FALCÃO Caracara plancus. Representante da família Falconidae, o carcará habita diversos ambientes como áreas abertas ou semi-abertas. Possui hábitos generalistas, alimentando-se de animais atropelados em rodovias, juntamente com os urubus. Foi registrado em praias de Ubatuba como Estaleiro, Ubatumirim e à beira de rodovias.
Agência Ambiental Pick-upau
Expediente Agência Ambiental Pick-upau darwin@pick-upau.org.br www.pick-upau.org.br www.cecflora.org.br www.darwin.org.br www.refazenda.org.br www.atmosfera.org.br www.outono.org.br PRESIDÊNCIA Neusa Regina Oliveira Silva
VICE PRESIDÊNCIA Wilson Najar Mahana
ORGANIZAÇÃO E PESQUISA Viviane Rodrigues Reis Julio Andrade
CEO Julio Andrade
DIRETORIA FINANCEIRA Andrea Nascimento
BIÓLOGA CHEFE Viviane Rodrigues Reis
PICK-UPAU Heloisa Candia Hollnagel Nelson Matheus Oliveira Junior Gilmar Ogawa Gabriela Picolo Miguel Luiz Menezes Freitas Alex do Nascimento Ana Rosa Borges dos Santos Edileusom Morais da Nóbrega Eliane Gomes da Silva Ivone Pereira dos Santos Pedro Isal
Agência Ambiental Pick-upau - Todos os direitos reservados
Agência Ambiental Pick-upau
Expediente Agência Ambiental Pick-upau CNPJ: 07.449.261.0001-32 MTB: 35.491 CRBio: 97710/01-D CREA: 60.089.646-9 RENASEM: SP-14923/2014 ISSN 2316-106X
REALIZAÇÃO
AGRADECIMENTOS
Agência Ambiental Pick-upau
(Petrobras)
Centro de Estudos e Conservação da Flora – CECFLORA
Manoel Alves Parreira Neto
Projeto Darwin (FNMC/MMA)
PATROCÍNIO
Sarney Filho – Ministro do Meio Ambiente
Petróleo Brasileiro S. A. – Petrobras
Francisco Gaetani - Secretário Execu!vo – Presidente do Fundo Clima
Programa Petrobras Socioambiental
Carlos Augusto Klink – Secretário de Mudanças Climá!cas Marcos Estevan Del Pre"e – Gerente de Projetos
PARCERIA
Fernando Antonio Lyrio Silva – Chefe de Gabinete
Fundo Nacional de Mudança do Clima – FNMC
Vinicius Nogueira de Proença – Analista Técnico
Ministério do Meio Ambiente – MMA
Kleite Donato Figueiredo de Souza – Secretária
Governo Federal Fundação Parque Zoológico de São Paulo – FPZSP
(FPZSP) Dr. Paulo Magalhães Bressan – Diretor Presidente
CAPA
Prof. Dr. João Ba!sta da Cruz – Diretor Técnico-Cien#fico
Pimentão (Saltator fuliginosus)
Fá!ma Aparecida Viveiros Valente Rober! – Diretora Administra!va
CONTRA-CAPA
Maria Ednalva Almeida Barbosa, Tainá Almeida Barbosa, Roberto
Ti!ba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis)
FOTOS J. Andrade/Pick-upau/Petrobras
Perdizes Gulli, Cauã Luiz Gulli (O Flau!sta); Aliomar Sampaio Rino, Regina Dalva de Souza Rino, Thiago de Souza Rino, Filipe Souza Rino, Sebas!ana Pereira dos Santos (Refúgio Falcão); Romário Cavalcan!, Dânia Gelli Checcinato, Sérgio Gelli (Villa do Mar); Dimitri Matoszko, Rogério Genova (Eco Resort Itamambuca); Márcio José dos Santos, Ivo Lorenze%, Danielle Rodrigues Barbosa (SAI); Danilo Santos da Silva, Débora, Gisele, Aline (PESM); Sr. Zé Pedro (Quilombo da Fazenda); Paul Thomsen, Edna Thomsen (Fazenda Angelim); Salvador (Fazenda Capricórnio).
Agência Ambiental Pick-upau - Todos os direitos reservados
Agência Ambiental Pick-upau
Índice R•••••............................................................................................................10 A!•"#$%".........................................................................................................11
01
I&"#•'•()•................................................................................................12
02 M$"•#*$*• • M+"•'••
......................................................................
03 R•••,"$'•• • D*•%•••)• 04 C•&%,••)•
20
...............................................................
....................................................................................................
26
35
05 R•-•#/&%*$• B*!,*•4#7-*%$•
52
06 R•-•#/&%*$• C•&••,"$'$•
54
....................................................
07 Q••• S••••
..........................................................
..............................................................................................
Darwin Society Magazine│Série Cien"fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
55
Agência Ambiental Pick-upau
RELÓGIO Todirostrum cinereum. Ferreirinho-relógio vive solitário ou em pares e alimenta-se de insetos. Habita áreas antrópicas, cerrados, capoeiras, plantações e bordas de mata. Em Ubatuba, foi observado na praia Vermelha do Norte e em Ubatumirim, em áreas de res•nga e próximo à rodovia.
Agência Ambiental Pick-upau
Aves da Mata Atlântica Levantamento Preliminar da Comunidade de Aves do Município de Ubatuba Litoral Norte de São Paulo Série Especial Agência Ambiental Pick-upau Programa Petrobras Socioambiental
Darwin Society Magazine│Série Cien•fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
GAVIÃO Rupornis magnirostris. Gaviãocarijó é um dos gaviões mais comuns em cidades e raro em grandes áreas florestais. Alimenta-se de artrópodes e pequenos vertebrados.
Agência Ambiental Pick-upau
Levantamento Preliminar da Comunidade de Aves do Município de Ubatuba, São Paulo. Agência Ambiental PICK-UPAU 1 RESUMO O Brasil a•nge 47,3% da extensão territorial da América do Sul e é composto por seis biomas, Amazônia, Caa•nga, Cerrado, Pantanal, Pampa e Mata Atlân•ca. Esta úl•ma, originalmente se estendia por aproximadamente 1.300.000 km², a•ngindo 17 estados. No entanto, os remanescentes de vegetação na•va, incluindo todas as fisionomias estão atualmente reduzidos em aproximadamente 27% da área original, em diferentes estágios de regeneração, porém, áreas bem conservadas e grandes o suficiente que garantam a existência da biodiversidade, em longo prazo, não alcançam 8% do bioma original. Apesar de estar reduzida e fragmentada, a Mata Atlân•ca possui uma das maiores biodiversidades do planeta, apresentando 849 espécies de aves. Somente no município de Ubatuba já foram registradas 496 espécies, cerca de 30% das aves brasileiras. Diante da importância que as aves possuem para os ecossistemas e visando contemplar os obje•vos do Projeto Aves da Mata Atlân•ca, este estudo teve como finalidade fazer um levantamento preliminar da avifauna de Ubatuba, São Paulo. O levantamento foi realizado de 11 de novembro de 2015 a 09 de março de 2017 e foram visitados 21 locais. U•lizou-se a metodologia de listas de Mackinnon, que consiste em registrar todas as aves vistas e/ou ouvidas ao longo dos locais visitados e de forma aleatória. O levantamento resultou em 165 listas de Mackinnon e 174 espécies. A Ordem dominante foi a dos Passeriformes, com 49,1% das famílias e 61,84% das espécies, em seguida Charadriiformes, com 11,76% das famílias e 5,2% das espécies. As espécies mais registradas durante o estudo foram Troglodytes musculus, Ramphocelus bresilius, Myiozetetes similis, Fluvicola nengeta e Pitangus sulphuratus. Palavras-chave: Avifauna, Levantamento, Observação de aves, Ubatuba
_____________________ 1 PICK-UPAU; REIS, V. R.; ANDRADE, J.; NASCIMENTO, A. Levantamento Preliminar da Comunidade de Aves do Município de Ubatuba, São Paulo. Série Especial Programa Petrobras Socioambiental. Darwin Society Magazine. São Paulo. v.26 n.26, 64 p, 2017.
10
Darwin Society Magazine│Série Cien"fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
Agência Ambiental Pick-upau
Preliminary Survey of the Community of Birds of the Municipality of Ubatuba, Sao Paulo. PICK-UPAU Environmental Agency 1 ABSTRACT Brazil accounts for 47,3% of South America’s territorial extension and is made up of six biomes, Amazonia, Caa•nga, Cerrado, Pantanal, Pampa and Mata Atlan•ca. This last one, originally extended by approximately 1.300.000 km², reaching 17 states. However, remnants of na•ve vegeta•on, including all physiognomies are currently reduced by approximately 27% of the original area, at different stages of regenera•on, but well preserved areas large enough to guarantee the existence of biodiversity in the long term, they do not reach 8% of the original biome. Despite being reduced and fragmented, the Atlan•c Forest has one of the largest biodiversity on the planet, presen•ng 849 species of birds. Only in the municipality of Ubatuba have been registered 496 species, about 30% of Brazilian birds. Given the importance of birds to ecosystems and aiming to contemplate the objec•ves of the Atlan•c Forest Birds Project, this study aimed to make a preliminary survey of the avifauna of Ubatuba, Sao Paulo. The survey was carried out from November 11, 2015 to March 9, 2017 and 21 sites were visited. We used the Mackinnon lis•ng methodology, which consists of recording all birds seen and/or heard along the sites visited and at random. The survey resulted in 165 lists of Mackinnon and 174 species. The dominant Order was the Passeriformes, with 49,1% of the families and 61,84% of the species, followed by Charadriiformes, with 11,76% of the families and 5,2% of the species. The most recorded species during the study were Troglodytes musculus, Ramphocelus bresilius, Myiozetetes similis, Fluvicola nengeta and Pitangus sulphuratus. Keywords: Birds, Birdwatching, Survey, Ubatuba.
Darwin Society Magazine│Série Cien"fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
11
Agência Ambiental Pick-upau
1. INTRODUÇÃO
espécies
vegetais
existentes
no
país,
aproximadamente 370 espécies de an!bios, 200 de O Brasil alcança 47,3% da extensão territo-
répteis, 270 de mamíferos e 849 espécies de aves
rial da América do Sul. O país está no topo da lista
(MMA, 2017). Em torno de 200 espécies de aves
dos países megadiversos, devido ao seu riquíssimo
são endêmicas a este bioma, e destas, apenas 8,5%
patrimônio natural (Campanili & Schaffer, 2010).
ocorrem em habitats alterados (Goerck, 1997).
O país possui seis biomas, Amazônia,
Es•ma-se que das 1.800 espécies de vertebrados
Caa•nga, Cerrado, Pantanal, Pampa e Mata Atlân-
existentes no bioma, 390 são endêmicos. O alto
•ca, com caracterís•cas dis•ntas de vegetação e
índice de endemismos e de espécies ameaçadas
animais (MMA, 2017).
de ex•nção faz com que a Mata Atlân•ca esteja en-
Com aproximadamente 2.500 espécies de
tre os 34 hotspots globais de biodiversidade e entre
árvores e 30.000 espécies de plantas, a Amazônia
as cinco regiões com maiores índices de endemis-
é o maior deles. A Caa•nga é considerada a sa-
mos da Terra (SMAa, 2010).
vana mais rica do mundo, ocupando dez estados
O solo, clima e o relevo condicionam as
brasileiros, e abrigando 1.487 espécies de animais,
caracterís•cas das formações vegetais. O man-
sendo 591 aves. O Cerrado detém 5% da biodiver-
guezal é um ecossistema costeiro de transição en-
sidade do mundo e possui 837 espécies de aves. O
tre ambiente terrestre e marinho e está sujeito ao
Pantanal é considerado uma das maiores extensões
regime das marés (Yokoya, 1995). Caracterís•cos
úmidas con•nuas do planeta e detém 463 espécies
de regiões tropicais e subtropicais, os manguezais
de aves. O Pampa, restrito ao Rio Grande do Sul,
são importantes, pois abrigam diversas espécies,
possui paisagens naturais variadas e conta com
fornecendo-lhes abrigo, áreas de alimentação, nidi-
aproximadamente 500 espécies de aves (MMA,
ficação e repouso (SEMAD, 2001).
2017). A Mata Atlân•ca originalmente se estendia por aproximadamente 1.300.000 km², em 17 estados do país, no entanto, os remanescentes de vegetação na•va, incluindo todas as fisionomias e outros •pos de vegetação na•va, estão atualmente
reduzidos
em
aproximadamente
27% da área original e em diferentes estágios de regeneração. Entretanto, áreas bem conservadas e grandes o suficiente que garantam a permanência da biodiversidade, em longo prazo, não alcançam
SURUCUÁ Trogon viridis, macho do surucuá-grande-de-barriga-
8% do bioma original (MMA, 2010; MMA, 2017).
amarela alimenta a fêmea, fornecendo-lhe lagartas e gafanhotos
Mesmo reduzida e fragmentada, a Mata
12
durante o período de acasalamento. A espécie foi registrada na praia
Atlân•ca possui uma das maiores biodiversidades
da Fazenda, no Quilombo da Casa da Farinha, Fazendas Capricórnio
do planeta. O bioma abriga em torno de 35% das
e Angelim e em jardins da Vila do Mar e Itamambuca.
Darwin Society Magazine│Série Cien•fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
A vegetação da res•nga sofre influência marinha e flúvio-marinha e são classificadas como comunidades edáficas, pois dependem mais das caracterís•cas do solo do que do clima. Próximo à praia inicia-se uma vegetação rasteira, mas conforme avança para o interior, a vegetação assume uma formação arbus•va composta por espécies como araçás e pitangas e a formação arbórea por canelas, palmeiras-juçara, epífitas e trepadeiras (SMAa, 2010). A floresta ombrófila densa caracteriza-se pela presença de árvores que ocorrem em ambientes úmidos, com clima quente durante quase todo o ano e pra•camente sem épocas secas. Diversos estratos compõem a floresta, com as árvores emergentes, a•ngindo até 40 metros de altura. A vegetação arbus•va é densa, rica em epífitas como
VOCALIZANDO Piaya cayana. A
orquídeas e bromélias e lianas como trepadeiras e
alma-de-gato a•nge 45 cen•metros e
cipós (SMAa, 2010).
possui cauda longa. Vive solitária ou aos
A conservação da Mata Atlân•ca, com seus
casais no alto de árvores. Foi vista na praia
ecossistemas associados garante o fornecimento
da Fazenda, Puruba, Belvedere, Fazenda
de inúmeros serviços ambientais, incluindo regu-
Angelim e em áreas de jardim, em Ita-
lação do clima, formação dos solos, controle contra
mambuca.
erosão, armazenamento de carbono, ciclagem de nutrientes, manutenção do regime hídrico, prevenção de desastres naturais, manutenção de recursos gené•cos, elementos culturais, beleza cênica e proteção da biodiversidade (Becker Guedes & Seehusen, 2011). A proteção da biodiversidade garante serviços ambientais importantes como polinização de flores, dispersão de sementes, opções de uso futuro e valores de existência (Becker Guedes & Seehusen, 2011).
13
14
GUAXE Cacicus haemorrhous. O guaxe é um dos maiores representantes da Ordem Passeriformes. Vive em bandos no alto de árvores. É onívoro, alimenta-se de artrópodes e frutos. Contrói ninhos em formato de bolsa pendente em colônias. Suas comunidades foram vistas em área antrópica em Camburi e em um lago em frente à Praia Vermelha do Norte.
15
Agência Ambiental Pick-upau
O valor de existência considera a relevância intrínseca das espécies, independente de sua
Ber•oga, Ilhabela e Ubatuba, recebem no verão mais de 1 milhão de visitantes (SMA, 2010).
importância econômica. Este conceito é impor-
O município de Ubatuba é promissor para o
tante para a biologia da conservação, pois fornece
turismo de observação da natureza, sobretudo, de
jus•fica•va para a proteção de espécies raras,
aves, pois já foram registradas 496 espécies (Wiki-
ameaçadas de ex•nção e espécies com nenhum
Aves, 2017). A observação de aves é uma a•vidade
valor econômico aparente. Em vários países, pes-
interessante, pois causa baixo impacto ambien-
soas e organizações doam grandes quan•dades de
tal, já que são realizadas em grupos pequenos, e
dinheiro anualmente para assegurar a existência de
o silêncio é requerido para a observação de um
habitats como florestas e recifes de corais. Nos Es-
número maior de espécies.
tados Unidos, por exemplo, já foram gastos mais de US$20 milhões para proteção de uma única espécie rara, a condor da Califórnia – Gymnogyps califonianus (Primack & Rodrigues, 2001). Um serviço ambiental que vem se tornando cada vez mais importante é o ligado ao ecoturismo ou turismo ecológico, este segmento vem crescendo no mundo todo. Aliado ao aumento da consciência ambiental, o turismo ecológico promove maior contato do homem com a natureza, aumentando a consciência quanto à importância da preservação e conservação do meio ambiente, através de prá•cas e a•tudes sustentáveis. Dentre as a•vidades de ecoturismo, está a observação de aves (SMA, 2010). O ecoturismo tem tradicionalmente sido a indústria-chave de países africanos do leste, como o Quênia e a Tânzania (Western & Henry, 1979). Em 2007, aproximadamente dois milhões de turistas internacionais foram à República do Quênia. O turismo é a principal a•vidade econômica, respon-
LEGENDA Na primeira imagem Hirundinea ferruginea, gibão-de-
sável por 10% do PIB deste país. Em 2006, seus
couro, a espécie realiza voos acrobá!cos em busca de insetos e
parques e reservas receberam mais de 2,3 milhões
costuma retornar ao mesmo poleiro. Na segunda foto, Troglodytes
de visitantes (SMA, 2010).
musculus, a corruíra apresenta ampla distribuição, habita desde o
O turismo também é a principal a•vidade econômica do litoral norte do estado de São Paulo.
Canadá até o sul da Argen!na. Espécie comum, habita bordas de mata, cerrados e cidades. Foi a espécie mais registrada em Ubatuba.
Os municípios de Caraguatatuba, São Sebas•ão,
16
Darwin Society Magazine│Série Cien"fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
A GRANDE Ardea alba, uma das aves mais comuns no Brasil, a garça-branca-grande a•nge 90 cen•metros de altura e possui alimentação variada, peixes, an•bios, répteis e invertebrados aquá•cos fazem parte de sua dieta. Foi registrada em lago na Praia Vermelha do Norte e na Ilha dos Pescadores, em Ubatuba.
17
Agência Ambiental Pick-upau
Mais de 80% do município de Ubatuba é
orienta-se visualmente e responde a es!mulos tais
composto pelo bioma Mata Atlân•ca. Para pre-
como cores, padrões e movimentos que os seres
servá-la, em 1977 foi criado o Parque Estadual da
humanos também são capazes de dis•nguir (Pough
Serra do Mar. A cidade abriga elevada diversidade
et al., 2003). Seu estudo contribuiu para conheci-
de espécies, em torno de 30% das aves brasileiras
mentos em ecologia, morfologia e comportamento
e 5% de toda avifauna do planeta, tornando-se um
(Konishi et al., 1989).
des•no importante para a prá•ca de observação de aves (PMU, 2017).
18
As aves ocupam pra•camente todos os habitats disponíveis, inclusive ambientes inóspi-
As aves despertam grande fascínio em mui-
tos como os albatrozes que vivem em ambientes
tas pessoas, que as observam por apreciarem sua
marinhos e possuem uma glândula para eliminar o
beleza e por achá-las interessantes. Estas pessoas
excesso de sal que acabam ingerindo. Outras aves
colaboram com a ciência ao disseminar infor-
como integrantes da família Pteroclidae voam lon-
mações sobre a localização de espécies e por atu-
gas distâncias para obterem água, pois habitam
arem em prol de sua conservação.
regiões áridas (Silveira, 2012).
Para a ciência, as aves são os vertebrados
A maior diversidade de espécies é encon-
ideais para serem estudados, pois elas são diversi-
trada nas regiões da África, Ásia e América do Sul.
ficadas, apresentam ampla distribuição geográfica,
O clima favorável, aliado à grande diversidade e
são conspícuas e amplamente diurnas. A maioria
abundância de alimentos permitem a existência de
Agência Ambiental Pick-upau
muitos nichos ecológicos. As aves são consideradas indicadoras de boa qualidade ambiental, pois fornecem respostas rápidas às alterações ambientais, desaparecendo dos seus habitats assim que qualquer alteração mais drás•ca aconteça (Silveira, 2012). O avançado processo de subs•tuição de florestas por ambientes antropizados, associado ao fato de que muitas das espécies não ocorrem em habitats perturbados ou nas florestas secundárias, colocam o grupo como um dos mais ameaçados do planeta (Brooks & Balmford, 1996).
QUERO Vanellus chilensis. O quero-quero é representante dos Charadriiformes, Ordem que ficou em segundo lugar neste estudo. Uma das aves mais populares, habita campos, pastagens e cidades. Nidifica em depressões no solo com a fêmea o defendendo agressivamente.
Este estudo teve como obje•vo fazer um levantamento preliminar da avifauna de Ubatuba – SP, de modo a contemplar uma das metas do Projeto Aves da Mata Atlân•ca da Agência Ambiental Pick-upau. O projeto tem patrocínio da Petrobras. através do Programa Petrobras Socioambiental.
NO ECO RESORT Chlorophanes spiza, representante da família Thraupidae, o saí-verde foi visto em Itamambuca. Aprecia frutos, néctar e insetos. Associa-se em bandos mistos juntamente com saíras e •ês, voam pelas copas das árvores em matas primárias, secundárias, capoeiras e pomares.
19
Agência Ambiental Pick-upau
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Ubatumirim, Justa, Fazenda, Picinguaba, Almada e Camburi.
2.1. Área de Estudo
No entanto, para aperfeiçoar o estudo optou-se por realizar o levantamento em Ubatuba,
20
No início do projeto foram percorridas di-
visto que a parte norte do Município é a região
versas praias dos municípios de Ber•oga, São Se-
mais preservada, deste modo seria possível regis-
bas•ão, Caraguatatuba e Ubatuba, a fim de inves-
trar maior quan•dade de espécies, nesta fase.
•gar as áreas potenciais para o levantamento de
A área total do município de Ubatuba
aves. Em Ber•oga, foram visitadas as praias: En-
corresponde a 748 mil metros quadrados. A popu-
seada, Vista Linda, Indaiá, São Lourenço, Itaguaré,
lação residente es•mada em 2016, era de 87.364
Guaratuba e Boraceia. Em São Sebas•ão, Boraceia,
habitantes (IBGE, 2016). Dentre os Municípios da
Jureia, Engenho, Barra do Una, Juquehy, Conchas,
Baixada San•sta e do Litoral Norte, Ubatuba é o
Preta, Barra do Sahy, Baleia, Camburi, Camburizin-
que possui o maior território, quase 71 mil hec-
ho, Boiçucanga, Maresias, Paúba, San•ago, Toque-
tares. A maior parte do território está inserida em
toque Pequeno, Calhetas, Toque-Toque Grande,
unidades de conservação e, portanto sem ocu-
Guaecá, Barequeçaba, Grande, Preta, Centro, Porto
pação, fazendo com que a densidade populacional
Grande, Deserta, Pontal da Cruz, Arrastão, Portal da
total seja considerada baixa, 1,12 habitantes/ha.
Olaria, São Francisco da Praia, Cigarras e Enseada.
A área urbanizada corresponde a aproxi-
Em Caraguatatuba, Indaiá, Centro, Camaroeiros,
madamente 2,5% do território com densidade de
Freira, Prainha, Mar•m de Sá, Brava, Capricórnio,
32 habitantes/ha. A população residente está dis-
Massaguaçú, Cocanha, Mococa e Taba•nga. Em
tribuída ao longo da faixa litorânea, com maiores
Ubatuba, Maranduba, Lagoinha, Fortaleza, Ver-
concentrações nos bairros centrais, sobretudo,
melha do Sul, Dura, Domingas Dias, Lázaro, Su-
entre as Praias Vermelha e Ponta Grossa. Houve
nunga, Perequê-Mirim, Santa Rita, Enseada,
aumento considerável na densidade demográfica
Toninhas, Grande, Tenório, Vermelha, Cedro,
de 1980 a 1990. A década de 1980 foi período de
Itaguá, Perequê-Açú, Barra Seca, Vermelha do Norte,
maior expansão urbana, não apenas para Ubatuba,
Itamambuca, Félix, Prumirim, Puruba, Estaleiro,
mas também em todo Litoral Norte do Estado de
Agência Ambiental Pick-upau
São Paulo.
O Núcleo Picinguaba do Parque Estadual
A exploração imobiliária, tem se expandido
da Serra do Mar possui 47.500 ha, representando
muito, especialmente ao longo do litoral, com a
66,80% da área total do município de Ubatuba. A
construção de diversos condomínios de segunda
vegetação é composta, principalmente por Floresta
residência. Entre 1960 e 1990, Ubatuba foi o mu-
Ombrófila Densa Montana de Encosta e de Plan-
nicípio do Litoral Norte que mais se expandiu, ob-
alto, bem como por Floresta Ombrófila Densa Sub-
tendo crescimento de 570% neste período, enquan-
montana e por pequenos encraves de Floresta Om-
to os outros municípios do Litoral Norte cresceram
brófila Densa Altomontana. Incluem também, em
250%, em média.
sua porção setentrional, Floresta Ombrófila Densa
As praias da parte central e as praias com
das Terras Baixas, manguezais, costões rochosos,
ocupações mais an•gas como Toninhas, Enseada e
praias e um dos úl•mos remanescentes de res•n-
Lázaro, apresentam ocupação con•nua já consoli-
gas do Litoral Norte do Estado de São Paulo.
dada, cujos loteamentos são de alto padrão e lo-
As ocupações irregulares, especulação imo-
calizados próximos à orla marí•ma, permeados por
biliária, visitação desordenada, turismo predatório,
vegetação.
falta de saneamento básico, caça ilegal e a extração
O município de Ubatuba está inserido em
de produtos florestais e minerais (palmito, bromé-
uma região de domínio da Mata Atlân•ca, 87,04%
lias, xaxim, madeira, areia etc.) correspondem as
de sua área são recobertos por vegetação na-
principais ameaças ao PESM (SMA/IF, 2006).
•va. Apresenta planícies rela•vamente estreitas, permeadas por praias e costões rochosos, manguezais que ocupam os cursos de alguns rios e estuários nas planícies. Os ambientes insulares
LAVADEIRA Fluvicola nengeta, a lavadeira-mascarada vive
como Ilha Anchieta, por exemplo, também estão
em áreas abertas, próximo à extensões de água. A espécie foi
presentes, estas áreas são essenciais para a re-
vista alimentando seu filhote na Vila do Mar, no Estaleiro.
produção de aves marinhas. Estas caracterís•cas aliada à riquíssima biodiversidade fundamentou
CALHETAS Na imagem abaixo, equipe chega à praia de
a criação de diversas unidades de conservação.
Calhetas, em São Sebas"ão.
21
Agência Ambiental Pick-upau
2.2. Levantamento da Avifauna
TABELA 1. Locais u•lizados para o levantamento de aves em Ubatuba – SP.
O levantamento foi realizado de 11 de novembro de 2015 a 09 de março de 2017. Foram visitados 21 locais, como mostra a Tabela 1. U•lizou-se
L!"#$% V$%$&#'!%
a metodologia de listas de Mackinnon, que consiste
Praia da Fazenda
em registrar todas as aves vistas e/ou ouvidas ao
Praia Vermelha do Norte
longo dos locais analisados e de forma aleatória.
Praia de Itaguá
Foram estabelecidas listas de 10 espécies não
Praia da Justa
repe•das. As amostragens ocorreram em horários
Praia do Centro
que variaram entre 06h30min e 18h00min.
Praia do Estaleiro Praia do Félix Barra Seca Fazenda Angelim Ubatumirim Camburi Refúgio Natural Falcão Villa do Mar Belvedere Perequê-açu Itamambuca Prumirim Fazenda Capricórnio Quilombo da Fazenda Eco Resort Itamambuca Puruba
DISPUTA Coereba flaveola. O cambacica é uma espécie muito conhecida, pois visita bebedouros de beija-flores. Habita florestas e jardins, além de néctar, alimenta-se também de artrópodes.
22
NA FAZENDA Myiothlypis rivularis. Pula-pula-ribeirinho é uma ave com 14
A iden•ficação das aves foi realizada através
cen•metros que habita beira de córregos
do método visual e audi•vo. Para o método visual
de águas límpidas da Mata Atlân•ca de
foi u•lizado binóculo 10x50 e câmera fotográfica
encosta. Vasculha troncos, galhos e pedras
CANON EOS 60D, lente sigma DG 150-500mm 1:5-
recobertas por musgo. Foi registrado na
6.3 APO HSM; o audi•vo baseou-se em gravações
Praia da Fazenda, Fazenda Capricórnio,
realizadas através de gravadores de áudio TASCAM
Ubatumirim, Puruba e Itamambuca.
DR40 e Sony Icd-Px 240 4gb, para posterior iden•ficação e também pela experiência dos autores. A
nomenclatura
cien•fica
e
ordem
taxonômica seguem o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO, 2015). As espécies foram caracterizadas pelas guildas tróficas, e seus hábitos alimentares foram confirmados em bibliografia específica (Willis, 1979; Sick, 1997; Develey & Endrigo, 2011; Sigrist, 2012). Foram consideradas as seguintes guildas tróficas: carnívoro, detri•voro, frugívoro, granívoro, inse•voro, nectarívoro, onívoro, piscívoro, com algumas espécies se enquadrando em mais de uma categoria. O endemismo das espécies foi baseado no Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO, 2015) e Develey & Endrigo (2011). Foram coletadas informações do local de onde as espécies foram registradas, como: jardim, praias e dunas; mar, ambiente florestal, capoeirinha, área antropizada, borda de mata, brejos e lagos; res•nga e manguezal. A categoria jardim foi u•lizada para ambientes ao ar livre, ao redor de residências, planejado com passeios e enriquecido com plantas ornamentais. A categoria capoeirinha foi u•lizada para áreas abandonadas com elevada quan•dade de capins e com algumas árvores pioneiras de poucas espécies. Área antropizada foi u•lizada para locais alterados, com intervenção humana, em rodovias, centros urbanos, campos de futebol, áreas com muitas habitações e áreas com árvores esparsas e próximo às residências.
23
24
PEREQUÊ-AÇU Rhynchops niger, o talha-mar é inconfundível pelo bico e pés vermelhos. Habita rios, lagos, mangues e praias. Alimenta-se de peixes com o bico aberto e parte da mandíbula submersa. Possui 50 cen•metros e foi visto em áreas de mangue em Perequê-açu e Puruba. (Imagem maior) Dendrocygna autumnalis, a marreca-cabocla foi vista no manguezal da Praia de Perequêaçu. Habita águas interiores, estuários e manguezais. Podem dormir empoleirados nos galhos reunidos em pequenos grupos. (No detalhe).
25
Agência Ambiental Pick-upau
3. DISCUSSÃO E RESULTADOS
representadas pelas famílias Charadriidae, Jacanidae, Laridae, Rynchopidae, Scolopacidae e Sterni-
O levantamento resultou em 165 listas de Mackinnon e 174 espécies. A Ordem dominante
As famílias mais frequentes podem ser vistas
foi a dos Passeriformes com 48,07% das famílias
pelo Gráfico 1. A família Thraupidae obteve 12,06%
(n=25) e 61,49% das espécies (n=107), em seguida
(21 espécies), Tyrannidae, 9,77% (17 espécies),
Charadriiformes com 11,53% das famílias (n=06) e
Thamnophilidae e Trochilidae, 7,47% cada (13 es-
5,17% das espécies (n=09).
pécies) e Furnariidae, 4,59% (8 espécies). A família
A Ordem Passeriformes é composta por duas
Thraupidae é composta por aves variáveis em ta-
Subordens, Suboscines – Tyranni, com 20 famílias
manho e cores, de mul•colorido até uniforme-
no Brasil e Oscines – Passeri, com 18 famílias no
mente oliváceo ou branco e preto (Grantsau, 2010).
Brasil (CBRO, 2015). É composta por aves rela•va-
Thamnophilidae é uma família restrita à
mente pequenas, sendo as gralhas (Corvidae), ja-
região Neotropical. Composta, em sua maioria,
pus e guaxes (Icteridae) os maiores representantes
por aves florestais de planícies que se adaptaram
(Grantsau, 2010).
a diferentes nichos ecológicos, desde cerrados e
A Subordem Suboscines são representadas
matas de galeria até florestas tropicais úmidas. São
neste estudo por Co•ngidae, Dendrocolap•dae,
aves de pequeno e médio porte que se alimentam
Furnariidae, Onychorhynchidae, Platyrinchidae,
de insetos e artrópodes (Sigrist, 2012).
Pipridae, Rhynchocyclidae, Rhinocryp•dae, Thamnophilidae, Tityridae, Tyrannidae e Xenopidae. A Subordem Oscines por Donacobiidae, Estrildidae, Fringillidae, Hirundinidae, Icteridae, Parulidae, Passerellidae, Passeridae, Troglody•dae, Turdidae, Thraupidae e Vireonidae (CBRO, 2015). A Ordem Charadriiformes é composta por 14 famílias no Brasil e duas Subordens – Charadrii e Lari (Grantsau, 2010). Neste estudo são
26
dae (CBRO, 2015).
GRÁFICO 1. Famílias mais frequentes registradas durante o levantamento de aves em Ubatuba – SP.
AVES DA MATA ATLÂNTICA Na página anterior, Egre•a caerulea - Garça azul observada em Itamambuca, Perequê-açu e Ubatumirim. Acima, Tangara ornata sanhaço-de-encontro-amarelo, endêmico da Mata Atlân•ca, foi visto nas praias da Justa, Fazenda, Fazenda Angelim e Refúgio Natural Falcão.
Darwin Society Magazine│Série Cien"fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
27
GRÁFICO 2. Espécies mais frequentes registradas durante o levantamento de aves em Ubatuba – SP.
AVES DA MATA ATLÂNTICA Na imagem acima, Hylocharis cyanus, o beija-flor-roxo frequenta capoeiras, bordas de mata a uma al•tude de 0 a 400m. A espécie foi vista em Ubatumirim. Na página ao lado, Sicalis flaveola , o canário-da-terra é granívoro, vive em áreas abertas, descendo ao solo em busca de sementes. Desapareceu de algumas regiões devido à captura ilegal, porém, observamos que a espécie tem se tornado cada vez mais frequente em cidades do interior de São Paulo e em Ubatuba.
28
Darwin Society Magazine│Série Cien"fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
As espécies mais registradas durante o es-
Em relação as categorias alimentares, foram
tudo foram Troglodytes musculus – (n=63) Ram-
observados mais inse•voros com 36,78% (n=64),
phocelus bresilius – (n=58), Myiozetetes similis – (n
seguido de frugívoros e inse•voros 17,81% (n=31),
=56), Fluvicola nengeta – (n=49), Pitangus sulphu-
onívoros 12,06% (n=21) e nectarívoros e inse•vo-
ratus – (n=45). Gráfico 2.
ros 7,47% (n=13). Gráfico 3.
GRÁFICO 3. Categorias alimentares mais frequentes das espécies registradas durante o levantamento de aves em Ubatuba – SP.
Darwin Society Magazine│Série Cien•fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
29
PESQUISA Coleta de dados durante monitoramento em Ubatuba.
30
PEQUENA Egre•a thula. A garça-brancapequena dis•ngui-se de outras espécies de garças-brancas pelos artelhos amarelos. Possui 55 cen•metros, habita lagos, rios, mangues e praias. Sua alimentação consiste em peixes e invertebrados aquá•cos. Em Ubatuba foi vista nas praias Justa, Perequê-açu, Itamambuca, Vermelha do Norte e no Centro.
31
Agência Ambiental Pick-upau
32
Os insetos representam importante fonte
Na Mata Atlân•ca, 75% das espécies de
alimentar, beneficiando muitas espécies. Para
plantas lenhosas são zoocóricas, podendo chegar
capturá-los, as aves possuem várias adaptações
a 90,7% em alguns lugares (Almeida-Neto et al.,
morfológicas e comportamentais. Representantes
2008). O desaparecimento de grandes frugívo-
da família Tyrannidae, como bem-te-vis e Caprim-
ros em ambientes fragmentados compromete a
ulgidae, como bacuraus possuem um série de vi-
dispersão de plantas zoocóricas, cujos frutos são
brissas na lateral do bico, auxiliando na captura dos
grandes (Silva & Tabarelli, 2000; Cramer et al.,
insetos. Espécies da família Thamnophilidae, como
2007).
as choquinhas quebram a carapaça qui•nosa de
Este estudo registrou três grandes frugívo-
muitos invertebrados através de um gancho peque-
ros, araponga, tucano-de-bico-preto e tucano-de-
no que possuem na ponta do bico. Os •ranídeos
bico-verde. Estas espécies necessitam de indivídu-
capturam insetos com pequenos voos, já os
os fru•ficando durante todas as estações do ano, o
andorinhões capturam em pleno voo (Silveira,
que só ocorre em florestas grandes e preservadas.
2012).
Em alguns casos, como em ambientes muito frag-
Segundo Willis (1979) e Ribon et al. (2003),
mentados, os frugívoros são subs•tuídos por onív-
inse!voros que se alimentam de insetos pequenos,
oros, como por exemplo, representantes da família
provavelmente aumentam em locais fragmenta-
Thraupidae e Tyrannidae (Willis, 1979; Sick, 1997).
dos. Os inse!voros generalistas no geral habitam
Ambientes muito fragmentados trazem pre-
borda de mata, áreas abertas e estrato superior ar-
juízos também para a nidificação de muitas espé-
bóreo, e se adaptam a ambientes degradados.
cies, como tucanos e papagaios, devido à ausência
Os inse!voros Xenops minutus, Xenops ru!-
de ocos em árvores de grande porte. Os grandes
lan, Xiphorhynchus fuscus, Xiphocolaptes albicollis,
pica-paus, como do gênero Campephilus também
Si"asomus griseicapillus, Galbula ruficauda, fur-
são afetados (Sick, 1997). O macho do pica-pau-
narídeos Philydor atricapillus, Automolus leucoph-
rei – Campephilus robustus foi registrado em área
thalmus e Synallaxis ruficapilla e espécies da família
de res•nga no Villa do Mar. Devido à incubação dos
Thamnophilidae foram registradas exclusivamente
ovos que estava realizando, sen•u-se ameaçado
em ambientes florestais, alguns também em bor-
e tamborilou diversas vezes. Vocalização que con-
das de mata, exceto Herpsilochmus rufimarginatus,
siste em duas ba•das rápidas na árvore.
que foi observado também em área de jardim, mas
A família Trochilidae foi a terceira família
com ambientes florestais muito próximos. Outros
mais numerosa, com 13 espécies, alcançando
inse!voros foram registrados em áreas abertas e
7,47% do total. Os beija-flores são exclusivamente
antrópicas como Vanellus chilensis, Chaetura me-
americanos e sua família é uma das maiores da
ridionalis, Crotophaga ani, Piaya cayana, Troglo-
classe. A maior concentração ocorre perto do
dytes musculus, espécies da família Hirundinidae,
equador na região dos Andes. Ao consumirem car-
como andorinhas e da família Tyrannidae. As espé-
boidratos através do néctar, os beija-flores obtêm a
cies Tapera naevia e Nyc!dromus albicollis foram
energia necessária para o voo. E insetos garantem
registrados em bordas de mata.
as proteínas necessárias, importan!ssimo para o
Darwin Society Magazine│Série Cien!fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
Agência Ambiental Pick-upau
seu crescimento. Os beija-flores capturam insetos
Todirostrum poliocephalum, Ramphocelus bresilius,
no voo ou voam para um galho e logo retornam
Saltator fuliginosus, Aramides saracura, A!la ru-
ao local de origem. São importantes, pois além da
fus, Ramphodon naevius e Ramphastos dicolorus,
polinização, controlam insetos vetores de doenças
só ocorrem no bioma Mata Atlân!ca (Develey &
como do gênero Culex e Anopheles (Sick, 1997).
Endrigo, 2011).
Muitas espécies são onívoras, se alimentan-
Foram registradas quatro espécies que estão
do de folhas, brotos, sementes, frutos e até peque-
ameaçadas de ex!nção, consideradas vulneráveis,
nos vertebrados, como emas e avestruzes, jacus e
Hemitriccus furcatus, Sporophila frontalis, Procni-
saracuras (Silveira, 2012).
as nudicollis e Ramphastos vitellinus. E seis estão
Os onívoros foram representados por 12,06%
quase ameaçadas, Psilorhamphus gu$atus, Hemi-
(n=21) das espécies registradas. As espécies A!la
triccus orbitatus, Dysithamnus s#ctothorax, Tanga-
rufus, Pitangus sulphuratus, Aramides saracura,
ra cyanoptera e os beija-flores Ramphodon naevius
Ramphastos vitellinus, Ramphastos dicolorus e
e Lophornis chalybeus (IUCN, 2016).
Gallinula galeata são alguns exemplos.
Hemitriccus furcatus é endêmico do Brasil
Representantes de várias famílias como Em-
Oriental. O papa-moscas-estrela habita a Mata
berizidae, Estrildidae, Passeridae se alimentam,
Atlân!ca Montana e de encosta (em al!tudes
sobretudo de sementes. Para separar a casca das
de até 1200m). Vive em áreas de bambuzais, em
sementes, possuem o bico adaptado e realizam a
meio ao emaranhado da vegetação (Sigrist, 2012).
tarefa movimentando o bico lateralmente. As espé-
Ocorre no Rio de Janeiro, em Nova Friburgo, Para!
cies do gênero Sporophila se adaptaram à presença
e em Taquaral, leste de São Paulo (Ubatuba) (Sick,
de gramíneas exó!cas que foram introduzidas no
1997). Neste estudo foi observado na Fazenda An-
Brasil (Silveira, 2012).
gelim, em Taquaral. Sporophila frontalis – o pixoxó
As espécies exclusivamente granívoras per-
é o maior representante do gênero. Sick (1997) in-
fizeram um total de 4,02% (n=7) das espécies, al-
forma que em regiões montanhosas do sudeste do
guns exemplos foram Sporophila caerulescens, Spo-
Brasil, a espécie surge aos milhares, devido à fru!-
rophila lineola, Sporophila nigricollis, Sporophila
ficação da taquara, vindo inclusive a quilômetros
frontalis, Sicalis flaveola, Estrilda astrild e Vola#nia
de distância. A espécie foi observada na praia de
jacarina.
Camburi, na borda da mata.
Em relação às espécies migratórias, foram registradas três que são provenientes do Hemisfério Norte, os maçaricos Calidris alba e Ac##s macularius e a Batuíra-de-bando – Charadrius semipalmatus. O restante das espécies (98,27%) é residente, ou seja, permanecem no Brasil para alimentação e reprodução.
VERÃO Pyrocephalus rubinus macho da espécie príncipe. Migratório,
As espécies endêmicas do Brasil representaram 21,26% (CBRO, 2015) e algumas como
no inverno migra para a Amazônia e retorna para o Sudeste na primavera e verão.
Darwin Society Magazine│Série Cien$fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
33
Agência Ambiental Pick-upau
A araponga – Procnias nudicollis, possui
expostos nas copas de árvores. Em Ubatuba o ma-
canto potente com !mbre metálico. Vive na Mata
cho foi observado vocalizando em árvores esparsas
Atlân!ca até 100m de al!tude. Espécie frugívora,
situada em um jardim.
aprecia frutos da palmeira-juçara (Euterpe edulis) e
Ramphastos vitellinus possui ampla dis-
capororoca (Rapanea ferruginea). Sigrist (2012)
tribuição no Brasil, desde o nível do mar até
verificou que na literatura, os machos cantam e
1.700m de al!tude. No Sudeste, o tucano-de-bico-
executam displays do alto de árvores densamente
preto ocorre em áreas de Mata Atlân!ca e res!nga.
copadas e que é muito raro executarem estas a!vi-
Segue bandos mistos em grupos pelas copas e pelo
dades a par!r de poleiros expostos, mas suas ob-
estrato médio, podendo descer ao solo para acom-
servações em Juquiá mostraram o contrário, que
panhar correições de formigas (Sigrist, 2012).
machos adultos vocalizam do alto de galhos secos
DE CASA Progne chalybea. Andorinhadomés!ca-grande observada na Praia da Fazenda. Pousa com frequência em fios de rede elétrica. Habita áreas abertas. Possui ampla fenda bucal, imprescindível para capturar os insetos em pleno voo. Nidifica em cavidades como embaixo de telhados.
REI O Brasil possui 59 espécies de picapaus e a espécie Campephilus robustus é considerado o maior. O pica-pau-rei a!nge até 37 cen#metros, Ocorre em matas de araucária, Mata Atlân!ca montana e de encosta e em res!ngas. Devido à incubação dos ovos que estava realizando, sen!u-se ameaçado e tamborilou diversas vezes. Vocalização que consiste em duas ba!das rápidas na árvore. (Imagem página 35)
34
4. CONCLUSÃO Neste levantamento, houve predomínio de espécies que habitam bordas de mata, jardins e áreas antrópicas, o fato destas áreas terem sido mais visitadas que os ambientes florestais explicam os resultados. Foram registradas 174 espécies, pra•camente 1/3 do que ocorre no município. Ambientes florestais mais preservados como nas Fazendas Angelim e Capricórnio devem ser mais explorados, pois podem abrigar muitas espécies raras, endêmicas e estritamente florestais. Foram observadas algumas ameaças para Ubatuba, principalmente ligada à especulação imobiliária, que pode comprometer ainda mais a conservação da Mata Atlân•ca, visto que mais de 80% do município é composto pelo bioma. Foram observadas 4 espécies ameaçadas de ex•nção e 6 quase ameaçadas. Portanto é necessário que mudanças no zoneamento, que estão em andamento, sejam estudadas a fim de contemplar a biodiversidade. Um setor que pode ser inves•do com mais intensidade é o ecoturismo ligado à observação de aves, já que Ubatuba possui aproximadamente 30% das aves da Mata Atlân•ca. Esta a•vidade é muito pra•cada em países da Europa e Estados Unidos e é extremamente interessante, visto que causa baixo impacto ambiental. O Projeto Aves da Mata Atlân•ca proporcionou a aquisição de muitos conhecimentos em relação à avifauna, à situação ambiental de Ubatuba, aos problemas que o município enfrenta, e a demanda da sociedade como fomento à serviços ligados à conservação do meio ambiente, como coleta de sementes e turismo de observação de aves que tragam ao mesmo tempo renda para a comunidade.
35
Agência Ambiental Pick-upau
36
Família/Espécie
Nome Comum
ANATIDAE Dendrocygna autumnalis (Linnaeus, 1758)
Marreca-cabocla
ACCIPITRIDAE Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) Elanus leucurus (Vieillot, 1818) Harpagus diodon (Temminck, 1823)
Gavião-carijó Gavião-peneira Gavião-bombachinha
ALCEDINIDAE Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) Chloroceryle americana (Gmelin, 1788)
Mar!m-pescador-grande Mar!m-pescador-pequeno
ANHIGIDAE Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766)
Bigua!nga
APODIDAE Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907
Andorinhão-do-temporal
ARDEIDAE Egre!a thula (Molina, 1782) Egre!a caerulea (Linnaeus, 1758) Butorides striata (Linnaeus, 1758) Ardea alba Linnaeus Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824)
Garça-branca-pequena Garça-azul Socozinho Garça-branca-grande Maria-faceira
CAPRIMULGIDAE Nyc"dromus albicollis (Gmelin, 1789)
Bacurau
CATHARTIDAE Coragyps atratus (Bechstein, 1793)
Urubu-de-cabeça-preta
CHARADRIIDAE Vanellus chilensis (Molina, 1782) Charadrius semipalmatus Bonaparte, 1825
Quero-quero Batuíra-de-bando
COLUMBIDAE Columbina talpaco" (Temminck, 1810) Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) Patagioenas plumbea (Vieillot, 1818) Columba livia Gmelin, 1789 Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792)
Rolinha-roxa Pombão Pomba-amargosa Pombo-domés!co Pomba-galega
Darwin Society Magazine│Série Cien#fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
Agência Ambiental Pick-upau
END
Stc
Sto
IFL
JD
LC
R
0,0060
LC LC LC
R R R
0,0969 0,0181 0,0060
LC LC
R R
0,0666 0,0121
● ●
LC
R
0,0060
●
LC
R
0,0060
LC LC LC LC LC
R R R R R
0,0545 0,0484 0,0181 0,0181 0,0121
LC
R
0,0060
LC
R
0,1515
LC LC
R VN
0,1636 0,0303
●
LC LC LC LC LC
R R R R R
0,1151 0,0303 0,0181 0,0181 0,0060
● ● ●
PD
MAR
AF
●
CAP
● ●
AA BM
●
BL
RES
MAN
CAT
●
O
●
C C C
● ●
●
P
●
●
I
●
●
P IP P P IP
●
● ●
●
●
● ●
● ●
●
I
●
●
● ● ●
● ●
Darwin Society Magazine│Série Cien#fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
● ● ●
● ●
●
●
P P
●
D
●
I C
●
FG FG FG FG FG
37
Agência Ambiental Pick-upau
38
Família/Espécie
Nome Comum
COTINGIDAE Procnias nudicollis (Vieillot, 1817)
Araponga
CUCULIDAE Crotophaga ani Linnaeus, 1758 Piaya cayana (Linnaeus, 1766) Tapera naevia (Linnaeus, 1766)
Anu-preto Alma-de-gato Saci
DENDROCOLAPTIDAE Xiphorhynchus fuscus (Vieillot, 1818) Xiphocolaptes albicollis (Vieillot, 1818) Si!asomus griseicapillus (Vieillot, 1818)
Arapaçu-rajado Arapaçu-de-garganta-branca Arapaçu-verde
DONACOBIIDAE Donacobius atricapilla (Linnaeus, 1766)
Japacanim
ESTRILDIDAE Estrilda astrild (Linnaeus, 1758)
Bico-de-lacre
FALCONIDAE Caracara plancus (Miller, 1777) Milvago chimachima (Vieillot, 1816) Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758)
Carcará Carrapateiro Acauã
FREGATIDAE Fregata magnificens Mathews, 1914
Fragata
FRINGILLIDAE Euphonia pectoralis (Latham, 1801) Euphonia violacea (Linnaeus, 1758) Euphonia chloro#ca (Linnaeus, 1766)
Ferro-velho Gaturamo-verdadeiro Fim-fim
FURNARIIDAE Synallaxis spixi Sclater, 1856 Synallaxis ruficapilla Vieillot, 1819 Automolus leucophthalmus (Wied, 1821) Furnarius rufus (Gmelin, 1788) Philydor atricapillus (Wied, 1821) Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) Furnarius figulus (Lichtenstein, 1823)
João-teneném Pichororé Barranqueiro-de-olho-branco João-de-barro Limpa-folha-coroado Curu"é Casaca-de-couro-da-lama
Darwin Society Magazine│Série Cien$fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
Agência Ambiental Pick-upau
END
Stc
Sto
IFL
JD
E
VU
R
0,0787
●
LC LC LC
R R R
0,0606 0,0606 0,0121
● ●
LC LC LC
R R R
0,0303 0,0121 0,0060
LC
R
0,0303
LC
R
0,0303
LC LC LC
R R R
0,1030 0,0424 0,0060
LC
R
0,0424
LC LC LC
R R R
0,1636 0,0545 0,0424
LC LC LC LC LC LC LC
R R R R R R R
0,0545 0,0363 0,0242 0,0181 0,0060 0,0060 0,0060
E E E E
PD
MAR
AF
CAP
AA BM
BL
RES
MAN
●
F
●
●
●
● ● ●
●
●
● ● ●
●
●
CAT
I I I
I I I
●
I
●
G
●
● ●
● ● ●
C C C
P
●
● ● ●
●
●
● ● ●
●
●
●
● ●
● ● ● ● ●
Darwin Society Magazine│Série Cien#fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
● ● ●
FI O O
I I I I I I I
39
Agência Ambiental Pick-upau
40
Família/Espécie
Nome Comum
FURNARIIDAE Phacellodomus erythrophthamus (Wied, 1821)
João-bo•na-da-mata
GALBULIDAE Galbula ruficauda Cuvier, 1816
Ariramba-de-cauda-ruiva
HIRUNDINIDAE Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) Progne chalybea (Gmelin, 1789) Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817)
Andorinha-pequena-de-casa Andorinha-domés•ca-grande Andorinha-serradora
ICTERIDAE Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) Psarocolius decumanus (Pallas, 1769) Molothrus oryzivorus (Gmelin, 1788)
Guaxe Chopim Japu Iraúna-grande
JACANIDAE Jacana jacana (Linnaeus, 1766)
Jaçanã
LARIDAE Larus dominicanus Lichtenstein, 1823
Gaivotão
NYCTIBIIDAE Nyc"bius griseus (Gmelin, 1789)
Urutau
ONYCHORHYNCHIDAE Myiobius barbatus (Gmelin, 1789)
Assanhadinho
PARULIDAE Myiothlypis rivularis (Wied, 1821) Geothlypis aequinoc"alis (Gmelin, 1789) Setophaga pi"ayumi (Vieillot, 1817) Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830)
Pula-pula-ribeirinho Pia-cobra Mariquita Pula-pula
PASSERELLIDAE Zonotrichia capensis (Sta•us Muller, 1776)
Tico-•co
PASSERIDAE Passer domes"cus (Linnaeus, 1758)
Pardal
Darwin Society Magazine│Série Cien"fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
Agência Ambiental Pick-upau
END
Stc
Sto
IFL
E
LC LC
R
0,0060
LC
R
0,0303
LC LC LC
R R R
0,1333 0,0909 0,0848
● ● ●
LC LC LC LC
R R R R
0,1575 0,0484 0,0484 0,0060
● ● ●
LC
R
0,0060
LC
R
0,0969
LC
R
0,0060
LC
R
0,0060
●
LC LC LC LC
R R R R
0,0545 0,0363 0,0303 0,0060
● ●
● ●
LC
R
0,1515
●
LC
R
0,0666
●
JD
PD
MAR
AF
CAP
AA BM
BL
RES
MAN
●
I
●
●
●
●
●
● ● ●
● ●
● ●
●
I
●
● ● ●
I I I
●
●
FI GI FI GI
●
O
●
O
●
●
● ●
●
●
CAT
●
●
I
● ●
I
●
●
●
I I I I
●
●
GI
●
●
GI
Darwin Society Magazine│Série Cien#fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
41
Agência Ambiental Pick-upau
42
Família/Espécie
Nome Comum
PHALACROCORACIDAE Nannopterum brasilianus (Gmelin, 1789)
Biguá
PICIDAE Melanerpes flavifrons (Vieillot, 1818) Picumnus cirratus Temminck, 1825 Celeus flavescens (Gmelin, 1788) Piculus flavigula (Boddaert, 1783) Campephilus robustus (Lichtenstein, 1818)
Benedito-de-testa-amarela Pica-pau-anão-barrado Pica-pau-de-cabeça-amarela Pica-pau-bufador Pica-pau-rei
PIPRIDAE Chiroxiphia caudata (Shaw & Nodder, 1793) Manacus manacus (Linnaeus, 1766)
Tangará Rendeira
PLATYRINCHIDAE Platyrinchus mystaceus Vieillot, 1818
Pa!nho
PSITTACIDAE Brotogeris "rica (Gmelin, 1788) Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) Pyrrhura frontalis (Vieillot, 1817) Pionus maximiliani (Kuhl, 1820) Pionopsi#a pileata (Scopoli, 1769)
Periquito-rico Tuim Tiriba-de-testa-vermelha Maitaca-verde Cuiú-cuiú
RALLIDAE Aramides saracura (Spix, 1825) Pardirallus nigricans (Vieillot, 1819) Gallinula galeata (Lichtenstein, 1818)
Saracura-do-mato Saracura-sanã Frango-d’água-comum
RAMPHASTIDAE Ramphastos vitellinus Lichtenstein, 1823 Ramphastos dicolorus Linnaeus, 1766
Tucano-de-bico-preto Tucano-de-bico-verde
RHINOCRYPTIDAE Psilorhamphus gu#atus (Ménétriès, 1835)
Tapáculo-pintado
RHYNCHOCYCLIDAE Todirostrum poliocephalum (Wied, 1831) Colonia colonus (Vieillot, 1818) Hemitriccus orbitatus (Wied, 1831)
Teque-teque Viuvinha Tiririzinho-do-mato
Darwin Society Magazine│Série Cien#fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
Agência Ambiental Pick-upau
END
E
E E E
E
E
E E
Stc
Sto
IFL
LC
R
0,1090
LC LC LC LC LC
R R R R R
0,1090 0,0727 0,0303 0,0121 0,0060
LC LC
R R
0,1333 0,1030
LC
R
0,0060
LC LC LC LC LC
R R R R R
0,1818 0,1696 0,1333 0,0848 0,0060
LC LC LC
R R R
0,0303 0,0303 0,0060
VU LC
R R
0,0727 0,0060
NT
R
0,0060
LC LC NT
R R R
0,1393 0,0666 0,0242
JD
PD
MAR
AF
CAP
AA BM
BL
RES
●
●
● ● ● ●
MAN
CAT
●
P
●
FI I FI I I
● ●
O O
● ●
●
●
●
●
● ●
● ●
●
●
● ● ● ●
●
I
●
● ● ●
● ● ● ●
● ● ●
FN F F F F
●
●
O O O
● ●
●
●
●
●
●
●
Darwin Society Magazine│Série Cien#fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
● ●
O O
●
I
● ●
●
●
I I I
43
Agência Ambiental Pick-upau
44
Família/Espécie
Nome Comum
RHYNCHOCYCLIDAE Mionectes rufiventris Cabanis, 1846 Hemitriccus furcatus (Lafresnaye, 1846) Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766)
Abre-asa-de-cabeça-cinza Papa-moscas-estrela Ferreirinho-relógio
RYNCHOPIDAE Rynchops niger Linnaeus, 1758
Talha-mar
SCOLOPACIDAE Calidris alba (Pallas, 1764) Ac!!s macularius (Linnaeus, 1766)
Maçarico-branco Maçarico-pintado
STERNIDAE Sterna hirundinacea Lesson, 1831
Trinta-réis-de-bico-vermelho
STRIGIDAE Athene cunicularia (Molina, 1782)
Coruja-buraqueira
THAMNOPHILIDAE Herpsilochmus rufimarginatus (Temminck, 1822) Drymophila ferruginea (Temminck, 1822) Drymophila squamata (Lichtenstein, 1823) Mackenziaena severa (Lichtenstein, 1823) Dysithamnus mentalis (Temminck, 1823) Hypoedaleus gu"atus (Vieillot, 1816) Dysithamnus s!ctothorax (Temminck, 1823) Conopophaga melanops (Vieillot, 1818) Mackenziaena leachii (Such, 1825) Dysithamnus xanthopterus Burmeister, 1856 Drymophila malura (Temminck, 1825) Thamnophilus ruficapillus Vieillot, 1816 Rhopias gularis (Spix, 1825)
Chorozinho-de-asa-vermelha Trovoada Pintadinho Borralhara Choquinha-lisa Chocão-carijó Choquinha-de-peito-pintado Cuspidor-de-máscara-preta Borralhara-assobiadora Choquinha-de-asa-ferrugem Choquinha-carijó Choca-de-chapéu-vermelho Choquinha-de-garganta-pintada
THRAUPIDAE Ramphocelus bresilius (Linnaeus, 1766) Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) Tangara seledon (Sta!us Muller, 1776) Dacnis cayana (Linnaeus, 1766)
Tiê-sangue Canário-da-terra Cambacica Coleirinho Saíra-sete-cores Saí-azul
Darwin Society Magazine│Série Cien#fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
Agência Ambiental Pick-upau
END
Stc
Sto
IFL
E E
LC VU LC
R R R
0,0060 0,0060 0,0060
LC
R
0,0121
LC LC
VN VN
0,0060 0,0060
LC
R
0,0060
LC
R
0,0121
LC LC LC LC LC LC NT LC LC LC LC LC LC
R R R R R R R R R R R R R
0,2 0,1151 0,0606 0,0363 0,0303 0,0181 0,0181 0,0121 0,0060 0,0060 0,0060 0,0060 0,0060
●
LC LC LC LC LC LC
R R R R R R
0,3515 0,2363 0,2060 0,1818 0,1696 0,1212
● ● ● ● ● ●
E E
E E E E E E E
E
JD
PD
MAR
AF
CAP
AA BM
BL
RES
MAN
●
CAT
FI I I
● ●
●
P
●
I
●
●
PI
●
● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
C
●
●
● ●
●
●
● ●
● ●
● ● ● ●
● ●
● ● ● ● ● ●
Darwin Society Magazine│Série Cien#fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
● ● ●
●
● ● ●
● ● ● ● ●
● ● ● ● ●
I I I I I I I I I I I I I
FI G O G FI O
45
Agência Ambiental Pick-upau
46
Família/Espécie
Nome Comum
THRAUPIDAE Tachyphonus coronatus (Vieillot, 1822) Tangara cyanocephala (Sta!us Muller, 1776) Tangara palmarum (Wied, 1821) Lanio cristatus (Linnaeus, 1766) Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) Saltator fuliginosus (Daudin, 1800) Tangara ornata (Sparrman, 1789) Vola!nia jacarina (Linnaeus, 1766) Tangara cyanoptera (Vieillot, 1817) Tersina viridis (Illiger, 1811) Chlorophanes spiza (Linnaeus, 1758) Pipraeidea melanonota (Vieillot, 1819) Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) Sporophila lineola (Linnaeus, 1758) Sporophila frontalis (Verreaux, 1869)
Tiê-preto Saíra-militar Sanhaço-do-coqueiro Tiê-galo Sanhaço-cinzento Pimentão Sanhaço-de-encontro-amarelo Tziu Sanhaço-de-encontro-azul Saí-andorinha Saí-verde Saíra-viúva Baiano Bigodinho Pixoxó
TITYRIDAE Pachyramphus validus (Lichtenstein, 1823) Pachyramphus castaneus (Jardine & Selby, 1827) Schiffornis virescens (Lafresnaye, 1838)
Caneleiro-de-chapéu-negro Caneleiro Flau!m
TROCHILIDAE Florisuga fusca (Vieillot, 1817) Thalurania glaucopis (Gmelin, 1788) Ramphodon naevius (Dumont, 1818) Aphantochroa cirrochloris (Vieillot, 1818) Anthracothorax nigricollis (Vieillot, 1817) Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) Chloros!lbon lucidus (Shaw, 1812) Glaucis Hirsutus (Gmelin, 1788) Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) Phaethornis eurynome (Lesson, 1832) Lophornis chalybeus (Temminck, 1821) Hylocharis cyanus (Vieillot, 1818) Eupetomena macroura (Gmelin, 1788)
Beija-flor-preto Beija-flor-tesoura-de-cabeça-violeta Beija-flor-rajado Beija-flor-cinza Beija-flor-de-veste-preta Rabo-branco-rubro Besourinho-de-bico-vermelho Balança-rabo-de-bico-torto Beija-flor-de-banda-branca Rabo-branco-de-garganta-rajada Tope!nho-verde Beija-flor-roxo Beija-flor-tesoura
TROGLODYTIDAE Troglodytes musculus Naumann, 1823 Cantorchilus longirostris (Vieillot, 1819)
Corruíra Garrinchão-de-bico-grande
Darwin Society Magazine│Série Cien$fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
Agência Ambiental Pick-upau
END
Stc
Sto
IFL
JD
E
LC LC LC LC LC LC LC LC NT LC LC LC LC LC VU
R R R R R R R R R R R R R R R
0,1151 0,0969 0,0545 0,0484 0,0484 0,0424 0,0363 0,0242 0,0181 0,0121 0,0121 0,0060 0,0060 0,0060 0,0060
● ● ●
LC LC LC
R R R
0,0484 0,0484 0,0242
● ●
LC LC NT LC LC LC LC LC LC LC NT LC LC
R R R R R R R R R R R R R
0,0909 0,0484 0,0242 0,0242 0,0242 0,0121 0,0121 0,0121 0,0121 0,0060 0,0060 0,0060 0,0060
● ● ● ● ● ●
LC LC
R R
0,3818 0,0424
●
E E E
E
E E E
E
E
PD
MAR
AF
AA BM
● ● ● ●
● ● ●
CAP
●
● ● ● ●
BL
RES
MAN
● ●
●
● ● ●
● ● ●
● ● ●
● ●
● ● ● ● ●
● ●
●
● ●
● ●
● ●
●
NI NI NI NI NI NI NI NI NI NI NI NI NI
● ● ● ●
● ● ● ● ● ●
● ●
●
●
Darwin Society Magazine│Série Cien#fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
●
O FN FI FI FI FI FI G FI FI O FI G G G
FI FI O
●
●
CAT
● ●
I O
47
Agência Ambiental Pick-upau
48
Família/Espécie
Nome Comum
TROGONIDAE Trogon viridis (Linnaeus, 1766)
Surucuá-grande-de-barriga-amarela
TURDIDAE Turdus rufiventris Vieillot, 1818 Turdus leucomelas Vieillot, 1818 Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 Turdus subalaris (Seebohm, 1887) Turdus flavipes Vieillot
Sabiá-laranjeira Sabiá-barranco Sabiá-poca Sabiá-ferreiro Sabiá-una
TYRANNIDAE Myiozetetes similis (Spix, 1825) Fluvicola nengeta (Linnaeus, 1766) Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) Legatus leucophaius (Vieillot, 1818) Myiodynastes maculatus (Sta!us Muller, 1776) Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) Hirundinea ferruginea (Gmelin, 1788) Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) A#la rufus (Vieillot, 1819) Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) Contopus cinereus (Spix, 1825) Tyrannus savana Daudin, 1802 Pyrocephalus rubinus (Boddaert, 1783) Myiarchus swainsoni Cabanis & Heine, 1859
Bem-te-vizinho-de-topete-vermelho Lavadeira-mascarada Bem-te-vi Suiriri Bico-chato-de-orelha-preta Bem-te-vi-pirata Bem-te-vi-rajado Bem-te-vi-do-gado Gibão-de-couro Risadinha Guaracava-de-barriga-amarela Capitão-de-saíra Nei-nei Papa-moscas-cinzento Tesourinha Verão Irrê
VIREONIDAE Vireo chivi (Vieillot, 1817) Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789)
Juruviara Pi!guari
XENOPIDAE Xenops minutus (Sparrman, 1788) Xenops ru$lans Temminck, 1821
Bico-virado-miúdo Bico-virado-carijó
Darwin Society Magazine│Série Cien#fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
Agência Ambiental Pick-upau
END
E
Stc
Sto
IFL
JD
LC
R
0,0787
●
●
LC LC LC LC LC
R R R R R
0,1090 0,1090 0,0242 0,0181 0,0545
● ● ●
●
●
●
LC LC LC LC LC LC LC LC LC LC LC LC LC LC LC LC LC
R R R R R R R R R R R R R R R R R
0,3393 0,2969 0,2727 0,2121 0,1212 0,1030 0,0484 0,0484 0,0484 0,0363 0,0303 0,0303 0,0242 0,0121 0,0060 0,0060 0,0060
● ● ● ●
● ●
LC LC
R R
0,0666 0,0242
LC LC
R R
0,0060 0,0060
PD
MAR
AF
CAP
AA BM
BL
● ●
●
●
● ● ● ●
●
●
● ● ● ● ● ●
MAN
●
● ●
●
●
●
● ●
● ● ● ●
● ● ● ●
● ● ● ● ●
● ● ● ●
● ● ● ● ● ● ●
● ●
● ●
●
● ●
Darwin Society Magazine│Série Cien#fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
● ●
● ●
●
● ● ● ●
● ●
●
CAT
FI
● ●
●
●
RES
FI FI FI FI FI
FI I O FI I I FI I I O FI O I I I I FI
FI FI
I I
49
Agência Ambiental Pick-upau
LEGENDA TABELA: END = Espécie endêmica; Stc = Status de conservação de acordo com IUCN (2016): VU = Vulnerável, NT = Quase Ameaçado, LC = Pouco Preocupante; Sto = Status de Ocorrência: R = Residente (evidências de reprodução no país); VN = Visitantes sazonais provenientes do Hemisfério Norte; IFL = Índice de frequência nas listas; Locais onde as espécies foram registradas: JD = Jardim; PD = Praias e Dunas; M = Mar; AF = Ambiente florestal; CAP = Capoeirinha; AA = Área antrópica; M = Borda de mata; BL = Brejos e lagos; RES = Res•nga; MAN = Manguezal; CAT = Categoria trófica: C = Carnívoros; D = Detri•voros; F = Frugívoros; FI = Frugívoros e Inse•voros; FN = Frugívoros e Nectarívoros; G = Granívoros; GF = Granívoros e Frugívoros; GI = Granívoros e Inse•voros; I = Inse•voros; NI = Nectarívoros e Inse•voros; O = Onívoros; P = Piscívoros; PI = Piscívoros e Inse•voros.
PINTADINHO Drymophila squamata. O pintadinho é endêmico, frequenta matas de baixada entre 0 e 300m, res•nga arbórea parcialmente alagada, com sub-bosque tomado por soqueiras densas de helicônias ou emaranhados de bambus. A espécie foi observada no Refúgio Natural Falcão, Praias da Fazenda Camburi, Prumirim e Fazenda Angelim.
50
VIVEM NA VERMELHA Phalacrocorax brasilianus. O biguá é uma espécie associada a ambientes aquá•cos. Exímio nadador, alimenta-se de pequenos peixes e artrópodes aquá•cos. A•nge 73 cen•metros e possui o hábito de permanecer com as asas abertas a fim de secá-las ao sol. Foi observado em Itaguá, Perequê-açu, Itamambuca, Puruba e uma colônia nos lagos da Vermelha do Norte.
51
Agência Ambiental Pick-upau
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Almeida-Neto, M.; Campassi, F.; Gale•, M. et al.
Goerck, J. M. 1997. Pa"erns of rarity in the birds of
2008. Vertebrate dispersal syndromes along the
the Atlan!c forest of Brazil. Cons. Biol. 11:112-118.
Atlan!c Forest: broad-scale pa"erns and macroecological correlates. Global Ecology & Biogeogra-
Grantsau, R. K. H. Guia completo para iden!fi-
phy 17: 503-513.
cação das Aves do Brasil. v. 2. São Carlos. Vento Verde, 2010. 656p.
Becker Guedes, F. & Seehusen, S. E. (eds.). Pagamentos por Serviços Ambientais na Mata Atlân-
Grantsau, R. K. H. Guia completo para iden!fi-
!ca: lições aprendidas e desafios. Brasília, MMA.
cação das Aves do Brasil. v. 1. São Carlos. Vento
2011.
Verde, 2010. 624p.
Brooks, T. & Balmford, A. 1996. Atlan!c forest ex-
IBGE – Ins!tuto Brasileiro de Geografia e Esta%s-
!nc!ons. Nature 380:115.
!ca. Ubatuba – Infográficos: Dados gerais do município. 2016. Disponível em: <h!p://cidades.ibge.
Campanili, M.; Schaffer, W. B. (Org.). Mata Atlân-
gov.br>. Acesso em: 15 de fevereiro de 2017.
!ca: Patrimônio Nacional dos Brasileiros. Série Biodiversidade 34. Ministério do Meio Ambiente
Ins!tuto Pólis. Resumo Execu!vo de Ubatuba.
(MMA). Secretaria de Biodiversidade e Florestas.
Litoral Sustentável – Desenvolvimento com In-
Núcleo Mata Atlân!ca e Pampa. Brasília – MMA,
clusão Social. 2013. 44p. Disponível em: <h!p://
2010. 408p.
litoralsustentavel.org.br>. Acesso em: 04 de abril de 2017.
Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos – CBRO. 2015. Listas das aves do Brasil. v. 23. n. 2
Konishi, M., et al. 1989. Contribu!ons of bird
CBRO. Belém. Disponível em <h!p://www.cbro.
studies to biology. Science 246:465-472.
org.br>. Acesso em: 05 de abril de 2017. Lista Vermelha da IUCN de Espécies Ameaçadas. Cramer, J. M.; Mesquita, R. C. G.; Williamson, G.
Versão 2016-3. Disponível em: <www.iucnredlist.
B. 2007. Forest fragmenta!on differen!ally affects
org>. Acesso em 26 de abril de 2017.
the seed dispersal of large and small-seeded tropical trees. Biological Conserva!on 137:415-423.
Mackinnon, J. 1991. Field guide to the birds of Java and Bali. Gadjah Mada University Press, Bu-
Develey, P. F. & Endrigo, E. 2011. Aves da Grande
laksumur, 390p.
São Paulo: Guia de Campo. 2ª ed. Aves e Fotos.SP
52
Darwin Society Magazine│Série Cien%fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
Agência Ambiental Pick-upau
MMA – Ministério do Meio Ambiente. Biomas.
Sick, H. 1997. Ornitologia brasileira. Nova Fron-
2017. Disponível em: <h•p://www.mma.gov.br/
teira, Rio de Janeiro. 912p.
biomas>. Sigrist, T. Iconografia Aves do Brasil – Mata AtlânPMU
–
Prefeitura
Municipal
de
Ubatuba.
"ca. v. 2 Vinhedo: Avis Brasilis, 2012. 400p.
Ecoturismo em Ubatuba/Observação de aves. 2017.
Disponível
em
<h•ps://www.ubatuba.
sp.gov.br/>. Acesso em: 10 de fevereiro de 2017.
Silva, J. M. C.; Tabarelli, M. 2000. Tree species impoverishment and the future flora of the Atlan"c Forest of Northeast Brazil. Nature 404: 72-74.
Pough, F. H.; Janis, C. M. & Heiser, J. B. A Vida dos Vertebrados. 3ª ed. São Paulo: Atheneu. 2003.
Silveira, L. F. Apos"la de Ornitologia Básica. Uni-
699p.
versidade de SP. 2012. Disponível em: <h•p:// www.ib.usp.br/>. Acesso em: 05 de março de 2017.
Primack. R. B. & Rodrigues, E. Biologia da Conservação. Londrina, 2001. 328p.
SMA/FF (Secretaria de Estado do Meio Ambiente/ Fundação Florestal). Plano de Manejo do PESM.
Ribon, R., Simon, G.E. & Ma!os, G.T. 2003. Bird
2006. Disponível em: <www.fflorestal.sp.gov.br>.
ex"nc"ons in Atlan"c forest fragments of the Viçosa region, southeastern Brasil. Conserv. Biol.
Western, D. & W. Henry. 1979. Economics and con-
17(6):1827-1839.
serva"on in Third World na"onal parks. BioScience 29: 414-418.
Rio de Janeiro (Estado). Manguezais: educar para proteger. Rio de Janeiro: FEMAR: SEMADS, 2001.
Wikiaves. 2017. Disponível em: <h•p://www.wiki-
96 p. Secretaria de Estado de Meio Ambiente e De-
aves.com/>. Acesso em: 15 de fevereiro de 2017.
senvolvimento Sustentável – SEMADS. Willis, E. O. 1979. The composi"on of avian comSão Paulo (Estado). SMA – Secretaria Estadual de
muni"es in remanescent woodlots in southern Bra-
Maio Ambiente. Biodiversidade. Cadernos de Edu-
zil. Pap. avulsos zool. 33(1):1-25.
cação Ambiental. São Paulo: SMAa, 2010. 112p. Yokoya, N. S. Distribuição e origem. In: Yara SchaefSão Paulo (Estado). SMA – Secretaria Estadual de
fer-Novelli (Ed.). Manguezal: Ecossistema entre a
Maio Ambiente. Ecoturismo. Cadernos de Edu-
terra e o mar. São Paulo: Caribbean ecological re-
cação Ambiental. São Paulo: SMA, 2010. 43p.
search, 1995, p. 9- 12.
Darwin Society Magazine│Série Cien%fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
53
RENDEIRA Macho de Manacus manacus, a rendeira vive em florestas úmidas
6. REFERÊNCIAS CONSULTADAS
da Amazônia, Mata Atlân"ca, matas de araucária e matas mesófilas. Um dos poucos piprídeos que seguem formigas de correição. No período de acasala-
Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos –
mento, os machos reúnem-se em arenas,
CBRO. 2015. Listas das aves do Brasil. v. 23. n. 2
pulando entre galhos ver"cais. A fêmea
CBRO. Belém. Disponível em <www.cbro.org.br>.
constrói sozinha o ninho sobre córregos.
Acesso em: 05 de abril de 2017.
Foi observada no Villa do Mar, Puruba, Prumirim, Fazendas Capricórnio e Angelim
Develey, P. F. & Endrigo, E. 2011. Aves da Grande
e nas Praias da Fazenda e da Justa, onde
São Paulo: Guia de Campo. 2a ed. Aves e Fotos. SP
há uma trilha que possui seu nome. Trilha da rendeira.
Gorman, G. Woodpeckers of the World. A Photograpgic Guide. Canadá: Firefly Book. 2014. 528p. Pough, F. H.; Janis, C. M. & Heiser, J. B. A Vida dos Vertebrados. 3ª ed. São Paulo: Atheneu. 2003. 699p. Ridgely, R. S.; Gwynne, J. A.; Tudor, G. & Argel, M. (2015). Aves do Brasil. vol. 2. Mata Atlân"ca do Sudeste. Horizonte. 417p. Sick, H. 1997. Ornitologia brasileira. Nova Fronteira, Rio de Janeiro. 912p. Sigrist, T. Iconografia Aves do Brasil – Mata Atlân"ca. v. 2 Vinhedo: Avis Brasilis, 2012. 400p. Sigrist, T. Aves do Brasil Oriental – Guia de Bolso. São Paulo: Avis brasilis, 2015. 336p. Sigrist, T. Guia de Campo Avis Brasilis – Avifauna Brasileira. 4ª ed. São Paulo: Avis Brasilis. 2014. 608p. Von Ma#er, S. et al. Ornitologia e Conservação: Ciência Aplicada, Técnicas de Pesquisa e Levantamento. Rio de Janeiro: Technical Books, 2010. 516p.
54
Agência Ambiental Pick-upau
7. QUEM SOMOS
Sobre a Pick-upau
Sobre o Projeto Darwin
A Agência Ambiental Pick-upau é uma or-
O Projeto Darwin tem como principais cara-
ganização não governamental sem fins lucra-
cterís•cas conhecer e divulgar os atributos naturais
•vos de caráter ambientalista 100% brasileira,
e culturais dos biomas brasileiros, incluindo áreas
fundada em 1999, por três ex-integrantes do
par•culares, Unidades de Conservação. Lançado
Greenpeace-Brasil.
no
em 2009, durante as comemorações de 200 anos
Cerrado brasileiro, tem sua sede, próxima a
do nascimento de Charles Robert Darwin, o projeto
uma das úl•mas e mais importantes reser-
de pesquisa cien•fica da Agência Ambiental Pick-
vas de Mata Atlân•ca da cidade de São Pau-
upau realiza inventários biológicos de espécies pre-
lo, o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga.
dominantes da fauna e da flora, mantém coleções
Por tratar-se de uma organização sobre Meio
cien•ficas, desenvolve estudos sobre produção
Ambiente, sem uma bandeira única, a Agência Am-
florestal, recuperação de áreas degradadas, mu-
biental Pick-upau possui e desenvolve projetos em
danças climá•cas entre outras áreas. O projeto tem
diversas áreas ambientais. Desde a educação e o
o compromisso de sensibilizar o maior número de
jornalismo ambiental, através do Portal Pick-upau
pessoas possíveis para tornar viável o desenvolvi-
– Central de Educação e Jornalismo Ambiental,
mento socioeconômico e a preservação do ambi-
hoje com cerca de 50.000 páginas de conteúdo
ente das regiões pesquisadas.
Originalmente
criada
totalmente gratuito; passando por programas de
Saiba mais: www.darwin.org.br
produção florestal de espécies na•vas de biomas brasileiros; reflorestamento de áreas degradadas
Sobre o CECFLORA
e recuperação de fragmentos florestais; polí•cas públicas, através da atuação em conselhos; neu-
O Centro de Estudos e Conservação da Flora
tralização de gases de efeito estufa e mi•gação
– CECFLORA foi criado em 2014 pela Agência Am-
às mudanças climá•cas através de projetos REDD,
biental Pick-upau para o desenvolvimento de pes-
plan•o de mudas e créditos de carbono; até a pes-
quisas cien•ficas sobre biodiversidade nas áreas de
quisa cien•fica sobre biodiversidade da fauna e
bioquímica e fisiologia; produção florestal de espé-
flora.
cies na•vas e exó•cas; experimentos com plantas Saiba mais: www.pick-upau.org.br
ornamentais, epífitas e sementes; além de estudos com insetos e avifauna. Fonte: Pick-upau Saiba mais: www.cecflora.org.br
Darwin Society Magazine│Série Cien•fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
55
56
AVIFAUNA Jacana jacana. O jaçanã é uma ave pernalta que habita pequenos brejos e banhados, alimenta-se de artrópodes, moluscos e pequenos peixes. Possui 25 cen•metros. Os filhotes cuidados pelo macho são muito predados por serpentes aquá•cas e jacarés.
57
Sobre a Petrobras A Petrobras é uma sociedade anônima de capital aberto, cujo acionista majoritário é a União Federal (representada pela Secretaria do Tesouro Nacional), que atua como uma empresa integrada de energia nos seguintes setores: exploração e produção, refino, comercialização, transporte, petroquímica, distribuição de derivados, gás natural, energia elétrica, gás-química e biocombus•veis. Além do Brasil, encontra-se presente em outros 17 países e é líder do setor petrolífero no nosso país. Suas ações e negócios se orientam por valores que incen•vam o desenvolvimento sustentável, a atuação integrada e a responsabilidade por resultados, cul•vando a pron•dão para mudanças e o espírito de empreender, inovar e superar desafios. Como forma de democra•zar o acesso aos recursos e garan•r a transparência, a Petrobras realiza seleções públicas nacionais e regionais do Programa Petrobras Socioambiental. Os processos sele•vos são elaborados com a par•cipação de representantes de diferentes áreas da Petrobras, da sociedade civil e do governo. Quando abertas, as seleções públicas são amplamente divulgadas no
NO QUILOMBO Galbula ru-
site da companhia e em outros meios de comuni-
ficauda, macho de ariramba-de-
cação. Fonte: Petrobras Saiba mais: www.petrobras.com.br
cauda-ruiva, a espécie vive em capoeiras, áreas campestres, brejos, cerrados e caa"ngas. O casal escava túneis em barrancos e em cupinzeiros arbóreos ou terrestres e o macho alimenta a fêmea durante a corte.
58
Agência Ambiental Pick-upau
Sobre a FPZSP
A Divisão de Veterinária que é composta principalmente por veterinários, tratadores, en-
Desde 1958 a Fundação Parque Zoológico
fermeiros e técnicos de laboratório, é responsável
de São Paulo proporciona entretenimento, desen-
pela saúde dos animais. A equipe desta área realiza
volve pesquisas e trabalha para a conservação das
vacinações, quarentenas, exames e cirurgias, além
espécies man•das em ca•veiro, além de despertar
de atendimentos clínicos e odontológicos. Conta
a consciência ambiental da população por intermé-
ainda com um programa de medicina preven•va.
dio de suas três unidades: Zoo, Zoo Safári e a Di-
Na equipe da Divisão de Ciências Biológicas, sub-
visão de Produção Rural.
dividida nos setores de Aves, Mamíferos e Répteis,
Inserido no PE das Fontes do Ipiranga,
os biólogos são responsáveis pelo manejo reprodu-
um dos mais importantes segmentos rema-
•vo, exposição e demais cuidados com as espécies
nescentes de Mata Atlân•ca da cidade de São
man•das em ca•veiro.
Paulo, o Zoo e o Zoo Safári acolhem algumas
Em conjunto com a equipe de biólogos e
das nascentes do riacho do Ipiranga e abri-
tratadores do parque, o PECA – Programa de En-
gam dezenas de espécies da fauna na•va.
riquecimento Comportamental Animal visa ga-
aproximadamente
ran•r o bem-estar dos animais. Para que haja
900.000 m², o Zoo e o Zoo Safári, além de abri-
eficiência no trabalho dos técnicos e garan•a da
gar as espécies na•vas mantém uma popu-
saúde dos animais, uma dieta variada e equili-
lação com cerca de 3.000 animais, representa-
brada é muito importante. Por isso, o cardá-
dos por inúmeras espécies de mamíferos, aves,
pio de cada um deles é elaborado por zootec-
répteis, an•bios e invertebrados. Dentre estes
nistas e biólogos e preparado cuidadosamente
animais encontram-se espécies bastante raras
pela equipe do Setor de alimentação animal.
e ameaçadas de ex•nção, como o gavial-da-
Este setor recebe anualmente cerca de 1.500
Malásia, três das quatro espécies de micos-leão
toneladas de alimentos com excelente qualidade
(mico-leão-preto, mico-leão-de-cara-dourada e mi-
biológica e altos valores nutri•vos, produzidos na
co-leão-dourado), rinocerontes, dentre outros.
Divisão de produção rural.
Com
uma
área
de
Vinculado à Secretaria do Meio Ambiente do
A pesquisa cien"fica também faz parte do
Estado de SP, o Zoo recebeu, desde sua abertura,
processo de evolução da Fundação, que tem parce-
mais de 85 milhões de visitantes, atendendo por
ria com a UNIFESP para detecção e prospecção de
ano um público de mais de 1 milhão e 600 mil
microorganismos de interesse biotecnológico em
pessoas. Para manter todas as suas a•vidades, a
sua compostagem.
Fundação conta com uma equipe de aproximada-
Fonte: Divisão de Educação e Difusão
mente 400 funcionários efe•vos, distribuídos nas
Saiba mais: www.zoologico.com.br/
áreas: técnica, administra•va e operacional, além de colaboradores nas categorias de estagiários, aprimorandos e voluntários.
Darwin Society Magazine│Série Cien"fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
59
Agência Ambiental Pick-upau
Sobre o FNMC
Sobre o MMA
O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima
O Ministério do Meio Ambiente – MMA,
(Fundo Clima) foi criado pela Lei n° 12.114/2009
criado em novembro de 1992, tem como missão
e regulamentado pelo Decreto n° 7.343/2010. O
promover a adoção de princípios e estratégias
Fundo é um instrumento da Polí•ca Nacional so-
para o conhecimento, a proteção e a recuperação
bre Mudança do Clima (PNMC), ins•tuída pela Lei
do meio ambiente, o uso sustentável dos recursos
n° 12.187/2009. Ele tem por finalidade financiar
naturais, a valorização dos serviços ambientais e a
projetos, estudos e empreendimentos que visem
inserção do desenvolvimento sustentável na for-
à mi•gação (ou seja, à redução dos impactos) da
mulação e na implementação de polí•cas públicas,
mudança do clima e à adaptação a seus efeitos.
de forma transversal e compar•lhada, par•cipa•va
O Fundo Clima é vinculado ao Ministério
e democrá•ca, em todos os níveis e instâncias de
do Meio Ambiente (MMA) e disponibiliza recur-
governo e sociedade. A Lei nº 10.683, de 28 de
sos em duas modalidades, a saber, reembolsável e
maio de 2003, que dispõe sobre a organização da
não-reembolsável. Os recursos reembolsáveis são
Presidência da República e dos ministérios, cons•-
administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvi-
tuiu como área de competência do Ministério do
mento Econômico e Social (BNDES). Os recursos
Meio Ambiente os seguintes assuntos: polí•ca na-
não-reembolsáveis são operados pelo MMA.
cional do meio ambiente e dos recursos hídricos;
As fontes de recursos do Fundo Clima são:
polí•ca de preservação, conservação e u•lização
dotações consignadas na Lei Orçamentária Anual
sustentável de ecossistemas, e biodiversidade
(LOA) da União; doações de en•dades nacionais
e florestas; proposição de estratégias, mecanis-
e internacionais, públicas ou privadas; outras mo-
mos e instrumentos econômicos e sociais para a
dalidades previstas na lei de criação.
melhoria da qualidade ambiental e o uso susten-
O Fundo é administrado por um Comitê
tável dos recursos naturais; polí•cas para a inte-
Gestor presidido pelo secretário-Execu•vo do
gração do meio ambiente e produção; polí•cas e
MMA e tem papel estratégico na orientação do
programas ambientais para a Amazônia Legal; e
Fundo. Além disso, deve aprovar a proposta orça-
zoneamento ecológico-econômico. O MMA teve a
mentária e o Plano Anual de Aplicação de Recur-
sua estrutura regimental regulamentada pelo De-
sos – PAAR. Ao final de cada ano, elabora relatórios
creto nº 6.101, de 26 de abril de 2007, que esta-
sobre a aplicação das verbas. O órgão colegiado
beleceu uma nova estrutura organizacional com a
tem também a atribuição de estabelecer diretrizes
criação e a manutenção de importantes e estratégi-
e prioridades de inves•mento com frequência bi-
cos órgãos, secretarias, departamentos, conselhos,
enal. Por fim, o Comitê Gestor tem a função de au-
autarquias e agências, como Departamento de Ar-
torizar o financiamento de projetos e recomendar
•culação de Polí•cas para a Amazônia e Controle
a contratação de estudos. Fonte: MMA
do Desmatamento; Departamento de Economia e Meio Ambiente; Departamento de Fomento ao
60
Darwin Society Magazine│Série Cien#fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
Desenvolvimento Sustentável; Departamento de Apoio ao Conselho Nacional do Meio Ambiente; Secretaria de Mudanças Climá•cas e Qualidade Ambiental; Departamento de Mudanças Climá•cas; Departamento de Licenciamento e Avaliação Ambiental; Departamento de Qualidade Ambiental na Indústria; Departamento de Conservação da Biodiversidade; Departamento de Florestas; Departamento de Áreas Protegidas; Departamento do Patrimônio Gené•co; Departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas; Secretaria de Extra•vismo e Desenvolvimento Rural Sustentável; Secretaria de Ar•culação Ins•tucional e Cidadania Ambiental; Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama); Conselho Nacional da Amazônia Legal (Conamaz); Conselho Nacional de Recursos Hídricos; Conselho Delibera•vo do Fundo Nacional do Meio Ambiente; Conselho de Gestão do Patrimônio Gené•co; Comissão de Gestão de Florestas Públicas; Comissão Nacional de Florestas (Conaflor); Serviço Florestal Brasileiro (SFB); além da Agência Nacional de Águas (ANA); do Ins•tuto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA); do Ins•tuto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); e do Ins•tuto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ). Fonte: MMA Saiba mais: www.mma.gov.br ARAPAÇU Xiphocolaptes albicollis. Arapaçú-de-garganta-branca, maior espécie do gênero. Ocorre na Mata Atlân!ca, matas mesófilas e matas de galeria até 2000m de al!tude. Captura grandes insetos, pequenos vertebrados e caramujos arborícolas. Preda também ovos de aves que nidificam em cavidades. A espécie foi vista no Quilombo da Casa da Farinha.
61
SUIRIRI Tyrannus melancholicus. O suiriri é migratório, aparece no sudeste na primavera e verão. Possui ampla distribuição na América La•na. Solitário ou em pares, realizam voos acrobá•cos capturando insetos alados e em seguida retornam ao mesmo poleiro. Habita áreas abertas e cidades.
62
Darwin Society Magazine é uma publicação cien•fica da Agência Ambiental Pick-upau que tem o obje•vo de divulgar a•vidades e pesquisas realizadas pela equipe técnica da organização, através de seus projetos ins•tucionais sobre conservação da biodiversidade e meio ambiente em geral.
Darwin Society Magazine│Série Cien•fica v.26 - n.26 - Abril de 2017
63
64