jornal placar edicao 184 by Revista Placar

EDIÇÃO 184

QUARTA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2010

WWW.PLACAR.COM.BR 32 ANOS DEPOIS

Holanda 100% tem a terceira chance de erguer o caneco Dois times “mais brasileiros” decidem outra vaga na final

FALTAM

CRAQUES PRO

HEXA

Pedida a prisão do goleiro Bruno por morte de amante Primo do jogador do Flamengo confessou que a estudante Eliza morreu depois de levar coronhadas no carro de Bruno

(1 ) RO DO LFO BUHRER / L A IMAGEM/FOTOA RENA | (2) A LVINHO DUA RTE / FOTOA RENA

(2)

(1 )

JO R NAL PL ACA R | QUA RTA-FEIR A , 7 D E J U L HO D E 2010

ENVIADOS À ÁFRICA DO SUL

aquecimento da copa

SÉRGIO XAVIER

mal algum, ao passo que a Holanda cortou nosso barato pela raiz. Sessenta anos atrás, no entanto, o Uruguai foi o responsável por uma das maiores tristezas que o Brasil já viveu, comparável apenas ao suicídio de Getúlio Vargas e às mortes de Tancredo Neves e Ayrton Senna.

PLACAR.COM.BR

Mesmo assim, rezamos pelos gols de Forlán, pela entrada salvadora do Loco Abreu, por uma pane “à brasileira” na Laranja... Será que nossos pais e avós ficariam bravos de saber que torcemos assim pelos sucessores de Ghiggia, Obdulio Varela e Schiaffino?

ZÉ VICENTE É EDITOR EXECUTIVO DO JORNAL PLACAR.

JONAS OLIVEIRA

FERNANDO VALEIKA

ALEXANDRE BATTIBUGLI

FOTO

VAI PASSAR NA TV

O enviado da PLACAR à África do Sul Jonas Oliveira foi à praia em Durban para saber por quem os nativos (e as nativas) torcem na Copa agora que o continente (1 ) africano não tem nenhum representante. Para sua surpresa, a preferência agora é pelo futebol bonito: Alemanha ou Espanha. E o repórter Vitor Matsubara foi à Sociedade Hispano Brasileira assistir ao duríssimo jogo entre Espanha e Paraguai e registrou as reações dos espanhóis no jogo que levou a Fúria à semifinal do Mundial.

José Vicente Bernardo Ontem, até onde meus olhos e ouvidos alcançavam, a maior parte da torcida era para os uruguaios. Razão simples: eles eram os davis diante do gigante golias holandês. Na dúvida, tendemos a torcer para o mais fraco. Além disso, nesta Copa os uruguaios não nos fizeram

RICARDO PERRONE

TEXTO

PLACAR NA REDE

CHUTÃO

ARNALDO RIBEIRO

ALEMANHA X

ESPANHA 15h30: Globo, Band, Bandsports, ESPN Brasil e SporTV

TABELA CLASSIFICAÇÃO 1 URUGUAI 2 MÉXICO 3 ÁFRICA DO SUL 4 FRANÇA

PG 7 4 4 1

J 3 3 3 3

SG 4 1 -2 -3

CLASSIFICAÇÃO 1 ARGENTINA 2 COREIA DO SUL 3 GRÉCIA 4 NIGÉRIA

PG 9 4 3 1

J 3 3 3 3

SG 6 -1 -3 -2

CLASSIFICAÇÃO 1 ESTADOS UNIDOS 2 INGLATERRA 3 ESLOVÊNIA 4 ARGÉLIA

PG 5 5 4 1

J 3 3 3 3

SG 1 1 0 -2

CLASSIFICAÇÃO 1 ALEMANHA 2 GANA 3 AUSTRÁLIA 4 SÉRVIA

PG 6 4 4 3

J 3 3 3 3

SG 4 0 -3 -1

CLASSIFICAÇÃO 1 HOLANDA 2 JAPÃO 3 DINAMARCA 4 CAMARÕES

PG 9 6 3 0

J 3 3 3 3

SG 4 2 -3 -3

CLASSIFICAÇÃO 1 PARAGUAI 2 ESLOVÁQUA 3 NOVA ZELÂNDIA 4 ITÁLIA

PG 5 4 2 2

J 3 3 3 3

SG 2 -1 0 -1

CLASSIFICAÇÃO 1 BRASIL 2 PORTUGAL 3 COSTA DO MARFIM 4 COREIA DO NORTE

PG 7 5 4 0

J 3 3 3 3

SG 3 7 1 -11

CLASSIFICAÇÃO 1 ESPANHA 2 CHILE 3 SUÍÇA 4 HONDURAS

PG 6 6 4 1

J 3 3 3 3

SG 2 1 0 -3

QUARTAS DE FINAL

SEMIFINAIS

FINAL

26/6 - 11h Port Elizabeth

SEMIFINAIS

QUARTAS DE FINAL

OITAVAS DE FINAL

11/7 - 15h30 Joanesburgo

URUGUAI

COREIA DO SUL

26/6 - 15h30 Rustemburgo

ESTADOS UNIDOS

GANA

2/7 - 15h30 Joanesburgo

3/7 - 11h Cidade do Cabo

URUGUAI

1 (4)

ARGENTINA

GANA

1 (2)

ALEMANHA

6/7 - 15h30 Cidade do Cabo

28/6 - 11h Durban

HOLANDA

ESLOVÁQUIA

28/6 - 15h30 Joanesburgo

27/6 - 15h30 Joanesburgo

ARGENTINA

MÉXICO 27/6 - 11h Bloemfontein

ALEMANHA

INGLATERRA

7/7 - 15h30 Durban

URUGUAI

ALEMANHA

HOLANDA

ESPANHA 29/6 - 11h Pretória

2/7 - 11h Port Elizabeth

3/7 - 15h30 Joanesburgo

HOLANDA

BRASIL

10/7 - 15h30 Port Elizabeth

PARAGUAI

ESPANHA

0 (5)

PARAGUAI

0 (3)

JAPÃO

29/6 - 15h30 Cidade do Cabo

BRASIL

ESPANHA

CHILE

PORTUGAL

DECISÃO DO 3º LUGAR

ARTILHEIROS 5 GOLS

4 GOLS

SNEIJDER

VILLA

Holanda

Espanha

3 GOLS KLOSE Alemanha

HIGUAÍN Argentina

FORLÁN Uruguai

LUÍS FABIANO Brasil DONOVAN Estados Unidos GYAN Gana SUÁREZ Uruguai

MULLER Alemanha

VITTEK Eslováquia

2 GOLS PODOLSKI Alemanha

KALU UCHE Nigéria

BRETT HOLMAN Austrália

TIAGO Portugal

TEVEZ Argentina

ROBINHO Brasil

ELANO Brasil

JAVI HERNÁNDEZ México

ETO’O Camarões

ROBBEN Holanda

CHUNG-YONG Coreia do Sul JUNG-SOO Coreia do Sul

(2)

(3)

HONDA Japão

(1 ) JONAS OLIVEIR A | (2) A NA N SE SA /IMAG O/FOTOAR ENA | (3) P IER G IAVELLI

OITAVAS DE FINAL

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uruguai

semifinal

holanda

15 03

Menos mágico e mais eficiente que um carrossel Finalista pela terceira vez, a invicta Holanda usa o Barcelona como inspiração

foto: THOMAS C OE X /AFP PHOTO

Do enviado À áfrica Arnaldo Ribeiro

m ano e nove meses sem derrotas. Nada menos que 25 partidas. Na Copa, seis vitórias em seis jogos. Esse é retrospecto da Holanda sob o comando de Bert Van Marwijk, técnico que assumiu o time depois da Eurocopa de 2008. Suficiente para justificar a presença na decisão do Mundial, certo? Mas a Holanda é mais do que isso. Tem

bons jogadores e dois deles acima da média: o armador Sneijder e o “ponta” Robben. É um time que alia consistência defensiva com velocidade e arte no ataque. Sua maior qualidade está, como sempre, no aspecto ofensivo. Mas mesmo os atacantes se dedicam obstinadamente à marcação. “Meu trabalho nesses dois anos foi ensinar essa equipe a se defender”, diz o técnico. Segundo ele, a inspiração foi o Barcelona. “Se há um time em que estrelas como Messi, Iniesta e Xavi se dispõem a fazer pressão sobre o rival para tomar a bola, por que meu

time não pode fazer o mesmo?”, indaga. Mas Van Marwijk não teve trabalho apenas para convencer os atacantes holandeses a cercar e marcar o adversário. O estilo mais pragmático do time em muitos anos rende críticas na imprensa holandesa, que reclama da falta de “jogo bonito”. E a principal corneta atende pelo nome de Johan Cruyff, o melhor jogadores holandês de todos os tempos. Van Marwijk tem feito de tudo estabelecer uma trégua com o mito. Depois do jogo com o Uruguai, chamou Cruyff de o

“maior jogador de todos os tempos.” Tudo pelo sonho de entrar para a história como o primeiro técnico (de um clã que teve Rinnus Michels, Cruyff, Guus Hiddink e Van Basten, entre outros) a fazer a Laranja Mecânica campeã do mundo. Sobre o adversário na final, Van Marwijk é cauteloso e direto. “A Espanha é o time que pratica o melhor futebol do mundo há algum tempo. A Alemanha é quem pratica o melhor futebol desta Copa do Mundo. Mas podemos vencêlos”. Alguém duvida?

jo r nal pl aca r | qua rta-feir a , 7 d e j u l ho d e 2010

semifinal

A Laranja, enfim, está madura Holanda passa pelo Uruguai com sobras, apesar do resultado apertado. Um favorito na final DO enviado À áfrica Arnaldo Ribeiro

creditar na Ho landa é siste maticamente um desafio. Ti mes bons, jogadores bri lhantes... Mas falta sempre alguma coisa. Camisa, co ração, sei lá... Desta vez, na África do Sul, não falta. Ontem, diante do Uru guai, ela comprovou sua su perioridade. Só sofreu um pouco no fim dos dois tem pos. Levou um susto nos acréscimos, mas, no geral, se impôs. Os 3 x 2 ficaram baratos para os uruguaios. Num estádio com predo mínio laranja (a Holanda ti nha maioria também da torcida local, inclusive dos negros), o time tomou a ini ciativa desde o começo. Fe chado, com três volantes, marcação cerrada em Snei jder, a proposta uruguaia era jogar no erro do rival – e ele demorou a acontecer. Depois de três oportuni dades, a Holanda abriu o placar aos 18min, num chu taço de canhota de fora da área do capitão Van Bron ckhorst, um dos poucos a dominar a Jabulani. A Holanda passou a ad ministrar o placar – carac terística do técnico Mar wijk, que joga pela vanta gem mínima. Tímido e

sentindo a falta de Suárez, o Uruguai só se soltou após os 35min – o suficiente para empatar ainda no 1º tempo. Aos 41min, o destro For lán bateu forte, de canhota. A Jabulani deu uma resva lada em Heitinga e o goleiro Stekelenburg, um dos me lhores da Copa, falhou: 1 x 1. Quarto gol de Forlán. Van Marwijk então resol veu arriscar para o 2º tem po. Entrou com o meia-ata cante Van der Vaart na vaga do volante De Zeeuw, abrin do ainda mais seu time. A Holanda perdeu em marcação e não ganhou em armação. Aos 22min, Forlán bateu falta e Stekelenburg fez boa defesa. Em seguida, Van der Vaart chutou, Mus lera deu rebote e Robben bateu por cima. Aos 25min, Sneijder re cebeu na esquerda, cortou pro meio e bateu. A bola desviou em dois uruguaios e ainda tocou no biquinho da chuteira de Van Persie (impedido), antes de mor rer nas redes de Muslera: 2 x 1. Quarto gol do baixi nho na Copa. Candidato a craque do Mundial. O Uruguai baqueou. E tombou 3 minutos depois. Kuyt cruzou na cabeça de Robben: 3 x 1. Oscar Tabá rez ainda tentou uma revi ravolta, com a entrada de Loco Abreu. Mas o segundo gol saiu tarde demais.

uruguai holanda

(1 )

2 3

6/7/2010 - Green Point (Cidade do Cabo) J: Ravshan Irmatov (UZB) P: 62 479 G: Van Bronckhorst 18/1º, Forlán 41/1º, Sneijder 25/2º, Robben 28/2º e Maxi Pereira 47/2º CA: Maxi Pereira, Cáceres, Sneijder, Boulahrouz, Van Bommel URUGUAI: Muslera (5,5), Maxi Pereira (6), Victorino (6), Godín (5,5) e Cáceres (5); Pérez (6), Gargano (5), Arévalo (5,5) e Álvaro Pereira (6) (Abreu 33/2º s/n); Cavani (5,5) e Forlán (6,5) (S. Fernandez 39/2º s/n). T: Oscar Tabárez HOLANDA: Stekelenburg (5), Boulahrouz (4,5), Heitinga (6), Mathijsen (6) e Van Bronckhorst (7); Van Bommel (6,5), De Zeeuw (5,5) (Van der Vaart int. (6)) e Sneijder (7,5); Robben (7) (Elia 44/2º s/n), Van Persie (5,5) e Kuyt (6,5). T: Bert Van Marwijk

opinião do jogo

m sneijder

Marcado de forma implacável, não brilhou como contra o Brasil. Mas é “diferente” e marcou o gol decisivo.

k v. bommel

Não aparece para a torcida, mas dá porrada quando precisa e organiza o sólido sistema defensivo da equipe. Robben comemora o 3º da finalista Holanda

q van persie

Abaixo do nível dos demais. Não faz um bom Mundial e não marcou gols. Tenta fazer o papel de pivô na entrada da área.

Uruguaio luta até o fim contra rótulo de trapaceiro DO enviado À áfrica Ricardo Perrone

O técnico Oscar Ta bárez preocupou-se em desassociar do Uruguai a imagem de trapaceiro pe lo pênalti cometido por Su árez contra a Gana. Depois da eliminação pelos holan deses, ao menos por três ve zes referiu-se a sua seleção como um time correto.

“Desde o início quis mos trar que é possível ter uma equipe que seja difícil de se enfrentar para qualquer ad versário e ser um time que mereça reconhecimento por sua correção”, afirmou. O homem que recolocou o Uruguai numa semifinal de Copa após 60 anos não disse se vai permanecer na seleção. “Ainda temos mui ta coisa boa para resgatar. Mas não vou me oferecer.”

Stekelenburg não alcança a bola de Forlán no 1º gol uruguaio

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(1 ) A ndr e Chac o/ Fotoar ena | (2 ) A ndr e Chac o /Fotoar ena

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15 05

uruguai holanda

Holandeses comemoram classificação como título Acostumados com o frio, torcedores laranjas suaram durante a celebração; é a primeira final em 32 anos

(1 ) E rmindo Armino/ AP Photo | ( 2) marc o s emilio

(1 )

Holandês beija Copa do Mundo genérica na festa pela final

barulho mais característico do trânsito da capital holandesa é o tilintar dos sininhos de milhões de bicicletas que rodam sobre calçadas e ciclovias. Apesar da onipresença, não poucas vezes são ignorados pelos pedestres, principalmente os turistas que tomam a cidade neste quente verão europeu. Pois, na noite de ontem, Amsterdã teve seu dia de Nova Délhi. Se eram poucas as vuvuzelas, não faltaram buzi-

nas, sirenes de bombeiros e de carros de polícia que se juntaram aos torcedores nas ruas. Entusiasmadíssimos, os laranjas decidiram comemorar a classificação para a final como se fosse a conquista da própria Copa. Afinal, como quase todos confessam depois de alguns minutos de conversa, no domingo deve vir pela frente a cruel, disciplinada, fria e experiente Alemanha. Melhor celebrar agora. Por Marcos Emilio Gomes, de Amsterdã

(2)

Torcida deixa estrago parecido com pós-Carnaval em Amsterdã

jo r nal pl aca r | qua rta-feir a , 7 d e j u l ho d e 2010

seleção

Prefeito ressuscita Morumbi pra 2014 Na África, Kassab disse que arena tricolor é “primeira opção”, mas pensa no Piritubão DO enviado À áfrica

(1 )

Ricardo Perrone

prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, chegou ontem à África do Sul e foi conhecer o Ellis Park, um dos dois estádios de Joanesburgo. Não perdeu a viagem e reacendeu a polêmica sobre o Morumbi na Copa de 2014. “O Morumbi continua sendo nossa primeira opção”, disse o prefeito, apesar de o COL (Comitê Organizador Local do Mundial) já ter excluído a casa são-paulina da competição, depois que o clube entregou um projeto mais modesto que o aprovado para receber a abertura. A afirmação de Kassab é mais uma formalidade do que um desejo da prefeitura. O comitê paulista tomou a decisão de manter oficialmente todas as possibilidades abertas até conversar com Ricardo Teixeira, presidente do COL e da CBF, depois da Copa da África. No encontro com o cartola, Kassab deve apresentar um projeto para a abertura e outro sem a partida inaugu-

Kassab com o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, e Lula no Morumbi

ral (que exige um estádio com maior capacidade). Oficialmente, a prefeitura fala hoje em três estádios: Morumbi e Pacaembu, ambos sem o primeiro jogo da Copa, e uma nova arena, provavelmente em Pirituba, para a abertura.

Amigo de Teixeira, o prefeito sabe que o dirigente não vai aceitar o Morumbi e que também não vê com bons olhos o Pacaembu. Ele sabe também que o cartola prefere o Piritubão e está disposto a ajudar na construção, indi-

cando parceiros. Ambos já analisaram juntos a maquete do novo estádio. O problema da nova arena é a burocracia. Os prazos para as licitações podem inviabilizar a construção, mas o governo federal já aprovou um pacote de

medidas para acelerar licitações, que pode ser copiado por estados e cidades. Apesar de o encontro oficial sobre os planos de São Paulo para o Mundial estar marcado para depois da Copa da África, prefeito e dirigente vão debater o

tema em Joanesburgo. Os estádios sul-africanos também entrarão na pauta. Kassab criticou o Ellis Park. Acha que os sul-africanos entregaram à Fifa um estádio inferior aos que estão sendo exigidos do Brasil. (2)

O prefeito paulistano Gilberto Kassab criticou o estádio Ellis Park, mas teria ficado mais (mal) impressionado se fosse ao Green Point, palco da semifinal entre Holanda e Uruguai, em Cape Town. O improviso está por toda parte. Um dos elevadores não ficou pronto a tempo. Uma das escadas do setor em que ficam as tribunas de imprensa foi completada com degraus de madeira. Em todos os estádios,

nos centros de imprensa, que ficam ao lado das arenas, contêineres foram usados como banheiros. Mas, no Green Point, os contêineres também foram usados pelo público, dentro do estádio. Um dos estacionamentos foi construído onde havia um estádio, só que parte das arquibancadas não foi demolida. O improviso e a precariedade nos locais dos jogos chamou a atenção dos vários políticos brasileiros que estão na Áfri-

ca do Sul com a cabeça em 2014. “Acho que a Fifa vai exigir mais do Brasil. Ela sabe que temos um potencial maior”, afirmou o ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior. Amanhã, será a vez de o presidente Lula aparecer. Em Joanesburgo, ele será a estrela do lançamento oficial do logotipo da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Dada a largada, cabe ao país fazer melhor papel que os sul-africanos.

O projeto do estádio sãopaulino para a Copa 2014

(1 ) Maur icio Lima /AFP P HOTO | (2) d ivulg ação

Ministro diz que Fifa exigirá mais do Brasil

Q UARTA- FE IR A , 7 DE J U L HO DE 2 0 1 0 | J O R NAL P L ACAR

E o novo técnico da seleção é... Depois de novo fracasso na Copa, o presidente da CBF já deu a cartilha que o substituto de Dunga terá de seguir na seleção. Ele terá o compromisso de remontar a equipe com jogadores novos, pensando no Mundial de 2014, no Brasil. Levando em conta a cabeça de Ricardo Teixeira, o Jornal PLACAR fez uma análise dos maiores candidatos a novo cacique do escrete brasileira. A CARA DA SELEÇÃO

| PODE SE ENQUADRAR

| TÁ NO SONHO

PONTO FORTE

PONTO FRACO

FALCÃO

Técnico da seleção na Copa de 1990, foi quem fez a maior renovação desde que Ricardo Teixeira assumiu a presidência da CBF. Agora, com a ordem de usar jogadores novos, pode ser lembrado. Foi citado por Ricardo Teixeira como um treinador valente, mas não teve apoio suficiente para se segurar no cargo.

Está há muito tempo afastado do dia a dia do futebol. Encerrou sua carreira como treinador em 1995. É comentarista da TV Globo, e sair de um emprego confortável para assumir uma seleção brasileira agora pode não ser interessante. Além disso, tem pouca experiência no comando de equipes.

MANO MENEZES

Seu principal trunfo para assumir a seleção é ter trabalhado com jogadores novos que podem estar na Copa de 2014, como os volantes Lucas e Anderson. É técnico do Corinthians, do presidente Andrés Sanchez, que anda em lua-de-mel com Ricardo Teixeira.

Ainda não conquistou títulos importantes em sua carreira – como na Libertadores, onde falhou com Grêmio e Corinthians. Muitas histórias sobre o esquema com seu empresário, Carlos Leite, e o contrato em vigência com o Corinthians — até o fim de 2011 — atrapalham.

LEONARDO

Ricardo Teixeira não descarta anunciar um técnico jovem novamente. Leonardo tem experiência como treinador — comandou o Milan por uma temporada e, antes, foi dirigente do clube italiano. Pode ser experimentado na seleção até 2012, quando Felipão assumiria.

É inexperiente e vem de uma passagem fraca pelo Milan. Perguntado ontem pela Sky Sports, Leonardo disse que agora talvez não fosse a hora de assumir a seleção, pois está há 20 anos fora do Brasil. Ele ainda falou que não está procurando um emprego, mas sim um sonho.

RICARDO GOMES

É o oposto de Dunga. Tem excelente relacionamento com a imprensa e é diplomático. Tem experiência em trabalhar com jovens jogadores, pois foi técnico da seleção sub23 no pré-olímpico de 2004. E seu contrato com o São Paulo está prestes a terminar.

Não deixou boas lembranças a Ricardo Teixeira de quando passou pela seleção olímpica. Fracassou com um time que tinha Gomes, Maicon, Elano, Diego e Robinho. Ainda é considerado inexperiente e sem controle sobre seus comandados.

JOEL SANTANA

Sobra vontade de assumir a seleção brasileira. Fala a língua dos boleiros e usa métodos fáceis para explicar o que quer aos jogadores. Principalmente por meio de sua inseparável prancheta. E, recentemente, teve ótimas passagens por Flamengo e Botafogo.

Muito folclore para pouco resultado. Quando poderia conquistar um título importante com o Flamengo, o Brasileiro de 2008, foi treinar a África do Sul. Sua campanha na seleção africana foi fraca. Terminou em 4º lugar a Copa das Confederações e foi demitido.

PONTO FRACO

FELIPÃO

É o nome preferido de Ricardo Teixeira. Tem a confiança do presidente da CBF para cuidar da seleção enquanto ele, Teixeira, se preocupa com a Copa de 2014. Conquistou o penta em 2002, é carismático e tem boa relação com a imprensa.

Está acordado com o Palmeiras para assumir a equipe após a Copa do Mundo da África. Seu contrato vai até o fim de 2012. Ricardo Teixeira quer um treinador que fique exclusivo para a seleção. Está há oito anos longe do futebol brasileiro.

MURICY RAMALHO

É o treinador mais vitorioso no Brasil dos últimos tempos; já desbancou Vanderlei Luxemburgo, Mano Menezes... E tem uma caracterítica interessante para o projeto de renovação: é um grande observador do futebol pelo mundo.

Embora tenha esse status de técnico com excelente faro, na prática não utilizou jovens jogadores em seus recentes trabalhos. No São Paulo, foi acusado de não olhar para a base e, no Palmeiras, mesmo sem opções, não promoveu atletas mais jovens.

DORIVAL JR.

É o treinador do time sensação do ano, o Santos. Trabalha com jogadores que têm tudo para estar na Copa de 2014: Paulo Henrique Ganso e Neymar. Com um time de meninos, soube arrancar o melhor de todos para chegar à reta final de tudo o que disputou até agora.

Não pegou nenhuma “batata quente” em sua ainda curta carreira como treinador. Pode se enrolar caso tenha que montar uma seleção para uma Copa – ainda mais, disputada no Brasil. E também tem contrato com o Santos até dezembro de 2011.

PAULO AUTUORI

É um dos treinadores mais rodados dentre as opções do presidente da CBF. Passou por clubes do Brasil e de Portugal, além de ter treinado a seleção peruana. Nesse tempo, acumulou títulos importantes, como o Mundial interclubes com o São Paulo.

Técnico sério, tem um perfil de que não aceitaria as ordens de Ricardo Teixeira. E desde 2005, quando ganhou o Mundial no Japão com o Tricolor, não apresentou resultados significativos. Sua última passagem por um clube brasileiro, o Grêmio, foi fraca.

jo r nal pl aca r | qua rta-feir a , 7 d e j u l ho d e 2010

imagens placar

Capitão mexicano, Rafa Márquez no melhor estilo “Quico”, da série Chaves

O que você não viu Se não pôde conferir a Copa de perto, veja o que foi registrado pelas lentes de Alexandre Battibugli, editor de fotografia da PLACAR, que já rodou 6 000 km pela terra de Nelson Mandela

Estava difícil de enxergar o futebol da tetracampeã Itália

foto s: ale x andr e bat tibugli

Até o pequeno suíço fez algazarra com a “bendita” vuvuzela

Kingson, goleiro de Gana, em tête-à-tête com a Jabulani

O entrosamento marfinense foi notado apenas no aquecimento

Messi dava o primeiro de seus 30 chutes na Copa: nenhum entrou

O francês Evra bailou com o México, depois bateu no preparador físico

q uarta- fe ir a , 7 de j u l ho de 2 0 1 0 | j o r nal p l acar

Van Bommel não reclama de barriga cheia: Laranja na final da Copa

Os “velhinhos” australianos cercaram os ganeses: em vão

As enxadadas do sulafricano Dikgacoi não mataram as minhocas uruguaias

Uma pirueta, duas piruetas... Klose, o bravo artilheiro alemão

Robinho fungou no cangote dos chilenos

Mphela durante “ritual zulu” em plena abertura do Mundial

Kevin Prince Boateng voou com Gana sobre os sérvios

Ói, ói o trem da classificação passando, professor Parreira

Maradona poderia ter chamado o Zanetti, não é, Messi?

O francês Djibril Cissé não gostou do descolorante africano

“Madonna mia, vou rasgar meu pôster do Fabio Cannavaro”

jo r nal pl aca r | qua rta-feir a , 7 d e j u l ho d e 2010

SEMIFINAL

alemanha

Cacau se recupera de lesão e pode substituir Muller

NA COLA DA ALEMANHA Por Carlos Eduardo Freitas

o futebol do futuro (2)

Brasileiro naturalizado é uma das opções do técnico alemão Do enviado À áfrica

(1 )

Jonas Oliveira

Brasil está fora das semifinais e Carlos Eugênio Simon não apitará mais a Copa. Mas o país ainda tem chance de estar representado em campo, hoje, em Durban. Se estiver recuperado da lesão no abdome, o brasileiro naturalizado alemão Cacau pode ser o escolhido do técnico Joachim Low para o lugar do suspenso Thomas Muller. Ontem, no estádio Moses Mabhida, o treinador não revelou o eleito para a vaga, mas disse que Cacau é um deles. “Trochowski, Cacau ou Kroos. Um deles vai ser o substituto, mas só decidirei amanhã [hoje].” A missão não é das mais fáceis. O jovem e talentoso titular é um dos artilheiros da Alemanha na Copa, com quatro gols, e um dos recordistas de assistências, com três — mesmo número de Schweinsteiger e Ozil. Cacau tem um gol (fez na estreia, contra a Austrália),

Cacau participou do treino e pode jogar hoje

mas ficou de fora das partidas contra Inglaterra e Argentina. Se for o substituto de Muller, terá que jogar um pouco mais recuado, já que a função de centroavante cabe a Klose, que está a dois gols de superar Ronaldo como o maior artilheiro da história das Copas. O técnico não poupou elogios ao adversário. “A Espanha é o time que tem mais poder de fogo. Tem jogadores habilidosos e uma defesa com dois jogadores que se conhecem muito bem, Puyol e Piqué. Eles raramente cometem erros, a não ser que você os force a

Jogadores que não guardam posição, mas têm uma disciplina tática fortíssima, capaz de dar cobertura a qualquer mudança repentina. Volantes que marcam e atacam com a mesma eficiência. Um time

fazê-los”, disse o treinador. Apesar disso, ele afirma que a Alemanha não precisa mudar seu estilo de jogo. “Não precisamos ser defensivos contra a Espanha. Eles são eficientes quando têm espaço para jogar, então temos que tentar neutralizá-los. Mas só ganhamos de Argentina e Inglaterra porque insistimos em jogar ofensivamente mesmo depois de fazer o primeiro gol. Se não for assim, não teremos chance contra a Espanha”, disse. Low afirmou que dispensa os treinamentos para uma eventual decisão por

pênaltis — declaração surpreendente para quem treina uma seleção que venceu todas as quatro disputas que enfrentou em Copas. “Não acho útil treinar pênaltis. É um momento em que o jogador está submetido a tanta pressão que não vejo sentido em tentar simulá-lo. Temos excelentes batedores, que tem os nervos no lugar para bater e executar essa tarefa tão difícil”, disse, arrancando um sorriso maroto de quem estava a seu lado. Era Lucas Podolski, que perdeu um pênalti contra a Sérvia, na única derrota alemã no torneio.

que pressiona o adversário quando está sem a bola, com atacantes sufocando o zagueiros rivais, sem permitir que a bola passe do meiocampo. Uma equipe que busca o gol os 90 minutos. A descrição se encaixa perfeitamente no famoso Carrossel Holandês de Rinus Mitchels e Johan Cruyff em 1974. Mas trata-se da Alemanha de Joachim Low e Bastian Schweinsteiger. A Alemanha que estraçalhou a Argentina numa histórica e improvável goleada por 4 x 0 na Cidade do Cabo no último sábado. “É o futebol do futuro”, descreveu Philip Lahm, o capitão do Nationalelf, após a partida.

Antes da Copa, logo que assumiu o papel de líder do time em campo, o lateral descreveu a atual seleção como “o time mais técnico” no qual já tinha jogado. Riram de sua declaração. Agora, veem que ele sabia do que estava falando. Schweinsteiger no papel de volante faz inveja aos Felipes Melos da vida. Um garoto como Thomas Muller, de apenas 20

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Phillip Lahm herdou a braçadeira de Ballack

Com a ausência de Ballack, o lateral-esquerdo Lahm, que tem atuado pela direita, assumiu a braçadeira de capitão. Ontem, uma declaração sua ao jornal Bild teve grande impacto na imprensa alemã. “É claro que eu gostaria de manter a braçadeira [após a Copa]. Quando você exerce uma função como essa, quer mais e mais responsabilidade. Por que eu deveria abrir mão voluntariamente?”, disse. A declaração foi vista co-

mo um ataque a Ballack, que, coincidência ou não, retornou à Alemanha e não irá mais acompanhar o time: “Lahm é livre pra dizer o que quiser. Ele gosta de tomar responsabilidades e falou de maneira honesta. Mas ele sabe que quem decide isso é o treinador”. O técnico Low disse que o retorno de Ballack nada tem a ver com a atitude de Lahm. “Ballack está recuperado e veio para apoiar. Mas nosso médico avaliou que seria melhor ele voltar a treinar.”

que um Paulo Henrique Ganso não tenha sequer ido à África do Sul.

A Alemanha, claro, ainda não ganhou nada. Tem pela frente a fortíssima Espanha numa reedição da final da última Eurocopa. Não dá para cravar um prognóstico, apesar das altas expectativas após duas goleadas sobre adversários tradicionais. Qualquer que seja o desfecho, do título ao quarto lugar, a equipe de Joachim Low já deixou sua marca. Volta para casa com moral e, principalmente, uma base montada para pelo menos mais duas Copas do Mundo. Mesmo que não ganhe nada, deixa para o futebol mundial a certeza de como se deve jogar futebol. O futebol do futuro. Carlos Eduardo Freitas, convidado do Jornal PLACAR para escrever sobre a seleção da Alemanha, é correspondente no Brasil da revista alemã kicker e do diário Die Welt.

(1 ) G ero Breloer /A P Photo | (2) pier giavelli | (3) Mat t D unh am/ A P Ph oto

Lahm avisa que não vai largar a braçadeira

anos e que era um mero reserva no início da temporada, nos faz lamentar

q uarta- fe ir a , 7 de j u l ho de 2 0 1 0 | j o r nal p l acar

espanha

Mistério contra o passado alemão

Vicente del Bosque prega respeito ao retrospecto do rival em Copas e não revela sua escalação

DO enviado À áfrica Jonas Oliveira

icente del Bosque já entrou para a história do futebol espanhol. Nos livros, seu nome já está garantido como o primeiro treinador a levar a Fúria além da incômoda marca das quartas de final (a Espanha ficou em 4º em 1950, mas havia só 13 times e o sistema era diferente). Agora, ele tem à sua frente o desafio de dar mais um passo adiante e levar a Espanha a uma final inédita. “É a partida mais importante da minha carreira, mas espero que não seja por muito tempo”, disse ontem o treinador. Mas ele sabe que, para conseguir

seu objetivo, terá um adversário com uma camisa pesada. “Desde pequenos sabemos que a Alemanha sempre está nas finais.” A Espanha vive um momento especial, e isso transparece nas entrevistas da equipe. Os jornalistas espanhóis mal conseguem conter a euforia e costumam começar e encerrar suas perguntas desejando sorte ao treinador e aos jogadores. Mas del Bosque procura ter os pés no chão. “Não queremos passar para a história como culpados de não ter chegado à final.” Para conseguir seu objetivo, ele faz mistério absoluto sobre sua provável escalação contra a Alemanha. A grande dúvida é sobre a presença do atacante

Pênaltis são problema no tempo normal

foto s: Daniel Ochoa de O l z a / A P Photo

Como em qualquer jogo de mata-mata, a possibilidade de cobranças de pênaltis é uma preocupação para as seleções. Mas, no caso da Espanha, os pênaltis são um tema controverso antes mesmo de se chegar à prorrogação. As duas oportunidades que os espanhóis tiveram até aqui foram desperdiçadas: uma por Villa, contra a Honduras, e outra por

Xabi Alonso, contra o Paraguai — este último acertou a primeira cobrança, mas o árbitro o mandou repetir porque houve invasão da área. Villa ainda havia perdido dois pênaltis consecutivos antes do Mundial. Alonso garante que os espanhóis não fizeram nenhum treino voltado a cobranças de pênaltis, nem quis revelar quem será o batedor. “Não

treinamos nada especial, tampouco definimos quem bateria numa situação dessas. Sobre isso definiremos amanhã ou durante a partida”, disse. O treinador Vicente del Bosque também não deu pistas sobre o escolhido e afirmou que não irá interferir nessa decisão. “Neste assunto haverá autogestão. Os batedores habituais decidirão.”

Os espanhóis são ruins de pênalti, e mesmo assim não treinaram cobranças

Fernando Torres, que enfrenta uma fase nada boa e ainda não marcou neste Mundial. Perguntado sobre a escalação do jogador, ele foi evasivo: “Jogaremos com aqueles que pensamos ser os mais preparados para o momento. A pressão sobre Torres não influi, porque ele está acostumado a jogar partidas de máximo nível”. Em seu lugar, poderia entrar o meia David Silva, do Valencia, e a equipe espanhola atuaria num 4-32-1 idêntico ao time alemão, com Villa exercendo o papel de centroavante. Outra possibilidade seria a entrada de Fábregas, mas ele mal se recuperou de dores do ombro e sofreu uma dura pancada no treino de segunda-feira, ainda

em Potchefstroom. Para del Bosque, as equipes não devem mudar sua maneira ofensiva de jogar. “A Alemanha já tem seu roteiro independentemente do adversário. E nós também temos nossa maneira de jogar. Será um confronto equilibrado. Eles são mais diretos, nós trabalhamos mais a bola. Fico contente de representarmos nesta semifinal o bom caminho que está tomando o futebol europeu”, disse, antes da classificação da Holanda para a final. Mas foi Xabi Alonso quem melhor definiu o espírito com que a Espanha deve jogar se não quiser ter o mesmo destino de Inglaterra e Argentina. “Em um Mundial, basta um dia ruim e se volta para casa.”

JO R NAL PL ACA R | QUA RTA-FEIR A , 7 D E J U L HO D E 2010

semifinal

ALEMANHA ESPANHA

WWW.PLACAR.COM.BR/BLOGDOARNALDO

DA TÁTICA À PRÁTICA Por Arnaldo Ribeiro enviado à África do Sul

SERGIO RAMOS BOATENG

O resgate do ‘joga bonito’

MERTESACKER

SILVA (TORRES) (FÁBREGAS)

OZIL

PIQUÉ

VILLA NEUER

XAVI

CASILLAS

KLOSE

KHEDIRA BUSQUETS FRIEDRICH

Nem Brasil, nem Argentina. O futebol-espetáculo desta Copa está nos pés de espanhóis e, sobretudo, alemães epois de muito procurar, encontramos. O futebol-espetáculo, pelo menos em tese, estará em campo em sua plenitude nesta Copa do Mundo na partida entre Espanha x Alemanha, em Durban, jogo que vale vaga na final. Os espanhóis, inspirados no Barcelona (e contando com a base catalã), há tem-

XABI ALONSO SCHWEINSTEIGER

pos vêm jogando bonito — com toque de bola, triangulações, arte. A grande surpresa é terem sido superados no quesito show pelos até então desacreditados alemães. Com menos toque de bola, mas mais velocidade, o time de Joachim Low é a sensação do Mundial. Neste confronto dos sonhos, o duelo de meio-campo (os melhores do mundo)

promete ser decisivo. Na Alemanha, uma baixa importante. O atacante Thomas Muller, a maior revelação da Copa, está suspenso. Na Espanha, uma dúvida. Torres, Fábregas e Silva disputam uma única vaga.

Análise tática Apesar da ausência de Muller, a Alemanha deve manter seu sistema, com

PUYOL INIESTA

LAHM

PODOLSKI

TROCHOWSKI (KROOS)

três armadores e dois volantes criativos, deixando Klose como único atacante. A Espanha, devido à qualidade do adversário, deve mudar. Del Bosque pode voltar à formação da estreia, contra a Suíça, escalando apenas Villa no ataque. O “sacrificado” seria Fernando Torres, de Copa apagada até agora. Silva e Fábregas são candidatos à vaga.

CAPDEVILLA

ALEMANHA

ESPANHA

PONTO FORTE

Meio-campo. Os estilos se combinam. Khedira destrói. Schweinsteiger destrói e arma. Ozil cria. Os três se completam e formam a essência alemã.

PONTO FRACO

Lateral esquerda. Lahm mudou de lado. Na esquerda, atua improvisado o também destro Boateng. O mais fraco do time.

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Meio. Xavi e Iniesta têm o entrosamento mágico do Barça, onde atua também Busquets. Fábregas, Silva e Mata também são ótimas opções.

PONTO FRACO

Lateral esquerda. Capdevilla está um nível (ou dois) abaixo. Não costuma apoiar e não é seguro na marcação.

q uarta- fe ir a , 7 de j u l ho de 2 0 1 0 | j o r nal p l acar

copa

“Decisão de ficar é só do Maradona” Para cartola da AFA, Diego só sai se quiser — problema são as articulações do dirigente Do enviado À áfrica Fernando Valeika

(1 ) A nibal Gr ec o, La Nacion/A P Photo | (2) T hibault Ca mus/A P Photo | (3) reprod ucao | (4) P IER GIAVELLI | (5) PATRIK STOLL ARZ /A FP P HOTO

té agora, ninguém sabe se Maradona ficará ou não no comando técnico da Argentina. Nem o próprio Maradona. Ao menos no discurso, Julio Grondona, que comanda a AFA (Associação de Futebol Argentino) quer que ele permaneça. “Está tudo nas mãos dele, ficar ou sair. Não serei eu quem vai tirá-lo. O que Diego decidir está bem, mas não vou convencê-lo de nada”, desconversou o dirigente a um grupo de jornalistas ontem. Abalado depois da goleada sofrida frente à Alemanha, o treinador chegou a pedir sua demissão na Cidade do Cabo, com direito a discurso. De madrugada, na concentração da Argentina, na Universidade de Pretória, foi procurado por Mascherano e Demichelis, que foram falar com ele em nome dos outros jogadores. Então, disse que “talvez revisse, sua decisão, dependendo de como a delegação fosse recebida na Argentina”. O problema é que mesmo com a calorosa recepção de 10 000 torcedores no regresso a Buenos Aires

e com o convite da presidente Cristina Kirchner para que ele e os jogadores fossem recebidos por ela na Casa Rosada (recusado por ele, sem apelação), até agora nada de confirmar se continuará mesmo. Pelo contrário. Ouvido por emissoras de TV argentinas, ele insistiu na sua saída: “Meu ciclo está terminado”. Comenta-se que Maradona está desconfiado dos movimentos do próprio Grondona, interessado em detonar membros da sua comissão técnica. A começar pelo preparador físico Fernando Signorini. “Fiquei chocado como a nossa equipe perdeu o fôlego a partir da metade do 2º tempo no jogo contra os alemães”, confidenciou Grondona aos jornalistas. Outro que estaria na mira do cartola é Mancuso, assistente técnico, cujo trabalho foi considerado fraco. Como foi Maradona quem os colocou para serem seus homens de confiança, pode estar aí a chave para entender seu silêncio até agora. Sobre o argentino Gerardo Martino, que fez um bom trabalho à frente da seleção do Paraguai, citado por muitos como alternativa ao cargo de Maradona, Grondona ironizou: “Mas fui eu mesmo quem o indicou aos paraguaios...”

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Maradona disse que seu ciclo na seleção está encerrado, mas o “Ricardo Teixeira” deles diz que a decisão é apenas do craque

Novo técnico da França não exclui “rebeldes”

Começou o ciclo Laurent Blanc na seleção da França. Apresentado, na sede da Federação Francesa de Futebol, em Paris, o herói da conquista da Copa do Mundo de 1998 e ex-técnico do Bordeaux chegou desconfiado ao cargo. “Do jeito que está todo mundo me falando, tenho a impressão de que estou indo para a guilhotina”, disse Blanc. Nas entrelinhas, ele não

deixou claro se a conta pelo fracasso francês na Copa deverá sobrar para Anelka, Evra, Ribéry e Gallas, entre outros jogadores que fizeram greve nos treinos, pouco antes da partida contra a África do Sul. “Eu fiquei decepcionado com a campanha e indignado com certos comportamentos”, comentou. “Não dá para fazer terra arrasada e partir com novos jo-

gadores: a mim caberá escolher os melhores, se eles demonstrarem comprometimento com o trabalho”. Para isso, pretende sentar-se com cada um dos jogadores que participaram da campanha desastrosa e conversar. Mas deixa claro que fará as coisas a seu modo: “Rigor, disciplina e prazer serão as palavras para colocar a França no lugar em que merece”.

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Blanc: “Rumo à guilhotina”

safári (3)

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PROMESSA CUMPRIDA Larissa Riquelme, torcedora paraguaia famosa por guardar o celular entre os seios, cumpriu a promessa de posar nua, mesmo sem o Paraguai ter avançado às semifinais. O estádio Defensores Del Chaco, em Assunção, foi o cenário do ensaio da modelo, que já divulgou algumas fotos em seu twitter oficial.

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MORTE NA COPA

GERRARD FICA Steven Gerrard, meia da Inglaterra, disse que não quer abandonar a seleção. “Não há chance de o jogo contra a Alemanha ter sido o meu último”, disse o jogador do Liverpool, de 30 anos.

O torcedor argentino Luis Antonio Forlenza, de 57 anos, morreu vítima de infarto (segundo a embaixada argentina) depois de ser atingido por um golpe no peito, na Cidade do Cabo (África do Sul). Segundo a imprensa de Buenos Aires, a morte aconteceu em um confronto entre torcidas organizadas após a derrota por 4 x 0 para a Alemanha.

O POLVO CONTRA A ALEMANHA O polvo alemão Paul, conhecido por adivinhar resultados de jogos da Alemanha, apontou a Espanha como vencedora do duelo de hoje pela semifinal.

jo r nal pl aca r | qua rta-feir a , 7 d e j u l ho d e 2010

FORA DA ÁFRICA

Genoa desiste de Felipe e goleiro fica de escanteio Italianos contratam português Eduardo e empresário muda discurso no twitter

urante a intertemporada em Monte Sião, há duas semanas, Felipe já havia até se despedido dos colegas. Mas uma inesperada reviravolta complicou a vida do goleiro corintiano. A assessoria do clube informou que o Genoa desistiu do negócio. O clube italiano, inclusive, já contratou o português Eduardo, de acordo com o jornal Citta di Genova. Como o paraguaio Aldo Bobadilla, de 34 anos,

já assinou com o Timão, Felipe vai ter que mandar currículo para outra equipe. Fora da “turma de Ronaldo”, o ambiente de Felipe já andava desgastado desde o início de 2008. Andrés Sanchez e sua turma guardam ressentimento do goleiro, que bateu o pé por um aumento quando o clube se preparava pra Série B — Felipe teria ameaçado ir pro Fluminense. No último dia 22, o Timão soltou nota oficial que dizia que ele “apresentou uma

Hernanes 2014 A imprensa italiana mantém o são-paulino como alvo de Palermo e Lazio, mas ele só pensa na seleção. “Coloquei dentro do meu coração que estarei na Copa em 2014. Com um objetivo definido, as coisas ficam mais fáceis. Ganho moral”, disse.

Verdão x Boca Os palmeirenses já compraram 6 300 ingressos pra despedida do Palestra Itália, na sexta. As bilheterias ficam abertas da 10h às 17h. As entradas custam de 80 a 600 reais. O torcedor que quiser ser gandula (leva 1 000 reais) deve ligar pra 3804-6662.

proposta e manifestou seu interesse em deixar o Corinthians”. O Genoa pagaria cerca de R$ 1,1 milhão pelo empréstimo de um ano. O Jornal PLACAR tentou um contato telefônico com Felipe, sem sucesso. Marcelo Goldfarb, empresário de Felipe, teve que mudar o discurso. “Recebi vááárias frases legais (...) em tom de despedida! Deveriam acreditar quando digo que ele ainda pode ficar!”, postou no twitter.

Bruno Favoretto

sem-pulo

Robinho

Felipe fez que foi, acabou não indo e pode ficar sem clube

Segundo o jornal inglês Daily Mirror, o Manchester City ofereceu o santista por empréstimo ao Valencia-ESP.

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q uarta- fe ir a , 7 de j u l ho de 2 0 1 0 | j o r nal p l acar

FORA DA ÁFRICA

mistério (1 )

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Monclar Gama, um dos advogados de Bruno (5)

Garoto estava na casa do goleiro Bruno

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Lagoa Suja, em Minas: buscas pelo corpo (6)

A Range Rover onde Eliza teria sido levada

Os cães do sítio de Bruno em Esmeraldas (7)

O pai de Eliza com a criança de 4 meses

A estudante Eliza Samúdio: desaparecida

“Amante de Bruno chegou morta”

Primo do goleiro confessou sequestro e agressão; prisão de Bruno foi pedida

m primo do goleiro Bruno, do Flamengo, confessou ontem à polícia do Rio ter sequestrado e agredido a estudante Eliza Samúdio, desaparecida desde 9 de junho. Segundo a polícia, o adolescente, de 17 anos, deu coronhadas em Eliza, que acusava Bruno de ser pai de seu bebê de 4 meses. A garota teria chegado morta ao sítio. À noite, o Ministério Público do Rio pediu a prisão temporária do goleiro e do amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão. O rapaz foi apreendido na casa do goleiro, no Rio, após um homem, em entrevista à rádio Tupi, ter dito que a morte foi tramada por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, amigo do jogador. Macarrão teria pago 3000 reais para que um traficante desaparecesse com o corpo. O adolescente confirmou parte dos detalhes à polícia, sem ligar Bruno ao caso. Em depoimento à Divisão de Homicídios, o

VICTOR CIVITA (1907-1990)

Fundador: Editor:

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Jairo Mendes Leal Conselho Editorial:

rapaz disse que Eliza foi sequestrada no Rio e levada no carro do goleiro, dirigido por Macarrão, até o sitio de Bruno. No caminho, enquanto Eliza e Macarrão discutiam, o garoto, escondido no veículo, desferiu uma coronhada no rosto da estudante, que chegou morta ao sítio de Esmeraldas. “O Luiz Henrique teria dito ao rapaz, na volta, que tudo estava acabado. Que a pessoa que fez o serviço [sumir com Eliza] teria dado o corpo para um rottweiler comer”, afirmou o advogado de Macarrão, Ercio Quaresma Firpe, referindo-se ao depoimento do menor (que disse que o corpo teria sido “desossado”). A polícia foi até o condomínio de Bruno, no Rio, em busca de Macarrão, mas não o encontrou. Segundo a polícia mineira, que concentra as investigações sobre o desaparecimento, Bruno deve ser convocado para depor na sexta-feira junto com a mulher, Dayanne.

ENTENDA O CASO BRUNO Os protagonistas do mistério Eliza Samúdio Estudante, mãe de um suposto filho de Bruno. Desaparecida desde 9 de junho. Bruno Goleiro do Flamengo e principal suspeito do desaparecimento da estudante. O QUE PESA CONTRA O GOLEIRO Contradição O goleiro diz que não encontra Eliza Samúdio há “dois ou três meses”. Testemunhas, no entanto, dizem que viram os dois no sítio de Bruno, em Esmeraldas (MG), no início de junho. Multas A Range Rover do atleta, apreendida em 8/6, levou três multas por excesso de velocidade no dia 6/6 (às 14h15, às 18h34 e às 19h42). O mistério da Range Rover Embora tenha sido apreendida pela policia ao meio-dia de 8/6, a Range Rover reaparece no livro de registros do condomínio de Bruno às 23h. Um motorista que havia jogado bola com Bruno foi impedido de tomar banho no banheiro do sítio. “Ela está lá”, teria dito o goleiro.

As manchas de sangue A polícia encontrou manchas de sangue na Range Rover de Bruno e também na casa. Um exame de DNA deve determinar se o material pertence a Eliza em um mês.

Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretora de Mídia Digital: Fabiana Zanni Diretor de Planejamento e Controle:

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Diretor Geral de Publicidade Adjunto:

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Exame de DNA Eliza faltou ao teste marcado pela advogada de Bruno no dia 7/6 em um laboratório em Ipanema, no Rio. A ausência não foi justificada.

Alfredo Ogawa

Diretora Superintendente: Elda Müller Diretor de Núcleo: Marcos Emílio Gomes

Diretor de Redação: Sérgio Xavier Filho

Bebê com a mulher de Bruno No mesmo dia em que o bebê deveria passar pelo teste de DNA, ele aparece no sítio do goleiro, sem a mãe. Dayanne, mulher do goleiro, entregou a criança depois a dois amigos de Bruno.

Redator-Chefe: Arnaldo Ribeiro; Editor-Executivo: José Vicente Bernardo; Editor: Marcos Sergio Silva; Editor de Arte: Alex Borba; Repórter: Bruno Favoretto; Estagiário: Ewerton Araujo; Designers: Eduardo Ianicelli e Everton Prudêncio; Colaboradores:

Bernardo Itri (reportagem), Heber Alvares e Luís Eduardo Ratto (designers); Tratamento de imagem: Eduardo Ianicelli; Coordenação: Silvana Ribeiro; Atendimento ao leitor: Sandra Hadich; PLACAR Online: Marcelo Neves (texto); Colaborador: Pedro Pracchia (texto). www.placar.com.br

O celular de Eliza De acordo com o rastreamento do número feito pela polícia, Eliza estava nas imediações do sítio no dia 9/6, data provável da morte. A última ligação da estudante é feita às 17h47 do mesmo dia — ela diz a uma amiga que levou a criança para Bruno conhecer. O adolescente na casa de Bruno A polícia apreendeu um adolescente de 17 anos na casa do goleiro, ontem, na Barra da Tijuca. Ele confessou ter sequestrado e agredido a estudante com coronhadas — ela teria chegado morta em Minas Gerais.

Em São Paulo: Redação e Correspondência: Av. das Nações Unidas, 7221, 7º andar, Pinheiros, CEP 05425-902, tel. (11) 3037-2000, fax (11) 3037-5597; Publicidade São Paulo www.publiabril.com.br; Classificados tel. 0800-7012066, Grande São Paulo tel. (011) 3037-2700. JORNAL PLACAR é uma publicação da Editora Abril com distribuição diária em São Paulo, pelo sistema de distribuição do Jornal Destak. PLACAR não admite publicidade redacional. IMPRESSO NA TAIGA Gráfica e Editora

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O coração venceu a falta de educação Na raça, uruguaios entraram pra história, enquanto o xarope Domenech saiu pelos fundos

FELIPE MELO Brasil x Holanda, quartas de final O volante Felipe Melo foi uma das convocações mais contestadas de Dunga. Prometeu que não seria expulso na Copa — e foi, no último jogo contra a Holanda — e ainda marcou um gol contra na mesma partida. Que beleza! MAURÍCIO ESPINOSA Alemanha x Inglaterra oitavas de final O bandeirinha uruguaio Maurício Espinosa botou a mão no resultado de Inglaterra x Alemanha. O jogo estava 2 x 1 para os alemães quando a bola de Lampard bateu no travessão e meio metro para dentro do gol. Só o auxiliar não viu. RAYMOND DOMENECH África do Sul x França primeira fase Raymond Domenech, técnico da França no Mundial, discutiu com seu atacante Anelka e o mandou para casa. O time se esfacelou. Pra piorar, ainda se recusou a cumprimentar o técnico Carlos Alberto Parreira no duelo contra a África do Sul. TIOTÉ Brasil x C. do Marfim primeira fase O meia da Costa do Marfim acabou com a Copa de Elano. A solada do marfinense deixou o brasileiro com um trauma no tornozelo direito, suficiente para ele não entrar mais em campo no torneio. O meio-campo do Brasil sentiu o golpe.

HERÓIS

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VITTEK Eslováquia x Itália primeira fase Zebra no grupo D, cujo favoritismo era todo da Itália, a Eslováquia contou com os gols do atacante Vittek para passar de fase. Ele marcou dois e ajudou a eliminar os próprios italianos na vitória por 3 x 2 de sua seleção. CASILLAS Espanha x Paraguai quartas de final Casillas, goleiro da Espanha, agarrou o pênalti de Cardozo no jogo contra o Paraguai, quando a partida ainda estava 0 x 0, e salvou gol certo no final. Está pegando muito na Copa: tomou apenas dois gols nos cinco jogos que disputou. SUÁREZ Uruguai x Gana quartas de final No último lance da prorrogação, Suárez salvou o Uruguai ao defender com as mãos uma bola que ia pro fundo das redes. Foi expulso, e o ganense Gyan perdeu a cobrança. Já tinha feito um golaço contra a Coreia do Sul. LOCO ABREU Uruguai x França primeira fase O atacante livrou sua seleção de uma derrota para a França. O jogo estava 0 x 0. No último minuto, Henry cobrou falta e ele impediu que o chute chegasse ao gol. E foi o autor da corajosa “cavadinha” na cobrança de pênaltis contra Gana.

VILÕES