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Casa de cultura Hip hop Leste
Casa de cultura Hip hop Leste Casa de cultura Hip hop Leste
centro cultural arte em construção
centro cultural arte em construção
centro cultural arte em construção
Nascido na periferia de SP, esse projeto envolve os jovens atuantes na Casa de Cultura Hip Hop Leste, especificamente, no bairro cidade Tiradentes no ano de 2022, que se desenvolvem na formação e experimentação profissional em gestão cultural. articulando-se em um delicado equilíbrio na linha tênue de formação e a atuação de protagonismo jovem dentro do equipamento cultural.
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Através de diálogos envolvendo os jovens monitores, sobre a cultura circense nas periferias e nos ambientes culturais, observando o contexto das contratações e programações da Secretaria Municipal de Cultura em seus diversos equipamentos culturais, compreendemos que existe uma grande defasagem da linguagem em comparativo com outras áreas artísticas como: o teatro, dança, música e manifestações artísticas que envolvam o cotidiano ás práticas junto a inclusão artística social.
As linguagens artísticas circenses em sua multiplicidade de itinerância, produção, circulação, trabalho de memória, pesquisa, formação, projetos de coletivos artístico com espetáculos ainda não tem uma garantia de descentralização da arte sobre regiões inviabilizadas e nem democratiza o acesso artístico a recursos públicos em questões financeiras e o acesso aos espaços com o tema com estrutura financeira para expandir a política pública.
Reconhecendo e visando para valorizar a diversidade, a pluralidade e a singularidade das linguagens e das produções culturais e artísticas, os PJMCs decidem iniciar e articular ações circenses dentro do território.
Em reuniões semanais avaliamos um plano de ação para que as ideias e estratégias do projeto acontecesse em tempo coerente, através de um mapeamento que tivesse os coletivos artísticos, os locais de formação, a demanda de público e a oferta possível de contratação.
Um ponto positivo foi o contato com escolas, associações próximas ao equipamento, lojas voltadas a materiais circense e arte educadores, criando parcerias e articulando no território e fora dele assim tivemos uma ampliação da área de atuação do projeto.
Iniciamos com a parceria com a artista, educadora e circense Neryssa Sayuri com uma trajetória de 18 anos dentro da área cultural e profissional, atualmente integrante do Coletivo Circo na praça, coletivo este que vem promovendo diversos encontros, espetáculos e espaços de treino há mais de oito anos na região do Tatuapé, especificamente na Praça Silvio Romero.
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Também realizamos uma parceria com Instituto Pombas Urbanas para utilizarmos o espaço do Centro Cultural Arte em Construção, um território autônomo e ativista que vem desenvolvendo ações há mais de dezoito anos no bairro como; oficinas culturais, debates, saraus, festivais musicais, apresentações artísticas, artesanato, rodas de leituras para crianças. As ações ainda se estendem na sessão de uso do espaço para artistas e coletivos do bairro, e ações comunitárias.
Como o projeto Piac 2022 não teve um apoio financeiro para a realização e nem mesmo um recurso para contratações e articulações, as muitas possibilidades não foram possíveis de viabilizar e com isso ficando com uma ação pequena em dimensão da potência do projeto almejado e sonhado.
Criamos um grupo por meio do WhatsApp para comunicar o ideal do projeto e todas as questões sobre o que poderíamos fazer sem o recurso e com os horários e datas disponíveis dos educadores, artistas, espaços culturais e escolas parceiras.
Durante o processo do projeto surgiram muitos desafios e alguns implicaram principalmente na comunicação com as escolas e por não estarem abertas para um diálogo e até a falta de credibilidade para o protagonismo dos jovens do bairro que se articulam referente a cultura, levantando inúmeras vezes o questionamento sobre a relevância dessa ação na formação dos alunos, no julgamento desses gestores escolares as atividades do projeto não são "adequadas ao ambiente escolar” mas que, de fato, as atividades circenses podem moldar e integrar nas didáticas escolares como já acontecem em instituições particulares, onde compõem não só matérias básicas como conhecimentos variados.
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Felizmente podemos contar com a parceria de amigos e espaços culturais democráticos para que minimamente os objetivos pudessem ser alcançados na proposta do nosso projeto. Com a oficina de bambolê, ministrada por Neryssa Sayuri, que ocorreu dia 24 de maio de 2022, com 3horas de duração no Centro cultural Arte em construção. Com a participação de mais de 20 jovens do território além de rodas de conversa e discussões sobre a linguagem circense com pessoas que frequentam o espaço em um processo de expansão perspectivas. A oficina foi de forma expansiva, com liberdade ao absorver as técnicas da artista, pois todes que estavam participando se integraram e somaram e essa experiencia, sendo importante o acesso e trazendo mais forma e caracterização do projeto sendo realizado.
Queremos com esse projeto que o público saia fora da caixa, que seja mais questionador e aberto a novas possibilidades. A cultura e a arte estão para transgredir e falar do que aquele individuo está sentindo. Esse é o poder da arte e nesse caso a nossa arte vem de todos os lugares, do teatro ao terreiro, da orquestra ao samba, do circo no farol até o picadeiro. Nossa arte periférica não só fala do povo, ela é o próprio povo, pelo povo, junto em todos os sentidos democratizando essa história cultural.
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