Revista do CREFITO-2, numero 10.

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Especial CREFITO-2 no Espírito Santo -------------------------------------------------------------------------------------------------- Página 5

Sumário

Reportagem TERCEIRA IDADE Atuação de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais ------------------------------------------------------------- Páginas 6 e 7 Reflexão A reforma psiquiátrica no cotidiano ------------------------------------------------------------------------------------------ Página 8 Cooperativas: avanço trabalhista ou retrocesso social? ------------------------------------------------------------------- Página 9 Datas 18 DE MAIO - Dia Nacional da Luta Antimanicomial ----------------------------------------------------------- Páginas 10 e 11 Conheça o CREFITO -------------------------------------------------------------------------------------------------- Página 11 Em Pauta ------------------------------------------------------------------------------------------------------------Páginas 12 e 13 Capa INCA: fisioterapia e Terapia Ocupacional Diferencial na Clínica Oncológica ---------------------------------------------------------------------------------- Páginas 14 a 17 Polêmica Em nome da verdade -------------------------------------------------------------------------------------------------------- Página 18 Fique Ligado... ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- Página 19 A União faz a Força -------------------------------------------------------------------------------------------Páginas 20 e 21 Por Onde Andamos ---------------------------------------------------------------------------------------------Páginas 22 e 23 Trocando Experiências TERAPIA OCUPACIONAL Atenção Domiciliar em Estimulação Precoce ---------------------------------------------------------------------------- Página 24 Agenda ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------Páginas 25 e 26

CREFITO CREFITO-

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ÓRGÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DA 2ª REGIÃO Rua Morais e Silva, 129 - Maracanã - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20271-031 Tels.: (21) 2568-8060 e 2569-9588/Fax: (21) 2264-0956 - E-mail: crefito2@crefito2.org.br - Home page: www.crefito2.org.br

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Diretoria Presidente Dra. Rita de Cassia Garcia Vereza Vice-presidente Dra. Sandra Regina Guedes Pacheco Diretor secretário Dra. Claudia Regina da Silva Braz Diretor tesoureiro Dra. Liana de Brito Braga

Membros suplentes Dr. André Luiz Menezes da Silva Dr. Antônio Pimentel Reis Dr. Carlos Roberto Pinto Pereira Dra. Elizabeth Carvalho Benjó Dra. Ester Regina Menezes da Silva Dra. Helena Beatriz Carvalho Ramos Dra. Márcia Cristina Garcia da Silva Rogério Dra. Rita de Cássia Barcellos Bittencurt

Jornalista Responsável Arthur Rocha Reg. Prof. 13.957 - DRT/RJ Só Texto Comunicação Revisão Mariflor Brenlla Rial Fotografia Miro Meirelles Produção Gráfica Glifo Comunicação Impressão Gráfica Minister Tiragem 20.000 exemplares

Membros efetivos Conselho Editorial Dra. Claudia Regina da Silva Braz Dra. Denise Flávio de Carvalho Botelho Lima Dra. Fortunée Norma Nigri Dra. Elizabeth Carvalho Benjó Dr. Ivan do Monti Ribeiro Nascimento Dra. Liana de Brito Braga Dra. Liana de Brito Braga Dra. Rita de Cassia Garcia Vereza Dra. Denise Flávio de Carvalho Botelho Lima Dra. Sandra Regina Guedes Pacheco Maio/Junho 2004 Dra. Rita de Cassia Garcia Vereza Dra. Sandra Regina Guedes Pacheco O conteúdo dos artigos publicados nesta revista é de inteira responsabilidade dos autores. Podendo, assim, não expressar a opinião do Colegiado do Conselho Dra. Solange Canavarro Ferreira Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 2ª Região. Dr. Wilen Heil e Silva

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Diante de tantos desmandos e informações distorcidas sobre a nossa atuação profissional, conseqüência de uma visão provavelmente equi-

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vocada ou distorcida, surge uma pergunta:

Editorial

Em busca da ética

E A ÉTICA, ONDE FICA??? Gostaríamos que esta interrogação não ficasse no discurso, na teoria, inerte, só impressa no papel, sem movimentar nossos neurônios e sem a prática do dia-a-dia, construída por nossas ações. Precisamos pensar nas conseqüências de nossos atos, avaliando suas repercussões em nosso meio profissional e na comunidade. O pensar e o agir se somam e ecoam além do nosso restrito eu. A vaidade advinda da propagação de nossos “bons atos”, cega-nos o bom senso e pode nos levar a um abismo sem volta. Por isso, este editorial propõe a todos um fórum para debatermos as idéias, conceitos e preceitos sobre essa tão falada ÉTICA.

REFLITA! O Colegiado do CREFITO-2

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Gostaria de receber o adesivo do CREFITO-2 para colocar no meu carro. Grato. Leandro Loureiro Nascimento – RJ Por e-mail Onde posso conseguir o adesivo para carro com a frase: FISIOTERAPIA COM FISIOTERAPEUTA? Sheila de Souza – RJ Por e-mail

Durante o curso de Fisioterapia, alguns professores diziam que nós podemos

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Valor da inscrição

Gostaria de saber qual o valor para se inscrever de forma definitiva no CREFITO, como é feito esse pagamento, assim como as formas do mesmo. Gustavo Lacerda Carneiro – RJ Por e-mail

Resposta Como o valor é fixado por um valor referência (MVR), você poderá encontrá-lo corrigido a cada mês em nossa página na Internet. Para obter esta e outras informações (que podem diferir em muito, dependendo do caso), entre em contato com nossa secretaria. IMPORTANTE: GOSTARÍAMOS DE LEMBRAR QUE TODO E QUALQUER PAGAMENTO EFETUADO EM NOME DESSE CONSELHO É FEITO ATRAVÉS DE BOLETO BANCÁRIO. NÃO HÁ QUALQUER POSSIBILIDADE DE RECEBIMENTO EM ESPÉCIE NESTA SEDE. dra. Liana de Brito Braga Diretora Tesoureira ○

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Resposta Ficamos muito felizes em saber que nossa revista tem sido de grande utilidade para os profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Com isto, aumentamos nossa tiragem no sentido de contemplar os profissionais que tenham interesse em recebêla. Já incluímos seu endereço em nossa mala-direta. dra. Rita Vereza Presidente do CREFITO-2

Prerrogativas profissionais

Tive a oportunidade de conhecer a dra. Rita Vereza, presidente desse regional, no Encontro Nacional da ABENFISIO, realizado recentemente em Ipatinga. Comentei do meu interesse em temas como saúde pública, ética/deontologia e história da Fisioterapia discutidos freqüentemente nas revistas do CREFITO-2. Em função disso, mesmo estando inscrito em outro regional, gostaria de receber as revistas. Torço para que o trabalho da edição dessa revista sirva de exemplo para outros regionais, especialmente aqui em São Paulo, onde a revista só era publicada quando existiam interesses promocionais dos antigos dirigentes. Ricardo Góes de Aguiar Ribeirão Preto – SP - Por e-mail

Resposta No momento, não temos disponível o adesivo, mas estamos providenciando sua confecção. Grata pelo contato, dra. Rita vereza Presidente

Adesivo Já

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Interesse na revista

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Gostaria de saber quanto tempo após ter colado grau posso ficar sem dar entrada no CREFITO. Também gostaria de saber se estando de posse do diploma posso dar entrada no registro permanente direto, em vez do registro temporário; e por fim gostaria de saber quanto tempo leva para ser liberado o registro assim que for dada entrada. Grato pelas informações. Bruno Augusto – RJ Por e-mail

pedir exames complementares. Em que parte da legislação posso encontrar a lista de exames que podemos solicitar? Silvia Cristina Pereira Machado – RJ Por e-mail Resposta Você deve utilizar como parâmetro para estas questões a Lei 6.316, de 17/ 12/75; a Resolução COFFITO nºs 8 e 10, e a Resolução nº CNE/CES 4, de 19/02/02 (do Conselho Nacional de Educação). É importante ressaltar que não existe uma lista de exames, e sim um entendimento das prerrogativas profissionais. dra. Rita Vereza Presidente

Registro é indispensável

Resposta Você pode ficar sem dar entrada no seu registro profissional o tempo que achar necessário, desde que não exerça a profissão, pois caso o faça incorrerá no exercício ilegal. Também é possível dar entrada direto no registro definitivo. Quanto ao tempo, este depende da entrega de seus documentos a este regional, para que possamos enviá-los ao COFFITO e aguardar o retorno. dra. Rita Vereza Presidente

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CREFITO-2 em números Sou acadêmica do último ano de Terapia Ocupacional na Universidade Tuiuti, do Paraná. Este ano estou realizando minha monografia de conclusão de curso, que dentre outros tópicos apresenta um levantamento do número de Terapeutas Ocupacionais por CREFITO. Assim, gostaria de saber qual o número dos inscritos no CREFITO-2, se possível pelos estados de abrangência do mesmo. Heloise Kurudz – PR Por e-mail

Fala, Leitor

As críticas ou qualquer tipo de mensagem enviadas ao CREFITO-2 são sempre bem-vindas, porém é necessário que o profissional quando as encaminhe, por e-mail ou carta, faça identificando-se, pois só assim poderemos responder, repensar as situações e, se for o caso, melhorar nossa atuação. Envie sua sugestão, material de divulgação ou pedido de esclarecimento para a Rua Moraes e Silva, 129 – Maracanã – Rio de Janeiro – CEP 20271-031, para o fax (21) 2264-0956 ou para o e-mail crefito2@crefito2.org.br

Resposta A jurisdição do CREFITO-2 abrange os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. O número total de terapeutas ocupacionais é de 741, sendo 716 do Rio de Janeiro e 25 do Espírito Santo. Certa de ter contribuído para sua monografia. dra. Rita Vereza Presidente


Especial

A apresentação da Banda de Fanfarra da APAE-Cariacica emocionou os presentes à sessão na Assembléia Legislativa

CREFITO-2 no Espírito Santo

Entre os dias 5 e 7 de maio último, o CREFITO-2, representado pelas dras. Rita Vereza e Sandra Pacheco, respectivamente, presidente e vicepresidente, estiveram em Vitória. Na agenda, encontro com os acadêmicos do último período de Terapia Ocupacional da FAESA; encontro com os acadêmicos de Fisioterapia da EMESCAM; reunião com os fisioterapeutas do CREFES e participação na Sessão Solene da Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo em comemoração aos 39 anos da APAE-Vitória. Nos encontros mantidos com os acadêmicos foram debatidos temas como: Legislação, Código de Ética, o funcionamento e atuação do CREFITO-2, questões sobre a subsede do Espírito Santo, entre outros. Os representantes do CREFITO-2 consideraram as reuniões bastante produtivas, pois permitiram transmitir diretamente aos acadêmicos dos cursos a dimensão da nossa atuação. Já com os profissionais do CREFES, a temática foi mais específica. Foram

As dras. Rita Vereza e Sandra Pacheco, ao fundo, debatendo com acadêmicos da EMESCAN temas de interesse dos futuros profissionais

discutidas questões sobre o estágio curricular e responsabilidade técnica. A Sessão Comemorativa dos 39 anos da APAE contou com as apresentações da Banda de Fanfarra da APAE-Cariacica e do Coral da APAE-Vitória, emocionando o público presente. Vale lembrar que

profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais sempre integraram o quadro funcional das APAEs, dando provas do quanto é gratificante presenciar o resultado de um trabalho que só é possível pela ação de quem acredita no potencial do outro.

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Reportagem 6

TERCEIRA Atuação de fisioterapeutas e Polêmico e complexo, o tema Saúde na Terceira Idade não poderia ficar de fora de nossas páginas. A atuação dos profissionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional é fundamental na busca e manutenção de uma vida com mais qualidade para a parcela da população com idade superior a 65 anos. Acompanhar e tratar pacientes com desgaste das funções mentais e/ou físicas não é tarefa das mais simples. Requer especialização, preparo técnico e, acima de tudo, dedicação. Nossa reportagem foi ao Núcleo Hospitalar de Geriatria do Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, onde conversou com a dra. Regina Celly Oliveira de Freitas, terapeuta ocupacional, 44 anos, especialista em Psiquiatria Social, Saúde Mental, Epidemiologia aplicada à Saúde Mental e Psicogeriatria, e ao Hospital da Polícia Civil José da Costa Moreira, na Praça Mauá, conhecer o trabalho desenvolvido pelo dr. Ricardo de Jesus Barboza, fisioterapeuta, 59 anos, um dos pioneiros na profissão, e trabalhando com reeducação postural global e tratamento de grupos de hemiplégicos. CREFITO-2 • maio/junho - 2004

Dr. Ricardo de Jesus Barboza (de branco): movimento para uma melhor qualidade de vida

FISIOTERAPEUTAS Trabalho corporal para a Terceira Idade Recuperando a auto-estima e a alegria de viver “O atendimento em grupo deve ser encarado como mais uma opção de tratamento, e não como uma forma de recreação e última alternativa de encaminhamento para um tratamento já esgotado pelo excesso de sessões”. Com esta filosofia, o dr. Ricardo de Jesus Barboza, fisioterapeuta, conduz seu trabalho com um grupo de pessoas da Terceira Idade no Hospital da Polícia Civil José da Costa Moreira, na Praça Mauá. São ao todo 29 pacientes, que divididos em dois grupos, participam de atividades corporais buscando recuperação e uma melhor qualidade de vida. Segundo o dr. Ricardo, que possui vasta experiência com pacientes hemiplégicos e que se tratam com antiginástica, o objetivo é fazer um trabalho respiratório, muscular, articular, melhorando a coordenação e o equilíbrio e, principalmente, a socialização, sendo esse, talvez, o mais importante, pois o estímulo com as conquistas que os outros colegas do grupo adquirem e a convivência com problemas parecidos com os seus, e com pessoas de faixas etárias idênticas ou próximas, são pontos positivos para uma boa recuperação. Carinho e capacidade de aceitação são essenciais O dr. Ricardo explica que o mais gratificante nas atividades é que os pacientes desenvolvem a capacidade de aceitação ao companheiro de grupo, e o trabalho flui com mais resultados. No dia em que nossa reportagem foi ao hospital, sem co-

nhecimento do grupo, ao término da sessão o aniversário de 73 anos do paciente José Pereira foi comemorado com muita alegria com direito a bolo e refrigerantes, numa demonstração clara de que o carinho e a solidariedade estão presentes na comunidade. A maioria dos pacientes participa das atividades desde sua implementação em janeiro de 2001, como dona Yvone Guedes de Melo, 69 anos, moradora de Vila Isabel, que fez questão de dar seu depoimento; “os exercícios têm me ajudado muito. Tenho problemas graves de artrose e caminhava com dificuldades, hoje desenvolvi meus movimentos e a confiança em caminhar sozinha. Recuperei a alegria de viver”. Avaliação é importante Quanto às condições para participar das atividades, o fisioterapeuta explica: “o paciente deve ser avaliado pelo fisioterapeuta antes de entrar para o grupo, pois não são todos que podem freqüentar, existem limitações como aceitação, adaptação, compreensão e pouca resistência aos exercícios, devendo, nesses casos, ser encaminhado a um atendimento individual. Qualquer fisioterapeuta tem capacidade para formar um trabalho em grupo, basta que domine a cinesioterapia, respeite as limitações do idoso, e principalmente tenha criatividade, uma vez que o paciente exige mudanças, para continuar a participar desse tipo de atendimento.”


terapeutas ocupacionais TERAPEUTAS OCUPACIONAIS O que ocorre com o envelhecimento Tratamento requer especialização, preparo e dedicação Antes de detalhar a atuação específica do terapeuta ocupacional no tratamento e recuperação de idosos, a dra. Regina Celly fez um breve histórico do que ocorre com o envelhecimento em nosso país: “o Brasil, como outros países, apresenta um crescente envelhecimento da sua população. O aumento progressivo do número de pessoas idosas representa um desafio para o governo e a sociedade, onde a implementação de políticas públicas destinadas a esta população torna-se pauta do dia.” Inúmeras pesquisas têm se voltado para o estudo da população de idosos, em seus aspectos epidemiológicos, demográficos, e neuropsiquiátricos, incluindo a avaliação das funções cognitivas, capacidade para executar as atividades da vida diária e o diagnóstico precoce de síndromes demenciais, visto que o crescimento populacional na faixa acima de 65 anos, acompanhado do aumento da expectativa de vida, vem ocasionando o aumento da incidência de quadros demenciais. Quanto ao diagnóstico, que requer avaliação cuidadosa por parte do profissional, ela esclarece: “o diagnóstico de comprometimen-

to cognitivo é uma tarefa complexa e freqüentemente os quadros leves de déficit cognitivo passam despercebidos por profissionais de saúde e familiares. Portanto, é de suma importância distinguir uma manifestação inicial da doença e o que é uma modificação associada ao processo de envelhecimento normal.” Durante o processo de envelhecimento pode-se notar algumas mudanças no desempenho de algumas funções cognitivas. O distúrbio de memória é prevalente à medida que há o aumento da idade. Estes distúrbios podem estar relacionados à causas benignas que quase não interferem no dia-a-dia, como as alterações de memória relacionadas à idade. Mas, podem também estar relacionados a causas mais graves que podem levar ao comprometimento da qualidade de vida do idoso. Essas causas podem ser de origens metabólicas, imunológicas, tóxicas, sistêmicas, infecciosas, neurológicas, psiquiátricas, medicamentosas. O papel do terapeuta ocupacional A atuação do terapeuta ocupacional é essencial no tratamento de portadores de demên-

Dra. Regina Celly Oliveira de Freitas: a atuação do terapeuta ocupacional é essencial no tratamento de portadores de demência

cia. A dra. Regina Celly se estende mais: “a demência é uma das causas mais comuns das limitações cognitivas dos idosos, podendo levar à graves obstáculos ao acesso à uma boa qualidade de vida nos anos tardios. Seus objetivos estão orientados à manutenção e estimulação dos processos sensório-percepto-cognitivos, a organização das atividades básicas e instrumentais da vida diária, adaptação de utensílios imobiliários entre outros. Diante desta realidade, temos o importante papel de proporcionar ao idoso portador de demência uma forma de tratamento que vise minimizar o curso da doença, para que este seja vivido da forma mais ativa e independente possível, reestruturando e reorganizando o seu cotidiano, estimulando a manutenção e/ou criação de vínculos familiares e sociais.”

Reportagem

IDADE

Objetivos da reabilitação cognitiva A reabilitação cognitiva visa maximizar o nível de desempenho do idoso e minimizar o grau de confusão mental e os distúrbios causados pelo declínio das funções cognitivas, bem como orientar estratégias de manejo de comportamento que também orientem o familiar/cuidador. Atua nas funções comprometidas e preservadas, potencializando o efeito dos medicamentos, podendo vir a retardar o declínio cognitivo e funcional que se impõe nos quadros demenciais. Os atendimentos podem ser individuais ou grupais e como exemplo citamos a “Oficina da Memória”, que visa primordialmente a estimulação das funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem, práxis, orientação no tempo e no espaço, funções executivas), onde também, através da discussão de temas comuns, pode-se compartilhar situações similares com pessoas de uma mesma geração, promovendo a interação e incidindo no isolamento social. A reabilitação cognitiva é um recurso extremamente importante para que os idosos possam ser mantidos em seus lares, evitando assim o asilamento.

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nosso caso, considerados sem condições de julgamento, decisão e autonomia – para, formados em cursos superiores e pós-graduados, determos o saber sobre aquele que nos pede ajuda, decidir o que é bom para ele e puni-lo, de alguma forma, quando “boicota” nossa receita, desculpe, nosso plano de tratamento, para o seu bem-estar. Além de continuarmos a lutar, no sentido mais amplo, por um sistema mais justo e digno para todos os seres humanos, temos, agora, uma outra luta diária – conosco e com os companheiros de equipe – de superar nossas amarras culturais, pessoais e filosóficas, nossos preconceitos, nosso “suposto” saber/ poder, para que, efetivamente, a reforma psiquiátrica, tão ansiada, se concretize na prática, beneficiando todos nós – terapeutas, usuários, população. ○

que gostaria de estar abrindo para reflexões, não só minhas, mas dos colegas que atuam nesta clínica. Parece que, aqui também, como em todos terrenos da atividade humana, vemos que não basta ter informações e um discurso articulado, para que se ponha em prática a nova filosofia e as diretrizes da reforma psiquiátrica, já devidamente regulamentada. No encontro com o outro/usuário – sofrido, excluído, sem voz, atuando como pode para ganhar um lugar nesta sociedade consumista e excludente – as ações dos técnicos não acompanham o discurso e suas atitudes continuam antigas e conservadoras, embora com roupagem nova. Nossa educação e formação profissional, dentro deste sistema capitalista e injusto, não nos prepara para o respeito às diferenças, para não criar papéis rígidos, para dar poder ao usuário dos serviços públicos, para abrir mão de autoritarismo, agindo com liberdade e responsabilidade. Pelo contrário, fomos “educados” para a hierarquia, para a divisão de poder, para exercer o mando sobre nossos “irmãos inferiores” – em

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Há quase 30 anos exercendo a Terapia Ocupacional – com muito prazer – tive a experiência de trabalhar nos dispositivos antigos de atendimento aos doentes mentais, até vir a ter a oportunidade, emocionante e histórica, de atuar num Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Acompanhei, nestes anos, o sofrimento adicional impingido aos usuários destas instituições totais, entre elas, a mais emblemática, o hospital psiquiátrico ou manicômio. Vivenciei a luta dos trabalhadores em saúde mental, associados aos familiares e à população, para transformar esta realidade cruel e indigna. Há quatro anos, tenho o privilégio de estar atuando em um CAPS, o primeiro para tratar adolescentes com problemas de abuso de drogas, no estado do Rio de Janeiro, em Campos. Vibro, diariamente, com a perspectiva de poder contribuir para uma assistência adequada, que dê dignidade ao usuário destes novos dispositivos de atendimento, um sujeito em sofrimento mental. Porém, tenho tido alguns embates importantes, na prática do dia-a-dia,

A reforma psiquiátrica no cotidiano

Reflexão 8

Criamos este espaço para que os colegas contribuam para a reflexão de todos, nos enviando material, de sua autoria ou não, traduzidos, adaptados ou considerados polêmicos, desde que seu conteúdo nos convide a aprofundar as questões abordadas. A dra. Tânia Lúcia Viana da Cruz Terra nos enviou texto sobre sua extensa vivência na luta dos trabalhadores em saúde mental para transformar a realidade. Já o dr. Maurício de Souza Moreira alerta para o crescente modelo das cooperativas nas relações de trabalho.

Dra. Tânia Lúcia Viana da Cruz Terra, terapeuta ocupacional do Programa Resgate, de Ambulatório de Saúde Mental e do Hospital Regional de Barra de São João, Especialização em Psicanálise e CAPS de Dependência Química.


e sofrer pressões da empresa, e o que é pago, às vezes, nem faz diferença entre ter carteira assinada ou ser cooperativado. As autoridades e órgãos competentes deveriam dar mais atenção a este fato. Afinal, não podemos deixar que esse tipo de sistema retroceda a idéia de Getúlio Vargas, que sancionou as leis trabalhistas combatendo a exploração da época, e que embora antigas, ainda não criaram outro sistema de comum acordo a patrões e empregados. Afinal, não seria esta uma maneira legal de legalizar o trabalho sem carteira assinada? Pensem nisso, pois em tempos de desemprego, todos estamos sujeitos a esse sistema. ○

encargos trabalhistas, como férias, 13º salário, FGTS entre outros. Paga apenas a produção da cooperativa. Já o cooperado recebe a produção e..., nestas reticências uma reflexão deve ser feita. Afinal, a lei permite que 60% dos funcionários de uma empresa possam ser cooperativados, e se aproveitando dessa brecha da lei as empresas fazem suas contratações, mas será que não existe uma relação trabalhista neste caso? À medida que você é subordinado às regras da empresa, tem horário de chegada e saída, hora de almoço e tem que zelar pelo nome da empresa e não da cooperativa, por que você não é empregado da empresa? Nesta relação, o mais prejudicado é o cooperado, como é assim chamado. Não tem direito trabalhista nenhum além de seguir todas as normas

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Em tempos de desemprego recorde, um sistema de trabalho cresce a cada dia em nosso país: as cooperativas, onde pessoas se reúnem e prestam seus serviços a terceiros. A cooperativa deve ser registrada, possuir CNPJ e cada cooperado contribui com uma cota-parte assim que adere ao sistema e a produção se divide entre os cooperados. Alguns exemplos de cooperativas podem ser citadas: as de catadores de papel, transporte alternativo e agricultores. Algumas empresas também adotam esse sistema ao contratar mãode-obra. Ao ser admitido, o empregador relata que o contratado deve aderir a uma cooperativa que geralmente já presta serviço à empresa. Neste caso, quais as vantagens da empresa e do cooperado? Para a empresa há a dispensa da obrigação de

Reflexão

COOPERATIVAS: avanço trabalhista ou retrocesso social?

Dr. Maurício de Souza Moreira, terapeuta ocupacional e pós-graduado em terapia de família

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Datas

18 DE MAIO Dia Nacional da Luta Antimanicomial A Semana Nacional da Luta Antimanicomial, em comemoração ao 18 de Maio, reuniu, no Rio de Janeiro, usuários, familiares, profissionais e entidades em diversos eventos. Dentre as muitas atividades destacamos mesas-redondas e debates com temas de relevância para o campo atual da saúde mental (“Desafios da Interdisciplinaridade”, promovido pela ATOERJ; “Refletindo sobre a Luta Antimanicomial”, organizado pela AFAUCEP/CPRJ; “História da Reforma Psiquiátrica no Brasil: o Movimento Nacional da Luta Antimanicomial e os serviços substitutivos, organizado pelo CAPS Rubens Corrêa; “Trabalho e Cidadania para os usuários de serviços de saúde mental”, realizado pela AMOCAIS e com o apoio da 10

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SOSINTRA e APACOJUM; “A comunicação e o CAPS”, promovido pelo CAPS Pedro Pellegrino, devido ao lançamento da 1ª edição do jornal “Novo Horizonte”); lançamento de livros (“Dialética dos Movimentos Sociais no Brasil: Por que a Reforma Psiquiátrica?”, da EncantArte Editora e organizado por Gina Ferreira, Luis Antônio Baptista, Walter Mello e “Oficinas Terapêuticas em Saúde Mental: sujeito, produção e cidadania”, das Coleções IPUB e organizado por Clarice Moura Costa e Ana Cristina Figueiredo), lançamento de editora (EncantArte Editora – Rua Ramiro Magalhães, 521, Engenho de Dentro – RJ), videodebate “O Tribunal dos Crimes da Paz”, organizado pelo CRP-5 e IFB, além

de feiras, exposições de arte e artesanato organizadas pela AFAUC/ Angra dos Reis e CAD/IPUB e o “Show Canta Loucura”, realizado pelo Projeto de Articulação e Inclusão Social de Niterói/RJ, um evento já tradicional, que a cada ano encanta pela sua ousadia, grandeza e criatividade, sendo muito bem aceito pelos setores da sociedade que se engajam à causa antimanicomial. Em destaque, na maior parte dos eventos, a participação de usuários, incansáveis, fazendo-se presentes em todas as atividades. Uma grande conquista da Luta Antimanicomial e ainda seu grande desafio: a possibilidade de cativar militantes para ação em torno do lema “Por Uma Sociedade Sem Manicômios”.


Um pouco da História lo, e ficou mais conhecida como “Congresso de Bauru”, onde foi elaborado o manifesto que contém a bandeira do movimento: “Por uma Sociedade sem Manicômios”, significando a luta contra qualquer forma de exclusão social. Na Década de 90, este movimento se fortaleceu em todo o Brasil, organizando-se em fóruns, núcleos estaduais que se articulam através de encontros e plenárias nacionais, aglutinando entidades associativas de usuários e familiares, serviços de saúde mental, conselhos e sindicatos profissionais – instituições formadoras na área de Saúde Mental. Estes encontros e plenárias constituem-se como espaços de discussão e de elaboração de propostas que interferem diretamente nas políticas públicas de saúde mental.

O Colegiado do CREFITO-2 vem de público esclarecer que após tomar conhecimento de denúncias quanto a possíveis irregularidades na condução do concurso público realizado pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro encaminhou ofícios ao órgãos competentes para que se façam os devidos esclarecimentos. Reforçamos o nosso interesse pela transparência das ações públicas, especialmente quando estas envolvem assunto de tal importância. Aproveitamos a oportunidade para agradecer aos profissionais que confiaram neste Conselho, quando a nós recorreram para solicitar ajuda e contribuíram para que busquemos a completa averiguação dos fatos. Aos que se omitiram, informamos que nunca deixamos de considerar qualquer fato ou informação a nós encaminhados e nossa atitude prova que agimos com correção e respeito à verdade. Agimos baseados em fatos concretos, se não incorreríamos em leviandade, o que repudiamos com veemência. Apesar do resultado do concurso ter sido liberado, informamos ainda que os fatos estão sendo apurados e que as conclusões serão divulgadas tão logo seja possível.

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Conheça o CREFITO

A partir da Década de 70, um grupo de trabalhadores em saúde mental no país, indignado com as condições de tratamento dispensadas àqueles que se encontravam dentro dos manicômios, resolveu se organizar e propor uma outra forma de assistência em saúde mental, criando assim, o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM). O movimento, que luta pela melhoria da qualidade de assistência prestada àqueles que se encontram dentro dos hospícios, é considerado precursor do Movimento da Luta Antimanicomial. O marco histórico do surgimento do Movimento da Luta Antimanicomial é a II Conferência Nacional de Trabalhadores de Saúde Mental, que ocorreu em dezembro de 1987, na cidade de Bauru, em São Pau-

CREFITO-2 esclarece posição sobre irregularidades em concurso

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Em Pauta

Valeu, Aline! Nós, do CREFITO-2, não poderíamos deixar de reconhecer o valor de nossa profissional e dividir com os leitores o notável feito. A dra. Aline Glória Accarino Bispo, terapeuta ocupacional, formada em 2003 pela Universidade Castelo Branco e inscrita no CREFITO-2, foi aprovada e classificada no processo seletivo do Programa de Especialização em Saúde Mental, em nível de Residência, para unidades de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde e Instituto de Psiquiatria/UFRJ. Nunca um Terapeuta Ocupacional graduado pelas Universidades do Rio de Janeiro foi aprovado para esta especialização. O CREFITO-2 se orgulha deste feito e acredita que esta conquista contribui para o crescimento da Terapia Ocupacional em nosso estado. Parabéns!

Educaçăo, Saúde e Qualidade de Vida em Tanguá Com atendimento à população durante todo o dia, foi realizado em 17 de abril de 2004, no município de Tanguá, o Projeto Educação, Saúde e Qualidade de Vida. O evento contou com a presença da dra. Márcia Cristina Garcia da Silva, conselheira do CREFITO-2 representando o Conselho, de integrantes do Núcleo de São Gonçalo, voluntários e acadêmicos da Universidade Salgado de Oliveira – Universo. As avaliações realizadas tomaram como base dados colhidos junto à Secretaria de Saúde do município, que revelaram alto índice de portadores de doenças pulmonares obstrutivas, hipertensão arterial e alcoolismo. Foram atendidas aproximadamente 200 pessoas que, além de serem avaliadas, receberam orientações sobre as patologias citadas anteriormente e seus agravos, assim como a importância e a necessidade de atividade física regular. Nossos agradecimentos a todos que colaboraram e tornaram possível

Representantes do CREFITO-2 com o Secretário de Saúde dr. Valtair Coutinho

a realização do evento, em especial ao secretário de Saúde do município de Tanguá, dr. Valtair Brum Coutinho, e ao diretor de Saúde Coletiva e Vigilância Epidemiológica, dr. Gustavo Guimarães M. Castro.

Participantes aprovam Fórum de Ipatinga Docentes, alunos e coordenadores de cursos de Fisioterapia, além de autoridades da Fisioterapia de várias partes do país, como Amazonas, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, dentre outros, se encontraram em Ipatinga, no período de 21 a 25 de abril, onde se realizou o 10º Fórum Nacional de Ensino em Fisioterapia, 4º Encontro Nacional de Coordenadores de Curso e 1º Fórum Mineiro de Ensino em Fisioterapia. Promovidos pela Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia – ABENFISIO, os eventos aconteceram simultaneamente no Panorama Tower Hotel. A jornada, que contou com o apoio da Prefeitura de Ipatinga, Fundação São Francisco Xavier, CREFITO-4, Conselho Municipal de Turismo, e empresários locais, foi um sucesso, atingindo o maior número de participantes de todas as edições anteriores, num total de 123. A aprovação foi comprovada de acordo com o resultado das opiniões emitidas pelos participantes, na ficha de avaliação do evento, onde não era necessário se identificar. Na classifi12

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Parlamentares como o Deputado Federal Ivo José (2º à esquerda) e autoridades da Fisioterapia participaram da mesa-redonda sobre o PL 25/2002

cação entre excelente, ótimo, bom, regular e ruim, o evento obteve 98% de avaliação como excelente, 1% de ótimo e outro 1% como bom, ou seja sucesso total. De acordo com os drs. Fabiano Moreira da Silva e Vinícius Lana Ferreira, coordenadores, Ipatinga justificou sua escolha no fórum de Criciúma-SC, em novembro do ano passado, não apenas pelos nossos indicadores de qualidade de vida, pelo modelo de saúde que garante assistência plena à população ou por ter se tornado um pólo educacional, mas acima de tudo pelas pessoas envolvidas, que demonstraram capacidade para realizar eventos deste porte. Temas da maior relevância, como “SINAES – uma nova visão do ensino

superior”, “O ensino que temos, o ensino que queremos e o ensino que temos que ter” e palestras sobre “A importância da participação ativa dos docentes nas questões políticas, organizacionais e sociais da profissão como forma de incentivo aos discentes” foram abordados pela mesa de debates. Um dos destaques do Encontro foi “o fisioterapeuta dentro do Programa Saúde da Família – PSF”, que tratou da inserção do fisioterapeuta frente às novas políticas públicas de saúde. O CREFITO-2 foi representado por sua presidente, dra. Rita de Cássia Garcia Vereza e pela presidente da Comissão de Educação, dra. Solange Canavarro.


Os pacientes amputados por trauma, doença vascular ou seqüelas motoras já contam com um atendimento individualizado realizado pelos alunos da Fisioterapia do Centro Universitário de Volta Redonda – UniFoa, no Laboratório de Órteses e Próteses – LOP. Idealizado e coordenado pelo professor Antonio Vital Sampol, ele afirma que no UniFoa está conseguindo realizar um trabalho específico, permitindo um atendimento de qualidade no que tange à necessidade do portador de deficiência física. A utilização de aparelhos adequados melhora de forma significativa a qualidade da marcha e a função do aparelho locomotor. Inédito no Rio de Janeiro e talvez no Brasil, o LOP realiza prescrição, confecção, treinamento de marcha e adaptação e vem atuando de forma prática, auxiliando e substituindo a função do aparelho locomotor no desenvolvimento da marcha normal e função nos membros superiores, até a confecção de órteses em tela de viveiro. O objetivo principal do projeto é permitir o desenvolvimento motor através de aparelhos que melhoram e facilitam a qualidade da marcha, devolvendo a função muitas vezes perdida por mutilação causada por traumas, doenças vasculares, entre ou-

tras, e as lesões neurológicas e traumáticas. Cada paciente recebe atendimento individualizado dos alunos do 7º período, que fazem parte do projeto, com supervisão direta do professor Antonio Sampol. Os acadêmicos avaliam, desenvolvem o programa de Fisioterapia, auxiliam na prescrição de órteses e próteses e também confeccionam órteses em tela de viveiro para os membros superior e inferior, nas mais diversas patologias, fornecendo-as aos pacientes gratuitamente. Os alunos são incentivados à participação em semanas científicas com cursos, palestras, temas livres, painel e elaboração de artigos científicos ao final do semestre. Os pacientes são encaminhados para o Centro Integrado de Fisioterapia (CIF) do UniFoa, com diagnóstico médico. Posteriormente inicia-se avaliação cinético-funcional, prescrição da órteses ou prótese, treinamento e adaptação. Algumas das órteses e próteses são fornecidas pelo Centro de Reabilitação de Volta Redonda, outras são adquiridas por meios particulares. O LOP também dá suporte a outras áreas da Fisioterapia como pediatria, ortopedia, traumatologia, reumatologia, neurologia (até o momento as mais solicitadas), através de parecer e discussão de caso, em conjunto com o paciente e analisando os seus objetivos a serem alcançados.

Alunos do 7º Período de Fisioterapia do UniFoa com o Prof. Antonio Vital Sampol (de crachá)

Em Pauta

Laboratório de Órteses e Próteses já atende comunidade de Volta Redonda

Confecção de órteses em tela de viveiro de membro inferior e superior (acima e abaixo)

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INCA

Referência nacional em políticas de prevenção, assistência, ensino e pesquisa dentro da área de oncologia, o Instituto Nacional de Câncer – INCA é composto de cinco unidades hospitalares. A maior e mais complexa, localizada na Praça da Cruz Vermelha, 23, é o Hospital de Câncer I (HCI), onde também funciona o Centro de Transplante de Medula Óssea – CEMO (unidade V). O Hospital de Câncer II (HCII) fica na Rua Equador, 831 – Santo Cristo (próximo à Rodo-

Fisioterap Diferenci

viária Novo Rio) e os Hospitais de Câncer III e IV (HCIII) e (HCIV) funcionam na Rua Visconde de Santa Isabel, 274 – Vila Isabel. Embora não estejam fisicamente ligadas, as unidades mantêm o mesmo elevado padrão de atendimento. A reportagem do CREFITO-2 reuniu no Setor de Fisioterapia do HCI fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que falaram da importância do trabalho que realizam e do indisfarçável orgulho de fazer parte deste time.

A execução de atividades pelo paciente tem função moduladora da dor

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Hospital de C Contando com duas unidades de Terapia Intensiva (Adulto e Pediátrica), oito clínicas cirúrgicas (Cabeça e Pescoço, Abdome, Tórax, Neurocirurgia, Urologia, Plástica, Tecido Ósseo e Conectivo e Cirurgia Pediátrica); cinco clínicas não-cirúrgicas (Oncologia, Hematologia Adulto e Pediátrica, Clínica Médica, Pediatria e Radioterapia) além de diversos serviços de imagem e diagnóstico e do CEMO. O HCI é a maior das cinco unidades e possui ainda um amplo ambulatório, composto por dois ginásios, três consultórios e três salas para atendimento. No setor, equipado com todos os recursos necessários para a prática da fisioterapia oncológica, são atendidos, mensalmente, cerca de 1.100 pacientes. Em nível hospitalar, o serviço realiza em torno de 900 procedimentos. O Serviço de Fisioterapia teve início em 1980 com apenas dois profissionais. Hoje, a equipe é formada por 10 fisioterapeutas atuantes. Nos serviços de Terapia Intensiva atuam as dras. Tathiana Lima (adulto) e Daniele Coutinho (pediátrico); a dra. Alessandra Giglio presta assistência no CEMO. As dras. Rosana Lucena, Mônica Tugores, Neli Muraki, Cláudia Rabello, Cláudia Dias, Márcia Gonçalves e Lúcia Regina Machado atuam em nível hospitalar e ambulatorial nas diversas clínicas cirúrgicas e não-cirúrgicas. Integram ainda a equipe as dras. Silvia Bacelar e Eliane Maranhão, ambas em licença sem vencimentos. As indicações para abordagem fisioterapêutica são determinadas pelas disfunções causadas pelo próprio tumor, assim como pelos seus diversos tipos de tratamento. A assistência fisioterapêutica ao


Câncer I

Hospital de Câncer II

A equipe de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais do INCA reunida no setor de Fisioterapia do HCI

paciente oncológico tem início no préoperatório, visando o preparo para o procedimento e redução de complicações. Durante o período de internação o enfoque é global, prevenindo, minimizando, e tratando complicações respiratórias, motoras e circulatórias. A dor é uma das principais e mais freqüentes queixas no paciente oncológico, devendo ser valorizada, controlada e tratada em todas as etapas da doença. As diversas técnicas para analgesia são um ponto forte da Fisioterapia Oncológica. O grande diferencial da Fisioterapia do INCA é disponibilizar aos seus pacientes todos os materiais necessários para a sua recuperação.

São fornecidas órteses, sob medida, em 48 horas após a avaliação e indicação Fisioterapêutica. Entre elas estão os coletes para estabilização de colapsos e fraturas patológicas vertebrais e calhas para posicionamento dos membros. As órteses pré-fabricadas (cintas, colares cervicais, tipóias, órteses de Sarmiento, muletas, andadores, entre outras) têm disponibilização imediata, de acordo com a indicação. Os pacientes que são submetidos a amputações de membros superiores e inferiores são acompanhados ambulatorialmente, e o fornecimento da prótese está vinculado ao momento em que encontram-se aptos a utilizá-la.

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pia e Terapia Ocupacional al na Clínica Oncológica No HCII, o serviço de Fisioterapia teve início em 1977 e é integrado pelas dras. Maria de Fátima Bussinger Ferreira e Vânia Ribeiro Lima. A assistência fisioterapêutica ocorre diariamente nas enfermarias de ginecologia oncológica, oncologia clínica e abdome, além do CTI e do ambulatório, sendo que neste o atendimento é feito quatro vezes na semana. A dra. Fátima Bussinger detalha o trabalho realizado por sua equipe: “Nas enfermarias realizamos pré e pós-operatório, com continuidade ambulatorial. Acompanhamos os pacientes da oncologia clínica, tratando suas intercorrências respiratórias e suas seqüelas motoras, além de fornecermos órteses nos casos de lesão lítica e síndrome de compressão medular. No ambulatório realizamos tratamento das disfunções do assoalho pélvico provenientes das cirurgias ginecológicas e/ou da radioterapia, além de realizarmos um trabalho de prevenção e tratamento do linfedema proveniente da cirurgia ginecológica e/ou da radioterapia. Realizamos também pré-operatório para os pacientes que irão se submeter à cirurgia.

Preocupação com a especialização Há três anos, a Fisioterapia do INCA desenvolve o Curso de Especialização em Fisioterapia Oncológica, formando cerca de 10 profissionais a cada ano. Além da especialização, anualmente acontece a Jornada de Fisioterapia Oncológica destinada a profissionais que já trabalham e têm interesse na área, sendo aberta também a acadêmicos.

Coletes são fornecidos de acordo com a indicação

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Hospital de Câncer III O serviço de Fisioterapia no HCIII teve início em dezembro de 2000, com a implantação da rotina de atendimento para as mulheres submetidas a tratamento para câncer de mama. Seus principais objetivos são a prevenção, detecção precoce e tratamento de complicações visando um pronto restabelecimento e o retorno às atividades diárias, levando a uma melhor qualidade de vida. A rotina compreende o atendimento pré-operatório, pósoperatório imediato e consultas de seguimentos (30 dias e seis meses). Na constatação de complicações, as pacientes são encaminhadas para os grupos de cinesioterapia geral, grupo da dor, cinesioterapia para radioterapia e tratamento de linfedema. Atualmente conta com duas fisioterapeutas, as dras. Maria Justina Padula Ribeiro e Anke Bergmann. Dispondo de um ginásio e três consultórios, em 2003 foram realizados em média 450 atendimentos ambulatoriais/mês e 102 nas enfermarias de Oncologia e Mastologia. Além da assistência, está em andamento uma pesquisa – estudo de seguimento de dois anos – com 1.420 mulheres, objetivando verificar a incidência e os fatores de risco que podem ser prevenidos com a atuação da Fisioterapia. A previsão de término é março de 2005 e o desenvolvimento deste trabalho conta com a ajuda da bolsista de iniciação científica Aline Maia. 16

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O tratamento fisioterápico engloba atendimento motor, respiratório e fornecimento de órteses

Hospital de Câncer IV A Unidade de Cuidados Paliativos (HCIV) admite os pacientes encaminhados pelos postos avançados, instalados em cada unidade (HCI, HCII, HCIII). Essa transferência para o HCIV ocorre quando o paciente se encontra com o câncer avançado, estando fora de possibilidade de cura, porém não de tratamento. A Fisioterapia é um setor ainda novo dentro da unidade. Iniciada em 2002 atende em média 100 pacientes/mês. Possui uma fisioterapeuta, a dra. Waleska Alves Cerqueira atuando no ambulatório, nas enfermarias e na visita domiciliar, sendo este último serviço uma exclusividade do HCIV. A visita domiciliar é uma forma de oferecer o atendimento para os que não têm condições de ir ao hospital devido ao acometi-

mento da doença sem negar o direito à saúde. O tratamento é realizado de forma multidisciplinar e interdisciplinar para que o controle de sinais e sintomas apresentados pelos pacientes sejam contornados de forma rápida e efetiva promovendo uma melhor qualidade de vida. A Fisioterapia dentro e fora do hospital responde por parecer feito pelos diferentes profissionais da área de saúde, quando eles detectam a necessidade da intervenção. O tratamento fisioterápico engloba atendimento motor, respiratório, fornecimento de órteses, sugestões quanto às adaptações em domicílio e treinamento com os cuidadores – pessoa que acompanha o paciente que pode ser ou não um familiar.

Centro de Tratamento de Medula Óssea – CEMO (Unidade V) O CEMO foi criado em 1983 e hoje destaca-se como o segundo maior do Brasil no tratamento de doenças no sangue, como a anemia aplástica e a leucemia. O Centro realiza transplantes de medula óssea alogenéicos e autólogos e atende a pacientes do Rio de Janeiro e demais regiões do Brasil no âmbito do SUS. Por determinação do Ministério da Saúde cabe ao CEMO sediar o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea – Redome, e o Banco de Células de Cordão Umbilical – BSCUP, além de centralizar as consultas aos bancos internacionais de doadores de medula óssea.


Terapia Ocupacional

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O Serviço de Terapia Ocupacional do INCA começou em maio de 2003 e conta com as dras. Dulce Helena Valle Leahy e Maria Emmy Sigiliano Gomes, estando ainda em fase de estruturação. O primeiro passo foi ministrar palestras para diversas clínicas, mostrando o que é a profissão, num processo de educação, informação e conscientização do papel do terapeuta ocupacional na equipe multidisciplinar oncológica. Na clínica oncológica, o terapeuta ocupacional tem uma visão dinâmica do estado do paciente para promover qualidade de vida nos diferentes estadiamentos da doença. Os objetivos de tratamento do quadro físico levam em conta os aspectos emocionais próprios da doença e as atividades adaptadas para que o foco não esteja nas limitações, e sim, nas possibilidades de autonomia e auto-estima que o terapeuta deve estimular. Sendo apenas duas profissionais para todas as unidades do INCA, ainda não há como estender o trabalho a todos os pacientes que se beneficiariam com o atendimento em Terapia Ocupacional, que pode

A realização de atividades motoras complementa o tratamento quimioterápico

reintegrar o ser humano que teve a vida normal interrompida pela doença e tratamentos tão agressivos a uma vida mais autônoma. As clínicas até agora atendidas são: CEMO (transplante de medula

óssea), tecido ósseo conectivo, clínica da dor (o interesse na execução das atividades tem função moduladora da dor), mama, neurocirurgia, cabeça e pescoço e oncologia clínica.

Saiba mais sobre o INCA O Instituto Nacional de Câncer (INCA) é o órgão do Ministério da Saúde responsável por desenvolver e coordenar ações integradas para a prevenção e controle do câncer no Brasil. As ações são de caráter multidisciplinar e compreendem a assistência médico-hospitalar, prestada direta e gratuitamente aos pacientes com câncer, no âmbito do SUS, e a atuação em áreas estratégicas como a prevenção e a detecção precoces, a formação de profissionais especializados, o desenvolvimento da pesquisa e a informação epidemiológica. Todas as atividades

do INCA têm como objetivo reduzir a incidência e mortalidade causada pelo câncer no Brasil. Nas cinco unidades assistenciais Hospital do Câncer I, II, III, IV e Centro de Transplante de Medula Óssea, no Rio de Janeiro, são realizadas, anualmente, cerca de 250 mil consultas médicas, nove mil cirurgias, 157 mil aplicações de radioterapia, 29 mil aplicações de quimioterapia, 80 transplantes e oito mil visitas domiciliares (dados de 2002). Em relação ao Estado e ao Município do Rio de Janeiro, o INCA responde por 30% das internações por câncer do estado, 55% das internações por câncer do

município, 60% dos procedimentos de quimioterapia do estado, 79% dos procedimentos de quimioterapia dos municípios, 35% dos procedimentos de radioterapia do estado, 53% dos procedimentos de radioterapia do município (dados de 2002). O INCA recebe o apoio da Fundação Ary Frauzino, entidade privada sem fins lucrativos, criada em 1991, com a finalidade de colaborar com o Instituto em todas as suas áreas de atuação. A principal receita da FAF advém do Sistema Único de Saúde (SUS), que remunera os serviços de assistência oncológica prestados pelo Instituto.

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Polêmica

Em nome da verdade Nós, do Colegiado do CREFITO-2, acreditamos acima de tudo na verdade, e pautamos nossa conduta pela absoluta transparência em todas as atitudes que tomamos. Não temos a pretensão de sermos os donos absolutos da verdade e acatamos democraticamente qualquer questionamento a medidas por nós tomadas. No Edital do concurso público da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, no que tange ao programa, constava Acupuntura. O CREFITO-2 interveio junto à Fundação João Goulart solicitando a retirada da matéria por entender que o concurso não se destinava à vaga específica para esta especialidade. O dr. Cosme S. Guimarães, presidente da SOBRAFISA/RJ, encaminhou ofício ao dr. Jean Luís de Souza, presidente da SOBRAFISA Nacional, questionando a atitude do CREFITO-2. É importante ressaltar que não tivemos conhecimento do teor deste ofício, que só tomamos ciência deste fato em face do recebimento da cópia do ofício-resposta que nos foi encaminhado pelo dr. Jean Luís e que ora publicamos na íntegra por entender que a dúvida do dr. Cosme Guimarães pode ser, também, de outros profissionais. 18

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SOBRAFISA Sociedade Brasileira de Fisioterapeutas Acupunturistas Ofício SOBRAFISA Nacional nº 015/2004 Uberlândia (MG), 26 de maio de 2004 Ao Ilmo. Dr. Cosme S. Guimarães Presidente SOBRAFISA Regional – RJ Senhor Presidente: Em atenção ao Vosso Ofício SOBRAFISA – Rio, S/N, datado de 25 de maio de 2004, relativo à suposta ação do CREFITO-2 contra os Fisioterapeutas Acupunturistas face concurso público organizado pela Fundação João Goulart para provimento de cargos de Fisioterapeutas na SMS/Rio de Janeiro, buscamos tomar conhecimento do inteiro teor do Ofício CREFITO-2 GAPRE/099/ 2004 indicado em documento encaminhado por V. Sa. Após analisado o edital do concurso face os termos do Ofício CREFITO-2 já referido, é do nosso entendimento o que segue: 1 – Foi absurda e ilegal a exigência de conhecimentos de acupuntura para concurso destinado apenas para graduados em Fisioterapia; 2 – A acupuntura nasce para o Fisioterapeuta apenas como especialidade nos termos da Resolução COFFITO nº 219/2000; 3 – O anterior currículo mínimo para formação de Fisioterapeutas no país fixado pela resolução CFE nº 04/ 1983 e as atuais diretrizes curriculares fixadas pela Resolução CNE/CES nº 04/2002, não dispõem sobre a exigência da disciplina de acupuntura para a graduação de profissional fisioterapeuta; 4 – A Fundação João Goulart considerando a natureza e o objetivo do concurso em questão, não poderia colocar a exigência de conhecimentos que não fazem parte dos projetos pedagógicos oficiais dos cursos de formação de fisioterapeutas no país a não ser, que estivesse bus-

cando oferecer privilégios para alguns talvez mais qualificados perante a ilegal exigência; 5 – O concurso não objetivou a contratação de Fisioterapeuta especialista em Acupuntura e também o edital, não criou tal expectativa. Isto posto, parece-nos ser de fácil entendimento de que ocorreu uma tentativa de burlar as regras e os objetivos do concurso, que sempre foram o de contratar fisioterapeutas e não especialistas em acupuntura. Estamos convictos de que a intervenção do CREFITO-2, através do Ofício GAPRE nº 099/2004, foi providencial e necessária para a defesa e restabelecimento do princípio ético e legal e que se tal não tivesse ocorrido, iríamos ter demandas jurídicas onde a SOBRAFISA em condições de dificuldades éticas não teria formas e meios para promover a sua defesa pois em realidade aquela Fundação João Goulart tentou atropelar o texto legal, o que para nós se tornaria indefensável. Cremos ter ocorrido no mínimo, um equívoco daqueles que encaminharam estas questões para o Vosso conhecimento nos termos do ofício a nós encaminhado por V. Sª., que não retratam os fatos legais e reais por nós apurados. Aproveito para também informar sobre o fato apontado por V. Sª de que o Dr. Ruy Gallart de Menezes estaria fora do COFFITO, busquei informações naquela instância que contraditou a vossa informação. Em realidade Dr. Ruy Gallart encontrase gozando de auto licença do cargo, solicitada e aprovada pelo Plenário do COFFITO nos termos da Lei. Na certeza do entendimento, com apreço. Atenciosamente, ○

Dr. Jean Luís de Souza Presidente da SOBRAFISA Nacional

Com cópias para COFFITO, CREFITO-2 e Regionais da SOBRAFISA


Conselhinho discute estratégias de atuação

Programa de Educação Permanente Após realização de diversos encontros na UFRJ e na UERJ, o ministro da Saúde solicitou aos estados e municípios que criem Pólos e Núcleos de Educação Permanente visando atualização e reciclagem da mão-de-obra dos profissionais de Saúde. Existe, no ministério, verba específica para aprimoramento profissional, para ser empregada na melhoria da qualidade da assistência, contribuindo para humanização dos serviços de Saúde. Os Pólos Gestores participantes são assim constituídos: 1/3 de vagas das instituições de ensino, 1/3 da sociedade organizada e 1/3 das demais instituições. O CREFITO-2 vem participando das reuniões, visando dar sua contribuição.

Espírito Santo tem novos representantes Após a reformulação e reorganização do Estado do Espírito Santo em áreas programáticas, o CREFITO-2 conta com profissionais que assumiram a representação de núcleo para viabilizar ações integradas no estado. Os drs. Bertolino Bernardes dos Santos Filho, Fábio Batalha, Gilma Corrêa Coutinho e Wellis Lugon são os novos representantes, não havendo qualquer outro profissional com a função de representar o CREFITO-2 no Estado do Espírito Santo. Agradecemos aos profissionais por terem aceito o nosso convite e esperamos poder dar continuidade ao projeto de emancipação do estado, iniciado em 2002 quando assumimos a gestão.

Empossados novos conselheiros do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro

Fique Ligado...

O CREFITO-2 vem sediando e secretariando, desde janeiro de 2003, o chamado Conselhinho (Colegiado dos Conselhos de Fiscalização do Estado do Rio de Janeiro). As reuniões do Conselhinho ocorrem toda segunda terça-feira de cada mês, às 18h, onde são discutidos temas relevantes aos vários conselhos de fiscalização profissional com o objetivo de fortalecer as ações de valorização e preservação da autonomia das profissões, por meio de estratégias conjuntas, esclarecendo a sociedade quanto às atribuições de cada conselho e seu valor social.

Aconteceu no dia 24 de maio no auditório do CRO/RJ a posse dos novos conselheiros do Conselho Estadual de Saúde, do qual a dra. Rita Vereza, representando o CREFITO-2, faz parte como membro titular. Após a solenidade de posse, os novos conselheiros elegeram a sua Comissão Executiva, da qual o CREFITO-2 também faz parte.

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Entidades de classe Agradecemos às entidades o envio de material para publicação. O espaço é de vocês.

A União faz a Força

ATOERJ A ATOERJ é uma entidade científica-cultural-política e desde a sua criação, no ano de 1964, procura manter um espaço para discutir a profissão e, assim, formar opinião e levar o entendimento ao profissional do seu compromisso político-profissional, onde deve-se conhecer as políticas de saúde e social e saber qual a inserção do terapeuta ocupacional nesse processo. Luta para assegurar o importante papel que a área da Terapia Ocupacional ocupa na sociedade com seu multifacetado campo de atuação. Já existem leis que asseguram a presença do profissional terapeuta ocupacional nas instituições públicas e conveniadas, sempre atuando a nível da promoção, prevenção, recuperação e reabilitação. Esta gestão vem produzindo material através do Grupo de Estudo e Câmaras Técnicas, organizando eventos e fóruns, assegurando este importante papel do profissional terapeuta

ocupacional, pois somente através da qualificação, da especialização e do conhecimento da legislação e em consonância com as diretrizes do SUS poderemos ter qualidade profissional no campo da assistência terapêutica ocupacional. Este ano, comemorativo dos 40 anos da entidade, iniciamos nossa programação com um curso ministrado pela dra. Lílian Magalhães, terapeuta ocupacional, que levou os presentes a refletir sua prática através do que aprenderam com a Medida Canadense de Desempenho Ocupacional. Os Fóruns, que acontecem todo 1º sábado de cada mês, têm, o objetivo do debate, levando a reflexão de nossa prática. Estes Fóruns são espaços abertos de troca de experiências. Nós, terapeutas ocupacionais, devemos estar envolvidos na conjuntura atual para nos fazermos respeitados na sociedade. Participem de sua Entidade.

“Terapeuta Ocupacional facilita o desempenho ocupacional, visando um cotidiano saudável.”

SOFITOERJ A Sociedade de Fisioterapia em Traumato Ortopedia do Estado do Rio de Janeiro – SOFITOERJ vem mantendo seu objetivo que é o de divulgar a Fisioterapia em traumatoortopedia no campo da ciência com a educação continuada. Já nos fazemos presentes em congressos, universidades, hospitais e outros locais, desenvolvendo eventos e participando de solenidades referentes à profissão. No momento, a SOFITOERJ, encontra-se honrada em compor a Câmara Técnica de Traumato-Ortopedia do CREFITO-2, sendo representada pelo seu presidente, dr. Marco Antoni Souza Xavier e seu vice, dr. Antonio Vital Sampol, onde legislamos e fortalecemos as discussões sobre a evolução da atuação profissional do Fisioterapeuta na área da traumato-ortopedia. A SOFITOERJ tem o prazer de informar aos nossos associados e profissionais, especialistas em traumato-ortopedia funcional, que a partir da Resolução nº 260, de 11 de fevereiro de 2004 – D.O.U. nº 32, de 16 de fevereiro de 2004, Seção I, Págs. 66/67, reconhece a especialidade de Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional e dá outras providências. Agradecemos ao COFFITO pelo seu empenho e dedicação no que tange à Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional.

SOBRAFISA-RIO

Campanha de filiação A Sociedade Brasileira de Fisioterapia e Acupuntura – SOBRAFISARio está realizando uma campanha de filiação, oferecendo quatro edições da Revista “A Sobrafisa” durante o primeiro ano e a garantia de participar de eventos promovidos pela entidade com descontos especiais. Portanto, se você é fisioterapeuta e tem registro de seu título de especialista em Acupuntura venha fazer parte da SOBRAFISA-Rio. Outra possibilidade é se tornar aluno do curso de Pós-graduação/Especialização Profissional em Acupuntura, associando-se como aspirante. A anuidade para sócio efetivo é de R$ 120,00 e para sócio aspirante de R$ 90,00. Mais informações pelo telefone (021) 2213-0010, pelo e-mail sobrafisa@ig.com.br ou dirigindo-se pessoalmente à sede, na Rua das Américas, 72 – Santo Cristo. Fortaleça sua entidade!


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a autonomia sindical, instituindo o estatuto padrão e impedindo a categoria de, em Assembléia Geral, fixar livre e democraticamente o valor da contribuição confederativa para manutenção do sistema sindical – sindicatos, federações e confederação.

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Propõe o desmanche dos direitos assentados no Artigo 8º da Constituição Federal de 1988, exaustivamente discutidos na Assembléia Nacional Constituinte, quanto ao modelo de estrutura sindical pelo qual é exercida a sua representação, eliminando, inclusive,

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Determina o fim do poder normativo da Justiça do Trabalho, desferindo um golpe inescrupuloso no consagrado recurso do trabalhador de socorrer-se da Justiça especializada para obtenção de melhores condições de trabalho, mormente quando propõe a extinção do dissídio coletivo e da data-base;

○ ○

Alteração no sistema de organização (Art. 8º da Constituição)

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Pretende a extinção da contribuição sindical obrigatória, decretando a extinção massiva, por inanição, de sindicatos em todo o país, muitos com mais de 50 anos de existência, induzindo à falência uma organização que constitui o maior movimento social brasileiro e um dos mais resistentes do mundo, detentor de uma capacidade de reivindicação que é a ponta de qualquer mudança na sociedade brasileira. A compulsoriedade é um meio democrático de manter a estrutura sindical, na medida em que garante o financiamento de atividades sindicais que beneficiam a todos os trabalhadores, sindicalizados ou não. Desmontar a atual estrutura ou enfraquecêla significa desconstruir uma história de conquistas dos trabalhadores;

Fim do poder normativo da justiça do trabalho

Propõe um sistema através do qual a representação se dê por ramo de atividades. O projeto acaba com o conceito de categoria profissional ora vigente, deixando ao desamparo toda e qualquer profissão, pela inexistência de identidade e reconhecimento de suas respectivas peculiaridades, e inviabilizando a luta pelos seus direitos e anseios específicos;

Fim do conceito de categoria

Veja, abaixo, algumas das alterações que a reforma sindical proposta pelo governo pretende introduzir na organização sindical brasileira – e tente imaginar como isso funcionaria, na prática, caso a reforma venha a ser aprovada no Congresso, assim como o governo a quer. O governo quer aprová-la ainda este ano.

Extinção da contribuição sindical obrigatória

Concentração de poder nas centrais e vínculo com o governo Cria critérios de representatividade regulatórios da formação e existência de entidades sindicais, recriando o vínculo do movimento sindical ao governo e induzindo ao fim dos princípios de autonomia e liberdade de organização também conquistados a partir da Carta de 1988. ao mesmo tempo, a criação de critérios amplia a concentração de poder entre as maiores centrais sindicais já existentes. Com estas medidas aprovadas, certamente os sindicatos detodo o país estarão sepultados. O SINFITO/RJ, que luta pelo renascimento do nosso sindicato e pela reorganização das nossas categorias, vem fazendo um trabalho de sensibilização junto às categorias e aos acadêmicos, já sofre com estas notícias e lamenta que as categorias de uma maneira geral deixem passar a única forma de lutar por melhores condições de salário e emprego, que é a organização.

A União faz a Força

Reforma Sindical: As conseqüências da proposta do Fórum Nacional do Trabalho

SINFITO/RJ


Por Onde Andamos

Este espaço objetiva divulgar o trabalho que o CREFITO-2 desenvolve por todo o país. Representantes da direção deste Conselho têm comparecido a eventos, fóruns de debates, reuniões e encontros profissionais com o objetivo de estreitar relações para a manutenção do espaço conquistado por nossos profissionais, além de receber visitas com agendamento prévio de representantes de entidades e instituições acadêmicas. A seguir um resumo de nossa atuação nos meses de abril e maio/2004.

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ABRIL 05 e 12 – Reunião sobre o ISS com outros conselhos 06 – Reunião do Conselho Municipal de Saúde de Nova Friburgo 07 – Comparecimento à entrega do Prêmio Lions de Saúde outorgado a profissionais de saúde que se destacaram, incluindo fisioterapeutas 07 e 14 – Reunião do Núcleo Estadual do Movimento da Luta Antimanicomial 12 – Reunião do Núcleo de São Gonçalo 13 – Encontro com profissionais de saúde da Secretaria de Administração Penitenciária, no Hospital Psiquiátrico Penal Roberto Medeiros, Bangu 16 – Café da Manhã com Conselhos de Classe e representantes da Bancada Parlamentar Federal do RJ para apoio à aprovação ao Projeto de Lei Complementar nº 183/2001 19 e 20 – Seminário para criação do Pólo de Atualização Permanente do Ministério da Saúde – Secretarias Municipais e Estadual 21 a 25 – Participação no X Fórum Nacional de Docentes em Fisioterapia, IV Encontro Nacional de Coordenadores de Curso, I Fórum Mineiro de Docentes – Ipatinga – MG 26 – Convocação do Ministério do Trabalho – Eleições COFFITO 28 – X Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica, III Jornada Brasileira de Fisioterapia Respiratória em pediatria, X Jornada Brasileira de Fibrose Cística, XI Congresso Latino-Americano de Fibrose Cística – Hotel Glória – RJ 30 – Convocação do Ministério do Trabalho – Eleições COFFITO

CREFITO-2 • maio/junho - 2004

Drs. Claudia Regina da Silva Braz e Carlos Roberto Pinto, representando o CREFITO-2 no evento


MAIO

05 – Palestra para os formandos do Curso de Terapia Ocupacional – FAESA. Reunião com a direção da FAESA – Vitória – ES 06 – Reunião com fisioterapeutas do CREFES – Vitória – ES 06 – Encontro com acadêmicos da EMESCAM – Vitória – ES

Aconteceu em Curitiba - PR, em 1º de maio último, a posse do novo colegiado da Associação Brasileira de Terapia Ocupacional - ABRATO escolhido no Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional. Compareceram ao evento representando o CREFITO-2, as dras. Sandra Pacheco e Fortunée Nigri, respectivamente vice-presidente e conselheira efetiva, acreditando na importância de valorizar as associações e fortalecer toda a classe.

07 – Sessão Solene Comemorativa do 39º aniversário da APAE – Vitória – ES 07 – Solenidade em homenagem ao Dia do Trabalhador – Câmara Municipal do Rio de Janeiro 08 – Seminário de Acupuntura Multiprofissional – Ações de Saúde no IBMR 11 – Reunião do Conselho Estadual de Portadores de Deficiência – Vitória – ES 12 e 13 – Conselho Nacional de Saúde – Plenária Nacional de Conselhos de Saúde – Brasília – DF 17 – Cerimônia de Inauguração do Laboratório de Fisioterapia do centro Universitário Celso Lisboa 18 – Dia Nacional da Luta Antimanicomial, videodebate

Por Onde Andamos

01 – Posse do Colegiado da ABRATO em Curitiba – PR

18 – Reunião com a deputada estadual Andréa Zito Dras. Sandra Pacheco e Rita Vereza durante palestra na FAESA

19 – VIII Encontro de profissionais de Controle de Infecção Hospitalar do estado do Rio de Janeiro

22 – Debate – Movimento da Luta Antimanicomial 24 – Plenária do Conselho Estadual de Saúde, posse dos novos conselheiros 25 – III Feira de Informação Profissional Universitária no Centro Educacional Pericar – São Gonçalo – RJ 27 a 30 – II Congresso Internacional Ecologia do Parto e Nascimento – UERJ 28 e 29 – IV FISIO-CIDADE – Simpósio de Fisioterapia da UniverCidade 29 – Feira da Vida no Colégio Assunção – Niterói – RJ 31 – Palestra sobre Ética na Universidade Castelo Branco 31 – Reunião da Comissão Executiva do Conselho Estadual de Saúde na Secretaria Estadual de Saúde As dras. Elizabeth Carvalho Benjó (de rosa) e Liana de Brito Braga (de branco) no II Congresso Internacional Ecologia do Parto e Nascimento

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Atendendo sugestão de nossa revista, a dra. Rosa Santos Maia nos enviou texto sobre a atenção domiciliar em estimulação precoce. Agradecemos a colaboração e esperamos que sirva de incentivo para que outros profissionais nos enviem artigos de interesse da categoria para que possamos continuar trocando informações, experiências e vivências. ○

ências

TERAPIA OCUPACIONAL

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– Quanto a avaliação da prática realizada pelos acadêmicos Relataram que a realidade vivida pela maioria de seus pacientes estava muito distante do que poderiam imaginar; mos-

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– Quanto a avaliação da prática realizada pela supervisora docente A aceitação e motivação dos acadêmicos é um resultado de todos os processos no decorrer do estágio, não apenas no setor, mas todo um enfoque multidisciplinar. Detectamos a atitude ética, a postura e desempenho profissional na abordagem dos familiares, assim como no ambiente domiciliar. Observamos o cuidado e preocupação em trazer as questões que lhes causaram dúvidas para a supervisão, para que estas posteriormente fossem bem discutidas com os familiares. Efetivou-se o intercâmbio entre as disciplinas teórico-práticas, principalmente em função que neste semestre os mesmos profissionais que atuaram em sala de aula, acompanharam estes acadêmicos na prática. Concretizou-se o incentivo a pesquisa, através da fundamentação teórica e prática consistente, associada à proximidade com a comunidade e conseqüente aprendizado através da realidade vivida.

– Quanto a aceitação das visitas domiciliares pelos familiares Quando consultados, todos tiveram boa aceitação, prepararam-se e receberam muito bem os acadêmicos, sentindo-se privilegiados e agradecendo a atenção e preocupação com seus filhos, comentando com seus familiares, “eles virão aqui? Mesmo sendo tão longe?”

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS Orientar quanto aos aspectos ergonômicos, motores, cognitivos, escolares etc. O mais próximo da realidade dos pacientes e familiares; favorecer aos acadêmicos a prática das orientações não

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CONSIDERAÇÕES FINAIS – Quanto à aceitação da prática das orientações domiciliares pelos acadêmicos A partir da proposta realizada pela docente supervisora, para a realização das orientações domiciliares, todos os acadêmicos, sem exceção alguma, mostraram-se motivados e até mesmo surpresos com a possibilidade, incentivo, permissão e estimulados para esta prática, comparando com a prática acadêmica em outras instituições, na qual esta necessidade ou possibilidade nunca havia sido cogitada ou incentivada, registrando o diferencial que esta prática possibilita também em relação à própria equipe.

OBJETIVO GERAL Realizar o intercâmbio entre a fundamentação teórica e prática do acadêmico de Terapia Ocupacional quanto às orientações familiares nos aspectos motores, cognitivos, de independência, quanto às adaptações físicas do domicílio, mobiliário, órteses e escolares quando necessário.

traram-se satisfeitos em observar que as orientações dadas no decorrer dos atendimentos eram realizadas no dia-a-dia de seus pacientes; observaram que a relação com os familiares ficou mais próxima, fundamentada com maior confiança; detectaram as orientações que não eram colocadas em prática e suas razões; perceberam que algumas orientações deveriam ser mais simplificadas; observaram que algumas condutas quanto às orientações mereciam ser adiadas; estabeleceram voluntariamente parcerias com outros acadêmicos para auxiliá-los na visita, observações e soluções; relataram uma visão mais humanista diante das diversidades encontradas.

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apenas a partir de avaliações e reavaliações, e sim através da realidade vivida; oferecer melhor qualidade de atendimento e acompanhamento à clientela da SPERJ; propiciar o intercâmbio teóricoprático nas disciplinas oferecidas na ESEHA; desenvolver melhoras e estreitamento nas relações terapeuta x paciente; estimular a pesquisa acadêmica e a proximidade do trabalho junto à comunidade; estabelecer a troca de experiências, a partir da observação dos casos orientados; promover melhoras na qualidade da formação dos acadêmicos e possibilitar um enfoque diferencial na prática acadêmica da Terapia Ocupacional.

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Este trabalho foi apresentado na VII Jornada Acadêmica de Terapia Ocupacional da Pestalozzi (outubro/2003), surpreendendo aos profissionais convidados, apesar de já ser desenvolvido há aproximadamente quatro anos. É decorrência das atividades teóricas desenvolvidas na disciplina Metodologia das AVD (8º período/ESEHA), coincidentes ao término de estágio no setor de Terapia Ocupacional (no Centro de Estimulação Precoce/campo de estágio), onde observamos que a visita domiciliar é uma atividade importante, inerente e aconselhada para a comprovação das orientações fornecidas pelo terapeuta e acadêmicos no decorrer de um ano de prática e supervisão docente, assim como na oportunidade de novas orientações no domicílio do paciente. Desta forma, as orientações, (prática esta já desenvolvida sistematicamente nos setores), poderão ter um novo enfoque que transcende as informações colhidas durante o atendimento ambulatorial, tornando-se próxima e coerente com a realidade do paciente e seus familiares. O que era idealizado e amadurecido como condições ideais e reais desta prática, está sendo colocado em ação (documentado em prontuário e registrado através de fotos e filmagem), a partir da disponibilidade e desejo dos acadêmicos, sempre com a supervisão docente.

Trocando Experi-

Atenção Domiciliar em Estimulação Precoce

Dra. Rosa Santos Maia, terapeuta ocupacional, professora da ESEHA, responsável pela Pós-graduação em Estimulação Precoce


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AGOSTO ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE MENTAL PARA TERAPEUTAS OCUPACIONAIS Início: agosto Realização: Instituto Franco Basaglia - IBF Apoio: Instituto Philippe Pinel - IPP Coordenação: dras. Lisete Vaz, Sandra Pacheco e Zélia Seiblitz Informações: (21) 2542-3049 - R. 2034 (Cláudia)

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PERSONAL PILATES Período: agosto a setembro Realização: Studio Personal Pilates Coordenação: dra. Denise Ferraço Peixoto Informações: (21) 2294-8201

DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL/ TRATAMENTO DAS DISFUNÇÕES MECÂNICAS DO CRÂNIO E ATM Dias 31 de julho e 01 de agosto Realização: RBC Fisioterapia Ministrante: dras. Kátia Marques e Hélia Pinheiro Informações: (21) 3273-2210 e 3979-0078

10º ENEEFISIO ○

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PILATES BALL 2004 – CONTROLE DE CENTRO/EQUILÍBRIO DINÂMICO/ EQUILÍBRIO EM 3-D/EQUILÍBRIO TOTAL Dias 26 e 27 de junho/24 e 25 de julho/datas já agendadas para os meses de agosto a dezembro Realização: ReVita Clínica de Fisioterapia Avançada Palestrantes: dras. Carolina Bicudo e Tatiana Azevedo Informações: (21) 2486-9800

ENCONTRO NORDESTINO DE ESTUDANTES DE FISIOTERAPIA ○

7º ENCONTRO DE DA’S E CA’S ○

Dias 13 e 17 de julho de 2004 www.eneefisio.com.br ○

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MÉTODO PILATES: PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO Novas turmas em julho Realização: Physio Studio Coordenação: dr. André Nagyidai Informações: (21) 3477-8463 www.physiostudio.com.br pilates@physiostudio.com.br

CURSO INTERNACIONAL HIDRO – A TÉCNICA WATSU PARA FISIOTERAPEUTA ( RJ,SP) Peggy Schoedinger – EUA Informações: (43) 3325-7656, 3336-1107 ou 0800-43-7008

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TRATAMENTO DAS DISFUNÇÕES MECÂNICAS DE CINTURA PÉLVICA E MEMBROS INFERIORES/FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL COM ÊNFASE EM ESTÉTICA FACIAL Dias 26 e 27 de junho – Rio de Janeiro – RJ Realização: RBC Fisioterapia Ministrante: dras. Kátia Marques e Hélia Pinheiro Informações: (21) 3273-2210 e 3979-0078 ○

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CURSO INTERNACIONAL RPG – SISTEMA AUSTRALIANO ( SP, RJ) Kim Robinson – Austrália Informações: (43) 3325-7656, 3336-1107 ou 0800-43-7008 www.vfcursos.com.br vfcursos@vfcursos.com.br

ATUALIZAÇÃO EM ELETRO-TERMO E FOTOTERAPIA Dias 24 e 25 de julho Realização: RBC Fisioterapia Ministrante: dr. Fábio Borges Informações: (21) 3273-2210 e 3979-0078

CURSO INTERNACIONAL MÉTODO MAITLAND (RJ,SP) Robert Nee – EUA Informações: (43) 3325-7656, 3336-1107 ou 0800-43-7008 ○

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JULHO

PILATES 2004 (4 MÓDULOS) Dias 19 e 20 de junho (2º módulo) com nova turma de 1º módulo em 11 e 12 de setembro/turmas programadas para os demais módulos até dezembro – Rio de Janeiro – RJ Realização: ReVita Clínica de Fisioterapia Avançada Palestrantes: dras. Carolina Bicudo e Tatiana Azevedo Informações: (21) 2486-9800

TAPE FUNCIONAL E CONTROLE MOTOR Dias 31 de julho a 03 de agosto – Rio de Janeiro – RJ Ministrante internacional: Maria Constantinou Informações: (21) 2543-0549 e 2246-4773 (Maria Amélia)

CURSO INTERNACIONAL MÉTODO BAD RAGAZ ( SP, RJ) Peggy Schoedinger – EUA Informações: (43) 3325-7656, 3336-1107 ou 0800-43-7008 www.vfcursos.com.br vfcursos@vfcursos.com.br

I CURSO EQUITAR DE HIPOTERAPIA Dias 05, 06, 26 e 27 de junho – Rio de Janeiro – RJ Realização: Equitar – Centro Brasileiro de Estudo, Desenvolvimento e Pesquisa (Jockey Club Brasileiro) Informações: (21) 3905-8933

CURSOS JUNHO

CURSO INTERNACIONAL MOBILIZAÇÃO NEURAL (RJ, SP, RS) Kim Robinson – Austrália – (Junho) Informações: (43) 3325-7656, 3336-1107 ou 0800-43-7008 www.vfcursos.com.br vfcursos@vfcursos.com.br

Agenda

A publicação de eventos nesta seção é baseada em informações fornecidas por seus organizadores e visa propiciar as informações básicas que permitam o contato com os organizadores, para o aprimoramento profissional do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional. Sua publicação não representa, necessariamente, o reconhecimento, endosso ou apoio explícito do CREFITO-2 à sua realização. Os interessados em divulgar eventos de interesse das duas categorias profissionais devem encaminhar as informações, com a devida antecedência, para o CREFITO-2.

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AGOSTO

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SEMINÁRIO HÉRNIAS DISCAIS ASPECTOS RADIOLÓGICOS (ANGELA SANTOS) Dias 06 e 07 de agosto – Rio de Janeiro – RJ Ministrante: dra. Angela Santos Informações: (21) 2268-6992 e 2228-8131

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1º ENCONTRO DE FISIOTERAPIA DA SOFITOERJ/AFUNHMP Dia 13 de julho – Rio de Janeiro – RJ Realização: SOFITOERJ/Hospital Municipal da Piedade

SEMINÁRIO FISIOLOGIA DA ESCOLIOSE/DIAGNÓSTICO PRECOCE DA ESCOLIOSE (MARCEL BIENFAIT/ANGELA SANTOS) Dias 15 e 16 de janeiro – Rio de Janeiro – RJ Ministrantes: drs. Marcel Bienfait (França) e Angela Santos Informações: (21) 2268-6992 e 2228-8131

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JULHO

JANEIRO/2005

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CONGRESSOS SETEMBRO

OUTUBRO

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FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL COM ÊNFASE EM ESTÉTICA CORPORAL Dias 18, 19, 25 e 26 de setembro – Rio de Janeiro – RJ Realização: RBC Fisioterapia Ministrante: dra. Hélia Pinheiro Informações: (21) 3273-2210 e 3979-0078

Informações: (21) 9351-0861 sofitoerj@bol.com.br (de 21 de junho a 07 de julho)

CONCEITO MAITLAND (3 MÓDULOS) Dias 09 e 13 de setembro/11 a 15 de novembro/07 a 11 de abril de 2005 – Rio de Janeiro - RJ Ministrante: Carla Danielle Chagas da Silva Informações: (21) 2543-0549 e 2246-4773 (Maria Amélia) ○

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III INTERNATIONAL CONGRESS ON NEURODEGENERATION Dias 20 a 24 de setembro – Rio de Janeiro – RJ Realização: Congrex do Brasil Informações e inscrições: www.neurogeneration2004.med.br icn@congrex.com.br

X ENCONTRO PARANAENSE DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA Dias 03 a 06 de junho – Hotel Cambôa – Paranaguá – PR Informações: www.inspirar.com.br

JUNHO

EVENTOS

ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR VERTEBRAL (E.V.S.) Dias 14 a 17 de outubro – Rio de Janeiro – RJ Ministrante: Carla Danielle Chagas da Silva Informações: (21) 2543-0549 e 2246-4773 (Maria Amélia)

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OUTUBRO

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FORMAÇÃO EM PILATES (4 MÓDULOS) Início: setembro – Rio de Janeiro – RJ Realização: Clínica Pilon Responsáveis: drs. Marisete Pilon, Michelle Ramos da Silva e Paulo Gianetti Machado Júnior Informações: (21) 2537-3172 e 2286-8875

Agenda

SETEMBRO

CONGRESSO DOS 25 ANOS DE FISIOTERAPIA NA UEL Dias 09 a 11 de outubro – Centro de Convenções do Hotel Sumatra – Londrina – PR Organização: Departamento de Fisioterapia da UEL Inscrições: brunetto@uel.com.br


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