Jornal Placar Londres 2012 Ed 11

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edição 11

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DOMINGO, 5 de agosto de 2012

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www.placar.com.br

ALEXANDRE BATTIBUGLI

n O atacante marcou de pênalti

ATLETISMO

Getty Images

Getty Images

LONDRES 2012 O jamaicano Usain Bolt (foto) passou com o nono tempo às semifinais dos 100 m. Para ir à final, hoje, terá de melhorar. iatismo Fabiana Murer refuga Com o bronze garantido, e dá adeus à medalha Scheidt e Prada tentam o ouro

Com gols de Neymar e Leandro Damião (2), Brasil espanta zebra hondurenha e agora pega a Coreia do Sul, que eliminou a Grã-Bretanha, por vaga na final

Faltam

só dois


jornal placar | DOMINGO, 5 de AGOSTO de 2012

Alaor Filho/AGIF/COB

Aquecimento frases

Editorial Por Miguel Icassatti

JORNALPLACAR@abril.com.br

q Quadro de medalhas País

estados unidos

26

12

15

O nadador brasileiro Cesar Cielo, medalha de bronze nos 50m livre, tentando parecer conformado com a perda do ouro

O vento estava inconstante, e não consegui manejar isso com as varas. Tentei fazer o que eu podia, mas não adiantava me jogar no último salto e me machucar. É o esporte, acontece...” A saltadora brasileira Fabiana Murer, tentando explicar o fracasso no salto com vara

Sou um técnico que não faz especulações. Como vou pedir que eles ganhem outras partidas depois se pedisse para perder uma" O técnico Rubén Magnano, descartando a hipótese de o Brasil perder de propósito para a Espanha para escapar dos EUA

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para ver na tv

Total

1

Não foi a noite que imaginei pra mim. Mas ficar chorando pelo bronze seria coisa de mau perdedor.”

Hora

Esporte

Sexo

Disputa

Etapa

Brasileiros na disputa

7h00

Atletismo

F

Maratona

7h15

Handebol

F

Brasil x Angola

1ª fase

8h00

Vela

F

470

Regatas

Ana Barbachan e Fernanda Oliveira

8h00

Vela

M

RS-X

Regatas

Ricardo Winicki

8h00

Vela

F

RS-X

Regatas

Patrícia Freitas

9h00

Vela

M

Star

Final

Bruno Prada e Robert Scheidt

10h00 Vela

M

Finn

Final

10h00 Tênis

M

Simples

Final

10h00 Tênis

F

Duplas

Final

M

Solo

F

Peso leve

Eliminatórias

Adriana Araújo

Adriana Aparecida da Silva

53

2

China

25

16

12

53

3

Grã BRETANHA

14

7

8

29

4

coreia do SUL

9

3

5

17

5

França

8

6

8

22

6

alemanha

5

10

6

21

7

Itália

5

5

3

13

8

Cazaquistão

5

0

0

5

9t

Coreia do norte

4

0

1

5

10

Rússia

3

15

10

28

11

Holanda

3

1

4

8

12

áfrica do sul

3

1

0

4

13

NOva zelândia

3

0

4

7

14

japão

2

10

12

24

15

cuba

2

2

1

5

25

Brasil

1

1

4

6

n Quadro de medalhas atualizado até as 21h30 (horário de Londres).

10h00

10h30 Boxe

Confira o quadro atualizado em tempo real no site www.abrilemlondres.com.br

qbaú olímpico Por Olavo Guerra

Superação olímpica

H

á exatos 28 anos, no dia 5 de agosto de 1984, acontecia a primeira maratona feminina da história dos Jogos Olímpicos. Havia muita polêmica, pois diziam que as mulheres não aguentariam correr os 42.195 metros da prova. Às 8h, horário local, 50 atletas de 28 países largaram, mas pouca gente se lembra da americana Joan Benoit, vencedora da corrida. Aquela prova se tornou famosa graças à suíça Gabrielle Andersen-Schiess. A imagem da maratonista dentro do Los Angeles Memorial Coliseum, desidratada, com câimbras na perna esquerda e praticamente se arrastando até a linha de chegada, é uma das mais marcantes da história das Olimpíadas. A única representante brasileira nesta prova, Eleonora Mendonça, terminou na última colocação entre as 44 atletas que terminaram a prova.

n Ao cruzar a linha de chegada, Gabrielle desmaiou e foi prontamente atendida pelos médicos

Ginástica artística

11h00

Nado sincronizado

F

Duetos

Eliminatórias — rotina técnica

Lara Teixeira e Nayara Figueira

11h30

Boxe

F

Peso médio

Eliminatórias

Roseli Feitosa

14h00 Vôlei de praia

F

Quartas de final

Juliana e Larissa

15h00 Atletismo

F

400m com barreiras

1ª rodada

F

Trampolim de 3 metros

Final

15h05 Atletismo

M

Salto em altura

Eliminatórias

15h35 Atletismo

F

Salto triplo

Final

15h45 Atletismo

M

100m rasos

Semifinais

16h15

Atletismo

M

1 500m

Semifinais

16h20 Atletismo

M

Lançamento de martelo

Final

16h40 Atletismo

M

400m rasos

Semifinais

17h10

Atletismo

F

400m rasos

Final

17h25 Atletismo

M

3 000m com obstáculos

Final

17h50 Atletismo

M

100m rasos

Final

18h00 Vôlei

F

Brasil x Sérvia

1ª fase

18h15

F

Brasil x Grã-Bretanha

1ª fase

15h00

Saltos ornamentais

Basquete

GETTY IMAGES FOTO: GETTY IMAGES

S

aber perder é uma das coisas mais difíceis desta vida. Há derrotas que doem muito mais do que outras, que levam meses, anos, uma vida para ser superadas. Mais do que ninguém, um atleta deve saber perder. Duas de nossas maiores esperanças de medalha de ouro em Londres 2012 souberam perder. Um dia depois de ficar com a medalha de bronze, com a cabeça mais fria, Cesar Cielo parabenizou o nadador francês Florent Manaudou, que ficou com a medalha de ouro. E ontem, poucas horas depois de ter falhado na tentativa de saltar 4,55 metros, e de ter culpado o vento, Fabiana Murer admitiu possíveis buracos em sua preparação. Quem aprende com as derrotas merece ser premiado com vitórias. Quem sabe com uma medalha de ouro da próxima vez.

Guilherme Cobbo

GETTY IMAGES

02


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Aquecimento

03

Os jogos que você não vê

Por Paulo Vitale, de Londres

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VICTOR CIVITA (1907-1990) Presidente e Editor:

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voando baixo Na eliminatória dos 100 metros rasos, o jamaicano Usain Bolt e o britânico James Dasaolu parecem sobrevoar a pista do Estádio Olímpico de Londres

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papo triplo - Três perguntas para José “Codó” Moreira Velocista, 28 anos. Codó disputou os Jogos Olímpicos de Pequim 2008. Com a equipe brasileira, conquistou a quarta posição no revezamento 4x100 metros. Em Londres, pretende se superar. A paixão pelo atletismo começou em sua cidade natal, Codó, no Maranhão, daí seu apelido.

1 2 3

O que te motiva a competir? É muita força de vontade, mas tenho de dar crédito também para minha família, irmãos, pais e muitos que me apoiaram. Sou movido a emoções, além de sempre querer proporcionar uma melhora de vida para a minha família. Em 2007, você colaborou na conquista do ouro no revezamento 4x100 nos jogos Pan Americanos do Rio. Qual vai ser a estratégia para boa colocação aqui? Estamos muito focados no revezamento, bem e com chances de medalha, mas tudo vai depender de quando chegarmos na prova. Você já teve oportunidade de conhecer a cidade? Ainda não vi nada, mas quero muito conhecer os pontos turísticos que só conheci pela janela do ônibus.

Twitadas olÍmpicas “Já no vestiário! Que Deus nos abençoe e nos proteja... Bora fazer o que a gente ama muito ‘ser feliz’ ... #Brasil” Neymar (@Njr92), antes do jogo do Brasil contra Honduras, pela quartas de final do futebol masculino “Bom dia, galera! Acabou agora o nosso treino aqui no Crystal Palace! Nosso sonho continua e contamos com vocês! #VamosTimeBrasil #RaçaBrasil” - Deonise (@deonisehand), do handebol, se preparando para o próximo jogo do Brasil “Obrigado por todas as pessoas que confiam em mim. Vou dar meu máximo para pegar esse ouro para o Brasil“ - O boxeador Esquiva Falcão (@esquivafalcao), agradecendo a torcida por ele na Olimpíada de Londres 2012 “Vamos brigar com garra até o último segundo pelo ouro” - O velejador Robert Scheidt (@robert_scheidt) acredita no ouro, mesmo faltando um regata “No aeroporto com os amigos e família, esperando a hora do embarque! #rumoaoouro” Diogo Silva (@ diogotaekwondo) antes da ida à Londres, onde vai buscar o inédito ouro para o Taekwondo brasileiro


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04

futebol

Brasil leva susto, mas avança

Brasil

Seleção enfrentou clima hostil e adversário que ficou duas vezes à frente no placar. Classificação para semifinal só veio graças às atuações de Leandro Damião e Neymar

fotos alexandre battibugli

O

n HERÓI DO DIA Leandro Damião agradece aos céus os dois gols que garantiram o Brasil nas semifinais em Londres Mano gesticulava para corrigir o posicionamento pela direita, com Rafael Silva dando espaços para os avanços de Figueroa e de Orlin Peralta. Era preciso estar atento e forte, sobretudo porque a bola não ultrapassava a linha de defesa com as jogadas iniciadas por Neymar e Oscar. Até que, numa delas, o santista, perseguido pelas vaias da torcida, cavou a expulsão de Crisanto. Es-

Contra Coreia do Sul, é preciso melhorar D

esatenções na defesa, nunca mais. É o que o Brasil promete para a semifinal, na terça-feira, em Manchester. O jogo será contra a Coreia do Sul, que desclassificou os britânicos nos pênaltis, após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar. Ontem, em dois momentos de bobeira, a seleção de Mano Menezes permitiu dois gols dos hondurenhos. Se quiser continuar na briga pelo ouro inédito, o Brasil terá que corrigir esse posicionamento. “Acredito que seja uma falta de comunicação. Quando você toma gol, o pessoal olha muito os dois zagueiros e os dois laterais. Espero que na semifinal a gente possa fazer tudo o que a gente pode”,

Honduras

2

Gabriel Rafael Thiago Silva Juan Marcelo Sandro (Danilo) Rômulo Hulk (Lucas) Oscar Neymar, L. Damião (Pato)

Mendoza O. Peralta (Mejia) Velasquez Leveron Figueroa Garrido (Lopez) A. Peralta, Crisanto Espinoza Martinez Bengston (Lozano)

T. Mano Menezes

T. Luis Suárez

Gols: Martinez, aos 12 e Leandro Damião,

Por Marcos Sergio Silva, de Newcastle “amistoso” contra a Nova Zelândia, três dias antes, valeu. Entre os titulares que enfrentaram Honduras, lá estavam dois da partida anterior: o goleiro Gabriel e o atacante Leandro Damião. Eles entraram em campo no velho e confortável St. James Park, em Newcastle, com 42.266 pessoas nas arquibancadas. Que mostraram logo cedo de que lado estavam: dos hondurenhos. Ficou fácil torcer por eles quando, aos 12min, num momento de desatenção da defesa, Mario Martinez matou um chute sem-pulo e colocou os centro-americanos à frente. Era cedo, mas o gol matava a sanha brasileira, que já tinha perdido gols com Leandro Damião e Oscar.

3

afirmou o zagueiro Thiago Silva. Na primeira fase, a adversária da semifinal se classificou depois de dois empates sem gols contra México e Gabão e uma vitória por 2 x 1 sobre a Suíça. Ontem, bateu a dona da casa, a Grã-Bretanha, em um jogo dramático em Cardiff, em Gales. A outra semifinal terá México e Japão. “A gente não tem pressão. Sabe da responsabilidade. Não é fácil vencer uma Olimpíada. Se fosse fácil, grupos anteriores da seleção já teriam vencido”, diz o capitão Thiago Silva. “O favoritismo só existe fora do gramado. Dentro das quatro linhas, não tem isso não”, garantiu o craque Neymar.

tava mais fácil, mas nem tanto. Era preciso achar o gol. E ele veio numa jogada de Hulk pela direita aos 38min. Ele tocou reto, na saída do goleiro Mendoza. Velazquez e Arnold Peralta se atrapalharam e Damião deu um bico em direção ao gol. Era o empate. Mano Menezes adiantou, aos 41min, uma substituição que costuma fazer no segundo tempo. Colocou Danilo no lugar de Sandro

para corrigir as descidas pela direita, no setor de Rafael Silva. Mas e a esquerda? Foi por lá que Espinoza, aproveitando buraco deixado por Marcelo, entortou Juan e marcou o segundo hondurenho nos primeiros segundos da etapa final. Sorte que o juiz britânico Felix Bruch deu uma forcinha ao enxergar pênalti de Velasquez em Damião. Sob vaias, Neymar correu e acertou o canto direito de

aos 37 minutos do primeiro tempo; Espinoza, aos 2; Neymar, aos 5 e Leandro Damião, aos 14 minutos do segundo tempo Cartões amarelos: Velasquez, O. Peralta, Figueroa (HON); Sandro, Rômulo, Leandro Damião, Oscar, Marcelo (BRA). Cartões vermelhos: Crisanto e Espinoza (HON) Estádio: St. James Park, em Newcastle (Inglaterra). Árbitro: Felix Brych (Alemanha). Auxiliares: Mark Borsch e Stefan Lupp (Alemanha)

Mendonza. Tudo igual. E foi Damião quem comandou a virada, de novo com toque de Neymar. Ele girou entre Figueroa e Leveron e marcou o terceiro, aos 14 do segundo tempo. Desde então, o jogo ficou morno. O Brasil se poupava e segurava as investidas hondurenhas. Espinoza, autor do gol, foi expulso depois de entrada em Oscar. Saiu aplaudido. O Brasil? Entre as vaias e os aplausos, saiu classificado. O desafio agora é chegar à final.

“Gabriel mostrou confiança”, diz Mano sobre mudança de goleiro M ano Menezes defendeu a opção de trocar o goleiro titular — Neto, escalado nas duas primeiras rodadas, foi preterido em lugar de Gabriel. Segundo ele, o novo dono da posição mostrou confiança nos dois jogos que fez até agora. Antes, ele havia atuado contra a Nova Zelândia. “Foi uma surpresa grande. Na primeira convocação, estava na lista de espera. Ser titular é uma felicidade imensa”, disse o goleiro. Gabriel deixou todo o lado esquerdo livre na conclusão de

n APROVADO Técnico Mano Menezes bota fé no goleiro Gabriel na reta final dos Jogos

Martinez no primeiro gol. No segundo, demorou a pular no chute de Espinoza. Mano, porém, não viu falhas na atuação. “A escolha do Gabriel foi uma decisão difícil, mas ele passou a confiança necessária para a posição. O Neto não teve falhas nos dois jogos que participou. A troca aconteceu por uma opção interna”, disse o treinador. Leandro Damião foi a outra surpresa. Havia quem esperasse Alexandre Pato no time titular, mas foi o colorado quem entrou. “Fiquei sabendo no vestiário. Foi uma atuação boa. O mais importante é o time vencer.” Se foi pênalti no segundo tempo? “Foi! O cara me tocou!”



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06

Futebol “Vaia foi medo de enfrentar a seleção”, diz Neymar

N

n pegando no pÉ

Mano enche a bola de Honduras Técnico brasileiro diz que já esperava por um adversário difícil de ser batido Por Marcos Sergio Silva, de Newcastle

H

onduras já tinha eliminado a favorita Espanha na primeira fase. Ontem, deu dois sustos no Brasil. Nada que Mano Menezes não tivesse imaginado. “Foi duro, como esperávamos. E não falo isso porque terminou 3 x 2. Os favoritos estão caindo, como a Espanha e o Uruguai. Acompanho a

Olimpíada, sobretudo o futebol, e vejo isso acontecendo.” Para o treinador, não ter aberto o placar nas chances claras criadas por Leandro Damião e Oscar no início do jogo não pesaram na dificuldade da partida. Na visão de Mano Menezes, nem sempre sair na frente tão cedo ajuda. “Se tivéssemos aberto o placar cedo, seria um jogo diferente. Sofremos um gol e a situação ficou

um pouco desestabilizada. Tivemos a capacidade de empatar e virar o jogo mais duro que vi na Olimpíada até agora”, disse. Mano defendeu suas opções táticas e as substituições. Sobre Leandro Damião ter entrado no lugar de Alexandre Pato, justificou dizendo que o centroavante recuperou a autoconfiança. “Centroavante, se não faz gols, sai infeliz. Precisamos dos gols dele e tam-

Ronaldinha critica planejamento da CBF Cristiane, artilheira dos Jogos, pede que dirigentes pensem no futebol feminino a longo prazo

T

oda vez que a seleção feminina perde, seja em Olimpíada ou mundial, a história se repete. As jogadoras reclamam da falta de visibilidade e a CBF promete fortalecer o esporte no país. Desta vez, não seria diferente. Após a eliminação brasileira contra o Japão, a atacante Cristiane, chamada de Ronaldinha por ser a maior artilheira dos Jogos, pediu um projeto a longo prazo para que o esporte tenha a devida importância. “Hoje, o futebol feminino tem que começar do zero para tentar mudar alguma coisa em 2015 ou 2016”. As japonesas têm um campeonato com duas divisões, enquanto no

Brasil há apenas a Copa do Brasil, organizada pela CBF, que aconteceu de março a junho. São Paulo possui o único torneio estadual. “Nosso esporte em geral está horrível. O que a gente tem hoje? Olha o quadro de medalhas. Que apoio a gente tem hoje no nosso esporte em geral?”, questionou a atacante. Jorge Barcellos, treinador das brasileiras, defendeu as atletas e achou a derrota para o Japão injusta. “Elas não jogaram. Nesse tempo todo, nunca vi a goleira do Japão bater tantos tiros de meta”, disse o técnico. Responsável por classificar as meninas do Brasil para Londres

2012, os ex-treinador da seleção, Kleiton Lima, criticou a maneira como a CBF conduziu o caminho das jogadoras em busca do ouro olímpico. Sob seu comando, o Brasil perdeu apenas uma partida e empatou seis em 33 jogos. Ele foi demitido após desavenças com dirigentes da CBF, já que queria levar força máxima para o Pan de Guadalajara, no ano passado, enquanto os cartolas eram contra. Afogando as mágoas Ontem, depois da eliminação, a baiana Fabiana publicou no Twitter fotos das jogadoras em um bar. Alguns torcedores se manifestaram indignados.

bém os do Pato. Estou contente com o comprometimento deles. Eles estão entendendo o que é ser um grupo. Todos sabem que, para ganhar a Olimpíada, só é possível com o melhor que tivermos.” De Sandro, ele temeu ficar com um homem a menos depois da expulsão de Crisanto — o volante do Tottenham já tinha tomado um cartão amarelo. “Corríamos o risco de perdê-lo.

alexandre battibugli

Zagueiros de Honduras e torcida inglesa fazem marcação cerrada em Neymar

eymar foi perseguido pela torcida britânica ontem, em Newcastle. Principalmente depois da expulsão do hondurenho Crisanto, aos 33min do primeiro tempo. A cada toque, uma vaia. Quando partiu para cobrar o pênalti do segundo gol brasileiro, protestos ainda maiores. Como explicar? São duas hipóteses. Na primeira, Neymar é o tipo de jogador que os ingleses costumam odiar: o que cava faltas, o maior pecado que pode ser cometido no futebol da ilha. A outra é que o Brasil poderia ser o adversário da Grã-Bretanha na semifinal. Os jogadores e o técnico da seleção preferiram a segunda hipótese. “Na vaia, eu não vi nenhuma forma de uma simulação”, disse o capitão Thiago Silva. “Eu vi uma torcida apaixonada pelo seu país não querer enfrentar a seleção brasileira. Eles preferiam enfrentar Honduras do que a gente.” Se Neymar se abalou? Nem tanto, nem tanto. “Não chateou não. Estou bem tranquilo. Vou jogar futebol, a torcida não entra em campo”, afirmou o santista. “No próximo jogo, em Manchester, a torcida contra vai ser maior ainda. É ter a cabeça boa.” “Teve um pouco a ver com o lance da expulsão (de Crisanto)”, analisou Mano. “Foi a partir dali que isso se intensificou. Culturalmente, os ingleses têm uma preferência por um tipo de jogo. Quando pensam que o futebol que o outro joga não se encaixa nisso, eles apoiam os outros.” (M.S.S.)

Londres marca fim de um ciclo para Formiga e Marta D

epois de cinco olimpíadas e duas medalhas de prata, a meio-campista Formiga anunciou o fim da sua carreira na seleção após a eliminação em Londres. A veterana, que foi titular no jogo contra o Japão, disse estar triste com a eliminação, mas espera que o futebol feminino do Brasil cresça com a derrota. “Quem sabe em 2016 consigamos essa medalha que a gente tanto espera. O sonho continua, precisamos seguir brigando por melhorias”, afirmou a camisa 8. Aos 34 anos, Formiga se despedirá da seleção em um torneio internacional que será realizado em São Paulo, no fim do ano. Ela ainda admite prosseguir a carreira em clubes. Marta é outra jogadora que vê seu ciclo na seleção praticamente terminando. Ela não sabe se vai disputar os Jogos Olímpicos do Rio 2016. “Se eu ainda estiver bem fisicamente e com esse gás para jogar, vou participar”, afirmou a atleta, eleita cinco vezes a melhor do mundo. “Caso não esteja, vou ter que abrir caminho para as outras meninas que estão chegando. Para que elas cheguem bem, é necessário desde já ter uma preparação de alto nível, como acontece nas outra seleções”, completou.



jornal placar | domingo, 5 de agosto de 2012

VÔLEI DE PRAIA

08

Alison e Emanuel avançam. Talita e Maria Elisa caem

n muralha Alison vem detonando os rivais no bloqueio

Dupla masculina passa com facilidade pelos alemães. Brasileiras sucubem diantes das atletas tchecas

A

dupla Alison e Emanuel confirmou o bom desempenho obtido nos últimos duelos e avançaram para a próxima etapa do torneio masculino de vôlei de praia. Na vitória sobre os alemães Erdmann e Matysik, por 2 a 0 (21/16 e 21/14), Alison voltou a brilhar na rede. O brasileiro anotou seis pontos de bloqueio e mais seis em ataques — em 11 tentativas. Emanuel, por sua vez, converteu 13 ataques em 24. “O bloqueio foi fundamental. Nossa estratégia estava toda voltada para ele, e deu certo. Mas a confiança que nós tivemos também é uma coisa que não se pode esquecer”, disse Emanuel. O próximo confronto deles será contra os poloneses Fijalek e Prudel, que

bateram a dupla suíça Chevalier e Heyer, por 2 a 0 (21/18 e 21/17). Entre as mulheres, Talita e Maria Elisa sucumbiram aos próprios erros e foram eliminadas ontem do torneio feminino. Assim, o Brasil eixa de ter desempenho de 100% na modalidade. Elas foram derrotadas pelas checas Kolocova e Slukova, por 2 sets a 1 (21/16, 20/22 e 15/9), em 58 minutos. Com o resultado, a dupla europeia pega as americanas Ross e Kessy nas quartas de finais. As brasileiras caíram de rendimento no ataque, acertando menos da metade das investidas. “Nós erramos muito. Elas tiveram bons momentos, mas a gente cometeu muito erros, elas nem precisaram se esforçar muito nem fazer um grande trabalho para fazer os pontos”, reconheceu Talita. A parceira

Daniel Ramalho/AGIF/COB

Da Redação

Maria Elisa também admitiu não ter feito um bom jogo. “Eu não conseguia mudar meu estilo, porque elas estavam defendendo bastante e eu não saí dessa dificuldade”, confessou a jogadora, que já flerta com os Jogos Olímpicos do Rio 2016. “A gente tem mais quatro

anos pra pensar, tem uma Olimpíadas em casa, e ver o que pode melhorar. Agora é recuperar, pôr a cabeça no lugar, pegar apoio da família e dos patrocinadores e seguir em frente”. As outras duplas brasileiras — Ricardo e Pedro Cunha e Juliana e

Larissa —, que já haviam carimbado o passaporte para próxima fase, voltam à quadra hoje em busca de um lugar nas semifinais. Eles enfrentam duas duplas alemãs. Ricardo e Pedro Cunha pegam Brink e Reckermann. Juliana e Larissa encaram Goller e Ludwig.

vôlei

À espera de um milagre Técnico José Roberto Guimarães blinda jogadoras para evitar que pressão atrapalhe a classificação para a próxima fase

n blindagem O técnico José Roberto Guimarães isolou as jogadoras

Por Pedro Proença

Getty Images

A

campanha está muito distante da esperada: duas derrotas (para os EUA, por 3 a 1, e para a Coreia, por 3 a 0) e duas vitórias no tie-break sobre Turquia e China. Os 4 pontos conquistados até aqui deixaram o Brasil em 5º lugar e, caso as Olimpíadas acabassem hoje, o time que é o atual campeão olímpico estaria eliminado. Essa situação inesperada e constrangedora desencadeou uma série de críticas que estão incomodando

algumas das jogadoras. Para evitar que as críticas provoquem estragos maiores no emocional do grupo, o técnico José Roberto Guimarães ataca de bombeiro. Ele sabe que o trabalho psicológico, nesse momento, é mais importante que a parte técnica ou tática. “Elas são jovens e vão se magoar, mas a crítica faz parte, eu tenho falado isso com elas. Não dá para ficar preocupada, porque o torcedor é passional. É preciso ter maturidade para aguentar esse tipo de pressão”, disse o treinador. Entre as jogadoras, o sentimento é de desconforto. As mais experientes do grupo sabem que a melhor resposta às críticas é a vitória. “Todo mundo achou que a gente estava no lixo. Os brasileiros não estavam acreditando. Poucos mandaram mensagens

positivas para a gente. É triste saber que tanta gente torce contra”, desabafou a meio de rede Thaísa, um dia depois da vitória sobre a Turquia. O Brasil não depende só de suas forças para chegar à próxima fase. A classificação depende de uma matemática meio complicada. Se o Brasil vencer a Sérvia por dois ou mais sets de diferença será necessário torcer para o jogo entre China e Coreia não vá para o tie-break ou que os EUA vençam a Turquia por qualquer placar. Caso o Brasil vença por 3 sets a 2, será necessário que os EUA vençam a Turquia por 3 x 0 ou no máximo 3 x 1. Como o jogo do Brasil contra a Sérvia será apenas às 18 horas, as meninas já entrarão em quadra sabendo qual placar será necessário para se classificarem. Coreia do Sul x China jogam às 7h30 e EUA x Turquia, às 16 horas.



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10

Basquete

um conto de duas cidades Por Jonas Oliveira

Brasil bate China e fica no caminho dos Estados Unidos

O milagre da organização

A

s atletas do heptatlo cumprem a etapa do salto em distância, quando o telão anuncia a primeira bateria dos 400m rasos. Na outra extremidade do estádio, as atletas do salto com vara participavam das eliminatórias. Depois dos 400m, é a vez dos 3000m com obstáculos. E seguida, chega a hora das eliminatórias dos 100m rasos, que acontecem ao mesmo tempo das provas do lançamento do dardo. Em minha primeira experiência no Estádio Olímpico, tive a sorte de ver nomes como Usain Bolt, Yelena Isinbayeva, Jessica Ennis e Oscar Pistorius. Mas o que mais me chamou atenção não foi o desempenho dos atletas, e sim o das pessoas envolvidas na organização. A TV apresenta ao telespectador as estrelas do espetáculo, mas só quem assiste do estádio consegue ter a dimensão da infinidade de detalhes que envolvem o evento. As competições de atletismo são a metáfora perfeita da complexidade de se organizar os Jogos Olímpicos. Nesse ponto, a Copa do Mundo parece algo infinitamente mais fácil de se realizar, apesar das múltiplas sedes. São tantas as funções que precisam ser desempenhadas ao mesmo tempo que parece um milagre que tudo dê certo. Ou melhor, quase tudo. O mal estar gerado pela troca da bandeira da Coreia do Norte pela da Coreia do Sul, antes mesmo da abertura dos Jogos, foi um episódio embaraçoso para Londres 2012. Fica a lição para o Rio 2016: a de que receber os Jogos significa dedicar atenção a inúmeros detalhes - e de que um único descuido pode colocar tudo a perder.

Se mantiver 2º lugar no grupo, pega Dream Team nas semis

A

seleção brasileira de basquete mostrou ontem, diante da China, que superou o nervosismo das primeiras rodadas do torneio olímpico. Com o placar elástico de 98 a 59, os brasileiros bateram os chineses e garantiram a classificação para as quartas de finais. O resultado também mostrou que a equipe do técnico Rubén Magnano superou bem o revés ante a Rússia. Com a vitória dos russos sobre a Espanha (77 a 74), os brasileiros levam a briga pela segunda colocação do grupo para o último confronto da fase, justamente contra os espanhóis, amanhã às 16h (Brasília). As duas equipes estão empatadas com sete pontos na tabela. A posição na chave da fase de grupos define o adversário do Brasil na próxima etapa. Se vencer e confirmar a viceliderança, os brasileiros enfrentarão o terceiro colocado do outro grupo, mas entra na rota dos Estados Unidos nas semifinais. Se ficar em terceiro, o Brasil pega o segundo colocado da outra chave e evita o confronto com o Dream Team. Magnano descartou perder o próximo jogo para evitar o duelo contra os EUA. “Sou um técnico que não faz especulações, tenho que pedir que minha equipe saia a ganhar. Como vou pedir que eles ganhem outras partidas depois se pedisse para perder uma? Acredito que um time precise ter mentalidade de campeão. Tem que entrar em quadra querendo ganhar, senão nunca será campeão”.

n bandeja Alex acerta a mão e ajuda o Brasil a detonar a China em Londres

As provas do

atletismo são a metáfora ideal para entender a complexidade de fazer os jogos

Dream Team sofre, mas vence Lituânia

A

o contrário do passeio sobre a Nigéria no jogo anterior — recorde de pontuação em um confronto olímpico (156 a 73) — os Estados Unidos sofreraram para vencer a equipe da Lituânia ontem, pela penúltima rodada da fase de grupos. A vitória do Dream Team foi por meros cinco pontos de diferença, 99 a 94. Apesar de estar sempre atrás do placar, os lituanos não deixaram os adversários ampliar a vantagem. No segundo e no último quartos, a Lituânia até anotou mais pontos que os rivais, com 26 a 22 e 22 a 21, respectivamente. Mas não teve jeito. Com boas atuações de Lebron James e Carmelo Anthony, que anotaram juntos 40 pontos, os americanos souberam manter a invencibilidade no torneio, apesar do aproveitamento de cestas de dois e três pontos e de lances livres ter sido menor que o dos lituanos. O cestinha da partida foi o ala lituano Linas Kleina, com 25 pontos. O próximo duelo do Dream Team será contra a Argentina, amanhã, 6h15.

Christian Petersen/Getty Images

E

liminada do torneio feminino de basquete, a equipe brasileira enfrenta hoje, às 18h15 (Brasília), a Grã-Bretanha em seu último compromisso nos Jogos de Londres antes de voltar para casa. Se vencer, o time do técnico Luis Cláudio Tarallo pode igualar o desempenho do Brasil nos Jogos de Pequim 2008, com apenas um triunfo em cinco jogos. Mas Tarallo já admite que será uma tarefa muito difícil. “As britânicas estão muito motivadas e na expectativa da primeira vitó-

n fim de linha Nem o técnico Tarallo acredita na vitória do Brasil

ria. Ao contrário do Brasil, elas não vêm sofrendo pressão para vencer”, explicou o técnico, que revelou ainda estar enfrentando muitas dificuldades para levantar o moral da equipe, abalado desde a derrota para o Canadá, por 79 a 73, na sexta-feira. “Elas sentiram muito (a eliminação) e o ânimo está extremamente arriado. Elas trabalharam muito forte para conseguir uma posição melhor. Está sendo um grande desafio manter o grupo conectado na Olimpíada”. Além das canadenses, o Brasil caiu diante da França (58 a 73), da Rússia (59 a 69) e da Austrália (61 a 67).

Dan Kitwood/Getty Images

Feminino: o último ato de um vexame

n não é fácil Bem-humorada voluntária orienta os torcedores



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Atletismo

resultados de ontem

...E o vento levou

100m masculino

paulo vitale

Usain Bolt fez o necessário para se classificar à semifinal dos 100m rasos nas Olimpíadas: ele correu 10s09 a distância e foi o melhor de sua bateria. Porém, o jamaicano esteve longe do seu recorde, 9s58. Seu tempo foi apenas o nono entre os classificados para as semifinais. Ele ficou atrás dos compatriotas Asafa Powell (10s04) e Yohan Blake (10,00s). O melhor tempo da série foi do americano Ryan Bailey, com 9s88. O outro competidor a correr abaixo de 10s foi Justin Gatlin, também dos Estados Unidos, que fez 9s97. O brasileiro Nilson de Oliveira André foi apenas o 27º, com 10s26 e já está eliminado da competição. As semifinais são disputadas hoje, às 15h45min.

Por Maurício Barros, de Londres

A

nestesiada. Era assim que Fabiana Murer dizia se sentir poucos minutos depois de ser eliminada da competição de salto com vara da Olimpíada de Londres, ainda na fase qualificatória. Visivelmente abalada, a atual campeã mundial falou com os jornalistas de maneira pausada e respondeu a todas as perguntas, segurando o choro que desabaria logo depois, quando deixou a zona mista onde fica a imprensa e encontrou seu staff. A maior favorita ao pódio entre os 36 competidores brasileiros do atletismo culpou o vento no estádio olímpico pelo fracasso. “O vento mudava muito de lugar e isso atrapalhou. Uma hora pegava vento de lado, outra hora vento contra...”, disse. Fabiana também falou sobre um certa “inconstância” de sua técnica de salto, que teria a ver

com mudanças que realizou no treinamento para obter marcas mais ousadas. “Meu salto não está tão firme. Tentei melhorar alguns pontos, talvez um pouco a mais de mudanças do que eu faria se tivesse feito uma temporada indoor. Essas pequenas mudanças deixaram meu salto mais

consguiu ir além dos 4,55 metros e acabou eliminada

Alaor Filho/AGIF/COB

Fabiana Murer, a maior aposta de medalha do atletismo brasileiro, refuga, fica fora da final do salto com vara e culpa ventania

n FIASCO Fabiana Murer não

inconstante. Não tenho tanta certeza do que eu estou fazendo como antigamente”, disse. “Para saltar alto eu preciso de um tempo maior com a vara envergada. Se a vara desenverga um pouco mais rápido do que deveria, já me perco no salto. E não é sempre que consigo deixar a vara envergada tanto tempo”. Na primeira tentativa a 4,50 metros, Fabiana, que tem como melhor marca pessoal 4,85 metros, derrubou o sarrafo. No segundo salto, passou bem e se colocou entre as classificadas. Mas

as concorrentes começaram a saltar 4,55 metros, e Fabiana passou a precisar do último salto. Na primeira e na segunda tentativas, derrubou o sarrafo. Na última, chegou a correr duas vezes, mas parou no meio. E na chance derradeira, desistiu. “No último salto, eu decidi sair, senti o vento muito forte contra, não tinha condição de saltar porque era até perigoso eu me machucar.” Fabiana disse haver diferenças entre a frustração de Londres e a de Pequim, quatro anos atrás, quando o sumiço de suas varas na final olímpica tiraram sua concentração e, consequentemente, as chances de medalha. “Em Pequim, não tive culpa. Agora não, a culpa é minha. Eu tinha todo o material e as condições iguais para saltar como as outras meninas, mas não aconteceu”. A final do salto com vara acontece amanhã, a partir de 15 horas. Para o Brasil, o sonho da medalha se perdeu no vento...

n ADEUS Atleta brasileira sai dos Jogos como uma das grandes decepções

100m feminino

Rosângela Santos, que era, de fato, a única a esperança do Brasil na disputa dos 100m rasos,não foi capaz de avançar nas semifinais de ontem. Apesar da terceira colocação em sua bateria e da conquista de seu melhor tempo na carreira, 11s17, Rosângela não terminou entre as oito melhores das eliminatórias e está fora da decisão da categoria. Após largar mal, Rosângela Santos conseguiu se recuperar e ultrapassar quatro atletas nos instantes finais de prova, cruzando a linha de chegada de sua bateria na terceira colocação, com o tempo de 11s17, sua melhor marca na carreira. A liderança da primeira bateria ficou com a norte-americana Carmelita Jeter, que cravou 10s83, seguida da jamaicana Veronica Campbell-Brown, com o tempo de 10s89.Como houve 5 tempos melhores que o de Rosangela, a velocista brasileira terá que ver a final hoje, pela televisão, às 17h55min.


e

s o

a

“Vou

surpreender o mundo” Jamaicano corre hoje para o primeiro dos três ouros que quer conquistar em Londres Da Runner’s World

Só dá Jamaica

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Ilha da fantasia A Jamaica tem uma população de apenas 2 milhões de habitantes, mas domina o mundo da velocidade. Especialistas tentam explicar esse sucesso

masculino

Campeonato Mundial de 2011, Daegu 100 metros - Yohan Blake, ouro 200 metros - Usain Bolt, ouro 4 x 100 metros - ouro

feminino

O domínio da ilha caribenha nas provas de velocidade dos últimos principais campeonatos

100 metros - Veronica Campbell-Brown, prata 200 metros - Veronica Campbell-Brown, ouro 4 x 100 metros - prata

feminino masculino

o ano passado, um estranho fenômeno aconteceu na Coreia do Sul. Usain Bolt não venceu a final dos 100 metros rasos do Campeonato Mundial, em Daegu. Na segunda maior competição da modalidade, Bolt queimou a largada pela primeira vez em sua carreira e foi desclassificado, deixando seu compatriota mais jovem e astro em ascensão, Yohan Blake, ficar com o título de campeão mundial. Afinal de contas, o que deu errado em Daegu? “Eu fiquei bravo durante um bom tempo”, diz Bolt. “Mas depois que pensei muito sobre o motivo pelo qual aquilo havia acontecido, eu soube que nunca mais cometeria esse erro”. Naquele momento, circulou uma teoria da conspiração que dizia que Blake, parado na linha ao lado, movimentou a perna rapidamente e fez com que Bolt começasse a prova antes da largada. Entretanto, Bolt acredita que a culpa seja somente dele. “Eu me lembro de que estava na área de concentração antes da final e perguntava aos árbitros se já poderíamos, por favor, ir para a pista”, diz ele. “E eles ficavam dizendo “não, não, não”. Eu só queria sair e correr, eu tinha energia demais. É uma lição a se aprender. Eu saberei como controlar qualquer emoção semelhante a essa de agora em diante”. Então, se Bolt sobreviver ao tiro de largada da final de hoje dos 100 metros rasos (poucas horas antes, acontecem as semifinais), o que o mundo pode esperar do homem vivo mais rápido do mundo em Londres? “Recordes mundiais e medalhas de ouro. É simples assim. Três ouros [100 m, 200 m, revezamento 4 x 100 m] é o mínimo que espero de mim mesmo. Como velocista, vou alcançar meu ponto máximo em dois anos, aos 27 — mas a hora é agora. Eu vou correr os 100 metros em 9,4 segundos e ficar abaixo de 19 segundos nos 200 metros. Vou surpreender o mundo”.

Jogos Olímpicos de 2008, Pequim 100 metros - Usain Bolt, ouro 200 metros - Usain Bolt, ouro 4 x 100 metros - ouro 100 metros - Shelly-Ann Fraser, ouro 200 metros - Veronica Campbell-Brown, ouro

Alexander Hassenstein/Getty Images

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Ética e escape

Talentos ficam no país

A ‘cultura da pressão’

“A ética jamaicana é trabalhar duro todos os dias. O país é pobre e a única maneira de escapar à pobreza é pelo trabalho. Todo mundo, de Asafa Powell a atletas estudantes de 14 anos, dá tudo de si e tem foco total na velocidade. É possível ouvir crianças falando que querem correr para ganhar uma “nota”, forma abreviada de se referir à “nota de 100 dólares”, o que significa 100 metros. A ilha toda é obcecada pela corrida de velocidade”. Ricky Simms, agente de Usain Bolt, e diretor do Pace Sports Management, que trabalha com nove velocistas jamaicanos.

“Criamos uma cultura de sucesso ao longo de muitos anos. O evento Champs, campeonato colegial anual da Jamaica, tem cobertura maciça da TV e do rádio e financiamento público. Muitos técnicos do ensino médio poderiam treinar corredores de elite fora do país, mas escolhem ficar na ilha e orientar os corredores mais jovens, como o técnico de Usain, Glen Mills, que também treina jovens”. Albert ‘Frano’ Francis, descrito por autoridades da Associação Atlética de Corredores Amadores da Jamaica (JAAA) como “um sábio, historiador, visionário, rasta e corredor’.

“As crianças jamaicanas aprendem, desde cedo, a lidar com pressão. Toda semana, até 300 escolas de atletismo se encontram por todo o país e correm até mil competições de 100 metros. Além disso, o Champs é tão importante que nos dias de finais esses jovens correm diante de 30.000 espectadores e com cobertura de mídia internacional“. Grace Jackson, Vice Presidente da Jamaican Amateur Athletics Association (Associação Atlética de Corredores Amadores da Jamaica). Um corredor de sprint desse campeonato, Jackson, ganhou prata nos 200 metros nos Jogos Olímpicos de Seul, de 1988.


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ATLETISMO

loja de antiguidades Por Fábio Altman, de Londres

Brasileiro queima saltos e fica sem medalha

O fracasso do Dream Team de um só

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abiana Murer era uma das esperanças de medalha do Brasil em Londres. A revista Sports Illustrated, das mais influentes e bem informadas do mundo, mas incapaz de prever o futuro, lhe dava a medalha de prata — atrás apenas da russa Yelena Isinbayeva. Na ensolarada manhã deste sábado, Fabiana fracassou. Errou suas duas primeiras tentativas em 4,55 metros. Precisava ultrapassar o sarrafo na terceira, mas ultrapassou o tempo limite de um minuto para o salto e deixou a competição. Isinbayeva prossegue, e na próxima segundafeira luta pelo bicampeonato olímpico. A brasileira pôs a culpa no vento. “Quando saí correndo, o vento estava muito forte contra, aí parei, decidi esperar mais um pouco e quando comecei a correr de novo ainda estava muito forte. Realmente não dava para fazer o salto porque estava muito perigoso, e não dava mais tempo. Isso é esporte, acontece”. O triplo erro da campineira de 31 anos, que todos punham antecipadamente no pódio — inclusive VEJA — remete a outro episódio semelhante, envolvendo, naquele caso, um dos maiores atletas da história. Foi na Olimpíada de 1992, em Barcelona. O ucraniano Sergey Bubka era o Dream Team de uma pessoa só, nos Jogos que tiveram a participação da equipe de basquete americana de Michael Jordan, Magic Johnson e Larry Bird. Bubka era tão imbatível, mas tão imbatível, que muitos diziam ser mais difícil ele perder que os Estados Unidos debaixo da cesta. E, no entanto, voltou para casa ao modo de Fabiana Murer hoje. Desde 1984 ele tinha batido 30 recordes mundiais — dezesseis em ginásios fechados e outros catorze em estádios. O mais recente, apenas oito semanas antes da final olímpica. Nos dias de União Soviética, recebia 400 rublos por cada recorde, uma ninharia. No tempo de Nike, como anota o escritor David Wallechinsky, grande especialista americano em Olimpíadas, a cada marco embolsava 100 000 dólares. Fazia muito barulho dentro do estádio de Montjuic naquela tarde de verão catalão. A torcida vibrava muito porque o espanhol Javier García ia bem (terminaria com o bronze). E Bubka, arrogante, ou seguríssimo de suas capacidades, deixava para saltar no tempo limite. Errou da primeira vez. Errou da segunda, ambas em 5,70 metros. Até ali, nenhum problema — em outras decisões ele deixara tudo para o último salto, e quase sempre superando o recorde. Fezse silêncio no estádio. Bubka pediu o sarrafo a 5,75 metros (o recorde mundial, dele, claro, era então de 6,11 metros). Decidira trocar a vara por uma mais pesada — nas duas primeiras tentativas, avaliou, o vento (olha ele aí) atrapalhou os movimentos. E eis que, na corrida final, o deus Eolo parou de soprar.

Duda não consegue medalha; britânicos fazem a festa com três ouros

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Entre 1984 e 1992, Sergey Bubka bateu 30 recordes mundiais no salto com vara

n A QUEDA Duda se esforçou muito, mas ficou fora do pódio no salto em distância

co: ele conseguiu o ouro, tendo percorrido a distância em 27min30s42. O último km foi realizado em 2min28s. Outra britâ-

REUTERS

auro Vinícius da Silva, o Duda, não conseguiu voltar de Londres com medalha. O atleta do salto em distância ficou apenas em sétimo lugar na final do salto em distância. Ele demonstrou afobação e ansiedade ao queimar o pulo nada menos do que 4 vezes (em 6 oportunidades). Ele invalidou seus dois primeiros saltos, acertou o terceiro (7,96m) e o quarto (8,01m) e queimou seus dois saltos derradeiros. O britânico Greg Rutherford (8,31m em seu quarto salto), o australiano Mitchell Watt (8,16m, em seu último salto) e o americano Will Claye (8,12m, em seu quarto salto) ficaram com ouro, prata e bronze, respectivamente. Nos 10000m, o somali naturalizado britânico Mohammed Farah obeteve um resultado mági-

nica que fez a alegria dos súditos da rainha foi Jessica Ennis, que ganhou o ouro no hepthatlon, com 6955 pontos.

Adriana tem desafio pessoal na maratona Com poucas chances de medalha, corredora quer superar o tempo de Carmem de Oliveira

P

aulista da cidade de Cruzeiro, 31 anos, 1m75, 48 kg, Adriana Aparecida da Silva é a única representante do Brasil na maratona olímpica, que acontece hoje, com largada prevista para as 7 horas. Ouro na maratona nos Jogos Pan Americanos de Guadalajara, com o tempo de 2h36min37seg, ela tem consciência de que a briga por medalha em Londres é bem mais complicada. Até por isso, sua meta é mais modesta, mas não menos significativa. Adriana ficaria satisfeita se conseguisse voltar de Londres como a maratonista brasileira mais rápida da história, título que hoje pertence a Carmem de Oliveira, que em 1994 correu a Maratona de Boston em 2h27min41seg. "Qualquer tempo mais baixo que esse me deixará feliz", disse ela em entrevista ao JORNAL PLACAR.

Você passou um mês na Colômbia, treinando com outro maratonista que estará em Londres, o Marílson Gomes dos Santos. O que isso ajudou na tua preparação? Ajudou a construir mais confiança. Ouvi muitas coisas boas e ruins pelas quais o Marílson já passou, nas maratonas que correu. Chegase à conclusão de que cada prova tem sua história, uma nunca é igual à outra, e que a gente tem de estar preparado para tudo. Quem você gostaria de ter levado com você para Londres? A minha mãe. Tudo o que eu já passei eu devo a ela, que criou a mim e aos meus irmãos sozinha, desde que eu tinha 3 anos. Ela merece aproveitar esse momento que eu estou vivendo, porque foi sempre uma guerreira. Qual foi o momento mais feliz da sua vida de atleta? Sem dúvida nenhuma, os Jogos Panamericanos, no ano passado. Eu realizei um sonho naquele dia, porque, além

de vencer, ainda bati o recorde da prova. Mais do que isso, realizei também o sonho do Cláudio Castilho, meu treinador. Ter vencido o Pan foi fundamental para eu ter acreditado e buscado o índice olímpico. Em 2005, você ficou parada 1 ano e quatro meses por causa de uma lesão. Achou que sua carreira ia acabar ali? Achei, porque passei por uma cirurgia, fiz muita fisioterapia, e a dor não passava, demorou para ir embora. Levei um bom tempo para me sentir segura de novo, para pisar no chão sem medo de a lesão reaparecer. Além de voltar aos treinos devagar, com um treinador que confiou em mim, tive a ajuda de uma psicóloga do esporte. A doutora Carla di Pierro sempre dizia para eu treinar focando nas coisas que davam certo, nunca nas que davam errado. Mesmo em Londres tivemos uma sessão. Foi por Skype, mas falamos.

n bubka Bubka guarda as varas depois da derrota em Barcelona 1992 Getty Images

Por Ana Paula Alfano



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Boxe

brasileiro do dia Por Alexandre Salvador, da VEJA

Será que é hoje?

Medalhista moral

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Se vencer, Robenílson garante a primeira medalha do Brasil na modalidade desde os Jogos do México 1968

Scott Heavey/Getty Images

robenílson A passagem para as semifinais garante o bronze

Yamaguchi iniciou o segundo tomando a iniciativa, tentando encontrar uma oportunidade para desferir bons golpes e partir para cima do chinês. Com essa atitude, Yamaguchi venceu pelo placar de 6 a 5, empatando a disputa. O último round foi muito equilibrado e acabou em 6 a 6. Para o desempate, consideram-se todos os pontos não coincidentes dados pelos árbitros. O brasileiro foi considerado o maior pontuador somando todos os assaltos. “Foi uma luta muito difícil pra mim, mas consegui me impor e mantive o ritmo nos três rounds. Eu me preparei para enfrentar o chinês e isso contou muito. Continuo pesando 78Kg e isso me dá mais velocidade. Meu pai sempre falou pra mim que 78 ou 79 Kg é o

peso campeão”, lembrou o pugilista brasileiro. Nas quartas, Falcão também terá um cubano pela frente, o campeão mundial Julio la Cruz Peraza. Eles se encontram na quarta (8), às 18h30. “É um adversário que já conheço e vai ser uma luta dura, pois ele está no seu melhor momento. Mas eu também vou entrar para ganhar”, diz Falcão. Na categoria até 64 kg, Everton Lopes não teve vida fácil. Campeão mundial em 2011, ele enfrentou o cubano Roniel Iglesias Sotolongo. Lutou muito bem, mas foi derrotado por 18 a 15. O Brasil tem mais um lutador tentando a vaga na semifinal. Amanhã, às 17h45, Esquiva Falcão, irmão de Yamaguchi, pega o húngaro Zoltan Harcsa pela categoria até 75 kg.

Mulheres sobem ao ringue ela primeira vez, as mulheres competem no boxe em uma Olimpíada. A luta inaugural será hoje, às 13h30, entre a russa Elena Savelyevam, grande favorita ao ouro, e a norte-coreana Hye Song Kim. E o Brasil está bem representado, com três atletas. Em Londres, são doze pugilistas distribuídas em três categorias: pesos mosca, ligeiro e médio. A primeira brasileira no ringue do complexo Excel será a mosca Érika Matos. Às 9h45, ela

enfrenta a venezuelana Karlha Magliocco, na categoria até 51 kg. Ainda hoje, às 11h, Adriana Araújo (até 60 kg) pega Saida Khassenova, do Cazaquistão. E às 12h, Roseli Feitosa tenta passar pela chinesa Jinzi Li. “Comecei a lutar meio por acaso. Jogava futebol antes e acabei parando no boxe, uma mudança que agradeço muito porque me trouxe até os Jogos Olímpicos, algo que nunca imaginei, diz Adriana, quinta colocada no ranking mundial.

Washington Alves/AGIF/COB

Brasil tem três representantes na modalidade

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n adriana A boxeadora é a 5ª do ranking mundial

O triste bronze na casa dos Cielo faria a alegria na casa da família Fratus

Al Bello/Getty Images

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ode sair hoje a tão aguardada medalha do Brasil em olimpíadas, a primeira em 44 anos. Às 16h30, o galo Robenílson de Jesus enfrenta um páreo duro, o cubano Alvarez Estrada, para chegar às semifinais da categoria até 75 kg. Se vencer, já será, pelo menos, bronze, pois não há disputa de terceiro lugar na modalidade. Ontem, o país colocou mais um pugilista nas quartas. Na categoria até 81 kg, Yamagushi Falcão derrotou o chinês Fanlog Meng em um embate muito equilibrado. A luta terminou empatada em 17 pontos e foi decidida pelos árbitros. O brasileiro enfrentou dificuldade devido à altura e maior envergadura de Meng, que tem 1,90 m, no primeiro round, e perdeu por 6 a 5.

a sexta-feira, o Brasil encerrou sua participação nas disputas da natação na Olimpíada de Londres. Como se sabe, o resultado que todos esperavam simplesmente não veio. Cesar Cielo disse que estava cansado demais e que suas pernas não respondiam como deveriam. Por isso, o campeão de quatro anos atrás não conseguiu acompanhar o ritmo do francês Florent Manaudou e do americano Cullen Jones, respectivamente ouro e prata em Londres. Anestesiados com o bronze de Cielo, poucos notaram que o nosso outro brasileiro na final, o macaense Bruno Fratus, chegou logo atrás de Cielo — dois centésimos de segundo, para ser mais exato. Ao lado do Parque Olímpico de Londres, encontramos Fratus e seus familiares jantando em uma pizzaria poucas horas após a prova. Aparentemente tranquilo, Fratus disse que não estava muito satisfeito com o resultado de sua primeira participação olímpica. “Daqui uns dois ou três dias talvez eu tenha a noção do que representa essa final”. Seu pai, porém, não escondia o orgulho do filho. “Vou ter que parar de usar camisas de botão porque, com o orgulho que tenho no peito, minhas camisas não vão fechar.” Sobre o resultado da prova, o nadador brasileiro disse não estar surpreso. “Os oito que estão na final têm toda a capacidade de vencer. Esse não é o tipo da prova que se ganha com o nome. O francês estava nadando atrás de todo mundo e, na disputa mais importante, ele fez a melhor prova da vida.” O final da primeira semana de competições olímpicas me fez pensar, e dar razão ao pai de Bruno. Chegar a uma final olímpica é motivo de alegria para toda uma vida. As eliminações precoces de Fabiana Murer e Diego Hypólito, por exemplo, são prova de que o nervosismo e a pressão podem facilmente acabar com trabalho de quatro anos (ou até mesmo de uma vida). Bruno nadou, chegou a final e por um átimo não levou a medalha pra casa. Uma pena, pois o bronze que deve ser lembrado com decepção na casa dos Cielo, ofuscado pelo ouro chinês, iria fazer a alegria no lar dos Fratus.

n bruno fratus Quarto lugar na final dos 50 metros livres



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Iatismo

hipismo Brasileiros começam bem nas provas de salto Doda e José Reynozo Filho terminaram apresentação do dia sem faltas. Rodrigo Pessoa também passa à segunda fase

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Com uma medalha já garantida, brasileiros buscam o ouro no mar Dupla da classe Star está em segundo, a oito pontos dos britânicos Por Olavo Guerra

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medalha de bronze já está garantida. Mas, para Robert Scheidt, e Bruno Prada, a vitória é o que mais importa na última regata da classe Star. A Medal Race está prevista para hoje, às 11h. Os brasileiros são vicelíderes, com 26 pontos, e a primeira colocação está com os britânicos Iain Percy e Andrew Simpson, com 18 pontos. “Ficamos muito contentes com o resultado, mas não vamos nos acomodar. A raia onde será disputada a Medal Race é bem complicada, com vento bem rondado e tudo pode acontecer”, afirmou Prada. A Medal Race agrupa apenas as dez melhores equipes da competição e vale o dobro de pontos para os vele-

jadores. Ou seja, o primeiro colocado leva 2, ao invés de 1 ponto, o segundo, 4, e assim por diante.

Outras classes

Na classe 470 feminina, a dupla brasileira Fernanda Oliveira e Ana Barbachan venceu a quarta regata da competição e terminou o dia na quinta colocação geral. Elas terão ainda três dias de competição – hoje, terça e quarta – para tentar garantir vaga na Medal Race. Mesmo sem chance de medalha, pela distância dos líderes, Ricardo Santos, da categoria RSX, ainda alimenta esperanças de ir para a Medal Race. Ele foi muito bem nas regatas de onteme terminou na 10ª posição geral. Hoje, duas regatas definem o futuro do brasileiro, a primeira às 10h, e a segunda às 10h45.

Patrícia Freitas terminou o dia na 14ª colocação da classe RS-X feminina, após ficar em 16º e 19º lugares nas regatas sete e oito. Faltam duas regatas — além da Medal Race — para o fim da competição e a brasileira praticamente não tem chances de classificação para a regata final. O brasileiro Bruno Fontes terminou na 15ª colocação após as dez regatas e está fora na classe Laser. A Medal Race acontece amanhã, às 10h, e o australiano Tom Slingbsy é o favorito ao ouro. Outra que está fora da final é a brasileira Adriana Kostiw, que terminou na 25ª posição gral, depois de dez regatas. Na classe Finn, Jorge Zarif também deu adeus à competição, ao terminar em 20º lugar na classificação geral. Seu melhor resultado foi um 14º lugar na sétima das dez regatas. O dinamarquês Jonas Hogh-Christensen e o britânico Ben Ainslie disputam o título.

n estreia Doda vai bem, montando o filho de Baloubet du Rouet

Mike Hutchings/ reuters

Oliveira e Ana Barbachan venceram a quarta regata da classe 470 feminina

REUTERS

n VITÓRIA Fernanda

s brasileiros do salto, no hipismo, começaram bem sua participação na Olimpíada. Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, com o cavalo Rahmannshof’s Bogeno – filho de Baloubet du Rouet, medalha de ouro em Atenas 2004 com Rodrigo Pessoa –, e José Roberto Reynoso Fernandez Filho, montando Maestro St. Lois, terminaram suas apresentações sem nenhuma penalização e estão na primeira posição, empatados com outros 32 cavaleiros. Porta-bandeira do Brasil na abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, Pessoa, montando Rebozo, cometeu uma falta por exceder o tempo e ficou na 33ª colocação. O outro brasileiro que disputava a competição, Carlos Motta Ribas ficou na 72ª posição

e foi eliminado, quando seu cavalo Wilex refugou. Passavam para a segunda classificatória apenas os 60 primeiros. Hoje, os brasileiros voltam para o Greenwich Park, a partir das 7h, para o segundo dia de competição. Os 45 melhores na soma dos dois primeiros dias passam para a terceira rodada, além das oito melhores nações, combinados os pontos dos cavaleiros. Na terceira classificatória, segunda (6), passam 35 atletas, com o máximo de três em cada país para a primeira rodada da final. O último dia de competições tem as duas fases finais: da primeira, passam 20, que disputam as medalhas na segunda fase. A soma dos atletas do mesmo país define a posição de cada nação no torneio de equipes.



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Handebol

London Calling Por Giancarlo Lepiani, de Londres

“Estamos no nível das melhores do mundo”

This is Radio Clash

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Técnico do handebol feminino diz já ter visto atleta apanhar de treinador e que prepara renovação para 2016

Por Marcos Sergio Silva, de Londres

morten Soubak Garantido até os Jogos Olímpicos do Rio 2016

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seleção brasileira de handebol joga hoje sua última partida da primeira fase contra Angola. Tem, ao lado de Rússia e Croácia, a melhor campanha do Grupo A, com três vitórias e uma derrota. Perde para as russas no critério do saldo de gols. O Brasil terá que fazer mais gols que russas e croatas para avançar em primeiro lugar. Assim, escapará de adversárias mais duras do outro grupo. A França, seleção mais forte do torneio olímpico, praticamente já assegurou o primeiro lugar. As outras classificadas do Grupo B são Noruega, Coreia do Sul e Espanha, todas empatadas com cinco pontos. O técnico brasileiro, o dinamarquês Morten Soubak, já confirmou com a Confederação Brasileira de Handebol que continua no comando da equipe até 2016, nos Jogos do Rio. Ele falou ao JORNAL PLACAR: Contra Angola, a meta é fazer gols? Nossa meta é chegar em primeiro. Temos que voltar a jogar melhor que contra a Rússia e preparar o time para as quartas de final, que é o jogo que importa. O nível das adversárias do outro grupo preocupa? Ainda não dá para saber qual será o próximo adversário. Este grupo está mais equilibrado que o outro, com Croácia, Mon-

tenegro, Rússia e Brasil. A França (no outro grupo) mostrou que está um pouco acima dos demais. Acha que a Olimpíada é uma boa oportunidade para, quem não conhecia, saber do bom nível das brasileiras? Para algumas pessoas, esse desempenho é surpreendente. Mas estamos conscientes de que temos time para ir longe, e passo a passo o handebol brasileiro está se desenvolvendo. Estamos no mesmo nível das melhores. Para 2016, muitas jogadoras, como a Chana, terão completado 35 anos. Como fazer a renovação? Não penso no grupo que temos aqui (para 2016). Boa parte dele passou dos 30. Se estiverem a fim de continuar, vamos em frente. É uma questão pessoal, qual a visão de cada jogadora quatro anos para frente. Se elas quiserem continuar,

Cada domicílio britânico paga uma licença anual de 145,50 libras à rede BBC

vamos em frente. Claro que eu penso também nas meninas do juvenil, para testar com o grupo que nós temos. Todas as jogadoras da seleção atuam fora do país. Isso ajudou a melhorar o desempenho delas em quadra? É como o futebol. Existe um intercâmbio muito grande entre os países, mesmo na Europa. Não vou falar que a Europa é o melhor lugar, mas existe uma tradição muito forte no handebol por aqui. Sua postura na quadra é diferente da de outros técnicos, que costumam gritar. Como mantém a calma durante o jogo? Eu também grito, quando acho que estão menos concentradas. Mas não adianta gritar o jogo inteiro. É preciso um jeito calmo para ensinar, sobretudo se o jogo é mais tenso. Já vi técnico bater em jogadores. Isso é triste.

Triatlo

triatleta capixaba Pamella de Oliveira deu azar em sua primeira participação nas Olimpíadas. A brasileira nadara a distância de 1,5km em 18min27s, e saiu da água em quarto lugar na disputa. Na transição para o ciclismo, ela se mantinha no pelotão principal, porém sofreu uma queda numa curva do Hyde Park e chegou a despencar para a 39ª posição. Pamella percorreu os 40km na bicicleta em 1h08min16s.

Na corrida, fez uma prova de recuperação, percorrendo os 10km em 36min01s. Esse tempo poderia tê-la colocado entre as top 10 da prova, mas os minutos perdido com a queda do ciclismo foi crucial para determinar sua posição final: 30º lugar. “As dores foram muito

fortes, não tinha posição para pegar a bike na mão. Não pensei em desistir, só não sabia como iria terminar. Se eu parasse, só daqui a quatro anos”, disse a brasileira. O final da prova foi emocionante. A decisão só veio no “photo finish” (foto). A suíça Nicola Spring e a sueca Lisa Norden cruzaram a linha de chegada praticamente juntas, ambas com 1h59min48s. O ouro foi para a suíça, que projetou o pé mais à frente.

Pascal Le Segretain/Getty Images

Brasileira cai e prova é decidida no “tira-teima” A

m abismo de 64 anos, alguns bilhões de libras e as transformações tecnológicas separam as Olimpíadas de Londres 1948 e de Londres 2012. Mas uma coisa não mudou: a British Broadcasting Corporation, a tradicionalíssima BBC, é a responsável pela exibição das competições para o país-sede. A rede pública tem 90 anos de história. Nestes Jogos, transmite não só pelo rádio e pela TV (em HD e 3D) como também via internet, smartphone e tablet. Se em 1948 inovou ao fazer a primeira transmissão ao vivo em canal aberto da história olímpica, a BBC agora atrai elogios pela excelência técnica de seus serviços. As transmissões são irretocáveis: imagens belíssimas, edição precisa e ritmo na medida. E é bom mesmo que seja assim. Afinal, cada domicílio britânico tem de pagar uma licença anual de 145,50 libras (460 reais) para custear a rede, que teve um orçamento total de 4,8 bilhões de libras no último ano fiscal. Por isso, o telespectador britânico é muito crítico em relação ao trabalho da rede. Neste fim de semana, por exemplo, a BBC recebeu centenas de queixas de pessoas insatisfeitas com o tratamento concedido aos atletas britânicos que saíram derrotados de suas disputas. Quando um repórter quis saber de Mark Cavendish, ídolo do ciclismo, se o cansaço provocado pela recente Volta da França tinha pesado no seu fracasso olímpico, o atleta disse que a pergunta era “estúpida” — e 162 pessoas telefonaram à BBC para reclamar do jornalista. Quando uma apresentadora entrevistou uma ciclista adorada pela torcida, Victoria Pendleton, instantes depois de sua eliminação de uma prova, a rede oficial dos Jogos recebeu mais uma chuva de telefonemas furiosos de torcedores que não gostaram de ver a atleta tendo de responder às perguntas enquanto ainda tentava engolir o revés sofrido na pista. As críticas à BBC são, em sua grande maioria, referentes ao comportamento “insensível” ou “negativo” de sua equipe em relação aos atletas da casa. Mas é justamente nesse ponto que a transmissão olímpica agrada a muitos dos brasileiros que seguem o evento pela rede. Os apresentadores da BBC também torcem pelos britânicos, é claro — e alguns deles erram feio no tom. No geral, porém, dão preferência à informação pura, deixando as piadinhas, trocadilhos, gracejos e palpites para quem está sentado na poltrona. No elenco olímpico da BBC estão ex-atletas famosos, como Ian Thorpe, Michael Johnson e Gary Lineker, o artilheiro da Copa do Mundo de 1986, que ganhou a função de âncora da transmissão dos Jogos de Londres. Todos são comentaristas surpreendentemente bons. A grande estrela da emissora, no entanto, vem sendo uma jornalista veterana, Claire Balding, uma das poucas apresentadoras que é sucesso de público e também de crítica. Afiada nos comentários, dona de bom timing, extremamente bem informada e admirável no trato com os entrevistados, ela conduz suas transmissões equilibrando as doses certas de leveza e seriedade. n bbc Orçamento anual de 4,8 bilhões de libras



jornal placar | domingo, 5 de agosto de 2012

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Natação

“Ficar chorando é coisa de mau perdedor” Da Redação

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rosto estampava o cansaço e a frustração pela perda do segundo ouro olímpico, mas Cesar Cielo valorizou a conquista do bronze na final dos 50 metros livres, ontem, durante a entrevista coletiva na Casa Brasil, a sede da delegação brasileira em

Londres. A vitória na prova ficou com o francês Florent Manaudou. O ex-campeão voltou a falar sobre o desgaste provocado pela disputa dos 100 metros livre, mas evitou apontá-lo como único fator para a queda do desempenho na piscina. “Não vou usar isso (cansaço) como desculpa. Mas passar quatro dias de competição não é fácil.

Alaor Filho/AGIF/COB

Um dia depois de chorar no pódio, Cielo valoriza conquista do bronze nos 50 m livres Fiquei contente de conquistar o bronze. Não foi uma performance perdida”, explicou Cielo, que pediu desculpas por falhar em trazer o segundo ouro. “Sinceramente, eu nadei para defender o título. Queria ganhar os 50m livre mais um ano. Não foi a noite que imaginei para mim, mas tenho a medalha no bolso. Ele disse

ainda que a prova ainda está muito fresca em sua mente e que ainda não consegue avaliar direito o peso dela. “Lógico que eu gostaria que fosse de outra cor, mas ficar chorando sobre isso seria perda de tempo e coisa de mau perdedor. É mais uma medalha olímpica que vou colocar na minha carreira e começar a pensar mais para frente”.

Thiago Pereira, que conquistou a medalha de prata nos 400 m Medley e também participou da coletiva, ressaltou a conquista do colega. “Tudo que o Phelps fez na natação mundial, o Cielo fez pelo Brasil. Não tenho o que dizer. O Cesar foi três vezes o melhor atleta do País, medalhista olímpico e melhor do mundo”.

Nado

Tênis

Williams atropela Sharapova com direito a “pneu” na final

a bela Sharapova não achou seu jogo diante da americana

Corpo humano em sincronia

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americana Serena Williams massacrou a russa Maria Sharapova na final do torneio de simples feminino dos Jogos de Londres, ontem, vencendo por 2 a 0 (6/0 e 6/1). Serena, que praticamente não cometeu erros no jogo, ganhou sua terceira medalha de ouro olímpica, a primeira individual. A vitória foi comemorada com uma dancinha na grama sagrada de Wimbledon. Na disputa pelo terceiro lugar, a número um do ranking mundial, Victoria Azarenka, da Bielorrússia, bateu a russa Maria Kirilenko, também por 2 a 0 (6/3 e 6/4). Hoje, Serena pode repetir a história, às 8h, ao lado de sua irmã, Venus. Nas semifinais, a dupla venceu as russas Nadia Petrova e Maria Kirilenko, por 2 a 0 (7/5 e 6/4) e agora encara as tchecas Andrea

Hlavackova e Lucie Hradecka na final das duplas feminino. Os irmãos americanos Mike e Bob Bryan ganharam dos franceses Michael Llodra e Jo-Wilfried Tsonga por 2 a 0 (6/4 e 7/6) e ficaram com a medalha de ouro nas dulas masculinas. Além da prata, a França também ficou o bronze, com Julien Benneteau e Richard Gasquet, que superaram os espanhóis Ferrer e Lopez. O suíço Roger Federer disputa hoje a medalha de ouro contra o britânico Andy Murray, que terá a torcida a seu favor. O jogo começa às 10h e é uma repetição da final do torneio de Wimbledon desse ano, quando o suíço bateu o britânico. Murray também disputa a final de duplas mistas, ao lado de Laura Robson, contra os bielorrussos Azarenka e Mirnyi, às 12h.

A FERA Serena dá uma aula de tênis e fatura seu terceiro ouro

REUTERS/Stefan Wermuth

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REUTERS/Stefan Wermuth

Na guerra fria do tênis, americana fatura a medalha de ouro com uma vitória arrasadora por 6/0 e 6/1

s brasileiras do nado sincronizado Nayara Figueira e Lara Teixeira estreiam hoje nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. O tema da apresentação da dupla é o corpo humano — o maiô, inclusive, tem veias e o coração estampados, além de uma touca, usada pela primeira vez na história da modalidade. A trilha sonora da apresentação foi feita pelo cantor Arnaldo Antunes. Elas se conhecem desde os 13 anos de idade — hoje, têm 24 — e apostam nesse entrosamento para conseguir uma medalha em Londres. Nayara e Lara foram a Pequim e terminaram na 13ª colocação. “Chegou a hora de colocar tudo em prática”, disse Lara, empolgada com a estreia. A qualificação começa às 11h, no Centro Aquático de Londres, com a rotina técnica. Amanhã, no mesmo horário, acontece a rotina livre e, na terça, a final, também a partir das 11h.


jornal placar | domingo, 5 de agosto de 2012

Jeff Gross/Getty Images

radar olímpico

Galera canta em coro com Paul McCartney

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ex-beatle Paul McCartney compareceu ao velódromo neste sábado para acompanhar as provas do ciclismo. Na única final do dia na modalidade, ele vibrou com a medalha de ouro conquistada pela Grã-Bretanha na prova de perseguição feminina. Depois da cerimônia de premiação da equipe formada Dani King, Laura Trott e Joanna Rowsell, a torcida cantou em coro “Hey Jude” para homenagear o astro, que tocou essa música na cerimônia de abertura dos Jogos de Londres.

COI faz avaliação positiva dos Jogos

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m entrevista coletiva concedida ontem de manhã, o diretor de comunicação do Comitê Olímpico Internacional, Mark Adams, após reunião com o Comitê Organizador Local, declarou que a avaliação dos Jogos Olímpicos de Londres tem sido muito positiva. Apesar do festival de gafes registradas dentro e fora das provas, o dirigente disse que o COI não recebeu nenhuma queixa. Patrick Bauman, secretário-geral da Federação Internacional de Basquete, confirmou o relato de Adams ao elogiar especialmente a segurança.

Testosterona suspende dois

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doping continua marcando presença nos Jogos de Londres 2012. Ontem, mais dois atletas foram suspensos: o velocista colombiano Diego Palomeque (competidor dos 400m rasos) e a ciclista de pista Victoria Baranova, da Rússia. O exame de ambos deu positivo para testosterona de origem exógena (ou seja: ingerida, não produzida pelo corpo).

“Blade Runner” entra para a história

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Remadora brasileira é pega no antidoping Kissya Cataldo é o primeiro caso confirmado de uso de substância proibida a atingir a delegação do Brasil em Londres

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Comitê Olímpico confirmou ontem o primeiro caso de doping da delegação brasileira nos Jogos de Londres. A remadora Kissya Cataldo foi suspensa das Olimpíadas após seu exame antidoping, realizado em 12 de julho, apresentar “resultado analítico adverso”. Kissya deveria ter disputado a prova de skiff individual ontem, mas foi retirada da competição pelos dirigentes brasileiros por medida de precaução. “Eu recebi hoje uma ligação da Confederação Internacional para ir ao escritório da Fisa (Fe-

deração Internacional de Remo), onde me comunicaram que o exame dela do dia 12 de julho deu positivo. Eu informei que ela estaria cortada da competição e ela disse que pediria uma contraprova”, declarou afirmou Sérgio Sztancsa, chefe da delegação brasileira. O comunicado do COB divulgado à imprensa não revelou qual substância foi encontrada no exame de remadora. Especula-se que seja uma substância para estimular o desempenho muscular com um incremento na produção de glóbulos vermelhos. “Não sei di-

medalha de ouro

n Vai para o guatemalteco Erick Barrondo, que fez história ontem, na prova de 20km de marcha atlética. Com o tempo de 1h18min57s, tempo que lhe rendeu uma prata, ele foi o primeiro medalhista olímpico da história de seu país. Ele ficou a apenas 11 segundos do campeão, o chinês Ding Chen.

zer qual é a substância, mas seria algo para produzir mais glóbulos. Eu tenho os documentos, mas não entendo o que está escrito. Só um médico pode dizer com certeza”, afirmou Sztancsa ao SporTv. Apesar do resultado do exame, o dirigente não vê má fé da atleta, apenas desatenção. “Quando ela ficou sabendo, ficou muito chateada, ela está muito deprimida agora. Muitos atletas fazem automedicação. Não creio que ela tenha feito de propósito, mas não tem como negar, ela terá agora de ser penalizada e pagar pelo o que ela fez”, disse Sztancsa.

medalha de lata

omente pelo fato de ser o primeiro biamputado a disputar uma prova de atletismo nas Olimpíadas o sul-africano Oscar Pistorius (foto) já estava na história dos Jogos Olímpicos. Contudo, ele foi além: correu a eliminatória e obteve uma vaga na semifinal dos 400m rasos. Apelidado de “Blade Runner”, ele obteve o tempo de 45s44, e se classificou em oitavo lugar entre todos os semifinalistas. As semifinais serão disputadas hoje. Pistorius foi autorizado a correr com duas próteses de carbono em Londres.

Espanhol põe fogo em polêmica

A

lex Fábregas, da seleção espanhola de hóquei, apimentou a polêmica relação entre catalães e o restante da Espanha ao fazer o seguinte post em seu Twitter: “Não me sinto espanhol. Jogo pela Espanha porque não tenho outra opção”, escreveu o atleta, nascido em Barcelona. O comentário foi parar nos Trending Topics (assuntos mais comentados) de seu país.

Guaxinim prevê China campeã

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ais um animal está sendo apontado como sucessor de Paul, o polvoadivinho que acertava os resultados da Copa do Mundo de 2010. Trata-se da guaxinim russa Jemma, que aposta na liderança da China no quadro de medalhas dos Jogos de Londres. Atração do zoológico da cidade de Tula, na Rússia, Jemma foi colocada sobre uma mesa e diante de quatro pães, cada um representando um país. Ela escolheu a China, ficando a Rússia na quarta opção.

Porre de atletas preocupa COI

Alex Livesey/Getty Images

ichael Phelps encerrou ontem sua participação nos Jogos com mais uma vitória e colocou um ponto final em sua excepcional carreira olímpica. A última prova foi o 4x100 medley, ao lado de Matthew Grevers, Bendan Hansen e Nathan Adrian. Com o ouro, o nadador fechou sua conta olímpica com 22 medalhas, sendo 18 douradas. Não tem pra ninguém!

ficou arrasada ao saber do resultado do exame

Dennis Grombkowski/Getty Images

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n DEPRIMIDA Kissya

Valterci Santos/AGIF/COB

Phelps fecha natação com 22ª medalha

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O n Mais uma vez, vai para o COI, que divulgou em seu site oficial que o cavaleiro sírio Ahmad Hamcho (foto) era parente do ditador Bashar Al-Assad. A informação equivocada desencadeu uma série de protestos de imigrantes e descendentes e sírios que vivem na Inglaterra.

Comitê Olímpico Internacional (COI) está preocupado com a bebedeira dos atletas nas festas e pediu a eles que se comportem com sensatez. O pedido foi feito após o ciclista britânico Bradley Wiggins aparecer segurando uma garrafa de vodka, na comemoração pelo ouro da prova contra o relógio. No caso mais grave, o remador australiano Joshua Booth foi preso embriagado, após quebrar a vitrine de uma loja em Egham.


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Na torcida pelo Brasil em Londres 2012


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