Tecnologias Para o Manejo Sustentável da Lavoura Cafeeira
Gladyston Rodrigues Carvalho Eng. Agr. DSc Fitotecnia Pesq. EPAMIG
V SIMPÓSIO DE MECANIZAÇÃO DA LAVOURA CAFEEIRA EXPOCAFÉ 2014 TRÊS PONTAS -MG
Tópicos a serem abordados • Mecanização e Qualidade como base para sustentabilidade ; • Manejo nutricional e Tecnologia de aplicação; • Manejo e recomendação de Podas; • Novas Cultivares/recomendações;
• Considerações Finais.
CAFEICULTURA MECANIZADA
CAFEICULTURA DE MONTANHA
Aumento no Preço do Café e da Mão de Obra 700
182% 600
R$
500
400
72%
300
200
100 2002
2004
Hoje: 140% 2006
2008 Ano de referência
2010
2012
Café: Ainda Competitivo Salário Mínimo
Café (abril)
Até Quando?
2014
Operaçþes de Colheita Precisam Ser Mecanizadas
CAFÉS COM QUALIDADE
Fotos: Malta, 2011
CLASSIFICAÇÃO DOS GRÃOS
ARRUAÇÃO E CHEGA DE CISCO:
REFLEXO NO MANEJO NUTRICIONAL
Solo superf.nos pH dois talhões
Talhão 2C
Talhão 3-6D
P
K
Al Ca
Mg
T
V
M.O. Zn
B P rem.
6.1 196.8 146 0 12.3 3.2 19.7 80.7 11.7 27.9 1.1 41.7
6.9 192.5 390 0 10.5 3.3 14.8 88.1
Unidades: mg/dm3, cmol c/dm3, % e dag/kg
8
23.7 0.9 38.8
ARRUAÇÃO E CHEGA DE CISCO: REFLEXO NO MANEJO NUTRICIONAL
ARRUAÇÃO E CHEGA DE CISCO: REFLEXO NO MANEJO NUTRICIONAL
Profundidade de 0-20 cm TALHÃO 01 – logo após oper.
pH
P
K
Al Ca Mg T
V M.O. Zn B P rem.
Talhão 01 antes 6.1
6 130 0 2.5 1 7.4 51.6 2.9 4.4 0.6
Talhão 01 após
46 330 0 7.4 2.4 13 81.6 4.2 15 1.1 15.5
6.9
Unidades: mg/dm3, cmol c/dm3, % e dag/kg
7
ARRUAÇÃO E CHEGA DE CISCO: REFLEXO NO MANEJO NUTRICIONAL TALHÃO 02 pH Talhão 02 antes coleta em maio 5.2 Talhão 02 após coleta outubro 6.2
P
K
Al Ca Mg T
V M.O. Zn B P rem.
9.0 84 0.2 2.1 0.5 7.4 33.3 3.7 5.1 0.7 11.3 9.8 104 0 4.4 1.5 9.8 63.1 4.4 8.4 0.8 16.4
Unidades: mg/dm3, cmol c/dm3, % e dag/kg
Recomendação antes da chega de cisco: 1,5 ton/ha calcário Recomendação após a chega de cisco: não aplicar Red. de Custo: 1,5 ton. x R$ 80,00/ton + HM aplicação R$ 165,00/ha
Escolha dos Fertilizantes na Programação da Adubação Propriedade de 500 ha; Região do Cerrado. Exigências Nutricionais: N = 300 kg/ha ; P2O5 = 150 kg/ha; K2O = 300 kg/ha 1a Opção: -625 kg/ha de 16-16-16 x R$ 1.250,00 = 781,25 -500 kg/ha de 20-05-20 x R$ 1.160,00 = 580,00 -500 kg/ha de 20-05-20 x R$ 1.160,00 = 580,00 2a Opção: -312 kg/ha de MAP x R$ 1.410,00 = 440,00 -500 kg/ha de 20-00-20 x R$ 1.100,00 = 550,00 -500 kg/ha de 20-00-20 x R$ 1.100,00 = 550,00 -500 kg/ha de 20-00-20 x R$ 1.100,00 = 550,00
R$ 1.941,25
R$ 2.090,00
R$ 148,75 + R$ 50,00 = R$ 195,75 x 500 ha = R$ 97.875,00
Resposta a Fósforo 2011
80
(A) SS
75
Produtividade (sc ha-1)
Produtividade (sc ha-1)
80
70 65 60 55
Y = 50,1691 + 0,0418X ** R² = 0,95
50 45 0
(B) TF
75 70 65 60 Y = 53,3340 + 0,0432X ** R² = 0,88
55 50 0
0
75
150
300
450
600
0
75
Doses de P2O5 (kg ha-1)
150
300
450
600
Doses de P2O5 (kg ha-1)
Trienio 2009-2010-2011 60 56 54 52 50 48 46 Y = 42,6905 + 0,0252X ** R² = 0,91
44 42
(D) TF
58
Produtividade (sc ha-1)
Produtividade (sc ha-1)
60
(C) SS
58
56 54 52 50 48 46
Y = 43,3207+0,0229x **
44
R² = 0,87
42 40
40 0
Teor foliar 1,80 a 1,90 g kg-1
0 0
75
150
300
450
Doses de P2O5 (kg ha-1)
600
0
75
150
300
450
Doses de P2O5 (kg ha-1)
600
Dias, K.G. de Limas 2013
QUALIDADE DA APLICAÇÃO DE CORRETIVOS NA CAFEICULTURA DE MONTANHA
CAPACITAÇÃO DOS COLABORADORES
QUALIDADE DO CORRETIVO
Monitoramento: conhecer evolução da praga e da doença e propor um programa de manejo e controle.
3º ou 4º par de folhas
Terço médio
Fonte: Carvalho, V.L de 2013
Diagnose Visual e Conhecimento TĂŠcnico
? Fotos: Rebeles e Souza, 2011
Ajuste no Manejo de Pragas e Doenças – 1600 ha Café Pesticidas de solo: Antes: 1600 ha controlado (inseticida/fungicida) Depois: 570 ha a ser controlado Área ha 931,6 1000 900 800
563,1
700 600
500 400
280,9
300
200 100 0
Cigarra
Mosca das Raízes
Nematoides M.E.
Manejo de doenรงas durante o florescimento Precisamos Avanรงar Mais
Número de frutos por roseta
16
Evolução do pegamento de florada em função dos tratamentos aplicados
14
12 10
Tratamento 1
8
Tratamento 2
6
Tratamento 3
4
Tratamento 4
2
Tratamento 5
Altitude: 1230 m. Ganho de 62%
Tratamento 6
0 Épocas
Evolução do pegamento de florada em função dos tratamentos aplicados
Altitude: 900 m. Ganho: Não Houve
Números de frutos por roseta
14 12 10 8 6 4
Tratamento 1 2
Tratamento 2
0
Tratamento 3 Outubro
Novembro Dezembro Épocas
Janeiro
Fevereiro
Tratamento 4 Tratamento 5
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO NA CAFEICULTURA DE MONTANHA REDUÇÃO DE VAZÃO NAS PULVERIZAÇÕES
• Atualmente: 400 litros/ha • Tendência: 200 litros/ha
Canhão atomizador
Adaptado de Mendes (2013) - UFLA
PODA TIPO ESQUELETAMENTO Manejo da poda: - 30 – 50 cm do tronco principal - Altura de corte Decote: 1,60- 1,80 m - Cafeic. de montanha ou sist. adensado 2,2 m e acima – Colheita mecanizada
Primeira Colheita Ap贸s o Esqueletamento
Fotos: Castro, L.H.
REPETE O CICLO DE CORTE
ÉPOCA IDEAL PARA A PODA TIPO ESQUELETAMENTO + DECOTE
Crescimento Vegetativo 12
10,2 a 9,4 b
Nº de nós/ramo
10
8,3 c 6,5 d
8
5,5 e
6
4,2 f
4 2 0 Julho
Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Fonte:Garcia, A.L.A - 2007
Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5%.
ALTURA DE CORTE NO MANEJO DA PODA TRATAMENTOS
Prod. Lts/Cv
1. Decote (1,70) + esqueletamento - sem desbrota
4,73 ab
2. Decote (2,50) + esqueletamento - sem desbrota
+ 35% 6,43 ab
3. Decote (3,20) + esqueletamento - sem desbrota
+ 20% 7,70 ab
4. Testemunha (crescimento livre)
4,10 ab
+ 53% em relação ao Padrão Figueiredo, et al. 2013
ADUBAÇÃO SISTEMA SAFRA ZERO Lavouras esta em produção: - 200 KG DE NITROGÊNIO - 400 KG DE K2O Lavouras esta em pleno crescimento vegetativo: - 300 kg DE NITROGÊNIO + CALAGEM, GESSAGEM E FOSFATAGEM conforme análise de solo
É o ideal ?
Ajuste no Manejo de Podas – 135 ha café Produtividade (sc/ha) Poda Esquelet.
40,0
35,5
Poda Decote 35,0
Poda Seletiva 30,0
25,0
27,2
26,2
27,4
24,4
20,6 18,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013*
-Redução na bienalidade da propriedade - Aumento de + 50% na produtividade
Arranquio e Renovação
CULTIVAR IDEAL PARA SUSTENTABILIDADE CULTIVAR PRODUTIVA E/OU ADEQUADA A NECESSIDADE DO SISTEMA DE PRODUÇÃO DO CAFEICULTOR:
Produtividades Superiores a 40 scs/ha.
Cultivar Paraíso MG H 419-1 Cafeicultura de Montanha ou Familiar
Faz. EPAMIG – SS Paraíso Faz. Alvorada - Aricanduva
PARAÍSO MG 419-1 Sugestão Stand: 7.000 a 10.000 plts/ha
Cultivar Catigua MG 2 CafĂŠs Especiais
Faz. Alvorada - Aricanduva
Faz. Silveira - Capelinha
Qualidade de bebida Avaliação sensorial da bebida, segundo escala da BSCA, de cultivres resistentes a ferrugem da Epamig - Safra 2007
Cultivar
Local
Nota 80 a 84
Araponga MG1
Três Pontas
81
Sacramento MG1
Três Pontas
79
Paraíso MG 1
Três Pontas
87
Pau Brasil MG 1
Três Pontas
85
Catiguá MG1
Patrocínio
90
Catiguá MG2
Patrocínio
95
H 419-6-2-5-3
Patrocínio
91
Qualidade da bebida: Quebra de Paradigma
Cultivar Topรกzio Colheita Mecanizada
Eficiência de Derriça Cultivares
Eficiência derriça 2011 (seletiva)
2012 (plena)
Acaiá Cerrado
98,27 a
88,80 a
Catiguá MG 2
69,09 c
48,80d
MGS Travessia
57,12 c
75,30 b
Paraíso MG H
96,21 a
61,60 c
Pau Brasil MG 1
81,78 b
64,70 c
Sacramento MG1
98,40 a
70,50 c
Topázio MG 1190
95,67 a
90,10 a
419-1
Cultivar Sarchimor MG 8840
Foto: OLIVEIRA, A. C.B
Cultivar Paraíso MG 2
Foto: OLIVEIRA, A. C.B
Progênie: 32-11-17-4-2 (Aranãs) Produtividade Aricanduva-MG
Safra 2011
Safra 2012
Safra 2013
Média
68,1
21,8
61,66
50,52
Foto: Meirelles, S (São Gonçalo do Sapucaí-MG)
ProgĂŞnie: 29-01-8-5
ProgĂŞnie: 1189-9-80-3
ProgĂŞnie: 1189-12-52-2
Meloidogyne paranaensis
Fonte: Salgado, S.L. 2013
Meloidogyne paranaensis
LAV. CULTIVAR IPR 100 Fonte: Salgado, S.L. 2013
Meloidogyne exigua Progênies 436-1-4-C26 514-7-14-C73 514-5-2-C101 516-8-2-C109 504-5-6-C117 514-7-4-C130 493-1-2-C134 505-9-2-C171 518-2-6-C182 514-7-16-C208 493-1-2-C218 438-7-2-C233 514-7-16-C359 514-7-8-C364 518-2-10-C408 514-5-2-C494 518-2-4-C593 516-8-2-C568 Catuaí Vermelho IAC-99 Topázio MG 1190 Acaia Cerrado MG-1474
PROD 48,52a 43,78a 42,70b 42,52b 39,67b 49,90a 55,57a 41,30b 47,83a 46,25a 46,08a 37,13b 46,08a 37,89b 50,52a Redução 47,01a 40,66b 42,25b 38,96b 31,13b 32,86b
NOGR GR (1) 721a R 864a R 568a MR 350a MR 479a MR 258a R 80a R 2447c S 1823b T 763a R 280a R 3076c S 1083b T 141a MR T na 1215b produtividade 845a R de 29% 394a MR 596a MR 2253c S 2592c S 2704c S
Fonte: Ramiro, et. al ,2112 Médias seguidas pela mesma letra, não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de significância. (1) R: Resistente; MR: Moderadamente resistente; T: Tolerante; S: Suscetível.
NG 358b 347b 67a 86a 246b 31a 7a 675c 790c 217a 475c 684c 410c 38a 213b 231b 27a 152a 702c 1239c 1044c
Catigua MG 3
Resistência a Ferrugem
Resistência ao Meloidogyne exigua
Espaçamentos de Plantio
Década de 90
Década de 2010 Fonte: Adaptado de Pereira, S.P.
CÁLCULO DO ESPAÇAMENTO
• Diâmetro de Saia da Cultivar • Bitola do trator BF75 = 1,3 m
0,15m
1,3m
0,15m
• ½ Largura do pneu x 2 = 0,15 x 2 = 0,30 m • Largura total do trator = 1,6 metros
CÁLCULO DO ESPAÇAMENTO • Cultivar PARAÍSO MG-419-1 – Ø Saia = 1,63 m – Largura trator = 1,60 m – Espaçamento = 3,23m
• Cultivar CATUAÍ AMARELO IAC 62 – Ø Saia = 1,93 m – Largura trator = 1,60 m – Espaçamento = 3,53m
• Cultivar MUNDO NOVO IAC 502-9 – Ø Saia = 2,11 m – Largura trator = 1,60 m – Espaçamento = 3,71m
Reflexo Direto na Produtividade
Sustentável do Ponto de Vista Social e Ambiental
Fonte: Federação do Cerrado (2013)
Fonte: Brancalion, P. 2013
OBRIGADO!
Gladyston Rodrigues Carvalho Email: carvalho@epamig.ufla.br Tel: (35) 3821-2231