Memórias que permeiam o espaço público

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MEMÓRIA CCP

Memórias que Permeiam o Espaço Público Por Rafaela Ribas


Apresentação A história de um espaço está além dos dados históricos ou em suas fundações concretas. Ela está presente nos acontecimentos e pessoas que por ali passam. A memória de um espaço público está também nas memórias que o atravessam e se entrelaçam. Pensando nisso nasceu o projeto de resgate das memórias do Centro Cultural Penha, para colocar a história do equipamento em pauta e resgatar as histórias que foram construídas ao longo dos anos por todos aqueles que por ali passaram.


Histórico A semente desse projeto nasce após fotos, cartazes e panfletos de shows e espetáculos de várias fases do espaço terem sido encontrados no canto de uma sala. Esse material levantou a importância de preservá-lo e buscar mais peças que pudessem construir o quebra-cabeça de sua história.


OBJETIVO O propósito do projeto, além de narrar e publicizar a história do espaço em questão, busca o sentimento de pertencimento do público. Mira acessar a memória e a conexão com o Centro Cultural Penha e reforçar esses laços através da participação e reconhecimento.


IDENTIDADE VISUAL

A identidade visual foi criada pensando em processos manuais como colagens, recortes e scrapbooks, buscando acessar os locais de afetividade em que esses elementos e processos tocam.

Os recursos visuais escolhidos foram a textura do papel cortado a mão, os bilhetes colados e as faixas de tinta.


Adaptação Com a pandemia e as mudanças que ela trouxe, o projeto inicial precisou ser adaptado para se adquar as novas possibilidades e realidade vigente. Tendo isso em mente novas ações foram criadas para viabilizar a continuidade do projeto.


PESQUISA

FORMULÁRIO

As pesquisas foram o ponto inicial, as

Foi criado e posto em circulação por

fontes variam entre páginas oficiais

meio das mídias sociais um

da prefeitura de São Paulo, livros,

formulário para entender e conhecer

funcionários e o Memorial Penha de

quem é o público do Centro Cultural,

França (seu coordenador, Francisco

e quais suas motivações para

Folco, cedeu entrevista e também

frequentar o espaço

arquivos relacionados ao espaço)

VÍDEO-CONVITE POSTS Buscando a participação ativa do

seõçA

Foi criada uma série de posts para as

público, foi produzido um vídeo-

redes sociais do Centro Cultural da

convite apresentando o conceito do

Penha para divulgação e também

projeto e desafiando o público a

como parte do processo de resgate

compartilhar suas vivências no

da memória

espaço


PATRONOS Quantos nomes se vê todos os dias em placas de rua, praças e espaços? Quantos deles sabemos quem são? Com essa questão em mente brotou a mini série de posts sobre os patronos do Centro Cultural. Nela foram apresentadas uma breve história e curiosidades daqueles que compartilham seus nomes com os espaços.


MARIA DE FÁTIMA MORAES

Depoimentos

"Foi meu primeiro acesso a cultura de forma interativa. Frequento desde de antes da reforma e até hoje faço oficinas

de teatro,

coral, dança contemporânea, percussão, violão, figurino, artes visuais [...]"

A participação do público se deu através de depoimentos recebidos de formas

FREDDIE SILVEIRA LIMA "Desde que me mudei para São Paulo, me senti muito acolhido no ccp, onde eu me sinto livre pra ter contato com a cultura, a arte e o aprendizado de várias formas, onde eu posso fazer o que gosto!"

diversas, em vídeo, textos, fotos e formulário

ÉLIDA DONABELLA "Quando comecei a cursar o ensino médio no Barão [de Ramalho], ia fazer pesquisa na biblioteca e cheguei a assistir algumas peças. O espetáculo que eu lembro até hoje, foi o da saudosa Derci Gonçalves. Simplesmente inesquecível!!"


ROBERTA SOARES "Eu tinha 16 anos e apresentei uma peça de teatro aí.

Foi o primeiro palco que pisei na vida"

SÉRGIO SOLIMEO "[..] Participei de todas as suas mudanças. No início o terceiro andar servia para alfabetização de adultos e o teatro para escolas e formaturas, poucas atividades culturais aconteciam, era assim nos tempos da ditadura. Em seguida com a retomada da democracia começou o fomento a cultura e o teatro passou a exibir peças teatrais e shows , por exemplo Almir Sater fez um dos primeiros shows em SP no teatro Martins Pena [...]"

Primeira equipe de funcionários da Biblioteca Imagem dos arquivos do Memorial Penha de França. Material cedido por Fracisco Folco.


Sobre a Autora: RAFAELA RIBAS A jornalista e artista visual carrega em sua trajetória a paixão por ouvir e contar "as histórias por trás da História", este tem sido o cerne de sua produção como comunicadora. Durante sua jornada no Programa Jovem Monitor Cultural realizou sua primeira exposição como artista visual (março/2019) no Centro Cultural Vila Formosa, foi curadora e entrevistadora do projeto "Vitrine Virtual" no Centro Cultural Penha, na editoria de artes visuais e fez parte da equipe que produziu as duas primeiras edições do "Penha Geek".


Este projeto foi realizado ao longo da atuação no Centro Cultural Municipal Penha, através do Programa Jovem Monitor Cultural da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo em sua edição 2019/2020


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