te, mas vamos considerar o jogo de quarta para a formação desta equipe. Temos um matamata, e podemos ficar a quatro jogos de um título nacional. O Atlético vai com equipe forte, mas, estrategicamente, vai fo-
car no jogo de quarta-feira”, destacou o interino. No Vasco, o técnico Milton Mendes deve fazer muitas alterações em relação ao time que foi derrotado no meio de semana para o São Paulo. O comandante sabe que não poderá contar com Thalles, suspenso, além de Luís Fabiano e Wagner, lesionados. Além deles, o lateral direito Madson e o meia Yago Pikachu devem perder a titularidade. A intenção do treinador deve ser optar por colocar os jovens da base. Na defesa Gilberto volta para a lateral, assim como Mateus Vital no setor de criação. Na parte ofensiva, Paulinho deve ser titular pela primeira vez entre os profissionais no lugar de Pikachu. Já na frente, mesmo com a chance da estreia de Andres Rios, Milton Mendes preferiu trabalhar com Paulo Vitor.
> PRESSÃO
Vaiado, Zé Ricardo culpa ansiedade O Flamengo voltou a vencer no Campeonato Brasileiro, com o triunfo por 2 a 1 sobre o Coritiba, neste sábado, no Rio de Janeiro. Vindo de uma derrota e dois empates na competição nacional, o técnico Zé Ri-
cardo vem sofrendo muito com as críticas da torcida, que espera um desempenho mais regular do elenco considerado um dos melhores do Brasil. A partida no Ninho do Urubu começou com gol de Berrío logo aos seis minutos, e com o Flamengo controlando o confronto. A equipe teve chances de ampliar na primeira etapa, mas foi para os vestiários com o placar mínimo. Quando a bola rolou no segundo tempo, em uma bobeada da defesa, o Coxa empatou. A partir daí, o que se viu foi um Flamengo desorganizado em campo e sem conseguir repetir o futebol do início. Quando Zé Ricardo resolveu mexer na equipe, aos 16 minutos, ele sacou Berrío para a entrada de Vinícius Júnior, e desagradou boa parte da torcida presente, que aplaudiu o jogador e vaiou o técnico. Em sua coletiva após o jogo, Zé Ricardo lembrou que decidiu poupar alguns dos principais jogadores da equipe por conta do desgaste físico, vi-
Apesar da vitória do Flamengo, o técnico Zé Ricardo está pressionado
sando os duelos contra o Santos pela Copa do Brasil e diante do líder Corinthians, na quarta e domingo, respectivamente. Diego, Cuellar, Márcio Araújo e Réver foram poupados. Everton, que chegou a fazer o aquecimento, acabou não entrando em campo por causa de uma gripe. “Ansiedade atrapalha um pouco. Alguns estreando hoje desde o início (Geuvânio), out-
ros com quatro ou cinco partidas sem jogar (Willian Arão e Romulo). O gol cedo do Coritiba no segundo tempo tirou a tranquilidade. Foi um momento crítico. O Coritiba teve oportunidades, mas depois equilibramos emocionalmente e controlamos o jogo. Tivemos bola na trave, gol anulado e, depois de tanto insistir, chegamos ao gol da vitória”, disse o treinador.
B4 | Especial
Primeira Edição | 24 a 30 de julho, 2017
Esportes |B5
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> FÓRMULA 1
Ferrari deve 'esquecer' o GP da Inglaterra Presidente da marca italiana diz que não se deve ficar lamentando Silverstone, mas quer reação imediata de seus comandados Com os estouros de pneus de Kimi Raikkonen e Sebastian Vettel no final da prova em Silverstone, o presidente da Ferrari pediu cautela a seus comandados na volta da Inglaterra. Sergio Marchionne reuniu todos em Maranello e disse que espera que a Scuderia deixe para trás o ocorrido no último GP. "Eu sei que vocês são o mesmo time de Monte Carlo e do início da temporada", disse Marchionne. "Nós não podemos lamentar esse resultado negativo, mas espero uma reação imediata. Nós sempre soubemos que nosso oponente é muito forte e foi dominante por anos." "Mas estou convencido de que retornaremos onde estávamos." Após a vitória de Lewis Hamilton em Silverstone no domingo, o diretor não-executivo da Mercedes, Niki Lauda, sugeriu que o triunfo foi um ponto decisivo. O tricampeão da F1 também acredita que as falhas de pneus de Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen no final do GP foram resultado de uma estratégia excessivamente agressiva explorada pela Scuderia. Chefe da Ferrari, Maurizio Arrivabene refutou o parecer de Lauda. "Deixe Niki falar", disse Arrivabene. "Mesmo que os motivos se-
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Comandante da Ferrari, Sérgio Marchionne quer esquecer Inglaterra e pensar numa reação
jam óbvios, se queixar que perdemos um segundo e um quarto lugar não faz o estilo da Ferrari." "O fato é que perdemos muitos pontos nos campeonatos de construtores e de pilotos. Saímos daqui querendo melhorar rapidamente com humildade e determinação." O tricampeão da F1 também acredita que as falhas de pneus de Sebastian Vettel e Ki-
mi Raikkonen no final do GP foram resultado de uma estratégia excessivamente agressiva explorada pela Scuderia. Chefe da Ferrari, Maurizio Arrivabene refutou o parecer de Lauda. "Deixe Niki falar", disse Arrivabene. "Mesmo que os motivos sejam óbvios, se queixar que perdemos um segundo e um quarto lugar não faz o estilo da Fer-
Pilotos da escuderia italiana foram alertados: a palavra de ordem é dar a ‘volma por cima’
rari." "O fato é que perdemos muitos pontos nos campeonatos de construtores e de pilotos. Saímos daqui querendo melhorar rapidamente com humildade e determinação."
LEWIS NA FERRARI?
O chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff negou todos os rumores dando conta de uma possível ida de Lewis Hamil-
ton para a Ferrari. O austríaco, que já havia entrado em conflito com a mídia em Silverstone pela maneira como Hamilton foi criticado por ignorar o evento da Fórmula 1 em Londres, diz que os boatos da Ferrari têm "relevância zero" para a Mercedes. "Eu não sei quem falou sobre Ferrari e Lewis, mas não é ninguém na equipe e nem ele", disse Wolff.
"O que ele disse foi que é um fã da Ferrari - como todos nós - e que é uma equipe que todo piloto precisa guiar. É isso." "Ele está em um lugar muito bom e ele dirige o carro mais rápido no momento: um Mercedes. Temos um contrato que ainda dura por mais um ano e meio. Toda essa conversa externa não tem relevância para mim, zero."
> ESQUEMA ANTIGO
Brasileirão é máquina de derrubar técnicos e já supera o 'cai-cai' nos clubes europeus Em apenas 15 rodadas, o Brasileirão deixou para trás os campeonatos Inglês, Francês e Alemão, e caminha para desbancar o Espanhol e o Italiano no ranking das trocas de técnico. Com as demissões de Pachequinho (Coritiba) e de Roger Machado (Atlético-MG), a edição atual contabiliza 11 mudanças de comando. No Velho Mundo, apenas a Serie A e La Liga demitiram mais do que a nossa primeira divisão - 12 cada uma. Marcelo Oliveira é o sucessor de Pachequinho no Coxa. O presidente Daniel Nepomuceno procura um dono para a prancheta do Galo. Paulo Autuori é o mais cotado. O auxiliar-técnico Diogo Giacomini assume interinamente. Revoltado com o tratamento dado aos treinadores, o técnico Abel Braga chegou a convocar os colegas para um movimento. "Só vai parar essa cultura no momento em que se reunir alguns nomes como eu, Mano Menezes, Paulo Autuori, Osvaldo de Oliveira, Dorival Junior, Vagner Mancini, Tite… os caras pesados. Se reunirem e fazer uma greve. Técnico não ganha direito de arena. E é demitido sempre dessa maneira. Tínhamos que parar o campeonato. É o jeito de parar Brasília.
Paulo Autuori acha que técnicos devem se unir contra demissões para salvar as diretorias
Enquanto não reunirmos os cascudos para dar um basta, vai acontecer isso. É ridículo", bradou Abel Braga, durante coletiva de imprensa no último dia 11. Recentemente, o regulamento do Campeonato Paulista tentou criar uma regra para limitar a troca de técnicos. O mecanismo, que também está em discussão na CBF, teve o
apoio da Federação de Treinadores de Futebol e de técnicos como Tite e Dorival Júnior. "Essa regra não vale para nada. A relação trabalhista não é regida por outra parte. Regulamento nenhum pode ferir. Está errado", avalia a advogada Gislaine Nunes. Roger Machado perdeu o emprego, entre outros motivos, por ter conseguido a proeza de
Abel Braga reagiu contra a onda de dispensas, mesmo quando não se pode culpar treinador
desmistificar o Independência. O mantra "caiu no Horto, está morto" não funcionou com ele. Se tivesse somado 100% dos pontos em casa, o Atlético seria vice-líder do Brasileirão, um ponto atrás do Corinthians. Entretanto, desperdiçou 16, os três últimos na derrota para o Bahia, por 2 x 0, na última quarta-feira. Em sete meses no Galo, Ro-
ger Machado conquistou o Campeonato Mineiro e deixa o clube com 22 vitórias, 9 empates e 10 derrotas. Fez a melhor campanha da fase de grupos da Libertadores, mas perdeu o duelo de ida das oitavas de final para o Jorge Wilstermann, da Bolívia, por 1 x 0. Campeão paranaense pelo Coritiba neste ano, e responsável pela fuga do rebaixamento
no ano passado, Pachequinho perdeu a imunidade ao ser goleado pela Ponte Preta por 4 x 0. Bicampeão brasileiro à frente do Cruzeiro, em 2013 e em 2014, e campeão da Copa do Brasil em 2015 pelo Palmeiras, Marcelo Oliveira retorna ao clube depois de passagens por Vasco, Cruzeiro, Palmeiras e Atlético-MG, de onde saiu no ano passado.
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> HISTÓRIA
A SINA SUICIDA DOS VARGAS O presidente Getúlio Vargas em ros de revólver. Mais que uma maldi- laridade. Getúlio, o presidente, tem 1954, o filho Maneco em 1997 e agora ção, o gesto autodestrutivo é um pa- sido lembrado nesses tempos de reforo neto Getulinho se suicidaram com ti- drão em famílias com tendência à bipo- ma da legislação que ele instituiu. fotos: Divulgação
De Luís Antônio Giron Revista IstoÉ
Uma linhagem de três gerações de políticos brasileiros cometeu suicídios que lembram uma maldição familiar. O clã Vargas está na origem de um suicídio paradigmático, usado como arma política que alterou a história do Brasil nos anos 1950 e serve até hoje como um modelo de bravura patriótica. Getúlio Dornelles Vargas (1882-1954), o filho Manuel Antônio Sarmenho Vargas (1906-1997) e o neto Getúlio Dornelles Vargas Neto (19562017) se envolveram em política e se mataram com tiros de revólver. A rotina suicida pode parecer uma epopeia cívica quando se trata dos Vargas. Mas, segundo os especialistas, o comportamento segue um padrão que se repete em muitas famílias. O presidente Getúlio Vargas se suicidou durante a crise institucional que o ameaçava de deposição. Um atentado contra seu opositor, o jornalista Carlos Lacerda, perpetrado pela guarda pessoal da Presidência, precipitou o "mar de lama", envolvendo seus irmãos, Benjamin, o Bejo, e Manuel Vargas, o Maneco. A guarda tinha como chefe o guarda-costas de Getúlio, Gregório Fortunato, que confessou ter contratado um pistoleiro para assassinar Carlos Lacerda - mas os tiros mataram o seu segurança, o major Rubens Vaz. Para piorar, a polícia descobriu um documento de transferência de dois terrenos de Maneco para Fortunato. Isso aumentou o desgosto de Getúlio. "Só saio daqui morto", disse. Desferiu um tiro no coração em 24 de agosto de 1954 no
Juscelino Kubitschek no velório do presidente Getúlio Vargas Getúlio Dornelles Neto posa à frente do retrato do avô estadista do Brasil: ele se matou há duas semanas
Maneco Vargas, um jogador compulsivo, também pôs fim à vida
Palácio do Catete. A seu lado estava a "Carta Testamento", na qual declarava que saía da vida "para entrar na História". Foi um momento trágico da política brasileira. Em 15 de janeiro de 1997,
Maneco administrava a estância de Itaqui (RS) quando se deu um tiro no peito com uma pistola de calibre 38. Tinha 80 anos. Na época, os amigos comentaram que ele se matou menos para imitar o heroísmo
do pai do que para fugir das dívidas: era um jogador compulsivo e sempre teve problemas em administrar as finanças pessoais. No inquérito militar que apurou corrupção getulista, Maneco declarou que vendeu dois terrenos a Gregório Fortunato para saldar dívidas. Maneco formou-se engenheiro agrônomo. Após a morte do pai, trabalhou como secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul e, em 1955, foi eleito prefeito de Porto Alegre. O filho de Maneco, conhecido como Getulinho, era formado em Administração e pecuarista. Administrava a estância de Itaqui. Como o pai e o avô, tentou a carreira política, mas fracassou. Nos anos 1980, concorreu para deputado estadual pelo PDT, mas não se elegeu. Em 2011, ingressou no Partido Popular Socialista (PPS) e
pensou em concorrer ao governo do Rio de Janeiro, mas desistiu. Foi encontrado morto por uma funcionária da família na manhã de 17 de julho em seu apartamento em Porto Alegre. A polícia descobriu um ferimento de bala de revólver na têmpora e, ao lado do corpo, um bilhete. A delegada da 2ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre afirma que foi suicídio. Segundo amigos, Getulinho era bem-humorado. Os mais velhos dizem que dava gargalhadas jogando a cabeça para trás, que lembrava a risada do avô Getúlio. Amigos e parentes não entenderam o motivo do suicídio. O mistério sobre a sina dos Vargas pode ser explicada pela medicina. Os especialistas afirmam que suicídio em família segue um padrão repetitivo. "As causas podem ser biológicas e genéticas", diz o psiquiatra Teng Chei Tung, coordena-
dor do Serviço de Interconsultas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP. Segundo ele, o quadro de depressão provoca um desejo de se livrar do sofrimento e da falta de perspectiva por meio da autodestruição. O gesto tanto pode ser impulsivo como premeditado. "O suicídio tem várias razões." Segundo ele, os membros de uma família podem possuir um componente genético comum que os torna propensos à depressão e à bipolaridade. "Estudos mostram padrões dos suicidas como o de deixar um bilhete, que é um clichê e um modo de se colocar como vítima", diz Tung. "Nada impede que uma pessoa bipolar se mate no auge da alegria, quando se vê frustrada por um fato insignificante." Os Vargas são um exemplo de motivações suicidas as mais variadas, nem todas heroicas.
Collor lembra legislação trabalhista de Vargas O senador Fernando Collor de Mello (PTC/AL) votou contra a reforma trabalhista "que sepulta conquistas históricas asseguradas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)". Em discurso realizado no plenário do Senado durante a votação, Collor defendeu que atualizações sejam realizadas na legislação trabalhista, mas tomando como base os dispositivos da CLT, pensando ainda nos "deserdados da globalização que estão ficando, dia a dia, à margem do processo de inovação tecnológica". Ao longo da trajetória da vida pública, Collor sempre reagiu às propostas e iniciativas que afetavam o trabalhador brasileiro. De acordo com o senador, o necessário agora seria a discussão de uma legislação moderna, prospectiva e capaz de estimular desde a readequação das profissões até a inclusão dos trabalhadores às novas tecnologias e as demais inovações que avançam e se renovam em escala geométrica. Ao contrário do que defende o atual texto, Collor reforça que é preciso salvaguardar os direitos dos trabalhadores, especialmente daqueles mais vulnerá-
veis, como as gestantes, os terceirizados, os trabalhadores rurais, os mais simples, menos qualificados e, acima de tudo, menos mobilizados. "A verdade é que a imposição desta reforma terá somente um efeito: a volta do clima de intranquilidade da classe trabalhadora. Uma intranquilidade que se voltará, paulatinamente, contra o próprio Estado brasileiro. É esta a cena que precisa ser enxergada; é este o cenário que precisa ser descrito e o futuro inovador que precisa se antever. Portanto, não será desmontando a atual base desse novo e necessário arcabouço que estaremos contribuindo para entendê-lo e adaptá-lo à realidade do mundo virtual na produção de bens e na prestação de serviços", apontou. O senador lembrou que aqueles que defendem a atual reforma projetam que a CLT está ultrapassada e que, portanto, precisa ser alterada. Contra esse argumento, Collor rebate todos os fatos com números e reforça que a legislação foi inúmeras vezes alterada, modernizada e adaptada pontualmente de acordo com as demandas de cada época.
Collor invocou a legislação deixada por Vargas ao discursar contra a reforma trabalhista recém aprovada
Segundo ele, o conjunto de artigos da CLT já sofreu, desde 1943, 497 modificações, além das 67 disposições constitucionais de 88 que a ela se somaram.
LEGADO
Collor lembrou que, como
presidente da República, cinco décadas após a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), implantou em definitivo a aposentadoria rural, garantindo um salário mínimo a todos os trabalhadores do setor, sancionou a lei conhecida como RJU, bem como a lei que concedeu o
seguro-desemprego a pescadores artesanais, durante os períodos de defeso, além de consolidar por decreto as normas regulamentares do FGTS.
COMPROMISSO
Collor ressaltou que o programa da Aliança Liberal,
redigido por seu avô Lindolfo Collor, que lançava o nome de Getúlio Vargas contra o continuísmo da política do café com leite de Júlio Prestes, propunha medidas de proteção aos trabalhadores, como a extensão do direito à aposentadoria, a regulamentação do trabalho do menor e das mulheres e a aplicação da Lei de Férias. Durante o discurso, o senador frisou que o programa rompia com uma política de controle da classe operária e tornava clara a necessidade de se ampliar e de se fazer cumprir a legislação social. "A partir de então, os sindicatos passam a servir de anteparo dos conflitos trabalhistas, e criam-se comissões permanentes e mistas de conciliação entre empregados e empregadores. Enfim, reconhecem-se como legítimas as reivindicações históricas do movimento sindical anterior à década de 30, e lançam-se as bases da legislação trabalhista, sindical e previdenciária, que posteriormente seria agrupada na Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, de 1943", relembrou.
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Opinião |B7
O fato do foto
Editorial
O 'homem-crise' A segunda-feira (17) da semana passada amanheceu incrivelmente tranquila. Em seus sites, os grandes jornais - Estadão, Globo e Folha de S. Paulo - não estampavam notícias da 'crise' em suas manchetes. Até por volta de uma da tarde, o foco eram relatos sobre as baixas temperaturas no Sul do Brasil, o segundo loto de restituição do Imposto de Renda e algumas notas requentadas sobre a votação da denúncia contra Michel Temer. De repente, um enfoque novo invadiu os espaços: uma nova denúncia contra o presidente da República estaria sendo gestada. E como não poderia ser de outro modo, o assunto foi abordado pelo procuradorgeral da República, um deslumbrado que tenta criar o sistema de 'provas por ilação'. Em Washington, onde fazia palestra e explicava com enorme dificuldade, claro - como fez acordo de delação deixando em liberdade criminosos de altíssima periculosidade, como os irmãos Joesley e Wesley Batista, Rodrigo Janot voltou a alimentar a crise admitindo que está preparando uma segunda denúncia contra Temer. Sintomaticamente, naquele exato momento, a Bolsa de Valores de São Paulo recuou, após altas seguidas motivadas pela vitória do presidente da República na votação da acusação de Janot na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. A denúncia, fundamentada em suposição, caminha para ser rejeitada também no plenário da Câmara. Isto poderia refletir um quadro de retomada da normalidade, com efeitos positivos na economia, mas a tendência por nova acusação deve recriar o clima de 'crise', que não interessa ao país, mas parece satisfazer a ânsia de projeção do procurador-geral. Sugeriu Janot, nos Estados Unidos, que, se for o caso, nova denúncia contra Temer pode até ser sequenciada depois que ele deixar a PGR no dia 19 de setembro. Acredita, ao menos ele, que a futura chefe do Ministério Público, Raquel Dodge, estaria disposta a fomentar crises para, para o próprio, se manter em evidência ocupando os espaços da grande imprensa.
Conta da gastança cai no colo do povo Vicente Nunes (*)
reajuste, equiparando a correção aos 27,8% dada à elite do serviço público. Mesmo sabendo que as contas públicas estavam estraçalhadas, o presidente preferiu não enfrentar as corporações. Alegou que, sem o cumprimento dos acordos fechados ainda na administração de Dilma Rousseff, a máquina governamental poderia parar. Não bastasse esse sinal de fragilidade, Temer recorreu a um expediente incompatível com o discurso fiscalista da equipe econômica: abriu os cofres em junho e em julho para angariar votos a fim de barrar, na Câmara dos Deputados, a denúncia de corrupção passiva feita contra ele pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. De janeiro a maio, a liberação de emendas parlamentares ficou um pouco acima de R$ 100 milhões. Nos dois meses seguintes, os desembolsos passaram de R$ 2 bilhões. O peemedebista mostrou que, no vale tudo para manter o cargo, o ajuste fiscal virou ficção. é que o
O governo de Michel Temer assumiu com um discurso duríssimo sobre a necessidade de o país fazer um ajuste fiscal consistente, mas, passados um ano e dois meses dos compromissos assumidos pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o equilíbrio das contas públicas continua na promessa. Uma análise mais profunda da evolução das finanças federais aponta que a gastança continuou desenfreada. Não por acaso, a equipe econômica anunciará hoje mais um aumento de impostos. Até ontem à noite, estava certa a elevação do PIS e da Confins sobre combustíveis e, se necessário, a alta da Cide, que também incide sobre a gasolina e o diesel. A conta do desajuste, mais uma vez, será paga pela população. Para tentar justificar o fracasso na gestão das contas públicas, o governo diz que o aumento de imposto foi a última opção que restou para que não seja obrigado a abrir mão do ajuste fiscal. A prioridade é evitar que o rombo neste ano seja maior do que os R$ 139 bilhões colocados como teto. A equipe econômica argumenta, ainda, que a forte recessão prejudicou a recupera“O pior ção da arrecaaumento de dação de tribuE pode vir mais tos. O pequeno pior é que o impostos não vai Oaumento aumento real de de 0,77% nas resolver o proble- impostos não vai receitas no priresolver os proma das contas meiro semestre blemas das connão foi suficientas públicas, pois públicas” te para comas receitas contipensar a elevanuarão crescenção de gastos do aquém do neque se viu nos últimos meses. Os cessário e os gastos se manterão técnicos alegam que fazem o que explosivos. O risco de a meta fispodem, tanto que cortaram R$ cal deste ano não ser cumprida 39 bilhões do orçamento deste continuará latente. Pior: mesmo ano. Mas o certo é que o gover- pagando mais para um Estado no é perdulário e o Estado, perdulário, vários serviços estão inchado demais. ameaçados. O presidente do Temer teve todas as oportunida- Instituto Nacional do Seguro des de, realmente, fazer um ajus- Social (INSS), Leonardo Gadelha, te fiscal de verdade. Contudo, diz que, se órgão não receber um optou por favorecer corporações, aporte extra de verbas até o fim como a dos servidores públicos, do ano, terá que suspender o que tiveram aumentos de salá- atendimento em até metade dos rios de até 27,8% divididos em postos espalhados pelo país. A quatro anos. Para se ter uma Força Nacional, que reforça a ideia, entre 2016 e 2019, os rea- segurança onde a violência atinjustes do funcionalismo vão cus- ge níveis alarmantes, pleiteia R$ tar mais de R$ 100 bilhões ao 120 milhões para manter as troTesouro Nacional. Há, ainda, uma pas nas ruas. Se esse dinheiro fatura de até R$ 16 bilhões sendo não for liberado rapidamente, pleiteada pelo chamado carrei- quase 1,6 mil policiais voltarão rão, formado pelos servidores para os quartéis. que estão na base dos salários. Como eles fecharam acordo por (*) Colunista do Correio Braziliense apenas dois anos, 2016 e 2017, receberam aumento de 10,8%. Agora, querem mais dois anos de
O papa Francisco acompanha apreensivo o aumento das tensões em Jerusalém, devido a novas medidas de segurança impostas por Israel na Esplanada das Mesquitas. Francisco pediu 'moderação e diálogo' às partes envolvidas, durante o Ângelus, neste domingo, na Praça São Pedro
Políticas regionais na retomada Alexandre Rands Barros (*) Em momentos de crise, mas em que a economia começa a dar sinais de que vai se recuperar, começam a surgir discussões sobre políticas de desenvolvimento. No âmbito regional, quais devem ser as políticas de desenvolvimento para o Nordeste já está sendo alvo de discussões. Mudanças nas ideologias dominantes sobre as formas de atuação do setor público, assim como nas interpretações das causas dos atrasos relativos da região, precipitam essas discussões. Muitos veem a necessidade de redefinições na estrutura das políticas, ao invés de uma simples retomada das já existentes. As políticas regionais no Brasil recentemente têm se fundado em quatro pilares: (i) políticas sociais distributivas (Bolsa Família, etc.); (ii) políticas de transferências de recursos para os setores públicos locais (FPM e FPE, entre outras); (iii) políticas para formação de capital humano (Fundeb, etc.); e (iv) políticas de facilitação dos investimentos (créditos de BNB e Sudene). Ultimamente os recursos são alocados de forma decrescente nessa ordem, indicando as prioridades das políticas adotadas. Transferências para os mais pobres, que beneficiam mais residentes nas regiões de menor PIB per capita, e para os governos locais nas regiões mais pobres são as prioridades. A primeira dessas políticas resgata uma dívida gerada pelo abandono por séculos da população mais pobre. Por isso, mesmo sem ter impacto relevante no crescimento das regiões atrasadas, ela deve persistir, talvez com poucos ajustes. As transferências para governos municipais e estaduais, que é a segunda política mais beneficiada com recursos, por sua vez, apenas
contribui para sustentar uma estrutura política arcaica que atrapalha o desenvolvimento, pois sustenta-se no populismo e desperdício de recursos. Essa precisa ser razoavelmente repensada ou pelo menos ter seus recursos reduzidos. Somente em terceiro lugar quanto à absorção de recursos aparece a política mais importante para reduzir as disparidades regionais, que é a transferência de recursos para a educação nos municípios e regiões mais pobres. Esses recursos, contudo, são
“As políticas de facilitação dos investimentos utilizam apenas cerca de 5% dos recursos usados em políticas regionais” transferidos apenas para complementar um mínimo de gastos por alunos, sem regras claras que possam forçar a prioridade dos municípios na qualidade da educação e eficiência de sua gestão. Uma estrutura de incentivos adequada com esses propósitos seria fundamental para aumentar o poder político dos segmentos que mais priorizam a educação e, com isso, criar uma visão mais desenvolvimentista nos municípios. Ou seja,
até mesmo a alocação de recursos para a formação de capital humano pode ser melhorada com vistas a dar mais eficiência nos seus resultados e contribuir com a redefinição das prioridades sociais e políticas nos diversos municípios. As políticas de facilitação dos investimentos atualmente utilizam apenas cerca de 5% dos recursos utilizados em políticas regionais no Brasil. No caso do Nordeste, elas são conduzidas principalmente pelo BNB e pela Sudene. Esses recursos hoje utilizam uma estrutura burocrática de alocação de recursos entre os diversos projetos, com escolhas feitas por funcionários públicos sem experiência na gestão de empresas privadas e com foco em se proteger de problemas futuros. Por isso, a lógica de alocação de recursos é bem conservadora. A capacidade de oferecer garantias fornecidas pelos agentes tomadores é o principal critério nas decisões, ficando a eficácia do projeto para segundo plano. Essas políticas também precisam ser aprimoradas, com premiação de agentes alocadores dos recursos pelo seu desempenho, o que os tornará parceiros dos empreendedores. (*) Economista, PhD pela Universidade de Illinois, presidente da Datamétrica e do Diário de Pernambuco
Por que Temer ainda não caiu? 1 Roberto Amaral (*) Muitos se perguntam: por que, após tantas denúncias, ditadas e repetidas por fontes as mais diversas, e insuspeitas, como a voz dos ex-sócios, Michel Temer ainda não caiu, quando foi tão fácil depor a presidente Dilma Rousseff? Como se sustenta um presidente sem apoio no voto, ungido ao poder por um golpe de Estado midiático-parlamentar (onde começa a desmilinguir-se seu mando), e desfrutando do desapreço da população de seu país, de quem foge, acuado, escondido no bunker em que foi transformado o Palácio do Jaburu? Vários fatores podem, no conjunto, constituir uma resposta mais ou menos satisfatória. Mas, antes de mais nada, lembremos que, divergências secundárias à parte, mantem-se de pé a coalizão econômico-política montada lá atrás para assegurar o impeachment. O capital financeiro, o agronegócio, as igrejas pentecostais e suas representações no Congresso e nos grandes meios de comunicação, permanecem unificados em torno das 'reformas', eufemismo com o qual se designa o projeto, em curso acelerado, de regressão política, social e econômica do País, cujo alcance paga qualquer preço. Para esse efeito, Temer é peça secundária, instrumento descartável a qualquer momento. E por que não é jogado ao mar como carga imprestável? Por que a troca de guarda coloca, entre várias outras questões (como a relativa apatia das ruas, o medo dos parlamentares em face dos seus 'justiceiros', e o 'risco Lula', etc.) dois problemas, para o establishment: um, o modus faciendi do descarte, que precisa respeitar, pelo menos nas aparências mais vistosas, as regras constitucionais, e, dois, a necessidade de que a substituição se faça em segurança, para que no lugar de Francisco se sente Chico, comprometido, como ele, com as 'reformas'. Por tais razões, nenhuma porta pode ser aberta, mesmo pela direita, sem o concurso, ora da Câmara dos Deputados (a quem cabe autorizar ou não o impeachment e a
abertura de processo contra o presidente), ora do Supremo Tribunal Federal, que, para dizer o mínimo, deixa muito a desejar na sua letargia, no seu partidarismo, sempre atendendo aos movimentos dos cordéis comandados pelo poder. Lamentavelmente, após um lento processo de corrosão (derivado em elevada potência do desastre do processo político-eleitoral em agonia), apresentam-se derruídas as bases morais e constitucionais dos poderes projetados pela soberania popular (e sobre todos reinam os poderes econômicos e mediáticos), pois estamos em face da falência de representatividade (donde perda de legitimidade) tanto do Legislativo quanto do Executivo - ambos, ademais, acusados de
“Como se sustenta um presidente sem apoio no voto, ungido ao poder por um golpe de estado parlamentar-midiático?” corrupção congênita. Que dizer de uma Câmara dos Deputados presidida, até ontem, pelo presidiário Eduardo Cunha (hoje por Rodrigo Maia), ou de um Poder Executivo chefiado por Michel Temer, aguardando, em doce vilegiatura pela Europa, a denúncia por crime de corrupção com a qual lhe acenam a PGR e o STF? Um de seus comparsas, em crise com a chefia, como quase sempre ocorre nos momentos de divisão do butim, resumiu bem, e com a autoridade que ninguém lhe nega, o retrato da organização criminosa: "metade está na cadeia e metade está no Palácio do Planalto", sua caverna, sua toca.
O Judiciário, por seu turno, faz sua parte, seja como instituição, seja pelo comportamento de alguns de seus membros. Lento e parcial, contraditório em suas decisões (de que deriva a insegurança jurídica), desrespeita direitos amparados pela Constituição e invade áreas do Legislativo e do Executivo. Partidarizado, intervém no processo político, como ao não julgar a liminar sobre a proibição de Lula assumir a chefia da Casa Civil de Dilma Rousseff. Omitindose, ardilosamente, abriu, consciente e deliberadamente, o caminho de que as forças golpistas careciam para abrir caminho ao impeachment, do qual se fez coator. Quando a todos nos parecia que o ridículo, o opróbrio, o inusual, o insuspeitável, o escandaloso teria sido esgotado pelo espetáculo de chanchada chinfrim oferecido pela Câmara dos Deputados na lamentável e cara (sabe-se agora, pelas delações premiadas, quanto de propina custou aquela votação!) sessão de 17 de abril de 2016, quando aceitou a denúncia contra Dilma Rousseff, eis que o julgamento, pelo TSE, do pedido tucano derrotado de desclassificação da chapa vitoriosa em 2014, se transforma em episódio lamentável. Refiro-me evidentemente, ao comportamento do presidente da sessão (debochado, insolente, mal-educado, rompendo as raias do ridículo), o ainda ministro Gilmar Mendes, ministro do STF e do TSE, advogado militante, empresário do ensino privado, promotor de convescotes com homens de negócios e acadêmicos sem nomeada, assessor de réus que ora julga no tribunal eleitoral, ora julga no Supremo, e, finalmente, com sua família, fornecedor de bois para o complexo JBS. (*) Cientista político e ex-ministro da Ciência e Tecnologia
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