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Para a gente começar a entender um pouco do projeto de intervenção a que nos propomos, vamos primeiro nos apresentar
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Para a gente começar a entender um pouco do projeto de intervenção a que nos propomos, vamos primeiro nos apresentar
Voltada para o desenvolvimento artístico e atendimento ao público, o Jovem Monitor/a Cultural foi iniciado em 2008, na cidade São Paulo, focado na formação de jovens de 18 a 29 anos para atuação em equipamentos/departamentoculturais.Noanoseguinte,éinstituídaaLei 14.968/09 e, posteriormente, regulamentada pelo Decreto 51121/09, que criaregraseprocedimentosdoprograma
Apartirde2013,oprogramaécolocadoempráticaseguindoasnormase ganha novo caráter e tamanho Passa a ser executado por meio de convênio e expande para outros espaços culturais da SMC, como teatros, bibliotecas, casas de cultura, museus, centros culturais, entre outros JovensdetodasasregiõesdeSãoPaulo,docentroàsperiferias,passama interagiremequipamentosdaPrefeitura.
Ator, dançarino e diretor. E claro, produtor cultural. Começou seus trabalhos e pesquisa num coletivo independente no bairro de São Miguel.
Formado nas escolas técnicas SENAC e ETEC de Artes, tem na sua trajetória diversas residências e trabalhos realizados.
Tudinho de interessante você pode encontrar no portifólio dele disponível nas redes sociais pelo instagram do moço
@johnyuri
John Yuri, 28 anosAna Paula Lima, 23 anos
Formada em Recursos Humanos
Jovem monitora Casa de Cultura São
Miguel - Antônio Marcos.
Instagram @anninha.llg
Antigamente Casa de Cultura de São Miguelatendendo a solicitação da população através da Lei nº.
14.702/2007 alterou a denominação para Casa de Cultura de São Miguel - Antonio Marcos, nome escolhido em homenagem ao famoso cantor da Jovem Guarda e morador do Bairro de São Miguel- ANTONIO MARCOS, garante à comunidade uma série de atividades que visam à integração social, a prática de exercícios físicos e liberdade artística.
A Casa de Cultura de São Miguel - Antonio Marcosocupa um sobrado de 02 pavimentos e 01 garagem, com área construída de 610m², destinados as oficinas, eventos.
Sempre levando arte, cultura e lazer para atender os moradores de São Miguel, adjacentes e como também outros bairros da Cidade de São Paulo, a Casa de Cultura incentiva projetos que buscam divulgar e resgatar raízes da música brasileira e de outras ramificações artísticas.
Na minha experiência com a Casa de Cultura e com os artistas que tenho contato que estão nos arredores de São Miguel, percebo que há alguns anos existe uma ideia da Casa de Cultura como um lugar fechado, sendo muito comum inclusive que os moradores da região não saibam da existência do aparelho Depois de dois anos de isolamento mais intenso devido a pandemia de covid-19, paso a pensar que essa sensação de fechamento se torna algo mais geral entre os artistas, aí não mais sobre um aparelho específico mas a sensação de ter ficado tanto tempo longe do público, e o público longe dos espaços de cultura Passamos a enxergar aqui uma possibilidade de abertura tirando a Casa de uma posição hermética para abrir suas janelas numa possibilidade efetiva de receber os artistas e o público num espaço aberto
A sacada surgiu como um lugar de intersecção onde a Casa olha para a rua, mas a rua também passa a olhar para a Casa. Estabelece simbolicamente uma relação e um diálogo entre Casa e território. Nós queríamos que as pessoas e artistas sacassem que essa Casa está aqui para eles, queremos que eles estejam presentes e mandem seu recado.
Criar uma programação de apresentações e intervenções voluntárias de artistas do território e seus arredores na sacada da Casa de Cultura São Miguel. Que através dessa ação possamos dar visibilidade para a Casa de Cultura no território e aproximar o diálogo entre artistas e aparelho
Surge o projeto de PIAC Saca (d) a Parada, uma brincadeira com a ideia de "sacar" o que estava acontecendo, que existia um aparelho cultural na região com o dever de dialogar com a região, publico e artistas. Que tinha uma sacada ali paradinha que poderia ser um lugar de uso, exposição, e democratização do acesso.
Sacar também o que os possíveis artistas que viriam a participar da ação tinham de ideia pra mandar, pra falar para a rua, e claro com o próprio espaço. De alguma forma perceber um espaço possível de ocupar.
A Casa estava sem visibilidade, sem diálogo com a comunidade e os artistas
O primeiro desafio era como eu poderia dar uma contra partida para os artistas Eu como artista não conseguia achar um caminho justo pedir apresentações gratuitas. Como não tinha muitos recursos vi que o projeto devia buscar mais artistas amadores e no inicio de carreira, que gostariam de ter um espaço para mostrar seu trabalho Enquanto isso eu via formas de conseguir indicar eles para possíveis contratações junto a gestão
Diante dos desafios diários na atuação, foi extremamente exaustivo e frustrante por muitas vezes executar o PIAC, mas compreender bem a que o projeto se propunha e encarar ele como umas experiência e não com tanta idealização, possibilitou ver o que era possivel e avaliar resultados e impactos diretos e indiretos do Saca (d) a parada
Sem verba, e com os desafio que era a atuação na Casa, vi uma solução que fosse uma ação simples mas que tivesse possibilidades de criar impacto. Queria fazer barulho
Com uma gestão difícil administrativamente e poucos funcionários, a atuação dos PJMC acaba deixando as vezes de ser uma formação, para ser a força motriz que faz a Casa de Cultura funcionar, e isso torna planejar e executar um projeto algo mais desafiador, na gestão de tempo e tarefas O real é bem diferente do imaginário ideal.
O projeto aconteceu, e ainda tem ações marcadas para depois desse relatório. Foi possível ver e comprovar por resultados diretos e indiretos do projeto que o uso da sacada impactou na visibilidade, contato e nas possibilidades da Casa
VídeoDança
ComRenyMagalhães
ComMariMemo
No dia da primeira ação fez muito frio em São Paulo, e inviabilizouousodaSacada Ação contou com cerca de 10 participantes, eu a a Mari Memo fizemos pipoca para o publico
ComKatiaMatos
O fato de não ter sido na sacada poderia ter sido um motivo de fracasso, porem o objetivo que essa ação tinha era ajudar a implementar o cineclube, e ocupar o espaço A discussão depois do filme que já era ótimo provou que a ação foi um sucesso.
Essa ação só ocorreu devido uma ação anterior, que gerou um movimento novo na Casa.
O desgaste com as demandas da casa já tinham saturado, e a vontade de fazer o PIAC não existia, era mais uma tarefa pra desgastar A Casa de Cultura tem questões bem complicadas, e o objetivo da entrada no PJMC era poder criar um impacto positivo, mas isso não estava rolando como esperado. Depois de uma reunião na secretaria de cultura onde a gente pode expor algumas coisas e as nossas ideias para melhorar, tinha um desafio, porque implementar isso significava mais trabalho.
Chegou então na casa Lucas Laurindo, do projeto CRIA, o projeto dele era exatamente o que estávamos precisando, o mapeamento dos artistas do território, O Lucas trouxe um respiro e isso motivou. Ele ajudou muito e fez uma atuação para além do esperado, o que ajudou a gente se concentrar nas demandas na Casa enquanto ele ajudava nas redes sociais e a gente foi trocando varias ideias. Na reunião de mapeamento a gente conseguiu trazer para a Casa artistas e instituições como SENAC, Instituto NUA, Instituto Federal entre outros e vimos possibilidades de parcerias e ações, inclusive no Saca (d) Parada. Com a Mari Memo, a cineclubista do SpCine a gente pensou numa parceria para a primeira ação do Saca (d) Parada, a gente descobriu que tinha varias escolas com curso de áudio visual presentes e nasceu um projeto paralelo de fazer uma mostra das produções entre essas instituições, onde a sacada da Casa de Cultura São Miguel seria o lugar da primeira exibição.
MuseologaemFormaçãonoterritório
Amuseologiaéaáreaqueatuanapesquisadopatrimônioatravésdasvivências humanas,damemóriaedasidentidadescoletivas
Atualmente,amuseologiatemodesafiodedesmistificarossímbolosculturaise levaraspráticasmuseológicasparaforadosmuseus,reconhecendoosdiversos bensculturaisespalhadospelosterritórios
multiartistaearte-educadora
MariMemo,éummultiartistaearte-educadorade26anos,moradoradaperiferia deSãoPaulo,seformouem2019nocursodeArtesVisuais Fazgrafitedesde2012 nasruasdacidade Participoudiversasobrasaudiovisuaisindependentes,como diretora,produtoraeroteirista,comprojetosaprovadosemeditais
Artista da Dança e arte educador
Focando em como o interprete visualiza e cria a s movimentos e símbolos do orixá Oxumarê O “Corpo e de visitarmos marcas e cicatrizes que afetam de alg o Cobra com uma cura definitiva, mas sim como uma s curadas que influenciam nosso ser O processo de autoconhecimento é necessário para entender quais costumes nos limitam e nos moldam de uma forma silenciosa, quais hábitos não nos cabe mais e por que eles estão ali
A Katia Matos foi uma pessoa que se tornou grande parceira na Casa de Cultura. Ela faz museologia, e tem uma visão de que o museu acontece na rua, nos graffitis, nas obras, nos lugares, e ela esteve muito presente contribuindo com mais discussões e participando em varias atrações. A gente conversou, demos umas dicas e ela mandou um projeto para a Jornada do Patrimônio que foi contemplado!
ComMarcosBarnaheos estudantesdaoficina
A segunda ação do Saca (d) a Parada contou com a parceria das oficinas que são ministradas na Casa e artistas recentes do território
Essa ação foi bem executada, a parceria com as oficinas tinha o objetivo de divulgar as aulas da Casa, e dar espaço para os alunos fazerem uma mostra do que desenvolveram no semestre Isso uniu e articulou um movimento entre as oficinas da casa, e ainda tivemos para compor a programação, artistas novos que queriam mostrar seu trabalho. Exatamente como o projeto se propunha
Cantoraeprofessoradecanto
Chrysler Andrelino, é cantora e professora de música, Graduada em Música Licenciatura e Pós Graduada em Canto é cantora Soprano do Coralusp Em sua carreiratrabalhouemváriasinstituições É professora das aulas de Canto Popular e Canto Coral na Casa de Cultura São MigueletambémnaCentroCulturaldaPenha
Musicoeprofessoradeviolão
Marcos Barnah, é guitarrista, violonista e professor atuante em toda a grande São Paulo, tem ministrado oficinas de violão nas Casas de Cultura do município de São Paulo EssaturmadaCasadeCulturadeSãoMiguelPaulistaécompostaporalunos de variadas idades e níveis, esse mix traz muitos benefícios para a turma, pois a trocadeinformaçõeseexperiênciasenriqueceatodos
2ºAção
Cantoraeatriz
Day Damares, Cantora e atriz de São Miguel paulista, já integrou diversos gruposmusicais,cantandoMPB,rocknacional,rockclássicoedançantes Atualmentecompondoeestudandoteclado
Banda
KarmaBase,triodaZonaLestedeSãoPaulo,cominfluenciasdeBlues
Gravou seu primeiro EP no final de 2016 com seis musicas, e em 2018 lançou seusegundoEP,Tempestade
As discussões em torno do uso da sacada junto com o entendimento sobre quais estilos e linguagens eram mais compatíveis com o público e artistas a partir do mapeamento, criou um novo movimento nas ações da Casa de Cultura
As atrações começaram a usar o espaço da sacada, dando visibilidade para as atividades da Casa, e através de diversas articulações que tiveram o Lucas Laurino também como protagonista, cuminou em um evento na Casa de Cultura que com certeza marcou a história e a nosso presença no aparelho.
Certa de mil pessoas foram recebidas para um evento histórico na Casa, e essa quantidade de publico só foi possível através do uso da sacada e da integração com a rua e a praça que fica em frente a Casa, situação essa que foi pleiteada a muito junto , a gestão a partir da observação e proposta do Saca (d) a parada
Outros experimentos foram feitos a a partir dessa reflexão, o espaço cênico da Casa de Cultura fico em um lugar bastante fechado . Na apresentação do Coletivo Acuenda, foi transmitido ao vido através de live na sacada da Casa de Cultura, foi um dos últimos experimentos que fizemos para ampliar as possibilidades de explorar a sacada e as possibilidades de dialogo com a rua.
No coletivo a gente se nutre
O Saca da Parada é um projeto inclusivo, que promove a participação popular e o incetivo de artistas do bairro. Encontros importantes foram realizados, viabilizando a construção de redes comunicacionais no bairro.
A projeto tem trás para o espaço da Casa de Cultura de São Miguel a possibilidade de resinificar o espaço, tanto da casa de em si tanto das pessoas que possam frequenta-la, exibindo artistas e fazendo debates a partir de obras de diversas linguagens artísticas, para possibilitar a transformação do entorno.
O sacada parada é uma ideia genial, ao meu ver Além de proporcionar que artistas se apresentem democratiza o acesso à essa arte porque é num “palco” de frente pra rua, onde qualquer pessoa pede passar e ver, ou então ouvir ao longe.
No coletivo a gente se nutre Iniciamos o projeto com objetivo de chamar atenção para a Casa de Cultura São Miguel, olhando para a sacada como um espaço de potencia estrutural e simbólica. Queríamos abrir um espaço de dialogo entre o que os artistas tinham a dizer e mostrar a rua. Após duas ações dentro do projeto, percebemos que conseguimos mostrar a viabilidade do projeto, e os efeitos positivos. Podemos dizer que os efeitos do projeto foram para além dos encontros oficiais, pois as discussões levantadas em torno da sacada fez com que a Casa começasse a explorar esse espaço, diversas atrações contratadas passaram e ser, prioritariamente, apresentadas na sacada, sobre tudo quando era apresentações musicais. No dia da segunda ação pude ver uma moradora que estava passando com os filhos, as crianças se interessaram pelo que estava acontecendo e ela parou, alguns minutos depois ela saiu, para minha surpresa depois de um breve tempo ela retornou e eu pude reparar que ela tinha ido colocar um calçado, pois estava de chinelos e meias e ficou ali acompanhando as apresentações. Quando eu cheguei na casa a senhora ao lado não sabia que tinham cursos na Casa de Cultura e parecia a meu ver, que não sabia que era vizinha de um aparelho cultural, nessa mesma casa no dia do Show do Mc Kyan , a laje virou camarote, tinham varias pessoas que pareciam ser da família curtindo as atrações a tarde toda. Acredito que esses relatos demostrem de uma forma singular impactos da nossa ação, pois terminamos sabendo que poderíamos fazer muito mais em condições adequadas de trabalho e atuação, mas sabemos não ter passado despercebidos, e pudemos ver que o projeto tem uma força na democratização do acesso as produções culturais recebidas na Casa, e de pertencimento da comunidade.
No coletivo a gente se nutre
Na trajetória no Programa Jovem Monitor Cultural a gente passa por muitos desafios. Quando se entra querendo fazer de fato alguma diferença, deixar algum impacto positivo a gente acaba esbarando em questões que vão além da nossa vontade.
Forças politicas, de gestão, infra estrutura e administração. Como disse a Ciça Pereira em uma formação nossa no programa "a gente que faz o trabalho por ideologia, pela causa, enfrenta coisas desanimadoras e ai a gente precisa volta nas razões que nos motivam". Pois bem, as vezes o que nos devolve o animo são as trocas, as pessoas que tem ideias parecidas, no coletivo a gente se nutre como bem diz a ancestral tradição de terreiro.
Eu agradeço a essas pessoas que no momento de desgaste, com sua presença, ousadia e criatividade, reanimaram a vontade. Essas pessoas se tornaram uma verdadeira equipe, que não só tem muita competência como também muito afeto, pois na nossa caminhada precisamos de ouvidos acolhedores e a palavra certa. Muito obrigado Família!
No coletivo a gente se nutre
Agradeço também a outras pessoas que somaram nessa trajetória
A Leandro Senna por ter sido o meu agente formador nesse último ano de programa, me ajudando muito e me incentivando, mediando todos os desafios dessa trajetória.
A Gustavo Bianchi pelo seu trabalho belíssimo como oficineiro da Casa, atuou para muito além da sua oficina fazendo a diferença dentro do espaço, ajudando, sugerindo e participando dos corres para fazer as coisas funcionarem mostrando que tem respeito pela pela cultura.
A Dede que foi um apoio importante para muitas ações, que soube compreender as dificuldades e os desafios dos PJMC's da Casa e somou na busca de que pudéssemos ter um impacto positivo na realidade do aparelho cultural.