ENTÃO SERÁ O FIM: SINAIS DA PARUSIA Primeira Igreja Batista Metropolitana em Contagem - 04 de Dezembro de 2016
Parusia designa a volta gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo ao fim do mundo, para julgar os vivos e os mortos. Introdução: A Parusia, verdade de fé Nosso Senhor Jesus Cristo voltará. Anunciaram-no os anjos: “Este Jesus que, separando-se de vós, foi arrebatado ao céu, virá do mesmo modo que o vistes ir para o céu” (At 1, 11). O tempo da Parusia: A segunda vinda do Messias será um momento que ninguém pode determiná-lo: “Mas, quanto àquele dia e àquela hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas só o Pai” (Mt 24, 36). Será um acontecimento súbito e imprevisível: “Assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mt 24, 27); (Mt 24, 42-44). Os principais sinais precursores do fim do mundo 1. A pregação do Evangelho em todo o mundo. Jesus disse: “Será pregado este Evangelho do reino por todo o mundo, em testemunho a todas as gentes; e então chegará o fim” (Mt, 24, 14). E também: “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura” (Mr 16, 15). (At 1, 8). O que se não deve entender no sentido de que todos os povos se converterão ao cristianismo. Tampouco se pode dizer que o fim do mundo virá imediatamente depois que o Evangelho haja chegado aos confins da terra, mas apenas que não sobrevirá antes disso. 2. A apostasia universal da fé cristã. Anunciou-o Nosso Senhor Jesus Cristo e repetiu-o São Paulo: “E levantar-se-ão muitos falsos profetas, e seduzirão muitos. E, por causa de se multiplicar a iniquidade, se resfriará a caridade de muitos” (Mt 24, 11-12). “Mas, quando vier o Filho do homem, julgais vós que encontrará fé sobre a terra?” (Lc 18, 8). E (2 Ts 2, 3). Essa apostasia da fé não será total e absoluta em todo o gênero humano, já que a Igreja não pode perecer. Essa perda generalizada da fé será, então, a preparação e a obra da vinda do Anticristo. 3. A conversão dos judeus. Em contraste com essa apostasia verificar-se-á a conversão de Israel anunciada por São Paulo: “Romanos 11.25-26). Também profetizou-a Oséias: “Os filhos de Israel estarão durante muitos dias sem rei e sem príncipe, sem sacrifício e sem altar (...); e, depois disto, os filhos de Israel voltarão, e buscarão o Senhor seu Deus, e Davi, seu rei; e, no fim dos tempos, olharão com respeitoso temor para o Senhor e para os bens que ele lhes terá feito” (Os 3, 4-5). Quando se realizará essa volta de Israel à verdadeira fé? Eis outros tantos mistérios que absolutamente ninguém pode aclarar. 4. A vinda do Anticristo. A palavra “Anticristo” (que significa literalmente “contra Cristo”) tem dois sentidos na Sagrada Escritura. Pode designar qualquer manifestação do espírito anticristão: o pecado, a heresia, perseguição etc. Neste sentido fala São João quando diz: “Já agora há muitos Anticristos” (1 Jo 2, 18). Mas, em seu sentido próprio, a palavra “Anticristo” designa uma pessoa inimiga de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Igreja, que aparecerá ao fim do mundo. Segundo falam os apóstolos São João e São Paulo nos textos seguintes: “Ouvistes dizer que o Anticristo vem (...) Este é um Anticristo, que nega o Pai e o Filho” (1 Jo 2, 18-23) e (2 Ts 1, 10).
ENTÃO SERÁ O FIM: SINAIS DA PARUSIA Primeira Igreja Batista Metropolitana em Contagem - 04 de Dezembro de 2016
5. A aparição de Elias e Enoque. “É outro sinal misterioso”. A respeito de Elias, a Sagrada Escritura diz o seguinte: “Eis que vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o dia grande e horrível do Senhor. E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para não suceder que venha e fira a terra com anátema” (Ml 4, 5-6). (Mt 17, 10-11). De Enoque diz a Sagrada Escritura: “E [Henoc] andou com Deus e desapareceu, porque Deus o levou” (Gn 5, 24). (Heb 11, 5). Agostinho – aplicam a Elias e Enoque o misterioso episódio das duas testemunhas que lutarão contra o Anticristo e serão mortos, para depois ressuscitar gloriosamente. (Ap 11, 3-13). Todavia, outros expositores sagrados dão outras interpretações muito diversas, pelo que é forçoso concluir que nada absolutamente se pode afirmar sobre esse particular. 6. Grandes calamidades naturais e públicas. Nosso Senhor fala de guerras e catástrofes: “Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerras. Olhai, não vos turbeis; porque importa que estas coisas aconteçam, mas não é ainda o fim. Porque se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá pestilências, e fomes, e terremotos em diversos lugares. E todas estas coisas são o princípio das dores” (Mt 24, 6-8) e (Mt 24, 29-30). (Lc 21, 25), (Joel 2, 30-31). Porém, os exegetas concordam todos em dizer que a interpretação dessas palavras está cheia de dificuldade e mistérios Já chegou o fim do mundo? A situação do mundo de hoje. Parece claro que já se pregou o Evangelho no mundo inteiro, especialmente com os meios de comunicação atuais. Tampouco se pode negar que a apostasia geral da fé cristã é uma realidade, tanto no nível das sociedades como dos indivíduos. Já não existem países cristãos e poucos são os que continuam professando a fé cristã em sua integralidade. Quanto aos quatro outros sinais da Parusia, não se pode afirmar que já se cumpriram, embora pareça indiscutível que os tempos atuais são propícios para a vinda do Anticristo. Portanto, ainda em nossos dias, se verifica o que Nosso Senhor dizia a seus Apóstolos: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt 25, 13). Conclusão: Como esperar o fim do mundo? Os Tessalonicenses estavam convencidos falsamente da iminência da Parusia e estavam cheios de terror e abatimento. Ao invés de estimulálos ao bem, o pensamento do fim do mundo turbava-os e paralisava sua vida espiritual. Alguns descuidavam de seu dever de estado, deixavam levar-se pela indiferença, com a mesma apatia com a que o condenado à morte espera, desconsolado, sua degolação” (2 Ts 2-3). Atualmente, continua existindo a mesma tentação. Ao ver que se cumpriram alguns sinais da Parusia, poderíamos adotar uma atitude passiva, desesperada, nessa crise que sacode a Igreja, pensando mais ou menos conscientemente: “Salvemos o que possamos salvar. Salvemos nossas almas, nossas famílias. Já é muito. Não busquemos mais. Não vale a pena, porque já está predito: a situação não vai mudar. É a grande apostasia profetizada pela Sagrada Escritura. Acerca-se o fim do mundo”. Pensar dessa maneira, seria “cansarmo-nos de fazer o bem”. Não é tempo de se baixarem os braços. Confiemos na graça, e não deixemos ser tentados pelo desânimo e dificuldade da obra, recordemos que, pela ajuda divina, David venceu Golias. “Lutemos, e Deus dará a vitória!”. Do seu pastor e amigo Argemiro Ribeiro