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CIDADES DE MINAS: 10 ANOS DE EDIÇÕES 2004 - 2014
O
Jornal Cidades de Minas está comple-
Aqui o leitor tem voz! Esse é o objetivo maior de
tando em janeiro de 2014, dez anos, seja
toda equipe de trabalho do Cidades de Minas, desde
em edições impressas, seja on line, com
a sua primeira edição no ano de 2004.
isso, se encontra presente em todas as cidades do
As páginas do Cidades de Minas são inteiramente
extremo do Estado de Minas Gerais na primeira dé-
abertas à participação da sociedade e do cidadão.
cada do novo milênio com uma proposta inovadora
São páginas com espaços à opinião, ao debate, a
na mídia, mas antes de tudo, com o compromisso
sugestões e ás criticas. Acesse e comente, critique,
de ser o porta-voz da sua população, com priori-
faça suas sugestões.
dade para a região Norte de Minas.
Esse é o grande desafio que se propõe o jornal Ci-
São inúmeras as dificuldades de se levar adiante um
dads de Minas.
jornal independente, comprometido com a verdade
As grandes e ambiciosas metas dessas páginas web
dos fatos, tendo como maior objetivo registrar em
são, antes de tudo, não omitir os fatos, não se calar,
suas páginas a realidade geográfica, econômica e
não se intimidar com as dificuldades, ser transpar-
social das diferentes regiões do Estado, principal-
ente, independente e imparcial, sempre de forma
mente suas desigualdades sociais e econômicas,
participativa. Iniciou-se em 2004 um marco de um
seus avanços e desafios, mas, principalmente, a sua
novo tempo que se concretiza em todos os municí-
realidade histórica, com mais de 100 cidades divul-
pios de Minas - particularmente nas cidades local-
gadas, destacando suas atrações turísticas.
izadas no extremo Médio do São Francisco.
Um jornal que nasce de um sonho, sonhos de bar-
O Cidades de Minas é o jornal da sua cidade!
ranqueiros, sertanejos, mineiros, que se debruçam
O jornal da cidadania!
no passado e no presente objetivando construir um
Faça parte dessa história – Participe!
futuro mais justo, mais digno e humano para todos.
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AS LETRAS DE CARLOS DIAMANTINO ALKMIM Em 15 anos de carreira, jornalista publica nove livros de poesias, crônicas, romances e documentários
* Por Luis Claudio Guedes
Corria o ano de 1999, já no findar do século vinte.
sonho, há muito acalentado, tornava-se realidade.
O jornalista Carlos Diamantino Alkmim reúne
A primeira obra de Diamantino estava pronta para
manguenses radicados na capital mineira para lan-
edição e publicação teve apoio do BDMG Cultural.
çamento da sua primeira obra literária. Saia do pre-
Um livro nascido da emoção e do amor pela terra na-
lo o livro de crônicas ‘Sabor de Manga’, o primeiro
tal do jornalista, que finalmente podia ser folheado,
de uma série na carreira do autor .
admirado, criticado e amado pelos manguenses nas histórias narradas da sua infância à beira rio.
Era o final de uma longa etapa, que consumiu 20 anos de rascunhos anotados no papel com canetas
“Tenho as imagens vivas, latentes e emocionantes
esferográficas e saudosos tique-taques da máquina
daquela noite memorável de reencontros dos con-
de datilografia - marca Remington, que acompan-
terrâneos. Ainda os vejo a folhear os sabores do
hou o autor em suas lides literárias por uma longa
querido Rio São Francisco, da fauna e flora do
jornada até ser substituída pelos computadores. Um
sertão mineiro, no deleite dos costumes das pessoas
4 Para o presidente da Academia de Letras, Ciências e Artes do São Francisco, escritor Petrônio Braz, o livro ‘Sabor de Manga’ é relicário e memorial preciosos do autor, mas não foi escrito só para o povo de Manga. O livro, avalia Petrônio, retrata o São Francisco, a vida ribeirinha de todas as cidades que se criaram às margens do grande rio. E a carreira de Diamantino segue avante. Em 2001, o escritor lança outro dos seus títulos, ‘O repórter e os coronéis’, em parceria com a colega jornalista do Palácio da Liberdade, Ivany Rocha, em evento que contou com a presença do então governador de Minas, Itamar Franco. Ao chegar ao salão nobre do BDMG, local do lançamento da obra, ladeado pelos seus principais secretários de Estado, Itamar brindou o manguense Diamantino com a seguinte frase: - Aqui está o novo Guimarães Rosa do sertão mineiro ... Emocionado, o escritor fez, na ocasião, breve relato sobre o teor do livro que narra a grave problemática da seca nas regiões do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha, ao afirmar que descobriu outras durante as décadas de 50 e 60. Lembranças das ruas
Minas em suas andanças por essas regiões. E con-
bucólicas da minha querida Manga.
cluiu:
Como valeu a perseverança, como valeu esperar o
- Falo de uma Minas que tem sede, fome e esper-
sopro do
ança, governador!
destino”, recorda Carlos Diamantino. O escritor diz
Carlos Diamantino voltou a encontrar o ex-presi-
que, a partir daquele despertar literário, as letras se
dente Itamar Franco durante a noite de autógrafos
avolumaram e se tornaram concretas em mais oito
do seu primeiro livro de ficção, no ano de 2007,
novos livros. São agora mais de 2.000 páginas de
também em Belo Horizonte: ‘Os Tabaréus na Ci-
registros das muitas histórias e estórias, sempre
dade Grande’, obra que relata a migração de mora-
tendo como foco a sua terra, a sua gente e o seu
dores do meio rural para as metrópoles.
rio – o majestoso São Francisco, com seus vapores e causos.
- Não poderia faltar a este compromisso, Dominicano -, disse Itamar que, ao cumprimentá-lo, repetiu a
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forma como se dirigia, carinhosamente, no dia a dia, ao jornalista e um dos seus assessores. - Começo a ler e depois repasso minhas observações – prometeu Itamar, na época, ao receber o livro com a especial dedicatória de Diamantino.
Noite de autógrafos Pela primeira vez na história da cidade, uma noite de autógrafos contou com a presença de cerca de 500 pessoas na quadra esportiva do Caic Padre Ricardo Trischeller. No livro são descritas as histórias das tradicionais famílias Diamantino, Lélis e Alkmim, desde o ano de 1917, com base em depoimentos da octagenária e ex-coletora estadual Maria de Lourdes Alkmim. Em visita que fez à cidade de Manga, em 2009, o governador Antonio Anastasia fez, em seu proO escritor Carlos Diamantino proporcionou a sua terra natal, o maior e mais importante evento cultural literário, com o lançamento, do livro “Recordações da Minha Tia”.
“Falo de uma Minas que tem sede, fome e esperança, governador!”
6 nunciamento na sede da Câmara Municipal, saudação ao escritor Carlos Diamantino, com leitura de trecho de uma de suas obras: “(...) Permita-me saudar a comunidade de Manga, e de modo especial a um representante que vocês têm em Belo Horizonte, o meu amigo, grande literato, escritor, intelectual que tanto tem ajudado o Governo de Minas na Secretaria de Estado de Governo, no Palácio da Liberdade, o meu amigo Carlos Diamantino, que me acompanhou, a meu pedido, nessa viagem”, disse Anastasia, que recebeu das mãos da tia do escritor, Lourdes Alkmim, um exemplar do livro “Recordações da Minha Tia”. Ele já tinha lido ‘Os Tabaréus na Cidade Grande’. Carlos Diamantino diz sempre que a razão de escrever mais articuladamente e com foco o sertão mineiro “é um sopro do destino que se apresenta, se cola, se escreve...” e que o rio São Francisco sinaliza, para ele, em seus caminhos, por ser a sua eterna saudades, as águas das suas raízes.
O Velho Chico e os Tabaréus...
A experiência acumulada pelo jornalista manguen-
cionado, ao receber populares e os chamados ‘va-
se, desde 1986, como assessor de imprensa de seis
pozeiros’ no convés do Benjamim Guimarães, em
governadores do Estado o credenciam a dedicar
25 de maio de 2011, no porto da cidade de Pirapora,
parte do seu tempo a escrever sobre o sertão do
em Minas Gerais.
norte-mineiro. A publicação de duas novas obras, “Os Tabaréus na Cidade Grande’, em 2007, e ‘O
No livro, há o passeio histórico durante três tem-
Velho Chico em Três Tempos – 1925/1944/2010’,
pos da história do rio da unidade nacional, com
no ano de 2011, proporcionaram outras noites de
os registros e retratos de quase 100 anos, desde o
autógrafo memoráveis – uma delas marcou fato in-
seu navegar, sua flora e fauna e o jeito especial do
édito na história regional, ao ocupar as dependên-
norte-mineiro conviver com as agruras do sertão.
cias do vapor Benjamim Guimarães, em evento re-
“Como em sonhos, ainda me restou essa viagem,
alizado na cidade de Pirapora.
nesse terceiro tempo da história”, assinalou Carlos
“O lançamento do Velho Chico no vapor Benjamim
Diamantino, sobre a viagem no vapor Benjamim
foi, para mim, a união dos fios da história e dos
Guimarães, no ano de 2010, descrito nas 234 pági-
sonhos barranqueiros”, expressou o escritor, emo-
nas ilustradas do ‘Velho Chico em Três Tempos’.
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Suas poesias... mantino. Esse livro rendeu ao autor uma das passagens que considera como das mais memoráveis da sua carreira literária: ele reuniu estudantes da Escola Estadual Olegário Maciel, numa tarde de sol no quintal da sua casa, em Manga, no ano de 2010, para declamar alguns versos de ‘Outros Tempos...’. Foi um encontro de gerações e puro deleite no passeio pelo universo da poesia. “Não contive a emoção ao ouvir jovens recitando e questionando sobre os versos dos poemas. Naquele instante, concretizei o meu maior objetivo de plantar letras para serem colhidas pelas gerações futuras. Um dia memorável que levarei comigo para O escritor, no entanto, não limita o seu labor literário
sempre. Fiquei muito sensibilizado com aqueles
apenas e tão somente ao novelo de suas crônicas,
sons e sotaques tão genuínos da minha infância”,
romances e documentários. Diamantino também
recorda o autor.
se dedica à poesia, e de forma mais ampla, sempre
Diamantino diz relembrar o momento do lançamen-
privilegiando sua terra natal e sua maior inspiração
to do seu livro de poesias com imagens vida em que
– o Rio São Francisco. Sua primeira obra na seara
vê rodeado de estudantes no Solar dos Diamantinos.
da poesia é a caixa ‘Minha Terra, Meu Rio’, lança-
Ele diz que os sopros das inspirações seguem adi-
da no Centro Cultural Hermes de Paula, em Montes
ante, com o lançamento do segundo livro de crôni-
Claros, durante o 22º Salão Nacional de poesia –
cas ‘Manga, um novo sabor’, em que relata fatos da
mais conhecido como Psiu Poético.
sua cidade e da gente do sertão mineiro do século
A obra ‘Outros Tempos, Outras Letras’ é o segundo
21. Nessa toada de inspiração viria ao prelo o ter-
livro de poemas, registrado pelo escritor Carlos Dia-
ceiro tomo de poesias: ‘Sabores do Meu Tempo’.
8 O autor conta que, mais uma vez, a sua residência em Manga foi palco da noite de autógrafos, em julho de 2013, com a presença de cerca 200 manguenses. Como escreveu o poeta e editor da Editora Catrumano, Jurandir Barbosa, no prefácio do último livro de poesias e crônicas do escritor Carlos Diamantino, o ‘Sabores do Meu Tempo’: “Esse poeta que é jornalista, que é cronista, que é romancista e tanto mais, é antes de tudo um sabedor do sertão e sabedor da cidade cosmopolita, domina a letra em sua textura e em sua oralidade, é desses que se perdem propositalmente na arte só para que assim se reencontrem tantas vezes e renasçam com tantas encarnações divinais, vicissitudes”.
Homenagens
O jornalista e escritor manguense Carlos Diamantino Alkmim se tornou membro honorário da Academia de Letras, Ciências e Artes do São Francisco (Aclecia), em cerimônia solene no salão de festas do Sesc/ Laces de Januária, no ano de 2012. Foi agraciado ainda com a Medalha da Inconfidência Mineira, durante o mandato do ex-governador Eduardo Azeredo; além da Medalha Santos Dumont, durante o governo Itamar Franco e a Medalha JK, que recebeu das mãos do atual governador mineiro, Antonio Anastasia.
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PDT-MG CONFIRMA PRÉCANDITATURA DO JORNALISTA CARLOS DIAMANTINO ALKMIM A DEPUTADO FEDERAL
secretária Geral do PDT/MG, Síley Soal-
A
escolas técnicas profissionalizantes e instalação de
heiro, confirmou a pré-candidatura do
indústrias”. Alkmim escreveu e publicou três livros
jornalista Carlos Diamantino Alkmim, a
recentemente que referem aos temas: O Velho Chi-
deputado federal nas eleições de 5 de outubro. “A
co em Três Tempos ( a navegabilidade do Rio São
sua pré-candidatura está oficializada e aguardamos
Francisco); O Repórteres e os Coronéis (a prob-
sua presença na reunião do partido, em Belo Hori-
lemática da seca na região Norte de Minas e Vale do
zonte, dia 16, para definição das linhas básicas de
Jequitinhonha) e Os Tabaréus na Cidade Grande (a
atuação”, afirmou Soalheiro, ao pré-candidato. Se-
migração da população da região do sertão mineiro
gundo Carlos Diamantino, suas linhas de atuação
para as cidades metrópoles).
serão prioritariamente em defesa do meio ambiente, do incremento da cultura regional no sertão mineiro e uma política de inclusão dos jovens no mercado de trabalho em sua região, com ênfase as peculiaridades de cada município, com a criação de
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