Relatório anual Associação 4C

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O pr贸ximo passo

2009

relat贸rio A N U AL


A nossa Visão A Associação 4C seja reconhecida pelo setor cafeeiro como o primeiro passo para uma comunidade cafeeira mundial mais sustentável e transparentey.

A nossa Missão A Associação 4C é uma organização impulsionada pela afiliação inclusiva de fazendeiros de café, comércio & indústria e sociedade civil. Os associados trabalham em conjunto para melhorar as condições econômicas, sociais e ambientais por meio de práticas mais sustentáveis e transparentes para todos aqueles que vivem do setor do café.


Mensagem da Diretoria Executiva

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O próximo passo Desde o lançamento do Código Comum para a Comunidade Cafeeira, o Sistema 4C se desenvolveu muito. Conseguir a concordância de diferentes setores em relação aos parâmetros para a sustentabilidade foi um importante marco inicial, seguido pela constituição formal da Associação 4C no final de 2006, e da Secretaria 4C em 2007. Nesses últimos anos, a Associação lançou com sucesso serviços de apoio para cafeicultores, implantou o sistema de verificação, entrou em negociações com um número cada vez maior de operadores e parceiros do setor e estabeleceu importantes parcerias com ONGs e organizações governamentais. Foi uma fase inicial de muitos ajustes e conquistas, crucial para estabelecer o caminho para a sustentabilidade no setor cafeeiro. Em 2009, a Associação 4C realizou uma avaliação de suas ações a partir dos sucessos e desafios encontrados durante a primeira etapa de sua existência, resultando no desenvolvimento de um planejamento estratégico para os próximos passos. O principal desafio até agora foi a questão de como equilibrar oferta e demanda para o café que cumpre os parâmetros 4C (4C Compliant Coffee). Embora a oferta global de cafés 4C tenha aumentado constantemente, representando 7,7% da oferta global de café no final de 2009, a demanda não tem crescido na mesma velocidade. Aumentar a demanda para esses cafés é, portanto, um dos principais objetivos da nova estratégia e foco de trabalho para os próximos anos. A análise também deu subsídios para importantes mudanças na Associação 4C visando melhorar sua eficiência e eficácia. Em maio de 2009, a Associação 4C reviu e aperfeiçoou seu documento fundamental – o Código de Conduta 4C – sob orientação do Comitê Técnico e coordenação da Secretaria do 4C. Além disso, em 2009, foi realizada a revisão da estrutura de governança da Associação, com a participação ativa de seus membros. Na Assembléia Geral de maio de 2009, foram eleitos os novos componentes da Diretoria Executiva, do Conselho e a Diretora Executiva, sendo aprovado o novo Plano Estratégico 2015. Mesmo passando por períodos de adaptação em 2005, estamos convencidos que os esforços valeram a pena. O Código de Conduta fortalecido é mais fácil de interpretar e aplicar na prática e, portanto, esperamos que seja mais benéfico para os produtores de café ao redor do mundo. As revisões dos processos de governança resultaram em um processo de tomada de decisões mais transparente e participativo, e deverá fortalecer a Associação.

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Incentivados pelo progresso e por essas melhorias para a própria Associação 4C, estamos revigorados e equipados para expandir ainda mais o alcance e impacto do nosso trabalho. Aplaudimos as realizações de nossos membros e Unidades 4C, do Conselho, do Comitê Técnico e da Secretaria em 2009. Estamos entusiasmados com o trabalho que teremos daqui em diante.

Roel Vaessen Diego Pizano Salazar

Patrick Leheup Albrecht Schwarzkopf

Hein Jan van Hilten

Diego Pizano Salazar, Presidente da Associação 4C e Presidente da Diretoria Executiva — 01 Albrecht Schwarzkopf, Vice-presidente da Associação 4C — 02 Roel Vaessen, Tesoureiro da Associação 4C — 03 Patrick Leheup, Presidente do Comitê Técnico — 04 Hein van Hilten Jan, Presidente da Junta de Mediação — 05

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ASSOCIAÇÃO 4C | ReLATÓRIO DE 2009 – Índice

O próximo passo 01

Mensagem da Diretoria Executiva

Índice

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Mensagem da Diretora Executiva

A Associação 4C em resumo

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A Associação 4C em resumo

Plano Estratégico 2015

06-07

Plano Estratégico 2015

Código de Conduta revisado

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Código de Conduta revisado

Novos processos de governança

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NovOS PROCESSOS de governança

Identidade atualizada

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Secretariado fortalecido

combaterem as mudanças climáticas

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combaterem as mudanças climáticas

Serviços de Apoio

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Serviços de Apoio

A Associação 4C no Vietnã

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A Associação 4C na Índia e na Indonésia

A Associação 4C nas Américas

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A Associação 4C nas Américas

A Associação 4C na África

22-23

TREINAMENTOS E WORKSHOPS PELAS UNIDADES 4C

Verificação

24-25

Verificação

A ASSOCIAÇÃO 4C NO MUNDO

26-27

A ASSOCIAÇÃO 4C NO MUNDO

Demonstração dos Resultados 2009

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Demonstração dos Resultados 2009

Orçamento de 2010

30-31

Orçamento de 2010

LISTA DOS MEMBROS DA 4C

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LISTA DOS MEMBROS DA 4C

Agradecimentos

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Agradecimentos

Organização

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ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Mensagem da Diretora Executiva

Mensagem da Diretora Executiva Trabalhando para um Mundo Cafeeiro Melhor O termo que mais se ouviu em 2009 foi “crise econômica global”. As vendas de alimentos parecem ter conseguido se manter em melhor situação, com o consumo global de café permanecendo relativamente estável. Os produtores de café resistiram à maior parte dos efeitos da desaceleração, com resultados variados, dependendo do país.

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Para a Associação 4C, 2009 foi um ano de muitos acontecimentos. Ano em que a Associação cresceu ainda mais e, principalmente, passou por um período de adaptação e consolidação de seus princípios essenciais. A Secretaria e os membros se empenharam em rever a missão e a visão da da Associação 4C, visando ao aperfeiçoamento e a valorização de seus objetivos. O logotipo também foi atualizado para melhor refletir o valor e a missão fundamental da Associação 4C, bem como o seu novo slogan: para um mundo cafeeiro melhor! Esforço considerável foi despendido no fortalecimento dos processos de governança. Os estatutos e o regimento interno para os diferentes órgãos foram revistos e aprimorados. Em maio de 2009, novos representantes do Conselho da Associação 4C foram eleitos e nomeada uma nova Diretoria Executiva. O Código de Conduta 4C também foi analisado e aperfeiçoado em 2009. Enfim, o Plano Estratégico 2015 foi elaborado com a participação e comentários da maioria dos membros, e aprovado pelo Conselho. De uma perspectiva operacional, a primeira fase do processo de descentralização foi realizada com a abertura, em dezembro de 2009, do escritório regional no Vietnã.

A Associação 4C informa que as compras de cafés que cumprem os parâmetros 4C por compradores finais aumentaram acima de 150%, passando a quase meio milhão de sacas de café verde. Além disso, a oferta de cafés que cumprem os parâmetros 4C no mundo mais do que dobrou em apenas um ano, passando de 4,6 milhões de sacas em 2008, para 9,5 milhões em 2009.1 O número de associados tem crescido constantemente com 29 novos membros, totalizando 129 membros em dezembro de 2009. Somente do comércio e indústria, demos boas-vindas a 17 novos membros e tudo indica que as compras de cafés que cumprem os parâmetros da 4C continuarão a crescer fortemente de agora em diante. A Associação 4C comprovou sua capacidade de trazer seu conceito do papel para a prática. A mensagem do 4C é válida, sua estratégia bem definida e seu compromisso com o avanço da sustentabilidade no setor do café mainstream é sólido. A Associação 4C enfrenta 2010 dando um novo salto, graças aos vários esforços para otimizar e aperfeiçoar seus processos de trabalho. Nos primeiros meses de 2010, a Associação 4C se dedicou ao monitoramento ainda mais aprofundado do seu impacto prático, aprimorando suas comunicações externas e com seus membros. Também incentivou a participação, aumentando a consulta a seus principais parcerios e membros nos diferentes países, para projetar e fornecer serviços de apoio específicos para os produtores. Com forte apoio do setor cafeeiro como um todo, a Associação 4C pode agora apoiar-se em estruturas, processos e finanças saudáveis para implantar suas ambiciosas metas para o futuro. Juntos, podemos trabalhar por um mundo cafeeiro melhor!

Melanie Rutten-Sülz 1

Nota: Esses números se referem ao ano cafeeiro que vai de 1º de outubro a 30 de setembro

06 — Melanie Rutten-Sülz, Diretora Executiva da Associação 4C

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ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – A Associação 4C em resumo

A Associação 4C em resumo

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A Associação 4C é uma organização impulsionada por afiliação inclusiva de cafeicultores, comércio e indústria, e a sociedade civil. Os membros trabalham em conjunto para melhorar as condições econômicas, sociais e ambientais por meio de práticas mais sustentáveis e transparentes para todos aqueles que vivem do setor cafeeiro. Os principais pilares da associação, estabelecida em 2006, são o código de conduta, as regras de participação para o comércio e a indústria, os mecanismos de apoio para os cafeicultores, um sistema de verificação e uma estrutura de governança participativa.

Código de Conduta da 4C O principal instrumento para a Associação 4C promover a sustentabilidade no setor cafeeiro é o Código de Conduta 4C. O Código 4C estabelece as dimensiões social, ambiental e econômico para a produção sustentável, processamento e comercialização do café verde. Ele tem um nível de entrada moderado, com o compromisso dos particiantes de melhorarem continuamente, sobretudo, quanto às dez práticas consideradas inaceitáveis “4C é a base, um ponto pelo Código.

próximos passos são

os parâmetros 4C somente se suas práticas demonstrarem ser no mínimo da categoria “amarelo médio”. Através dessa abordagem de melhoria contínua 4C, a Associação 4C orienta os produtores quanto aos aspectos prioritários da sustentabilidade.

Uma vez que os parâmetros tenham sido atingidos, os produtores podem, enfim, melhorar de partida. Os seu desempenho para atender a mais fáceis, uma padrões mais exigentes.

Para cada princípio, vez que exista primeiro uma base sólida. são delineados critérios O mais importante é que os produtores Apoio aos cafeicultores para classificar em têm a oportunidade de ver uma outra categorias (verdes, realidade, mudar suas idéias e, conseA Associação 4C visa a aumentar amarelas ou vermeqüentemente, suas ações” a renda líquida dos produtores lhas) as práticas de de café mediante a melhoria da produção de acordo — Osmar Moraes, Stockler Comercial e Exportadora Ltda, Unidade 4C no Brasil — qualidade, redução de custos, aucom seu nível de mento da eficiência e otimização da cadeia de suprimentos. sustentabilidade. São classificadas como verdes as práticas Para atingir esses objetivos, a Associação 4C, seus membros desejáveis, enquanto as amarelas sinalizam para práticas que e parceiros proporcionam serviços de apoio aos cafeicultores, devem ser melhoradas. As vermelhas indicam que a prática incluindo treinamentos e acesso a ferramentas e informações. deve ser descontinuada. No nível de entrada ou inicial, a O apoio é fornecido por meio do Departamento de Serviços Unidade 4C, formada por um grupo de produtores que pode de Apoio 4C e uma rede global de parceiros em diferentes fornecer pelo menos um contêiner de café verde e que foi regiões produtoras de café. aprovado na Verificação 4C, poderá vender café que respeita

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Produtora na Unidade 4C FNC, na Colômbia: nas Unidades 4C, os cafeicultores — 01 aprendem como plantar e processar seu café da maneira mais sustentável.


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – A Associação 4C em resumo

Regras de participação do comércio e da indústria Ingressar na Associação 4C implica responsabilidades para os membros do comércio e da indústria. Suas taxas cobrem os custos de verificação dos produtores. Eles também contribuem com um mínimo de 30% até um 70% de suas taxas de afiliação para financiar diretamente os Serviços de Apoio da 4C. Além disso, na Associação 4C os torrefadores, se comprometem a comprar volumes crescentes de café de fontes verificadas ao longo do tempo e informar as quantidades compradas anualmente.

Governança participativa Um elemento-chave da Associação 4C é seu processo participativo de tomada de decisões, incluindo todos os representantes ao longo da cadeia de suprimentos do café. Os membros do setor produtivo, do comércio e da indústria, bem como da sociedade civil estão todos representados na estrutura de governança da associação e têm poderes iguais no processo decisório. Essas três categorias são agrupadas em três câmaras: dos produtores, do comércio e da indústria e da sociedade civil. Em todo órgão de governança da 4C, a saber, a Assembléia Geral, o Conselho, a Diretoria Executiva, o Comitê Técnico e a Junta Mediadora, as três de suscâmeras estão igualmente representadas.

“Queremos apoiar ativamente o conceito tentabilidade da 4C, por meio de nossa afiliação à Associação 4C. Portanto, esperamos que os objetivos da associação relacionados às práticas da agricultura sustentável no setor cafeeiro levem a mais desenvolvimento positivo do ambiente ecológico e social dos produtores de café”.

A Assembléia Geral, formada por todos os membros é autoridade suprema da Associação 4C e elege o seu Conselho. Por sua vez, o Conselho é responsável por eleger os membros da Diretoria Executiva.

— Rudolf Porcher, Líder de Suprimentos, Krüger GmbH & Co. KG, Alemanha —

Estrutura de governança da 4C Junta de Mediação

Assembléia Geral

Sociedade Civil Comércio e Indústria

Grupos de Trabalho

Conselho Diretoria Executiva SECRETARIA

Produtores Comitê Técnico

Comunicações

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ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Plano Estratégico 2015

Plano Estratégico 2015: O caminho à frente Os dois primeiros anos da Associação 4C foram de importantes realizações, baseadas na orientação proporcionada pelo plano de negócios projetado para os primeiros passos da Associação. Nesses primeiros anos, a Associação 4C implantou a Secretaria da Associação, o Sistema de Verificação e os Serviços de Apoio, iniciou parcerias e expandiu de maneira significativa o número de membros – para citar apenas algumas das suas muitas realizações. Mas ainda há um longo caminho a percorrer. A sustentabilidade no mercado de café mainstream, o mais usualmente encontrado no mercado, não será atingida em apenas poucos anos. A maioria dos produtores familiares de café no mundo sente falta de informações sobre como desenvolver suas plantações de maneira sustentável e, sobretudo, como comercializar de forma sustentável. Enquanto isso, a maioria dos consumidores de café no mundo ainda bebe café que foi produzido e comercializado sem a devida consideração ao meio ambiente e às condições de vida dos produtores e dos trabalhadores rurais. No final de 2008, o Conselho da Associação 4C começou a explorar os caminhos à frente, consolidando a trajetória iniciada em 2006. Empenhou-se em uma análise estratégica participativa com os membros e principais grupos interessados, para sincronizar sua estratégia, baseada nas lições aprendidas durante a fase inicial da Associação 4C. A análise deixou claro que para melhorar os parâ-

metros de sustentabilidade do café mainstream em todo o setor cafeeiro global, seriam necessárias outras importantes medidas, que estão definidas no novo Plano Estratégico 2015. O plano inclui sete eixos, que estabelecem objetivos ambiciosos e arrojados visando a aumentar o alcance e impacto da Associação 4C:

1 – Serviços de apoio 2 – Cooperação com outras organizaçoes 3 – Governança 4 – Desenvolvimento de membros 5 – Gerenciamento da oferta e demanda 6 – Credibilidade e transparência 7 – Organização sustentável 1 – Serviços de apoio especificamente para os cafeicultores No futuro, o Departamento de Serviços de Apoio da Associação 4C terá como foco proporcionar uma rede de apoio construída especificamente para o produtor, adaptando seus serviços e ferramentas de treinamento às realidades locais e às especificidades das diferentes regiões produtoras de café, com a expansão e fortalecimento da cooperação com parceiros locais, regionais e internacionais. A nova estratégia dos serviços de apoio busca especificamente melhorar o acesso dos pequenos produtores ao sistema 4C e facilitar o aperfeiçoamento contínuo para os cafeicultores que já estão no Sistema 4C.

2 – Cooperação com outras organizações Como a nova visão, o Código de Conduta 4C se posiciona como o primeiro passo no caminho da sustentabilidade para os produtores de café sem experiência prévia com padrões ou certificações. No momento, eles constituem a maioria

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No workshop para Treinadores 4C, realizado na Indonésia, em outubro de 2009, — 01 os participantes receberam informações sobre práticas sustentáveis nas lavouras, visando o posterior compartilhamento com os produtores nas Unidades 4C.


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Plano Estratégico 2015

dos produtores de café no mundo. O Código age como um trampolim para que os produtores consigam cumprir padrões mais exigentes, tais como os da certificadora Rainforest Alliance. A Associação 4C visa a harmonizar ainda mais seus procedimentos com os de outras iniciativas. Da mesma forma, a Associação 4C deu prioridade às parcerias com outras organizações de conformidade, da sociedade civil, dos órgãos de cooperação para o desenvolvimento e dos institutos de pesquisa, entre outros, para melhorar as sinergias e tratar em conjunto as atividades comuns, como treinamentos e projetos com os produtores.

3 – Número de membros é crescente e compromissado Visando a propiciar benefícios a seus membros, a Associação 4C continuará trabalhando para melhorar e expandir os serviços aos membros atuais e novos, com foco especial na comunicação, fornecendo uma plataforma para intercâmbio de informações.

4 – Promovendo a boa governança Além da revisão dos processos de governança, um dos principais objetivos da Associação 4C é aumentar a participação e representação de seus membros nessa estrutura, fortalecendo assim o compromisso e propriedade dos membros. A Associação 4C também considera importante organizar reuniões regionais regulares com os membros e grupos interessados.

5 – Sólida oferta e demanda Embora a oferta de café que respeita os parâmetros 4C tenha aumentado expressivamente nos primeiros dois anos de atuação da Associação, a demanda por esse tipo de café não acompanhou esse crescimento. Neste sentido, o Plano Estratégico define atividades e medidas transparentes para melhor equilibrar a oferta e demanda no médiano prazo.

6 – Melhorando a credibilidade e a transparência O Plano Estratégico 2015 busca fortalecer ainda mais a transparência e a credibilidade do Sistema 4C. Procedimentos transparentes e participativos para o estabelecimento de regras, verificação independente, monitoramento de impacto e comunicações claras, todos são componentes-chaves para se estabelecer e manter um padrão com credibilidade. Um importante objetivo nesse sentido é atingir a completa afiliação na ISEAL Alliance, associação global para as organizações que estabelecem padrões sociais e ambientais.

7 – Construindo uma organização sustentável Para assegurar a concretização de seus objetivos de longo prazo, é crucial que a Associação 4C tenha finanças sólidas e equipe municiada com os recursos necessários. Assim, a Associação 4C fortalecerá ainda mais a gestão financeira e de recursos humanos.

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02 — Declaração de filiação à 4C na embalagem: um aspecto vital do Plano Estratégico 2015 será igualar o crescimento da oferta com a demanda do café que cumpre os parâmetros 4C 03 — Promover a participação dos membros nas estruturas de governança 4C é um eixo-chave do Plano Estratégico 2015

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ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Código de Conduta revisado

Código de Conduta revisado: buscando melhorar continuamente O Código de Conduta é o cerne do Sistema 4C. Publicado inicialmente em setembro de 2004, após diálogo e consulta ampla aos grupos interessados, é o instrumentochave para promover o nível de sustentabilidade dentro dos parâmetros 4C no setor de café mainstream.

Linguagem mais clara e princípios mais fortes

O Código de Conduta expõe as dimensiões sociais, ambientais A revisão do Código de Conduta tornou o texto mais claro e econômicos para a produção sustentável de café por todos os do início ao fim. Os princípios de sustentabilidade foram atores na cadeira de suprimentos do café verde. Uma vez que as reduzidos de 30 para 28, mas foram significativamente elaboUnidades 4C tenham eliminado as dez práticas definidas como rados em maior profundidade, introduzindo critérios novos e “inaceitáveis”, elas são incentivadas a melhorar continuamente o mais transparentes para cada princípio. Por exemplo, o novo seu desempenho para atingir níveis Código separa o uso de agro“Conselho, Secretaria, Comitê Técnico, mais elevados de sustentabilidade. químicos em dois princípios: Quando todas as práticas forem representantes das Unidades 4C e pontuadas como “verde”, essas 1) Detalhamento específico da também membros da Associação unidades terão atingido o mais alto aplicação de pesticidas destina4C, todos foram ouvidos na revisão nível de sustentabilidade previsto dos a minimizar sua utilização; do Código. Agora esperamos que o no código. Por essa abordagem Código seja mais bem entendido”. flexível, o código tem um nível de 2) Requisitos para manuseio e entrada moderado e faz com que armazenamento de produtos — Bernardo van Raij, Vice-Presidente do Comitê Técnico, os participantes se comprometam químicos. Instituto Agronômico de Campinas, Brasil — com a melhoria continua. De sua parte, a Associação 4C também se empenha para melhorar continuamente seu próprio sistema. Visando a otimizar a aplicabilidade do Código de Conduta, o Conselho decidiu em sua reunião de maio de 2008 revisá-lo em um processo coordenado pelo Comitê Técnico e pela Secretaria da Associação. Atendo-se à abordagem de participação dos vários grupos interessados, os membros, unidades, verificadores e responsáveis pelo treinamento foram consultados sobre a revisão do Código. Foi um processo informativo e produtivo, concluído em junho de 2009, quando em sua quinta reunião, o Código revisto foi aprovado pelo Conselho. O Código pode ser baixado no endereço: www.4c-coffeeassociation.org/en/code-of-conduct.php

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O Código de Conduta visa a redução de práticas agrícolas indesejáveis, tais como — 01 as da colheita e processamento de café com diferentes estágios de maturação


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Código de Conduta revisado

Mantendo registros melhorados para ­melhorar o desempenho dos produtores

Treinando as Unidades 4C e os Verificadores na utilização do Código revisto

No Código revisto, foi introduzida uma nova categoria para os produtores – “Manutenção de Registros”. Os cafeicultores da Unidade 4C agora terão de manter registros físicos de suas atividades de produção, incluindo informações sobre custos de produção e memória da comercialização do café.

O Código revisto entrará em vigor a partir de julho de 2010. Para preparar as Unidades 4C e os Verificadores 4C para a mudança, a equipe de Serviços de Apoio 4C tem trabalhado durante treinamentos e workshops na África, Ásia e América Latina para orientar a implantação do código atualizado.

Os Serviços de Apoio e a Administração das Unidades 4C ajudarão os cafeicultores a implantar e melhorar a manutenção de registros, fornecendo ferramentas e treinamento adequado para assegurar a participação dos produtores que tenham pouca ou nenhuma instrução formal. Espera-se que cada produtor mantenha os registros de acordo com seu nível de instrução e competência.

“Manter registos de produção significa mais trabalho para os agricultores mas é absolutamente essencial para melhorar performance e produtividade. Ajuda os agricultores a perceber como diminuir custos de produção ao trabalhar mais eficientemente, como na utilizacao de fertilizantes, água ou pesticidas”. — Samuel Thuo, Unidade 4C Coffee Management Services, Quênia —

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02 — Treinamento sobre manejo do solo na Unidade 4C Rwacof, em Rwanda 03 — A dimensão social do Código de Conduta proíbe as piores formas de trabalho infantil

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ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Nova estrutura de governança

NOVOS PROCESSOS de governança: VALORIZANDO A PARTICIPAÇÃO Uma das mudanças mais importantes que 2009 trouxe para a Associação 4C foi a renovação dos processos de governança. Os membros do Conselho, Secretaria, Diretoria Executiva e das Unidades 4C,todos expressaram a necessidade de aumentar o envolvimento dos diferentes grupos interessados nos processos de tomada de decisão. Ao mesmo tempo, reconheceram a importância de se manter a flexibilidade e a capacidade para a tomada de decisões rápida e eficiente.

ção 4C, quando serão necessárias tomadas de decisões imediatas e transparentes para assegurar o crescimento rápido e contínuo.

Comitê Técnico: representação equilibrada dos grupos interessados e eficiente gerenciamento do tempo

Algumas das principais mudanças feitas em 2009 referemse ao funcionamento do Comitê Técnico da Associação 4C, responsável por recomendar modificações e revisões Com esses objetivos, a Associação 4C empenhou-se na do Código de Conduta 4C. Para assegurar representação revisão dos Estatutos e todos os documentos do Regiequilibrada de grumento Interno, pos de interesse, que definem fun“A IUF está envolvida na Associação 4C desde os seus foi acordado que ções, responsabiliprimeiros dias de existência. Acho que uma das coisas cada uma das três dades, processos e mais importantes que trazemos para a Câmara da câmaras – produprocedimentos da Sociedade Civil e para a Associação 4C é que represen- tores, comércio e Assembléia Geral, tamos os trabalhadores em toda a cadeia de café – na indústria, e sociedo Conselho, da lavoura, no beneficiamento e consumo. É do interesse dade civil – terão Diretoria Executrês representantes tiva, do Comitê de nossos membros que trabalhemos em prol da prono Comitê Técnico. Técnico e da Junta dução cafeeira sustentável”. Para maior flexibide Mediação. — Sue Longley, International Union of Food Workers (IUF), Suíça — lidade e eficiência, A Assembléia os membros do Geral aprovou os Comitê Técnico terão uma reunião presencial uma vez por documentos revistos em sua reunião de maio de 2009. ano, com a possibilidade de realizar outras reuniões por Os processos revistos de governança prepara o caminho telefone, videoconferência e correio eletrônico. para um novo estágio de desenvolvimento da Associa-

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ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Nova estrutura de governança

Recusando afiliações

Otimizando a escolha das lideranças

A séria decisão de poder recusar afiliação à Associação 4C necessita de ação rápida em algumas circunstâncias. Ficou acordado que, nos casos urgentes, a Diretoria Executiva decidirá a respeito da recusa, retirando assim a responsabilidade das respectivas câmaras.

Os presidentes do Comitê Técnico e da Junta de Mediação agora são eleitos pela Diretoria Executiva, com base nas recomendações do Conselho.

“Para a Tchibo, a Associação 4C representa uma oportunidade impar de os atores no setor cafeeiro melhorarem em conjunto a sustentabilidade do setor. Esperamos que outros grupos interessados estejam tão compromissados quanto nós para atingir este objetivo. Tchibo, como compradora final, continua seu sólido compromisso para aumentar a demanda dos cafés que cumprem os parâmetros 4C, um aspecto crucial para tornar a Associação 4C um sucesso”.

“Nestlé tem sido e continuará sendo um membro da Associação 4C. Vemos a iniciativa 4C como parte de nossa estratégia futura para o café sustentável”. — Gary Milsted, Gerente de Café, Centro de Compras de Commodities, Nestlé —

— Achim Lohrie, Diretor de Responsabilidade Corporativa, Tchibo GmbH, Germany —

Os Estatutos e Regimento Interno podem ser baixados do endereço: www.4c-coffeeassociation.org/en/structure.php

01 — O Conselho en ação de decidir, quinta reunião do Conselho Bonn, maio 2009

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ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Identidade atualizada

Identidade atualizada: transmitindo a mensagem As mudanças previstas pela revisão da estratégia realizada em 2009 acompanharam a necessidade de atualizar o visual e a percepção sobre o papel da Associação 4C, apoiando sua nova orientação. A alteração mais importante foi a adoção oficial do acrônimo Associação 4C, que quer dizer Associação do Código Comum para a Comunidade Cafeeira. O novo logotipo e novo slogan, “para um mundo cafeeiro melhor” também foram lançados em outubro de 2009. A Secretaria 4C se empenhou em um processo de consulta a seus membros para a criação da identidade que melhor refletisse a razão de ser da Associação. Todos os documentos e os materiais de comunicação foram adaptados ao novo visual, incluindo a declaração de afiliação e o site da Associação. Com a identidade actualizada, a Associação 4C agora transmite a abordagem inigualável para atingir a sustentabilidade conforme os valores de referência para o setor do café mainstream ao envolver todos os grupos interessados da cadeia de suprimentos do café.

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A Associação 4C apresentou sua identidade atualizada na 6ª Reunião — 01 do Conselho, no Vietnã, em dezembro de 2009


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Secretariado fortalecido

Secretariado fortalecido 02

Devido à expansão rápida do número de associados e dos serviços, a Secretaria teve que se adequar. Assim, a Diretoria Executiva da Associação começou o processo de seleção de um diretor executivo para moldar a direção estratégica da associação. Após intenso processo de seleção, no início de 2009, Melanie Rutten-Sülz, anteriormente diretora de operações, foi devidamente confirmada como diretora executiva pela Assembléia Geral em Maio de 2009. Em seguida, Christian Osterhaus foi escolhido Diretor de Operações e Annette Pensel foi nomeada para a Diretora de Serviçõs de Apoio, criada para acompanhar o rápido crescimento desta demanda. A diretora executiva é responsável por toda a coordenação estratégica da Secretaria, o diretor de operações orienta e coordena suas atividades e a diretora de serviços de apoio dirige a equipe de serviços de apoio e escritórios regionais.

Com a estrutura organizacional reforçada e a Secretaria com mais recursos, a Associação 4C está equipada para ampliar os ganhos conseguidos durante a recente fase de consolidação e para assumir os desafios que tem pela frente.

DIRETORA EXECUTIVA Assistente da Administração

Assesor da GTZ

DIRETOR DE OPERAções

DIRETORA DE SERVIçOS DE APOIO

VERIFICAção

COMMUNICAções

administração

SERVIçOS DE APOIO

ESCRITÓRIOS REGIONAIS

Gerente de Verificação

Gerente de Comunicações

Gerente de Admnistração

Coordenador de Parcerias

Coordenador Brasil

Assistente de Comunicações

Gerente do Escritório

Coordenadora de Apoio

Coordenador América Central Coordenador África Oriental Coordenador Técnico no Vietnã

02 — A coordenadora regional da Associação 4C na América Central, Alina Amador, reúne-se com parceiros de negócio da Unidade 4C Agroindustrias Unidas de Mexico S.A. de C.V., em uma visita de campo em 2009

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ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – combaterem as mudanças climáticas

Capacitando os produtores de café para combaterem as mudanças climáticas Em dezembro de 2009, o mundo reuniu-se em Copenhague para negociar um novo acordo sobre mudanças climáticas que previa o estabelecimento de metas ambiciosas de redução de emissão de gases de efeito estufa para os próximos anos. Infelizmente, ao contrário das expectativas dos que se empenharam pelo acordo ao redor do mundo, no final da conferência, os líderes mundiais não assinaram o acordo. O processo de negociação entre os diferentes países ainda está em andamento. Na próxima Conferência sobre Mudanças Climáticas COP 16, que será realizada no México, em dezembro de 2010, as nações do mundo se reunirão novamente com o objetivo de assinar o acordo comprometendo-se a cumprir as metas. Nesse período, as populações ao redor do mundo poderão sentir o aumento da temperatura. Os produtores de café não são uma exceção. De fato, eles estão entre os grupos mais vulneráveis. Conscientes dessa realidade, a Associação 4C está celebrando parcerias com agências de desenvolvimento e institutos de pesquisa para explorar como os cafeicultores podem se tornar mais resistentes às mudanças climáticas, contribuindo para a atenuação de seus efeitos. As mudanças climáticas causam impacto em qualquer um mas, sobretudo, aos menos preparados para lidar com elas. Os pequenos produtores em países como o Quênia, com acesso limitado ou nenhum aos mercados de emissão ou recursos financeiros, com freqüência não têm os incentivos e

recursos para aplicar práticas sustentáveis de manejo do solo.

Enfrentando o problema no campo – O Projeto Piloto sobre Café e Mudanças Climáticas da Sangana GTZ no Quênia O projeto da Sangana GTZ focaliza as ações de adaptação e atenuação das mudanças climáticas para os cafeicultores familiares no Quênia. Mais especificamente, visa a desenvolver e testar uma série de práticas que possam possibilitar a produção de café sob situações de mudança climática, ao mesmo tempo em que contribua para o armazenamento ou diminuição das emissões dos gases de efeito estufa. No decorrer do tempo, este módulo climático voluntário adicional poderá ser aplicado a outras safras, tais como cacau e algodão, uma vez que sua aplicabilidade tenha sido adequadamente testada. Não entendi, Seria assim: Com o aprofundamento das pesquisas, este projeto poderá ser extendido a outras culturas, como cacau e algodão, uma vez que sua aplicabilidade tenha sido adequadamente testada. Objetivo do Projeto: Fortalecer os produtores de café no Quênia, mediante informações e capacitações necessárias para adaptar e combater os efeitos das mudanças climáticas Parceiras do Projeto: Sangana Commodities Ltd. (ECOM) Agroindustrial Corporation Ltd., empresa sediada na Suíça, membro da Câmara do Comércio e Indústria da Associação 4C, em cooperação com a Agência para Cooperação Técnica da Alemanha (GTZ) Demais parceiros no projeto: A Associação 4C e o Banco Mundial Em colaboração com o Projeto Clima do Café na Guatemala: Rainforest Alliance, a Associação Nacional de Café da Guatemala (ANACAFE) e a EFICO. As parceiras de ambos os projetos assinaram um contrato de cooperação para trocar informações sobre os resultados das respectivas regiões. Duração do Projeto: outubro de 2008 a setembro de 2011

01

14

Região de produção de café no Quênia, um dos — 01 países mais afetados pelas mudanças climáticas


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – combaterem as mudanças climáticas

02

Uma opção para tratar as mudanças climáticas no setor cafeeiro - o módulo climático voluntário de 4C O Código de Conduta 4C trata das três dimensões da sustentabilidade: social, econômica e ambiental. O módulo adicional sobre o clima criaria uma superposição com a dimensão ambiental em diversos pontos, desse modo, ainda estão sendo realizadas discussões sobre a melhor maneira de incorporar tal módulo voluntário no Sistema 4C. Antes de ser tomada qualquer decisão final, mais testes serão realizados em outros países produtores de café. No contexto do projeto piloto, a Associação 4C planeja realizar breves sessões de atualização aos treinadores e desenvolver um sistema para a Verificação 4C incluindo as práticas específicas relacionadas ao clima.

02 — Líder de projeto local explica objetivos do Projeto Piloto Sangana GTZ para parceiros durante visita de campo em outubro de 2009

O módulo voluntário proposto sobre o clima incluiria: n

Práticas agrícolas para adaptar a produção de café às mudanças das condições climáticas;

n

Práticas para ajudar a atenuar a própria contribuição dos produtores de café para as emissões de gases de efeito estufa;

n

Práticas agrícolas para armazenamento de gases de efeito estufa nos ecossistemas do café;

n

Monitoramento do carbono em ecossistemas do café;

n

Recursos para fortalecer as condições da estrutura da Unidade 4C, incluindo acesso ao crédito, dados climáticos, etc.;

n

Treinamento e medidas de sensibilização para produtores, instrumentos de verificação e base de dados sobre o clima

15


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Serviços de Apoio

Serviços de Apoio: alcançando mais produtores de café

Alguns exemplos de ferramentas que foram desenvolvidas como contribuições de parceiros do 4C para os Serviços de Apoio em 2009:

Qualquer esforço para melhorar as práticas sustentáveis em toda a cadeia de suprimentos de café precisa iniciar com os próprios produtores de café. Mas enquanto os que comercializam e vendem café têm um amplo suprimento de informações, a maioria dos cafeicultores não tem acesso às informações, ferramentas e técnicas que os ajudariam a adotar e manter métodos de produção sustentável. Os Serviços de Apoio 4C propiciam assistência, financiada a partir das taxas de afiliação dos membros do Comércio e Indústria da Associação 4C. Os membros e outros parceiros também fornecem apoio para produtores, incluindo sessões de treinamento e desenvolvimento de ferramentas, os quais em 2009 foram de aproximadamente 145 mil euros.

“Nós, os produtores na Unidade 4C Thai Hoa, estamos nos beneficiando das técnicas aperfeiçoadas para a lavoura, como cuidar de nossa plantação de café, o que ela precisa para trazer bons retornos. Também compartilhamos esses conhecimentos com outros produtores”.

Um livro de campo para o produtor foi criado no âmbito da estrutura de projetos da Sara Lee International por meio da sua Fundação Douwe Egberts Foundation em cooperação com a Nestlé, o Grupo Neumann Kaffee (NKG) e a EDE Consulting. Esse livro de campo é uma ferramenta de monitoramento e contabilidade que incentiva a melhoria contínua e está disponível nos idiomas do café: inglês, francês, espanhol, português e vietnamita. Um manual de boas práticas agrícolas para a produção de café arábica foi desenvolvido nos Camarões pela Olam International. Ferramentas didáticas, pôsteres, jogos e cursos on-line desenvolvidos pela Federación Nacional de Cafeteros de Colombia (FNC) propiciam uma forma interativa de aprender os principais conceitos de sustentabilidade, de acordo com a Associação 4C. A FNC também desenvolveu um manual de implantação, o Guia do Produtor 4C, do qual já foram distribuídos 18.000 exemplares na Colômbia. Essas ferramentas estarão acessíveis para os membros, unidades e produtores no Sistema 4C, por meio da biblioteca de ferramentas on-line que será lançada em 2010 e também poderão ser obtidas mediante contato com a Secretaria da Associação.

—Sra. Huong, líder de grupo, Unidade 4C Thai Hoa, Vietnã — Em 2009, 152 pessoas participaram de oito workshops Treinando os Treinadores (TOTs) sobre práticas agrícolas sustentáveis e a implantação do Código de Conduta da 4C, organizados pelos Serviços de Apoio da 4C (ver tabela na página 17). Esses participantes terão como responsabilidade disseminar os conhecimentos adquiridos durante os treinamentos a outros cafeicultores em suas Unidades 4C, agindo como “multiplicadores”. Conforme previsto no Plano Estratégico 2015, a Associação 4C deverá desenvolver e expandir os Serviços de Apoio para cada Unidade 4C e seus cafeicultores, levando em conta as necessidades específicas e condições das diferentes regiões produtoras de café.

01

16

Sra. Hoang Thi Hue, líder de grupo de uma Unidade 4C, — 01 colhe café na Província de Lam Dong, no Vietnã


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Serviços de Apoio

Resumo das atividades do Departamento de Serviços de Apoio Know-how: treinamento, ferramentas, informações

Avançando: parcerias e cooperações

Coordenação e mais desenvolvimento

Locais e regionais: Cursos de Treinamento do Treinador, workshops

Parcerias locais

Monitoramento & Avaliação

Projetos com organizações internacionais

Marco de referência

Biblioteca de Ferramentas da 4C

Processo de descentralização

Comitê Técnico

Contribuições dos membros em espécie

Reuniões e workshops com grupos interessados

Despesas de Serviços de Suporte no nível internacional e regional – 2009 (em €) Atividades/Tipo de Serviço Treinamento dos Treinadores

África

Ásia

América Central & Colômbia

Brasil

Nível internacional

Total Geral

10.401

3.550

7.018

6.578

245

27.792

6.158

4.086

4.277

2.685

914

18.121

Treinamentos por meio de contribuições em espécie

16.000

24.800

15.850

12.250

68.900

Desenvolvimento de ferramentas via em espécie

28.750

7.500

39.000

75.250

33

2.645

1.935

4.613

Atividades de divulgação

Traduções, Publicações Reuniões. workshops (incl viagens)

7.104

11.026

23.102

13.733

4.469

59.435

10.466

3.466

26.928

28.854

176.653

246.368

Reuniões do Comité Técnico

13.007

13.007

Biblioteca de ferramentas

9.241

9.241

Consultorias para o trabalho da Comitê Técnico

12.978

12.978

Monitoramento de impacto

19.807

12.668

843

20.183

53.501

Total Geral

98.719

62.241

78.019

91.783

258.442

589.206

Administração

Resumo dos workshops de Treinamento dos Treinadores (TOTs) em 2009 Tipo de workshop

Local

Participantes e nacionalidades

Nº de participantes do sexo fem.

Workshop – nível avançado

Campinas, Brasil

13 (12 brasileiros, 1 espanhol)

4

TOT Workshop – nível básico

Indonésia

16 (15 indonesianos, 1 alemão)

3

TOT Workshop – nível básico

Kerugoya Quênia (Projeto PPP)

25 quenianos

2

TOT Workshop – nível avançado

San Salvador, El Salvador

26 salvadorenhos

3

TOT Workshop, incl modulo de capacitação para treinamentos Kampala, Uganda

19 ugandenses

3

TOT Workshop – nível básico

Ruiru, Quênia (Projeto PPP)

22 quenianos

3

TOT Atualização, incl. modulo ITC – modulo avançado

Kigali, Rwanda

9 (1 maraves, 3 ugandenses, 1 etíopes, 1 tanzanianos, 2 ruandeses, 1 queniano)

TOT Workshop – nível básico

Sébaco, Nicarágua

22 (19 nicaragüenses, 2 costarriquenhos, 1 salvadorenhos)

3

17


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – A Associação 4C no Vietnã

A Associação 4C no Vietnã: expandindo as atividades A Associação 4C teve um ano proveitoso na Ásia em 2009, abrindo seu primeiro escritório na região, no Vietnã, interagindo com a comunidade cafeeira na Índia e avançando na Indonésia.

Novo Escritório da 4C no Vietnã Durante a sexta reunião do Conselho em dezembro de 2009, realizada em Da Lat, no Vietnã, a Associação 4C anunciou a abertura de novo escritório no país e apresentou o Sr. Do Ngoc Sy como o coordenador técnico do escritório. Desde as primeiras verificações em 2007, foram 12 Unidades 4C registradas e verificadas independentemente no Vietnã até dezembro de 2009. Essas Unidades 4C tinham um potencial de 1,5 milhões de sacas de 60 quilos de cafés que cumprem os parâmetros 4C, com 15.173 parceiros de negócio (principalmente produtores, mas também processadores e agentes de transporte) com um total de 27.040 ha de café. Os Membros e as Unidades 4C no país podem esperar apoio adicional do Escritório Vietnã para ajudar a implantar o Plano Estratégico 2015 e o Código de Conduta 4C. O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MARD) do Vietnã e a Associação 4C são parceiros desde o início das

atividades relacionadas à Associação no Vietnã. O Departamento de Produção das Safras subordinado ao MARD criou a Força Tarefa do Café e desenvolveu um programa de desenvolvimento sustentável da produção e comercialização do café no Vietnã que vai até 2020. Os planos estão em andamento para assegurar que o Código de Conduta 4C seja o parâmetro de referência para a produção e comercialização de café em todo o país.

“Com o processo de melhoria contínua, estrutura de governança aberta e Código abrangente cobrindo as dimensões social, econômica e ambiental, o conceito da 4C se enquadra perfeitamente no nosso entendimento de desenvolvimento de café sustentável no Vietnã”. — ­Phan Huy Thong, Vice-Diretor, Departamento de Safras do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MARD), Vietnã —

Em seguida à Reunião do Conselho em dezembro de 2009, a Associação 4C realizou um workshop sobre desenvolvimento do café sustentável em cooperação com o MARD, como primeiro passo na direção de estabelecer um Fórum Nacional de Sustentabilidade no Vietnã. O workshop propiciou uma plataforma exclusiva para os participantes trocarem informações sobre as melhores práticas bem como idéias para a cooperação visando a atender aos desafios relacionados à sustentabilidade nos próximos anos. 01

18

Participantes no Fórum de Sustentabilidade 4C em Dalat, — 01 no Vietnã, em dezembro de 2009


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – A Associação 4C na Índia e na Indonésia

A Associação 4C na Índia e na Indonésia Um dos objetivos da Associação 4C na fase de consolidação é expandir o seu alcance em mais regiões produtoras de café.

Explorando o setor cafeeiro da Índia A Índia, o sexto maior exportador de café do mundo, oferece enormes oportunidades para expandir o conceito de sustentabilidade 4C. Com o foco em mais este desafio, a Associação 4C envidou esforços significativos em 2009 para explorar oportunidades no setor cafeeiro da Índia e estabelecer contatos iniciais com potenciais parceiros no país. Os representantes da Associação 4C participaram do Festival Internacional de Café da Índia (IICF), realizado em Bangalore, em outubro de 2009. O IICF foi uma excelente oportunidade para interagir com os grupos interessados compartilhar os objetivos da Associação 4C e obter um melhor entendimento das características desse mercado de café. Os participantes debateram intensamente os métodos de produção sustentável as maneiras de enfrentar as mudanças climáticas e seu impacto no setor de café indiano. Também receberam com entusiasmo a oferta da Associação 4C para compartilhar as lições aprendidas de suas atividades em outros países.

Fazendo parcerias para avançar com a sustentabilidade na Indonésia A Associação 4C também esteve muito ativa na Indonésia, onde realizou seu primeiro workshop da série Treinando os Treinadores, em cooperação com o Instituto de Pesquisa do Café e do Cacau da Indonésia (ICCRI). O treinamento foi seguido por reunião de atualização dos grupos interessados no Ministério da Agricultura, em Jacarta. Ficou claro após o treinamento em Jember, Java, que a Associação 4C, seus membros e parceiros deverão continuar a fornecer informações aos grupos interessados tanto da esfera pública quanto privados, para aumentar a conscientização e coordenar os esforços visando às práticas sustentáveis. Mais treinamentos sobre produção e processamento estão planejados para ajudar os cafeicultores a enfrentar desafios como os elevados e crescentes custos da produção, questões de produtividade e da qualidade. Durante 2010, a Associação 4C continuará a trabalhar na Índia e na Indonésia e a identificar parceiros locais para expandir a colaboração. Em 2009 as visitas às propriedades cafeeiras em ambos os países propiciou uma melhor percepção da produção local de café possibilitando que a Associação 4C proporcione apoio aos cafeicultores conforme os desafios específicos à sustentabilidade nessas regiões.

02

02 — Annette Pensel, diretora de Serviços de Apoio da 4C, conversa com produtores de café durante uma visita à região de Chikmagalur, na Índia, em outubro de 2009

19


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – A Associação 4C nas Américas

A Associação 4C nas Américas: expandindo o número de membros O ano de 2009 foi de expansão para a Associação 4C na América Central, Colômbia e Brasil. Seis novas Unidades 4C ingressaram no sistema e 10 Unidades 4C obtiveram licença para vender cafés que cumprem os parâmetros 4C, duas delas de acordo com a iniciativa de marco de referência, em conjunto com a Rainforest Alliance. A expansão foi acompanhada por amplas campanhas de alcance e informações para familiarizar os membros com o Sistema 4C e sua abordagem de sustentabilidade. Houve esforços adicionais para avaliar as necessidades específicas nos diferentes países produtores.

Consultando cafeicultores e membros no Brasil Em setembro de 2009, a Associação 4C reuniu, pela primeira vez, representantes dos membros brasileiros da produção. Os participantes da reunião da Câmara de Produtores da Associação 4C compartilharam suas experiências na aplicação do Código de Conduta 4C e discutiram os desafios comuns para melhorar as práticas da agricultura sustentável. A reunião visou especialmente a identificação de necessidades de apoio para pequenos cafeicultores.

Aumentando o entendimento da 4C na América Central Como em outras regiões produtoras de café, os esforços da Associação 4C na América Central focaram em alcançar e aumentar o entendimento do conceito de sustentabilidade conforme o parâmetro 4C. Dois assuntos principais foram tratados na América Central por organizações parceiras e continuarão a ser tratados pela Associação 4C em 2010. Primeiro, a Cooperação Técnica da Alemanha (GTZ) organizou workshops a respeito da adaptação às mudanças climáticas, na Nicarágua e no México. Em segundo lugar, a OXFAM Novib (NL) juntamente com a Solidaridad, HIVOS e o Real Instituto Tropical (KIT) realizaram, na Costa Rica, um workshop sobre gênero e cadeias de café verificado/certificado. A Associação 4C aproveitou a ocasião da Conferência Internacional Ramacafé 2009 para organizar um evento paralelo

As questões levantadas incluíram a importância da elaboração de indicadores regionais para aplicação do Código de Conduta 4C, a fim de torná-lo mais relevante para os produtores e trabalhadores no Brasil. Os participantes concordaram em criar uma ferramenta para padronizar o sistema de monitoramento interno das Unidades 4C visando a maior eficiência do gerenciamento da qualidade do café. Os Serviços de Apoio da 4C no Brasil já começaram a funcionar nessas áreas e continuarão a fazê-lo durante 2010.

01

20

Treinadores em Santo Antonio da Platina, Brasil, aprendem como — 01 ensinar aos agricultores as melhores práticas agrícolas


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – A Associação 4C nas Américas

comemorando dois anos de atuação na América Central. A reunião foi uma prévia do Fórum 4C de Sustentabilidade que será realizado regionalmente refletindo a estrutura participativa da Associação 4C. O objetivo do fórum é reunir os Membros da 4C, grupos interessados e parceiros das esferas pública e privada para trocar idéias e medidas práticas visando a atender os desafios à sustentabilidade no setor cafeeiro.

Promovendo práticas sustentáveis na Colômbia A Federación Nacional de Cafeteros de Colombia – FNC está envidando esforços em prol da sustentabilidade na Colômbia. Havia cinco Unidades 4C FNC em dezembro de 2009, todas organizadas com o apoio da FNC, com assessoramento e recursos. O processo de verificação para mais cinco unidades já foi iniciado. O setor colombiano de produção de café tem uma série de vantagens competitivas em infra-instrutura e experiência, o que possibilita que ele esteja à altura do desafio de tornar este setor cada vez mais sustentável.

Além disso, de acordo com o objetivo estratégico de fornecer mais serviços de apoio específicos para cada Unidade 4C e facilitar melhorias contínuas, foram realizados um exercício no campo e uma pesquisa piloto na Nicarágua, com o objetivo de desenvolver um “Na Associação 4C, há um sistema de melhorias contínusistema de monitoramento de impacto as. Isto é muito importante, porque propicia o acesso de que determinará os resultados iniciais da todos os tipos de pequenos produtores de café -- acesso implementação do Código 4C. A pesquique eles não teriam com outros tipos de certificação, sa foi realizada pelo Centro Agronómico cujos níveis de entrada são muito elevados”. Tropical de Investigación y Enseñanza (CATIE), organização parceira na região. — Albrecht Schwarzkopf, Vice-Presidente da Diretoria Executiva da 4C, Christian Initiative Romero (CIR), Alemanha —

02

02 — Extensionista agrícola treina cafeicultores no campo com a ajuda de manual desenvolvido pela Federación Nacional de Cafeteros de Colombia (FNC), Colômbia 03 — Familiarizando-se com o Código de Conduta 4C durante o workshop de Treinamento para Treinadores em El Salvador, setembro de 2009

03

21


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – A Associação 4C na África

A Associação 4C na África: ajudando os produtores a transformarem a atividade cafeeira Especialistas concordam que estimular a produção cafeeira da África ajudaria a atender à crescente demanda mundial e ao mesmo tempo melhorar a sustentabilidade do setor cafeeiro africano. A Associação 4C procura fazer parte dos esforços para transformar a produção do café africano em um setor mais competitivo e sustentável, promovendo benefícios duradouros aos produtores e suas famílias e, ao mesmo tempo, respeitando a natureza, a fauna e a flora.

Construindo parcerias na África Ocidental Foi realizada em fevereiro de 2009, no Abidjan, Costa do Marfim, reunião dos grupos interessados em sustentabilidade no setor cafeeiro, em colaboração com o Centro Nacional de Pesquisa Agronômica (Centre National de Recherche Agronomique - CNRA). Os participantes dos setores público e privado concordaram que a abordagem de sustentabilidade conforme os parâmetros 4C proporciona um bom ponto de partida para as práticas sustentáveis e melhores condições de vida para os cafeicultores familiares na Costa do Marfim. Os Membros 4C nos Camarões também introduziram práticas sustentáveis de café para pequenos fazendeiros e expressaram seu contentamento pelo nível acessível de acesso do Código de Conduta 4C.

Criando novas Unidades 4C Há atualmente nove Unidades 4C na África, cinco das quais ingressaram no Sistema 4C em 2009. Em geral, o ingresso da Unidade 4C é o primeiro contato que os produtores de café na África têm com o conceito de sustentabilidade. Por isso, torna-se importante a criação de mais Unidades 4C por meio de seus membros na África para a implantação do Código de Conduta 4C. Também deve haver a continuidade de treinamentos com produtores em práticas agrícolas sustentáveis, em colaboração com a Associação de Cafés Finos do Leste Africano (Eastern African Fine Coffees Association - EAFCA) parceiros locais, serviços de extensão e doadores. Outros projetos estão sendo implantados pelos Serviços de Apoio 4C, por exemplo, em Malawi, onde os serviços de treinamento para pequenos produtores da União Cooperativa de Plantadores de Café de Mzuzu deverão ser facilitados. Em fevereiro de 2009, nove treinadores com experiência e coordenadores de Unidades 4C de Uganda, Quênia, Malawy, Tanzânia, Rwanda e Etiópia reuniram-se para o primeiro Workshop de Atualização de Treinadores na África. No workshop realizado em Kigali, Rwanda, esses multiplicadores da abordagem de sustentabilidade que segue os parâmetros da 4C trocaram idéias e aprenderam mais sobre as práticas para o café sustentável, bem como a forma de transferir esse conhecimento às Unidades 4C e aos cafeicultores em seus países.

22

Nova coordenação regional para a África Oriental A Associação 4C tem o prazer de anunciar a nomeação de George Watene como novo coordenador regional para a África Oriental. O Sr. Watene trabalhará de perto com a organização parceira Eastern African Fine Coffees Association (EAFCA), para desenvolver ainda mais os Serviços de Apoio 4C. Ele também será o ponto de contato para os Membros 4C na região. A Associação 4C agradece a seu antecessor, Allen Onzina, por seus extraordinários esforços no cargo nos últimos dois anos e desejar-lhe sucesso em suas novas funções como gerente de comunicações da EAFCA.

01

Workshop de Treinamento para Treinadores 4C em Kampala, Uganda, em agosto — 01 de 2009: Pelo método multiplicador, os treinadores subseqüentemente vão ao campo para treinar os cafeicultores


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – TREINAMENTOS E WORKSHOPS PELAS UNIDADES 4C

Treinamentos e workshops pelas Unidades 4C NOME DA UNIDADE 4C

PAÍS

NO. DE CAFEICULTORES TREINADOS

NO. DE WORKSHOPS

Cooxupé

Brasil

79

7.385

Cocapec

Brasil

10

1.160

Cooparaíso

Brasil

25

750

Federación Nacional de Cafeteros de Colombia

Colômbia

473

11.478

Beneficios Volcafé (Volcafé)

Costa Rica

22

1.676

Cooperativa Victoria

Costa Rica

24

774

Cooperativa Ciudad Barrios

El Salvador

2

154

Sertinsa (Rothfos)

Guatemala

9

9

Fedecocagua

Guatemala

24

2.190

WaeltiShoenfeld Exportadores de Café (Volcafé)

Guatemala

6

155

Coffee Management Services Ltd. (Volcafé)

Quénia

20

est. 2.000

Tropical Farm Management (Rothfos)

Quénia

2

50

AMSA (Red de Productores Reserva El Ocote)

México

4

30

Ecom Mexico - Promizap

México

11

764

Exp. Atlantic 1 and Exp. Atlantic 2 (part of ECOM group) and PAC (Pueblos en Acción Comunitaria)

Nicarágua

84

1.046

Shiviwaka (Rothfos)

Tanzânia

80

2.782

Kyagalani Coffee Ltd. (Volcafé)

Uganda

4

3.200

Vinacafe BMT (Vinacafe BMT)

Vietnã

30

2.905

Thai Hoa Lam Dong (Thai Hoa Company)

Vietnã

45

4.537

Armajaro Vietnam (Armajaro Group)

Vietnã

10

500

Olam DakLak (Olam Group)

Vietnã

6

510

Dakman BMT (Volcafé)

Vietnã

68

3.263

Nestle VN (Nestlé Group)

Vietnã

39

2.858

ACOM VN (ECOM Group)

Vietnã

35

12.780

1.112

62.956

Total Esses treinamentos referem-se àqueles organizados pelas próprias Unidades 4C em contraste com os workshops de Treinamento para Treinadores (TOTs) organizados diretamente pela Associação 4C (ver página 17). Esses treinamentos visam a proporcionar aos fazendeiros informações e capacitação

em relação à produção de cafés sustentáveis. As questões cobriram vários assuntos, desde proteção ambiental até o manuseio de produtos químicos. Outros também são especificamente direcionados para familiarizar os fazendeiros com o Sistema 4C e seu Código de Conduta.

Obs.: Esta não é uma lista abrangente de todas as Unidades 4C. A Associação 4C gostaria de agradecer as unidades por compartilhar as informações acima.

23


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Verificação

Verificação As verificaçãos, por primeira vez realizadas em 2007, servem para confirmar os resultados da auto-avaliação de uma Unidade 4C e manter o incentivo ao processo contínuo de melhoria e aperfeiçoamento. Elas são realizadas por empresas profissionais e independentes, credenciadas para o ISO/ Guedes 65 ou equivalente. A Associação 4C cobre os custos das verificações e atualmente trabalha em cooperação com 24 empresas verificadoras na África, América Latina e Ásia. Os verificadores participaram com sucesso de treinamentos e foram aprovados pela Associação 4C.

Primeiro workshop de atualização na Nicarágua

Sustentabilidade do Collective Leaders Institute, da Alemanha. A Sra. Cosenza e o Sr.Winke realizaram entrevistas com Membros 4C e visitaram Unidades 4C na África Oriental e America Central para elaboração da análise. Os resultados do projeto de avaliação em breve estarão disponíveis e serão incorporados no aprimoramento dos serviços de apoio e processos da Associação 4C. A Verificação 4C não só ajuda a estabelecer o nível do desempenho das Unidades 4C em relação ao Código de Conduta, mas também desempenha uma grande parte garantindo a credibilidade do Conceito 4C. Será essencial, portanto, realizar uma verificação do sistema no futuro para avaliar o funcionamento da Verificação 4C. Esta avaliação por um órgão externo independente ajudará a Associação 4C a aumentar a eficiência e credibilidade de seu sistema de verificação.

Mais de 60 verificações foram realizadas no mundo até agora, das quais foram extraídas lições valiosas para melhorar continuamente o Sistema de Verificação 4C. O processo de melhora foi refletido no primeiro Workshop “O processo de Verificação 4C é sobre produção de para Atualização de Verificadores 4C destinado a empresas de língua espanhola, que café com base na aplicação do Código de Conduta 4C. foi realizado em Manágua, na Nicarágua, em Diferentemente dos sistemas de certificação, que são novembro de 2009.

abrangentes em sua natureza, as Unidades 4C começam com nível de parâmetros simples e espera-se que melhorem continuamente suas práticas sociais, econômicas e ambientais ao longo do tempo, para atingirem a conduta de sustentabilidade desejável”.

Com base nos comentários e sugestões dos participantes de workshops anteriores, foi incluído um exercício em campo no workshop de atualização com resultados positivos. Os participantes colocaram em prática os conhecimentos dos dois primeiros dias do workshop, encerrado com a apresentação dos resultados e recomendações para a Unidade 4C visitada.

— Søren Knudsen, SKG / Vaering Corp. Certification Services, Brasil —

Otimizando o Sistema de Verificação da 4C Entre julho e novembro de 2009, foi realizada uma avaliação da implantação do Código de Conduta 4C na America Central e África Oriental. A avaliação contou com a participação da Sra. Ameli Cosenza e do Sr. Tim Winke em cooperação com a Associação 4C, como parte do Programa Jovens Líderes para a 01

24

Durante um Workshop de Atualização para Verificadores 4C na Nicarágua, em 2009, — 01 foi realizada uma visita ao campo como parte do treinamento


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Verificação

Resumo das Unidades 4C verificadas [em 31 de dezembro de 2009 ) Região

Países

Brasil Colômbia Vietnã África

Uganda, Quênia, Etiópia, Rwanda, Tanzânia Papua Nova Guiné, Indonésia, Tailândia Costa Rica, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Guatemala, México

Asia

América Central + México

Total

Nº de Nº de sacas Unida(sacas de 60 kg) des 4C

Nº de BP

Nº de trabaNº de ha lhadores

Potencia médio de Média ha produção / BP por BP

12

5.562.417

4.519

93.743

173.588

1.230.90

38.41

7

2.219.823

27.725

11.009

102.929

80.07

3.71

12

1.452.686

15.173

7.279

27.041

95.74

1.78

9

155.395

10.612

45.106

15.354

14.64

1.45

5

82.794

3.111

2.213

7.302

26.61

2.35

15

594.986

3.845

58.275

35.911

154.74

9.34

60

10.068.100

64.985

217.625

362.125

BP = Parceiro de Negócio Todas as pessoas em contato direto com o café e a Unidade 4C, tais como trabalhadores, fornecedores de transporte, etc. são chamados de Parceiros de Negócio) HA = Hectare

OFERTA E DEMANDA DE CAFÉ VERDE QUE CUMPRE OS 1 PARÂMETROS DA 4C [4C COMPLIANT COFFEE] 10.000.000

500.000

8.000.000

400.000

6.000.000

300.000

4.000.000

200.000

2.000.000

100.000

0

0 2008

2009

Potencial da produção do 4C Compliant Coffee (sacas de 60 kg) 1

2008

2009

Compras do 4C Compliant Coffee por compradores finais (sacas de 60 kg)

Nota: Esses números se referem ao ano cafeeiro que vai de 1º de outubro a 30 de setembro

25


A ASSOCIAÇÃO México: Treinamento da 4C para extensionistas (Programa Nacional de Renovação do Café do Governo do México) Nicarágua: Parceria com o Centro Agronómico Tropical de Investigación y Enseñanza (CATIE)

ESCRITÓRIO DA 4C NA AMÉRICA CENTRAL

México

SECRETARIA DA 4C

Honduras

Guatemala

Nicarágua

El Salvador Costa Rica

Costa do Marfim

Colômbia

Camarões

Brasil El Salvador: Parceria com SalvaNatura (Sustainable Agriculture Network)

ESCRITÓRIO DA 4C NO BRASIL

Brasil: Cooperação no Projeto para a Produção de Café Sustentável (Força Café, Stockler, GTZ)

África Oriental: Cooperação no Projeto CFC/ICO/45 para os países da African Fine Coffees Association (EAFCA) countries

SÍMBOLOS/LEGENDA 26

Escritórios da 4C

Projetos e Parcerias

Unidades 4C licenciadas


4C NO MUNDO Costa do Marfim: Parceria com o Centre National de Recherche Agronomique (CNRA), Serviço Nacional de Extensão Agrícola (ANADER)

Vietnã: Parceria com o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MARD)

Vietnã Escritório da 4C na África Oriental

Tailândia Etiópia Quênia

ESCRITÓRIO DA 4C NO VIETNÃ

Papua Nova Guiné

Tanzânia Uganda Rwanda

Indonésia Indonésia: Parceria com o Instituto de Pesquisa de Café e Cacau da Indonésia (ICCRI)

Malavi

Quênia: Projeto Piloto da Sangana GTZ sobre Café e Mudanças Climáticas

Uganda: Projeto de Cooperação na Subsistência e nos Empreendimentos de Desenvolvimento Agrícola com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID)

Malawi: Facilitação do treinamento de cafeicultores, Cooperativa dos Plantadores de Café de Mzuzu

27


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Demonstração dos Resultados 2009

Demonstração dos Resultados – Exercício de 2009

01

O ano de 2009 foi de consolidação financeira para a Associação 4C. As receitas e as despesas ficaram equilibradas atingindo próximo de 100%. Praticamente toda a receita foi gasta nas atividades regulares da Associação 4C.

Receitas Em 2009, a receita da Associação 4C se manteve sólida e estável com um aumento geral de 9% em relação ao ano anterior. O número de membros cresceu consideravelmente, sendo que as taxas de afiliação e contribuições para os Serviços de Apoio somaram 380 mil euros (€ 380.000). Em 2009, o quadro de membros associados foi responsável por mais de 90% dos recursos disponíveis. Por outro lado, as grandes contribuições feitas nos primeiros dois anos, para cobrir os investimentos necessários durante a fase de implantação da 4C, foram descontinuadas em 2009. Fundos de terceiros cresceram ligeiramente: Oxfam Novib (NL) continuou a financiar o desenvolvimento de uma ferramenta especificamente trabalhada para o monitoramento de impacto, enquanto a Cooperação Técnica da Alemanha (GTZ) apoiou os Serviços de Apoio 4C em 2009.

Receita proveniente de afiliações – 2007 a 2009 2.000.000

O fortalecimento e desempenho da Associação como um todo também foi responsável por importantes aumentos nas despesas de administração, especialmente em recursos humanos, equipamentos de escritório e governança. Os recursos destinados à comunicação permaneceram estáveis e as de verificação diminuíram devido ao sistema de re-verificação trianual da Associação 4C. O exercício de 2009 fechou com um superávit líquido de 50 mil euros (€ 50.000).

Balanço Patrimonial – Exercício de 2009

Contribuições em espécie

O balanço patrimonial de 2009 demonstra que a Associação 4C tem bases financeiras sólidas.

1.000.000

O balanço patrimonial indica que a Associação 4C mantém ativos da ordem de um milhão de euros, indicando segurança financeira para uma jovem associação e uma base para mais investimentos na causa do café sustentável. Ao mesmo tempo, o passivo foi reduzido em 40 mil euros (€ 40.000).

500.000

0 2007

28

Houve um contínuo aumento na demanda por treinamento em práticas relacionadas ao café sustentável, desde a criação da associação. A Secretaria da Associação 4C estabeleceu seu 4º escritório regional em 2009, e também aumentou seus Serviços de Apoio em 30%.

Taxas pagas pelos membros Contribuições de apoio

1.500.000

Despesas

2008

2009

Trabalhadores retirando amostras no moinho seco da Rwacof Sucafina em Rwanda — 01


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Demonstração dos Resultados 2009

Resumo Financeiro 2009 Receitas

1.

Taxas dos Membros

2.

Contribuições para início atividades

3.

2009

2008

Despesas

2009

2008

841.046

774.911

1.

Administração

583.787

347.209

0

222.500

2.

Governança

107.305

54.207

Contribuições dos Membros Para os Serviços de Apoio

399.039

285.272

3.

Comunicações

179.024

178.823

4.

Contribuições dos Membros em Espécie para os Serviços de Apoio

273.300

73.815

4.

Verificação

118.359

184.828

5.

Fundos públicos e Outros

119.097

108.567

5.

Descentralização

137.730

151.674

6.

Juros & Outras Receitas

32.272

58.575

6.

Serviços de apoio

487.745

374.808

7.

Superávit liquido para o ano

50.804

232.091

1.664.754

1.523.640

Total - Receitas

1.664.754

1.523.640

Total - Despesas

Balanço 2009 Ativo

A.

2009

2008

Ativo fixo

221.423

195.327

I.

Ativos intangíveis

144.076

122.610

II.

Ativos tangíveis

77.347

72.717

B.

Ativo circulante

780.966

789.081

I.

Recebíveis e outros ativos

198.183

92.042

II.

Caixa

582.783

697.039

Total do Ativo

1.002.390

984.408

Propriedade e Passivo

A.

2009

2008

Propriedade da Assoc.

881.089

I.

Saldo em 1o janeiro de 2008

830.285

597.849

II.

Fundos não-apropriados

50.804

232.091

B.

acumulado

51.744

44.300

C.

exigíveis

69.556

110.168

I.

Exigíveis de Bancos

0

0

II.

A pagar

41.232

103.779

III.

Outros exigíveis

28.324

6.389

1.002.390

984.408

Total - Propriedade & exigíveis

829.940

29


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Orçamento de 2010

Orçamento de 2010 Cumprindo com o propósito de ter cada vez mais transparência, a Associação 4C está publicando, pela primeira vez, o orçamento aprovado para o ano em curso no relatório anual. O cálculo orçamentário de 2010 é um prognóstico elaborado pela Associação 4C, considerando todas as informações disponíveis. O orçamento de 2010 requer um nível muito mais elevado de atividades da associação, uma conseqüência direta de seu ambicioso Plano Estratégico para 2015.

Receita Embora a Associação 4C tenha como meta o aumento no número de membros, o orçamento de 2010 foi cautelosamente calculado com praticamente as mesmas contribuições dos membros efetuadas em 2009. Como medida suplementar de precaução, não foram incluídos valores das agências de financiamento, pois não existiam contratos de co-financiamento assinados na ocasião em que o orçamento foi aprovado pelo Conselho da Associação 4C. Para equilibrar o orçamento e fazer mais investimentos na causa do café sustentável foram incluídos 660 mil euros (€ 660.000) acumulados em anos anteriores.

em hardwares e softwares para os escritórios. Mais notavelmente, a projeção para 2010 permite gastos mais altos em Serviços de Apoio para os Membros 4C nos países produtores e nos respectivos parceiros de negócio (produtores, trabalhadores, pequenos proprietários) das Unidades 4C. Também haverá mais atividades de comunicação para divulgar ainda mais as ações da Associação 4C. Como deverão ser realizadas diversas re-verificações, a Associação 4C conta com uma verba adicional de 100 mil euros (€ 100.000) para financiá-las. A Associação 4C é uma organização sem fins lucrativos e está isenta de pagamento de impostos em sua sede, na Suíça, devido a seus objetivos de utilidade pública

Despesas A estrutura das despesas no orçamento foi ligeiramente modificada devido ao fato de que a primeira fase do processo de descentralização foi realizada com sucesso e as atividades dos escritórios regionais agora fazem parte do plano geral de trabalho. De agora em diante, as despesas para os projetos regionais deverão ser incluídas naquelas dos respectivos departamentos. Além disso, as novas responsabilidades e atividades da Diretora Executiva demandam gastos maiores em governança. O Plano Estratégico 2015 também prevê novos investimentos

30

01

Armazém de café da Socfinaf Company Ltd., Quênia — 01


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Orçamento de 2010

Orçamento 2010 Receita

Despesas

2010

2010

1.

Taxas dos membros

815.568

1.

Administração

347.600

2.

Contribuições de Apoio em dinheiro

329.055

2.

Governança

260.700

3.

Contribuições de Apoio em Espécie

234.609

3.

Comunicações

283.200

4.

Superávit

46.842

4.

Verificação

249.900

5.

Transporte

659.623

5.

Serviços de Apoio

765.000

6.

Investimentos

202.300

Total - Receita

2.085.697

Total - Despesas

2.108.700

Desenvolvimento da Afiliação 2006

Comércio & Indústria Produtores Sociedade Civil Membros Associados & Membros Pessoas Físicas

2007 2008 2009 0

30

60

90

120

150

31


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – LISTA DOS MEMBROS DA 4C

Produtores Associação de Cafés Especiais do Norte do Pioneiro do Paraná (ACENPP), Brasil

Finca Arroyo Negro, México

Comexim Ltda., Brasil

Kagera Cooperative Union Ltd, Tanzânia

Coop, Suíça

Association of Kilimanjaro Specialty CoffeeGrowers, Tanzânia

La Esperanza Coffee Farm, Colômbia

DEK GmbH, Alemanha

Nsangi Coffee Farmers Association, Uganda

Ecom Agroindustrial Corp Ltd, Suíça

Cafés Andes Amazónicos, Peru

Pueblos en Acción Comunitaria, Nicarágua

EKAF Industria Nazionale del Caffe, Itália

Capebe, Brasil

Rumah Tani, Indonésia

EXPOCERT Café S.A., Costa Rica

Cayro S.A., El Salvador

Satemwa Tea Estates Ltd., Malawi

Exportadora de Café Guaxupé, Brasil

Conaprocam, Camarões

Sociedad Cooperativa de Cafetaleros de

Finlays Beverages, Reino Unido

Công ty cà phê 49, Vietnã

CiudadBarrios de R.L. (CAFECIBA), El Salvador

HACO AG, Suíça

Socfinaf, Quênia

Instantina, Áustria

SOPROCPCAM, Camarões

J. Th. Douqué’s Koffie BV, Holanda

Union Régionale Victoire (UIREVI), Costa do Marfim

Julius Meinl, Áustria

Busaanyi Farm, Uganda Bukonzo Joint Cooperative, Uganda

Cooperativa Agrícola Industrial Victoria R.L., Costa Rica Cooperativa Cuzcachapa de R.L., El Salvador Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (COCAPEC), Brasil Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), Brasil

Zambia Coffee Growers’ Association, Zâmbia

Icona Café, Espanha

Kampala Domestic Store Ltd., Uganda Koffiebranderij en Theehandel “Drie Mollen sinds1818” B.V., Holanda Kraft Foods Global Inc., Estados Unidos

Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), Brasil Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraiso Ltda. (COOPARAISO), Brasil

Comércio e Indústria

Eakmat Limited Company for Consulting Investment in Agriculture and Forestry Development (Eakmat CO., Ltd), Vietnã

Aldi Süd, Alemanha

El Saitillal S.A de CV, El Salvador

Armajaro Trading Limited, Reino Unido

Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado Ltda., Brasil

Bernhard Benecke Coffee, Alemanha

Aldi Nord, Alemanha Alois Dallmayr Kaffee OHG (incluindo Azul Kaffee GmbH&Co.KG, Heimbs Kaffee GmbH&Co.KG), Alemanha

Krüger GmbH & Co.KG, Alemanha Lanço - Comércio de Matérias primas, Portugal Lidl Stiftung & Co. KG, Alemanha Löfbergs Lila AB, Suécia Melitta, Alemanha Mercon Coffee Corp., Espanha Mullege PLC, Etiópia Nestlé SA, Suíça

Fazenda Boa Esperança, Brasil

Bernhard Rothfos GmbH por e em nome do Neumann Kaffee Gruppe, Alemanha

Fairview Estate Limited, Quênia

Beyers Koffie, Bélgica

R.J. Baiardi Café, Brasil

Federación de Cooperativas Agrícolas deProductores de Café de Guatemala(Fedecocagua), Guatemala

Cafeco, México

Röstfein Kaffee GmbH, Alemanha

Cafexport, Suíça

Rombouts N.V., Bélgica

Coex Coffee International, Estados Unidos

Saza Coffee Co. Ltd., Japão

Coffee Peru Trading, Peru

Seda Solubles S.L., Espanha

Exportadora El Volcán, El Salvador

Federación Nacional de Cafeteros de Colombia (FNC), Colômbia

32

EFICO S.A., Bélgica

Olam International Limited, Cingapura Oriental Coffee, Cingapura


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – LISTA DOS MEMBROS DA 4C

Cooperation and Development (BMZ), Alemanha

Strauss Commodities AG, Suíça

Andrew Hetzel, África do Sul

SUCAFINA SA, Suíça

Patrick Leheup, Suíça

Sumatra Comércio Exterior Ltda., Brasil

Diego Pizano-Salazar, Colômbia

Flanders International Cooperation Agency (FICA), Bélgica

Tchibo GmbH, Alemanha

Erwin R. Roetert Steenbruggen, Holanda

German Coffee Association, Alemanha

Thai Hoa, Vietnã

Morten Scholer, Suíça

The Roastery, Estados Unidos

Bernardo van Raij, Brasil

Millenium Management Consultants (MMCAFRICA), Quênia

Touton S.A., França

Sri Saroso, Indonésia

Norwegian Coffee Association, Noruega

Três Corações, Brasil

Carsten Schmitz-Hoffmann, Alemanha

Vinacafé Buon Ma Thuot, Vietnã

Albrecht Schwarzkopf, Alemanha

NUCAFE National Union of Coffee Agribusinesses and Farm Enterprises, Uganda

VOLCAFE, Suíça

Roel Vaessen, Holanda

Swiss Coffee Trade Association,

Joppe Vanhorick, Holanda

Suíça

Annemieke Wijn, Alemanha

UCOOPEXCI, Costa do Marfim

Robert Waggwa Nsibirwa, Uganda

Unión de Cooperativas de Cafetaleros de R.L. (UCAFES), El Salvador

Sociedade Civil Christliche Initiative Romero e.V. (CIR), Alemanha

Vietnamese Coffee and Cocoa Association (VICOFA), Vietnã

IUF, Suíça Oxfam International, representada pela Oxfam Novib, Holanda

Membros Associados

Pesticide Action Network UK, Reino Unido

Asociación Nacional de Café (Anacafe), Guatemala

Rainforest Allicance, Estados Unidos

Associação Brasileira da Industria de Café, Brasil Asociación Mexicana de la Cadena

Membros Pessoas Físicas

Productiva del Café A.C. (AMECAFÉ), México

Jacques Aboule, Costa do Marfim

Café Africa, Suíça

Tracy Allen, Estados Unidos

Coalición de Fuerzas Productivas por e em nome de Constitución y Republica, Nuevo Milenio A.C., México

Louis Ban-Koffi, Costa do Marfim David Eugenio Cantú Cantú, México Appukuttan Nair Damodaran, Índia

British Coffee Association, Reino Unido

Consejo Salvadore de Café, El Salvador Conselho Nacional do Café, Brasil

Membros da 4C em 15 de maio de 2010

Eastern African Fine Coffees Association(EAFCA), Uganda

Número total de membros: 135

Markus Fischer, Costa Rica Ada Hartmann, Suíça

European Coffee Federation, Holanda

Hein Jan van Hilten, África do Sul

Federal German Ministry for Economic

Heidi Feldt, Alemanha

Membros fundadores: 37 Os membros fundadores estão destacados na cor laranja

33


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Agradecimentos

Agradecimentos A Associação 4C agradece aos parceiros e doadores pelo apoio aos seus esforços para aumentar a sustentabilidade no setor de café mainstream: Ao Ministério para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ) por seu contínuo apoio por meio da agência de implantação Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit (GTZ). O apoio incluiu o fortalecimento dos Serviços de Apoio da 4C e fornecimento de serviços de consultoria profissional para o desenvolvimento da Associação 4C em diversas áreas-chaves. À Oxfam Novib (NL), pela contribuição ao desenvolvimento da ferramenta de monitoramento de impacto e ao Centro Agronómico Tropical de Investigación y Enseñanza (CATIE), da Nicarágua, pelo apoio na realização de pesquisas-piloto para o exercício do monitoramento de impacto. À Finance Alliance for Sustainable Trade (FAST), pela cooperação nos esforços em busca de alternativas de apoio financeiro para pequenos produtores de café.

01

34

Ao Departamento de Produção da Safra do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MARD), no Vietnã, por apoiar o processo de descentralização no Vietnã e fazer progredir os esforços da Associação 4C em sua estratégia de sustentabilidade. Em especial, muito obrigado a todos os Membros 4C e suas Unidades 4C na África Oriental e na América Central que contribuíram para a pesquisa de avaliação das necessidades nas Unidades 4C realizada por Ameli Cosenza e Tim Winke do Programa Jovem Líderes pela Sustentabilidade (Young Leaders for Sustainability Program) sob os auspícios do Collective Leadership Institute – CLI e do “Programa ASA”, da InWent. .

02

Produtores separando os grãos de café na Unidade 4C Rwacof, em Rwanda — 01 Treinamento no campo em Jember, Indonésia, organizado pela ICCR, organização parceira da 4C — 02


ASSOCIAÇÃO 4C | RELATÓRIO DE 2009 – Agradecimentos

A Associação 4C também agradece aos seguintes parceiros pela cooperação com os Serviços de Apoio 4C na organização das atividades de treinamento e workshops informativos, bem como fornecendo assessoria em assuntos logísticos em várias ocasiões em 2008 e 2009:

In memoriam Dra. Jeanne N’Goran

O inesperado falecimento da Dra. Jeanne N’Goran, em outubro de 2009, foi um choque para todos que a conheciam.

• • • • • • • • • • • • • • • •

Asociación de Exportadores del Café de Honduras (ADECAFEH), Honduras Centre National de Recherche Agronomique (CNRA), Costa do Marfim Coffee Association of Malawi (CAMAL), Malavi Coffee Research Foundation (CRF), Quênia Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Paraná (EMATER-PR), Brasil Indonesian Coffee and Cocoa Research Institute (ICCRI), Indónesia Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Brasil Instituto del Café de Costa Rica (ICAFE), Costa Rica Instituto Totum, Brasil International Trade Center (ITC), Genebra Ramacafe, Nicarágua Salvanatura Fundación Ecológica, El Salvador Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-PR), Brasil Serviço Nacional de Aprendizagem, Senar-PR, Brasil Tanzania Coffee Board (TCB), Tanzania Uganda Coffee Development Authority (UCDA), Uganda Uganda Coffee Trade Federation (UCTF), Uganda

A Dra. N’Goran, membro individual da Costa do Marfim, dedicou-se à Associação 4C desde os estágios iniciais. Ela também atuou como representante do Comitê Técnico e do Conselho da Associação e estava sempre pronta para ouvir os pequenos produtores de café africanos. A Associação 4C tinha na Dra. Jeanne N’Goran um membro com muitos anos de experiência no setor cafeeiro, especialmente enriquecido pelos conhecimentos acumulados como gerente de pesquisa do Centre National de Recherche Agronomique, na Costa do Marfim.

A todos os parceiros de cooperação da Associação 4C, no passado e no presente, e aos muitos anônimos ao redor do mundo que generosamente apóiam a Associação em seu trabalho, nosso muito obrigado!

35


Organização Diretoria Executiva

Secretaria

Presidente Diego Pizano Salazar, Federación Nacional de Cafeteros de Colombia (FNC), Colômbia

Diretora Executiva Melanie Rutten-Sülz

Vice-Presidente Albrecht Schwarzkopf, Christliche Initiative Romero (CIR), Alemanha

Gerente de Admnistração & Coordenador de Apoio Lars Kahnert

Diretor de Operações Christian Osterhaus Diretora de Serviços de Apoio Annette Pensel Gerente de Comunicações Verónica Pérez Sueiro Assistente de Comunicações Linda Besigiroha

Tesoureiro Roel Vaessen, European Coffee Federation (ECF), Holanda

Coordenador África Oriental George Watene Coordenadora América Central Alina Amador Coordenador Brasil Luis Flavio Nascimento de Andrade Assistente da Administração Angela Stölzle

Junta de Mediação

Gerente do Escritório Marion Baak

Presidente Hein Jan van Hilten, África do Sul

Coordenadora de Parcerias Andrea Brüstle Coordenadora de Apoio Gabriele Schmidt Coordenador Técnico no Vietnã Do Ngoc Sy

Comitê Técnico

Gerente de Verificação Cao Thanh Van

Presidente Patrick Leheup, Suíça

Assessor da GTZ para a Associação 4C Elena Rueda

EXPEDIENTE Publicado pela

Redação

FOTOGRAFIAS (página – número da foto)

Associação 4C Adenauerallee 108 53113 Bonn Alemanha

Verónica Pérez Sueiro Linda Besigiroha

Christian Nusch (2-04, 10-01, 35-01) Didier Gentilhomme (capa) David Bonila (4-01, 8-03, 2-01, segunda capa) Hein Jan Van Hilten (2-05) Roel Vaessen (2-03) Tran Duc Tai (2-01, 2-02, 3-06, 6-03, 8-01, 12-01a,

Comunicações 4C A Associação está legalmente registrada no Registro de Comércio em Genebra, CH 660-2929006-4. The 4C Association c/o CR Gestion & Fiduciaire S.A. Route des Jeunes 9 1227 Carouge-Geneve Suíça

Responsável pelo conteúdo Melanie Rutten-Sülz

36

TEL

+49 (0)228 850 50 15

CORREIO communication@4c-coffeeassociation.org

16-01, 18-01, quarta capa)

Associação 4C (todas as outras fotos)

A Associação 4C na internet www.4c-coffeeassociation.org

IMPRESSÃO Rautenberg Media & Print Verlag KG Troisdorf, Alemanha

Conceito e design David Drexler Studios Munique, Alemanha


w w w. 4 c - C O F F E E a s s o c i at i o n . o r g


Secretaria 4C Adenauerallee 108 53113 Bonn, Germany TEL +49 (0) 228 850 50 0 FAX +49 (0) 228 850 50 20 CORREIO info@4c-coffeeassociation.org

Escritório da 4C no Brasil Rua Dona Margarida de Campos, n. 77, sala 4 Edificio Tropical, Taquaral 13076-240 Campinas – SP, Brazil TEL +55 (19) 9319 8100 CORREIO brazil@4c-coffeeassociation.org

Escritório da 4C na África Oriental c/o EAFCA Plot 958, Galunkande Close, Muyenga Hill, P.O. Box 27405 Kampala, Uganda TEL +256 (0)414 269 14 0 /1 / 7 FAX +256 (0)414 269 148 CORREIO ea@4c-coffeeassociation.org

Escritório da 4C na América Central c/o Centro del Café De la Funeraria Monte de los Olivos, 2c al Este, Casa n. 8 Managua, Nicaragua TEL +505 (2)78 86 36 FAX +505 (2)78 86 36 CORREIO ca@4c-coffeeassociation.org

Escritório da 4C no Vietnã No. 28, Y Bih Aleo street, Buon Ma Thuot city, DakLak Province, VN TEL +84 (500) 3977579 CORREIO ngocsy.do@4c-coffeeassociation.org © 2010 | 4C Association All rights reserved. No part of this publication may be reproduced, stored in a retrieval system, or transmitted, in any form or by any means, electronic, mechanical, photocopying, recording or otherwise, without the prior permission of the publishers.


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