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Carolina Ribeiro Moraes
Teatro Paulo Eiró
A história do funk – Uma linha sonora do tempo
1- Apresentação do PIAC
Olá, sou a Carolina Ribeiro, nasci no Capão Redondo, extremo sul de São Paulo e desde 2017 trabalho como DJ e produtora musical independente. Minha expertise é a música do mundo, sobretudo a brasileira, já trabalhei com artistas como Pabllo Vittar e MC Tha e passei por muitos eventos na cidade de São Paulo.
Meu PIAC se chama A História do Funk – Uma linha sonora do tempo, e eu escolhi esse nome porque além de um gênero musical, o funk é uma estrutura que já se alicerçou na cultura brasileira e que segue quebrando barreiras, se tornando conhecido mundialmente. Pensando nisso, resolvi contar a história do gênero, suas influências e atravessamentos, a importância que ele tem para a juventude periférica, e o resultado da intersecção dele com outros gêneros musicais através de um workshop sonoro, que consiste num DJ set cujas músicas são utilizadas como tópicos.
2- Qual o objetivo do PIAC?
Objetivo geral: Difundir o funk enquanto gênero musical e linguagem sociocultural em locais tidos como elitizados. Objetivos específicos: realizar 4 discotecagens antes das peças da programação do Teatro Paulo Eiró tendo o funk como paralelo, e realizar um workshop contando a história do gênero no final do período das discotecagens.
3- O que motivou a escolher a linguagem ou tema?
A vontade de abordar a interferência da arte de periferia dentro do bairro que atuo como jovem monitora foi a mola propulsora pra continuar esse projeto, que teve início em 2021, a convite de uma amiga que trabalha numa ONG (e que inclusive foi jovem monitora) e que começou como um simples DJ set comentado A linguagem que escolhi dentro desse “guarda-chuva” da arte periférica foi a música, e dentro dela o Funk.
Ainda que haja críticas e esteja na mira da segurança pública nacional, essa expressão artística mobiliza e emociona muitas pessoas, é uma fonte de renda dentro das comunidades e é capaz inclusive de mudar a realidade do jovem, que vê nas rimas, batidas e na dança uma chance pra desviar do caminho do crime e da vulnerabilidade social.
Eu acredito que trabalhar o funk dentro do Teatro Paulo Eiró é uma forma de trazer um público diferente do habitual pra esse tipo de ambiente (público esse cuja parte bastante significativa ainda não teve oportunidade ou se sente confortável para conhecer um teatro, mesmo os municipais com atrações gratuitas), e de fazer o público que já o frequenta abrir a mente para outros
lugares onde essa linguagem pode se manifestar que não os bailes de periferia e os lounges/danceterias.
4- O que já foi realizado?
Foi feita uma discotecagem-teste pra calcular o tempo de montagem e testar a recepção do público, três discotecagens antes de alguns espetáculos no Teatro Paulo Eiró entre os meses de maio e junho e um workshop sobre a História do Funk, como fechamento do projeto.
5- Histórico de desenvolvimento (O que mudou no PIAC desde o Planejamento à realização):
De início, o plano era fazer as discotecagens, o encerramento com o DJ set, uma roda de conversa com pessoas que atuam no funk e na música urbana em geral e uma intervenção com a OFISA (Orquestra Filarmônica de Santo Amaro) com um funk orquestrado, mas devido ao pouco tempo disponível, a negativa da maestrina Silvia Luisada e a falta de aporte financeiro, foi necessário um plano B, uma mudança de estratégia, pra que eu pudesse fazer tudo sozinha. Apesar das intercorrências, as dificuldades foram superadas e a nova estratégia foi apresentada com sucesso.
6- O impacto do PIAC no ESPAÇO CULTURAL E/OU NO TERRITÓRIO:
Consegui despertar a curiosidade das pessoas durante as discotecagens préespetáculo quanto ao nome de algumas músicas, e fui surpreendida com a abordagem de um público diferente do que planejei pra ser impactado pelas ações: pessoas de classe média, acima de 30 anos. Cerca de 200 pessoas foram impactadas pelas ações do PIAC.
7- Anexos: fotos, prints, folders, etc.
Os anexos estão em https://padlet.com/bacarolbra/7kzkvls0a0v5kr5t