Especial Moto Ed. 619

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can-am spyder rs-s em paz com as curvas

edição 619-a ducati diavel

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bmw f 800 5 x honda hornet

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com 162 cV, a muscle Bike é de parar o trânsito e pulveriza 0 a 100 em 3,2 segundos

moto elétrica

fique ligado: você ainda vai ter uma

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Pilotamos a máquina derivada da camPeã mundial de sBK

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alemã “nacional”, quase 30% mais Barata, encara a Hornet: surPresa...

ktm 990 adVenture abs

a maxitrail mantém o dna de fora de estrada

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teste | Ducati Diavel

Metal

eM brasa Muscle bike italiana chega quente, com estilo e sedução para desbancar ícones como a V-Max por Marcelo Brettas | fotos Marco de Bari

N

a apresentação da Diavel, em Milão, no ano passado, meus olhos brilharam como os de centenas de jornalistas de todo o mundo. Alguns meses depois, a constatação: seus atributos vão além das belas curvas. O design arrojado e o estilo próprio, que despertam atenção, são diferenciais, mas a moto reserva uma série de detalhes inovadores que a tornam especial. Apesar do aspecto custom-cruiser – com a generosa distância entre os eixos, o guidão largo e o assento rebaixado –, a pegada e o coração, um fortíssimo dois cilindros de 1198 cc e 162 cv, são de uma esportiva. Se o assunto é tecnologia, a Diavel traz os últimos avanços para uma condução segura e veloz desde a hora de ligá-la, operação feita apenas através de um sensor de proximidade, com a chave no bolso ou mochila. Todas as informações podem ser alteradas em duas telas de cristal líquido coloridas, uma no guidão e outra sobre o tanque. Nelas, além das leituras-padrão, como velocímetro, tacômetro, indicador de temperatura do radiador, contador de voltas, cronômetro e relógio, é possível optar entre três modos de utilização do motor (Sport, Touring e Urbano), cada um com oito níveis de controle de tração (inclusive desligado) e ABS, que também pode ser desativado para uma condução mais esportiva.

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Urbana, agressiva, com leds acesos por todo lado: uma fera no street fighter

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CoMParatiVo | HONDA CB 600F HORNET x BMW F 800 R

Quatro

a dois

Os quatro cilindros da CB 600F Hornet batem os dois da F 800 R em desempenho e emoção por EduaRdO ViOtti | fotos MaRCO dE BaRi

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A

ntes de subir nas motos deste comparativo, antes mesmo de colocá-las na pista e de aferir seu desempenho, devo confessar: meu coração de tiozão batia mais forte pela BMW F 800 R. Ela outorga mais status, é mais imponente e tem melhor design. Acima de tudo, bem mais que a Honda CB 600F Hornet, a BMW é um símbolo de

status, um artigo de grife de luxo, quase como um Rolex ou um terno Armani. Mas qual! Quando você sobe na moto e acelera, não há vontade de se “bacanear” que resista ao empuxo da adrenalina. Aí, meu caro, ganha a moto que acelera mais, faz mais curva e que desperta, lá no fundo, a paixão adolescente! A Honda fez isso com mais energia.

Não se trata apenas de julgamento subjetivo. Os números frios confirmam a superioridade da líder do segmento sobre a desafiante germânica, recémnacionalizada via Manaus. A BMW de alguns anos atrás só fazia modelos caríssimos, exclusivos e com tecnologia diferenciada e própria. Pouco a pouco, foi lançando modelos mais convencionais

A BMW tem melhor design e mais status, mas o apelo esportivo da Honda é mais forte

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IMPRESSĂ•ES | aprilia rsv4 r

Bonita, bonita, bonita. Linhas suaves mesclando retas e curvas

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Nós já pegamos... Antes da vinda oficial, a atual campeã mundial entre as superbikes chega por importação independente

por ISMAEL BAUBETA | fotos chrISTIAn cASTAnho

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teste | CAN-AM SPYDER RS-S

nova regra

de três

A mais recente geração do roadster resolve a incógnita da insegurança nas curvas por MArcelo BrettAs | fotos christiAn cAstAnho

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H

á quase três anos testamos pela primeira vez um Can-Am Spyder – o “Y” de Spyder indicando a disposição das duas rodas dianteiras e uma traseira. Na época fui bastante duro na avaliação, afinal, tanto eu como os demais pilotos da equipe que o provaram passamos por reais situações de risco ao pilotá-lo de forma mais agressiva. Voltando no tempo, relembro que antes daquela primeira prova eu era pura empolgação com o brinquedinho novo, que trazia ótimo pedigree e a assinatura da BRP (Bombardier Recreational Products). Predicados de engenharia e projeto não faltam à marca. Por ser um veículo diferenciado, resolvi andar mais com ele do que o

que usualmente fazemos em nossos testes. Durante oito dias percorri quase 1500 km de ruas, estradas e pista. O apelo visual do modelo segue vigoroso cinco anos após seu lançamento.As pessoas sorriem, acenam, as garotas do pedágio (pois é, ele paga como um carro) comentam. Sucesso de público – e de crítica? No visual – e não por acaso, pois a BRP os produz – ele lembra um jet-ski, com faróis e lanternas embutidos na carenagem, piscas dianteiros integrados ao retrovisor, 44 litros de capacidade no bagageiro frontal, painel misto com dois mostradores analógicos e uma tela de cristal multifuncional, tudo com um design agressivo e próprio.

Objeto estranho na estrada: design moderno é atração

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TENDêNcia | MOtOs elétricas elétricas

Tropa DE

choquE E

nquanto os automóveis elétricos ainda patinam em frentes como autonomia, preço e estrutura de reabastecimento, as motos largam na frente na apresentação de soluções viáveis para o uso cotidiano. A seguir, apresentamos o há de mais novo no mundo das motocicletas que “abastecem” na tomada.

No Sudeste Asiático, onde o transporte predominante é o individual sobre duas rodas, no mais das vezes com scooters, a frota de motonetas elétricas é significativa. Segundo um estudo divulgado parcialmente pela empresa norte-americana Pike Research (o trabalho completo foi posto à venda no fim de abril passado para companhias e

Nova geração de motos e scooters elétricos se mostra alternativa real de transporte amigável ao ambiente governos interessados), o número de motocicletas e scooters elétricos deve subir exponencialmente, dos atuais 17 milhões em 2011 para 138 milhões em 2017. Dave Hurst, analista-sênior da empresa de pesquisas, mostra-se otimista no relatório oficial da pesquisa em relação ao futuro das elétricas: “Motos e scooters elétricos têm um

kasiNski prima ElEcTra A Prima Electra é a primeira iniciativa de produzir e vender em volume industrial um scooter elétrico no Brasil. A pioneira usa baterias de chumbo ácido e custa 5390 reais. Para uso em percursos urbanos relativamente curtos e planos, é perfeita.

ZEro Ds É a ponta de lança na comercialização de motocicletas – e não scooters – no mercado internacional. A versão DS é uma trail com suspensões bem agressivas, ótima para usar em regiões inóspitas sem deixar nenhuma pegada de carbono...

hoNDa Ev NEo A scooter está disponível por ora apenas no Japão. A EV-neo foi projetada para uso profissional, com porta-objetos previstos para o transporte de cargas. Utiliza bateria de íons de lítio e inclui sistema de carregador rápido que permite a recarga completa em apenas 30 minutos.

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apelo forte para muitos consumidores. Eles são relativamente acessíveis, ocupam pouco espaço e são fáceis de manter, o que os torna atraentes para o usuário urbano. Governantes, em geral, também apreciam os veículos elétricos, porque eles se valem da infraestrutura de eletricidade e de transportes já existente, sem gerar os problemas de congestionamento e de emissões dos automóveis convencionais”. Em muitas cidades brasileiras, especialmente no Nordeste, a modalidade básica de transporte individual já são os veículos de duas rodas, a exemplo do que acontece na maioria dos países asiáticos. A chegada de motos e motonetas elétricas poderia prevenir eventuais problemas de contaminação ambiental já na raiz. Os grandes nomes do mundo das duas rodas são cautelosos e avançam a

passos comedidos, apresentando protótipos em salões e mostras de tecnologia. Por outro lado, os fabricantes chineses de massa despejam milhares de motonetas elétricas por ano – nos mercados asiáticos, principalmente, mas também de todo o mundo, inclusive o Brasil. Algumas motos e scooters de marcas conhecidas já estão à venda no exterior, caso da Yamaha EC-03 no Japão, por exemplo. Honda e BMW já divulgaram projetos. Em ordem alfabética, os mais importantes produtores de veículos de duas rodas elétricos no mundo são: Agni Motors, Brammo, Chaowei Power, Current Motor Company, E-Max, e-Moto LLC, Honda, iO Scooter, Jiangsu Xinri E-Vehicle, KLD Energy Technologies, KTM, Mission Motors, New Vectrix, Oxygen, Perm Motor, Piaggio, Quantya, Tianneng Power, Valence, Vmoto,

brammo enertia Eleita nos Estados Unidos a moto elétrica do ano em 2010, incorpora componentes de grifes como garfo dianteiro Marzocchi invertido, freios Brembo e amortecedor traseiro Elka. Segundo a fábrica, tem autonomia média (varia de acordo com a solicitação) de 68 km, com uma velocidade máxima de 95 km/h.

Winston, Xtreme Green, Yamaha, ZAP, Zero Motorcycles e Zongshen. A lista é de maioria chinesa, mas inclui fabricantes italianos, americanos, japoneses e a austríaca KTM, que apresentou uma motocross espetacular, com toda a pinta de uma 125 cc de pista. Até mesmo a Volkswagen já apresentou um protótipo de scooter elétrico, entre outros fabricantes automotivos, como a Mini (BMW) e a Smart (MercedesBenz), além da Peugeot, que tem uma divisão específica de ciclomotores. Ninguém quer perder a onda que vem do lado asiático do Pacífico. No Brasil, há diversas tentativas de importação, de nacionalização via Manaus e também de produção local de scooters elétricos com tecnologia chinesa. A mais avançada é a da Kasinski, com tecnologia Zongshen. A manauara Prima Electra está à venda

brammo empulse Alto desempenho, refrigeração líquida, quadro externo forjado: aqui a ideia é mostrar que propulsão elétrica também pode ser esportiva e emocionante. O desempenho justifica a estética Café Racer: supera os 160 km/h e tem uma autonomia de até também 160 km (tem três versões, e varia na autonomia, com mínima de 96 km). JULHO Quatro roDas 65

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