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Apresentação do PIAC e da Jovem Monitora
O PIAC (Plano de Intervenção Artístico-Cultural) é um plano de intervenção artístico-cultural, instrumento de planejamento, avaliação e documentação de ações artístico-culturais do/a jovem monitor/a, que, em meu caso, foi pensado e implementado a partir do plano de ação que fiz coletivamente com o gestor do meu departamento, Marcelo Xis, e também com a agente de formação do meu território, Fernanda Stein. O que apresentei em meu PIAC foi a minha percepção sobre uma das atividades mais importantes que realizamos onde atuo (Gabinete - Assessoria de Programação do Hip Hop): o Mês do Hip Hop (MHH).
O Mês do Hip Hop está amparado pela Lei Ordinária 13924 2004 de São Paulo SP, que por sua vez instituiu a Semana do Hip Hop no município de São Paulo. Devido ao grande número de inscritos, com mais de mil artistas e grupos nos anos de 2020 e 2021, por exemplo, a Semana acabou virando Mês e, mais recentemente, podemos falar em meses do Hip Hop. Neste ano, por exemplo, as atividades vão do mês de março com uma projeção de finalização em outubro.
Conhecendo os diversos eventos de Hip Hop que acontecem em várias partes do mundo, supomos que este seja o maior evento de Hip Hop do planeta, já que além de termos mais de mil atrações por ano, como no caso de 2020 e 2021 já citados, também temos um público gigantesco. No MHH de 2020, por exemplo, tivemos mais de um milhão de espectadores.
Neste PIAC, apresentei a minha percepção como uma jovem monitora que no ano de 2019 adentrou ao mundo da produção cultural, realizando pré, produção e pós produção do evento. Como não posso me despir de quem sou, essa percepção acabou sendo extremamente geográfica, afinal, além de jovem monitora cultural, sou geógrafa e professora de geografia.
Assim, apresento-me: Sou Amanda / Sintaruntamba, filha da Comunidade Caxuté no Sul da Bahia e também mestranda em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo. Também sou professora de Geografia e uma mulher preta que respira rap e, por isso, escolhi atuar como jovem monitora cultural ao lado do meu coordenador e parceiro Marcelo Xis, encarando o desafio de fazer uma ponte entre setores historicamente opostos: o poder público e o movimento hip hop.
Objetivo
O objetivo deste PIAC foi o de compartilhar com o público parte do “backstage” da produção do MHH, relacionando o processo com a questão geográfica, através da exibição de mapas produzidos por mim enquanto jovem monitora e também da exibição das diferentes formas as quais a geografia está presente no MHH.
Justificativa
O que motivou a escolher a linguagem do tema e a temática em si foi: (1) entender a importância dos vídeos e videoaulas como os melhores mecanismos de compartilhamento de ideias no contexto da pandemia e (2) conscientizar as pessoas sobre a importância da Geografia para além de sua visão mais “tradicional”, associada com a decoração de nomes de rios etc.
Além disso, escolhi a utilização de vídeo porque sempre tive muita curiosidade em trabalhar com audiovisual. Infelizmente, não consegui fazer um vídeo que considero “bonito”, ou um trabalho audiovisual em si. Acabei optando por utilizar a plataforma do Google Meet por não saber fazer edição.
Histórico de desenvolvimento
O primeiro planejamento deste PIAC foi feito em parceria com outra jovem monitora que também atuou na construção do MHH. Infelizmente, durante o processo, avaliamos que seria mais interessante fazermos sozinhas, dado que nossas percepções sobre como realizar o PIAC eram diferentes.
O que mudou desde o início do planejamento foi, além da questão da dupla que acabou dissolvida, a forma como a linguagem acabou sendo apresentada. Como já dito, a ideia inicial era fazer um produto audiovisual com edição de imagem, inserção de trilha sonora, cortes etc., o que infelizmente não consegui fazer por não ter conhecimento em edição de vídeo e, além disso, por não ter tempo para aprofundar os conhecimentos nesta técnica.
Assim, o PIAC acabou sendo realizado em formato de aula online, através de um modelo que tem sido “familiar” para muitas pessoas desde o início da pandemia.
Para realização do PIAC, como já dito, gravamos o vídeo pela plataforma do Google Meet. Ele foi salvo automaticamente em meu drive e, depois disso, publicado no youtube com a opção “não listado” para que pudesse ser avaliado pela agente de formação e pelo coordenador do departamento.
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Para garantir a visualização da régua de logos exigida pelo PJMC e criar uma identidade visual parecida com a do Mês do Hip Hop, elaborei um “fundo de tela” para inserir durante minha aparição no vídeo.
“Fundo de tela” criado para exibição do PIAC
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A divulgação do PIAC foi realizada através do facebook oficial do Mês do Hip Hop e de grupos do whatsapp, como pode ser visto nos prints abaixo.
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Print da divulgação realizada pelo Facebook Oficial do Mês do Hip Hop em 10 09 2021
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O impacto do PIAC
Ainda não consigo medir os impactos do PIAC para os grupos diretamente envolvidos nas discussões presentes no mesmo. O que posso dizer é que espero que ele seja um vídeo bastante utilizado pelo próprio movimento Hip Hop, sendo um exemplo de que é possível construir uma ponte entre o poder público e o movimento, ainda que o poder público seja muitas vezes inimigo de todos os movimentos sociais.
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Dentro do departamento, com a equipe que trabalho, o vídeo teve um impacto positivo de “despedida” e agradecimento pela minha atuação. Além disso, o meu gestor sugeriu que fizéssemos um livro com as minhas percepções, englobando os anos de 2019 até 2021 no que diz respeito à produção do Mês do Hip Hop.
Como o PIAC foi realizado de maneira totalmente online, alguns dos impactos podem ser vistos através de comentários na página do youtube, como nos prints abaixo.
O vídeo foi publicado em 10 de setembro de 2021 por volta das 8h da manhã, e no mesmo dia às 16h já contava com cerca de 30 visualizações, como expresso no print a seguir
Q
Considerações Finais
Num contexto de privatização e precarização do trabalho, a atuação do Jovem Monitor Cultural muitas vezes acaba sendo “tapar buracos” da falta de servidores públicos nos equipamentos e departamentos culturais. Embora muitas vezes nossa atuação seja extremamente burocrática e sem muita conexão com nossas aspirações individuais, o programa acaba sendo uma possibilidade de fuga do trabalho em shoppings e telemarketings para muitos de nossos colegas.
No meu caso, trabalhar como Jovem Monitora Cultural foi uma escolha, não a minha única ou última opção, felizmente. Ainda assim, diversas vezes percebi que embora meus conhecimentos sobre o Hip Hop e sobre diversas outras áreas fossem respeitados, minha função não era necessariamente criar nada, mas somente "tapar" buracos e fazer, junto da equipe que trabalhei, um evento gigantesco, que deveria ter sido produzido, no mínimo, pelo dobro de pessoas.
Dessa forma, considero que o PIAC foi interessante pela possibilidade de reservarmos algumas poucas horas para sua consolidação durante nossa formação prática. Minha sugestão é que essas poucas horas sejam convertidas em um projeto a ser realizado durante um ano inteiro.Afinal… Nós temos sede!
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