O homem e a crise climática

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DADOS

Intensidade de P&D na estrutura produtiva dos países

RANKING ANUAL DOS 20 PAÍSES COM MAIOR VALOR ADICIONADO EM SETORES INTENSIVOS EM CONHECIMENTO (DE 2002 A 2018)

Entre as informações utilizadas para o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) dos diferentes países, destacam-se

EUA

EUA

as que medem a produção dos vários

Japão

China

Alemanha

Japão

segmentos da economia. Por meio delas, pode-se conhecer a evolução do valor adicionado dos setores intensivos em

Alemanha

China

conhecimento, isto é, dos classificados

Coreia do Sul

Grã-Bretanha

como de alta e média-alta intensidade de pesquisa e desenvolvimento (P&D),

França

França

pelos critérios da OCDE (ver nota)

Grã-Bretanha

Itália A maior presença desses segmentos na estrutura produtiva de um país se reflete

Índia

Canadá

Itália

México

Taiwan

Taiwan

Brasil

Espanha

Suíça

na produtividade de sua economia e potencializa a capacidade de gerar bens e serviços com maior valor adicionado. Esses setores são geograficamente concentrados: em 2018, quase 90% de seu valor adicionado, em todo o mundo,

Suíça

Irlanda

Brasil

Espanha

Suécia

Canadá

Países Baixos

México

foi gerado em apenas 20 países O gráfico mostra as grandes tendências nesse campo, entre 2002 e 2018. China, Coreia do Sul, Índia e, mais recentemente, Irlanda galgaram várias posições em detrimento de países

Rússia

Índia

europeus, do Canadá e do México.

Austrália

Irlanda

A China conquistou a segunda posição,

Suécia

Austrália

em 2009, e se aproxima dos Estados Unidos: em 2018, a diferença

Países Baixos

Rússia

entre eles não chegava a 5%. Em 2002, superava os 80%

Posição no ranking

Coreia do Sul

2002

2006

2010

2014

2018

DESEMPENHO BRASILEIRO

O Brasil, em 2002, situava-se no 14º posto desse ranking. Alçou

PERCENTUAL DO VALOR ADICIONADO NOS SETORES INTENSIVOS EM CONHECIMENTO DO BRASIL NO TOTAL MUNDIAL (DE 2002 A 2018)

não a sustentou. Outros países apresentaram comportamento

algumas posições até 2010, quando atingiu a 8ª colocação, mas semelhante, como Rússia e Austrália, ainda que os três estivessem, em 2018, em postos superiores aos de 2002 O gráfico ao lado mostra que, até 2011, o desempenho do Brasil

2,7 2,8 2,4 2,1

1,2

1,2

1,4

1,6

2,3

2,4

nos segmentos intensivos em conhecimento superou o do total 2,3

do mundo. Perdeu dinamismo após esse ano e se estabilizou

2,1

a partir de 2015, em patamar pouco superior ao de 2002.

1,8 1,5

1,4

1,5

Ainda assim, em 2018, respondia por 1,3% do valor adicionado 1,3

mundialmente nos setores intensivos em conhecimento e estava na 11ª posição do ranking. Ou seja, em 2018, o Brasil ainda conservava segmentos complexos em sua estrutura produtiva, a despeito das dificuldades por que passaram a economia e a indústria, mas sua trajetória recente aponta para

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

a necessidade de ações capazes de revertê-la

NOTA OS SETORES INTENSIVOS EM CONHECIMENTO CORRESPONDEM AOS DE ALTA E DE MÉDIA-ALTA INTENSIDADE DE P&D, PROPOSTOS PELA ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (OCDE). OS PRIMEIROS INCLUEM: AEROESPACIAL, FARMACÊUTICO, DE FABRICAÇÃO DE COMPUTADORES E DE PRODUTOS ÓPTICOS E ELETRÔNICOS, O DE SERVIÇOS DE P&D E DE PUBLICAÇÃO DE SOFTWARES. OS SETORES COM INTENSIDADE DE P&D MÉDIA-ALTA COMPREENDEM OS DE FABRICAÇÃO DE ARMAS E MUNIÇÕES, VEÍCULOS AUTOMOTORES, INSTRUMENTOS MÉDICOS E ODONTOLÓGICOS, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS, QUÍMICO E SEUS PRODUTOS, EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS, VEÍCULOS FERROVIÁRIOS E MILITARES E SERVIÇOS DE TI E DE TELECOMUNICAÇÕES. FONTE NATIONAL SCIENCE FOUNDATION. SCIENCE AND ENGINEERING INDICATORS. 2020 (DADOS BÁSICOS)

PESQUISA FAPESP 307 | 11


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