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A Petlife é dividida por sessões identificadas por abas e cores:
Cães
gatos
Gatos
Cães
24. Seu gato faz xixi fora da caixa? Não o abandone
6. Problemas bucais trazem riscos à saúde do seu animal Mais de 80% dos cães e 70% dos gatos com mais de quatro anos apresentam algum estágio da doença.
O diagnóstico do diabetes em cães e gatos vem se tornando cada vez mais comum e já não causa tanta estranheza.
10. CRMV-SP - Castração mais segura CRMV-SP cria resolução para disciplinar mutirões de esterilização cirúrgica em todo o Estado de São Paulo
12. Proteja seu filhote com as vacinas certas! Assim que tiver o primeiro contato com seu filhote, já marque uma visita ao médico veterinário, que vai lhe indicar as melhores vacinas.
Diretor: Michel Wajchman Departamento Comercial: Clayton da Silva Ferreira, Ubirajara Mendes Ponciano Departamento Financeiro: João Géa. Editor Chefe: Natássia Meirelles Colaboradores: Flávia R.R. Mazzo, R. F. Giglio, Alexandre Rossi Periodicidade: Mensal.
Esse ato, muitas vezes, explica diversos problemas de saúde e você deve levar seu bichinho no veterinário.
26. Toxoplasmose em gatos domésticos
8. Diabetes em animais de estimação
16. Ressonância Magnética 18. Hora do banho 20. Piodermatite 22. Nossos maravilhoso 32. O mundo pelos olhos felinos
aves
peixes
Aves 39. Quero ser um criador amadorista de pássaro! Você tem muita vontade de ter um pássaro cantando em casa? E ouviu falar que ter um pássaro é ilegal?
40. Como começam os cuidados com o pássaro?
Doença de fácil infecção entre homens e gatos, pode ser transmitida pela mãe na gestação e pelo contato de humanos com alimentos contaminados.
Os cuidados com os pássaros devem ser bem delicados. Começam logo na hora da compra, adquirindo um bichinho saudável.
28. Felv ou Leucose Felina pode provocar outras doenças Aproximadamente 33% das mortes dos gatinhos são decorrentes de doenças secundárias provocadas pela Felv.
30. A raiva ainda atinge os cães e gatos Altamente contagiosa, incurável e fatal, a raiva é uma doença que mata em aproximadamente 100% dos casos.
34. Castração 38. Alergia a gatos 42. Novos ambiente para pássaros 44. Alimentação de aves 45. Criatórios e as doenças
Peixes
48. Primeiros passos para cuidar de um aquário de peixes É trabalhoso, porém compensa o prazer imenso em vê-lo arrumado e limpo com os peixinhos satisfeitos
46. Reprodução dos pássaros 52. Alimentação dos peixinhos 58. Eletrocardiologia em animais de estimação
A revista Petlife é uma publicação especial da Hill Comunicação. Redação, administração publicidade e correspondência: Rua Tamoios, 302. Jd. Aeroporto, São Paulo - SP, CEP 04630-000. Anúncios (11)5031-5847/50314807. A redação da Petlife não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo este último de inteira responsabilidade dos anunciantes. Para sugestões, críticas ou elogios, envie um e-mail para contato@petlife.net.br
Apoio:
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Cães
Problemas bucais trazem riscos à saúde do seu animal
Mais de 80% dos cães e 70% dos gatos com mais de quatro anos apresentam algum estágio da doença. As principais queixas em relação aos problemas orais de cães e gatos ocorrem em razão do mau hálito. Se o seu pet apresenta halitose (mau hálito), é porque há acúmulo de bactérias da flora ou microbiota oral sobre a superfície dos dentes, a famosa placa bacteriana. Quando a placa não é removida, ocorre o processo de mineralização, que forma o cálculo dental (tártaro). Quando esse processo agrava com o tempo, torna-se uma doença periodontal, caracterizada por gengivite, retração gengival, perda dentária e óssea. A doença causa dor (entre outros problemas), prejudicando a qualidade de vida do seu pet. Por consequência, o animal passa a se alimentar menos e o estado nutricional é prejudicado, tornando-o mais suscetível a doenças. Além disso, a infecção crônica pode atingir outras partes do organismo. As bactérias que estão na boca podem cair na circulação sanguínea e atingir órgãos como coração, rim ou fígado, tornando-se uma doença potencialmente grave. Para prevenir as doenças periodontais é essencial realizar a escovação dental diária com cremes dentais específicos durante toda a vida do animal. Muitos produtos do mercado, como alguns tipos de rações e petiscos,
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possuem agentes que reagem com o cálcio da saliva e neutralizam a formação do tártaro. Alguns brinquedos de borracha rígida, biscoitos e palitos de couro comestíveis também ajudam na retirada parcial da placa bacteriana. Animais com a boca saudável tendem a viver mais em virtude da melhor alimentação e menor incidência de infecção oral nos demais órgãos. Portanto, seja cauteloso com a higiene bucal do seu pet. Faça sua parte e consulte sempre um veterinário de sua confiança.
TRATAMENTO • Exame clínico completo da cavidade oral, procedimento que é feito sob anestesia geral; • Limpeza dos dentes afetados; • Polimento dos dentes com micromotor. • Extração dos dentes com mobilidade ou perda óssea acentuada e dentes decíduos (de leite). • Correção de possíveis complicações encontradas, como fístulas, retrações gengivais etc. *Após o tratamento periodontal é muito importante fazer a manutenção e prevenção.
COMO SABER SE SEU PET TEM DOENÇA PERIODONTAL Os sinais frequentemente encontrados são: • Halitose (mau hálito) • Dificuldade para comer ou para pegar objetos mais duros • Persistência de dentes decíduos (dentes de leite) • Tártaro: crostas de coloração amarela, verde ou marrom • Salivação excessiva, espessa e com odor ruim • Inflamação, sangramento ou retração da gengiva • Aumento de volume na região externa da cavidade oral (exemplo: focinho) • Dentes com mobilidade • Dentes fraturados • Aumento de volume no interior da cavidade oral • Dor ao abrir ou ao manipular a boca • Perda de apetite e peso • Apatia e falta de vivacidade Daniel R. Sayegh Médico Veterinário - CRMV-SP 16237 Hospital Veterinário Jardins www.csajardins.com.br
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Cães
Diabetes em animais de estimação O diagnóstico do diabetes em cães e gatos vem se tornando cada vez mais comum e já não causa tanta estranheza. Com sintomas semelhantes aos dos seres humanos, os animais com diabetes costumam apresentar a doença já idosos, entre 8 e 12 anos. No entanto, acredita-se que a expectativa de vida desses animais – desde que ele não seja diagnosticado em estágio muito avançado do diabetes - seja a mesma de um animal normal. Não há estatísticas brasileiras para cães e gatos com diabetes. Normalmente, a referência está nos estudos americanos. “A incidência do diabetes em cães e gatos é menor do que a dos seres humanos. Segundo um estudo americano, é de 0,002%, mas tem aumentado nas últimas décadas. Isso é explicado pela maior expectativa de vida dos animais e também pelo aumento da incidência de obesidade”, explica o médico veterinário Ricardo Duarte, Prof. de Clínica Médica de Pequenos Animais do Creupi-SP e Doutorando em Clínica Veterinária pela USP. Entre as causas do diabetes em animais de estimação estão relacionadas: o fator hereditário, um organismo debilitado, pancreatite e fatores de resistência à insulina, entre eles a obesidade.
Diagnósticos em Cães e Gatos As manifestações do diabetes são semelhantes em todas as espécies. A diferença no diagnóstico de cães e gatos está na forma como cada animal expressa os sintomas. Os sintomas mais comuns são: o aumento do volume da urina, ingestão de água e emagrecimento. No entanto, alguns animais podem ter o apetite aumentado, o que nem sempre é visto com maus olhos pelos proprietários. “Curiosamente, boa parte dos cães diabéticos são diagnosticados quando procuram o veterinário por causa do surgimento de catarata, que não é um sintoma inicial do diabetes. Gatos diabéticos geralmente não desenvolvem a catarata, mas a neuropatia diabética, que pode causar dor e dificuldade para andar”, explica o veterinário.
Tipo do Diabetes e Teste de Glicemia “A etiologia do diabetes não está bem estabelecida em pequenos animais. Por ocasião do diagnóstico, a maioria dos cães diabéticos têm pouca produção de insulina. Acredita-se que entre 90 e 95% dos gatos diabéticos têm uma doença semelhante ao diabetes tipo 2 dos seres humanos”, esclarece o veterinário Ricardo. Para a medição da glicemia em animais, normalmente usa-se monitores portáteis para seres humanos. “Diferente dos seres humanos, na clínica utilizamos sangue venoso ao invés do sangue capilar. Por isso é importante saber se o aparelho que será usado é válido para uso em animais. Recentemente concluímos uma pesquisa para avaliar duas marcas comuns de glicosímetros para o uso em cães”, afirma Dr. Duarte.
Cães
Entre os cães, as raças com mais predisposição ao diabetes são poodle e schnauzers. E mais comum em fêmeas do que em machos.
Os sintomas mais comuns da diabetes em cães e gatos são: o aumento do volume da urina, a ingestão de água e o emagrecimento Comprometimento com o Animal É preciso que haja um comprometimento do dono, porque disso depende o sucesso do tratamento e da melhora da qualidade de vida do animal. É de vital importância saber que ele não pode permanecer sozinho, já que o tratamento insulínico é para sempre.
Os Felinos A única raça, entre os gatos, predisposta a desenvolver o diabetes é o Sagrado da Birmânia e a maior incidência da doença está entre os machos castrados, talvez decorrente da obesidade. Os gatos, normalmente, têm diabetes tipo 2 e são tratados com hipoglicemiantes orais ou até mesmo com uma dieta – e, como ocorre entre os seres humanos, eles também podem necessitar de aplicações de insulina. A insulina do gato é mais parecida com a bovina e dáse preferência a utilização da insulina mista em gatos (80% bovina). “As insulinas humanas funcionam bem, sem provocar a formação de anticorpos. Já usamos também insulinas pré-misturadas (NPH/R) em alguns pacientes e análogos da insulina (as ultra-rápidas) no hospital para controle rápido da glicemia”, explica o veterinário. Atualmente, os animais com diabetes contam até mesmo com rações especiais.
Pioneirismo Canino O primeiro ser vivo a receber a insulina e o seu organismo responder de forma positiva foi a cadela Marjorie. Em outubro de 1921, o cirurgião canadense Frederick Banting e o seu colaborador, o estudante de medicina Charles Best, realizaram várias experiências no laboratório de Mac Leod, em Toronto, com cães como cobaias, a fim de isolar uma substância capaz de eliminar os sintomas do diabetes. Na oportunidade, os cães tinham os seus pâncreas retirados para a produção do extrato de insulina. Banting e Best descobriram que, ao injetar o extrato em cães diabéticos, as taxas de açúcar no sangue chegavam aos níveis normais. Barbara Bezerra http://www.greepet.vet.br/
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Cães
Castração mais segura CRMV-SP cria resolução para disciplinar mutirões de esterilização cirúrgica em todo o Estado de São Paulo A castração ou esterilização cirúrgica de animais de companhia é um método cada vez mais utilizado atualmente. Ele é fundamental para controlar a população de cães e gatos no meio urbano. Com isso, a realização de mutirões de castração está se tornando frequente em todo o Estado de São Paulo. Geralmente, eles são promovidos pelas prefeituras dos municípios em parceria com organizações não governamentais ligadas à proteção animal. Em virtude da popularização desse tipo de evento, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) decidiu estabelecer, por meio de resolução, uma série de regras que vão disciplinar os mutirões. O objetivo é garantir a preservação da saúde dos animais, já a castração é uma intervenção cirúrgica e necessita do acompanhamento de um médico veterinário. O documento, formulado para direcionar os mutirões, foi elaborado pelos membros das comissões de Clínicos de Pequenos Animais, Bem-Estar Animal e de Saúde Pública Veterinária. O texto aborda desde o planejamento do evento, incluindo a ambientação do local, a composição da equipe, o transporte dos animais e os equipamentos utilizados, até a realização do procedimento, determinando as ações a serem feitas durante os períodos pré, trans e pós-operatório. Antes de serem submetidos à cirurgia, cães e gatos devem passar por exames que vão determinar se eles podem ou não serem castrados. Há situações que impedem a realização do procedimento e que só podem ser identificadas por um profissional. O proprietário também deverá assinar um termo de autorização cirúrgica,
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onde constará o nome e o número de registro no CRMV-SP do médico veterinário responsável técnico pelo evento. É importante ainda, que o responsável técnico forneça telefones de contato para um acompanhamento posterior do animal até seu total restabelecimento.
O abandono ainda é a maior causa do crescimento do número de animais encontrados nas ruas. A resolução contendo esses tópicos está sendo encaminhada aos prefeitos e presidentes de Câmaras Municipais de todo o Estado. Embora ela discipline os mutirões, o Conselho recomenda que o evento seja realizado somente em último caso. O ideal é promover parcerias com clínicas e hospitais veterinários locais para a realização das castrações, desde que esses estabelecimentos estejam devidamente legalizados nos municípios e possuam registro no CRMVSP. Além de terem todas as condições adequadas para intervenções cirúrgicas, eles são potenciais geradores de empregos e devem ser prestigiados, dada a sua importância para a economia dos municípios.
É indispensável alertar que, embora os mutirões de castração ajudem no controle da população de cães e gatos, eles são apenas um método paliativo. O abandono ainda é a maior causa do crescimento do número de animais encontrados nas ruas. Por isso, é fundamental que canis, gatis e pet shops comercializem apenas animais castrados e microchipados, e exijam dos futuros proprietários a assinatura de um termo de posse responsável. Abandono de animais é crime e coloca em perigo a saúde pública, o meio ambiente e o próprio bem-estar animal, trazendo ainda outros riscos à população, como acidentes de trânsito. Para evitar essas situações, as autoridades estaduais e municipais precisam criar ou intensificar programas educativos para conscientizar as famílias de que o cão ou gato sob sua posse é um ser vivo e necessita de cuidados. Os órgãos responsáveis pela vigilância nos segmentos que comercializam animais em cada município também devem atuar com mais clareza e orientar os estabelecimentos para que se evite o aumento populacional de cães e gatos. Portanto, não se esqueça: antes de adquirir um animal de companhia, tenha certeza de que poderá cuidar dele até o final de sua vida. Os pets merecem respeito e tratamento digno como qualquer outro ser vivo.
Francisco Cavalcanti de Almeida Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) CRMV-SP Rua Apeninos, 1088, Paraíso - São Paulo (SP) (11) 5908 4799 - falecom@crmvsp.org.br www.crmvsp.org.br
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Cães
Proteja seu filhote com as vacinas certas!
Se você não quer ver seu melhor amigo doente, assim que tiver o primeiro contato com ele já marque uma visita ao médico veterinário, que vai lhe indicar as melhores vacinas Logo após escolher seu cãozinho, é muito importante que você o leve para a primeira visita ao Médico Veterinário para fazer um check up e tomar as vacinas que vão garantir a saúde do bichinho. Antes de tomar essa medida, não deixe o filhote em contato com outros cães. Até na clínica veterinária você deve manter seu cãozinho no colo para que ele não entre em contato com outros cães doentes. Com a vacina o sistema imunológico fica mais forte, ajuda a criar defesas no organismo e, consequentemente, evitar determinadas doenças. A maior parte das vacinas é elaborada com vírus ou bactéria de impacto reduzido.
Eles ajudam o sistema imunológico a criar resistência. Não se assuste com a quantidade de vacinas que o veterinário vai recomendar. Seu novo melhor amigo, provavelmente, não está doente. Na verdade, as vacinas são aplicadas em doses, pois cada bichinho responde diferente às aplicações. Alguns animais nem chegam a se adequar às vacinas. Isso pode acarretar um adoecimento, mesmo quando eles já foram vacinados. No entanto, apenas 5% dos filhotes têm essa má adequação, a maioria, das vacinas, ou seja, 95% conseguem responder corretamente
às vacinas. É necessário terminar todo processo da vacinação, só assim seu bichinho estará realmente protegido. Além disso, tome cuidado para não esquecer as vacinas anuais, que são imprescindíveis para não causar o enfraquecimento da saúde. As principais vacinas que devem ter aplicação anual são: octopla e Anti-rábica. A vacina contra raiva só pode ser aplicada após os 4 meses do nascimento dos filhotes, e as vacinas não devem ser aplicadas de uma só vez. Respeite o tempo da saúde do seu bichinho!
Tabela de Vacinação Óctupla ou Déctupla
Anti-rábica
Giardíase
Tosse dos canis
45 dias
1ª dose
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-
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21 dias após a última aplicação
2ª dose
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1ª dose
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21 dias após a última aplicação
3ª dose
-
2ª dose
-
21 dias após a última aplicação
-
Uma dose
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Uma dose
Uma dose
Uma dose
Uma dose
Uma dose
Idade
Anualmente
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Cães
Entenda porque a vacinação é importante Todos os cães precisam receber a vacinação, direitinho! É fácil e barato, não espere seu bichinho adoecer, mantenha as boas condições de saúde dele. Tenha boa vontade e organização, pois as vacinas evitam muitas doenças. É só prestar atenção nos sintomas e, se identificar algum deles, faça uma visita ao médico veterinário, é a primeira e mais importante atitude. Cinomose O que é? Causada por um vírus que pode ser encontrado no fluxo ocular e nasal. A cinomose ocorre, principalmente, no primeiro ano de vida. Também pode infectar animais mais velhos, que não tenham recebido devidamente as vacinas ou que estejam com a saúde debilitada. Quais são os sintomas? A cinomose é divida em fases diferentes. Os primeiros sintomas aparecem via aparelho digestivo causando vômitos, diarreia, mucosa sanguinolenta, anorexia e temperatura acima de 40ºC – estado febril. A próxima fase é a respiratória, quando a doença atinge o tecido interno. Se os pulmões forem atingidos é perigoso que haja uma pneumonia. Em alguns casos, os animais passam para a terceira fase, predominantemente nervosa, a mais perigosa, inclusive. Nesta fase, os sintomas são espasmos e convulsões, seguidos de paralisia e morte. Leptospirose O que é? Causada por uma bactéria presente na urina dos ratos e camundongos de esgoto, a leptospirose pode atingir homens e animais. O cão fica contaminado quando entra em contato com a bactéria (geralmente encontrada na água ou lama) por meio da pele, (com feridas ou não) boca, nariz, olhos e órgãos genitais.
início em 1978. Os cães mais jovens são mais propensos à infecção da parvovirose, por não terem criado defesas suficientes para imunizá-la. Quais são os sintomas? Anorexia, diarreia hemorrágica severa, febre, vômitos, levando a desidratação. Pode ocorrer a morte entre 48 e 72 horas após o início dos sintomas, se a doença não for diagnosticada rapidamente. Coronavirose O que é? Causada por um vírus que fica incubado de 24 a 96 horas. A coronavirose, também chamada de gastroenterite, causa uma inflamação no aparelho digestivo. Ela é muito contagiosa, sobretudo em cachorros. Tem um quadro clínico semelhante ao da parvovirose. Geralmente, é adquirida pela ingestão de alimentos contaminados. Quais são os sintomas? Diarreia leve ou forte, de cor amareloalaranjado (às vezes com sangue), lacrimejamento, perda de peso, desidratação e elevação da temperatura.
Vermífugo: o aliado do cão Sempre acompanhado pela consulta veterinária, seu cãozinho deve se proteger dos vermes que podem causar diversos problemas para a saúde. Eles podem se adaptar ao cão e causar diminuição do peso, mais facilidade para ter outras doenças, pouca absorção e digestão de nutrientes, perda de sangue e proteína. Principalmente os filhotes precisam dos vermífugos a partir de 30 dias de vida. É necessário repetir a dose reforço após 15 dias. Para continuar o tratamento, o vermífugo deve ser administrado de 3 a 6 meses, sempre acompanhado de um exame de fezes, evitando doenças e até a morte. O vermifugação é um tratamento relativamente barato. Proteja seu melhor amigo dos inimigos, cuide de dar os vermífugos certos no tempo certo.
Antes de dar as primeiras vacinas, não deixe o filhote em contato com outros cães
Quais são os sintomas? Elevação da temperatura, vômitos, diarreias (às vezes com sangue), urina com sangue e sede. No começo da doença, pode acontecer a morte em poucas horas. Parvovirose O que é? Causada por um parvovírus e altamente contagiosa, a doença é razoavelmente nova, teve
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Cães
Sintomas que devem ser levados em consideração para levar o cão ao veterinário
Parainfluenza O que é? Transmitida por vírus e conhecida como “Tosse dos Canis”, a doença é altamente contagiosa e mais comum no inverno. O vírus age no sistema respiratório dos cães e é transmitido por contato direto com animais infectados. Quais são os sintomas? Tosse persistente, muitas vezes associada à pneumonia, febre, rinite, conjuntivite e apatia. Há uma probabilidade grande de aparecer infecções secundárias. Raiva O que é? É uma virose infecto contagiosa aguda e fatal, transmitida pela saliva e apresenta características de agressividade, semiparalisia ou paralisia. O tempo de encubação é de 10 a 90 dias.
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Quais são os sintomas? A raiva é também dividida em fases que se caracterizam pela duração e estágios progressivos. Febre, comportamento alterado e diminuição dos reflexos são os sintomas iniciais. Outra fase é a furiosa, que apresenta alteração do sistema central e se caracteriza pelos latidos furiosos, agressividade, irritabilidade, ataques a objetos e convulsão. A paralisia da faringe e laringe aparece na fase paralítica, que dificulta a mastigação, pode causar depressão, coma e até a morte por paralisia respiratória. As prefeituras e entidades de saúde promovem, anualmente, campanha de vacinação gratuita para o controle da raiva.
1. A respiração mais rápida ou coração acelerado. 2. Sangramento: presença de sangue nas fezes, urina ou em qualquer parte do corpo. 3. Convulsões: tremores violentos da cabeça ou membros; atordoamento, perda de consciência. 4. Mudança de hábitos: alimentares (aumento ou diminuição acentuada de ingestão e de líquido e alimentos), higiênicos ou comportamentais. 5. Perda ou ganho de peso: mudanças dramáticas de peso (em curtos ou longos períodos). 6. Alterações na urina: dificuldades de micção, presença de sangue na urina, aumento exagerado do volume de urina ou freqüência de micção, ausência de micção. 7. Alteração nas fezes: dificuldade de defecação, presença de sangue ou vermes nas fezes, aumento exagerado no volume das fezes, ausência de defecação, diarréias. 8. Vômitos: episódios múltiplos em um curto período ou contínuos em um longo período; presença de sangue ou vermes no vômito. 9. Tosses ou espirros. 10. Anormalidades nos olhos: inflamação, irritação, corrimento ocular, opacidade, dificuldade em enxergar. 11. Inchaços e Tumores: em particular os de rápido crescimento ou sangrentos. 12. Pruridos acentuados: animal se coça ou morde freqüentemente qualquer parte do corpo; queda de pelagem; balanço constante da cabeça. 13. Dor: ruídos ao ser manipulado; animal evita se locomover. Em suma, qualquer anormalidade pode ser um sinal de que seu animal está adoecendo. Fonte: proambi
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Cães
Ressonância Magnética para seu Pet!
Com o avanço da tecnologia, donos exigem diagnóstico e tratamento “state-of-art” para seus animais de estimação. Utilizada amplamente na Medicina Humana desde o final dos anos 80, e na Medicina Veterinária, nos Estados Unidos e Europa, desde o final dos anos 90, a Ressonância Magnética esta chegando ao mundo veterinário brasileiro. Nos próximos meses, a cidade de São Paulo terá um equipamento de Ressonância Magnética de uso exclusivo veterinário. Este aparelho estará locado na unidade de Moema do PROVET, Medicina Veterinária Diagnóstica. Tão importante quanto o aparelho é o material humano, no qual o PROVET, conta com o suporte profissional médico veterinário treinado nos Estados Unidos, além de outros profissionais, atualmente participando de cursos de aprimoramento nesta modalidade na medicina humana, aqui na cidade de São Paulo.
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Diferentemente da Radiografia e da Tomografia Computadorizada, a Ressonância Magnética é uma modalidade que não utiliza radiação ionizante. Ao invés disso, a Ressonância Magnética utiliza radiofreqüência, semelhante às emitidas por estações de Radio e TV. A física por trás da formação das imagens é bem complexa, indo além do propósito deste artigo. Assim como para a realização de um exame de Tomografia Computadorizada na Medicina Veterinária, para a realização da Ressonância Magnética, o seu pet precisa permanecer imóvel durante o exame para obtermos as respostas necessárias. Como não podemos pedir para seu pet permanecer imóvel, anestesia geral se faz necessária. Para assegurarmos que esta seja uma experiência segura e eficiente, exame préanestésico, modernos equipamentos de monitorizarão anestésica, assim como profissionais qualificados na área são preconizados. Com isso podemos afirmar que a Ressonância Magnética é uma poderosa modalidade de Diagnóstico por Imagens, que permite obtenção de preciosas informações morfológicas e
Cães funcionais, por meio de imagens de alto detalhe das estruturas internas. Isto é obtido de forma rápida, segura, indolor e sem a necessidade de um procedimento invasivo. O grau de detalhe nas imagens da Ressonância Magnética é tão alto que esta modalidade é considerada a melhor para avaliação de tecidos moles, sendo extremamente útil na avaliação no sistema nervoso (cérebro, medula espinhal e nervos periféricos), articulações, tendões, ligamentos, e também as estruturas cervicais e abdominais. Estas imagens de alto detalhe são obtidas em múltiplos planos e seqüências, utilizando ou não agentes de contraste paramagnético. Por proporcionar visualização de alterações não visíveis ou de visibilidade dificultada em outros exames, a Ressonância Magnética é uma modalidade extremamente poderosa e versátil na Medicina Humana e Veterinária. Isto proporciona ao médico veterinário identificar a verdadeira causa do problema de seu pet, facilitando assim melhor planejamento de estratégias de tratamento de seu animal de estimação, seja esta conservativa ou cirúrgica. Além disso, esta modalidade também pode ser utilizada no acompanhamento e avaliação do tratamento instituído.
ressonância magnética Dentre os inúmeros sinais clínicos e possíveis diagnósticos diferenciais aos quais o exame de Ressonância Magnética é indicado, destacam-se: Convulsões Alterações de comportamento Qualquer evidencia clínica de lesão cerebral/cerebelar Tumor intracraniano Protrusão ou extrusão de disco intervertebral Síndrome “Wobbler” Instabilidade lombosacra Qualquer outra alteração da coluna espinhal e nervos periféricos (neoplásica, inflamatória, etc.) Lesões intrapelvicas Alterações nasais e paranasais Lesões de orelha média e interna Alterações oftálmicas e perioftálmicas
Claudicações (destaque para alterações de ombro e joelho) Alterações dos tecidos moles do pescoço Lesões mediastinais Procura de neoplasia oculta Procura de metastases Avaliação pré-cirurgica de neoplasia (define as margens e promove a diminuição do tempo cirúrgico) Estadiamento tumoral Doenças de adrenal, fígado, baço, pâncreas, intestinos Caracterização de ”shunts” portosistêmicos e outras anomalias vasculares Doenças tromboembolicas Avaliação de abscessos e procura de corpos estranhos Fonte: R. F. Giglio, MV, MSc, PhD
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Hora de tirar a sujeira!
Seu cachorro está com aquele cheiro desagradável? Saiba como melhorar a higiene do seu melhor amigo sem sair de casa Antes de tudo, é bom saber que o seu bichinho pode tomar banho apenas uma vez por mês, especialmente no verão e pela manhã. No inverno, a freqüência deve ser menor. No caso dos filhotes, o banho só pode ser dado a partir do quarto mês de vida, depois de dadas todas as vacinas. Os banhos devem ser realizados com água limpa. A temperatura varia conforme as estações do ano. De preferência, use água morna, nos dias frios, e água fria nos dias de calor mais intenso. É preciso tomar alguns cuidados importantes para a saúde e bem estar do totó. Os produtos de limpeza que devem ser utilizados são: shampoos especiais, sabonetes neutros ou de glicerina. Atenção especial para os olhos e orelhas! Não deixe que a água e o sabão atinjam essas regiões, que são muito sensíveis. Algodões são ótimos para tampar o ouvido do seu cão, assim logo após o banho dá para limpar a orelha (parte que fica exposta) com cotonetes ou ainda aproveitar as bolas de algodão. Além desses cuidados, os pêlos podem ser higienizados antes do banho! Passe um paninho limpo (ou algodão) embebido em álcool para matar as pulgas. Depois do banho não se esqueça de usar o secador para o cão
não sentir frio. Mantenha uma distância segura de aproximadamente 30 cm dos pêlos e, principalmente, dos ouvidos do bichinho. Os filhotes com menos de quatro meses podem ser higienizados com uma toalha umedecida em 10 litros de água morna, uma colher de sobremesa de álcool e outra de vinagre. Passe a toalha nos sentidos contra e a favor dos pêlos, utilize o secador. Os genitais devem ser limpos apenas com água morna e outra toalha. O mais importante é fazer com que esse momento do banho seja divertido e agradável tanto para você quanto para o cãozinho, portanto brinque com o ele e não bata de jeito nenhum, isso pode dificultar ainda mais o trabalho. Para não torturar aqueles cães que não gostam muito de água, aumente o intervalo entre os banhos. Por exemplo, se ele toma banho toda semana, dê de dez em dez dias, ou até menos. Faça o seu cãozinho feliz!
Escovação Semanal Para completar uma higiene bem feita, é possível escovar o cão toda semana. No verão, pode escovar diariamente. Utilize uma escova de aço flexível e escove o pêlo junto com o secador. A escovação ajuda a eliminar
pêlos e escamações mortos e outras impurezas. Também serve como um tipo de terapia e aumenta o vínculo de carinho com esse membro tão importante da família.
o que pode Usar bolas de algodão para proteger o ouvido Secador de cabelo Cotonete nas orelhas Shampoo e sabonetes neutro Água morna
o que não pode Usar sabão de coco Banheira Água suja Água muito quente Cortar as unhas Dar banho nos primeiros quatro meses de vida Fonte: petvale
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Piodermatite causa lesões na pele do bichinho Todos nós que militamos na área de Dermatologia de cães e gatos ficamos por vezes estarrrecidos e enfadados ao ver tantos casos de uma mesma doença: AS PIODERMITES. Piodermite nada mais é do que a infecção bacteriana da pele (pio = pus, dermite = inflamação da pele). Podemos também chamá-las de foliculites bacterianas, pois, via de regra, estas infecções envolvem os folículos pilosos, que são os locais da pele de onde nascem os pêlos Existem inúmeras causas para que elas aconteçam, isto porque a bactéria, principal causadora da doença em cães e gatos, é o Staphylococcus spp, que também faz parte da própria microbiota cutânea, isto é, vive na pele normal dos animais saudáveis sem causar nenhum problema. Então, sempre há um fator desencadeante que faz com a quebra do equilíbrio entre a população bacteriana e o hospedeiro, levando a uma proliferação bacteriana excessiva e sem controle, ocasionando as lesões e os sintomas característicos. Este é o principal motivo que torna as piodermites tão frequentes: o fato de serem manifestações de várias outras doenças que citaremos a seguir. Como são as lesões? Embora o nome da doença indique que deve haver a presença de pus, isto não ocorre na maioria das vezes. As lesões se manifestam de múltiplas formas: pápulas (pequenas elevações) avermelhadas recobertas por crostas (vulgarmente seriam “casquinhas”), pequenas bolhas com pus (pústulas), perda de pelame de forma
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circular recoberta por escamas, úlceras (perda de tecido profunda), erosões (perdas superficiais de tecido). Como pode ser dado o diagnóstico? O clínico pode fazer isto através do aspecto das lesões e da citologia do material (análise microscópica). Por vezes se torna também necessária a cultura microbiológica do material obtido das lesões. O mais importante, contudo, não é diagnosticar a piodermite, mas sim identificar suas causas. Para isto, o veterinário deve fazer uma investigação detalhada quanto a possíveis
alergias, seborréia, sarna negra, desequilíbrios hormonais, presença de pulgas ou de outros parasitas, carências nutricionais, micoses, doenças auto-imunes, etc. Por fim, há casos em que não se descobre a causa, e estes são chamados de idiopáticos. O tratamento consiste no uso de antibióticos, xampus anti-sépticos ou anti-seborréicos e, principalmente, na identifiação e correção das causas de base. Dra. Cibele Nahas Mazzei CRMV SP 6011 M. V. Mestre em Dermatologia Veterinária pela USP. www.dermatopet.com.br
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Calçada não é privada Todo mundo já passou pelo inconveniente de pisar num montinho malcheiroso. E qual é a primeira reação numa hora dessas? Praguejar, é claro! Quando o cachorro usa a calçada de banheiro, a gente xinga o bicho, sem pensar que o culpado por esse desrespeito é o dono, que não exerceu um dos princípios fundamentais da posse responsável: a retirada das fezes do animal da via pública. Desde 2001, a lei municipal 13.131 de São Paulo prevê a aplicação de multa de dez reais para quem não recolhe os dejetos do seu companheiro de estimação. A penalidade, de valor irrisório tem a função de educar e não de “doer no bolso” dos infratores. Não fica claro a qual órgão da Prefeitura – o Centro de Controle de Zoonoses (CZZ) ou a Guarda Civil Metropolitana – caberia o ônus da fiscalização. Para efeitos de comparação, em Nova York, a multa para os donos sujões é de 100 dólares, e a fiscalização é feita por 14 profissionais designados especialmente para esse fim. O artigo que estabelece a obrigatoriedade da retirada das fezes integra uma lei mais ampla, que, entre outros itens, cria o Registro Geral Animal (RGA), ou seja, o cadastramento dos cães e gatos junto ao CCZ. Esse procedimento, fundamental no caso de perdas e resgate dos bichos por seus donos, também torna possível punir os maus cidadãos que se recusam a
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apanhar as fezes. O mesmo princípio se aplica aos casos de maus-tratos, acidentes e toda uma série de ocorrências, uma vez que permite identificar um responsável. Contudo, a legislação não “colou”: em todo esse tempo, somente 500 mil registros foram efetuados, e muitos desses já faleceram – a população média de cães é de 2 milhões, e não há estimativas do número de gatos. A cobrança pelo registro pode ter dificultado a adesão das clínicas veterinárias, que, para serem autorizadas a expedir os RGAs, são obrigadas a pagar previamente por um lote de registros. A este quadro, somam-se outras leis, que tentam suprir os anseios dos amantes dos animais, mas não são acompanhadas de instrumentos para sua eficácia. É o caso do código que obriga cães de certas raças a usar focinheira e coleira, da proibição da venda de cães e gatos não-castrados ou da lei estadual que proíbe a eutanásia de animais saudáveis pelos CCZs de todo Estado de São Paulo, para citar algumas. Enquanto as duas primeiras viraram letra-morta em virtude da falta de fiscalização, a última pressupõe um programa eficiente de controle de natalidade animal, algo que inexiste
Ainda é necessário atenção ao caminhar pela cidade, lembre-se sempre de que o cão não tem como andar com um saquinho na patinha e limpar a própria sujeira. nos municípios paulistas, incluindo a capital. Enquanto isso, resta apelar para recursos como placas de alerta, cara feia e até câmeras de segurança para constranger os sujões irresponsáveis, como já vem sendo em alguns bairros da cidade. Nesse meio tempo ainda será preciso atenção ao caminhar pela cidade, lembrando-se sempre de que o cão não tem como andar com um saquinho na patinha e limpar a própria sujeira. Fonte: arcabrasil
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gatos
Seu gato faz xixi fora da caixa?
Não fique bravo quando seu gatinho não fizer xixi na caixa, esse ato, muitas vezes, explica diversos problemas da saúde e você deve levar seu bichinho no veterinário Mesmo considerados animais de estimação que prezam pela higiene, os gatos podem em fazer xixi fora da caixa de areia. Não adianta pensar que o seu gatinho está agindo por vingança, nem que ele deixou de prezar pela própria higiene. O melhor é entender que qualquer tipo de comportamento fora do comum deve ser levado em consideração. Podem existir diversas razões para o gato parar de utilizar o caixote como banheiro. Essas razões podem ser: problemas de saúde e com a caixa de areia, mudanças recentes, marcação de território e até por más companhias. Antes de realizar qualquer dica que vamos dar aqui, quando surgir alguma mudança de hábito do animal ou no ambiente em que ele vive faça uma visita ao médico veterinário. É assim que vamos investigar alguma possível doença do nosso gato. Problemas de Saúde
Trato Urinário Quando há problemas no trato urinário, gerando dor, o gato pode associar o sofrimento ao ato de fazer xixi na caixa de areia. O gato, provavelmente, vai urinar pela casa inteira até encontrar um local onde possa urinar sem dor. Em diversos casos, logo após o tratamento da saúde, o gato volta a usar a caixa de areia sem maiores problemas. A incontinência urinária (falta de controle da 24
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gatos
urina e esvaziamento da bexiga em qualquer lugar) é outro problema que leva o gato a lidar de forma diferenciada com o ato de fazer xixi na caixa de areia, especialmente os gatos idosos, que possuem menos domínio sobre as funções motoras do sistema urinário. Há duas maneiras de melhorar a situação: uma é colocar caixas de areia espalhadas na casa inteira, isso ajuda o gato a fazer no lugar certo, outra é usar fralda no seu bichinho.
Articulações Algumas caixas de areia ficam localizadas em locais altos demais e de difícil acesso para gatos que possuem problemas nas articulações, como a artrite. Nesses casos, para chegar até a caixa o gato precisa saltar, piorando ainda mais o problema da artrite. Portanto, mesmo com o acompanhamento do médico veterinário, colocar a caixa de areia em lugar próximo do chão ajuda a saúde e o bem estar do seu gatinho.
Doenças Associadas Outras doenças, como diabetes e hipertiroidismo, mexem com o sistema urinário do animal, ocasionando o excesso de urina. A caixa de areia enche com mais facilidade e, consequentemente, fica mais suja, fazendo o gato não ter mais vontade de utilizar. Se possível, tenha dois ou mais caixotes com areia e limpe com mais frequência. Dicas
Limpeza e Local da Caixa Evite colocar as caixas perto dos locais onde o gato dorme e come. Limpe diariamente! Os gatos seguram a urina se a caixa de areia estiver suja. Não utilize produtos de limpeza com cheiro muito forte na caixa. Na hora de escolher um lugar para colocar o caixote, não deixe em locais barulhentos com cheiros muito fortes, que desagradam o gato.
Caixas de Areia Quanto mais higienizado for o lugar do xixi, melhor. Os gatos partilham a casa com outros animais, mesmo com um alto grau de individualidade e domínio territorial, porém não gostam de dividir a caixa de areia. Se for colocar mais de uma caixa, coloque em lugares separados, assim o gato consegue distinguir uma da outra.
Escolha sempre um cantinho, onde duas paredes estejam em contato com a caixa. O gatinho terá mais facilidade para administrar aonde fazer o xixi.
Território do Gato Os felinos, como os cães, também marcam território. Geralmente, esse comportamento começa a partir dos oito meses e pode ser observado melhor em machos do que em fêmeas. Muitas vezes, o surgimento de um gato macho estimula a marcação de território, mesmo que seja um contato indireto, o animal pode ouvir ou avistar da janela algum felino vizinho. Para marcar o território, o gato costuma urinar de forma diferenciada. Eles lançam a urina o mais alto e espalhado possível. Atrair o parceiro é uma das características da marcação de território, portanto essa prática é comum na época do cio. A castração ou esterilização pode resolver o problema em 90% dos casos. Para um melhor resultado, realize a castração antes de aparecer o comportamento. Se houver castração após o início do comportamento, cuide para limpar a urina do gato, quando ele marcar o território. A urina tem um cheiro forte e atrativo, que faz o bichinho continuar urinando no mesmo local.
Companhias que atrapalham Pessoas, como as crianças; e animais, como outro gato ou cão, podem atrapalhar o xixi do gatinho. Uma boa atitude é observar como o bichinho está se comportando ao passar por esses “obstáculos” e resolver o problema.
Mudanças Férias do dono, novos animais ou humanos em casa podem estressar o gato. Os felinos idosos costumam ter mais dificuldade de adaptação a nova forma de vida. É importante retomar os hábitos devagar para que o bichinho se acostume. Obras na rua ou no apartamento é um transtorno para qualquer um, mas principalmente o gato, que tem uma audição sensível. Nesses casos, deixe o felino no lugar mais silencioso da casa e mantenha janelas e portas fechadas para abafar o som.
Areia da Caixa ou Substrato Sempre que trocar o substrato, repare se o gatinho não está incomodado com o novo produto. Como já havíamos comentado cheiro intenso ou desagradável, podem afetar o ato de urinar e defecar do gato. Além disso, a areia pode ter uma
Fonte: arcadenoe
patas do animal. Uma ideia legal é pedir uma amostra antes de trocar completamente o substrato, com ele em mãos dá para testar a reação do bichinho. Se não for possível ter uma amostra, compre uma embalagem menor do produto, para não causar sofrimento ou desperdício.
composição mais dura, que machuca as
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gatos
Toxoplasmose em gatos domésticos Doença de fácil infecção entre homens e gatos, pode ser transmitida pela mãe na gestação e pelo contato de humanos com alimentos contaminados. Também conhecida como “Doença do Gato”, a Toxoplasmose é causada por um protozoário chamado Toxoplasma Gondii. Bem diferente do que muita gente pensa, a transmissão da doença não é feita apenas pelo gato doméstico. A Toxoplasmose é transmitida pela ingestão de alimentos ou água contaminados e/ou de carne crua e mal cozida. É uma doença que também pode afetar os mamíferos e as aves. Tanto o gato, como o homem correm riscos de portar a Toxoplasmose, e quando a infecção atinge os homens, em 80% dos casos, não há nenhum sintoma para possível diagnóstico. Os humanos são facilmente infectados pela doença quando entram em contato com os parasitas - e não há transmissão entre uma pessoa e outra. As pessoas que possuem baixa imunidade ou contraíram a doença de forma congênita, ou seja, por meio da mãe na gestação, podem vir a ter
retardo mental, cegueira, problemas oculares e até aborto espontâneo. Os sintomas mais comuns da Toxoplasmose são febre, ínguas no corpo (principalmente no pescoço), o aumento de alguns órgãos, transtornos visuais – podendo gerar uma cegueira – apetite reduzido, dores nos músculos e nas articulações e funções neurológicas afetadas. Não fique com medo! O risco de contaminação não está no contato com o seu bichinho e sim com os ovos de protozoários depositados pelas fezes do gato contaminado, que poderão infectar outros hospedeiros. Portanto, a doença não será transmitida pelas brincadeiras que você tem com o felino como carinho, lambidas, arranhões ou até mordidas. Já foram detectadas formas de transmissão indireta em humanos como a transfusão de sangue e o transplante de órgãos de pessoas infectadas. A contaminação ocorre pelo con-
Quando a infecção atinge os homens, em 80% dos casos, não há nenhum sintoma para possível diagnóstico tato direto com as fezes de um animal com a doença, que podem estar presentes em alimentos mal lavados ou em lugares em que o gato faz as necessidades.
Vacina Não há vacinas contra Toxoplasmose. A identificação da doença é realizada por meio de um exame parasitológico completo. Só assim você poderá saber se o seu gato está infectado. Esse exame acusa tanto a Toxoplasmose como outros parasitas. Algumas prevenções podem ser realizadas para diminuir o risco de contrair a doença. Veja na tabela a seguir.
Medidas de prevenção para se proteger da Toxoplasmose Não ingerir carne crua ou parcialmente cozida. lavar bem as mãos com água corrente e sabão. Utensílios de cozinha devem ser lavados com água quente, após o contato com carne crua.
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Evitar mexer em jardins sem luvas e em seguida sempre lavar bem as mãos com água corrente e sabão. Lavar cuidadosamente frutas e verduras. Trocar a areia da caixa de areia dos gatos diariamente.
Não alimentar o gato com carne crua ou parcialmente cozida. Manter o gato dentro de casa para que evitem o hábito de caça. Combater as baratas e outros insetos.
Fonte: petvale
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gatos
Felv ou Leucose Felina pode provocar outras doenças? Aproximadamente 33% das mortes dos gatinhos são decorrentes de doenças secundárias provocadas pela Felv ou Leucose Felina Conhecida como Felv, a Leucose Felina é uma doença causada por um grupo de vírus chamado de retrovírus. O animal ao contrair o vírus da leucemia felina fica com as células sanguíneas infectadas, provocando várias patologias, cada qual com uma característica própria. Quando contraído o vírus, pode ocorrer do gatinho não ter qualquer tipo de reação. Porém é preciso tomar cuidado com o desenvolvimento de doenças como a leucemia, o linfoma e as infecções secundárias, que podem apresentar os sintomas de forma repentina. A transmissão do Felv ocorre por meio de secreções nasais, urina, fezes e saliva infectada. Alguns gatos não apresentam o sintoma, mas alojam o vírus e podem transmitir a doença por meio da saliva, que pode ocorrer através de recipientes de alimento e água infectados; pelas brincadeiras comuns entre gatos, como morder e lamber; pelas unhadas; ou pela mãe, através do útero ou do leite materno. Ainda há casos de infecção via transfusão sanguínea. Embora seja uma doença perigosa e contagiosa, 20 a 30% dos gatos tendem a rejeitar o vírus e evitar a infecção. Cerca de 30% dos bichinhos, concentram o vírus no sangue e podem desenvolver o linfoma ou algu-
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ma outra doença relativa ao Felv. Os outros 40% possuem uma infecção transitória, não desenvolvem imedia-
A transmissão do Felv ocorre por meio de secreções nasais, urina, fezes e saliva infectada de outros gatos tamente qualquer sintoma relativo e, geralmente, não são fontes de infecção. A morte por doenças secundárias ocorre em um quinto dos animais, que podem vir a ter infecções por vírus, fungos ou bactérias, contribuindo para diminuir a imunidade. O diagnóstico da doença deve ser feito por um exame de sangue e sempre que seu gato estiver em contato com outros animais infectados, levar
unhadas de outros bichos e quando apresentar doenças múltiplas ou crônicas. A vacinação deve ser feita a partir da nona semana de idade, sendo repetida anualmente. Sintomas e tratamento Os principais sintomas do gato que adquire a Felv são aparecimento de tumores ou neoplasias. Também são sintomas: dificuldade para respirar, apatia, febre, gengivite, perda de apetite e estomatite. O tratamento se dá por meio da transfusão sanguínea, do uso de quimioterápicos, remédios para estimular a imunidade, melhorar a qualidade de vida e o apetite. Para evitar a exposição do seu gato ao vírus, há apenas uma alternativa: a prevenção! Portanto mantenha o seu gato longe de brigas com outros infectados e para vigiar essa situação, só se o bichinho ficar o máximo possível dentro de casa.
Como tratar gatos que possuem o Felv? Manter o gato dentro de casa tanto para não proliferar o vírus, quanto para não estressar o bichinho. Diminuir o número de gatos da casa também para diminuir o estresse do animal de estimação
Cuidar para que outras doenças não baixem a imunidade e uma alimentação saudável Suplementos vitamínicos e remédios que aumente a imunidade
Fonte: policlinicaveterinaria
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A raiva ainda atinge cães e gatos Altamente contagiosa, incurável e fatal, a raiva é uma doença que mata em aproximadamente 100% dos casos. A raiva é uma doença que atinge os mamíferos como cães, gatos, macacos e seres humanos. Ela ainda é motivo de preocupação, entre médicos veterinários e donos de animais domésticos, por ser transmitida facilmente. A raiva, que é causada pelo vírus Rhabdoviridae, pode ser transmitida também por cavalos e morcegos, porém a transmissão é maior entre os animais domésticos, como os cães e os gatos. No caso dos humanos, a doença mata cerca de 40 a 70 mil pessoas não vacinadas e aproximadamente 10 milhões recebem a vacina após terem sido atacadas por animais selvagens. Portanto o controle da doença é super importante para uma maior qualidade de vida e o controle de mortes de animais. Entretanto, mais uma vez, não é necessário ter medo dos animais de estimação. A Petlife reuniu informações importantes sobre a raiva para orientar as pessoas mais interessadas no assunto. A Raiva no mundo No Brasil, a raiva atingiu 383 pessoas no período de 1990 a 1998. Em 2004, houve um aumento significativo
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no número de pessoas infectadas, principalmente por morcegos. Foram apontadas duas causas aparentes para esse aumento: a primeira é a atividade humana em ambiente silvestre, a segunda, é a carência de sistema de vigilância por parte dos órgãos
Principalmente no Brasil, a vacina anti-rábica, é a principal forma de controle da Raiva em cães e gatos. A vacinação deve ser realizada anualmente. públicos de saúde. Já entre os animais domésticos, como cães e gatos a incidência da doença diminuiu em diversas áreas do mundo. Devido aos cuidados e procedimentos adotados pelos departamentos de saúde pública por meio das campanhas de vacinação massiva obrigatória. Ainda que muito bem explorada no mundo, a vacinação anti-rábica ainda sofre com algumas dificuldades encontradas ao incluir os felinos na vacinação obrigatória, ou até voluntária. Seja por isso ou outro motivo desconhecido, os gatos são os animais
domésticos que apresentam o maior número de casos de contágios da doença. Portanto, se há maior número de contágio entre gatos, aumenta também o risco de proliferação da doença em seres humanos. Nos gatos, além da vacinação ser menos eficiente, a doença deixa em um estado mais agressivo que os cães, abrindo uma perspectiva maior para o ataque em humanos. A Raiva ocorre na maioria dos países do mundo, a sua erradicação foi conseguida no Havaí, Reino Unido, Japão, e ilhas do Oceano pacífico. A Oceania é o único continente livre da doença. Mesmo que seja transmitida por mamíferos, o transmissor mais comum varia de um país para o outro. Por exemplo, na Europa, a raposa é a fonte principal de infecção. No Canadá e Estados Unidos, a doença se estabelece em animais silvestres, como morcegos e guaxinins. Já na África, América Latina, Ásia e Caribe, o cão é o famoso transmissor da doença. Na América do Sul, a doença tem um alto grau de importância dentro das zoonoses, todo ano, 2500 casos em pessoas e 177000 em cães são fatais. Em bovinos foram notificados 30000.
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Transmissão da doença A raiva é uma doença perigosa, seu período de incubação varia de três semanas a dois anos, mas a média gira em torno de seis meses. O período de incubação em felinos varia de três a oito semanas. A principal forma de infecção da Raiva é por meio da saliva, sendo que nem sempre é encontrada nos animais contaminados. Já no sangue, urina, leite e outras secreções o vírus é encontrado com uma frequência menor. A transmissão da Raiva se dá por mordidas ou qualquer tipo de contato com secreções do animal e o tecido contaminado. Em animais silvestres, a detecção da doença é mais difícil. Há alguns casos, porém raros, de transmissão por aerossóis de dejetos de morcegos depositados em mucosas como boca, olho e nariz e outros casos detectados após transplantes de órgão infectados. Prevenção e Tratamento Principalmente no Brasil, a vacina anti-rábica, é a principal forma de controle da Raiva em cães e gatos. A vacinação deve ser realizada anualmente. Se o animal já estiver com a doença, não há tratamentos para realização. O único combate a doença é a vacina! No caso de animais abandonados, a carrocinha deve ser acionada e geralmente é realizada a eutanásia do animal. Outra forma de controle populacional que diminui a proliferação de doenças é a castração.
O MAPA DA RAIVA Principais Sintomas
Na África, América Latina, Ásia e Caribe, o cão é o famoso transmissor da doença.
Os sintomas iniciais da doença têm relação direta com o comportamento do animal. Por exemplo, quando o seu bichinho passa de um estado quieto para um comportamento ativo, excessivamente amigável, nervoso e assustado. As alterações físicas também são facilmente reconhecidas como pupilas dilatadas, salivação exagerada, o animal pode vir a morder o ar e latir com um som agudo. O bichinho tem um passo mais rígido e a contrai a musculatura da face. Já num segundo estágio da doença, que dura de um a quatro dias, o animal aumenta o grau de irritabilidade e tem movimentos mais agressivos. Podem ser notados aspectos físicos como olhos mais atentos, boca com espumas e pelos arrepiados. Há ainda a probabilidade de surgirem quadros convulsivos terminais ou paralisias, se o pet viver mais do que o esperado. Em alguns casos, quando a fase de maior atividade do animal não é obser-
vada, assim como os movimentos de irritação e mordeduras, a Raiva pode apresentar estágios de paralisia ascendente dos membros. Porém, esses casos ocorrem em apenas 25% dos felinos doentes, muito diferente dos cães, que os casos chegam aos 75%.
IMPORTANTE! Quando notar esses sintomas no seu bichinho, algumas medidas deverão ser tomadas para pessoas da casa e do bairro não contraírem a doença.
1. Isole o animal suspeito 2. Em caso de mordidas do animal suspeito, lave imediatamente o ferimento com água e sabão 3. Procure o auxílio do médico Fonte: fasprotecaoanimal
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O mundo pelos olhos felinos Gato é sinônimo de liberdade, inteligência e curiosidade. Principalmente curiosidade. Mas ao contrário de nós, os gatos precisam fazer muito menos esforço para perceber o que está acontecendo a seu redor. Os gatos não chegam ao extremo de “enxergar pelas costas”, mas visualizam elementos que estão ao seu redor com menos esforço. Assim, se alguém passar ao lado ou mesmo por trás de um gato, ele não precisará deslocar muito a cabeça para ver quem é. Isso se deve ao seu sofisticado aparelho visual, típico nos predadores, cujos olhos mostram-se mais projetados da superfície e apresentam um campo visual bastante grande, de 220° a 290° (a humana é de 180°). Embora enxergue bem durante o dia, a visão do gato é bastante adaptada à visão noturna. Seus olhos apresentam estruturas e mecanismos totalmente direcionados para a visualização na presença de pouca luz, fazendo com que aproveitem melhor a luz do ambiente (estima-se que eles necessitam de cerca de 1/6 da quantidade de luz que para nós é o limite mínimo para a visão). Um desses mecanismos é dilatação pupilar, a extrema adaptabilidade das pupilas que se dilatam ou contraem conforme a quantidade de luz, permitindo uma melhor visualização do ambiente. Quem nunca reparou
na diferença entre os olhos de um gato durante o dia e à noite? Aquele filetinho escuro central se transforma numa esfera negra que toma grande parte do olho. Agora, seus olhos estão ainda mais abertos para a escuridão. Mas nem tudo é glória. Se por um lado os gatos nos superam na capacidade de enxergar durante a noite, por outro, perdem na intensidade visual, pois eles têm apenas 10% da nossa capacidade de visualizar imagens detalhadas. Isso se deve às mesmas estruturas oculares que maximizam a visão noturna, que diminuem a resolução das imagens, tornando-as, na maioria das vezes, obscura. Além disso, eles apresentam pouca acomodação visual e uma leve miopia, que também resultam na visualização de uma imagem imperfeita. Seguindo o mesmo raciocínio, podemos imaginar que o gato não dará muita importância e poderá nem mesmo notar se seu brinquedo ambulante é um ratinho ou um ursinho, desde que do mesmo tamanho. Mas com certeza, você chamará sua atenção quando colocá-los em movimento. Ainda que ele não entenda o
Embora enxergue bem durante o dia, a visão do gato é bastante adaptada à visão noturna. que aquele formato representa, será extremamente preciso ao agarrá-lo e lançá-lo pelos corredores. Há divergências entre a possibilidade de visualização das cores. Estudos anatômicos já conseguiram comprovar a existência de componentes oculares e cerebrais necessários para a visualização e discriminação das cores, embora com algumas limitações e sem a certeza do quanto são funcionais. Cientistas americanos já provaram que os gatos são capazes de diferenciar o azul do cinza e o azul do verde. Não se sabe ainda como eles enxergam essas cores, talvez o azul para eles seja visto como uma outra cor; certamente diferente do verde e do cinza. Talvez a compra de camas e brinquedos coloridos para seu gato seja uma tarefa inútil: para ele, talvez grande parte destas cores sejam, na verdade, tons de cinza. Alexandre Rossi / Daniela Ramos www.caocidadao.com.br
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Castração: o momento certo pode ser “agora” Proprietários podem castrar seus animais mais cedo do que imaginam, logo nas primeiras semanas de vida do filhote Ainda existem veterinários que recomendam a castração após o primeiro cio, ou até mesmo, depois de uma primeira cria. Não há motivos para essa espera, alimentada por folclores e saberes antigos da medicina veterinária. Para a professora de técnicas cirúrgicas da UNIP de Bauru, Sílvia Sgarbosa, os novos profissionais têm em mente a sociedade como um todo e não apenas trabalho com os bichos. Por isso, sabem da importância de questões como a do controle animal, além das demais vantagens trazidas pela esterilização dos cães e gatos. O momento mais indicado para se realizar a cirurgia, desde que esta aconteça antes do primeiro cio, pode variar de acordo com o profissional e os procedimentos envolvidos, diz a doutora. Ela recomenda que a castração seja feita após a última vacinação, aos seis meses de idade. “Nos EUA, as técnicas de esterilização permitem que os animais sejam castrados entre 3 ou 4 semanas de vida. Nesses casos a incisão é tão pequena que os animais precisam ser tatuados na parte interior da pata traseira para serem diferenciados dos que não passaram pela operação”, explica.
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Aumento da demanda O veterinário Jorge Luiz Kachan conta que houve um aumento na demanda de castrações em seu consultório. Os dois principais motivos são o incentivo à prática dado pelo programa Veterinário Solidá-
A finalidade de se castrar um cão ou um gato (tanto os machos como as fêmeas), por meio de uma cirurgia, é impedir que eles se reproduzam sem controle. rio organizado pela ARCA Brasil, do qual Kachan faz parte, e o fato de que animais castrados nos seis primeiros meses de vida têm maior longevidade. “O trabalho consiste em conscientizar para a importância da castração e oferecer valores acessíveis para o procedimento”,
diz. O médico atende com preços reduzidos os clientes sem condições financeiras todas as quintasfeiras em seu consultório. Além da conscientização e o aumento da longevidade, o crescente número de castrações se deve às provas científicas de que o procedimento só traz vantagens para o animal. Segundo a doutora Aline Machado De Zoppa, membro da ANCLIVEPA-SP (Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais no Estado de São Paulo) e professora de Patologia Cirúrgica da FMU, a castração precoce das fêmeas caninas vem sendo aconselhada pelos veterinários mais atualizados, “sabe-se que, nas fêmeas castradas antes de seu primeiro cio, a incidência de neoplasia mamária [câncer de mama] diminui em 99,9%. Este dado é importante ao se constatar que a mastectomia [remoção de mama] corresponde a mais de 60% das cirurgias feitas em clínicas veterinárias particulares, normalmente devido a um tumor”, diz ela. Aline considera importante realizar a esterilização com profissio-
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nais veterinários bem preparados.
“A inexperiência de alguns colegas tem feito da cirurgia de castração um grande problema, pois com técnicas pouco adequadas, o animal obtém mais problemas do que soluções após a operação”, alerta. Nos machos a esterilização é realizada por meio da orquiectomia, ou seja, a extração dos testículos. Nas fêmeas acontece a ovário-histerectomia, nome dado à retirada cirúrgica do útero, das trompas e do ovário. Graças às técnicas de anestesia, os animais não sentem a mínima dor durante os procedimentos. Natalidade controlada Quando uma pessoa confunde a castração com “crueldade”, proprietários experientes como a dona de casa Melissa Lâinna já sabem a resposta: “Injustiça é deixar o animal procriar e encher mais as ruas com animais sem lar, que certamente não sobreviverão. Essa idéia de que os animais precisam dar uma cria para terem saúde é ultrapassada. Animais precisam de vida digna e não de um monte de filhotes morrendo ao seu
redor”. A finalidade de se castrar um cão ou um gato – tanto os machos como as fêmeas –, por meio de uma cirurgia, é impedir que eles se reproduzam sem controle. Cada cadela ou gata pode gerar milhares de descendentes em apenas cinco anos. Não existem casas e abrigos suficientes para todos esses animais e a maioria deles termina na rua, expostos aos maltratos, à fome, ao frio e a todos os tipos de doenças (entre elas, as Zoonoses, que podem ser transmitidas aos humanos). A ARCA Brasil, além de promover palestras e debates sobre controle populacional e o programa Veterinário Solidário, tem – em todo país – um histórico de campanhas para divulgar a importância e os mitos de se castrar um animal. As principais ações da ONG em relação ao tema tiveram início em 1996, com uma experiência inédita no Brasil, em um projeto em que a prefeitura de Taboão da Serra (Grande São Paulo) doou medicamentos para as clínicas veterinárias, que realizaram castrações a preços acessíveis para toda a população. Apesar da grande mobilização, ainda existe bastante confusão sobre a questão e muitas pessoas ainda têm resistência à idéia de se castrar um animal. Para sanar possíveis dúvidas e desentendimentos, confira a seguir o que é verdade e o que é folclore sobre a castração:
Recomenda-se que a castração seja feita após a última vacinação, aos seis meses de idade.
mas afinal, O que é a Castração? A castração consiste em uma cirurgia feita em cães e gatos, fêmeas e machos, para impedir que se reproduzam sem controle. Como funciona? Nas fêmeas, consiste na retirada do útero, trompas e ovários. Nos machos, a retirada dos testículos. A cirugia é feita com anestesia geral, é simples, mas deve ser executada apenas por veterinários devidamente habilitados para tal. O animal não precisa ficar internado e, em torno de uma semana estará recuperado. A castração pode ser feita a partir dos 2 meses de idade e, no caso da fêmea, recomenda-se antes do primeiro cio.
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Mitos Além da conscientização e o aumento da longevidade, o crescente número de castrações se deve às provas científicas de que o procedimento só traz vantagens para o animal.
“Castração engorda?” O animal não engorda devido à castração e sim pela diminuição de suas atividades físicas, necessitando, portanto, mais exercícios. “Eu não posso pagar!” O custo da operação será amplamente compensado por futuros custos com alimentação, vacinas, entre outras coisas do animal gestante e das crias, bem como eventuais complicações no parto ou despesas com cirurgias e medicamentos decorrentes de doenças em animais não castrados (ex. Piometra). Hoje, várias clínicas realizam castrações a preços reduzidos ou facilitam o pagamento. Consulte os Veterinários Solidários. “Eu sempre arrumo pra quem dar os filhotes” Nem sempre isso é verdadeiro, sendo mais comum a atitude de querer se livrar de um problema. É sempre bom lembrar que uma fêmea pode gerar dezenas de filhotes que, por sua vez, crescerão e terão outras crias, multiplicando o problema. Para que deixar novos filhotes nascerem se já não há lares suficientes para os que já existem? “Ele não tomará mais conta da casa.” Os animais castrados não perdem o instinto de proteger seu território. Por outro lado, perde o indesejável costume de urinar em diversos cantos. Cabe ainda lembrar que animais castrados ficarão mais caseiros, deixando de se envolver em brigas na disputa de fêmeas. “Mas ela precisa ter pelo menos uma cria” Ter uma cria não acrescenta saúde ao animal e sim mais animais ao problema. Pesquisas mostram que, quanto mais cedo for realizada
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a castração, menores as chances da fêmea desenvolver câncer de mama. A castração também prevenirá o surgimento de Piometra, doença freqüente em fêmeas adultas. “Meu animal vai sofrer?” A cirurgia, feita sob anestesia geral, é indolor. Dentro de um ou dois dias, o animal estará brincando e retomará suas atividades normais. “Eu estarei interferindo na natureza do meu animal?” Seu animal não tem escolha, segue apenas o instinto. É dever do proprietário intervir e prevenir nascimentos indesejados, agindo da maneira mais correta. O animal será beneficiado e não subtraído de algo.
verdades 1. A castração diminui drasticamente o risco de doenças nas vias uterinas e, principalmente, do câncer de mama, útero, próstata e testículos; 2. Elimina a Gravidez Psicológica, estado presente em algumas fêmeas após o término do cio, o que ocasiona aumento das mamas (muitas vezes com edema) com produção de leite e irritabilidade excessiva; 3. Elimina o risco do câncer dos órgãos genitais; 4. Diminui o risco das fugas e brigas, que podem acarretar acidentes graves e até fatais; 5. Acaba com os latidos, uivos e miados excessivos que ocorrem por ocasião do cio; 6. Elimina os estados de excitação por falta de cruzamentos – (e o embaraço gerado com as visitas); 7. Nas cadelas, elimina a inconveniente perda de sangue no período de cio, assim como as desagradáveis reuniões de machos na porta de sua residência; 8. Diminui o hábito dos gatos de urinar em paredes e móveis para marcar território. A urina também perde o odor forte e desagradável. Fonte: arcabrasil
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Será que a alergia vem do gato? Muitas vezes, imaginamos que os gatos são os principais causadores de alergias, porém muita gente esquece que não só do contato com os gatos vivem os espirros Congestão nasal, espirros, pele vermelha, coceira e olhos lacrimejantes são os sintomas comuns das alergias relacionadas aos gatinhos. Muitos donos vivem para lá e para cá com aquele lencinho enxugando a coriza do nariz e as lágrimas que caem dos olhos. E muitos proprietários pensam até em se desfazer do pobre bichinho! Antes de tomar qualquer decisão precipitada, é importante esclarecer algumas duvidas sobre esse tipo de alergia. Segundo algumas pesquisas, 95% das alergias, que dizem ser causadas pelo gato, são, na realidade, provocadas pela procriação acelerada dos ácaros (bicho microscópico que vive no meio da poeira doméstica). Não tem como esconder que a presença diária do felino, em qualquer ambiente, aumenta a propagação desses bichinhos microscópicos, justamente por eles se alimentarem da escamação da pele do gatinho. A saliva do gato está relacionada com os outros 5% de alergias que restam. Quando o gato se lambe, ele espalha as partículas (proteínas) alergênicas por toda pele e pelo, provocando as reações alérgicas, geralmente em pessoas sensíveis. Embora o gato tenha relação com essas alergias, não é uma relação direta, como muita gente pensa. Antes de achar que o seu bichinho está lhe fazendo mal, saiba que é necessário
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fazer uma inspeção em casa e descobrir como alguns hábitos e a falta deles contribuem para aumentar esse tipo de alergia. Os ácaros já foram citados como causadores de boa parte das alergias, além deles, o fumo dos cigarros, as colas industriais, as tintas de parede, a lenha das lareiras e os detergentes também contribuem para causar aler-
95% das alergias, que dizem ser causadas pelo gato, são, na realidade, provocadas pela procriação acelerada dos ácaros. gias nos seres humanos. Alergias dos gatos Os gatos também sofrem com as alergias, que aparecem por conta das partículas alergênicas no ambiente e na comida. A primeira reação é a coceira, principalmente perto da face, que pode até machucar de tanto coçar. Pode ocorrer asma e quando o estado é grave ou provocado por estresse de viver em casa com os fumantes há necessidade de fazer um tratamento por toda vida. O banho no gato é indicado para eliminar os alérgenos e evitar que eles se espalhem pela casa.
Cuidados que você pode ter para reduzir a alergia por meio do controle de alérgenos:
1. Coloque o bicho de estima-
ção para dormir no quintal ou na área de serviço;
2. Varra ou aspire diariamente o pó da casa;
3. Mantenha os animais fora da sua cama;
4. Dê banhos semanais nos animais;
5. Escove sempre o bichinho fora de casa;
5. Lave suas mãos logo após o contato com o animal;
7. Mantenha os animais longe dos tapetes;
8. Lave semanalmente a cama dos animais;
9. Retire os carpetes e cortinas de toda a residência;
10. Lave cortinas, paredes e cobertores com frequência.
Fonte: Einstein
aves
Quero ser um criador amadorista de pássaro! Você tem muita vontade de ter um pássaro cantando em casa? E ouviu falar que ter um pássaro é ilegal? Ter um pássaro nem sempre é crime. Veja como adquirir sem dor de cabeça A multa para manter animais silvestres presos sem autorização é de R$ 500,00 até R$5 mil.
Uma das maneiras mais seguras de adquirir um pássaro para ficar em casa é ser um criador amadorista registrado pelo IBAMA. O registro existe para orientar e controlar os brasileiros que tornaram o hábito de criar pássaros silvestres em uma depredação inconsequente da fauna brasileira. Segundo o IBAMA, um dos exemplos dessa situação brasileira é o pássaro bicudo (Oryzoborus maximiliani), que existe em maior quantidade preso em gaiolas do que na natureza.Para resolver o problema da extinção dos bichinhos o IBAMA começou, em 1996, a registrar e anilhar os pássaros silvestres para o melhor controle da situação. A falta de informação sobre a criação de alguns pássaros dificulta o controle saudável dos animais, que são considerados como domésticos pela maioria da população. Portanto, muitas espécies de pássaros não são registradas e pedem sim o registro do IBAMA como: sabiá, sanhaço, tico-tico, canário-da-terra, coleirinho, bigodinho, caboclinho, galo-de-campina, trinca-ferro, azulão, corrupião, pintassilgo e outros. Esses são pássaros silvestres brasileiros e não animais domésticos! A multa para manter animais silvestres presos sem autorização é de R$ 500,00 até R$5 mil. Para ser um criador amadorista de passeriformes há um cadastro para ser realizado na internet no site do IBAMA pelo SISPASS. O cadastro serve somente para novas criações de pássaros nascidos em cativeiro. Já os pássaros retirados da natureza não possuem instrumento legal para reverterem esta situação.
Orientações para os criadores amadoristas de passariformes: 1. Não adquira pássaros de criadouros ilegais ou sem anilha, pois eles não poderão ser registrados no IBAMA.
ser criadores amadoristas deve ser feita por criadores comerciais, registrados no IBAMA com a devida nota fiscal.
2. Antes de adquirir qualquer pássaro de um criador amadorista, é obrigatório o registro no Sispass como criador amadorista.
5. O criador deve renovar sua licença anualmente, gerando um boleto de pagamento pelo Sispass.
3. Criadores amadoristas só podem transacionar pássaros entre si (máximo de 50 transações por período de licença) ou adquirir aves de um criador comercial devidamente registrado no IBAMA. 4. A venda de aves para pessoas que não querem Fonte: ibama
6. Para promover torneios e exposições, os criadores amadoristas devem encaminhar um calendário até o último dia útil do mês de outubro do exercício anterior. Criadores amadoristas em nenhuma hipótese deverão soltar os pássaros de sua criação.
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aves
Cuidados com os pássaros Nós entendemos que os cuidados com os pássaros devem ser bem delicados. E eles começam logo na hora da compra, adquirindo um bichinho saudável. É só ler como. Tanto para contemplar o canto do bichinho, como acompanhar a beleza silvestre em um ambiente doméstico ou talvez formar um casalzinho com a intenção de vender filhotes, é muito importante seguir algumas regrinhas básicas para não cair na bobeira de comprar um pássaro doente. Antes de tudo, comprar um animalzinho como o pássaro é uma tarefa complicada, há muitas dicas para entender melhor como escolher um bichinho de alta qualidade, que traga felicidade para casa e principalmente seja feliz no novo espaço. As primeiras características que devem ser observadas no pássaro são as cores e formatos do bico, que devem ser condizentes com a espécie. Além disso, o bico e as patas devem estar sempre limpos. Durante o dia, os olhos dos pássaros estão sempre abertos, brilhantes e com um aspecto úmido. Os pezinhos e patinhas não podem aparentar ferimentos, escamas ou vermelhidão. Mesmo que o vendedor ofereça um preço menor, quando o pássaro estiver na muda de penas é aconselhável não comprar o bichinho. Nessa fase, da muda, é mais difícil observar o estado das penas, que devem ser sempre bonitas e aderentes ao corpo. Já, o comportamento do pássaro deve ser ativo. No poleiro, ele provavelmente vai reagir com movimentos rápidos e seguros, além de ficar pulando de um lado para o outro. A partir dessa dica, você deve desconfiar quando o bichinho ficar muito encolhido ou com a cabeça escondida dentro das asas, podem ser sinais de alguma doença. A respiração é outra função fisiológica que deve ser observada. Por exemplo, as principais características que
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podem diagnosticar um pássaro com problema respiratório são quando, após um vôo, ele ficar ofegante ou apresentar ruído na hora de respirar. Ainda existem fatores relacionados ao próprio ato da venda e não com a saúde. É preferível comprar os pássaros ainda filhotes ou anilhados, eles
É preferível comprar os pássaros ainda filhotes ou anilhados, eles possuem menos chances de estarem velhos e mais chances de reproduzir com eficiência e saúde. possuem menos chances de estarem velhos e mais chances de reproduzir com eficiência e saúde. Algumas lojas veterinárias podem vender pássaros doentes ou velhos, evite a compra em estabelecimentos desconhecidos e compre preferencialmente de criadores com registro do IBAMA. Na hora de comprar um bichinho de asas novo, você deve observar todas essas características, além delas, é importante desconfiar de preços baratos demais, eles podem estar doentes ou velhinhos. Fonte: casadospassaros
Outras dicas para cuidar bem do seu pássaro Respiração Verificar sempre se o pássaro respira direitinho, se for com o bico aberto deve ser levado ao médico veterinário imediatamente ÁGUA Trocar a água dos bebedouros todos os dias BANHO Colocar um potinho com água que sirva de banheira para o pássaro tomar banho LUZ Deixar a gaiola em local iluminado e fresco HIGIENE Verificar com frequência se as fezes do bichinho estão saudáveis e com coloração normal
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Pássaros domésticos também possuem hábitos!
Acabou de comprar um pássaro e ele ainda não se adaptou ao novo ambiente. Algumas adaptações são necessárias para o bichinho se sentir realmente em casa. 42
Fonte: casadospassaros
Quando você o conheceu ele cantava como uma cigarra, agora só canta de manhã, se canta. Alguns pássaros quando mudam de ambiente chegam a ficar doentes e até morrer. Existem maneiras de diminuir o impacto dessa mudança. O passarinho precisa se adaptar às novas condições de vida. Muitos fatores podem interferir e chegar a desenvolver um estresse, que conforme o nível pode alterar o metabolismo do pássaro. Essa mudança de saúde pode acarretar problemas como leves diarréias e aceleramento da muda de penas. O melhor é conseguir deixar o pássaro totalmente à vontade e transformar o novo lar em um ambiente tão agradável quanto o lugar de antes. Para conseguir atingir esses objetivos, é necessário avaliar diversas características ambientais importantes como clima, alimentação, iluminação e ruídos. Adaptação do novo pássaro no novo espaço Faça comparações com o lugar de onde o animal veio e perceba se a temperatura, a umidade e a qualidade do ar são mais ou menos as mesmas. Além disso, o ambiente pode ser completamente diferente do antigo, portanto verifique se há pessoas diferentes e o que fazer para adaptar o passarinho; a gaiola nova ou o espaço físico podem ser estranhos; os comedouros e os bebedouros também devem ser avaliados, muitos pássaros que antes bebiam em potes normais de água, podem estranhar o ato de beber água no pote estilo garrafinha. A alimentação é outro fator de mudanças para os bichinhos, a atitude mais correta é perguntar (para quem lhe vendeu o pássaro ou para quem criava), qual são os alimentos que fazem parte do dia a dia do bichinho e se quiser diversificar, faça uma mudança gradual dos alimentos. Os mais utilizados são as sementes, verduras ou farinhada. Outro fator que muitas vezes influencia no comportamento e na saúde do bichinho é a iluminação. Como em outras dicas, o melhor é criar um ambiente igual ao que o pássaro estava acostumado e, assim como a comida, mude os hábitos delicadamente e conforme o nível de adaptação do novo pássaro. Uma dica que deve ser seguida por todos os novos donos de pássaros é realizar o período da quarentena, para descobrir se há algum problema de saúde. Siga as dicas para ter um pássaro feliz e ambientado dentro da sua casa!
Dicas de cada espécie Os pássaros podem ter diferenças na hora da compra, por exemplo, a compra do canário deve ser evitada nos meses de julho e outubro, por eles estarem em muda de penas. Neste período uma mudança brusca pode acarretar em traumas. O papagaio é para a vida toda, lembre-se que ele pode ser o membro mais velho da família, pois é um pássaro que vive muito e são super ligados aos donos, não deixe ele sozinho!
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Alimentação das Aves de Estimação Para alimentar bem o seu bichinho de asas, antes de tudo passe no médico veterinário. É ele quem vai esclarecer as dúvidas e receitar uma dieta equilibrada. A alimentação de aves criadas em ambiente doméstico exige conhecimento básico sobre nutrição. Caso seja negligenciado isso, o resultado é a perda da ave por doenças diversas, desde diarréias, mau empenamento até problemas respiratórios. Esse tipo de conhecimento é pouco acessível para leigos, somente veterinários especializados em aves poderão fornecer uma dieta saudável para sua ave, antes de acontecer algo o conveniente é procurar ajuda desses profissionais. Devemos ter em mente que existe uma diversidade de aves e cada espécie exige uma nutrição adequada. Por exemplo: os psitacídeos da família das araras; nós temos o periquito que tem necessidades nutricionais diferentes de uma calopsita, do quê de um papagaio e do quê de uma arara, todos pertencentes à família. A alimentação é de acordo com o tipo de bico, tamanho dele, além do seu habitat. A ave deve receber “todos os dias” níveis adequados de proteínas, carboidratos, vitaminas, minerais e lipídeos (gordura). Em geral, as pessoas têm hábito de oferecer somente um dos nutrientes. Exemplo clássico é a dieta de papagaio, caso um proprietário vá as lojas comprar “ração” lhe é ofertado um saco de girassol e amendoim, alimento rico em gordura. Com essa dieta a ave sofre graves transtornos de fígado as aves podem levar dias, meses e até mesmo anos para desenvolver o quadro. Porém, esse tipo de alimentação sempre leva a quadros de hepatite, hipertensão, diabetes e ataque cardíaco com morte sofrida para sua ave. Existem no mercado alimentos completos chamados “rações extrusadas”, específico para cada espécie são alimentos que possuem todos os nutrientes essenciais e em quantidades certas. Outras espécies necessitam
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alimentos chamados de “farinhadas”, também completo. Evite sempre os alimentos industrializados com corantes. Os proprietários de aves devem possuir conhecimento básico das necessidades da ave para não levar alimento errado e provocar danos a ela, sejamos consumidores exigentes já que nossas aves dependem 100% do nosso bom senso, carinho e respeito. A ave vicia em determinado alimento, mesmo que você queira passar agora para uma dieta saudável deverá fazer de forma gradativa nunca bruscamente, e sempre ofereça frutas, verduras sem agrotóxicos e lavadas. Existem técnicas para cada espécie para adaptar a nova dieta. Ao adquirir ou mesmo se você já possui uma ave de estimação, procure a ajuda de um profissional ele irá fazer avaliação de peso, idade, local de manutenção da ave (tipo de gaiola, tamanho, local aonde deverá ficar em casa – cozinhas e áreas barulhentas devem ser evitadas) e lhe dará uma dieta completa. As aves são mais resistentes que cães e gatos, já que não necessitam de vacinas anuais e algumas nem de vermífugo (isso depende do local de criação), por isso o negócio é prevenção estratégica, com consultas preventivas. Dra. Angélika Sharom – Médica Veterinária Especializada em Aves
A alimentação pode variar de acordo com o tipo de bico, o habitat e o tamanho do pássaro
Fonte: avesenoticias
aves
Criatórios podem disseminar doenças Para iniciar este assunto usamos uma frase do dito popular, cujo autor é desconhecido “A higiene será sempre o melhor remédio, contra qualquer doença, seja do mundo animal ou vegetal”. Nas aves, muitas doenças não apresentam sinais clínicos tão evidentes e os tratamentos ficam muito subjetivos e a maioria ineficaz. Afirmamos isso, pois as aves adquiriram um poder inexplicável de esconder bravamente as doenças. Sejam elas as mais graves possíveis! O que acontece é que quando os sinais da doença afloram ou se exteriorizam, geralmente, a ave já está em situação muito precária, e a maioria já sem condições de tratamento. Muitas doenças podem ser disseminadas por meio das gaiolas. O que facilita em muito a boa higiene na criação, são as gaiolas com fundos aramados, evitando o contado das aves as fezes e restos de alimentos. Também que estes fundos sejam trocados todos os dias. Sabemos que muitas doenças se proliferam por meio das fezes dos animais, que, se não separadas, espalham-se muito rápido por meio das poeiras e plumas sujas com fezes, disseminando as doenças por todo criatório. O recomendado é o uso de papéis absorventes nos fundos das gaiolas e estes devem ser trocados diariamente. Um dos locais que muitos não levam em conta, mas que são grandes disseminadores de doenças, são os poleiros. Para os poleiros não é aconselhável utilizar material tóxico para limpeza, utilize um bom detergente. Depois de secos, uma boa flambada com fogo, assim fechando qualquer
As gaiolas de madeira devem ser evitadas, pois são de difícil limpeza
fase de um ciclo de doenças. Ao serem recém adquiridos, nenhum animal deve ser colocado no convívio com outros, para evitar que disseminem prováveis doenças que eles trazem, já que podem esconder os sintomas. Deixe o animal em quarentena, mas não precisa ser o 40 dias, no mínimo 10 dias, bem afastados dos outros. Exames de fezes e ser avaliado por um veterinário é uma condição importante e é ótimo utilizar esse processo como um modelo ideal para um bom criatório. Criatório com fama de porcalhão está fadado ao insucesso comercial, o mesmo acontece com criatórios onde filhotes nascem com defeitos genéticos, principalmente com defeitos anatômicos (nanismo, pés tortos,
cegos, anus, entre outras). As gaiolas de madeira devem ser evitadas, pois são de difícil limpeza, (que deve ser sempre bem radical) e se tornam, pela porosidade do material, depósitos de muitos agentes etiológicos para doenças graves. O mesmo acontece com os utensílios como bebedouros, comedouros, porta ovos, banheiras etc. E para terminar o papo, devemos nos preocupar e muito com o uso de material para limpeza, evitando os muito fortes e dar preferência aos usados e recomendados para limpeza em clínicas e consultórios odontológicos. Doutor Dário Lopes | CRMV-MG 2011, é especializado em Extensão e Administração Rural (Emater-MG)
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Criar os pássaros na época da reprodução A época de reprodução é uma das fases mais empolgantes na criação de aves. É quando depositamos nossas esperanças, anseios, comprovações e desilusões também. é uma fórmula de sucesso para que a ave chegue bem até esta fase. Acasalamento: Quando escolhemos o casal que irá reproduzir não devemos juntá-los de imediato na mesma gaiola, devemos ter a fase de namoro, aonde o casal vai se conhecer, isso porque algumas fêmeas simplesmente não aceitam o macho escolhido, pois já estão enamoradas por algum canto de outro macho do criadouro.
Costumamos dividir esta fase em 05 partes: preparo dos casais; acasalamento; choca; nascimento e desenvolvimento dos filhotes. Preparo dos casais: Esta é a parte mais importante, pois não podemos juntar os casais quando eles apresentarem algum problema de doença ou desnutrição. Podemos fornecer alguns suplementos e alimentos mais nutritivos para as aves, para que elas estejam bem de saúde para entrar na fase de reprodução, que é muito desgastante tanto para o macho como para fêmea, porém o cuidado contínuo, durante todo o ano
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Para isso, devemos colocar o casal na gaiola com a grade de separação, de início pode haver um certo desentendimento por parte do casal, mas a grade evitará que se machuquem. Depois de alguns dias tudo ficará bem. Podemos, neste tempo de espera, fornecer ninho e juta (fibra têxtil) para fêmea confeccionar o ninho, quando o ninho estiver quase pronto podemos juntar o casal sem medo de brigas. Choca: Nos treze dias em que a fêmea estará chocando não devemos perturbálas, pois quanto mais tempo ela ficar no ninho melhor será para o desenvolvimento do filhote no ovo. Alguns problemas podem acontecer, o macho pode ficar querendo galar a fêmea enquanto ela choca, devemos colocar a grade novamente e deixar o macho separado até os filhotes nascerem. Quando a fêmea abandona o ninho antes dos treze dias devemos analisar o que houve, podem ser pio-
lhos no ninho, excesso de luz durante a noite ou por algum motivo sem explicação. Nascimento dos filhotes: Após 13 dias, podendo chegar a 15 dias, os filhotes irão nascer. Devemos ajudar a mãe alimentar o filhote com papinha especial para recém nascidos até aproximadamente 10 dias, esta é a fase crítica do filhote, depois disso dificilmente algum filhote morre. Alguns filhotes morrem ainda dentro do ovo, isso pode ser alguma doença ou o filhote não consegue romper a casca, para a segunda hipótese às vezes o excesso de suplementos pode levar a isso. Desenvolvimento dos filhotes: Esta é a parte onde vamos confirmar se o que planejamos aconteceu, se o filhote nasceu dentro do padrão, se está crescendo igual aos seus irmãos, completados 20 dias eles já começam a tentar dar suas primeiras batidas de asas, saindo do ninho, logo a mãe começará a montar um novo ninho, devemos tomar cuidado para que os pais não depenem os filhotes a fim de montar o novo ninho, caso isso aconteça separe os filhotes pela grade e completados 30 dias de vida já começam a se alimentar sozinhos, estando quase prontos para serem separados definitivamente dos pais, onde continuarão suas vidas sozinhos. Francisco Peruzzo, biólogo
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Primeiros passos para cuidar de um aquário É preciso dedicação para manter um aquário de água doce em casa. É trabalhoso, porém compensa o prazer imenso em vê-lo arrumado e limpo com os peixinhos satisfeitos Para quem sonha com o tão sofisticado aquário no meio da sala de estar para colocar os peixes de estimação, pode cometer um grande engano se pensa que é só comprar a peça, colocar água e os bichinhos lá dentro. Antes de começar a montar, algumas dúvidas vão surgir e é fundamental esclarecê-las da melhor forma possível. Os questionamentos mais frequentes geralmente são onde o aquário será colocado, qual o tipo e o tamanho que serão compatíveis com o espaço disponível e os peixes a serem escolhidos. Que precisam viver em harmonia com o pequeno universo aquífero! O modelo do aquário é um dos principais motivos para causar reflexão no dono. É necessário pensar o melhor espaço para colocar, qual a quantidade e o tamanho dos peixes que estarão dentro dele. A iluminação externa também deve ser observada, pois a luz solar contribui para o aparecimento de algas, que sujam o aquário. Para esclarecer diversas dúvidas fomos até o site Mingau Digital, que oferece explicações simples sobre as características de um modelo de aquário eficiente, e encontramos a matéria
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“Como cuidar de seus peixes”, que deu como sugestão a compra dos aquários retangulares. “Porque neles a superfície em contato com o ar é maior, assim a água fica com mais oxigênio (necessário para a respiração dos peixes). Também facilita a limpeza, a colocação dos equipamentos, e favorece a visualização dentro do aquário, ao contrário dos redondos, que causam distorções na imagem e podem alterar o comportamento do peixe”. O pessoal do site ainda ensina um macete bacana para calcular as quantidades ideais de peixe e de água dentro do aquário: “cada 1 litro de água comporta 1 cm de peixe. Ou seja, se o seu aquário tem 80 litros, o ideal é ter 80 centímetros de peixe”.
Harmonia, espaço e beleza
É hora de organizar os peixes que vão compor o seu aquário! Você já gostou de vários e escolheu aproximadamente 50 peixes, de espécies e cores diferentes, para completar o novo e mini ecossistema da sua casa. Porém, nem todos os peixes podem
“Cada 1 litro de água comporta 1 cm de peixe. Ou seja, se o seu aquário tem 80 litros, o ideal é ter 80 centímetros de peixe”,
peixes
viver juntos dentro do mesmo aquário. Algumas espécies podem brigar em busca de dominar o território e um peixe pode até comer o outro. Segundo o tutorial “Dicas na Escolha de um aquário de peixes” do site especializado Meu Aquário Web, para criar um ambiente harmonioso, é importante evitar a mistura dos peixes agressivos com os pacíficos. Quando a mistura for inevitável, a melhor estratégia é colocar peixes agressivos menores, “assim você evita que eles se tornem territoriais e machuquem outros peixes de mesmo porte. O método mais seguro está em, simplesmente, escolher peixes que se dão bem”.
Os peixes podem ser escolhidos assim: um pouco agressivos podem habitar o mesmo aquário de não violentos! É uma alternativa equilibrada de espécies. Os Ciclídeos, por exemplo, não podem se misturar com os peixes pacíficos. “Ciclídeos são agressivos e podem vir a devorar outros peixes, mas em geral é uma das mais belas espécies tropicais. Eles normalmente são grandes em tamanho e alguns possuem cores vibrantes e brilhantes, que refletem uma beleza subaquática”. Ainda segundo o tutorial, Ciclídeos comuns, como Jack Dempsey e Firemouth, podem ser misturados com tubarões e bagres; peixes com longas
barbatanas devem ser mantidos com animais pacíficos; o Beta deve ser único em um aquário e pode ser acompanhado pelo swordtail, plati, molinésia, peixe anjo e gouramis. Um peixe importante para colocar no aquário é o peixe que limpa o tanque. O mais recomendado pelo tutorial do site é o Limpa-vidros ou o plecostomus, por serem “peixes que não enfrentam nenhum tipo de problema. Estão sempre no fundo do aquário e, por isso, podem ser misturados com espécies agressivas”. As espécies mais procuradas para ficarem em aquários são: Paulistinha, Guppy, Acará, Limpa-vidro, Neon e Molinésia.
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Manter o tanque corretamente configurado e colocar um cronograma de manutenção regular são outras sugestões apresentadas no Meu Aquário Web.
Colocando as mãos na massa
Chegou o momento mais aguardado! É hora de começar a montagem do aquário! Para quem quer atrair diversão e funcionalidade, se esforçar para o aquário ficar semelhante ao ambiente oficial dos peixes que vão habitá-lo, é uma boa pedida. Para começar, no fundo do aquário aproximadamente 10 cm no fundo e 4 na outras partes (uma estrutura inclinada), podem ser usadas pedras de rios e tronquinhos de árvores, bem lavados, obtidos em algum habitat natural perto de casa. O cascalho de rio fino também pode ser usado e é vendido nos pet shops. As plantas devem ser colocadas apenas uma semana
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As espécies mais procuradas para habitarem o aquário são: Paulistinha, Guppy, Acará, Limpa-vidro, Neon e Molinésia. depois que o aquário já estiver equipado e com a instrução do médico veterinário para decidir quais plantas estão de acordo com os peixes que escolheu. A parte principal do aquário é a filtragem biológica, os cuidados devem ser tomados para não haver compressão exagerado ou escassa do ar. Há alguns tipos de filtros para aquário, alguns são recomendados pelo site Aqua Hobby “devemos dar preferência à filtragem externa, como os de areia fluidizada e canister ou, até mes-
mo, filtros externos contendo elemento filtrante biológico”. Depois de todas essas dicas, você não tem mais desculpa para escapar de montar seu aquário. Siga as orientações, tenha peixes felizes e um ambiente charmoso!
Peixe dentro da água do aquário Muita gente já sabe, mas não custa relembrar! Na hora de colocar o peixe dentro da água, é necessário ambientálo à temperatura da água do aquário. Coloque o saco plástico, com o bichinho ainda dentro, flutuando no aquário por aproximadamente 15 minutos. Depois abra o saco e misture a água do aquário com a do saquinho, depois de alguns minutos solte o peixe no novo aquário, com o cuidado de não colocar a água do saquinho. Fonte: meuaquario
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peixes
Alimentação ideal para os peixinhos Para manter a saúde e contribuir para a vivacidade do seu peixe, seja ele qual for, mantenha uma dieta diversificada e seu bichinho forte, nutrido e com cores vivas. Depois de montar o aquário e escolher os melhores peixes para fazer companhia e enfeitarem o ambiente, está na hora de entender melhor sobre a alimentação desses nadadores de estimação. Nos dias atuais, há uma gama extensa de alimentos, inclusive rações, que podem ser utilizadas para nutrir e embelezar ainda mais os peixes do aquário. É bom entender, que uma boa dieta está associada à variedade de nutrientes no cardápio, intensificando cada dia mais o nível de saúde do peixinho. Para começar, saiba que essa variedade é, em muitos casos, atendida por nutrientes de origem vegetais, vivos, floculados e granulados e congelados. Dentre essas comidas, os alimentos secos, como as rações, são muito bem recebidos na dieta do peixe, embora não deva ser a única fonte de energia dos bichinhos. Lembre-se de adicionar ao cardápio, alimentos vivos, que além de complementarem as rações, melhoram o desenvolvimento dos instintos de caça do nadadores carnívoro, por exemplo. Alguns alimentos muito bem recebidos pelos peixes, sejam eles herbívoros ou carnívoros, são os vegetais, as verduras, e os legumes (alface, batata e abobrinha),
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É hora do lanche! Fórmulas, regras, horários instituídos, nada disso fará a alimentação dos peixes mais saudável e eficiente. Uma das dicas mais importantes é observar se rações e complementos são absorvidos 100%. Como fazer isso? Muito simples, observe a alimentação dos seus peixes de forma atenciosa. Administre a comida, de duas a três vezes por dia, em pequenas porções até os peixes ficarem satisfeitos. Nas primeiras semanas e quando inserir mais peixes no aquário, cada etapa da alimentação deve ser acompanhada. Deve demorar cerca de 5 minutos cada alimentação, ou seja, você vai perder apenas 15 minutos do seu dia para entender melhor seus companheiros de estimação. E diminua a quantidade se a comida estiver boiando no aquário! Aos iniciantes, principalmente, o ato de jogar comida de forma exagerada dentro do aquário pode matar o peixe
peixes
Os alimentos secos, como as rações, são muito bem recebidos na dieta do peixe, embora não deva ser a única fonte de energia dos bichinhos.
e poluir a água com os alimentos que sobram. Evite a tentação de alimentar os peixinhos se, por um acaso, fizerem cara de fome. Segundo o artigo do especialista Edson Rechi do site especializado Fórum Aquário e utilizado como fonte dessa matéria, “todo e qualquer peixe é adaptável à quantidade (de alimento) que fornecemos, ajustando seu ritmo de crescimento à quantidade e principalmente a qualidade”. Variação de alimentos para aumentar a saúde dos peixes Existe um leque de opções que vai satisfazer a fome de qualquer peixinho de aquário por aí. Cada tipo de alimento satisfaz necessidades e peixes específicos. O cardápio do peixe pode ser elaborado a partir de alimentos como artêmia salina, dáfnia, Infusórios, enquitréias, tenébrio, vermes do vinagre, entre outros. Vamos entender melhor um pouquinho de cada um. Artêmia Salina: utilizado na alimentação da maioria dos peixes ornamentais. Possui vitaminas C, A e B. Dáfnia: contém nutrientes, mineiras e proteínas. Insufórios: caldo preparado com água limpa,
Vitaminas e suas funções: Visão, protetor de pele Ontenção de energia Digestão de proteínas, crescimento muscular Deficiência poderá causar problemas nas guelras Deficiência poderá causar distúrbios motores Resistência contra doenças gerais e crescimento do esqueleto Hormônio de fertilidade, estabiliza vitaminas Fonte: forumaquario.com.br
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folhas de alface e couve. Para preparar, coloque tudo em um recipiente e deixe por 48 horas no escuro. Cuidado para não deixar apodrecer. É o alimento perfeito para avelinos.
O ato de jogar comida de forma exagerada dentro do aquário pode matar o peixe e poluir a água com os alimentos que sobram.
Enquitréias: pequenos vermes brancos com comprimento de cerca de 2 cm, possui alto valor nutritivo e é utilizado na alimentação de avelinos e peixes adultos antes da desova. Tenébrio: espécie de besouro utilizado vivo para a alimentação de peixes com médio e grande porte. Podem ser cortados em pequenos pedaços e alimentar peixes menores. Vermes de Vinagre: o verme é criado a partir de 50% de vinagre de maçã misturado com 50% de água e uma pequena quantidade de açúcar. Alimenta também os avelinos. Rações granuladas: comumente utilizada como base de alimentação de qualquer tipo de peixe, cada uma possui uma especialidade. São ricas em vitamina C. Rações em flocos: possuem as mesmas características da granulada, para peixes de pequeno e médio porte e peixes que costumam se alimentar na superfície. Turbifex: Possui vitaminas A, B e C. Grupinho de minhocas que crescem em ambientes com lama ou esgotos. Cuidado com os Tubifex vivos podem conter parasitas. Drosóphilas: aquelas mosquinhas que podem aparecer em volta das frutas. Microvermes: são utilizados na alimentação de peixes de pequeno porte e avelinos. Paramecium: essencial na alimentação dos avelinos, esses protozoários microscópicos são encontrados na água doce e em fundos lodosos, onde há matéria orgânica em decomposição Branchoneta: outra fonte de alimentação muito eficaz, é criada dentro do próprio aquário dentro de um pote 54
furado para a saída dessas conhecidas artêmias de água doce. Bloodworm ou larva vermelha de mosquito: larvas de mosquitos, que possuem o zumbido mais agudo. As larvas são encontradas nas águas com fundo de lama sem correnteza e, geralmente, no verão. Gammarus: crustáceos encontrados em águas doces ou salgadas. São utilizados na alimentação de répteis aquáticos e encontrados em vegetação inundadas e ocultos entre algas. Alimento que favorece o desenvolvimento do instinto de caça dos peixes, quando servidos vivos.
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Dúvidas mais comuns:
Abaixo algumas perguntas que não se calam.
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Posso alimentar meus peixes apenas com alimento vivo? Não. Apesar de serem ótima fonte de proteínas e vitaminas, são deficientes em muitas fontes que as rações apropriadas possuem. Deverá fornecer semanalmente, com exceção de peixes essencialmente predadores carnívoros que exigem alimentos vivos.
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Qual a melhor ração para fornecer a meus peixes? Existe uma grande variedade de rações balanceadas, 56
capazes de suprir necessidades nutricionais de diversas espécies. Algumas são determinadas para tipos de peixes como Ciclídeos, Kinguios, Betas, Spirulina, etc. Cabe você saber os hábitos alimentares de seus peixes e fornecer o que há de melhor e mais adequado à espécie.
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Poderei usar várias rações ao mesmo tempo? Pode e deve. Quanto maior a diversificação alimentar, melhor.
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Rações que dizem realçar a coloração dos peixes funcionam? Sim. Estudos mostram que determinadas vitaminas agem na coloração do peixe.
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Alevinos podem comer rações dos demais peixes? Poder até pode, mas nas primeiras semanas de vida, não é indicado o fornecimento. O ideal é fornecer alimento vivo, nas primeiras semanas e logo após rações próprias para alevinos, até poderem se alimentar com rações dos peixes maiores.
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Como alimentar peixes de fundo? Existe uma grande variedade de rações próprias para estes tipos de peixes(Cascudos, Algae Eaters, Limpa-vidro, Botias, etc), as famosas Bottons. Forneça estas rações ao apagar as luzes, já que grande parte dos peixes de fundo tem hábitos noturnos e evitará que os demais peixes as comam.
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É verdade que peixes comem tanto, que podem até morrer por isso? Mito. Com exceção de peixes propriamente gulosos como os Kinguios, Bettas entre outros, grande parte dos peixes chegará determinada hora que saberá pausar a alimentação.
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Meus peixes não comem, o que está acontecendo? Peixes recém inseridos no tanque poderão levar certo tempo até se habituarem a seu novo lar, variando muito de espécie para espécie, este tempo. Exemplares Selvagens (capturados na natureza) tenderão a ser mais chatos para se alimentar, pois não sabem o que é ração e, muito menos, vi-
verem confinados em pequenos tanques (comparando a natureza).
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Meu peixe estava se alimentando e parou, o que pode ser? A falta de apetite muitas vezes é associada a alguma doença, stress, ou alimentação indevida para a espécie. Atente a detalhes no peixe e seus hábitos para ver se nada está errado e reveja os parâmetros de sua água, que poderá estar causando este problema.
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Como manter a qualidade da ração? Atente a embalagens transparentes e embalagens que não podem ser bem fechadas depois de abertas, já que o a luz e ar
Talvez um dos maiores males de aquaristas iniciantes é usar altas dosagens de alimento, até que o peixe pareça satisfeito destroem seu teor nutritivo. Depois de aberto a embalagem, a ração deverá ser usada no prazo máximo de três meses em média.
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A alimentação influência na coloração das fezes dos peixes? Sim. Sempre atente a coloração de suas fezes. Normalmente deverá ter cores variadas como vermelho, preto, marrom ou verde, de acordo com o tipo de ração fornecida.
Fonte: forumaquario
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O coração do meu PET e a Eletrocardiologia A restituição da atividade elétrica normal dos animais, garantindo sua qualidade de vida, é o objetivo principal da eletrocardiologia. A incidência de problemas cardíacos tem se mostrado mais elevada nos últimos anos, seja pela maior expectativa de vida dos animais, pelo maior conhecimento e acesso da população às principais doenças que acometem os pacientes veterinários, ou ainda pela maior diversidade e acuidade dos equipamentos disponíveis para o diagnóstico de tais doenças. Assim, há indicação de avaliação cardiológica em cães e gatos, especialmente acima de 5 anos de idade. As duas principais indicações da eletrocardiografia são para avaliar arritmias cardíacas e pré-anestésicas. Outras indicações são o acompanhamento da terapia antiarrítmica e cardiológica, avaliações complementares das sobrecargas de câmaras cardíacas, de cardiopatias e ainda de algumas alterações sistêmicas em cães e gatos. Hoje, há indicação para realizar o eletrocardiograma “basal” do paciente saudável. Ele permite que, a partir desta primeira e mais importante avaliação, os acompanhamentos de rotina sejam feitos periodicamente e possibilitem ao clínico uma intervenção precoce na evidência de alguma alteração em relação ao exame basal. O eletrocardiograma é um exame de fácil obtenção, rápido e indolor. Os centros de diagnóstico veterinário mais preocupados em oferecer a melhor tecnologia do mercado e, principalmente, em propiciar conforto aos pacientes e proprietários, dispõem de eletrocardiógrafo computadorizado, como é o caso do Provet Medicina Veterinária Diagnóstica. Este tipo de equipamento, além de possuir uma melhor acuidade na obtenção do registro, possibilita um exame mais ágil e com menor interferência, quando comparado aos aparelhos de fita termo-sensível. O registro simultâneo e por tempo mais prolongado nos pacientes com histórico de síncope e das raças mais predispostas a arritmias, como boxers e dobermans,
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As duas principais indicações da eletrocardiografia são para avaliar arritmias cardíacas e pré-anestésicas
também é um diferencial do método computadorizado. O eletrocardiograma não produz nenhuma carga elétrica (choque) no paciente. O que geralmente mais incomoda os cães e gatos é o fato de terem seus pêlos umidecidos com o álccol, o que gera uma sensação de “gelado”, mas que é apenas no início do exame.
Quando devo fazer os exames no meu bicho de estimação Os principais sinais indicativos de presença de arritmia em cães e gatos são cansaço fácil, dispnéia ou falta de ar, mucosa oral, ocular e gênito-urinária arroxeadas ou pálidas, pulso irregular e desmaios e/ou síncopes. Cada vez mais há uma melhor compreensão das doenças cardíacas nos animais, e todos nós clínicos médicos veterinários,
especialistas e proprietários, buscamos uma melhor qualidade de vida aos nossos companheiros, sejam cães, gatos ou afins! Não deixe de fazer um exame de rotina do seu animalzinho, ele pode manter ou melhorar a qualidade de vida e aumentar o tempo de permanência dele junto a você e sua Família!
Flávia R.R. Mazzo | CRMV-SP 10.268 Coordenadoria Técnica - Provet Aratãs Coordenação do Núcleo de Pesquisa e Educação Continuada - NUPEC flamazzo@usp.br
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