PORTFOLIO
Thadeo Sergio JMC - Biblioteca Pública José Mauro de Vasconcelos
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Anos de Experiência
Thadeo Sergio
Nasci no bairro do Tucuruvi, zona norte de São Paulo, fui criado em Boiçucanga, bairro do município de São Sebastião - Litoral norte de São Paulo. Meus pais são educadores infantis a mais de 30 anos, o que me possibilitou ter mais acesso cultural em minha vida, onde pude treinar capoeira durante 6 anos pelo grupo Baraúna com Mestre Rosa. Cresci ao lado dos meus primos, músicos da banda "Reggae Style", e meu tio vocalista da primeira banda de reggae da cidade de São Paulo "Walking Lions", onde convivi nos palcos e ensaios. A primeira vez que eu dancei em um palco, foi em 2010, para um público de aproximadamente 10 mil pessoas em Boiçucanga. Aos meus 17 anos em 2009 comecei a trabalhar como produtor cultural de uma dupla de mc's artistas do litoral. 3 anos depois iniciei um trabalho com meu irmão, a produtora BG Produções em São Sebastião, com 13 artistas, onde iniciamos um trabalho de formação através das oficinas culturais e produção artística dos Mc's. Em 2016 iniciamos o "Festival de Funk" um festival sociocultural realizado em Boiçucanga, o evento anual entrou para o calendário cultural do município, atualmente está na sua 4º edição, será realizado no mês de agosto. A produtora BG Produções, minha e do meu irmão, continua trabalhando no litoral e hoje tem uma filial na Vila Maria - SP onde eu moro atualmente.
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Jovem Monitor Cultural, Biblioteca Municipal José Mauro de Vasconcelos, Pq. Edu Chaves São Paulo - SP Tarefas desenvolvidas: Atendimento ao público na recepção, articulação com o território, auxílio e acompanhamento de artistas contratados pela secretaria municipal de cultura. Realização de atividades recreativas para o público infantil, juvenil, adulto e idoso, realização de mediação de leitura e contação de história. As oficinas, realizadas são: construção de instrumentos com material reutilizavel, construção de fantoche para contação de histórias e mediação de leituras, oficina de dança passinho de funk, oficina de rima e aulas de capoeira e capoterapia.
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Quando ingressei como jovem monitor cultural, voltei para um bairro onde morei quando tinha somente 3 anos de idade, os fundos da casa que morávamos na época, dava para o rio Cabuçu, minhas recordações do Pq. Edu Chaves eram de um bairro perigoso, quando chovia a casa alagava até a janela. Ao chegar na biblioteca José Mauro de Vasconcelos na praça central do bairro, no segundo dia como jovem monitor, me deparei com uma situação de violência contra um funcionário da biblioteca, agente patrimonial. Desde então iniciei meu projeto com as oficinas, para o resgate cultural da juventude da região, no início da divulgação das oficinas tive o primeiro contato com os organizadores do festival de dança "Chega na Dança", um dos eventos anuais da biblioteca, que já acontecia antes de eu chegar. também tive a oportunidade de realizar a festa literária que é um evento de grande porte, produzido pelos mesmos organizadores, Sandra Cristina Brasil Silva coordenadora da biblioteca, "casa no meio do mundo" coletivo do bairro e os jovens monitores. A festa literária, trouxe artistas de renome como, Quilombhoje Cadernos Negros em sua 40º edição, roda de conversa com escritores, companhia das letras e o coletivo mulheres negras nas bibliotecas, com a presença de escritoras negras e com a questão, quantos artistas negros você já leu?
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As oficinas oferecidas por mim, dialogaram diretamente com os artistas que se apresentaram na biblioteca, através da programação cultural CSMB biblioteca viva. Como a oficina de rima e os artistas Tio Fresh e Nego Bitro - Nova e venha escola, o que rimava ontem, rima hoje? Teve Sarau das Bibliotecas Convida: Narrativas Poéticas para liberdade com Sandrão RZO e Ursso. Os artistas se propuseram, através da minha articulação, a participar das oficinas, com intervenções culturais propostas por eles. As mediações de leitura e contação de história feitas por mim e pela Sandra coordenadora da biblioteca, se ampliaram e cada semana uma escola nova participava da atividade. A oficina de iniciação a capoeira e capoterapia voltada para idosos, oficina de dança "Passinho de Funk" e oficina de penteados afros, foram atividades essenciais e de estrema importância cultural, social e econômica, para todos. 05
O PROJETO
EX PE RI ÊN CI A
O projeto consiste em tipos de oficinas diferentes, oficina de rima, oficina de dança “Passinho Funk”, oficina de penteados afros e oficina de iniciação a capoeira e capoterapia para idosos do NCI, Núcleo de Convivência do Idoso do bairro. A biblioteca pública José Mauro de Vasconcelos, localizada no bairro Pq. Edu Chaves, subprefeitura Tremembé/Jaçanã, zona norte, onde ingressei como JMC e tive total liberdade para criar e colocar em prática minhas ideias desde o início do programa. A oficina de dança, com grande procura, teve início no mês de março de 2019. A oficina de rima, teve início no mês de maio, simultaneamente a oficina de capoeira. No município de São Sebastião litoral norte de São Paulo, consegui através das oficinas culturais, executar ensaios semanais, com os artistas que trabalham conosco na produtora que criei com meu irmão, BG Produções. No litoral norte, treinei seis anos capoeira pelo grupo BARAÚNA, onde treinávamos cinco dias por semana, com apresentação todos sábados. A oficina de penteados afros, expondo meus dotes, pois aprendi desde bem novo, a fazer tranças, pontos de macramê, crochê e tricô com minha mãe. Também como jovem monitor cultural, atuando na biblioteca Jose Mauro de Vasconcelos, auxiliei todas as apresentações, e fizemos uma linda articulação com as escolas do entorno, através de contação de histórias e mediações de leitura. 06
P R O J E T O S
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OFICINA DE RIMA Na oficina de rima, os participantes conheceram a história do hip hop, passando por problemáticas como questões de genocídio da população negra, racismo, gênero, machismo, entre outros. O objetivo da atividade foi despertar a criatividade de jovens e crianças, além de servir como ferramenta pedagógica. “A ideia não é que os participantes cresçam e virem MC’s ou rappers, mas que possam desenvolver o lado criativo e rimando juntos, trabalhando também a questão do trabalho coletivo/em grupo”
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A oficina de rima, por ser interessante, diferente, por desenvolver o lado emocional das pessoas, a oralidade e a expressividade. Também desperta a curiosidade dos alunos e ajuda-os a se interessarem mais pela leitura. Os artistas que se apresentaram na biblioteca, através da programação cultural CSMB biblioteca viva, como Tiu Fresh e Nego Bitro - Nova e velha escola, o que rimava ontem, rima hoje? E Sarau das bibliotecas convida: Narrativas Poéticas para liberdade Sandrão (RZO), Filha da Rua e Ursso. As atividades foram essenciais para oficina.
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PASSINHO DE FUNK
A oficina de dança, visa proporcionar a introdução da musicalidade, técnica, criatividade e conscientização corporal, com o objetivo de difundir e valorizar a cultura da periferia. A oficina também quebrou preconceitos e mostrou a dimensão artística e cultural do gênero. Dentre as técnicas que foram desenvolvidas durante a oficina estão, o “passinho dos malokas” e o “passinho do romano” e as técnicas do funk carioca, estado pioneiro no estilo de dança. sem deixar de abordar elementos do hip hop, ritmo muito presente nas regiões 10 periféricas das cidades brasileiras.
A oficina de dança passinho funk tem como ferramenta para cultura de paz, protagonismo e geração de renda. A dança e a música como instrumento de resistência. Esse engajamento do corpo que dança como alternativa ao corpo capturado pelo poder mostra, mais uma vez, a função social e política do Passinho, como uma brecha de liberdade em meio a todo um maçante e insistente histórico de repressões e segregações sofridas pelos indivíduos periféricos. 11
PENTE ADOS AFROS
Para deixar evidente que o preconceito não está fora de moda, a oficina de penteados afro, tem incentivado os negros do território, a assumirem o ‘orgulho crespo’. O intuito da oficina, é obter o maior número de alunos possível, para disseminar o empoderamento através da aceitação dos traços negros. A oficina ajuda negros e negras a assumirem os traços étnicos através de dicas de penteado, tranças e cuidados básicos com o cabelo. O significado por trás de tudo, no entanto, vai além disso. “Temos uma subalternização estética. Existe uma supremacia branca quando o assunto é estética nos canais de comunicação. As características do negro são sempre excluídas e ficam em segundo plano”. O tempo, é de empoderamento, a estética, é a porta de entrada para o debate sobre a luta de resistência negra. “O cabelo não é assunto fútil. Quem assume seu cabelo crespo e abraça a negritude assume também uma postura diante da sociedade”. O processo de empoderamento negro passa pelo singular e pelo coletivo. “É coletivo, porque não é apenas um movimento estético e social. É, singular, porque é um processo individual de se aceitar e abraçar a negritude”. Isso para incentivar a aceitação e a autoafirmação da população negra. 12
A oficina de penteados afros, mostra que culturalmente, as mulheres são mais cobradas em relação aos seus cabelos; é por isso que as de cabelo curto ainda sofrem preconceito e críticas e também é pelo mesmo motivo que há tantos padrões impostos aos fios femininos. Alisá-los e tingi-los de loiro, por exemplo, são alguns deles. Por causa desses parâmetros – que também costumam ser racistas –, muitas pessoas negras crescem com a autoestima abalada, em uma constante jornada para corrigir um suposto defeito catalogado pela sociedade. Mas como consertar um “defeito” que é sua própria condição física natural? Para além das questões de autoestima e autoimagem, o racismo evidente no padrão liso do cabelo se desenrola em muitas outras faces da sociedade. Se ter sucesso profissional e bons relacionamentos interpessoais é um desafio quando a autoestima está vulnerável, o quadro se torna ainda pior devido aos obstáculos impostos socialmente nos mais diversos âmbitos culturais.
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A oficina de iniciação a capoeira, valoriza a cultura brasileira através da prática da capoeira. Estimula e desenvolve aptidões físicas naturais, através de movimentos espontâneos; Desenvolve as aptidões perceptivas como meio de ajustamento do comportamento psicomotor; Propicia o desenvolvimento das qualidades físicas, objetivando a adaptação orgânica ao esforço físico; Estimula a capacidade de expressão individual por meios de movimentos criativos; Contribui para a formação e desenvolvimento de hábitos salutares, que é benéfico à preservação da vida saudável; Favorece a socialização e o condicionamento físico; Desenvolve o gosto pela música e a criatividade relacionadas ao meio Link do video: https://www.facebook.com/ instrumental e pela necessidade do 100000052437795/posts/3372389146106133/ desenvolvimento dessa qualidade.
CAPOEIRA
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A oficina de iniciação a capoeira, iniciou através da minha iniciativa como jovem monitor cultural, trabalhar como crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, que moram no entorno da biblioteca. Inicialmente a oficina foi apresentada a coordenadora da biblioteca, como uma alternativa para essas crianças e adolescentes mostrarem trabalho desenvolvido com a arte e o jogo da capoeira, cultivando a cultura da não violência e criando uma nova expectativa de vida e oportunidade de novos conhecimentos.
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C A P O T E R A P I A
A capoterapia para idosos, é uma terapia alternativa que utiliza os elementos da capoeira. Promovendo o bem-estar da mente e do corpo, adequado às atividades para todo tipo de pessoa e idade. As aulas são acompanhadas por diversos ritmos, palmas e movimentos ritmados, nos quais os praticantes, coordenados por mim, criam um ambiente descontraído e motivador. Esta modalidade terapêutica voltada principalmente para o público da 3ª idade, e vem proporcionando uma oportunidade para promover o bem-estar entre eles. “O objetivo fundamental de incluir a capoterapia nas oficinas, é levantar a autoestima, a autoconfiança, a flexibilidade, a prevenção de doenças cardiovasculares, locomotoras e psicológicas. Além de possibilitar aos alunos um ambiente acolhedor e familiar”, a modalidade físiomental, proporcionada pela capoterapia, beneficia o idoso, além de colaborar para o sistema de saúde público. “A prática da atividade diminui o consumo de medicamentos, as filas nos hospitais e postos. Porque os idosos passam ter uma maior qualidade de vida”.
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A capoterapia é uma atividade física voltada para a terceira idade. Semelhante aos movimentos da capoeira, no entanto com restrições aos golpes contundentes ou saltos de maiores impactos. É acompanhada de cantigas e brincadeiras de rodas para resgatar a cultura, mergulhar no tempo e recordar as brincadeiras vivenciadas na própria infância. Recuperas o vigor e a força muscular, além do resgate da autoestima e o prazer de viver. 12
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Reunião PJMC "Biblioteca Nas Ruas"
Reunião PJMC Instituto Tomie Ohtake 18
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Tempo do video em que eu apareço 6:25:35 https://youtu.be/f7B-3kjSRsE
Triagem de Livros CCXP19
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CCXP19
Comic Con Experience 2019
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Centro Cultural Banco do Brasil
CCBB
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Centro Cultural Banco do Brasil
CCBB
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Pinacoteca de São Paulo
Pina
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Thadeo Sergio Ferreira Santos
JMC - Biblioteca Pública José Mauro de Vasconcelos
"O Programa Jovem Monitor Cultural, nesses dois anos, me possibilitou produzir oficinas na biblioteca, eventos de grande porte, através da formação pratica e um festival multicultural, através da formação teorica, alem de uma incrivel vivencia cultural na cidade de São Paulo" FOTO: CCJ - Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso 25
THADEO SERGIO FERREIRA SANTOS Jovem Monitor Cultural Agosto 2018 à Agosto 2019 Agosto 2019 à Agosto 2020 BIBLIOTECA PÚBLICA JOSÉ MAURO DE VASCONCELOS Endereço: Praça Comandante Eduardo de Oliveira, 100 Parque Edu Chaves, São Paulo - SP, 02233-060
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