Novas variedades clonais de café conilon

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Café de qualidade: Incaper lança novas variedades de Conilon nesta quinta-feira (13) O Governo do Espírito Santo realizará nesta quinta-feira (13), o lançamento das três novas variedades clonais de café Conilon. Os novos produtos foram desenvolvidos pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Incaper), dentro do programa de melhoramento genético. O lançamento faz parte das ações coordenadas pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) para melhorar a qualidade da cafeicultura capixaba e a renda dos produtores rurais. “Com elas o faturamento do produtor rural poderá aumentar 20% em média. O lançamento dessas variedades mais uma vez confirma o Espírito Santo e o sistema público agrícola capixaba como referência internacional na cafeicultura de Conilon”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli. As variedades são resultado de mais de 20 anos de pesquisa e desenvolvimento, e possuem diversas características que as diferenciam das variedades de Conilon disponíveis no mercado. Porém, uma característica em especial é inédita: pela primeira vez, o Conilon obtém Classificação Internacional de Bebida Superior. “Por trás da xícara tem gente, tem meio ambiente, tem política pública, tem quase trinta anos de pesquisa, tem o empenho do produtor rural, dos profissionais do Incaper, e muitas outras coisas envolvidas. A qualidade do café produzido no Espírito Santo já está encantando o mundo”, disse Evair Vieira de Melo, diretor-presidente do Incaper. Para ter acesso às novas variedades, os produtores rurais e demais interessados devem recorrer aos Escritórios Locais de Desenvolvimento Rural do Incaper, presentes em todos os municípios capixabas. Viveiristas cadastrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estão multiplicando as mudas. Atualmente a capacidade de produção é de 21 milhões de mudas por ano, mas a expectativa é que a quantidade chegue a 35 milhões. Além do Governo do Espírito Santo, o lançamento das novas variedades conta com participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Café), Consórcio Pesquisa Café, Nestlé, Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Conilon Brasil, Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA – Ufes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Cnpq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes).

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Café capixaba: qualidade do campo à xícara No Espírito Santo, o produtor tem orgulho do café que cultiva e o consumidor tem a certeza da qualidade do café que saboreia. As ações do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) são fundamentais para garantir a qualidade do café capixaba do campo à xícara. “Por trás da xícara tem gente, tem meio ambiente, tem política pública, tem quase trinta anos de pesquisa, tem o empenho do produtor rural, dos profissionais do Incaper, e muitas outras coisas envolvidas. A qualidade do café produzido no Espírito Santo já está encantando o mundo”, disse Evair Vieira de Melo, diretor-presidente do Incaper. A cafeicultura é a atividade de maior poder de geração de empregos e distribuição de renda no Espírito Santo. O café está presente em todos os municípios capixabas, à exceção de Vitória. O Estado é o segundo maior produtor brasileiro de café, destacando-se por deter 80% da produção de conilon do país. A cafeicultura envolve 131 mil famílias capixabas, e está presente em 60 mil propriedades rurais. A atividade gera em torno de 400 mil empregos, e ocupa 450 hectares do território capixaba. Desta área plantada, 280 mil hectares são dedicados ao conilon.

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Novas variedades de Conilon recebem nomes ‘duradouros’ De onde vieram os nomes atribuídos às novas variedades clonais de café Conilon lançadas pelo Incaper? Os três nomes representam algo em comum: durabilidade, longevidade, perpetuidade. Conheça agora o significado de cada nome: Diamante Incaper 8112 - Além de precioso, o diamante é o material mais duro que existe, e não pode ser riscado por nenhum outro material senão o próprio diamante. Batizar a variedade precoce de ‘Diamante’ indica resistência, e denota o quão valiosa é a cafeicultura capixaba. Jequitibá Incaper 8122 – A variedade intermediária ganhou este nome em homenagem à árvore símbolo do Espírito Santo. Em tupi, Jequitibá significa “gigante da floresta”. Tão imponente quanto a cafeicultura de Conilon no Espírito Santo. O nome ‘Jequitibá’ foi dado à variedade de maturação intermediária numa referência à sustentabilidade, ao compromisso que a atividade tem com a preservação ambiental. Centenária Incaper 8132 – Além de celebrar os 100 anos do café Conilon no Espírito Santo, comemorados no ano passado, o nome da variedade clonal tardia denota a longevidade, a durabilidade de tudo o que é secular. Uma respeitosa homenagem à vasta experiência do Estado no que se refere à cafeicultura do Conilon. Nome, sobrenome e número de identidade Para batizar as novas variedades, é necessário seguir uma normatização. As normas prevêem que o nome da instituição deve fazer parte da designação das variedades. Por isso, ‘Incaper’ aparece como sobrenome em todas elas. Em seguida, um número funciona como uma espécie de carteira de identidade das novas variedades. O Incaper designou um número para cada uma das culturas agrícolas desenvolvidas no Espírito Santo. O número 8 refere-se ao café. Desta forma, todas as variedades que começaram com o número 8, são variedades de café. O número que vem em seguida indica a espécie: o conilon recebeu o número 1, enquanto o Arábica ganhou o número 2. Como as três novas variedades são de café Conilon, todas receberam número 1 na identidade. A terceira casa decimal indica o tempo de maturação dos frutos. E a unidade final indica a edição. Como estas são as segundas variedades clonais já desenvolvidas pelo Incaper, receberam o número 2. Nome Diamante Jequitibá Centenária

Sobrenome Incaper Incaper Incaper

Café 8 8 8

1 1 1

Carteira de identidade Espécie Maturação 1 2 3

Edição 2 2 2


Conheça as novas variedades clonais de café Conilon Vinte anos após o lançamento das primeiras cultivares recomendas para o Estado do Espírito Santo, o Incaper apresenta três novas variedades clonais de café Conilon. O lançamento visa atender à demanda do produtor rural, da indústria e do consumidor. As variedades clonais ‘Diamante Incaper 8112’, ‘Jequitibá Incaper 8122’ e ‘Centenária Incaper 8132’ diferenciam-se pela época de maturação dos frutos. Para o produtor, o escalonamento da colheita traz diversas vantagens, como a melhor gestão da mão de obra e a melhor utilização de terreiros e secadores. A alta produtividade das novas cultivares ajuda no aumento da produção na indústria cafeeira. E a excelente qualidade da bebida é a maior vantagem para o consumidor. As três novas variedades possuem alta produtividade, podendo alcançar rendimentos superiores a 120 sacas beneficiadas por hectare em plantios irrigados com alta tecnologia. Além disso, apresentam boa estabilidade de produção, uniformidade de maturação, moderada resistência a ferrugem. Conheça agora um pouco mais sobre cada uma delas. ‘Diamante Incaper 8112’ De maturação precoce, a variedade ‘Diamante Incaper 8112’ é colhida no mês de maio. A produtividade média é de 80,73 sacas beneficiadas por hectare, o que supera em 39,19% a média dda variedade emcapa 8111 e em 14,73% a média da ‘Vitória Incaper 8142’, lançadas em 1993 e 2004, respectivamente. ‘Jequitibá Incaper 8122’ De maturação intermediária, a colheita da variedade Jequitibá Incaper 8122 concentra-se no mês de junho. A produtividade média da variedade 'Jequitibá Incaper 8122' é de 88,75 sc.benef./ha. Superou em 47,92% e 26,07% a média da variedade Emcapa 8121 (intermediária) e Vitória Incaper 8142, lançadas em 1993 e 2004, respectivamente pelo Incaper. ‘Centenária Incaper 8132’ De maturação tardia, a variedade é colhida no mês de julho. A produtividade média da variedade 'Centenária Incaper 8132' é de 82,36 sc.benef./ha. Superou em 37,27% e 16,99% a média da variedade Emcapa 8131 (tardia) e Vitória Incaper 8142, lançadas em 1993 e 2004, respectivamente pelo Incaper. Para ter acesso às novas variedades, os produtores rurais e demais interessados devem recorrer aos Escritórios Locais de Desenvolvimento Rural do Incaper, presentes em todos os municípios capixabas. Viveiristas cadastrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estão multiplicando as mudas. Atualmente a capacidade de produção é de 21 milhões de mudas por ano, mas a expectativa é que a quantidade chegue a 35 milhões.

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Novas variedades de café conilon: qualidade provada e aprovada Que o café envolve quatro dos cinco sentidos, todo mundo sabe. A xícara atrai olhares, o aroma desperta o olfato, o sabor aguça o paladar e a temperatura seduz o tato. Mas qual seria o som do café? Que tipo de barulho poderia despertar a audição? A resposta está no ambiente. Um cafezinho sempre vem acompanhado de uma boa conversa, de um bate papo agradável. E as novas variedades clonais de café conilon, desenvolvidas pelo Incaper, são a prova disso. Pela primeira vez no mundo, análises sensoriais foram utilizadas como critério para a seleção das novas variedades clonais de café conilon. Empresas como a Nestlé e a Conilon Brasil testaram as amostras em diferentes países, como França, Suíça e é claro, Brasil. A qualidade superior da bebida é um dos grandes destaques do novo material genético. Amostras das três cultivares, preparadas pelo processo de secagem natural, foram analisadas segundo o protocolo de degustação de cafés finos da CQI (Coffee Quality Institute). As amostras obtiveram médias de 77,5 a 79 pontos, o que as classifica como cafés superiores. Nos sabores e aromas das novas variedades clonais foram observadas notas de chocolate, caramelo, retrogosto adocicado, toque de frutas vermelhas e cacau.

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10 passos em 12 anos de pesquisa São quase 30 anos de pesquisa na cafeicultura capixaba, 12 deles dedicados apenas ao melhoramento genético do café Conilon. Mas como o Incaper chegou às novas variedades clonais? Conheça, em 10 passos, um resumo destes últimos 12 anos de pesquisa: 1- Identificação de plantas superiores. O Incaper identificou, nas lavouras do Espírito Santo, mil pés de café que possuíam características variadas, tais como: alta produtividade, tolerância à seca, resistência a doenças, grãos grandes, uniformidade de maturação,e ntre outras 20 qualidades. 2- Clonagem e produção das mudas. Estas plantas superiores foram clonadas. As mudas produzidas em viveiros passaram a fazer parte de vários experimentos em campo. 3- Experimentos de competição. Métodos científicos de avaliação indicaram os clones superiores. Todos foram observados em, no mínimo, três ambientes diferentes. Além disso, foram feitas no mínimo oito colheitas (uma por ano), para a identificação dos melhores clones. 4- Estatística e biometria. Os dados coletados nos experimentos foram confrontados segundo métodos estaísticos, o que garante confiabilidade e rigor científico às análises. Desta forma, foi possível definir estratégias de reprodução sexuada (semente) ou assexuada (clonal). 5- Qualidade da bebida. Aroma, doçura, acidez e outros aspectos químicos e sensoriais foram observados por mei de análises segundo o protocolo de robustas finos do Coffee Quality Institute (CQI). As análises foram feitas no Brasil, na Suíça e na França, pela Conilon Brasil e pela Nestlé. 6- Seleção e agrupamento dos clones. As observações científicas e as análises às quais os clones foram submetidos permitiram a seleção e o agrupamento de clones superiores, considerando características associadas à produção e à qualidade do café. Cada variedade é composta por no mínimo 9 clones. 7- Teste de compatibilidade genética. Foram feitos cruzamentos genéticos entre os clones superiores, envolvendo todas as combinações possíveis, a fim de avaliar a fecundação e a formação dos frutos. 8- Proteção/Registro. As características observadas em todos os clones avaliados foram submetidas ao Serviço Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC) e ao Registro Nacional de Cultivares (RNC), ambos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O registro é um requisito indispensável para a comercialização de mudas de um cultivar. 9- Jardins clonais. As variedades clonais foram disponibilizadas a viveiristas, para que eles cuidassem da multiplicação dos clones, produção de mudas e disponibilização aos produtores rurais intressados. 10- Lançamento da variedade. Após todo este trabalho, as novas variedades clonais são apresentadas à sociedade e à comunidade científica. É a última fase antes da aplicação de métodos de transferência de tecnologia, para efetivamente implementar a cultura e permitir a evolução na atividade.


Ficha técnica Conheça os responsáveis pelo lançamento das novas variedades clonais de café conilon: Equipe técnica Romário Gava Ferrão – D.Sc. Genética e Melhoramento, Pesquisador do Incaper Maria Amélia Gava Ferrão – D. Sc. Genética e Melhoramento, Pesquisadora Embrapa Café/Incaper Aymbiré Francisco Almeida da Fonseca – D. Sc. Fitotecnia, Pesquisador embrapa Café/Incaper Paulo Sério Volpi – Administrador Rural, Pesquisador do Incaper Abraão Carlos Verdin Filho – M.Sc. Produção Vegetal, Pesquisador do Incaper José Antônio Lani – M.Sc.Solos e Nutrição de Plantas, Pesquisador do Incaper Aldo Luís Mauri – D. Sc. Fitotecnia, Pesquisador do Incaper José Luiz Tóffano – Técnico Agrícola do Incaper Paulo Henrique Tragino – Técnico Agrícola do Incaper Alonso José Bonisson Bravim – Técnico Agrícola do Incaper Aldemar Polonini Morelli – Incaper / Ifes Parceria: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Café) Apoio: Consórcio Pesquisa Café, Nestlé, Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Conilon Brasil, Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA – Ufes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Cnpq) , Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes), Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti).

Realização: Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Governo do Espírito Santo. Comunicação: Departamento de Comunicação e Marketing (DCM) Liliâm Maria Ventorim Ferrão – Chefe do Departamento de Comunicação e Marketing Juliana Raymundi Esteves – Chefe da Área de Comunicação e Marketing, Assessora de Comunicação do Incaper Luciana Silvestre Girelli – Assessora de Comunicação do Incaper Cristiane Gianezi da Silveira – Designer do Incaper Laudeci Maria Maia Bravim – Designer do Incaper, bolsista da Fapes Merielem Frasson – Chefe da Área de Documentação e Informação, Bibliotecária do Incaper Fernando Luiz Moreira – Auxiliar de Suporte em Desenvolvimento Rural do Incaper Wilson José Ribeiro - Assistente de Suporte em Desenvolvimento Rural do Incaper Artur Barcellos Lima e Hércules de Oliveira Nascimento - Estagiários www.incaper.es.gov.br

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