Abril - O mês da Escola Biblica Dominical

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 01/04/12

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

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Ano CXII Edição 14 Domingo, 01.04.2012 R$ 3,20

ABRIL – O mês da Escola Bíblica Dominical

Mais do que uma comemoração, abril será o mês de uma campanha pela educação religiosa. Veja na página 9 a importância da EBD, o quanto este tipo de ensino deve ser prioridade na vida de qualquer um. Conheça também o que é o Plano Diretor, veja como essa reinvenção da educação religiosa pode abençoar muitas vidas. Isto tudo não apenas para transmitir conhecimento, mas também para a construção de conhecimento.

Conselho Geral da JMM faz história na CBB se reúne Guiné Equatorial O Conselho Geral da CBB se reuniu para tomar decisões com o objetivo de avançar no planejamento global dos batistas brasileiros. Discipulado, grande comissão, desenvolvimento de liderança, network e conectividade, gestão corporativa e nova geração são as seis diretrizes traçadas e em pleno desenvolvimento. Vá até a página 8 e veja o que a CBB está fazendo junto com todas as suas organizações para levar Jesus Cristo a todos os lugares e através de todos os meios, despertando vocações.

O trabalho missionário na Guiné Equatorial dá um grande passo com a construção do templo da Igreja Batista Missionária em Bata, uma das cidades mais populosas do país. Com um trabalho pioneiro a missionária Maria Lucinalva Dias está à frente do projeto juntamente com um pastor local. A missionária afirma que “tudo começou pela fé (…). O Senhor foi salvando vidas, e hoje a igreja está formada (...). Com o apoio dos batistas brasileiros iniciamos o projeto para a construção do templo” (pág. 11).


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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Paschoal Piragine Júnior DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Arina Paiva (Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Macéias Nunes David Malta Nascimento Othon Ávila Amaral Sandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Rua Senador Furtado, 56 CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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er como Cristo praticando a Bíblia é o grande desafio deste ano. Viver uma vida íntegra, a partir das escrituras bíblicas, só irá acontecer quando a Escola Bíblica Dominical for uma das prioridades. E para isso é necessário se conscientizar da real importância da EBD, o quanto ela é importante para o crescimento espiritual de todos, sejam recém convertidos ou aqueles que cresceram dentro de uma igreja. É dentro da EBD que se criam líderes e se prepara para a vida em comunidade. Mas o objetivo maior, que é entender a vontade de Deus e seus mandamentos, só será alcançado quando os professores compreenderem a necessidade espiritual de seus alunos. Conhecer algum membro que só vai para igreja assistir ao culto é fácil, infelizmente. O resultado da ausência na EBD ou da falta de Escolas Bíblicas fortes, são irmãos despreparados que cometem erros sobre coisas simples

e primordiais ensinadas por Deus de forma clara na Bíblia. É na EDB que toda a igreja tem a possibilidade de desenvolver seu conhecimento bíblico, ter voz ativa para discutir cada versículo bíblico, usar todas as ferramentas necessárias e disponíveis para o melhor aprendizado da Palavra e discutir as linhas de pensamentos e traduções. A EBD é tão importante dentro da comunidade cristã, quanto o louvor e a mensagem do pastor. Mas é na EBD que qualquer pessoa tem a liberdade de parar a mensagem para perguntar o que não foi compreendido, ou apresentar uma segunda opinião. A EBD é o primeiro passo para o crescimento espiritual de todo um conjunto, nesse caso, a igreja. E é porque faz parte do crescimento espiritual, que é necessário uma atenção especial para as literaturas escolhidas para estudo. Estar de acordo com a Bíblia é primordial, mas também escolher uma revista que o tema central faça parte do

momento espiritual vivido pela igreja, também é importante. Procure pesquisar as opções de literatura e tome cuidado para não escolher um estudo fraco, que não acrescente. E assim também deve ser o preparo e escolha dos professores. Chega de encaixar pessoas para assumirem os cargos apenas porque essas são pontuais, firmes e constantes. Todos precisam de líderes que tenham essas características também, mas acima de tudo, de líderes que tenham sede da Palavra de Deus. Pessoas que buscam o conhecimento e se preocupem pela formação de outros líderes. Ore, como igreja, para que o próprio Deus levante mensageiros da tua Palavra. Pessoas estas que se dediquem no preparo do ensino, pessoas que se preocupam em fazer a diferença. O desafio de qualquer ser humano é deixar seus pecados e seguir uma vida íntegra, viver uma constância diante de tudo o que lhe é ensinado. Mas é justamente por isso

que a EBD não tem um fim, como a escola, a faculdade, a pós graduação. A Escola Bíblica é feita durante toda uma vida, porque a Palavra é viva e sempre traz uma nova visão pela fé. Isso também, porque qualquer servo do Senhor convive com a sua natureza humana e precisa saber como lhe dar com as crises durante a vida. Como o apóstolo Paulo descreveu: “Pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço. Mas, se faço o que não quero, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz” (Rom 7.19-20). Se você deseja ser sábio e ter uma vida constantemente íntegra, mas olha para a Escola Bíblica como mais um evento da igreja, entenda que ela é a escola do saber de Deus. Uma escola que está preocupa com quem você foi, com o que você é e com o que você será. Discuta, participe, compartilhe os pensamentos de Deus através desta escola.


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MÚSICA Rolando de Nassau

“Registros”, de Anne Schneider (Dedicado ao leitor Hugo Carlos Alain, Duruflé, Saint-Saëns e Handel Cecílio, em órgãos de Cavalcanti, de Recife, PE) cinco igrejas. No século 20, peara comemorar 25 riodicamente, a Igreja Romana anos de carreira (1985- reafirmou a prescrição de que 2010), a organista a música própria da Igreja seja Anne Schneider dispo- puramente vocal, permitindo o nibilizou vídeos de seu acervo acompanhamento pelo órgão, pessoal para que o “Estúdio desde que sustente, jamais para Móvel” produzisse em março cobrir o canto; mas não permide 2011 o DVD “Registros”. tindo que o órgão preceda o Anne é filha do organista e canto com longos prelúdios. Na basílica (católica) de compositor luterano gaúcho Leo Schneider (1910-1978), Niterói (RJ), onde ainda hoje autor de cinco oratórios (“Cal- pontifica o organista Marcello vário”, 1943; “São João Ba- Martiniano Ferreira, Anne usou tista”, 1946; “Purificação do o maior órgão-de-tubos da AméTemplo”, 1947; “Conversão rica do Sul. Inaugurado em 15 de Paulo”, 1948; e “Jesus Na- de abril de 1956 por Fernando zareno”, 1950). Sobre Leo e Germani (1906-1998), organista Anne já publicamos dois arti- do Vaticano; na ocasião não gos (OJB, 05 nov 06 e 06 mar pude vê-lo, porque ele estava 11), que demonstraram sua im- na galeria. Possui cinco teclaportante contribuição à música dos manuais, cada um com 61 teclas, uma pedaleira radial com evangélica no Brasil. Anne Schneider (1946- ) 32 notas, 11 mil tubos e 132 cursou órgão na UFRGS e foi registros (OJB, 07 mai 89 e 24 diretora do Conservatório de fev 11). Em 23 de novembro Música do Colégio Americano de 2000, Anne tocou em outro (metodista) de Porto Alegre. É órgão de grande porte, também organista titular da Paróquia de fabricação “Tamburini”, na (luterana) “Martin Luther”, co- igreja (católica) do Bom Retiro, ordenando séries de recitais em São Paulo (SP). Mais uma e encontros de organistas. Há vez, do alto da sua tribuna, situmais de 20 anos participa em ada entre o céu e a terra, Anne festivais internacionais de órgão escolheu peças de excelente nível técnico. Ela interpretou nas Américas e na Europa. Neste DVD, Anne execu- o 3º Movimento da Primeira ta obras de Guilmant, Bach, Sonata, em ré menor, op. 42,

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de Alexandre Guilmant (18371911). Sob a influência de César Franck (1822-1890), o “Allegro assai” apresenta um movimento de “toccata”, em oposição a um “coral” harmonizado. Na igreja (católica) “São José”, em Porto Alegre (RS), Anne executou a “Fuga” do BWV-543, de J.S.Bach (16851750). Tema bem conhecido, aparentado com motivos explorados por Vivaldi e Pachelbel. Na exposição de três episódios, entram quatro vozes; no último, há uma importante parte para a pedaleira. Na peroração, pela simetria, é lembrado o prelúdio do mesmo BWV543. As “Litanias”, ao lado das “Variações sobre um tema de Clèment Janequin”, estão entre as obras mais belas de Jehan Alain (1911-1940); são súplicas ardentes, no dizer de Bernard Gavoty (ver: Jehan Alain. Paris: Albin Michel, 1943). A “Fuga sobre o nome de Alain”, op. 7, de Maurice Duruflé (1902-1986), revela a tradição litúrgica (amor ao Canto Gregoriano) e a tradição estética (respeito à formação clássica) mantidas por ele numa obra sucinta, da qual emergem o “Requiem” (1947) e a “Missa Cum Jubilo” (1967). “Tollite Hostias”, de Camille Saint-Saëns (1835-1921), é a décima

e última parte do “Oratório de Natal”. Sua bela linguagem musical, apesar de servir para mitigar suas profissões de ateísmo, corrobora nossa afirmação de que nem toda música religiosa é sacra. Na década de 50, o Coro da ACE do Rio de Janeiro tinha em seu repertório essa página de Saint-Saëns, provavelmente traduzida por Heitor Argolo (1923-2008). Esse número contou com a participação do Coral “25 de julho”, regido pela maestrina Lúcia Teixeira. Nas paróquias luteranas da Alemanha, o órgão muito depressa foi reduzido ao papel de simples acompanhador, mas na região alsaciana de Estrasburgo, sob a influência de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) e de Albert Schweitzer (18751965), o canto e o órgão passaram a ser igualmente prestigiados. Mozart, em outubro de 1778, esteve em Estrasburgo; em duas igrejas tocou órgãos de Gottfried Silbermann (16831753). Schweitzer, em 1906, começou um movimento pela volta à tecnologia da construção de órgãos adotada no tempo de Bach (ver: Marie-Louise Girod, L’Orgue et le Protestantisme. Paris: 1950). Na igreja (luterana) “Martin Luther”, Anne tocou no órgão

“Rieger”, Opus 2.733, o prelúdio do BWV-543, de Bach, quando aconteceu um desfile de fórmulas de “toccata” e de improvisações articuladas, terminando num diálogo entre pedaleira e teclados, e a “Fanfarra Real”, de Handel Cecílio, que tínhamos ouvido por ocasião da inauguração do órgão digital da Igreja Memorial Batista. O Coral “25 de julho”, acompanhado por orquestra regida pelo maestro Manfredo Schmiedt e pelo órgão de Anne Schneider, na igreja (luterana) da Reconciliação, em Porto Alegre (RS), executou a versão com órgão da “Lux Aeterna”, do “Requiem”, de Duruflé. Schmiedt tem atuado com orquestras de Caxias do Sul e de Porto Alegre (RS); foi aluno de Eleazar de Carvalho, Emílio de César e Lutero Rodrigues. Finalmente, na igreja (luterana) da Trindade, em Ivoti (RS), Anne e a violinista Hella Frank tocaram a “Ária da quarta corda” (BWV-1.068), de Bach. Hella está vinculada às orquestras de câmara em Canoas e em Porto Alegre (RS). Aos apreciadores do “rei dos instrumentos” (o órgão, na opinião de Mozart) recomendamos este DVD de Anne Schneider.


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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Serra, Haddad Ou São Paulo?

F. Cerqueira Bastos Pastor e Advogado, Membro de PIBN

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eu pai, Manoel Cerqueira Garcia, “o neca”, se converteu no pastorado do pastor Erodice Fontes de Queiroz, na Fazenda de São João, na Vila de Laje do Muriaé, Itaperuna, no final da segunda metade da década de 1920, na Fazenda dos meus avós paternos, que na linguagem do saudoso pastor Virgílio Faria, “nunca mais se levantou um trabalho como aquele da Fazenda de São João”. Mais tarde, é organizada a Igreja Batista na Fazenda, com o nome de “Igreja Batista de Santa Rosa”, cujo primeiro pastor foi Erodice, sendo secretário Nilo Cerqueira Bastos (mais tarde consagrado ao ministério) e tesoureiro Manoel Cerqueira Garcia.

Meu pai – o neca – sempre foi muito respeitado pelos fazendeiros vizinhos, os quais a ele recorriam nos litígios como intermediário na busca de soluções. Isso lhe dava uma autoridade natural no relacionamento com todos os fazendeiros das fazendas limítrofes, tornando-o como um “conselheiro de paz”. Amigo de todos e por todos bem recebido, tinha por hábito oferecer Bíblias aos vizinhos. Certa vez, um fazendeiro vizinho foi à fazenda de São João para lhe devolver uma Bíblia que recebera há um mês atrás: “Neca, vim lhe devolver este livro, porque ele fala dos meus pecados”. Meu pai era um recém-convertido do catolicismo romano, quando recebeu um padre lá na fazenda, no salão principal repleto de vários santos e santas, o que levou o vigário a elogiá-lo: “Muito bem filho, vejo que

é um católico que venera os santos da Igreja”. Papai, já iniciado no estudo da Bíblia, pediu-lhe que lhe mostrasse a Bíblia Católica, no que o visitante lhe disse: “Filho, a Bíblia é um livro muito grande e não dá para ser transportado nas minhas viagens”. “Padre, eu tenho uma aqui que estou examinando”, e abrindo-a, começou a folheá-la diante do olhar estupefato do padre, que juntou os seus livros e apetrechos, levantou-se e disse: “Tira... tira daí esses quadros”, no que meu pai retrucou-lhe: “Os quadros são meus e vão permanecer aí”. Mais tarde, com a visita de missionários à Fazenda, e que usaram de um “truque”, convencendo-o de que na América os crentes gostariam de conhecer aqueles quadros, tirou-os e entregou aos americanos, sem nunca saber do verdadeiro destino deles.

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e o profeta Jonas fosse carioca, a última coisa que passaria pela cabeça seria viajar até São Paulo para consertar o pandemônio paulistano. Ainda que o Senhor ordenasse. Guardadas as proporções, a recusa dos cristãos em se envolver na libertação da Paulicéia reedita a indiferença preconceituosa de Jonas, com relação a Nínive. O Senhor, todavia, é taxativo: “Então, eu com muito mais razão, devo ter pena da grande cidade de Nínive, onde há mais de cento e vinte mil crianças e, também, muitos animais!” (Jonas 4.11). Na ausência de cristãos que levem a sério as implicações bíblias da cidadania, a luta pela prefeitura de São Paulo se transformou em uma cínica batalha de espólios do poder partidário. A impressão que dá é que a “grande cidade” de São Paulo é destituída de gente, e gente sofredora,

com muito mais do que “cento e vinte mil crianças...”. As enchente destruidoras, os engarrafamentos psicóticos do trânsito e as barbaridades da cracolândia – parece que os donos do PSDB e do PT nunca ouviram falar que a primeira obrigação de uma prefeitura é cuidar do bem público. E o que dizem os militantes cristãos dos nossos partidos políticos? Será que a Bíblia deles é diferente daquela Escritura Sagrada, fielmente obedecida por Aurélio Viana? Porque acreditava na cidadania bíblica, o deputado batista pelo PSB ficou conhecido e respeitado, na porfia do benefício do seu povo, fosse ele crente ou não crente. A cidade de São Paulo é infinitamente mais importante do que Serra ou Haddad. O Senhor “tem pena” dos paulistanos. E quer que os cristãos da cidade levem a sério sua vocação de serviço.


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PARÁBOLAS VIVAS

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João Falcão Sobrinho

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muitas vezes, em diversas Carlos Henrique Falcão Pastor da IB da Liberdade/RJ situações comuns do nosso dia a dia. Ao invés de afastar ão foi indicado ou eliminar o perigo, achancom precisão o do que não acontecerá nada, tempo que a ca- convivemos com o desastre deira do brinque- ao nosso lado. É comum usar na vida do chamado de “La Tour Eiffel” estava interditada no cristã o mesmo princípio parque de diversão Hopi de convivência com o peHari, em Vinhedo, SP. Mas rigo. Achamos que não setodos ficaram sabendo que remos influenciados e que somente aquela cadeira esta- “não tem nada a ver”. A va desativa. Durante um bom Bíblia é muito clara em suas tempo o parque conviveu orientações. Começamos com este acidente achando lembrando a orientação de que não precisaria concertar Paulo: “Fugi de toda apaa cadeira e nem desativar rência do mal” (1Tes 5.22). todo o brinquedo. Até que A tradução melhor para a um dia, um funcionário dis- palavra “eiko” é “forma”. traído ou desavisado, colo- Paulo exorta para fugir de cou alguém na cadeira. A toda forma que o mal se queda e morte da Gabriela, apresenta, e não somente de jovem japonesa em visita ao coisas que aparentam o mal. Brasil, foi consequência do Ainda, quando falou com o uso indevido do equipamen- jovem pastor Timóteo, foi to com defeito. Não é muito enfático: “Fuja dos desejos diferente do que fazemos, malignos da juventude e

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siga a justiça, a fé, o amor e a paz, com aqueles que, de coração puro, invocam o Senhor” (2Tim 2.22). Andar perto do mal é perigoso. Por isso Paulo disse para ir para bem longe. Não é possível também esconder o mal na tentativa de cair no esquecimento. Salomão disse que “aquele que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcança misericórdia” (Prov 28.13). Não é suficiente pedir perdão e ser perdoado. É necessário deixar a razão do mal, mesmo que ele já tenha tomado conta da vida. Deixar o mal pode ser um processo doloroso, mas é a forma de evitar que seja contaminado novamente. Na carta aos colossenses Paulo usa duas palavras fortes: “Façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena” e “abandonem todas essas coisas” (Col 3.5,8). A ideia é não deixar nenhum vestígio daquelas coisas na vida do crente. A lista de problemas vai desde imoralidades sexuais até maledicência. Essas atitudes que satisfazem a carne e afastam o crente de Deus devem ser excluídas completamente para que sobressaiam as virtudes cristãs e não impeçam a renovação crescente na vida com Cristo (Col 3.10-17). Não dá para conviver com o perigo. Mais cedo ou mais tarde, num momento de distração iremos fazer uso dele e se esborrachar no chão. As consequências podem ser desastrosas e deixar marcas profundas na vida. Então, o melhor é aceitar a orientação bíblica e viver bem longe do mal.

guardávamos na fila para entrar no banco, eram quase dez horas. Ao nosso lado, estava um senhor alto, magro, simpático, falando de Jesus para o rapaz à sua frente. Falava da salvação da alma como a maior riqueza que uma pessoa pode ter nesta vida. Logo a porta giratória do banco foi destravada e os clientes começaram a entrar. Peguei minha senha na linha das prioridades e ocupei uma cadeira. Zênia tinha ido ao andar superior resolver um problema do seu cartão. Ao meu lado, veio sentar-se aquele irmão que estivera evangelizando o rapaz na fila. Ele é presbítero da Assembleia de Deus, alfaiate aposentado e tinha dois celulares à mão. Seu nome: Levi Santos. Logo começou a falar da sua família. Uma filha, doutora em química, crente fiel, trabalha na Espanha. O filho mais novo tem apenas 10 anos de idade. O menino tem seu próprio celular e o presbítero me contou, como se fosse a coisa mais simples do mundo, que na noite anterior, cerca de dez horas, o seu celular tocou. No visor, ele viu que era seu filho que chamava e disse: “Fala, meu filho”. O menino respondeu: “A sua bênção, pai”. “Deus te abençoe, filho, durma bem”, abençoou o pai. O filho ligara para pedir a bênção paterna, pois estava indo para a cama. Deve ser algo muito raro. Nunca ouvi falar. Um menino de 10 anos ligar para o pai pelo celular às 22 horas para pedir sua bênção antes de ir para a cama? Fantástico! Maravilha, gente! Por duas razões que não posso deixar de comentar. Primeira: O celular, tão usado para o mal, também pode ser um instrumento de bênção, para uma comunicação de valor espiritual, para acrescentar qualidade de vida no Espírito, estreitando, na graça de uma bênção paterna, o relacionamento entre um menino de dez anos e seu pai. A tecnologia a serviço do bem, a serviço da alma é algo que deveríamos nos preocupar em desenvolver. Muitos crentes estão usando os recursos tecnológicos ape-

nas para seus fins profissionais, para diletantismo, para distração nos games diariamente renovados, mas não estão pensando, nem de longe, em usar toda essa tecnologia para cumprir um propósito evangélico, espiritual, para abençoar vidas. Como estaríamos apressando a evangelização do mundo, do mundo inteiro, se usássemos os sites de relacionamento, o Skype, o Orkut, o celular e toda a tecnologia disponível para falar a outros do amor salvador de Cristo, da santidade do viver, da esperança da vida eterna. Bastaria que o Reino de Cristo fosse nossa prioridade essencial. Não desconheço que muito tem sido feito. Há grupos religiosos que editam páginas de teologia, doutrina, estudos bíblicos, em dezenas de blogs na internet. Nós, os batistas, estamos atrasados. Supliquemos a Deus por um avivamento espiritual nas igrejas batistas do Brasil. Cristãos que vivam em Cristo, desejarão anunciar Cristo, como o fez Paulo, de todos os modos possíveis. Com certeza, Paulo usaria toda a tecnologia hoje disponível para proclamar o evangelho de Jesus. A segunda reflexão que essa história impõe é o fato de que um menino de dez anos vai para a cama às dez horas da noite, não sem antes pedir a bênção do pai, ao invés de ficar grudado nos games até altas horas. Finalmente, encontrei um pai que, certamente coadjuvado pela esposa, teve sabedoria para impor limites aos filhos e está colhendo os seus frutos. A moderna tecnologia pode ser bênção ou maldição. Depende do uso que dela fazemos. Muitos cristãos deixaram-se viciar, esse é o termo, pela virtualidade de tal maneira que chegam a permitir que suas almas sejam tomadas por um evidente esvaziamento de suas mentes, prisioneiras das brincadeiras e relacionamentos virtuais marcados pela futilidade, vão perdendo sua vitalidade espiritual. Continuemos a orar por um avivamento, que certamente libertará os crentes do poder destruidor das caixinhas maravilhosas que estão em suas mãos.


6 vida em família

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Gilson e Elizabete Bifano

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riar filhos do sexo masculino hoje é um desafio muito grande. Se você quer realmente que seu filho seja um homem de verdade, alguns cuidados deve ter. 1. Converse com seu filho e proteja-o na medida do possível do abuso sexual Está comprovado que um abuso sexual pode acarretar consequências sérias na identidade sexual de uma criança. A psicóloga Arlete Gavranic orienta: “Explique à criança que o corpo dela precisa ser cuidado por ela e que ela deve ser cuidadosa e desconfiar se alguém tentar tocá-la, inclusive nas partes íntimas, ou ainda pedir-lhe para fazer coisas no seu corpo ou no de outra pessoa, que não seja brincar junto com todo mundo. É preciso orientar a criança a se afastar dessa pessoa e procurar a mãe, a irmã mais velha, uma avó ou a professora e contar o que aconteceu. Orientá-la a não ter vergonha de fazer isso e, se preciso for, até gritar ou correr em situações em que se sinta ameaçada. Os adultos precisam ser respeitados, mas isso não significa que as crianças tenham de obedecer e fazer tudo que eles mandam. Principalmente se isso envolver tocar, manipular, beijar ou machucar o corpo e se a criança não se sentir bem”. 2. Ressalte a masculinidade de seu filho Diga a ele que Deus o fez homem. Diga que essa escolha foi de Deus e de mais ninguém. Conte a história de homens da Bíblia que foram fortes, que lutaram e saíram vitoriosos. Quando apresentar seu filho a alguém, diga com prazer: “Este é o meu filho, um homem de Deus para a nossa família”. 3. Faça que seu menino conviva com outros homens que também sejam homens de verdade John Eldredge escreveu em seu livro: “Um menino se torna um homem somente por

meio da intervenção ativa de seu pai e da companhia de outros homens”. Meninos precisam de uma convivência saudável com outros homens, que lhes ensinem o que significa ser um homem de verdade. 4. Mãe, deixe seu filho ser homem É verdade que homem também chora, o que contradiz o ditado que afirma o contrário. Expressar emoção e sentimento faz parte da natureza de todo ser humano. Não tem nada a ver com o conceito de que a verdadeira masculinidade mostra-se impassível e fria. Jesus, o Homem perfeito, chorou e expressou emoções. E seu filho deve ser educado nesse aspecto. Por que não? Contudo, precisa também ser confrontado com lições teóricas e práticas acerca da varonilidade, sendo preparado desde cedo para os embates da vida futura. Só assim, será forjado a uma masculinidade sadia. 5. Leia livros que tratam do assunto Os melhores são “Educando meninos”, de autoria do Dr. James Dobson (Editora Mundo Cristão) e “A grande aventura masculina”, de John Eldredge (Editora Thomas Nelson). Existem outros, mas se todos os pais e mães de meninos lessem estes dois livros seriam tremendamente capacitados para esta tarefa. 6. Ensine-os a andarem como homem, falarem como homem! Qual é o personagem “bonitinho” hoje nas novelas? É de alguém que é homem, mas fala como mulher, anda como mulher. Nem uma mulher desmunheca tanto! Ensine seu filho a falar, andar, se comportar como um homem de verdade. 7. Ore Ore para que seu filho seja orientado por Deus e que não seja influenciado por pessoas, movimentos, escolas e governos que tentam ensinar coisas diferentes do que é ser homem.

Vilmar Paulichen Pastor da PIB em Indaiatuba/SP “Enquanto durar a terra, plantio e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite jamais cessarão” Gênesis 8.22.

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epois das altas temperaturas, enfim chegou o outono. Já da para sentir os ares da nova estação. Dias menos quentes, com brisa refrescante durante o dia. As estações seguem a ordem estabelecida por Deus desde a criação do mundo, mas a qualidade do clima em cada estação está mudando, com extremos de frio e calor. Mas o pecado mudou tudo. A desobediência gerada pela incredulidade amaldiçoou a terra (Gênesis 3.17b-19). Naquele momento, pouca coisa deve ter mudado aos olhos de Adão e Eva. Os problemas foram aparecendo aos poucos. A questão é que a consciência do homem sem pecado era que deveria administrar a criação; mas depois do pecado, o homem se tornou ambicioso, explorador e extrativista. A preservação da natureza deu lugar à exploração lucrativa (Gênesis 2.12). O pecado corrompeu a raça humana a ponto de Deus mandar o dilúvio (Gênesis 6.11-13). Foi o primeiro golpe do homem pecador contra a natureza (Gênesis 6.17). Passado o dilúvio, Deus garantiu que dia e noite, verão e inverno, plantio e colheita existiriam, enquanto durasse a Terra (Gênesis 8.22). Mas a Terra continua sendo explorada impiedosamente. A Terra foi amaldiçoada por causa do pecado. O homem condenou a Terra quando

pecou. Deixou de ser mantenedor, para ser ambicioso, explorador e extrativista. O homem extrai, corta, cava, arranca e não repõem nada, pois o que mais importa é o lucro. Sem temor (não levar Deus à sério) e afastado de Deus, o homem insiste em prosperar por seus próprios instintos (Tiago 4.13-16). Procura entender as mudanças climáticas com base na ciência. Sem temor de Deus e ignorante em relação a Bíblia, não reconhece que o pecado tirou-lhe a capacidade de administrar os recursos naturais; o pecado faz com que as ações humanas produzam terríveis desequilíbrios na natureza, tanto nas chuvas, quanto nas colheitas. O pecado impede receber as coisas boas da natureza (Jeremias 5.23-25). No entanto, a Terra é nossa casa até a morte. Como cristãos somos responsáveis. É nossa responsabilidade diminuir o ritmo de sucateamento do planeta; temos que fazer tudo o que está ao nosso alcance para diminuir o ritmo de destruição da natureza. Por quê? Porque ainda há muita gente para ser evangelizada. Jesus Cristo disse que o Evangelho do Reino tem que ser pregado em todo o mundo para que venha o fim (Mateus 24.14). O Juízo Final não virá enquanto a obra evangelística não for concluída. O sinal do fim não é o sucateamento do planeta, mas o Evangelho ser anunciado a todos os povos (Atos 1.8). A Terra foi amaldiçoada por causa do pecado. A ambição faz com que o homem seja inconsequente ao explorar e extrair os recursos naturais. O homem é impiedoso e descontrolado, explorando

tudo que a natureza pode oferecer para garantir um estilo de vida extravagante e desequilibrado. Esse comportamento é testemunho de que a Palavra de Deus está se cumprindo (Gênesis 3.17). Cedo ou tarde, a Terra será sucateada, mas antes disso acontecer, nós cristãos, temos que cumprir nossa missão de evangelizar o mundo. Temos que anunciar o Evangelho até os confins da Terra, pois tudo que existe será destruído, inclusive os incrédulos (2 Pedro 3.7). O planeta tem que resistir até que todos ouçam que Jesus Cristo é o único Senhor e Salvador. Sendo assim, tenha consciência ecológica por causa de si mesmo e da geração futura que continuará evangelizando o mundo. Temos que nos preocupar com a preservação do planeta por causa da missão evangelística. A criação está destinada a destruição, mas isso só acontecerá depois que a obra evangelística for concluída (Romanos 10.18). Importa cumprir a missão e se preservarmos a natureza, a obra no mundo se tornará menos difícil, porque o clima está ficando cada vez mais descontrolado. Temos duas opções: Evangelizamos mais ou arborizamos mais para que o clima não piore. Produzir menos lixo, economizar água, plantar árvores, caminhar, pedalar, usar menos o carro, usar sacola retornável, gastar menos energia elétrica, ler mais, são algumas atitudes que contribuem significativamente para manter o planeta “funcionando” até o cumprimento da missão deixada por Jesus Cristo (Mateus 28.19,20).


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missões nacionais

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A menina e os amarelinhos Jaqueline da Hora Santos Missionária da JMN “... e levaram crianças a Jesus para que ele as abençoasse”, Lucas 18.15a.

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inda me lembro do dia em que cheguei a Morro do Chapéu/BA. Era uma tarde fria no fim de junho/2008. Minha ideia sobre a Bahia era tão diferente! Acreditava que seria feriado e calor quase todos os dias... ideia típica de quem nada conhece daquela terra. Andei pelas ruas conhecendo o local onde iria trabalhar e morar, observava as pessoas, os costumes. Tudo tão novo, tudo tão diferente. Os dias passaram e o trabalho iniciou-se com a Trans (mobilização missionária Jesus Transforma da JMN). Muitas casas a visitar, muita gente a evangelizar, muitas crianças a ganhar. A. era uma menina tímida, pouco falava, um semblante fechado que parecia esconder alguma tristeza. Na casa de sua avó iniciamos estudos bíblicos. A sala da casa ficava cheia para ouvir o que tínhamos a falar. Ela ficava sentada sempre no cantinho e muito quieta, porém atenta a tudo. Naquela época ela tinha somente 10 anos. Depois de algum tempo iniciamos os cultos públicos no templo e esta menina era sempre uma das primeiras a chegar. Pouco a pouco a amizade entre nós foi crescendo porque ela sempre demonstrava um interesse muito grande em conhecer as coisas de Deus, as histórias bíblicas, gostava de aprender músicas e com dificuldade memorizava os versículos. Começou a levar junto com ela sua irmã menor e também seus primos e vizinhos. As atividades começavam às 8h30, mas quando eu chegava às 8h ela já estava sentada à porta aguardando nossa chegada. Durante estas muitas esperas pelas outras crianças, sentávamos juntas e conversávamos sobre a vida. Falávamos sobre tudo: família, escola, as crianças do bairro, os

problemas da cidade e do povo, sobre sonhos, sobre brincadeiras e sobre Jesus. Muitas vezes ela me perguntava como eu tinha conhecido Jesus ou alguma coisa relacionada com a igreja e eu contava a ela. Ela, por sua vez, sempre lembrava o dia em que os amarelinhos (voluntários da Trans uniformizados com a camisa amarela) bateram à porta de sua casa. E ria muito quando lembrava que a primeira vez que os viu pensou que fosse alguém do Programa Bolsa Família vindo dar alguma coisa. A. recebeu Jesus em seu coração durante os estudos bíblicos na casa da sua avó. Foi discipulada na igreja e batizada em agosto de 2010. Quando me lembro dela sinto saudades do sorriso que se formou em seu rosto depois que aceitou Jesus. Sorriso que muitas vezes não conseguia conter porque sempre falava que sentia-se feliz. Lembro-me dela presente nos cultos de oração, nas reuniões de oração das mulheres, na EBD, na direção dos cultos, na participação no grupo de louvor, de seu comprometimento com as coisas de Deus. Lembro-me dela, semana após semana, orando para que seus pais viessem a receber Jesus em seu coração. Lembro-me com alegria do dia 14 de agosto de 2011 quando sua mãe fez uma decisão ao lado de Jesus. Lágrimas correram de seus olhos e eu perguntei porque ela estava chorando. Sem hesitar ela me disse que estava chorando de alegria porque Deus havia respondido sua oração antiga. Uma menina tendo algo antigo em oração... Nunca vi demonstração de tamanha fé! Ah! Como seria maravilhoso se todas as crianças do Brasil tivessem a mesma oportunidade. Mas quando ando nas ruas, vejo muitas delas pedindo esmolas, outras no sinal de trânsito e vagando sem rumo, centenas envolvidas com o crack. Olho para os noticiários e sou informada de que crianças estão aban-

donadas, jogadas no lixo, sofrendo agressões de toda sorte, estão desamparadas. Novamente minha mente volta a Morro do Chapéu/ BA. Lembro-me do dia que anunciei que estava indo embora para outro estado. Apesar da tristeza natural da despedida, recordo-me de A. orando, pedindo a Deus que outras crianças também pudessem conhecer os amarelinhos para que eles as ensinassem sobre Jesus. Aqui estou eu agora contando a você este relato e pedindo para que levante seus olhos e perceba ao seu redor quantas crianças precisam conhecer Jesus. Quero desafiar você a assumir o compromisso de evan-

gelizar e discipular cada criança em solo brasileiro. Esta não é uma tarefa fácil, mas se você estiver convicto de que vale a pena investir tempo em oração, talentos e recursos na evangelização do nosso povo, certamente não perderemos esta geração, mas levaremos a Jesus aqueles que têm pela frente a vida toda para servi-lo. Junte-se a nós neste desafio. Vamos levar as crianças do Brasil para Jesus.

Nosso desafio agora é desenvolver estratégias que visem alcançar as crianças do nosso país. Mas não dá para fazer isso sem seu envolvimento. As crianças do Brasil precisam que você Seja Luz e anuncie a elas que há um Deus no céu Todo Poderoso, que ama a cada uma delas e está de braços abertos para recebê-las. Vamos levar Crianças para Jesus!


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notícias do brasil batista

Conselho Geral da CBB se reúne e avança nas ações do planejamento global dos batistas brasileiros

fotos: Sélio Morais

Arina Paiva Secretária de Redação da CBB

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eunidos entre os dias 20 e 22 de março, o Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira apresentou seus objetivos e metas, já traçados na 92ª Assembleia, e em alto processo. Estas metas foram divididas em seis macro diretrizes, ou seis facetas de um diamante: discipulado, grande comissão, desenvolvimento de liderança, network e conectividade, gestão corporativa, nova geração. Dentro do desenvolvimento de liderança e discipulado foram apresentados mecanismos já em processo amplo pelos Seminários. No Seminário Teológico Batista Equatorial o destaque tem sido a Educação à Distância (EaD), que em parceria com a COBAPA implantará em cinco polos: Porto Velho, Rio Branco, Santarém, Marabá e Altamira. Dessa forma levará o ensino do Seminário a pontos distantes, alcançando aqueles vocacionados que, por diversos motivos, não tem como estudar na sede do Seminário. No Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil o destaque foi para a montagem do Telecurso, com o professor Paulo Cavalcante. E no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil a ênfase foi o curso de Teologia Ministerial, que aborda os princípios batistas. Também para o desenvolvimento de liderança, a nova geração tem sido o alvo de projetos e congressos. Como o projeto “SIM, Todos Somos Vocacionados”, que é uma parceria entre as juntas de missões nacionais e mundiais. O encontro será no feriado de Corpus Christi, de 7 a 10 de junho, na Estância Árvore da Vida, Sumaré/SP, e o público esperado é de 3.000 congressistas. O SIM nasceu com a proposta de levar todos a pensarem e viverem o verdadeiro sentido de vocação. Seu principal objetivo é possibilitar o desenvolvimento da consciência de que cada um é colaborador de Deus no cumprimento da missão, tendo clareza de que precisa ter um estilo de vida missional onde quer que esteja. Outro projeto

Conselho Geral da CBB se reúne para planejamentos estratégicos

de destaque foi o “Adoração 100%”, o novo desafio da Juventude Batista Brasileira é alcançar os jovens surdos, mostrando o quanto eles são especiais, assim como qualquer outro jovem. Outras atividades também tem sido desenvolvidas pela JBB, todas com ênfase na família, trazendo para a nova geração a importância da vida em família. Dentro de gestão corporativa, um dos pontos foi o início da transferência da CBB e suas organizações para a rua José Higino, nº 416, no bairro da Tijuca, onde já funciona o Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Para a adaptação nas novas instalações, a reunião do Conselho Geral se realizou neste endereço. O presidente Paschoal Piragine Junior enfatiza o prazer de uma convivência salutar com alunos e professores da Casa, missionários das Juntas e lideranças dos campos, o que já estava sendo experimentado nestes dias. O foco principal é atingir todas as macro diretrizes em conjunto. Na grande comissão foi apresentada a campanha “Seja Luz”, composta por 100 dias de oração e pela MEGATRANS com 100 mil voluntários para evangelizar 2.500.000 pessoas, que acontecerá em Julho. Campanha desenvolvida pela JMN, mas também engajada com todas as organizações da CBB. E com uma visão de network e conectividade, um programa de TV será fei-

Conselho Geral se reúne pela primeira vez na nova sede

Presidente da CBB, Paschoal Piragine Junior, e a união das juntas de missões nacionais e mundiais

to para o lançamento desta campanha. A Convenção Batista Brasileira está unindo todas as suas organizações para levar Jesus Cristo a todos os

lugares e através de todos os meios, seja com a linguagem de sinais (LIBRAS) aos surdos, seja com os veículos de comunicação como a televisão. E para isso está

realizando o discipulado e preparando novos líderes, despertando a vocação da nova geração e investindo em projetos missionários e congressos.


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ABRIL - MÊS DA EBD

Plano Diretor – uma reinvenção da educação religiosa Lourenço Stelio Rega Diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo e colaborador de OJB

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Plano Diretor de Educação Religiosa (PDER) foi elaborado durante um período de cinco anos de estudos, pesquisas de campo e muita dedicação de diversos grupos de trabalho que têm acumulado boa experiência na área educacional. O PDER é um plano educacional radicalmente diferente de tudo o que se conseguiu produzir nestes 140 anos de história batista. Sem dúvida nenhuma devemos imensa gratidão aos esforços acumulados nesta linha do tempo, pois muitos resultados foram obtidos neste período. O PDER leva a educação para dentro da igreja local, isto é, em vez de a Convenção oferecer um projeto educacional pronto vindo de fora do ambiente, do contexto, do perfil e necessidades locais, o ponto fundamental é auxiliar a igreja local a construir o seu próprio projeto pedagógico a partir destas mesmas variáveis locais. Assim o PDER é para a

igreja e parte desde a própria vida da igreja. É, portanto, um plano de trabalho que prioriza a igreja local e as suas próprias características e necessidades. Os outros projetos ou planos de educação religiosa entregavam para a igreja local um programa a ser adotado. Assim também a agenda, os currículos, as estruturas, a literatura. Neste caso, a educação que até o momento foi construída em nosso ambiente é, em geral, de natureza conteudista, programática e estrutural. Assim é centralizada num conteúdo que vem de fora da igreja local, com a oferta de um programa a ser cumprido dentro de uma estrutura que nem sempre se encaixa com as condições e necessidades locais. Sem dúvida, foi possível obter inúmeros resultados com esta estratégia, mas os grupos de trabalhos que se dedicaram ao PDER desejaram ir mais avante e mais profundamente. Em vez de ter como ponto de partida um currículo, literatura, programa e estrutura, o PDER parte de fundamentos bíblicos, teológicos e educacionais para reconstruir a própria maneira de se fazer educação na igreja local. Na

verdade é uma reinvenção da educação religiosa. Tendo como base fundamentos bíblicos e teológicos foi possível redescobrir o aluno a partir de uma visão antropológica global ou integral. Assim, o ser humano é visto como um todo e não apenas como um ser que aprende e memoriza ou um ser que serve para trabalhar na igreja e pregar o evangelho. Dentro do modo batista de pensar temos o conceito da competência da pessoa que indica a necessidade de gerarmos processos educacionais que conduzam o aluno à reflexão e à descoberta das verdades bíblicas, sejam no campo doutrinário, sejam no campo das escolhas pessoais e diárias. Nestas operações educacionais temos os “verbos pedagógicos” SABER – REFLETIR – FAZER. Temos, portanto não apenas a transmissão, mas também a construção de conhecimento. Temos o desenvolvimento ministerial, o “fazer” para o reino de Deus. Prosseguindo, descobrimos que o processo educacional deve ir mais longe e mais fundo na vida do aluno, pois grande parte do evangelho tra-

ta do relacionamento humano. Deve, portanto, o aluno ser preparado para CONVIVER em seu ambiente de vida e trabalho. Eis aqui mais um verbo de ação pedagógica. O evangelho leva-nos a um caminho de vida exemplar – ser sal e luz, por exemplo – assim, todo processo pedagógico deverá contemplar também a formação e transformação da pessoa, de seus hábitos, de seu caráter. O verbo de ação pedagógica aqui é SER. Como vemos, as exigências do evangelho são elevadíssimas de modo a requerer uma estrutura emocional e afetiva sólida. Então, temos de incluir em toda ação educacional o verbo CONVIVER. Temos aqui o que pode ser chamado de PEDAGOGIA INTEGRAL, que faz parte de uma visão cristã da educação e que, em termos práticos, deve nortear tudo o que for feito no trabalho educacional da, e para a, igreja. Por exemplo, ao preparar a nova literatura o escritor, o editor e todos os envolvidos neste processo devem considerar que cada lição, cada capítulo deve contemplar ações pedagógicas para dentro e para fora da sala

de aula que considerem estes verbos anteriormente citados. Quando uma igreja local vai elaborar seu projeto pedagógico deverá estruturá-lo dentro dessa mesma perspectiva e assim por diante. Como você pode ver temos aqui não apenas a transmissão de informações, mas também a formação de reflexão e a transformação de vidas. É, portanto, um processo profundo e envolvente. E este é apenas um dos destaques do PDER, entre muitos outros, tal como a construção de uma educação orientada por objetivos educacionais em vez de ser orientada por conteúdos, programas e estruturas, como tem sido ao longo dos anos. E isto é um dos principais pontos que leva a educação a ser construída a partir da igreja local. Mas isto fica para outro artigo. Convido a você pastor, líder ou membro da igreja que entre em contato com a Convenção Batista Brasileira e solicite uma cópia do PDER para conhecê-lo mais profundamente e ver o quanto ele ajudará a sua igreja no crescimento na graça e conhecimento de nosso Mestre Jesus e seus ensinos.

Educação Cristã, sempre prioridade

minacionalismo passou a ser Manoel de Jesus The Pastor e colaborador de OJB visto como um inimigo do Evangelho. No evangelicalisEducação Cristã está mo de hoje, afirmam alguns: desprestigiada em “O que importa é que seja nossos dias. O hu- pregada a Palavra de Deus”. E manismo atual co- agora perguntamos: O Diabo loca o homem como prio- não usou a Palavra de Deus ridade, e isso faz com que muitas vezes? E a usou como seus direitos individuais sejam se fosse um de seus pregadosempre colocados em pauta. res! Até para Jesus ele a citou! Outra razão do desgaste da Não podemos reclamar, pois o direito individual, tanto como Educação Cristã é o acadea responsabilidade individual, micismo, muitas vezes, mais é um dos princípios batistas. valorizado que a própria PalaOcorre, porém, que nossas vra de Deus. A autoridade de escolhas precisam passar pelo alguns estudiosos fica acima aval da vontade do Soberano da Palavra de Deus. Ouvimos: de nossas vidas, pois o direito Fulano falou isso e aquilo. De repente ficamos sabendo que maior a Ele pertence. A Educação Cristã sofreu essa autoridade abandonou desgaste por vários motivos. a fé. O homem é relativo. A reação ao intelectualismo Só Deus e sua Palavra são fez com que o estudo bíblico absolutos. O estudo bíblico, passasse a ser visto como um buscado como vaidade, para inimigo da espiritualidade. engrandecimento do homem, Com o fim de interpretar tex- acaba diminuindo o valor da tos bíblicos que favorecesse Educação Cristã. Outro prejuíseus objetivos pessoais, a zo é o “sucesso” de alguns iledisciplina que estuda as re- trados bíblicos, que alcançam gras de interpretação de um grande notoriedade através texto, conhecida como her- dos veículos de comunicação menêutica, foi abandonada. dos nossos dias. Se fulano Qualquer cidadão começa teve sucesso sem estudar e uma igreja e passa a apregoar conhecer a Bíblia profundasuas opiniões, e elas são vistas mente, para que estudá-la? É o como verdadeiras. O deno- mesmo caso de pessoas que,

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sem estudo, ganham muito dinheiro, levando outros a desvalorizarem o estudo, como se ele fosse só necessário para o enriquecimento das pessoas. Estudar é investir em si mesmo. O estudo não é um bem material, mas, pessoal. Se Cristo morreu por uma pessoa, por que essa pessoa não se valoriza também, e investe em si mesma? Temos no Brasil uma igreja chamada evangélica que chama o estudo bíblico de “sabedoria da carne”. Se usar nosso cérebro no estudo bíblico está errado, quem errou foi Deus. Não foi ele que nos deu o cérebro? Por que tais religiosos usam carro, geladeira, etc... Não foram inventados pela “sabedoria da carne”? Num dado segmento o conhecimento é certo, no outro é errado? O estudo bíblico, precisa ser valorizado por uma razão muito simples. A capacitação de uma pessoa se dá através da união da teoria e da prática. Uma coisa é conhecer sobre Cristo e outra coisa é conhecer Cristo. O estudo em grupo, que acontece numa classe de Escola Dominical, é o que possibilita desenvolvermos essa capacitação.

Finalmente, gostaríamos de fazer uma colocação, que pretendemos desenvolver em outro artigo. O que faz falta no mundo de hoje é discernimento. O apóstolo Paulo afirma a Timóteo, que essa seria uma característica presente nos homens dos últimos dias. Os segmentos evangélicos de nossos dias são existencialistas sem que se apercebam disso. Um pastor disse-me em Curitiba que acreditava existirem apóstolos nos dias de hoje. Perguntei-lhe como isso seria possível. Ele me respondeu: Se Deus revela a uma pessoa, como fez com um colega nosso, que ele foi escolhido para ser apóstolo, quem sou eu para não acreditar? Pensei, mas não quis me expressar. Não é esse o fundamento do existencialismo que animalizou a humanidade de nossos dias? Se a experiência está acima da essência, se o subjetivo é tido como verdade, pronto! Não existe verdade! A ver-

dade é a verdade de cada um, e como o homem é um ser relativo, e não absoluto, como uma experiência particular pode ser colocada como verdade aos outros? Aí está. Por falta de Educação Cristã, os evangélicos e a sociedade atual virou uma coisa só, ou seja, todos são existencialistas. E o existencialismo, em termos morais, lançou a nossa civilização no mais profundo dos seus poços. Será que ela conseguirá sair? Eis a falta que a Educação Cristã tem feito. No final de tudo, somente duas coisas permanecerão: Deus e sua Palavra. Ambos são focos da Educação Cristã. Agostinho, o bispo de Hipona, dizia: O maior bem que fazemos ao nosso próximo é levar-lhe a salvação em Cristo, e ministrar-lhe a doutrina cristã. Traduziremos a frase para os nossos dias: Irmãos, voltemos a frequentar a Escola Dominical. Esse é o maior bem que podemos fazer a nós mesmos e aos outros.

OPBB informa nova sede: Rua José Higino, 416 - Prédio 30 - Tijuca Rio de Janeiro - RJ - Cep.: 20510-412


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notícias do brasil batista

Seminário Teológico Batista de Belford Roxo

Othon Ávila Amaral Colaborador de OJB

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uando pastoreava a Primeira Igreja Batista de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, Dionísio Fleitas Maidana, pastor e professor, observou o grande potencial patrimonial da Igreja, com várias salas de aulas, usadas principalmente para o Ministério de Educação Cristã desenvolvido pela Igreja na Escola Bíblica Dominical. Homem cujo coração era também voltado para a educação secular, responsável pela organização de diversas instituições foi, naquela igreja, tocado pelo Espírito Santo para organizar uma instituição que pudesse ajudar os jovens vocacionados sem que eles precisassem sair da Baixada Fluminense diariamente para estudarem noutras instituições localizadas na cidade do Rio de Janeiro. Bem assessorado por líderes e pastores da antiga Associação Batista Riodourense, hoje Belforroxense, como a professora Altamira Conceição de Oliveira, diaconisa, pedagoga, diretora executiva; diácono Rholmer Abreu Louzada, assessor jurídico; pastor José Pereira Lino, Deão; pastor David Freitas de Carvalho, Coordenador de Educação Teológica, o grupo se reuniu no dia 12 de outubro de 1995 e acordou para a necessidade de preparar o estatuto e dar início no princípio de 1996 ao funcionamento do Seminário que, para surpresa geral, teve um bom número de alunos entre aqueles que foram os 19 primeiros formandos da novel instituição em 1999. O pastor Edson Quaresma, por exemplo, foi formando da primeira turma. Com o correr dos anos o pastor Dionísio Fleitas Maidana deixou o pastorado da PIB de Belford Roxo. Não obstante o afastamento daquele líder cujo coração era voltado para a educação se-

Começo do Seminário Teológico Batista de Belford Roxo

Pioneiros no Seminário Teológico Batista de Belford Roxo

cular, para a educação religiosa e para a educação teológica seus assessores mantiveram o ideal por ele esposado e continuaram a obra que ia gradativamente se fortalecendo no coração do povo batista da Baixada Fluminense. A professora Altamira Conceição D’Oliveira foi sua sucessora. Um folder distribuído na ocasião abordava as disciplinas dos oito semestres assim discriminados: 79 disciplinas; 134 créditos e 2680 horas. Assumiu a direção do Seminário o pastor Claudio Cortez Barroso, pastor da PIB de

Belford Roxo, permanecendo até 2004. Mediante entendimento com o Corpo Docente este deu nova postura à instituição através de uma administração cooperativa. A partir de 2005 assumiu a presidência da Cooperativa o pastor Edson Pinheiro Pedersane. O pastor Jairo Silvestre da Silva assumiu a direção executiva da Cooperativa e do Seminário. O Seminário nesta nova fase permaneceu com suas áreas específicas de atuação: Teológica, Educação Religiosa e de Música Sacra. Registro a importância do professor Rogério Martins,

gestor financeiro da instituição. A biblioteca do Seminário conta com cerca de 1200 volumes todos devidamente computadorizados. Foram muitos os seminaristas que por lá passaram e se tornaram líderes exponenciais na Baixada Fluminense. Destacamos o diácono e posteriormente pastor Simonildes Rocha, de saudosa memória, que foi também durante alguns anos Secretário Executivo da Riodourense. Mencionamos o notável pastor Ronaldo Assis de Oliveira, atual Diretor Executivo da Belforroxense;

no mesmo patamar o pastor Isaias Alberici, Presidente da Associação. Diante da necessidade da PIB de Belford Roxo de reformar e melhor equipar suas salas, onde desde 1996 estava funcionando o Seminário, foi estabelecido um acordo entre a Diretoria da Cooperativa e a direção da Igreja e no fim de 2011 aconteceu o culto de despedida e de gratidão do Seminário para com a PIB quando pregou o pastor Jairo Silvestre da Silva manifestando ao pastor Claudio Cortez Barroso o reconhecimento do Corpo Docente, da Diretoria da Cooperativa, representada pelo pastor Edson Pinheiro Pedersane e do Semimário, representado pela professora e pastora Silvia da Silva Nogueira, Diretora Acadêmica desde outubro de 2010. É também oportuno dizer que o Seminário Teológico Batista de Belford Roxo está inscrito na Associação Brasileira de Instituições Batistas de Educação Teológica – ABIBET. Seu quadro docente através dos quase 16 anos de organização tem sido grandemente privilegiado com nomes expressivos nas diversas áreas de atuação. E, com absoluta certeza afirmamos que na sua totalidade são eles oriundos de instituições batistas como os Seminários do Sul, do Norte, de Campos, de Niterói, da Faculdade Teológica de São Paulo e talvez do Seminário Equatorial. No dia 26 de março aconteceu a aula inaugural quando falou a professora Rosemary Ferreira, Mestre em Educação e Sociedade pela UFRJ; Mestre em Teologia pela IBS, EUA; professora nos níveis de Educação Básica, graduação e pós-graduação, no templo da Primeira Igreja Batista em Agostinho Porto (Avenida Eronides Martins, 588, Agostinho Porto, RJ (Telefone 2762-7397). Contato também pode ser feito pelo endereço eletrônico: contato@seminarioteologico.com.

Rio + 2 e a participação dos batistas Se você tem um projeto ambiental na sua igreja ou conhece alguma igreja que faz este tipo de trabalho, nos envie um depoimento para ser compartilhado em O Jornal Batista. Conte sobre o projeto, qual o seu objetivo, quem ele tem alcançado e envie e-mail com fotos para editor@batistas.com. Esperamos a sua história!

Para saber mais sobre o evento acesse o portal da CBB: www.batistas.com


missões mundiais

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Missões Mundiais faz história na Guiné Equatorial pela JMM), que terá Lucinalva Marcia Pinheiro Redação de Missões Mundiais como responsável. No espaço também será erguido o Posto trabalho missio- de Saúde da Família, que benário na Guiné neficiará toda a comunidade. Equatorial dá um A missionária Nely estará à grande passo com frente desta unidade de saúde. Elas buscam parcerias para a construção do templo da Igreja Batista Missionária em que o projeto continue em Bata, uma das cidades mais ascensão. Em fevereiro, o trapopulosas do país. A obra balho recebeu a visita dos começou em janeiro e tem coordenadores da JMM para a avançado dia a dia. O traba- África, os pastores Mayrinkellilho é considerado pioneiro, son Wanderley e Ruy Oliveira. já que na localidade onde é A coordenadora internacional desenvolvido, Nsagen I, não do PEPE, missionária Tereziexiste igreja evangélica. Neste nha Candieiro, também esteve campo desde julho de 2011, no país. Foram dois dias de a missionária Maria Lucinalva conferência com a participaDias está à frente do projeto ção de pastores locais e auto- Terreno Nsangen juntamente com um pastor ridades nas áreas de saúde e educação. Toda a missão foi local. “Tudo começou pela fé e apresentada. As missionárias oram por pelo trabalho de evangelismo. O Senhor foi salvando vidas, e parceiros dispostos a colaborar hoje a igreja está formada, mas para que a obra seja concluída não temos onde colocar essas até o início de agosto, quando pessoas. Com o apoio dos deverão começar as aulas do batistas brasileiros, iniciamos PEPE. Elas desejam que igrejas, o projeto para a construção do empresários e irmãos brasileitemplo”, conta a missionária. ros participem de mais esta O templo terá capacidade grande missão, que é abençoar para abrigar cerca de 200 pes- a Guiné Equatorial através de soas. Enquanto não fica pron- ações que manifestam Cristo, to, a missionária trabalha em a paz que liberta. “Temos certeza de que tudo células, o que tem alcançado muitas pessoas. Lucinalva tem o que compartilhamos é apeo apoio de outra missioná- nas o começo de uma nova ria da JMM: Nely Soares de história da nossa missão junto à população guinéu-equatoSouza. Elas estão completamente riana. Oramos para que Deus envolvidas na obra, já que no nos use como embaixadoras mesmo terreno será construída do seu Reino no cumprimento uma unidade do PEPE (progra- da Grande Comissão”, finaliza Obra para construção do templo em Guiné Equatorial ma socioeducativo promovido Maria Lucinalva.

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Como receber um missionário da JMM na sua igreja

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Visitas de missionários a igrejas e eventos movimentam Campanha da JMM. Na foto, Pr. Adilson Santos fala durante Acampamento de Promotores

m época de Campanha Missionária, a Junta de Missões Mundiais (JMM) recebe inúmeros pedidos para que missionários visitem igrejas e ajudem a despertar os crentes para a obra missionária. Se sua igreja deseja convidar um missionário, ela deve seguir algumas orientações do Setor de Promoção e Mobilização Missionária da JMM. Para entrar em contato com Missões Mundiais e chamar um missionário, o promotor de Missões ou o pastor de sua igreja deve entrar em contato com o Setor de Promoção através do e-mail promocao@jmm. org.br e saber quem é o missionário mobilizador

mais próximo de sua região. O missionário mobilizador atuará como mediador entre sua igreja e a JMM. Não há um tempo determinado de espera entre o primeiro contato com a JMM e o atendimento do pedido de visita do missionário, mas o Setor de Promoção recomenda que, na época de Campanha, a solicitação seja feita a partir do mês de dezembro. Esses pedidos de ida dos missionários às igrejas devem ser feitos por e-mail, que deve conter informações como nome da igreja, data e horário da visita, nome e telefone do contato. Portanto, se sua igreja deseja receber a visita de um missionário, escreva para a JMM.


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notícias do brasil batista

Policiais Militares são homenageados pela PIB em Arthur Nogueira Cleverson Pereira do Valle Pastor da PIB em Artur Nogueira

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ia 6 de março a Primeira Igreja Batista em Artur Nogueira teve a alegria de receber Policiais Militares de Engenheiro Coelho, Artur Nogueira e Cosmópolis e seus respectivos comandantes. Prestigiou o evento também o presidente do Conseg Artur Nogueira, senhor Renato Mancinelli, capelão Abel e o capitão Joel Rocha, presidente dos PMs de Cristo. O pastor da PIB em Arthur Nogueira, Cleverson Pereira do Valle, deu início ao culto fazendo a composição da mesa e em seguida todos entoaram o Hino Nacional Brasileiro. A programação foi abrilhantada com uma

Homenagem

participação musical através de instrumentos de sopro e voz. Foi lido 1Timóteo 2 e Romanos 13 onde foi falado da importância de honrar as autoridades. O pastor enfatizou que os policiais são alvos da oração da Igreja.

Pastor de PIB em Arthur Nogueira ora por policiais militares

A mensagem foi proclamada pelo capitão pastor Joel Rocha, presidente dos PMs de Cristo, que afirmou a necessidade que temos de buscar a Deus. O comandante subtenente Marcelo Ribeiro teste-

munhou do que Deus fez na sua vida e pediu oração por colegas enfermos. No encerramento cada policial recebeu um Novo Testamento de bolso e um livro de meditação diária personalizado, chamado Pão

Diário. A PIB em Artur Nogueira, através do departamento feminino, preparou um delicioso café a todos os presentes. Louvamos a Deus por mais uma oportunidade de mostrar o amor de Cristo.

MOBILIZAÇÃO PELA ÁGUA Água, uma dádiva de Deus

Missões Mundiais trabalha para levar água aos sedentos Marcia Pinheiro Redação de Missões Mundiais

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Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, indica que a realidade mostra fatos que sugerem mais preocupação do que comemoração. A nação que representa 20% da população mundial tem apenas 7% dos recursos hídricos. Cerca de 90% dos seus lençóis freáticos e 75% dos seus rios e lagos estão contaminados. Como resultado da poluição fora de controle neste país no Sul da Ásia, 700 milhões de pessoas consomem água contaminada todos os dias. A maioria da população pertence às classes menos favorecidas, formada principalmente por camponeses. A Junta de Missões Mundiais luta diariamente para mudar esta realidade. Através do projeto Água para os Sedentos, a obra missionária Batista tem beneficiado centenas de pessoas com o

tratamento da água naquele país, cujo nome não pode ser divulgado devido aos riscos à pregação do Evangelho. Conquistando a amizade e a confiança da população, os missionários de Missões Mundiais presentes naquele país demonstram o amor de Cristo a uma nação sedenta pela “Água da Vida”. O coordenador do projeto, pastor Dawei, que também é engenheiro químico, lembra a passagem bíblica onde Jesus falou para uma mulher samaritana à beira de um poço: “Beba da água que lhe dou e nunca mais terá sede”. Assim o projeto Água para os Sedentos tem sido a manifestação do amor de Deus para um grupo de asiáticos. Por enquanto, o Água para os Sedentos é desenvolvido em apenas um país da Ásia. No entanto, ele tem tudo para virar um programa e chegar a outras nações. Já em maio, mais um país deverá ser beneficiado. Missões Mundiais investe no projeto como uma oportunidade para anunciar Cristo aos sedentos.

Luciene Fraga Departamento de Ação Social – CBB

N

o dia 22 de março é comemorad o o d i a m u ndial da água, esta que é um recurso essencial para a nossa vida, não só do homem, mas todos os outros seres que vivem em nosso planeta. Em Gênesis 2.6 lemos sobre a criação do mundo, e percebemos a presença da água ali, antes mesmo da criação do homem: “uma neblina subia da terra e regava toda a superfície do solo”, “e saía um rio do Éden para regar o jardim...”, Gênesis 2.10. Sem água potável não há vida humana, não só por causa da nossa hidratação, mas por causa da produção de alimentos: “nenhuma erva do campo havia brotado; porque o Senhor D eus não fizer a chover sobre a terra”, Gênesis 2.5. Deus tem este cuidado conosco e coloca

esta água disponível a nós, não só no Éden, mas até os dias de hoje: “os animais do campo me glorificarão, os chacais e os filhotes de avestruzes; porque porei águas no deserto e rios no ermo para dar de beber ao meu povo”, Isaías 43.20. Deus confiou ao homem o dever de cuidar do jardim criado por ele. Fomos criados como mordomos a fim de administrarmos a terra que a Ele pertence (Sal 24.1). Em 1 Coríntios 3.9 diz, “porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus”. D i a n t e d i s t o , n o s p e rguntamos: como temos tratado a água, esta dádiva divina, essencial a nossa vida? Segundo estudos da UNESCO o consumo de água aumenta duas vezes mais ao crescimento populacional, trazendo consigo a eminência da escassez. E muito da água disponível tem sido poluída por ações negligentes do ser humano.

Como mordomo de Deus, o que eu posso fazer para cuidar deste bem tão precioso? Evitar o desperdício da água é uma maneira prática de mostrar o nosso apreço e gratidão a Deus por este presente. Podemos lavar calçadas com água já utilizada na lavagem de roupa; trocar torneiras que ficam pingando ou descargas vazando e não tomar banhos demorados. Uma maneira simples e muito eficiente de evitar a poluição da água é não derramar no ralo o óleo de cozinha utilizado, mas sim depositá-lo em um recipiente e entregar a pessoas que o reciclam, ou mesmo iniciar um projeto de reciclagem do óleo para fazer sabão. E não somente isto! Vamos mobilizar os membros da nossa igreja, nossos amigos e familiares para fazerem o mesmo. “Servireis ao Senhor vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água” (Exôdo 23.24).


notícias do brasil batista

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Missionária: suas folhas nunca murcham Pastor Saulo Batista do Nascimento

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aria Marques Viana, AJMN, idade 72 anos, 40 anos missionária efetiva da Junta de Missões Nacionais. Nascida em São Francisco, região metropolitana da grande Belém, única alma convertida na tradicional família Viana. Missionária mesmo durante o período de férias, sempre retornava a terra natal para evangelizar familiares, tendo alegria de saber que seus pais partiram para a eternidade com Cristo no coração. Professor Abimael Silva Martins conta que Maria Marques, carinhosamente chamada por “Marquita”, no início dos anos 70 sempre vencia adversidades para concluir formação teológica no STBE. Cheia de gratidão, Marquita recorda “anjos” de Deus que sempre lhe foi incentivo e apoio. Exemplo, dentre outros, o reitor na-

quela época, pastor Jussiê Gonçalves de Souza e sua esposa, professora Waldelice Pinto de Souza. Missionária efetiva por um período de 40 anos da JMN, plantou igrejas na Transamazônica, Marabá. Em Goiás frutificou em Porangatu, Santa Tereza, Uruacu, Mara Rosa, Itapaci, Abadiania e Anápolis. Nosso Manancial acusa seu aniversário de 73 anos no próximo dia 28 julho, sempre servindo ao Senhor. Missionária “... sempre verdejante para anunciar que o Senhor é justo... “ (Sal 92.14), assim é Marquita, que a partir do dia 27 fevereiro, já utiliza dois coletivos diariamente, por um percurso de 22 km para plantar Igreja no Parque dos Pirineus, em Anápolis/ Goiás. Sábado, 3 de março, Igreja Batista Israel em Anápolis inaugura novíssimo local de culto, área 300², para abrigar os resultados do semear, regar e colher desta vida inspirativa.

Também não deixe de contar para OJB o seu testemunho de conversão; ou o testemunho de vida íntegra, de acordo com o ensino da Palavra de Deus; ou ainda conte como Deus tem agido através de alguma pessoa ou de alguma igreja. Mande seu testemunho para editor@batistas.com.


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o jornal batista – domingo, 01/04/12

stava em Monte Dourado, Vale do Jari, com Meacir. Fui para lecionar para um grupo de trinta líderes com os quais passo três dias por mês. Ela me acompanha porque dá assistência a algumas senhoras, em Laranjal do Jari. A gente ainda zanza por Vitória do Jari e Munguba, conhece os irmãos, papeia com eles, come bons peixes, e assim tem a vida enriquecida. Como programo meu tempo, fui trabalhar num livro de biografias bíblicas para adolescentes, acerto feito com uma editora evangélica. O personagem era André. Analisei sua intervenção no episódio da multiplicação dos pães, porque queria mos-

trar como André trabalhava nos bastidores. Parei e ponderei um fato: como se sentiu o rapaz que era dono do lanche que alimentou cinco mil homens? Então o Espírito me guiou na reflexão sobre ele, e preparei um sermão com o título “Está aqui um rapaz” (João 6.9). Criei uma possível conversa do rapaz com André, e mostrei os quatro estágios do possível diálogo, e anotei para pregar depois. Preguei-o no domingo passado. Reparto a ideia com meus possíveis leitores: O ESTÁGIO DA SURPRESA - “ESPEREM AÍ! ESSE LANCHE É MEU!” – Minha mãe fez para mim. É para mim. Eu tenho que cuidar de mim, não dos outros. Jesus pode

ponto de vista

dar outro jeito que não seja às minhas custas! O ESTÁGIO DA PONDERAÇÃO - “SEJAMOS PRÁTICOS: MINHA POSSÍVEL DOAÇÃO NÃO FARÁ DIFERENÇA!” – Pensem bem, rapazes: isso não fará diferença. É mais sensato eu não dar do que dar. É tão pouco o que tenho que tudo vai continuar como antes. O ESTÁGIO DA RENDIÇÃO – “TOMA MEU LANCHE, SENHOR” – Eu preciso disso, mas entendo que o Senhor sabe cuidar melhor do que é meu. Toma meu lanche, Senhor! O ESTÁGIO DA ADMIRAÇÃO - “ÊPA, NÃO É QUE DEU CERTO!”- Meu pouco alimentou muita gente e re-

cebi mais do que dei. Mas o mais importante: entrei para a história! Bolei a conclusão nestes moldes: devemos imitar o anônimo rapaz, e dizer, com sinceridade, a Jesus: “Toma minha vida, Senhor. Toma minha carreira, Senhor. Toma meu tempo, Senhor. Toma minha família, Senhor. Toma meus bens, Senhor”. Muitos de nós estamos indiferentes à carência do mundo, tanto material como espiritual. Em nossa igreja, convidei alguns irmãos para darem testemunho de por que são dizimistas. Um testemunho me deixou impressionado. A pessoa agradeceu a Deus porque tinha mais do que necessitava para viver, mas

não porque podia viver bem, e sim porque podia ajudar os outros. Era feliz ajudando os outros. É o dom carismático de “repartir” (Rom 12.8). Você já viu alguém fazer vigília de oração e jejuar para receber o dom do Espírito de repartir seu dinheiro? Quando ver, me avise para eu dar meus dados bancários à pessoa. Que tal, meu irmão, dar seu lanche a Jesus? Não é seu dinheiro, que isto é secundário. Dê sua vida, bens, talentos, família, os filhos. Jesus sabe o que fazer com o seu lanche. Usará com grande poder e lhe devolverá mais do que você deu. Ele não quer os farelos, mas o seu lanche.

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ponto de vista

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IGREJA – ENSINO – VIDA CRISTÃ Pr. Anderson Barbosa Missionário em Altamira/Pa “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” Mat 28.19-20.

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erta vez ouvi uma frase que diz o seguinte, “O problema da igreja não está na porta dos fundos, mas na porta de entrada” (Pastor Nilton Antonio de Souza, JMN). Quando pensamos em igreja imaginamos um belo templo, com muitos irmãos, grupo de músicos com vários tocadores de instrumentos, um coral com muitas vozes, pastores, diáconos, e vários departamentos como: EBD, MCA, UNIAD, Mensageiras do Rei, Embaixadores do Rei, União de Homens, e outras coisas mais. Dificilmente construímos em nossa mente uma igreja sem essa formatação e quando iniciamos um trabalho de evangelização em um determinado lugar trabalhamos para chegar a esse objetivo. Primeiramente precisamos lembrar que “Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé. É nesse sentido que a palavra “igreja” é empregada no maior número de vezes nos livros do Novo Testamento. Tais congregações são constituí-

das por livre vontade dessas pessoas com a finalidade de prestarem culto a Deus, observarem as ordenanças de Jesus, meditarem nos ensinos da Bíblia para a edificação mútua e para a propagação do evangelho” (Declaração Doutrinária da CBB). Também definimos como: “Uma igreja é um grupo de pessoas que se arrependeram de seus pecados e colocaram a sua confiança em Jesus Cristo como Salvador e Senhor, e imediatamente foram batizados por imersão. Essas pessoas começam a se reunir com singularidade como família de Deus. Têm um companheirismo na oração, no louvor e no estudo da Bíblia com o propósito definido de glorificar o nome de Cristo e estender o Reino de Deus na Terra. Isso é a igreja” (Charles Brock, livro “E Agora?”). Aos 12 anos de idade me converti na Congregação Batista no Córrego da Jacutinga, município de Água Doce do Norte no interior do Espírito Santo. Nessa congregação não havia tocadores, nem grupo de louvor, lembro-me de uma liturgia simples, quando era para louvar, todos louvavam, o grupo de louvor era toda a congregação. Alguns irmãos liam um texto da Bíblia, outros cantavam dueto, solo, tudo a capela. Passaram-se vinte anos e eu retornei aquela congregação, a liturgia continuava a mesma, ainda não tem um tocador e nem um grupo de louvor, o que me sur-

preendeu foi o crescimento da congregação, encontrei alguns do meu tempo, mas fiquei feliz por ver que muitas pessoas novas aceitaram Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Uma das qualidades daquela pequena igreja do interior é o ensino. Naquela igreja fui doutrinado, lá fui ensinado que a Bíblia é a palavra de Deus, fui batizado, me ensinaram que devemos evangelizar a todo tempo, me ensinaram que missões é o dever de todos que aceitam a Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Precisamos conscientizar nossos irmãos sobre o verdadeiro sentido da igreja. Certo dia conversando com um adolescente da igreja, componente do grupo de louvor, batizado, frequente nos cultos por causa da sua função, porém não sabia absolutamente nada sobre a Bíblia, somente que seu nome é o mesmo de um dos autores do evangelho. Os irmãos entram ano e passam ano sem nenhum aprofundamento na palavra de Deus. Hoje nossas igrejas não aceitam mais uma forma de trabalho que há vinte anos fazia a igreja crescer, que há cem anos fazia a igreja crescer, que há dois mil anos fez a igreja crescer. A igreja primitiva tinha um princípio para o crescimento, “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações” (Atos 2.42). Sem ensino o conceito de igreja, e a formação de igreja, fogem dos princípios bíblicos. Quando Jesus

Cristo enviou seus discípulos a fazer outros discípulos, ele disse que eles deveriam ensinar os novos convertidos. Muitas lideranças estão negligenciando a pregação e o ensino. Infelizmente, por esse motivo nossas igrejas estão cheias de “fiéis” sem convicção doutrinária e sem certeza de salvação. Há muitas igrejas surgindo em nosso país, porém não está sendo por causa do ensino dos apóstolos e nem por motivo de comunhão entre os irmãos, também não está sendo o acréscimo que o Senhor está fazendo. O motivo do surgimento dessas igrejas tem sido as brigas dos irmãos, desejo de exercer a primazia entre os outros, brigas por desvios doutrinários, coisas que são passíveis de exclusão por ser comportamento de pessoas que não conhecem a Palavra de Deus. Esses são os elementos que tem feito com que organizem outras igrejas, sem conhecimento do que é de fato uma igreja, iniciada sem ensino, sem capacidade de ensinar a outros e também, sem princípios de uma vida cristã como o povo da igreja no início tinha ao ponto da igreja cair na graça do povo. O pastor Harold Segura Carmona, em seu livro, “Para que serve a Espiritualidade?” disse: “Devemos seguir a Cristo baseados no modelo do mestre, e não nas expectativas da igreja institucionalizada, nas ânsias de nossa religiosidade legalista ou nos desejos de autorrealização

humana”. A vida cristã só é possível através da comunhão com Cristo e com os irmãos. Quando Jesus Cristo trabalhou com seu pequeno grupo de discípulos formando neles o caráter cristão disse: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13.35). Depois de mostrado na prática como viver, Jesus Cristo ordenou como fazer. Enquanto viverem faça discípulos, ensine através da prática, ame. Para ter uma vida cristã é necessário obedecer a Cristo. É impossível ter uma vida cristã sem leitura da Palavra, sem oração, sem comunhão. Certo dia conversando com um jovem de dezesseis anos viciado no álcool e outras drogas, disse para ele que ele precisava mudar aquela situação de dependência e escravidão na vida dele. Falei do evangelho para toda a família, ele me disse que tem desejo de sair e de mudar de vida, se o pai dele também mudar, e afirmou, “estou seguindo o exemplo do meu pai”. Seu pai é dependente químico há dezessete anos, quase todo dia retorna bêbado e drogado para casa. Ser Cristão é ser igual a Cristo, ser cristão é imitar o pai em tudo. Têm muitos “cristãos” que não fazem discípulos, não oram, não leem a Bíblia, não perdoa, não ama, não evangelizam, não querem ter comunhão com outros irmãos. Para termos uma vida cristã precisamos imitar a vida de Jesus Cristo.



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