Hespecial Hsedes da copa: recife
diego souza
muda o vasco ou o vasco muda diego souza?
patrícia amorim revela todos os segredos do flamengo
lucas trocou de nome, de vida, de seleção... mas não mascarou!
H o ciúme de alguns companheiros
thiago silva mira maldini
H as comparações com neymar
wallyson vira o jogo no cruzeiro
H os conselhos
de ceni e rivaldo
muricy errou ou acertou? a doce vida dos argentinos do inter
lucas não mudou os hábitos de garoto, como jogar boliche
e d 1 3 5 3 • a b r i l 2 0 1 1 • R$ 10,00
s m s : p l aca r pa r a : 22 74 5
PLACAR
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PLACAR - PLACAR - 2 - 01/04/11
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DOUCOSTA
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21/03/11
14:29
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CAPA
preleção
VICTOR CIVITA (1907-1990) Editor: Roberto Civita Presidente Executivo: Jairo Mendes Leal Conselho Editorial: Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretor Digital: Manoel Lemos Diretor Financeiro e Administrativo: Fábio d’Avila Carvalho Diretora Geral de Publicidade: Thaís Chede Soares Diretor Geral de Publicidade Adjunto: Rogerio Gabriel Comprido Diretora de Recursos Humanos: Paula Traldi Diretor de Serviços Editoriais: Alfredo Ogawa Fundador:
SÉRGIO XAVIER FILHO DIRETOR DE REDAÇÃO
A guerra da TV
PLACAR
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PLACAR - PLACAR - 6 - 01/04/11
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ROANDRADE
-
21/03/11
21:31
-
01_CAD
A pergunta está no ar e assim ficará por um bom tempo: como veremos o Campeonato Brasileiro de 2012? Pela Globo, Rede TV, SporTV, ESPN, Esporte Interativo? Todas as alternativas? Ou nenhuma das alternativas? É provável que passemos os próximos meses nessa indefinição que já provocou a cizânia entre os clubes brasileiros. Ao contrário do que parece, essa não é uma guerra motivada só por dinheiro. Fosse assim, os clubes teriam seguido unidos no Clube dos 13 e insistiriam na ideia de uma licitação pelos direitos de transmissão do Brasileirão. As maiores propostas venceriam, ponto final. Não. Dessa vez o dinheiro não é o personagem principal do palco. O racha aconteceu mais por um grande acerto de contas político que ficou evidente na eleição do Clube dos 13 que foi vencida pelo grupo de Fábio Koff por apertados 12 x 8. CBF e Rede Globo apostaram na divisão e no enfraquecimento da entidade dos clubes. E já experimentam a sensação de vitória nas primeiras batalhas. Claro, o objetivo final é sempre grana, mas dessa vez o estratégico é fincar uma posição política para os próximos anos. Há muito em jogo quando lembramos que há uma Copa do Mundo em 2014. A CBF, com o poder de aprovar e rejeitar estádios, apoiar ou torpedear financiamentos, nunca esteve tão Fábio Koff parece estar poderosa. Os clubes estão dançando encurralado conforme essa música. Na página 36 tentamos desenhar o quadro atual da guerra. Difícil, porque a cada dia há novos lances. A tendência é que pouco a pouco os rebeldes, encabeçados por Corinthians e Flamengo, encurralem o que sobrou do Clube dos 13. E tudo indica que, no fim das contas, o Brasileiro passe mesmo na TV Globo para dar razão àquela máxima do escritor italiano Giuseppe Tomasi di Lampedu©1 sa: mudar para continuar igual.
Diretora Superintendente: Claudia Giudice Diretor de Núcleo: Marcos Emílio Gomes
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Dedoc e Abril Press: Grace de Souza Pesquisa e Inteligência de Mercado: Andrea Costa Treinamento Editorial: Edward Pimenta PUBLICIDADE CENTRALIZADA Diretores: Marcos Peregrina Gomez, Mariane Ortiz, Robson Monte, Sandra Sampaio Executivos de Negócios: Ana Paula Teixeira, Ana
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última edição em banca + despesa de remessa. Solicite ao seu jornaleiro. Distribuída em todo o país pela Dinap S.A. Distribuidora Nacional de Publicações, São Paulo. PLACAR não admite publicidade redacional. Serviço ao Assinante: Grande São Paulo: (11) 5087-2112 Demais localidades: 0800-775-2112 www.abrilsac.com Para assinar: Grande São Paulo: (11) 3347-2121 Demais localidades: 0800-775-2828 www.assineabril.com.br IMPRESSA NA DIVISÃO GRÁFICA DA EDITORA ABRIL S.A.
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Roberto Civita Presidente Executivo:
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Douglas Duran, Marcio Ogliara, Sidnei Basile ©1 FOTO FUTURA PRESS
www.abril.com.br
E D I Ç Ã O
abril
©1
©2
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2011
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D E S TAQ U E S
40 A bola da vez
Na esteira de Neymar, o são-paulino Lucas vira o novo xodó do futebol brasileiro. Saiba tudo sobre ele
48 O novo camisa 10
Por que Diego Souza precisa tanto do Vasco e por que o Vasco precisa tanto de um cara como Diego Souza
54 Hablas español? 01_CAD
No Inter, mandam os argentinos. D’Alessandro, Guiñazu, Bolatti e Cavenaghi ditam as regras
54
40
©3
©3
48 60
Ele fez o gol do vice-brasileiro, mas era ignorado pelos cruzeirenses. Virou titular, herói e artilheiro
64 Sedes da Copa 2014
Em mais um capítulo da série, tudo sobre Recife, a cidade que tem três estádios e vai construir o quarto
72 O Monstro de Milão
Thiago Silva justifica o apelido, torna-se candidato a “novo Maldini” e a xerife da seleção de Mano
Composite
✚ 10
VOZ DA GALERA
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TIRA-TEIMA
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14
PLACAR NA REDE
PLACAR - PLACAR - 7 - 01/04/11
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ROANDRADE
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21/03/11
21:31
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60 Onde estava Wallyson?
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IMAGENS
SEMPRE NA PLACAR
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AQUECIMENTO
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MEU TIME DOS SONHOS
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MILTON NEVES
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PLANETA BOLA CHUTEIRA DE OURO BATE-BOLA: PATRÍCIA AMORIM
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MORTOS-VIVOS: OSWALDO GOMES
PLACAR
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84 86
© 1 F O T O R E N AT O P I Z Z U T T O © 2 F O T O D A R Y A N D O R N E L L E S © 3 F O T O V I P C O M M © C A P A L U C A S : I L U S T R A Ç Ã O J O N ATA N S A R M E N T O S O B R E F O T O D E A L E X A N D R E B AT T I B U G L I © C A P A I N T E R : E D I S O N V A R A © C A P A D I E G O S O U Z A : I L U S T R A Ç Ã O S O B R E F O T O D E D A R YA N D O R N E L L E S ( A S S I S T E N T E F E R N A N D O M I R A N D A )
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vozdagalera M E TA O PA U , E L O G I E , FA Ç A O Q U E Q U I S E R . M A S E S C R E VA . . .
★ESPECIAL ★
RIVALDO
RONALDO
GANSO,
OCRAQUE IMAGINĂ RIO
“
EstĂŁo exagerando com o Ganso. Por que as pessoas nĂŁo esperam um pouco mais para chamĂĄ-lo de salvador? Vicente Perez, Teresina (PI)
Chuteira de Ouro Gostaria de saber por que a PLACAR incluiu no trofĂŠu Chuteira de Ouro os gols marcados nas categorias de base, se a revista nem considera os gols que o RomĂĄrio fez nessa categoria. Felipe Abatti, f.abatti@hotmail.com
Felipe, os tempos mudaram. RomĂĄrio, se nĂŁo estivesse fazendo seus gols no infantil e nas categorias de base, estaria em casa, nĂŁo na equipe titular do Vasco. Agora nĂŁo. Os garotos, quando sĂŁo arrancados de seus clubes, nĂŁo podem fazer seus golzinhos
Fale conosco tambĂŠm pelo Twitter
JosĂŠ Vicente Nogueira Cademartori, Uruguaiana (RS)
em twitter.com/placar ou @placar
ZĂŠ Vicente, o ranking ĂŠ uma grande
mĂŞs da @placar. recomendo
-
Olha o Twitter
pontos do meu clube (GrĂŞmio).
criação. O motivo desta mensagem,
18:49
apenas da sĂŠrie B? Obs.: estou tirando
ser dizer que a acompanho desde sua apĂłs ler sua matĂŠria referente ao
21/03/11
NĂŁo preciso elogiar esta revista, a nĂŁo
1) Retirada da pontuação dos torneios
-
de participar? Por que nĂŁo um ranking
em que foram realizados paralelamente
fazer justiça e estabelecer pontuação
dizendo que quer ganhar a Libertadores
ROANDRADE
01_CAD
e brigar pela Chuteira.
Ranking PLACAR
às competiçþes regionais (Centro-
para campeonatos tĂŁo diferentes. De
pelo Imortal Tricolor \o/
Oeste, Norte, Nordeste, Sul-Minas etc.)
modo geral, tentamos pegar o “espĂrito
e com a mesma pontuação. Não Ê justo?
da Êpoca�. Como cada competição
✖
A) O Estadual carioca (79) especial
foi encarada pelos clubes, torcida
EDIĂ‡ĂƒO DE FEVEREIRO
(extra) nĂŁo foi sĂł para completar sobras
e imprensa. No Rio, 1979 foi um ano
â– Na matĂŠria “Entrando numa friaâ€?,
Composite
excelente o enfoque dado
na matÊria do ganso na edição deste
Ranking (fevereiro/2011), ĂŠ sugerir:
PLACAR - PLACAR - 10 - 01/04/11 PLACAR
@aroltelesmp
Rio-SĂŁo Paulo de que outros clubes nĂŁo
encrenca. Tentamos fazer bananas e
@puxuca Acabei
participaram, com exceção dos anos
maçãs virarem mangas. É um desafio
muito da reportagem do Carlos Alberto
de ler a @placar e gostei
E R R ATAS
de datas? Por que computar?
de dois campeonatos, essa foi a
(pågina 77, edição de março) estå
B) Somar pontuação de outras sÊries
percepção. Respeitamos isso. A sÊrie B
escrito que Elano transferiu-se do
(B e C) nĂŁo ĂŠ complicar e valorizar
ĂŠ uma conquista e tanto para a maioria
Manchester City para o Fenerbahçe,
conquistas que, podendo, nenhum clube
dos clubes. No caso do seu GrĂŞmio,
da Turquia. Na verdade, Elano foi para
de primeira divisĂŁo gostaria
rendeu atĂŠ livro e filme...
outro clube turco, o Galatasaray.
★
FALE COM A GENTE
NA INTERNET www.placar.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR | POR CARTA: Avenida das Naçþes Unidas, 7221, 7º andar, CEP 05425-902, São
Paulo (SP) | POR E-MAIL: placar.abril@atleitor.com.br | POR FAX: (11) 3037-5597. As car tas podem ser editadas por razþes de espaço ou clareza. Não publicamos car tas, faxes ou e-mails enviados sem identificação do leitor (nome completo, endereço ou telefone para contato). Não atendemos a pedidos de envio de pesquisas par ticulares sobre história do futebol, de camisas de clubes ou outros brindes. Não fornecemos telefones nem endereços pessoais de jogadores. Não publicamos fotos enviadas por leitores. EDIÇÕES ANTERIORES Venda exclusiva em bancas pelo preço da última edição em banca acrescido das despesas de remessa. Solicite ao seu jornaleiro. LICENCIAMENTO DE CONTEÚDO Para adquirir os direitos de reprodução de textos e imagens das publicaçþes da revista PLACAR em livros, jornais, revistas e sites, acesse www.conteudoexpresso.com.br ou ligue para (11) 3089-8853. TRABALHE CONOSCO www.abril.com.br/trabalheconosco
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tirateima AS DÚVIDAS MAIS CABELUDAS RESPONDIDAS PELA PLACAR
A final contra o Anderlecht: o Arsenal também já foi campeão continental
No jogo entre Goiás e Independiente, pela Copa Sul-Americana, um jogador argentino se machucou e o técnico já havia feito as três substituições. Caso o jogador se recuperasse, poderia voltar para bater uma das penalidades? José Maria Filocreão Maciel, filocreaomaciel@yahoo.com.br
k
Não encontramos registros de que o Independiente
tenha terminado a partida com dez
Sou torcedor dos Gunners há muito tempo, porém nunca consegui entender o que foi a Taça das Cidades com Feiras. Ela pode ser considerada um título continental? Pedro Alcino, pedrotpg@hotmail.com
k
pertinente: em uma situação como essa, o jogador pode voltar a campo para as penalidades? Pode, Arnaldo? Nada melhor que perguntar ao próprio. “A regra é clara: só podem
Pode comemorar, Pedro: o
da Bélgica, realmente venceu um
participar da cobrança de pênaltis os
Arsenal realmente já venceu um
título continental. Mas não pode
jogadores que terminaram a partida
título continental! A Taça das Cidades
dizer com todas as letras que já foi
em campo”, diz o comentarista de
com Feiras é a precursora da Copa da
campeão europeu, como se tivesse
arbitragem Arnaldo Cezar Coelho.
Uefa, atual Liga Europa. Foi disputada
ganhado a Liga Europa. A não ser, é
Ele explica mais um detalhe da regra:
entre 1955 e 1971, entre clubes de
claro, que a Uefa se inspire na CBF
se ao fim da partida uma equipe
cidades europeias que sediavam feiras
e decida “unificar” os títulos...
tem mais jogadores em campo que
e exposições de negócios. Até 1968,
expulsão —, ela deverá reduzir o
convites; posteriormente, passou-se
EDIÇÃO
CAMPEÃO
número de cobradores de forma a
a levar em conta a posição dos clubes
1958/59
BARCELONA
LONDON XI
igualá-los. Cabe ao capitão informar
nas ligas nacionais. O Barcelona
1959/60
BARCELONA
BIRMINGHAM CITY
ao árbitro o nome e o número do(s)
foi o maior ganhador da história da
1960/61
ROMA
BIRMINGHAM CITY
jogador(es) excluídos das cobranças.
competição, com três títulos e um
1961/62
VALENCIA
BARCELONA
vice-campeonato. Em 1971, a Uefa
1962/63
VALENCIA
DINAMO ZAGREB
decidiu assumir a organização do
1963/64
ZARAGOZA
VALENCIA
torneio, mas, como mudou o troféu,
1964/65
FERENCVÁROS
JUVENTUS
as regras e o nome da competição
1965/66
BARCELONA
ZARAGOZA
para Copa da Uefa, os títulos da Taça
1966/67
DINAMO
ZAGREB LEEDS
das Cidades com Feiras não foram
1967/68
LEEDS
FERENCVÁROS
equiparados aos da atual Liga Europa.
1968/69
NEWCASTLE
ÚJPEST
Portanto, o Arsenal, que levantou o
1969/70
ARSENAL
ANDERLECHT
troféu em 1969/70 contra o Anderlecht,
1970/71
LEEDS
JUVENTUS
PLACAR
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Composite
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A TAÇA DAS CIDADES COM FEIRAS
PLACAR - PLACAR - 12 - 01/04/11
a outra — seja por contusão ou
os participantes eram escolhidos por
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ROANDRADE
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21/03/11
18:49
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jogadores, José. Mas sua dúvida é
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VICE
Pênaltis de Independiente x Goiás: regra clara
placarNarede OVERDOSE DE FUTEBOL EM WWW.PLACAR.COM.BR
Memória Placar
RUMO A LONDRES
Além do acervo digital, já disponível desde o ano passado, site passará a republicar reportagens históricas dos 40 anos da revista
©4
Em 40 anos de existência, a revista PLACAR já estampou em suas páginas muitas histórias. E agora nosso site tem um espaço para lembrarmos essas grandes reportagens que marcaram os fãs de futebol e os nossos leitores. Toda quarta-feira republicaremos uma matéria para recordar detalhes da história do nosso futebol. Para simplificar, criamos a tag Memória Placar, que poderá ser acessada em placar.abril.com.br/tag/memoria-placar. Acesse e recorde.
CONTAGEM REGRESSIVA A organização dos Jogos Olímpicos de Londres 2012 inaugurou, no último
Quarta-feira é dia de relembrar histórias marcantes do futebol no site da PLACAR
dia 14, um relógio para registrar a
01_CAD
evento. O cronômetro foi incrustado no
-
No dia seguinte, os ingressos para
18:27
contagem regressiva para o início do
os Jogos começaram a ser vendidos.
centro da capital inglesa, na Trafalgar
21/03/11
Square, com o número 500 (dias).
ALUSÃO AOS JUDEUS?
©1
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O Irã fez coro a ROANDRADE
80% dos ingleses que não gostaram do logotipo dos Jogos Olímpicos
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de Londres. E o motivo alegado foi que, ©2
para eles, a imagem diria Zion, palavra que remete à nação judaica, e não 2012.
PLACAR - PLACAR - 14 - 01/04/11
-
O país ameaçou se retirar do evento.
©5
O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles demorou mais de um mês, mas ©3
confirmou, no último dia 14, à presidente da República, Dilma Rousseff, que aceita
PLACAR
O HOMEM DO RIO-2016
chefiar a Autoridade Pública Olímpica.
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© 1 F O T O A L E X A N D R E B AT T I B U G L I © 2 F O T O L E M Y R M A R T I N S © 3 F O T O P E D R O M A R T I N E L L I © 4 F O T O R E U T E R S © 5 F O T O D I V U LG A Ç Ã O
imagens UM SENHOR ACRÉSCIMO
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PLACAR - PLACAR - 18 - 01/04/11
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Na final do turno do Gauchão, só se falou no longo acréscimo no empate entre Grêmio e Caxias. Acréscimo mesmo é ter Victor no time: se arriscou no ataque, defendeu dois pênaltis e garantiu o título gremista.
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© FOTOS EDISON VARA
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imagens
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NA ESTICA
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Em Madri, Cristiano Ronaldo se alonga assistido por Lovren e Réveillère. Em Londres, Gallas salva em cima da linha o chute de Robinho. Em Munique, Ranocchia vence Muller e evita o terceiro gol do Bayern. O alongamento valeu a pena: Real Madrid, Tottenham e Inter estão nas quartas de final da Liga dos Campeões.
© FOTOS AFP
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imagens BALÃO MÁGICO
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No duelo entre Barcelona e Arsenal, Almunia deixou o banco de reservas para levar um balão magistral de Lionel Messi. Com gols como esse, o mundo fica bem mais divertido.
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© FOTOS DIÁRIO AS
I M A G E N S ,
N O T Í C I A S
E
C U R I O S I D A D E S
D O
F U T E B O L
aquecimento
k
PERSONAGEM
DO
MÊS
A bola pune... Muricy escorrega no episódio da saída do Fluminense e coloca em risco a imagem de “homem do bem” no futebol...
Muricy Ramalho nem desconfiava, mas vivia na ilha da fantasia. Nos quatro anos em que comandou o São Paulo, contou com uma estrutura de primeiro mundo. Não só pelos gramados com grife Telê Santana, pelo centro de reabilitação de primeiro mundo (o Reffis), pela hotelaria cinco estrelas do clube. Mais do que tudo, ele viveu em uma ilha de tranquilidade. O presidente Juvenal Juvêncio cuidava do ambiente político, o auxiliar Milton Cruz e o líder Rogério Ceni amaciavam o grupo de jogadores. Muricy apenas trabalhava — um sonho no futebol brasileiro. Ele podia ter seus ataques de mau humor, tinha tempo para cunhar suas impagáveis frases como “isso aqui é trabalho, meu filho” ou “a bola pune”. Ao pular o muro para trabalhar no Palmeiras, Muricy saiu do conforto de sua ilha. Foi mordido pelos tubarões políticos, tentou — em vão — navegar pelos campeonatos a bordo de uma jangada precária. Por falta de jogadores e suporte, afundou. E topou a empreitada de trabalhar no Rio de Janeiro em meados do ano passado. Sabia dos problemas estruturais do Fluminense e do peculiar sistema político do clube, que parece presidencialista, mas é “patrocinadorista”. Entra e sai presidente, e Celso Barros, da Unimed, segue mandando em tudo. Em compensação, ganhou um time. Um belo time de futebol. Com ele, conquistou vaga para a Libertadores e um título brasileiro. O futuro prometia, o time ficou ainda mais forte com a chegada de mais jogadores e a promessa do retorno de outros que estavam lesionados. E Muricy percebeu, pela segun-
da vez, que não estava em sua ilha paradisíaca. As condições de trabalho não melhoraram. Buracos no gramado, nada de sala de musculação, precariedade para treinar. O técnico percebeu que estava sem o anteparo político dos tempos de São Paulo. Qualquer pequena crise respingava nele. Muricy aprendeu na carne o que é o sistema “patrocinadorista”. Celso Barros cobrava resultado, cobrava a utilização das contratações que chegavam às Laranjeiras. E sem intermediários. Para piorar, e talvez mais importante do que a soma de todos os fatores anteriores, os resultados. Fracasso na Taça Guanabara e vexame nos primeiros jogos da Libertadores. O grande projeto assumia ares de imensa roubada. Muricy tinha ótimas razões para fazer o que todo trabalhador faz quando o emprego se torna um inferno: pedir o boné. E foi aí que se complicou. Uma das máximas muricinianas é o “não largo trabalho no meio, cumpro meus contratos”. Só que o Fluminense vivia e vive uma delicadíssima situação. Tem poucas semanas para resolver a vida na Libertadores e no Carioca para salvar o ano. Nessa situação, o capitão foi o primeiro a abandonar o navio. O técnico entrou em contradição e resolveu se agarrar em uma frágil tábua para não se afogar na contradição. Pediu demissão com a argumentação central de que estava saindo por falta de estrutura no clube. Não encarou a imprensa e a torcida do Fluminense. Pediu demissão por meio de uma nota na internet. Nem citou os resultados que não vieram e o time que não engrenou. Desse jeito, Muricy, um dia a bola acaba punindo você...
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POR SÉRGIO XAVIER FILHO
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EDIÇÃO FELIPE ZYLBERSZTAJN
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DESIGN ROGÉRIO ANDRADE
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Muricy abandonou o barco, apesar de sempre dizer que n達o largava seus contratos no meio A B R I L | 2 0 1 1 | WWW.PLACAR.COM.BR |
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aquecimento THE JONAS BROTHERS
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A ascensão na carreira de Jonas é assunto de família. Agora no Valencia, e pela primeira vez na seleção brasileira, o quinto maior artilheiro da história do Grêmio “convocou” um irmão a mais para cuidar dos seus rumos. O primeiro foi Tiago Gonçalves, de 34 anos, que deixou de lado um escritório de advocacia em Taiúva (SP) para virar uma espécie de faz-
Ramon, Souza, Titi, Camacho e Pedro Beda: no Bahia graças ao empresário
tudo desde que virou empresário do jogador, em 2005. Negociar salários, pagar contas, procurar apartamento irmão mais velho de Jonas. “Devo ter umas 1000 horas de gravações
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que precisou recrutar Diego, de 31
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trabalhos (ele tem uma farmácia) para
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de programas de TV”, conta Tiago,
equilíbrio para dar contar de tudo”, diz
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e produzir DVDs, tudo era com o
Tiago, brincando. Com a convocação
anos. O segundo irmão largou um dos botar a mão na massa. “Ele disse que vai comprar umas quatro pulseiras do
e o bom início na Espanha, Jonas sabe que vai dar ainda mais trabalho
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aos irmãos, mas vê o lado positivo. além dos meus pais, que moram comigo.
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“Sempre tenho um deles por perto,
as saudades.” RAPHAEL ZARKO
© 2 Jonas escalou os irmãos para a sua carreira
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Assim, mato
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O Leite do Bahia Na volta à elite, Bahia aposta no empresário Carlos Leite para se reforçar. Já são cinco jogadores dele na equipe
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Aproximar-se de clubes que tentam se reerguer. Essa é a estratégia que faz de Carlos Leite um dos empresários mais poderosos do futebol brasileiro. Assim foi no Grêmio e no Corinthians, ambos sob o comando de seu cliente mais famoso: Mano Menezes. Repetiu-se no Vasco, e este ano a estratégia chegou ao Bahia. Carlos Leite participou de cinco contratações do clube: Titi e Magno, ex-Vasco; Souza e Pedro Beda, exCorinthians; e Camacho, ex-Flamengo. Outra transferência que Carlos confirma ter intermediado é a de Ramon, ex-Fla. “Auxiliei com o empréstimo no CSKA Moscou”, conta ele, que tem trânsito no clube russo. A imprensa baiana ainda especula outros nomes, mas ele nega. “Não tenho preocupação em fazer vários negócios com o mesmo clube. Pago todos os meus impostos”, afirma Leite. Foi com o empréstimo de Morais, em 2010, que o empresário se aproxi-
mou de Paulo Angioni, homem forte do futebol no Bahia — e com passagens por São Januário e Parque São Jorge. “A relação que tenho com Corinthians e Vasco ajuda, mas não inviabiliza de falar com outros. Também negociamos com Botafogo, Grêmio e Internacional”, diz Angioni. Sem recursos para ir atrás de reforços para a volta à série A, o dirigente bateu à porta de seus dois ex-clubes, ambos parceiros fiéis de Leite. “Para o Bahia, a relação com Carlos Leite foi vantajosa. Consegui que os jogadores viessem e não pagamos comissão nem luvas”, diz Angioni. Entre os jogadores de Carlos Leite que desembarcaram em Salvador, o centroavante Souza é o caso mais exemplar da estratégia do empresário. “Ele não teve uma boa passagem no Corinthians e precisava jogar. O Bahia, pela tradição e pela volta à série A, era uma boa oportunidade para ele.” Como se vê, não só para Souza... D I E G O G A R C I A
8 900% GANSO
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Eles rendem mais que a Bolsa... Se fossem empresas de capital aberto, Neymar e Ganso seriam top de linha
NEYMAR 730%
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DÓLAR -23%
POUPANÇA 11%
BOVESPA 59,6%
ACOMPANHE QUANTO SUBIRAM AS AÇÕES MAIS VALORIZADAS
MRV (ENGENHARIA) 261%
OGX (PETRÓLEO) 319%
DURATEX 343%
MMX (MINERAÇÃO) 401%
LLX (LOGÍSTICA) 537%
AS VALORIZAÇÕES DESDE 2009
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Em janeiro de 2009, a empresa DIS adquiriu 40% dos direitos federativos de Neymar por 5 milhões de reais diretamente do pai do jogador. Em agosto de 2010, quando o atacante renovou seu contrato, o investimento valorizou mais de oito vezes, já que sua multa rescisória passou a valer 45 milhões de euros. Ou seja: a DIS ganhará cerca de 41,6 milhões de reais em caso de negociação para o exterior. Um lucro de 730%. Achou bastante? Com Ganso, o investimento foi ainda mais favorável. Entre 2008 e 2009, a DIS desembolsou 138 000 euros por 25% do meia, àquela época apenas uma promessa. Hoje, a multa rescisória do camisa 10 santista é de 50 milhões de euros. Pelos 25%, a DIS terá direito a 28,9 milhões de reais numa eventual saída de Ganso para fora — isso sem contar outros 20% que a empresa adquiriu do próprio atleta. Só da parte que negociou com o Santos, a empresa terá um lucro astronômico de 8 900%! Se uma ação da “empresa” Ganso estivesse à venda por 50 reais, o comprador teria um retorno de 4 450 reais. A LLX Logística, do bilionário Eike Batista, foi a empresa que teve a maior variação positiva desde 2009, com rendimento de 536,9%. No mesmo período, o índice Bovespa valorizou 59,6%, a poupança rendeu 11,03% e o dólar caiu 23,2%. “Ganso e Neymar são exceções. De cada dez atletas em que investimos, apenas dois valorizam, quando muito. Mas acaba compensando quando um deles é negociado”, afirma Thiago Ferro, diretor da DIS. A empresa, porém, só lucra quando eles são vendidos. “Apostar em jogador é muito mais arriscado que investir na Bolsa. Tem de considerar lesões e fatores externos — como a companhia dos amigos e o fato de não sabermos como ele irá reagir a uma eventual onda de sucesso”, explica Ferro. Ainda assim, comprar fatias de Neymar e, principalmente, Ganso ultrapassa com sobras o rendimento de qualquer ação na Bolsa de Valores de São Paulo no mesmo período. T H I A G O B A S T O S A B R I L | 2 0 1 1 | WWW.PLACAR.COM.BR |
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aquecimento GAÚCHO SE MANTÉM VIVO PELA CAMISA
Quem precisa de Copa Uefa?
Há 93 anos,
Por pouco a Terceirona carioca não vira palco de grandes confrontos internacionais neste ano
o Sport Club
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Gaúcho, de Passo Fundo, é reconhecido pela camisa verde.
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Para tristeza dos fãs do futebol europeu, La Coruña e Bréscia não irão enfrentar Barcelona e Juventus na série C do Rio este ano. Tudo porque os dois primeiros pediram licença do torneio. O motivo? Falta de condições financeiras. Conheça a dura vida dos europeus cariocas. R A P H A E L Z A R K O
E é justamente ela que ajuda o clube BARCELONA ESPORTE CLUBE
JUVENTUS ESPORTE CLUBE
DEPORTIVO LA CORUÑA BRASIL F.C.
GRANDE BRÉSCIA CLUBE
k Ia se
k O presidente
k A enfer-
k Nome veio
Francisco Carlos da Hora é botafoguense e gosta das cores da Juventus de Turim.
lotes foram vendidos. Queremos
chamar Comercial, mas virou Barça para tentar aproximação – que nunca houve – com um amigo do amigo de Assis, irmão de Ronaldinho.
fechar no zero, pagar jogadores
k Escudo copia o
meira Maria Geralda dos Santos, presidente com mandato vitalício, já trabalhou nas escolinhas do Vasco e decidiu homenagear Bebeto. “Ele já veio aqui, mas nunca ajudou a gente.”
de um convênio com o homônimo italiano feito em 1999. A parceria acabou em 2006, com o falecimento de um dos entusiastas do acordo no Brescia italiano.
k A sede do clube
mandou seus jogos em São Gonçalo e Porto Real, quando as prefeituras locais investiram no clube.
a se manter vivo atualmente. A ideia é simples: os uniformes e uma camiseta passeio de cor “marcatexto” são vendidos a 100 reais como uma espécie de passaporte. Dão 02_CAD
direito a entrada gratuita nos jogos do Gaúcho em casa, além de vaga no
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estacionamento no estádio do rival 20:52
E.C. Passo Fundo, onde o time manda os jogos. Superando a expectativa da
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diretoria, as “camisas-passaporte”
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viraram febre na cidade. “Todos os
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e funcionários”, diz o presidente Gilmar Rosso, sobre a má situação financeira do clube da segunda
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o dirigente tem um foco claro: “Quero
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divisão. Fora da elite há quatro anos, botar o Gaúcho em campo — seja na quinta, primeira ou vigésima divisão”.
k Recebeu 125 000 reais como clube formador de Thiago Silva, hoje no Milan. Sobraram menos de 80 000 reais por causa de pagamento de advogado e impostos.
craque do Bangu, foi técnico do time. Seu filho, Steve Wonder, era da equipe até o ano passado.
k Luis Paulo Hilário, o Dodô, foi emprestado ao Inter Zaprešic, da Croácia, que o vendeu para o Dínamo Zagrev sem consentimento dos cariocas, que pedem na Fifa 3 milhões de dólares como ressarcimento.
fica na sala da casa da presidente Maria Geralda, no subúrbio do Rio de Janeiro. Os treinos são no campo de pelada do Aterro do Flamengo.
k Revelou Oziel, exlateral do Botafogo, que hoje joga no Goiás.
k É de Magé, mas já
k Carlos Alberto, hoje no Grêmio, chegou a treinar nas divisões de base do clube no fim dos anos 1990.
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DICIONÁRIO DA BOLA
PLACAR traduz os novos e os velhos vocábulos do futebol ©2
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MARCELO SILVA
original espanhol, mas com uma bandeira do Brasil e o bondinho do Pão de Açúcar.
k Marinho, ex-
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Atacante do Santa Cruz era apenas Thiago. Depois virou Fabinho, Capixaba, Thiaguinho... Agora é Thiago Cunha
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O goleador dos cinco nomes
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“Puxa, eu só queria virar motoboy...”
O carioca Thiago era um atacante amador até se profissionalizar na Hungria, em 2006. Mal aconselhado por um empresário, voltou ao Brasil e fez teste no Guarani usando a identidade do irmão Fábio ( já que os húngaros ainda não tinham liberado seu contrato). Foi aprovado. “Eu me arrependi demais. Não aconselho ninguém a fazer isso”, afirma. Por sorte, nenhum processo foi aberto contra ele. Thiago não vingou no Bugre e, em 2008, frustrado por não se firmar na profissão (passou por nove equipes em menos de quatro anos), estava disposto a largar o futebol. Viu na Queimadense, da Paraíba, a chance para isso. “Eu só queria dinheiro suficiente para comprar uma moto e trabalhar como motoboy.” Mas ele marcou nove gols em dez jogos e terminou o Paraibano como vi-
ce-artilheiro. Foi parar no Santa Cruz. Como já havia outro Thiago no elenco, ele optou pelo “Carioca”. Mas o técnico Fito Neves disse que seria “sinônimo de preguiça”. Virou “Capixaba” por ter morado em Vitória. Thiago, o Capixaba, marcou seis gols em oito partidas pelo Santa e chamou atenção. Assinou com a Traffic e foi para o Palmeiras. Chegou como Thiaguinho e foi (re)batizado como Thiago Cunha por Luxemburgo, mas não demorou a perder espaço. Passou por vários clubes até voltar ao Santa no início do ano — e já é um dos destaques do time. A ideia de comprar uma moto foi esquecida. “Não espero jogar na Europa nem na seleção. Quero é conseguir fazer um contrato longo, que me dê segurança, coisa que não tive nos últimos anos.” Nome(s) ele já tem. T H I A G O M E D E I R O S
© 1 F O T O L A R I S S A M A R TA © 2 I L U S T R A Ç Ã O M I LT O N T R A J A N O © 3 F O T O L É O C A L D A S / T I T U L A R
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aquecimento SÓ FALTAM TRÊS PRO FABULOSO
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o A grande contratação do São Paulo para 2011 chega sob grande enos. expectativa. E não é para menos. s de Luís Fabiano está a três gols
Novo busão rubronegro: para superar o passado
entrar para a lista dos dez maiores artilheiros do clube. Vai virarr mito? Confira a lista:
POS.
JOGADOR
PERÍODO
GOLS
1º 1º
SERGINHO
73-82
242
2 2ºº
GINO ORLANDO
53-62
232
3 3ºº
TEIXEIRINHA
39-56
185
4 4ºº
FRANÇA
96-02
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Ele voltou e deve entrar para a história
LUIZINHO
30-47
162
6 6ºº
MÜLLER
84-96
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7º 7º
LEÔNIDAS
42-51
141
8 8ºº
MAURINHO
52-59
135
9 9ºº
RAÍ
87-00
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º 10 10º
PRADO
61-67
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PEDRO ROCHA
70-77
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LUÍS FABIANO
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º 13 13º
CARECA
83-87
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º 14 14º
REMO
40-51
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º 15 15º
DINO SANI
54-61
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D Depois do trágico acidente, clube pelotense recebe ô ônibus para conduzi-lo de volta à primeira divisão gaúcha
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Todo mundo se lembra. Em janeiro de 2009, o ônibus da delegação do Brasil de Pelotas sofreu um grave acidente na BR-392. Morreram o zagueiro Régis, o preparador de goleiros Giovane Guimarães e o goleador uruguaio Claudio Milar, ídolo do time. A torcida passou por uma época de provação e dor. O rebaixamento veio a galope — mal havia jogadores para iniciar o campeonato e o trauma ainda estava muito presente. Mas o que o destino leva ele traz de volta. E, no caso xavante, parece que as reviravoltas andam de ônibus. No ano do centenário do clube, a associação Cresce Xavante, fundada por
torcedores, recebeu como doação da empresa Expresso Embaixador um outro ônibus. O veículo foi entregue na abertura da segunda divisão estadual. Antes do jogo, uma multidão de torcedores promovia uma grande festa. “A emoção da entrega do ônibus fez com que todos nós soubéssemos que estávamos superando uma página muito triste em nossa história”, afirma Thiago Perceu, uma das lideranças do movimento que já promoveu a troca da tela de proteção do estádio e a instalação de um sistema de drenagem. A volta à elite seria o desfecho ideal para um centenário marcado por superações. D O U G L A S C E C O N E L L O
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º 11 11º º 12 12º
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5 5ºº
Destino: série A
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O HOMEM MAIS IRADO DA CIDADE POR ENRIQUE AZNAR
Tá certo que aqui no Brasil é essa várzea de trocar técnico a toda hora. Tem clube que fecha o ano com três “professores” diferentes. Mas o contrário também enche o saco. A Inglaterra, por exemplo. Eu não aguento mais ver esse Wenger e o Ferguson no banco do Arsenal e do Manchester United. O primeiro já está há 15 anos no cargo. O segundo, então, criou raiz: 25 anos! Que caras chatos! Pô, será que não tem outros técnicos lá pra dar uma oxigenada? Larguem o osso, seus egoístas! 32
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Figueira mostra a sua força Time catarinense vê o número de sócios torcedores “explodir” com campanha de marketing bem-humorada vôlei nos anos 80). Os vídeos são um sucesso. Na série B, o time contava com 7 500 sócios-torcedores, número que chegou aos 8 000 em dezembro passado. “Com o acesso e a campanha, já estamos com quase 13000!”, afirma Renan, que diz que terá de travar as novas inscrições quando o número chegar a 15 000 por falta de lugares no estádio Orlando Scarpelli — que comporta 19700 pessoas. Isso, sim, é que é problema bom.
FLA PRETENDE VIRAR PONTO TURÍSTICO Com um orçamento de 8 milhões de reais — bancados pela Olympikus —, o Museu Flamengo deve ser inaugurado na semana do aniversário do clube, em novembro. Terá dois andares, distribuídos em 2 500 metros quadrados. O primeiro será mais informativo, retratando o futebol do clube desde o seu início. Já o segundo andar mostrará como o clube dita modas e terá games interativos. “O que deve ser um de nossos diferenciais”, afirma o jornalista Marcos Eduardo Neves, um dos curadores do museu. O clube
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já tem 10 000 itens inventariados e a previsão é de que 9 000
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Com o calção acima do umbigo de uma barriga, digamos, avantajada, ele se atrapalha num simples domínio de bola e não acerta um chute ao gol. Ainda assim, o novo nome do Figueirense tem atraído um número inédito de sócios-torcedores ao clube. O apresentador de TV Marcos Piangers é a estrela da campanha do Figueira que usa o bom humor para conquistar novos associados (procure por “Força Furacão” no Youtube). “A ideia é a de que todo mundo tem o sonho de estar em campo, mas, já que o talento é para poucos, que o torcedor faça sua parte aqui fora”, explica o diretor executivo de marketing do clube, Renan Dal Zotto (o Renan da seleção brasileira de
sejam expostos inicialmente. “Em conteúdo, seremos maiores que o Museu do Futebol do Pacaembu”,
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diz o diretor Mauro Chaves. Serão
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2 500 troféus em paredes de vidro e mais 100 taças expostas de Piangers é o novo refoço do Furacão
fotografias e uniformes. “Quem vai a Buenos Aires sempre quer visitar o Museu do Boca. Queremos que quem venha ao Rio inclua na agenda de atrações uma ida ao Museu Flamengo”, afirma Marcos Eduardo
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forma contextualizada, com vídeos,
Neves. F L Á V I O © FOTOS DIVULG AÇÃO
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aquecimento
Vale a pena ver de novo? A trama é de novela das 8, com intrigas e traições. Os capítulos devem se arrastar, mas o final é previsível: a Globo deve transmitir o Brasileirão 2012...
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13 abriu uma licitação e esperava a melhor oferta pelos direitos. Na teoria, a forma mais adequada de obter cotas maiores. Só que o Clube dos 13 rachou a partir de uma dissidência do Corinthians. Flamengo, Grêmio e outros vieram atrás e passaram a negociar direto com a Globo, desprezando a licitação vencida pela Rede TV. Os próximos meses prometem novidades, já que o governo poderá interferir na negociação sob a alegação de monopólio do futebol. Enquanto a novela se arrasta, confira como seu clube está na trama.
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Ricardo Teixeira, da CBF: apoio à Globo
CLUBE DOS 13 E REDE TV
O INDECISO
CORREM O RISCO DE MORRER ABRAÇADOS APÓS A “REBELIÃO”
O DILEMA COLORADO
SÃO PAULO O que fez: Liderou a situação no Clube dos 13 e o processo de licitação dos direitos. O que ele quer: Marcar posição como principal opositor da CBF e liderar uma suposta Liga a partir do Clube dos 13. Tem o apoio de quem: Fábio Koff, Alexandre Kalil e só. Coleciona inimigos. O que ele pode ganhar: Mais dinheiro e mais poder na hierarquia clubística. O que ele pode perder: A última chance do Morumbi na Copa 2014.
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Nem Gilberto Braga e Manoel Carlos conseguiriam tanto. A novela pela negociação dos direitos do Brasileiro a partir de 2012 é das mais complicadas e animadas dos últimos tempos. Personagens não faltam. Os 20 integrantes do Clube dos 13, a TV Globo, que transmite o futebol desde que o mundo é mundo, a CBF, com seus interesses políticos, Rede TV, Record, além de outros grupos de mídia interessados em ppv, TVs por assinatura e internet. O que parecia simples se complicou já nos primeiros capítulos: o Clube dos
O que fez: Alinhou-se, mesmo com o pé atrás, aos comandantes do Clube dos 13. O que quer: Enfraquecido regionalmente, busca apoio de aliados de outros estados, além de mais dinheiro. Tem o apoio de quem: Dos líderes do Clube dos 13. O que pode ganhar: Cotas maiores e mais espaço nas decisões de cúpula. O que pode perder: A presença da Arena da Baixada na Copa 2014 pode, digamos, sofrer um “abalo”.
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ATLÉTICO-MG O que fez: Assim como o São Paulo, encabeçou o processo de licitação do Clube dos 13. O que quer: Marcar posição como protagonista e arrebatar cotas maiores num futuro próximo. Tem o apoio de quem: De Juvenal Juvêncio e de Fábio Koff, de quem virou mais que aliado. O que pode ganhar: Mais poder, mais dinheiro, mais relevância. O que pode perder: Poder, dinheiro e relevância.
INTER O que fez: Líder do processo de licitação dos direitos de TV. O que quer: Subir de escala na hierarquia do futebol brasileiro. Tem o apoio de quem: Koff, Juvêncio, Kalil e parte da torcida, que passou a crer que o “projeto Copa 2014” pode ser uma roubada. O que pode ganhar: O papel de líder e protagonista na nova ordem do futebol brasileiro. O que pode perder: A Copa do Mundo. Quanto mais faz oposição à CBF, mais crescem as chances da Arena Grêmio. Daí a “indecisão”...
BAHIA O que fez: Colocou-se ao lado dos líderes do Clube dos 13 e contra CBF/Globo. O que quer: Barganhar mais dinheiro e poder na sua volta à elite, como um dos times mais populares do país. Tem o apoio de quem: Do São Paulo, do Atlético-MG e de Fábio Koff. O que pode ganhar: Além de cotas melhores, mais prestígio junto aos grandes. O que pode perder: Respaldo da CBF. E, para quem está retornando à série A este ano, isso pode ser fatal.
REDE RECORD QUEM QUER DINHEIRO?
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A Record resolveu adotar a estratégia da Globo e passou a negociar diretamente com os clubes. Detalhe: ela registra as propostas em cartório e envia essas ofertas aos Conselhos Deliberativos dos clubes, como forma de pressão.
REDE GLOBO E DISSIDENTES JÁ TÊM MAIORIA, MAS DESAVENÇAS COMO O “REBAIXAMENTO” DE VASCO E PALMEIRAS AMEAÇAM O MOTIM GRÊMIO
CORINTHIANS O que fez: Apoiou Kléber Leite na eleição do ano passado, se mandou do Clube dos 13 este ano e iniciou a rebelião. O que ele quer: Continuar sendo o parceiro principal da CBF e liderar a nova Liga. Tem o apoio de quem: CBF e Globo. O que ele pode ganhar: Estádio na Copa, Andrés Sanchez na CBF. O que ele pode perder: Nada. Se negociar sozinho, pode ganhar mais mesmo, diferentemente dos outros.
O que fez: Mudou de lado, colocando-se contra até o expresidente do clube Fábio Koff, atual líder do Clube dos 13. O que quer: Respaldo da CBF e, quem sabe, jogos da Copa do Mundo na nova Arena Grêmio. Já pensou? Tem o apoio de quem: CBF, Globo, Traffic... O que pode ganhar: Apoio para terminar as obras da Arena Grêmio, jogos da Copa... O que pode perder: Uma proposta milionária da Record, por exemplo.
CORITIBA
O que fez: Continuou alinhado à oposição ao Clube dos 13. Já havia votado no candidato da Globo/CBF na eleição do ano passado. O que quer: Respaldo da CBF e uma nova posição no organograma do futebol nacional. Tem o apoio de quem: Globo, CBF, Traffic... O que pode ganhar: Uma proposta maior que a do rival Atlético, por exemplo. O que pode perder: A chance de aumentar ainda mais, em termos absolutos, a sua cota.
O que fez: Foi o primeiro dos “pequenos” a se alinhar com CBF e Globo. O que quer: Respaldo político e a maior cota de TV possível. Tem dívidas urgentes a pagar. Tem o apoio de quem: CBF, Globo e gigantes como Corinthians e Flamengo. O que pode ganhar: Padrinhos poderosos e o enfraquecimento do rival Atlético. O que pode perder: Uma proposta mais substanciosa, da Record ou da Rede TV.
BOTAFOGO
FLUMINENSE O que fez: Mudou de presidente e mudou de lado. Estava com Koff e o Clube dos 13. Não está mais. O que quer: Alinhamento político com a CBF e econômico com a Globo. Tem o apoio de quem: Dos demais times do Rio, da CBF e da Globo. O que pode ganhar: Alcançar o Vasco, por exemplo, no segundo patamar nas cotas de TV. O que pode perder: Possível papel de líder na nova estrutura do Clube dos 13.
O que fez: Participou, como um dos cabeças, do novo processo de licitação do Clube dos 13 e pulou fora na hora H. O que quer: Atingir ao menos o nível de Fluminense e Vasco na nova distribuição do bolo. Tem o apoio de quem: Da CBF, da Globo e dos demais cariocas. O que pode ganhar: Uma fatia maior do bolo. O que pode perder: Uma proposta mais vantajosa de outra emissora de TV, por exemplo.
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O que fez: Mudou de lado depois de mudar de presidente. O que ele quer: Voltar a ter o papel de protagonista que já ostentou no Clube dos 13. Tem o apoio de quem: Foi seduzido pela CBF, pela Globo e pela Traffic. O que ele pode ganhar: Adiantamento de receitas, subsede na Copa-2014. O que ele pode perder: O patamar número 1 das cotas de TV, que ocupa ao lado de Flamengo, Corinthians, São Paulo e Vasco.
SANTOS O que fez: Tratou da licitação do Clube dos 13, mas sempre manteve um pezinho na “oposição”. O que ele quer: Negociar sozinho, aproveitando o momento iluminado de Neymar, Ganso e cia. Tem o apoio de quem: Globo e patrocinadores que querem a Globo. O que ele pode ganhar: Uma cota maior do que receberia no Clube dos 13, subindo de patamar no organograma futebolístico. O que ele pode perder: Em tese, nada.
FLAMENGO O que fez: Mudou de posição após a CBF reconhecer o título brasileiro de 87 e a Globo seduzi-lo com cota “diferenciada”. O que ele quer: Ter a maior cota televisiva do país. Tem o apoio de quem: Globo, Traffic e CBF. O que ele pode ganhar: Exposição nobre na Globo, além de uma supercota de patrocínio, assim como a do Corinthians. O que ele pode perder: Papel de liderança na Liga imaginada pelo Clube dos 13.
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CRUZEIRO
PALMEIRAS
OS FIÉIS DA BALANÇA? OS PEQUENOS E OS CLUBES DA SÉRIE B PODEM DECIDIR
k
Numa briga acirradíssima, até o “voto” dos pequenos vai pesar. Assim, Goiás, Vitória, Guarani, Portuguesa e Sport (os demais representantes do Clube dos 13) também estão sendo disputados a tapa pelas emissoras de televisão. O Goiás foi o primeiro deles a acenar positivamente à proposta do Globo. O Clube dos 13 tenta segurar os demais “pequenos” ao seu lado, enquanto seduz os times da série B e os não-sócios da série A, como o Ceará, por exemplo, a “fazer parte do projeto”. ©1 FOTO J. EGBERTO
O que fez: Pegou carona na turma carioca e se afastou do Clube dos 13, sem ruptura no entanto. O que quer: Mais respaldo político e a mesma posição “econômica” na distribuição dos direitos. Missão quase impossível. Tem o apoio de quem: CBF e Globo. O que pode ganhar: Apadrinhamento político, o que sempre faltou a Roberto Dinamite. O que pode perder: A posição no grupo 1 das cotas de TV, que ocupava ao lado de Flamengo, Corinthians, São Paulo e Palmeiras. A B R I L | 2 0 1 1 | WWW.PLACAR.COM.BR |
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meutimedossonhos OS 11 MELHORES DE TODOS OS TEMPOS PARA...
★ GOLEIRO Higuita “Muita técnica e personalidade reunidas num só goleiro. Marcou história com a sua famosa defesa do escorpião.”
★ L AT E R A I S Cafu “Joguei várias vezes contra ele, que agora é meu adversário no showbol. Tem uma arrancada impressionante...” ©1
Júnior “Apesar de o Brasil ter perdido, ele fez uma ótima
Valderrama
Copa do Mundo em 82. Também me encantava vê-lo jogar pelo
Os caracóis do cabelo mais famoso da Colômbia ainda povoam a cabeça do excraque, que não foge muito às fronteiras sul-americanas para escalar sua seleção
Flamengo ao lado de Zico e companhia. Era um timaço.”
★ ZAGUEIROS Escobar “Seu assassinato comoveu toda a Colômbia, principalmente a nós, seus companheiros de seleção. Além de ótimo zagueiro, ele era um grande homem.”
Baresi “Está entre os melhores defensores da história. 03_CAD
Tinha uma categoria de fazer inveja aos meias clássicos.”
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★ MEIAS Rincón “Construiu uma carreira esportiva vitoriosa,
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sobretudo em sua passagem pelo Brasil. Exerceu, ainda,
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grande liderança dentro da seleção colombiana.”
Redondo “Desarmava e, logo em seguida, puxava um contra-ataque. Visão de jogo acima da média para um camisa 5.”
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Maradona “Genial. Sem dúvida, o maior de todos, pelo
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menos entre aqueles que vi jogar. Participei de bons duelos contra a Argentina, e sempre foi complicado marcá-lo.”
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★ ATAC A N T E S Asprilla “Velocista e habilidoso, jogou muita bola no Parma,
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da Itália, sem contar seus inúmeros gols pela nossa seleção.”
Ronaldo “O povo colombiano ficou triste ao saber da sua
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doença [hipotireoidismo] e da sua aposentadoria. Para mim,
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ele sempre foi o melhor atacante do mundo.”
“
A cabeleira é a mesma, desde os meus 14 anos. Aonde quer que eu vá, sempre me reconhecem pela ‘moita’.
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Cantona
“Polêmico, mas diferenciado dentro de campo.
Jogamos um bom tempo juntos no Montpellier, da França, onde fomos campeões e fizemos uma bela amizade.”
★ TÉCNICO Francisco Maturana “Montou e comandou aquela seleção inesquecível da Colômbia que disputou a Copa de 94. Seus times jogavam para a frente, sem medo de atacar.”
©1 FOTO CONMEMBOL
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Marmeladas e Muricy
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CBF, hipócrita, não consegue colocar tranca nem depois da janela arrombada por marmeladas. E o argumento de Muricy não convence ninguém... Então na última rodada do Brasileirão © 1 E O MURICY, HEIN? teremos uma série de clássicos regioPerdeu a seleção brasileira porque “aprennais para que sejam evitadas as marmedi a gostar do Fluminense e do Rio”, porladas de 2009 e 2010? E por que desque “nunca rasgo meus contratos”. O seconfiar até de estados não marmeleiros? gundo argumento caiu por terra de forma Afinal a marmelada vergonhosa de patética. Fosse explicação de Vanderlei 2009 e 2010 está localizada em São Luxemburgo, o sempre massacrado treiPaulo, “o estado mais rico da Federanador seria tão “elogiado” quanto Mubação”. Ao colocar os tais clássicos na úlrak ou Kadafi. Mas Muricy foi até poupatima rodada, a CBF está automaticado, gente boa que é, além de melhor mente reconhecendo que jogos até mais técnico do Brasil. A explicação a respeito Muricy: saída injustificável do Fluminense sujos que os “apitados” por Edílson Peda tal falta de estrutura do Flu soou tão reira de Carvalho, em 2005, acontececonvincente quanto o sortudo e médio ram em 2009 e 2010. E como os marmeMano Menezes tentando passar na TV leiros são os três do trio de ferro que é cervejeiro. Até nisso Muricy ganha enferrujado de São Paulo, que eles sedele, por ser quase um Zeca Pagodinho e jam “cruzados” também na penúltima e não parecer um sério professor de mateantepenúltima rodadas. Pois os três mática. Azar do Muricy, pois o cargo de grandões da capital poderiam “agir” mais importante treinador de futebol do também nas duas últimas rodadas imemundo jamais pode ser recusado. A selediatamente anteriores à jornada derração brasileira é o topo e quem dela esnoba deira. E tem algo ainda mais importansai do planalto e vem para a planície como te. Por que a CBF, reconhecendo a existência de um a mais. Pobre Muricy, que sempre chorará lágrimas de marmeleiros, não rebaixou o Corinthians em 2009, e São sangue nesses fáceis anos sem Eliminatórias que precedem a Paulo e Palmeiras em 2010? Os três deveriam ter ido diCopa. E pobre Fluminense, cujos mesquinhos e insensatos reto para a série B e ainda serem investigados pelo Micartolas conseguiram frear o andamento natural da carreira nistério Público com base no Estatuto do Torcedor. Mas de um profissional tão competente. Por tabela, o futebol brae peito para isso? Sorte de Flamengo e Fluminense, besileiro perdeu também. Só não perderemos a Copa. Com qualneficiados sem culpa pela pequenez de três clubes pauquer técnico e qualquer elenco, o Brasil já é o campeão munlistas que já foram muito maiores, além de éticos. dial de 2014. Na bola ou na marra, como a Argentina em 78.
Azar do Muricy, pois o cargo de mais importante treinador de futebol do mundo jamais pode ser recusado. A seleção brasileira é o topo
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L A BO A DA Z VE JOVEM REVELAÇÃO TRICOLOR, LUCAS MUDOU DE
NOME, DE VIDA E DE SELEÇÃO. MAS, PELO MENOS POR ENQUANTO, A BOLA É APENAS DIVERSÃO PARA O JOGADOR MAIS CARO DO BRASIL POR BREILLER PIRES
D E S I G N L . E . R AT T O
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RARA
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ogo após a final da Copinha, no começo de 2010, o empresário Wagner Ribeiro recebeu um torpedo em seu celular: “Vou ser o melhor do mundo”. A mensagem acabara de ser enviada por Lucas, então Marcelinho, garoto promissor da base são-paulina, no calor da empolgação pela conquista do título sobre o Santos. Ainda distante de ver sua autoprofecia se tornar realidade, o meia sabe que os primeiros passos da carreira invalidam qualquer suposição de que o SMS recebido por
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seu agente não passava de uma travessura de menino. Um ano se passou, e ele renovou contrato com o São Paulo, tornou-se o jovem mais caro do país e ganhou, de Mano Menezes, sua primeira chance na seleção principal. Não seria anormal para um jogador de 18 anos deslumbrar-se com a ascensão meteórica, coroada pela atuação de gala na decisão do Sul-americano sub-20, contra o Uruguai, em que ele marcou três gols e ajudou a carimbar o passaporte brasileiro para a Olimpíada de Londres, em 2012. No entanto, Lucas parece alheio ao sucesso. Jogar
futebol continua sendo uma brincadeira. Por enquanto, coisa séria para ele é não perder uma partida... com a bola nas mãos. “Não sou muito ligado em baralho e cassino. Meu negócio é o boliche. Nunca perdi para ninguém. Estou invicto, 100% de aproveitamento. O Jean e o Fernandinho são meus fregueses”, gaba-se. Mas, por trás da blindagem que permite a Lucas derrubar os pinos e marcar seus strikes sem se importar com as obrigações de um craque incipiente, o São Paulo precisou dar uma grande cartada para segurá-lo. A negociação
SOU UM DOS JOGADORES MAIS CAROS DO BRASIL, MAS CONTINUO O MESMO. NÃO GANHEI NADA AINDA Lucas, sem máscara: ele descarta uma mudança de personalidade após assinar contrato com multa de 80 milhões de euros
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Maior revelação do CT de Cotia nos últimos anos, Lucas só foi lançado na equipe principal tricolor pelo técnico Sérgio Baresi, que o havia comandado na conquista da Copa São Paulo de juniores, no ano passado. Virou titular absoluto e manteve a condição com a chegada de Paulo César Carpegiani, barrando até mesmo o consagrado Rivaldo
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ELE ERA MARCELINHO Lucas não é mais o mesmo. Perdeu a identidade. Na verdade, recuperou a verdadeira. Os seis meses que jogou na escolinha de Marcelinho Carioca, em Diadema, foram suficientes para render o apelido que o acompanhou desde os 7 anos: Marcelinho. Antes de chegar ao São Paulo, ele jogou na base do Corinthians até os 12 anos. Apesar da mudança de clube, o apelido pegou. Até hoje, alguns ex-companheiros de Cotia deixam
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contrato de cinco anos por pouco não supera as cifras de Neymar e Paulo Henrique Ganso juntas. Ainda assim, contar com o craque por tanto tempo no clube é um desejo ilusório. “A multa não garante que o jogador será vendido pelo valor de contrato. Dependendo da negociação, ele pode sair por muito menos”, diz Amir Somoggi, diretor da Crowe Horwath RCS, especializada em consultoria de marketing esportivo. Um exemplo é o ex-vascaíno Alex Teixeira, que tinha multa rescisória de 100 milhões de reais, mas foi vendido em 2009 ao Shakhtar Donetsk por “apenas” 15 milhões. Para tentar assegurar a permanência de Lucas no Morumbi por pelo menos mais um ano e meio, a diretoria tricolor concordou em ceder 30% dos direitos federativos ao atleta a partir de 31 de julho de 2012 — a data coincide com o período de abertura da janela de transferências internacionais e a disputa da Olimpíada de Londres, que pode valorizar ainda mais o jogador. Se aceitar uma proposta do exterior antes disso, Lucas só terá direito a 20% do valor da negociação. “Ele mostrou maturidade e rapidamente virou ídolo da torcida. É um jogador diferente.
escapar um “Marcelinho”, como o
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do novo contrato do meia se arrastava desde o fim de novembro. O clube ofereceu um aumento salarial, de 12 000 para 24 000 reais, imediatamente rechaçado pelo empresário Wagner Ribeiro. “Eu me reuni com o Leco [vice de futebol] e falei que o contrato do São Paulo com o Lucas era ilegal, que ele havia sido emancipado e assinou um acordo irregular com o clube. Pedi que o valorizassem como ele merece”, diz o agente. Além das exigências de Ribeiro, a diretoria tricolor ainda teve de ouvir as condições impostas pelo pai do jogador, Jorge Rodrigues, que reivindicava 40% dos seus direitos federativos. Paralelamente à negociação, Lucas se destacava no Sul-americano sub-20, apimentando o circo. “O desempenho dele na seleção ajudou. Bayern de Munique e Manchester United fizeram sondagens. O Blackburn veio com uma proposta de 8 milhões de euros. Ficamos mais fortes para negociar com o São Paulo”, afirma Ribeiro. Quando o meia retornou do Peru com a seleção, em fevereiro, o negócio já estava praticamente fechado. Lucas passou a valer 80 milhões de euros. A multa rescisória prevista no
xará Lucas Gaúcho. “Agora é Lucas,
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O rápido sucesso com a camisa tricolor já rendeu até uma música para Lucas. O rap “Moleque do gol” foi gravado pelo grupo Mesclado, composto por vizinhos do meia na Cidade Ademar, zona sul de São Paulo. O refrão ele sabe de cor: “Tem fome de bola, tem sede de gol, moleque do gol...”
né? Difícil acostumar. Ele sempre foi o Marcelinho”, diz o atacante. “Às vezes ainda me chamam de Marcelinho, mas eu nem olho, finjo que não é comigo”, afirma o craque, que nunca conheceu pessoalmente o ex-camisa 7 corintiano. Após a troca oficial do apelido para o nome de batismo, vieram a titularidade, a seleção e a consagração, precedida por um golaço no clássico contra
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o Palmeiras, no Pacaembu. Seu PLACAR
primeiro ato como Lucas. © F O T O S R E N AT O P I Z Z U T T O
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LUCAS
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NO RASTRO (E NO QUARTO) DO NEYMAR Comparações eram inevitáveis. Adversários no futsal, na base e no
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profissional. Mesma idade, mesmo 21:05
empresário, contratos milionários e talento de sobra. Semelhanças que seleção sub-20, em janeiro deste ano. Os dois dividiram quarto na concentração para o Sul-americano do Peru. A parceria deu certo, dentro e fora de campo. “Todo dia o Neymar colocava uma música
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estava apaixonado, carente. Ele se
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apaixona por um monte. Eu sempre
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romântica lá no quarto. Dizia que
é parecido, na arte do flerte Lucas
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só aproximaram Lucas e Neymar na
se diz bem mais comedido que o
tirava sarro dele no Twitter”, diz o são-paulino. Se no campo o futebol
santista: “Eu sou quietinho”. Porém, na sua pista, a de boliche, ele se garante. “Nunca joguei contra o Neymar, mas fica o desafio. Ganho dele fácil.” Os encontros da dupla devem se manter frequentes — e prometem — nas seleções olímpica
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e principal. “Ainda vamos brincar PLACAR
muito no Twitter”, prevê o meia. 46
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Mas nós sabemos que vai ser difícil ele cumprir todo o contrato até 2015”, afirma Leco, vice-presidente de futebol são-paulino. O salário do meia também foi turbinado — 120 000 reais mensais, dez vezes mais do que ganhava quando subiu da base para o profissional. A ideia, no entanto, é que o camisa 7, que agora detém 80% dos seus direitos de imagem, possa faturar quase 500 000 reais por mês com o incremento de receitas publicitárias, modelo semelhante ao elaborado para Neymar. O plano deixou outros jogadores do elenco enciumados, principalmente os recém-promovidos da base que também disputaram o Sul-americano sub-20. O volante Casemiro, inclusive, chegou a revelar propostas do exterior para pressionar a diretoria e forçar um reajuste salarial. “O São Paulo chama seus atletas da base para uma conversa assim que eles sobem para a equipe principal. Buscamos valorizar a todos de forma equilibrada”, desconversa o diretor João Paulo de Jesus Lopes. Em meio à ciranda que envolveu sua renovação, Lucas tenta manter a serenidade da época em que ainda era apenas mais um no CT de Cotia. ©1 O Sul-americano sub-20, no Peru, ajudou na negociação do contrato milionário com o São Paulo. No último jogo do Brasil na competição, diante do Uruguai, Lucas comeu a bola e marcou três gols
“A cabeça é a mesma, só o futebol que deu uma evoluída”, brinca. Ele ainda mora no CT do São Paulo e não tem carro. Prefere investir os primeiros saldos do novo salário em um apartamento para a mãe e outro para o pai, que são separados, mas participaram ativamente da sua renovação de contrato. “No último encontro antes da assinatura, a mãe dele virou para mim e disse: ‘Cuida bem dele, cuida do meu menino’”, conta Leco. Mas é Jorge, o pai, quem toma conta das finanças de Lucas, controladas com rigor para evitar que o dinheiro e a fama subam à cabeça. “Ainda não caiu a ficha de tudo o que está acontecendo comigo: time principal, renovação, seleção. Mas evito pensar muito nisso. Só quero jogar meu futebol e fazer valer esse novo contrato”, diz o meia. De qualquer forma, ele se diz satisfeito com a mesada que recebe do pai e com os mimos típicos de um garoto. “Sempre rola um McDonald’s, uma pizza ou um churrasco como prêmio pelas vitórias. Quem sabe não faço igual ao Neymar e peço um carro também? Mas ainda vai demorar.” Preocupação recorrente por agora, que rende várias postagens em seu
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perfil no Twitter, são os engarrafamentos que enfrenta pelas ruas de São Paulo. Quando visita os pais na Cidade Ademar, periferia da capital, o camisa 7 fica indignado com as horas que perde no meio do caminho. “Um seguidor do meu Twitter disse que a única coisa que me para é o trânsito. No campo, procuro me movimentar bastante para que ninguém me pare. Mas de congestionamento não tem como fugir. É só chover que trava tudo”, reclama. Imparável no Sul-americano, Lucas foi convocado para a seleção principal
com o aval de Ney Franco, comandante da sub-20. Tornou-se o segundo jogador mais jovem do São Paulo a vestir a camisa amarela, superando Kaká, convocado pela primeira vez aos 19 anos. Na corrida pela camisa 10 até a Copa de 2014, ele espera levar vantagem sobre concorrentes de peso, como Ronaldinho Gaúcho, Ganso e o próprio Kaká, por causa da versatilidade, tão alardeada por Mano Menezes desde que assumiu a seleção. “O Lucas é capaz de mudar uma partida. Ele tem força e arrancada, ajuda na marcação
e pode jogar em várias posições, até mesmo como um segundo volante”, destaca Ney Franco. Veteranos do time tricolor, como Rivaldo e Rogério Ceni, pentacampeões do mundo com a seleção em 2002, viraram conselheiros. Enquanto o camisa 10, mesmo barrado após o retorno de Lucas à equipe, tenta servir de espelho ao garoto pedindo humildade, o capitão já o vê como herdeiro do trono, o ídolo pós-Rogério. Para isso, o meia treina cobranças de falta, didaticamente instruídas pelo capitão. “Jogadores experientes do elenco dão segurança aos meninos que vêm da base, como o Lucas, que sabe respeitar e ouvir o que eles têm a dizer”, afirma Leco. O futebol atrevido de Lucas reflete planos audaciosos para a carreira, conhecidos por seu empresário desde a Copinha. “Tenho dois grandes objetivos de vida: ganhar uma Copa e ser o melhor jogador do mundo”, diz ele sem temer. “Eu nasci para jogar bola. É o que eu gosto de fazer. Futebol é minha maior diversão. Depois vem o boliche, claro.” Com o sorriso fácil de quem se entusiasma com a ideia de pedir uma pista de boliche na concentração ao presidente Juvenal Juvêncio, o jovem tricolor parece desprezar os 80 milhões de euros que o definem por contrato. Para si mesmo e os amigos que o viram crescer, ele ainda é um moleque. O moleque do gol.
APOSTEI ALTO NO LUCAS. SEMPRE SOUBE QUE ELE SERIA TITULAR DO SÃO PAULO, QUE IRIA CHEGAR À SELEÇÃO Wagner Ribeiro, empresário do meia, que também cuida da carreira do santista Neymar
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“Foram muitos anos de farol...” Ah, é? Você trabalhava no semáforo? “Brincadeira. Malabarismo eu fazia só em casa mesmo”, diverte-se o garoto
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DIEGO SOUZA CHEGA AO RIO PARA CAPITANEAR A ESQUADRA VASCAÍNA PARA LONGE DA MARÉ DIFÍCIL DOS ÚLTIMOS ANOS – E, FINALMENTE, TENTAR TOCAR SEU TALENTO DE VENTO EM POPA P O R F L ÁV I A R I B E I R O DESIGN ROGÉRIO ANDRADE
I L U S T R A Ç Ã O S O B R E F O T O D E D A R YA N D O R N E L L E S *
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NAVEGAR É PRECISO * ASSISTENTE FERNANDO MIRANDA
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DIEGO
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O ano de 2010 foi ruim para Diego Souza — o que não chega a ser uma novidade. Apesar de seu óbvio talento, parece que, sempre que começa a navegar em águas calmas, um vento contrário o detém. Após um excelente Brasileirão pelo Palmeiras em 2009, Diego Souza não decolou mais uma vez. Discutiu com a torcida, saiu do time e acabou indo para o Atlético-MG em 2010. Depois de uma temporada frustrante, pediu para sair. “Apostei todas as minhas fichas no Vasco para ser outra vez o mesmo [bom jogador]”, afirma. A estreia (com direito a gol na vitória contra o Botafogo) foi animadora para o Vasco, que não vive momento, assim, tão diferente. A impressão é de que o clube de São Januário caiu de patamar na última década. É difícil, mesmo para o vascaíno mais doente, citar um grande ídolo desde Romário. Ou um camisa 10 indiscutível desde Juninho Paulista. E olhe que Juninho passou por São Januário em 2001...
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Agora, numa relação simbiótica, Vasco e Diego Souza juntam forças para tentar sair de seus respectivos buracos em 2011. Dará certo? Digamos que jogar é preciso, mas o futebol não é. O título desta matéria remete a uma frase que aceita duas leituras. “Navegar é preciso, viver não é preciso”. Na primeira acepção, entende-se que navegar, explorar o mundo, é algo necessário. Na outra, que a navegação é uma ciência precisa, exata — em contraponto à imprevisibilidade da vida. Voltando ao futebol, é certo que Diego Souza precisava deixar o banco se quisesse, de uma vez por todas, alcançar o
Diego Souza em campo: estreia com direito a gol no clássico
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status de craque. E o Vasco, em busca de ídolos, parece ser o lugar ideal para isso. Mas o futebol está longe de ser uma ciência exata. E, até que o Vasco de Diego Souza arrebente em campo, a negra nuvem de dúvidas que paira sobre os dois não se dissipará.
TORMENTAS E CALMARIAS Grande e forte, Diego teve um começo promissor. Era um dos líderes da seleção sub-20, tinha acabado de ser campeão carioca pelo Fluminense quando recebeu um convite para jogar na Europa no meio de 2005 — o pacote completo dos sonhos de todo jovem jogador. Mas, contratado pelo Benfica, acabou emprestado ao Flamengo dois meses mais tarde. Esteve no elenco campeão da Copa do Brasil de 2006 sem empolgar, acima do peso. Voltou a Portugal, onde disputou apenas duas partidas em seis meses. Sem brilhar em solo europeu, teve seu passe comprado pela Traffic por 3,75 milhões de euros e foi emprestado ao Grêmio. Diego sabia que não poderia desperdiçar outra oportunidade e prometeu a si mesmo que faria de tudo para não ficar sem jogar. “Nessas horas você aprende a dar valor a quando joga. O que passei me fez querer vencer sempre, jogar sempre”, lembra. Entre 2007 e 2009, então, Diego viveu ótimos momentos em sua carreira, no Grêmio e no Palmeiras. Foi campeão gaúcho em 2007 e paulista em ©1 DARYAN DORNELLES
©2 FUTURAPRESS
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Dinamite entrega a 10 a Diego: ídolo e... novo ídolo?
TRIPLA FUNÇÃO
Diego começou como segundo volante, mas já foi meia
pela bola. Mas não é volante que cobre as laterais, não
e meia-atacante, sua posição preferida. “O Ricardo Go-
é cão de guarda. No meio e no ataque, ele ganha no
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AFINAL, QUAL É A POSIÇÃO EM QUE DIEGO SOUZA PODE RENDER MAIS?
mes me conhece, já me disse que eu posso fazer uma
corpo, fura as defesas, porque é muito forte, pesado,
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tripla função, jogar em qualquer uma dessas posições”.
grande. Hoje em dia, ele rende mais na frente”, analisa
Para Rene Weber, que comandou Diego na seleção sub-
o treinador. A aposta é no vigor físico de Diego e em
20, sempre houve uma dúvida sobre a melhor posição
sua capacidade de jogar em várias posições sem reclamar. “Ele se adapta facilmente a várias funções, isso
volante, mas depois meia-atacante. Quando era volan-
é bom para qualquer treinador”, diz Rodrigo Caetano,
te, atropelava os caras, porque é forte, pujante, briga
do Vasco. Confira como ele pode atuar na equipe.
DIEGO VOLANTE
DIEGO MEIA
DIEGO ATACANTE Alecsandro
Alecsandro Éder Luís
Alecsandro
Bernardo
Éder Luís
Bernardo
Felipe
10 Eduardo Costa (Rômulo)
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Éder Luís (Bernardo)
10 Felipe
Rômulo
Eduardo Costa
Rômulo
Eduardo Costa
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para o jogador. “Ele é eclético. Comigo, foi segundo
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DIEGO
SOUZA
FLUMINENSE 2003/05
BENFICA 2005/06
jogador pelos clubes onde atuou.
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2008. Jogou na seleção sub-23 e foi convocado para a principal por Dunga — atuou justamente na partida em que a invencibilidade de 19 jogos da seleção foi quebrada, na derrota para a Bolívia por 2 x 1 na altitude de La Paz, em outubro de 2009. Coincidência ou não, o jogador não voltou a vestir a amarelinha. Mas a fase era boa no Palmeiras. No mês seguinte, ele marcaria o gol mais bonito de sua carreira — um voleio de primeira, do meio de campo, contra o Atlético Mineiro. Foi considerado o melhor jogador do Brasileirão de 2009 e as coisas finalmente andavam bem. Até que, em maio de 2010, um desentendimento com a torcida do Palmeiras mudou sua rota. Vaiado, Diego respondeu à torcida com gestos obscenos e foi afastado do time. “Claro que me arrependo daquilo. Eu estava de cabeça quente. Sair da equipe daquele jeito, onde eu já tinha uma história... Fiz gols decisivos, um deles histórico, do meio do campo. Não era para ter sido daquele jeito”, lamenta. “Mas botei minha cara a tapa, chamei a responsabilidade, e disso não me arrependo”, afirma.
O fato é que Diego ficou mais de dois meses sem jogar, até desembarcar no Atlético Mineiro (que comprou 50% de seus direitos), o que é péssimo para um jogador do seu tamanho. Com 1,86 metro e pesando, hoje, 89 quilos, Diego precisa estar em forma para render o que pode. Quando voltou a atuar, no Galo, não rendeu. No banco desde o início deste ano, não aguentou e pediu para sair. “Ele é um ótimo garoto, que nunca deu um problema. Só saiu porque quis. Pelo meu gosto, estaria aqui ainda. Mas ele me pediu para ir embora. Disse que precisava jogar e reconheceu que o time estava bem e não tinha como tirar alguém para botar ele”, conta o presidente do Galo, Alexandre Kalil. “O problema é que ele ficou muito tempo parado, do Palmeiras para cá. E todo jogador grande e forte demora mais para recuperar o futebol, a forma física. Ele precisava de um pouco mais de tempo, mas não teve paciência. O Atlético teria esperado. Eu disse a ele: ‘Tudo bem, mas você só sai se tiver uma proposta que compense o que
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AS MARÉS DE DIEGO SOUZA
AOS 25 ANOS, O JOGADOR JÁ TEVE ALTOS E BAIXOS O Vasco será o sétimo time na curta carreira do jogador, que passou antes por Fluminense, Benfica, Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Atlético Mineiro. Começo promissor, frustração europeia, futebol discreto, grandes atuações e banco. Acompanhe
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no quadro ao lado o sobe e desce do
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EM FORMA, DIEGO PODE AJUDAR O VASCO A TER UMA EQUIPE SÓLIDA. E, ASSIM, SE AJUDAR TAMBÉM o Atlético investiu em você’. E aí ele logo depois me trouxe a proposta do Vasco”, conta Kalil. O Vasco pagou 1,5 milhão de euros por 33,3% dos direitos federativos do atleta, com opção de compra de mais 20%. “Ficamos com um pedacinho, nem é significante. Não tenho o que declarar sobre ele”, diz Júlio Mariz, presidente da Traffic.
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Douglas, contra o Corinthians: xodó do técnico
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NOVOS RUMOS Enquanto Diego brilhava no Brasileirão de 2009, o Vasco jogava a Segundona. A primeira década dos anos 2000 havia sido um desastre para o clube. Além do infame título da segunda divisão, conquistou apenas um Campeonato Estadual (2003) durante o período. A necessidade de encontrar um ídolo que pusesse fim ao martírio era uma preocupação das diretorias de Eurico Miranda e Roberto Dinamite. Diego Souza aparecia como uma boa opção, e o Vasco tentou contratá-lo em dezembro de 2010. Não deu certo. Como o descontentamento de Diego com a reserva do Galo era claro, isso incentivou os dirigentes do clube a uma nova tentativa em fevereiro. “O Ricardo Gomes (técnico cruzmaltino) falou comigo: ‘O Diego não está jogando...’. Aí fiz nova proposta. Ele só tem 25 anos e assinamos por quatro. Foi um investimento”, afirma o diretor executivo de futebol do clube, Rodrigo Caetano, que geria o futebol do Grêmio quando Diego estava lá. “Ele foi muito
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bem no Grêmio. É um jogador de qualidade superior, que depende da força. Não foi bem no Atlético no ano passado? Mas quem foi? Há anos difíceis mesmo”, diz. O técnico Ricardo Gomes, que dirigiu Diego em 2005 no Fluminense, aposta no jogador. “Só não tem ano ruim quem não joga. Diego tinha 18 anos quando o treinei pela primeira vez, mas já mostrava uma qualidade técnica acima da média, muita força, muita potência. Claro que era um nome que interessava a nós.” A força física de Diego é citada por todos. Pouco antes de se demitir do Fluminense, o técnico Muricy R a m a l h o, q u e o c o m a n d o u n o Palmeiras, comentou sua chegada ao Vasco em entrevista à Rádio Globo. “Foi uma excelente contratação. É um jogador muito forte e que veio para substituir o Zé Roberto. É um meia que vai ajudar muito e tem muita força. Quando está bem fisicamente, é um jogador que ajuda muito. Tem uma arrancada impressionante.” Diego quer ajudar o Vasco, que fez
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a pior Taça Guanabara de sua história, e busca com a sua contratação (além das de Bernardo e Alecsandro) formar uma equipe sólida. Diego quer se ajudar também. Esquecer 2010. “Foi frustrante, mas um ano de aprendizado. Conversei com o Dorival Júnior (técnico do Atlético-MG) umas três vezes, porque não sou o jogador que entra e muda um jogo. Preciso estar jogando, com ritmo, para fazer a diferença. Não deu. Agora quero voltar à seleção”, afirma. Mano o conhece bem — treinou-o nos tempos de Grêmio —, mas prefere não opinar sobre Diego no Vasco. “Mano não opina sobre jogadores individualmente nos clubes para não interferir no trabalho que eles estão desenvolvendo ou, nesse caso, vão começar a desenvolver”, disse, por meio de sua assessoria. Diego Souza crê na volta em grande estilo— a seleção é o grande objetivo. Diz que não teve dúvidas quando assinou com o Vasco por quatro anos. “Minha confiança não foi abalada. Quero é jogar.” Afinal, jogar é preciso. Mesmo que o futebol não o seja. A B R I L | 2 0 1 1 | WWW.PLACAR.COM.BR |
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INTER APROVEITA O BOM MOMENTO DA ECONOMIA, TRAZ HERMANOS RAÇUDOS PARA DEIXAR TIME COM “CARA DE LIBERTADORES” E JÁ QUESTIONA RESERVA DE MERCADO NO BRASILEIRÃO POR FREDERICO LANGELOH
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S Se há um lugar onde o Mercosul realmente funciona, este deve ser o BeiraRio. O que no começo da temporada era apenas um time brasileiro com uma ótima dupla de jogadores argentinos tornou-se uma verdadeira armada hermana em 2011. Com a ajuda do real valorizado, juntaram-se a Guiñazu e D’Alessandro outros dois argentinos, recém-chegados do futebol europeu: Fernando Cavenaghi (Mallorca) e Mario Bolatti (Fiorentina). Agora o Inter pode ser escalado com Cholo, Cabezón, Torito e Gringo — os apelidos dos caras — e encarar as batalhas da Libertadores com o sotaque oficial da competição. E o desembarque de gringos não deve parar por aí... O clube já foi em busca do goleiro Germán Voilloud, de 20 anos, reserva do Tigre de Buenos Aires. Ele passará por testes e poderá ser contratado em maio. E os argentinos não estão sozinhos. Ainda há o uruguaio Sorondo ( já naturalizado brasileiro), o colombiano Bustos (atualmente afastado do grupo principal) e o equatoriano Bolaños
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D’Alessandro é idolatrado pela torcida, apesar de ser argentino
(emprestado à LDU e que recentemente foi baleado, após uma tentativa de assalto, em Quito). Um verdadeiro Mercado Comum do Sul futebolístico. Não que estrangeiros sejam algo novo no clube... Pelo contrário. Em 102 anos, o Inter registra 64 gringos no time principal (veja na pág. 59). Mas o bom desempenho da economia brasileira nos últimos tempos proporcionou uma retomada inédita de investimentos no mercado sul-americano. Da nova safra, Guiñazu é o decano. Desembarcou no Beira-Rio em junho de 2007. Durante a Libertadores do ano anterior, havia chamado a atenção dos colorados no mata-mata contra o Libertad, pelas semifinais. Tinga estava com as malas prontas para o Borussia Dortmund e El Cholo surgia como seu substituto. O Libertad não o liberou e o Inter esperou 12 meses para contratá-lo — vencendo o rival Grêmio na negociação. Logo depois, Sorondo foi contratado também graças a suas belas atuações na... Libertadores, claro! Jogando pelo Defensor, do Uruguai.
Ambos se adaptaram bem rapidamente ao Colorado gaúcho. Guiñazu precisou de dois jogos para tornar-se ídolo. Após a partida contra o Cruzeiro, no Mineirão, disse aos dirigentes: “Prometo a vocês que a camisa 5 será minha e não vou soltála mais”. Cumpriu a palavra, conquistando a torcida com muita raça. “Aqui em Porto Alegre você dá um carrinho no meio-campo e o estádio te aplaude em pé. Nem na Argentina acontece isso!”, afirma o jogador. “Não sei se meu futebol seria admirado em outros lugares do Brasil. O gaúcho gosta do jogo de pegada, como nós, talvez daí a empatia mútua.” PEGADA PORTENHA, TALENTO BRASILEIRO
Guiñazu já vê até mesmo um futebol próprio, em gestação no Inter. Entende que agora a equipe está com uma pegada mais “portenha” (de quem nasce em Buenos Aires) aliada ao talento verde-amarelo. “Prova disso é que, nas últimas temporadas, jamais perde-
mos para times argentinos”, justifica. Se El Cholo é o deus da raça colorada, D’Alessandro é a cara do Inter. De cada dez camisas oficiais vendidas, sete têm o nome dele. “Pesquisas apontam que o D’Ale é o grande ídolo dos jovens até 18 anos”, conta o diretor de marketing do Inter, Jorge Avancini. O argentino agradece. “Devo tudo ao Inter. Foi aqui que conquistei os grandes títulos da minha carreira. Sinto-me um gaúcho, até tomo chimarrão.” O vice de futebol colorado, Roberto
Siegmann, lembra que a proximidade do Rio Grande do Sul com a Argentina e com o Uruguai por si só já torna o futebol gaúcho parecido com o dos hermanos. “Nosso jogo é mais aguerrido que artístico. Com essa mistura cultural, conseguimos juntar a habilidade dos brasileiros com a raça e a técnica dos argentinos. O time acaba ficando com cara de Libertadores”, afirma o dirigente. A importância dos argentinos é tanta que a direção consultou D’Alessandro e Guiñazu antes
“NÓS CONSEGUIMOS JUNTAR A HABILIDADE DOS BRASILEIROS COM A RAÇA E A TÉCNICA DOS ARGENTINOS. O TIME FICA COM A CARA DE LIBERTADORES” Roberto Siegmann, vice-presidente de futebol do Inter
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Guiñazu não alivia em campo: “Gaúchos aplaudem os meus carrinhos”
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de definir as contratações de Bolatti e Cavenaghi. Para D’Alessandro, as contratações comprovam a confiança no futebol dos vizinhos. “Esse processo começou com Tévez e Mascherano, no Corinthians. Fizeram um grande trabalho lá. Tomara que mais argentinos possam atuar no Brasil. Será bom para todos.” Cavenaghi jogou com D’Alessandro no último grande time do River Plate, com Ayala, Saviola, Demichelis e Cambiasso. Depois, rodou por Spartak Moscou, Bordeaux e Mallorca. “D’Ale e Guina me falaram muito bem do Inter. Isso foi fundamental para que eu assinasse o contrato”, conta Cavenaghi. Já Bolatti foi escolhido a dedo para a vaga de Sandro. Na estreia, contra o Emelec, marcou um gol. Na partida seguinte, contra o Jaguares, fez mais dois. E comemorou os gols socando o ar, como o mais famoso 5 colorado, Paulo Roberto Falcão, fazia. A comparação foi óbvia. “Calma, pessoal, até eu fiquei surpreso com esse começo. Não sou de fazer gols”, adiantou-se Bolatti, que A B R I L | 2 0 1 1 | WWW.PLACAR.COM.BR |
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Bolatti comemora como Falcão fazia: começo promissor com a camisa colorada
em toda a carreira havia anotado apenas sete vezes. “Meu pai sempre me falava do Falcão quando comentava sobre os grandes jogadores do Brasil. Sei que essa comparação é um exagero.” Falcão quer ver Bolatti atuar mais vezes: “Parece ser muito técnico. Pode ser, sim, o novo Sandro”. Fora de campo, os argentinos costumam frequentar juntos uma parrilla (espécie de churrascaria muito comum no Uruguai e na Argentina) em Porto Alegre. Guiñazu, D’Alessandro e Cavenaghi moram no mesmo prédio e costumam reunir as famílias. “Acho que eles são mais unidos do que nós, brasileiros, quando estamos em algum time do exterior. Costumam fazer a refeição juntos e ficam conversando por bastante tempo à mesa. Nos momentos de oração e nas conversas do grupo sempre pedem a palavra, sempre se posicionam. É muito legal ver isso”, diz o goleiro Lauro. “Eles deram uma dinâmica diferente à equipe. Podemos estar com 50 minutos de jogo e eles sempre estarão cobrando 58
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marcação, pegada, levam tudo muito a sério”, conta. Lauro ainda cita um episódio ocorrido no Mundial de Abu Dhabi para elogiar a solidariedade argentina. “Quando fomos derrotados pelo Mazembe, o Lúcio [ex-Inter, hoje na Inter de Milão] nos criticou, dizendo que havíamos feito festa antes de ir para o torneio. Já o Cambiasso [um dos argentinos da Inter de Milão] lamentou nossa eliminação e afirmou que estava triste pela derrota de seus amigos argentinos. Vê a diferença?”
OS COMUNITÁRIOS
Para seguir investindo em estrangeiros, o Inter buscará guarida na Conmebol para tentar alterar a legislação brasileira. Pretende abrir a discussão para quebrar a reserva de mercado. Hoje, apenas três jogadores estrangeiros podem atuar ao mesmo tempo por times brasileiros. Muito pouco, no entender dos colorados. No Gauchão e no Brasileirão, por exemplo, Guiñazu, D’Alessandro, Bolatti e Cavenaghi jamais poderão atuar juntos. “Por que
“O BRASIL PAGA SALÁRIOS DE EUROPA, ÀS VEZES MAIORES. AQUI OS ARGENTINOS RECEBEM EM DIA E AINDA ESTÃO PERTO DE CASA E DA SELEÇÃO DELES” O empresário FERNANDO OTTO enumera as razões para a invasão hermana
NACIÓN Cavenaghi e os outros argentinos se adaptaram com facilidade
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OS GRINGOS NA HISTÓRIA DO INTER BOLEIROS DE NOVE PAÍSES JÁ VESTIRAM A CAMISA COLORADA
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Antes do meia Rubén Paz e do zagueiro Aguirregaray, ambos nos anos 80, o atacante Donaldo Ross era titular do Inter campeão em 1927. Sorondo estava na equipe que conquistou o bicampeonato da Libertadores, em 2010.
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D’Alessandro e Guiñazu são campeões da Libertadores em 2010. O atacante Villalba foi um dos destaques do mítico Rolo Compressor, nos anos 40. Ele marcou 20 gols em Grenais — o segundo maior goleador do clube no clássico.
não podemos fazer como na Europa e criar um mercado de jogadores comunitários? Precisamos fazer valer a integração do Mercosul também dentro de campo. A Libertadores, regida pela Conmebol, permite um número ilimitado de estrangeiros. Por que o Brasileirão não?”, indaga Siegmann. A ideia do dirigente colorado é que os clubes brasileiros poderiam contar com pelo menos 50% de estrangeiros em seus times. “Nossa economia vem favorecendo essas transferências, o que é ótimo, pois esse intercâmbio de culturas futebolísticas enriquecerá nosso jogo”, afirma o técnico Celso Roth. Para o empresário Fernando Otto, que trouxe para o Inter D’Alessandro, Cavenaghi e Bolatti (além de Maxi López, para o Grêmio), o desembarque hermano tem tudo para seguir com força no futebol brasileiro. “Para os argentinos, o Brasil é atraente por pagar salários de Europa. Às vezes, até maiores. Aqui, receberão em dia e estarão perto da Argentina e da seleção”, diz. Otto entende ainda que os gran© FOTOS VIPCOMM
des clubes passarão a investir principalmente em armadores: “Aqui, nomes como D’Alessandro, Conca e Montillo têm liberdade para jogar. Têm espaço para unir a habilidade nata com a cultura tática desde as categorias de base, algo que nós, brasileiros, não temos”. O sucesso argentino em solo gaúcho (e brasileiro) repercute nas redações de Buenos Aires. Francisco Schiavo, repórter do jornal La Nación, lembra que desde o sucesso dos corintianos Tévez e Mascherano a imprensa portenha passou a ver no Brasil não apenas o rival eterno, mas uma espécie de novo trampolim para as carreiras de craques argentinos. “Os nomes argentinos serão cada vez mais frequentes no Brasil, pois nossos jogadores se deram conta da importância do futebol brasileiro e de seu poderio econômico”, analisa Schiavo. “Hoje, o Inter é a carta de apresentação dos nossos quatro jogadores para a seleção — cada um com suas aspirações e com a mão que o Brasil lhes estendeu. E Porto Alegre está aqui ao lado”. Está mesmo...
9 PARAGUAIOS
Em 79, Benítez era o camisa 1 do timaço campeão brasileiro invicto. Em 92, Gato Fernández era o goleiro do título da Copa do Brasil. Gamarra, apesar de ser um zagueiro histórico do Inter, conquistou apenas o Gauchão de 97 pelo Colorado.
6 COLOMBIANOS
Rentería retomou no Inter a irreverência dos atacantes. Foi campeão da Libertadores de 2006, com direito a gol antológico contra o Nacional, em Montevidéu. Uma lesão o tirou do Mundial de Yokohama, mas o colombiano Fabián Vargas estava lá.
3 CHILENOS
Don Elias Figueroa foi o líder do Inter bicampeão brasileiro de 1975 e 1976. É lembrado como o símbolo do tempo em que o Inter virou grande. Nos anos 90, treinou o Inter brevemente.
1 NIGERIANO
Abubakar foi contratado nos anos 2000, após passar pelo River Plate (ARG). Não deu certo.
1 PERUANO 1 EQUATORIANO 1 ALEMÃO
Hidalgo foi campeão mundial em 2006.
Bolaños passou discretamente pelo Inter.
O zagueiro With Bahr atuou em 1910.
TOTAL 64* GRINGOS * C A S O O G O L E I R O G E R M Á N V O I L LO U D S E J A C O N T R ATA D O P E S Q UAI SBA R : AI LLE X| A N2D0R 1E 1L I |M EWWW.PLACAR.COM.BR IRA, ADMINISTRADOR | DE EMPRESAS E TORCEDOR DO INTER
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WALLYSON? SEM INVESTIR EM GRANDES CONTRATAÇÕES,
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PARA O ATAQUE ESTAVA NO BANCO DE
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O CRUZEIRO DESCOBRIU QUE A SOLUÇÃO RESERVAS. SAIBA POR QUE O JOVEM
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le chegou para disputar vaga em um ataque que tinha o artilheiro da Libertadores de 2010, Thiago Ribeiro, que fazia dupla entrosada com Wellington Paulista. Na mesma época, o clube trouxe o argentino Farías, ex-River Plate, um dos artilheiros da Libertadores de 2006. Não bastasse, um mês antes chegara Robert, ex-Palmeiras. Esse foi o cenário que Wallyson, 22 anos, encontrou na Toca da Raposa em julho do ano passado, vindo do Atlético-PR. Para piorar, o ex-catador de caranguejo nas praias de Natal estava sem jogar havia três meses e precisava recuperar o condicionamento físico. Menos de um ano depois, tendo
atuado em 2010 em 14 partidas sempre saindo do banco de reservas, o jogador revelado pelo ABC é titular da equipe de Cuca. Até o início de março, era o artilheiro da Libertadores, com quatro gols em três jogos. Mas o que motivou essa mudança em tão pouco tempo? “Peguei o barco no meio do caminho e os meus companheiros estavam muito acima fisicamente quando cheguei”, diz o atacante, que valoriza a oportunidade de ter uma pré-temporada. “Quando alguém pega um trabalho no começo, fica mais fácil mostrar serviço. E, em janeiro, coloquei na cabeça que seria o meu ano. Minha meta era só jogar e esquecer os problemas fora do campo”, lembra Wallyson, referindo-se à conturbada saída do Atlético-PR, via A B R I L | 2 0 1 1 | WWW.PLACAR.COM.BR |
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Justiça, às contusões que o atormentaram no clube paranaense e à perda do pai, vítima de câncer, no ano passado. Em 2010, o atacante passou quase despercebido. Seu prestígio não mudou nem quando marcou o gol que deu ao Cruzeiro a vaga direta na Libertadores, na vitória de 2 x 1 contra o Palmeiras pela rodada final do Brasileirão. Mas o início de 2011 não indicava uma lua de mel entre torcida e jogador. Os cruzeirenses sonhavam com um centroavante. O paraguaio Ortigoza, de passagem discreta pelo Palmeiras, e André Dias, que também não deixou saudade na torcida do Vasco, foram as últimas apostas.
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que levou o Cruzeiro à liderança do grupo e o jogou nas graças da torcida. Nas graças dos companheiros ele já está há muito tempo. “No ano passado, o Wallyson teve o falecimento do seu pai, e isso faz que o atleta tenha uma queda de rendimento. Mas todos o apoiaram. Hoje o Wallyson é uma peça fundamental na equipe. Além disso, é brincalhão e tem um ótimo astral”, diz o lateral-esquerdo Diego Renan, um dos mais próximos do atacante.
CUCA, O PAIZÃO A oportunidade dada pelo técnico Cuca não sai da cabeça de Wallyson. “Ele me
O MÓDULO WALLYSON
ESTÁDIO DO ABC HOMENAGEIA JOGADOR A moral de Wallyson é tão alta em Natal e com os abecedistas que parte do
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Com status de celebridade, Wallyson visita o estádio que ajudou a erguer
Tudo mudou para Wallyson em pouco mais de 50 segundos. Foi o tempo que ele precisou para marcar seu primeiro gol em 2011, na primeira partida em que começou como titular no Cruzeiro. O gol, na estreia da Libertadores, foi contra o Estudiantes, algoz da final de 2009. O potiguar fez mais um na goleada de 5 x 0 e mostrou que a opção do técnico Cuca de barrar Thiago Ribeiro não era lá uma loucura. No jogo seguinte pela Libertadores, contra o Guaraní, jogo duro, marcação cerrada, contra-ataques paraguaios. Até aparecer quem? Wallyson. Ele fez os dois primeiros gols da vitória por 4 x 0
estádio Frasqueirão foi batizada em sua homenagem. Wallyson, na verdade,
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Revelado pelo ABC, Wallyson chamou a atenção do Cruzeiro quando defendia o Atlético-PR, clube pelo qual venceu o Paranaense em 2009
ajudou a “construir” uma parte do estádio. O ABC tinha 10% dos direitos do jogador quando ele foi negociado com o Atlético-PR. Na ocasião, foi feito um consórcio de 500 cotas de 1 000 reais para serem negociadas. Aqueles que comprassem recuperariam o investimento na revenda do jogador no futuro. A procura foi grande, mas, depois da venda definitiva de Wallyson para um grupo de empresários, que o repassou ao Cruzeiro, 99% dos que compraram as cotas abriram mão do dinheiro para ajudar o clube — ao menos é o que garante o vice-presidente do ABC, Flávio Anselmo. Com o dinheiro da venda
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do jogador, o ídolo local ganhou uma homenagem: parte das arquibancadas PLACAR
do Frasqueirão é chamada de Módulo Wallyson.
ELE SE FORTALECEU FÍSICA E TECNICAMENTE. COM BONS JOGOS E TREINAMENTOS, ELE ESTÁ SE ESCALANDO NATURALMENTE Cuca, técnico que levou Wallyson ao Cruzeiro e que o escalou como titular neste ano
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apoiou e me deu confiança, foi como um pai. Me deu um suporte muito grande, com conversas e conselhos”, diz. Cuca também não poupou elogios. “Ele se fortaleceu física e tecnicamente. Com bons jogos e treinamentos, ele está se escalando naturalmente. É difícil ter um jogador assim, tático e ainda por cima com o cheiro de gol que está tendo”, afirma o treinador, lembrando o bom trabalho de Wallyson nas partidas na Libertadores. Para Cuca, o mérito da boa fase é do jogador. “Tem fechado bem na diagonal, como gosto que faça o segundo atacante. E tem encontrado bem os espaços, geralmente à base de velocidade, para fazer os gols”, diz. A explicação para o crescimento pode estar na melhora da condição física. Robson Gomes, preparador físico do Cruzeiro, afirma que, desde que Wallyson chegou ao clube, tem recebido tratamento especial. “Em um trabalho com o departamento de nutrição, fizemos com que ele tivesse uma suplementação alimentar. Neste ano, fez a pré-temporada de maneira integral e se destacou”, diz.
ÍDOLO IMEDIATO Flávio Anselmo, o homem que o descobriu nas praias de Natal e o levou para o ABC, tem uma explicação para a boa fase. “Ele está bem assim por ter conseguido emplacar uma sequência de jogos”, afirma. Seu primeiro treinador, Roberval Davino, que o pinçou das categorias de base do ABC para o time profissional, ressalta a preparação física como ponte para o sucesso. “Ele encorpou e ganhou massa muscular”, diz. No ABC, o salto das categorias de base para o profissional foi imediato e coroado com uma atuação de gala na final do Campeonato Potiguar de 2007. Wallyson fez quatro gols no 5 x 2 que o ABC aplicou no rival América, feito que o alçou no ato à condição de ídolo no clube. O sucesso atraiu a atenção do Atlético-PR. O ABC topou negociar o jogador, desde que ele ficasse no clube para a disputa da série C. Wallyson fez 16 gols na competição e foi um dos responsáveis diretos pelo acesso. Deixou o clube com 26 gols em 23 jogos. Em Curitiba, não se firmou como titular, apesar de ter conquistado a
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admiração do técnico Geninho. “Tentei levá-lo para o Sport em duas oportunidades. Pena que não estava aqui quando o Atlético o negociou”, lamenta. No clube, a média de gols caiu: foram 31 jogos e sete bolas nas redes. Uma pubalgia e um atrito que foi parar na Justiça o impediram de ter uma sequência de jogos. A renovação virou um impasse solucionado nos tribunais, com ganho de causa ao atacante. Os problemas que o atrapalharam em Curitiba fazem parte do passado, assim como as dificuldades familiares e decepções — como não ter sido negociado para o São Paulo, quando ainda era júnior, por falta de um acordo entre os paulistas e o ABC. Hoje, mais maduro e mais centrado, lembra bons momentos no Atlético-PR, mas o auge da carreira acontece no Cruzeiro. “Foi difícil ficar aqui no início, longe da família, com os problemas do meu pai. Mas passei por tudo e, na minha cabeça, quero só trabalhar”, diz. Simples, para quem precisou de menos de 1 minuto para ganhar a simpatia e a confiança da torcida cruzeirense. A B R I L | 2 0 1 1 | WWW.PLACAR.COM.BR |
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SEDES RECIFE COM TRÊS ESTÁDIOS PRIVADOS, RECIFE ESCOLHEU CONSTRUIR UMA NOVA ARENA PARA O MUNDIAL. AGORA LUTA PARA CONVENCER SEUS CLUBES A MUDAR DE CASA POR JONAS OLIVEIRA DESIGN HEBER ALVARES
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Bandeira marca o meio do campo: obras estão no estágio de fundações
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história do Brasil é repleta de capítulos escritos em Pernambuco, palco de movimentos revolucionários e insurreições motivadas por ideais libertários e nativistas. O pernambucano defende com orgulho o que é de sua terra, inclusive o futebol: é o estado do Nordeste em que o interesse pelos clubes locais supera com folga a influência dos clubes do Sudeste. O Campeonato Pernambucano é o Estadual que mais leva torcedores ao estádio e, mesmo fora da série A do Brasileiro, Sport, Santa Cruz e Náutico mantêm médias de público entre as melhores do país. Os três clubes, aliás, jogam em seus próprios estádios — fato que não ocorre em Rio de Janeiro ou São Paulo, por exemplo. 66
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Diante desse cenário, era de esperar que a realização da Copa do Mundo em Recife fosse um sucesso. Entretanto, dois anos após a oficialização da cidade como sede, ainda não se tem certeza sobre o destino pós-Copa da Arena Pernambuco, que receberá os jogos do Mundial. O estádio será erguido em um imenso terreno em São Lourenço da Mata, município a 19 km de Recife, por meio de uma Parceria PúblicoPrivada — a licitação foi vencida por um consórcio liderado pela Odebrecht. O custo da obra será de 464 milhões de reais, valor já atualizado com a isenção fiscal obtida após a licitação. Nas primeiras sondagens feitas pelo consórcio, apenas o Náutico manifestou interesse em jogar na Arena Pernambuco. Proprietário dos Aflitos,
acanhado estádio para 22 000 pessoas, cercado por ruas estreitas e edifícios residenciais, o clube vê com bons olhos a possibilidade de se mudar para São Lourenço da Mata. Mas, segundo o presidente do clube, Berillo Júnior, a proposta inicial oferecida pela Odebrecht teria ficado muito aquém do desejado. Embora não tenha revelado detalhes ou valores, ele adianta que o consórcio quer apenas parte dos jogos do clube. “Eles querem escolher os 20 melhores jogos do ano. Mas manter o estádio dos Aflitos só para jogos menores seria um grande prejuízo”, diz o presidente. Se o Náutico é o mais propenso a chegar a um acordo, o Sport não descarta a possibilidade de negociar. No último mês, porém, o clube anunciou
NOVO HABITAT PARA O LEÃO
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Em meio à discussão sobre o destino da Arena Pernambuco, o Sport surpreendeu a todos ao Projeto da Arena Pernambuco: estádio comportará 46 000 espectadores e está sendo construído por uma Parceria Público-Privada
anunciar a construção de uma nova arena no lugar da Ilha do Retiro. O estádio teria capacidade para 45 000 espectadores e estacionamento coberto com 1 500 vagas, além de contar
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com shopping center, centro de convenções, hotel e outros empreendimentos imobiliários.
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A construção seria viabilizada em parceria com a empresa Plurisport, nos mesmos moldes da nova
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Arena Palestra, do Palmeiras.
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A empresa arcaria com os custos da construção, estimados em
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500 milhões de reais, e em troca teria participação nas receitas da arena por 30 anos. A parceria
que está próximo de tirar do papel o antigo sonho de construir uma nova arena no lugar da Ilha do Retiro (leia mais em “Novo habitat para o Leão”, ao lado). Mesmo com a construção da nova casa, o Sport vê com bons olhos a possibilidade de mandar parte de seus jogos na Arena Pernambuco, no período em que a Ilha estiver fechada. “Como nossa arena ficaria pronta depois da arena do governo, o Sport poderia jogar por um tempo lá. Agora, se porventura a construção dessa nossa arena não for aprovada, a tendência é o Sport negociar para mandar parte de seus jogos na Arena Pernambuco”, diz o presidente Gustavo Dubeux. O clube que menos se interessou pela Arena Pernambuco é o Santa Cruz, que no ano passado teve média ©1 FOTO EDUARDO MARTINO ©2 ILUSTRAÇÃO DIVULG AÇÃO
de 30 243 torcedores na série D do Brasileirão — a maior entre todas as divisões. Dono do estádio Arruda, com capacidade para 60 000 pessoas, o clube não considera sequer a possibilidade de jogar parte de suas partidas na nova arena. “Que jogos seriam esses? Os grandes clássicos? Os jogos contra grandes equipes, que dão lucro? Nada contra a existência dessa Arena, mas daí ao Santa Cruz prejudicar sua história e deixar de atuar em seu próprio estádio vai uma distância muito grande”, diz o presidente do clube, Antônio Luis Neto. Para reverter esse quadro, o secretário extraordinário da Copa em Pernambuco, Sílvio Bompastor, afirma que o governo e a Odebrecht farão neste mês mais uma rodada de negociação
já foi aprovada pelo conselho, e deverá passar no início deste mês pelo crivo da Assembleia de Sócios. As obras de demolição da Ilha do Retiro poderiam começar em dezembro deste ano, mas, em entrevista a PLACAR, o presidente do clube, Gustavo Dubeux, preferiu não estabelecer datas.
©2 A nova arena: projeto ainda espera aprovação
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COPA 2014 SEDES RECIFE
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O Santa Cruz, dono do estádio Arruda, diz não ter interesse em se mudar para um estádio menor
com os clubes. Ele se mostra seguro de que eles se convencerão a jogar na nova arena. “Até porque eu acredito que os três vão estar no Campeonato Brasileiro, e as normas de segurança vão começar a exigir arenas cujas características nenhum dos campos daqui atende. Depois que os dirigentes tomarem conhecimento do programa de incentivo à adesão, vamos ter os três clubes jogando algumas partidas lá”, afirma Bompastor, que não revelou que tipos de incentivo serão oferecidos. “Só não vai ser dinheiro em espécie. Se um clube aderir, a gente pode construir ou concluir para ele um centro de treinamento, por exemplo”, diz o secretário. A mudança de local, porém, pode se tornar um problema para o trio da capital. Basta ver a dificuldade que os clubes cariocas enfrentam para levar grandes públicos ao Engenhão, localizado a 19 km do centro do Rio de Janeiro. A Arena Pernambuco contará com uma estação de metrô, mas vale lembrar que o Engenhão também é servido por uma estação de trem. 68
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Habituados a frequentar estádios localizados a cerca de 6 km do centro de Recife, os torcedores poderiam comparecer com menor assiduidade ao novo estádio. Berillo Júnior, do Náutico, rechaça essa possibilidade. “Quando você conhece o que é bom, nunca mais quer o que é ruim. Depois que o torcedor se acostumar com o conforto de ter estacionamento, lanchonete, restaurante, banheiro limpo, nunca mais vai querer voltar”, diz. Apesar de alguns atrasos, a conclusão da Arena Pernambuco continua
prevista para dezembro de 2012. É esse também o prazo dado por Sílvio Bompastor para que se chegue a um acordo com os clubes. “Não há nenhuma possibilidade de se tornar um elefante branco. Vai ter jogo lá de qualquer maneira”, diz, confiante. Ainda que ele esteja certo, é uma pena que, em uma cidade com três estádios privados, o governo tenha que investir na construção de um quarto — e lançar mão de mais incentivos para viabilizá-lo. Disso, os pernambucanos certamente não devem se orgulhar. ©1
O estádio dos Aflitos, do Náutico: clube é o mais propenso a mandar seus jogos na Arena Pernambuco
VEREDICTO PLACAR Após visitar a cidade, conhecer os projetos e ouvir a opinião de especialistas de diversas áreas, PLACAR avalia os itens mais importantes do projeto de Recife para 2014 BEM RESOLVIDO
EXIGE ATENÇÃO
PREOCUPANTE
Mobilidade urbana Na Matriz de Responsabilidades estão previstos 712,1 milhões de reais em obras de mobilidade urbana. O metrô, que liga Recife a cidades da Região Metropolitana, ganhará uma nova estação na linha Centro — o Terminal Cosme e Damião —, que ficará próximo à Arena Pernambuco. A cidade ganhará dois corredores de ônibus do tipo BRT (Bus Rapid Transit): criada a Via Mangue, via expressa que margeará o Manguezal do Pina. Além dessas obras, outras intervenções também estão previstas, como ©
a duplicação da BR-408, principal acesso à Arena Pernambuco.
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Estradas
Atualmente em estágio de fundações,
Recife está situada em posição
a Arena Pernambuco está sendo
estratégica do ponto de vista rodoviário
construída na cidade de São Lourenço
em relação às demais sedes do
da Mata, a 19 km de Recife, por meio
Nordeste — 838 km de Salvador, 819
de uma Parceria Público-Privada —
km de Fortaleza, 297 km de Natal.
o consórcio vencedor da licitação,
A maioria das estradas do estado,
liderado pela Odebrecht, terá 30 anos
no entanto, está em estado ruim ou
de concessão. A capacidade será de
regular. A duplicação do trecho da
46 000 lugares, a maioria cobertos,
BR-101 que passa pelo estado deverá
e o estacionamento terá 4 700 vagas.
ser entregue no fim deste ano.
O custo total será de 464 milhões de reais, e, apesar dos atrasos devido à demora na obtenção da licença ambiental, a conclusão
Campos de treinamento Como nenhum dos três estádios privados da cidade receberá jogos do
segue prevista para dezembro de
Mundial, todos foram indicados para servir de Campo Oficial de Treinamento
2012. O consórcio vencedor também
em 2014: o estádio dos Aflitos, do Náutico; o Arruda, pertencente ao Santa
deverá construir no entorno do
Cruz; e a Ilha do Retiro, do Sport — este último poderá ser demolido para
estádio a Cidade da Copa, complexo
a construção de uma nova arena. O outro estádio indicado foi o Ademir
com empreendimentos imobiliários
Cunha, no município de Paulista. O Náutico também pretende receber
comerciais e residenciais, que só
seleções em seu Centro de Treinamento. A secretaria da Copa pretende
será concluído após o Mundial.
indicar em breve alguns hotéis disponíveis para abrigar seleções.
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Estádio
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o Leste-Oeste, que chegará à Cidade da Copa, e o Norte-Sul. Também será
©1 FOTOS JONAS OLIVEIRA ©2 FOTO LÉO CALDAS
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COPA 2014 SEDES RECIFE
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Lazer e turismo Com diversas atrações naturais e culturais, Pernambuco é um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil. A 70 km da cidade está Porto de Galinhas, uma das praias mais procuradas do Nordeste, famosa por suas piscinas naturais. A 540 km está o arquipélago de Fernando de Noronha, que pertence ao estado. Além das atrações no próprio estado, o turista também poderá visitar atrações nos estados vizinhos, como Maceió (265 km) e João Pessoa (120 km).
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Aeroporto
Apesar de ser uma cidade de grande
O Aeroporto Internacional Gilberto
apelo turístico, Recife possui
Freyre é um dos mais modernos
um déficit em sua rede hoteleira
e confortáveis do país, e um dos
para o Mundial. Hoje, conta com
poucos entre as cidades-sede que
aproximadamente 11 000 leitos.
ainda não operam acima de sua
Uma boa mostra de como a rede
capacidade. A única intervenção
hoteleira está esgotada foi dada
prevista pela Infraero é a construção
durante o Carnaval, quando a rede
de uma nova torre de controle,
hoteleira de Recife, Olinda e Jaboatão
orçada em 19,8 milhões de reais.
dos Guararapes registrou 100% de
Viabilidade financeira
para suprir a falta de leitos é contar com pousadas e hotéis em outras
Pernambuco vive um momento de forte crescimento econômico —
cidades próximas, especialmente
principalmente devido aos investimentos recentes no complexo portuário de
Ipojuca (município onde fica Porto
Suape — , o que lhe dá capacidade para investir. Ao todo, serão empregados
de Galinhas). Contabilizando toda
1,283 bilhão de reais em recursos públicos, divididos entre os governos
a Região Metropolitana de Recife,
federal, estadual e municipal — é a oitava cidade que mais receberá
a capacidade da rede hoteleira
investimentos. O modelo escolhido para a construção do estádio, de
sobe para 37 200 leitos.
Parceria Público-Privada, irá amenizar o impacto nas finanças do estado.
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ocupação. Uma das alternativas
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Hotelaria
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Segurança
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Legado
De acordo com o último levantamento
A Copa irá acelerar melhorias
do Ministério da Justiça, é a capital
na mobilidade urbana e poderá
com a segunda maior taxa de
induzir o crescimento na região
homicídios do Brasil — só perde
de São Lourenço da Mata. Mas
para Maceió. Apesar disso, conta a
o governo terá que demonstrar
favor da polícia local a experiência
capacidade de articulação para
para lidar com eventos de grande
que a Arena Pernambuco não se
porte, como o Carnaval.
torne um estádio subaproveitado.
©1 FOTOS JONAS OLIVEIRA ©2 FOTO LÉO CALDAS ©3 FOTO MARIO RODRIGUES ©4 FOTO DIVULG AÇÃO
2014 É LOGO AQUI Além do raio-X completo de uma das cidades, a cada mês você poderá acompanhar o andamento das obras nas demais sedes da Copa 2014 ©3
Fortaleza A reinauguração do estádio Presidente Vargas, que irá suprir a ausência do Castelão, foi adiada para este mês. O governo garante, no entanto, que isso não afetará o cronograma das obras.
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Brasília
São Paulo Em tempo recorde, a prefeitura autorizou a construção da nova arena do Corinthians. O clube ainda precisa equacionar pendências do terreno e apresentar o modelo de financiamento da obra.
Ainda com esperanças de sediar o jogo de abertura, a capital federal intensificou as obras no Estádio Nacional, que estão em estágio de fundações. A conclusão está prevista para dezembro de 2012.
Natal A cidade enfim apresentou o vencedor da licitação da Arena das Dunas. A obra ficará a cargo da OAS, única empresa a apresentar proposta — que ainda precisa ser homologada.
Salvador Enquanto a Fifa não define o local do jogo inicial, a cidade pleiteia receber ao menos o show de abertura. A Fonte Nova também foi confirmada como sede de jogos de futebol da Olimpíada 2016.
Manaus Escolhida como sede pelo apelo de sustentabilidade, a cidade teve a obra de seu estádio notificada pelo Ministério Público devido ao descarte de resíduos em uma área de proteção ambiental.
Rio de Janeiro O que já se especulava se confirmou após laudo técnico: a cobertura do Maracanã terá que ser completamente substituída, o que poderá elevar o custo da obra para até 1 bilhão de reais.
Belo Horizonte
Porto Alegre O Internacional anunciou que deverá fechar parceria com a construtora Andrade Gutierrez para a reforma do Beira-Rio. A decisão ainda carece de aprovação do conselho do clube.
Curitiba
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O início das obras na Arena da Baixada foi remarcado para junho, mas sem o anúncio de datas ou valores. O Atlético-PR busca novo parceiro para um contrato de naming rights.
A área externa do Mineirão já foi cercada para as obras no entorno. A conclusão continua prevista para dezembro de 2012. Já o estádio Independência continua sendo uma incógnita. ©4
Cuiabá Inicialmente em dia, as obras da Arena Pantanal sofreram atrasos devido à descoberta de um lençol freático muito baixo, que exigiu a ampliação do sistema de drenagem. A B R I L | 2 0 1 1 | WWW.PLACAR.COM.BR |
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O H3RD3IRO DE MALDINI
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A 3 DO MILAN TAMBÉM SE APOSENTOU. AGORA THIAGO SILVA
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CARREGA O SUPERLATIVO 33 — E A TORCIDA RUBRO-NEGRA
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QUANDO PAOLO MALDINI PENDUROU AS CHUTEIRAS,
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ESTÁ MUITO SATISFEITA
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POR FERNANDA MASSAROTTO, DE MILÃO
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hiago é meu herdeiro. Pula como um grilo, é veloz e tem grande personalidade”, cravava Paolo Maldini em sua última entrevista como zagueiro do Milan, em maio de 2009. Uma aposta e tanto, se considerarmos que não fazia nem quatro meses que o carioca Thiago Emiliano Silva chegava ao clube onde Maldini brilhou durante 21 anos. Mas o rei da zaga milanista parece ter conseguido vislumbrar o futuro. Hoje, menos de dois anos após a entrevista, ninguém na Itália parece duvidar da
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DESIGN ROGÉRIO ANDRADE
profecia. Titular absoluto do técnico Massimiliano Allegri, o zagueiro brasileiro tem encantado os italianos a cada rodada e se firmado como titular da seleção ç de Mano Menezes. O jor-
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Paolo Maldini apontou seu sucessor em 2009
nalista da Gazzetta dello Sport Andrea Schianchi, que acompanhou o primeiro ano do brasileiro na Itália, atesta: “Hoje ele é sem dúvida o melhor defensor do nosso futebol. A cada dia mostra sua categoria e, em minha opinião, pode melhorar ainda mais”. “Ele precisará vencer os títulos de Paolo para se tornar um ‘novo Maldini’, mas ainda tem tempo para isso. Acho que está no caminho certo. Vale ressaltar que, como zagueiro, ele é bom cabeceador e, como todo brasileiro, sabe levar a bola da defesa para o meio do campo”, afirma Mario Sconcerti, jornalista do Corriere ©1 FOTO SPORTING HEROES
©2 FOTO SAKIS LALAS
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Será que o “Monstro” vai destronar o rei da zaga italiana?
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THIAGO
SILVA
della Sera. As comparações, apesar da idolatria por Maldini, não são um disparate. Maldini e Thiago superam 1,80 metro, são fortes com o pé direito e correm como poucos. Maldini começou na ala esquerda, embora não fosse canhoto. Nos últimos dez anos, o italiano foi deslocado e virou zagueiro central. Thiago começou como atacante. Talvez venha daí sua facilidade com dribles na saída de bola, que tanto agradam os europeus. “Não chegamos a jogar juntos [ele e Maldini], mas nos primeiros meses que passei treinando com o grupo do Milan eu o observava muito. Ficava impressionado com sua disposição aos 40 anos. Ele chegava sempre uma hora antes dos treinos e era o último a sair”, conta Thiago. O convite para jogar no Milan chegou em novembro de 2008, quando Thiago estava no Fluminense. O zagueiro já vinha sendo disputado por times europeus e era praticamente certa sua transferência para a Inter de Milão. Mas o clube desistiu no minuto final. “Fiquei superdecepcionado, mas pensei comigo mesmo: o destino me reserva algo melhor”, relembra Thiago. Semanas mais tarde, o celular tocou: código 00 39. Itália. “Estava com minha mulher no carro e pedi para que ela atendesse. Quando ela me disse que era o Leonardo, do Milan, em um segundo peguei o telefone”, conta, emocionado. Bastaram algumas horas para que Thiago e o clube chegassem a um acordo. Meses depois, em janeiro de 2009, o carioca Thiago Silva, à época com 23 anos, desembarcava em Milão numa transferência de 10 milhões de euros. Foram quase sete meses de treinos, já que o clube havia superado a quota de jogadores não europeus no time 74
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THIAGO PASSOU SEIS MESES VENDO MALDINI TREINAR ANTES DE ESTREAR PELO MILAN para aquela temporada. Em julho de 2009, sob o comando de Leonardo, que havia se tornado técnico, Thiago Silva integrou definitivamente a equipe. As apostas estavam feitas. E o defensor brasileiro não decepcionaria. Aos 26 anos, Thiago é calmo e “low profile” — bem diferente do excolega Ronaldinho —, o que agrada, e muito, o estafe. “Thiago é um profissional que se dedica muito e, apesar de timidez, é muito querido entre os
O carioca é considerado o melhor zagueiro no futebol italiano atualmente
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colegas. Tecnicamente, é com certeza o substituto natural de Paolo”, diz o preparador físico do Milan, Daniele Tognaccini, que está no clube desde 1998. Mas o caminho até a glória italiana não foi nada simples...
SUPERAÇÃO Thiago, quando menino, queria ser atacante, como seu ídolo Romário. Começou no Barcelona carioca (veja nota sobre o time na pág. 30), em 2000, como centroavante. Aos 16 anos, seguiu para Alvorada (RS), para jogar no RS Futebol — hoje Pedrabranca Futebol Clube. Ali nascia o Thiago zagueiro. Em 2004, já no Juventude, o carioca mostrou o melhor do seu futebol e um ano depois pegava um avião para Portugal. Destino: Porto. Mas não foi uma experiência animadora. “Quando eu era escalado, ficava doente. Ou seja, não consegui realizar nada”, resume o jogador. As dores no peito eram constantes. “Eu reclamava e o lateral-esquerdo Rubens Júnior, que jogava por lá, brincava: ‘Dor no peito é saudade’.” Mas a razão das
THIAGO SILVA
PAOLO MALDINI
THIAGO EMILIANO DA SILVA
PAOLO CESARE MALDINI POSIÇÃO
Thiago, em casa: o gol fica pequeno para os atacantes
ZAGUEIRO
ZAGUEIRO NASCIMENTO
RIO DE JANEIRO
MILÃO
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1,86 M PESO
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PÉ DIREITO
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CAPITANO (CAPITÃO)
NÚMERO DA CAMISA
dores era outra, como ele descobriria mais tarde. Menos de um ano no Porto, e Thiago embarcou para Moscou. Em janeiro de 2005, foi jogar no Dínamo. Mas o que prometia ser um salto na sua carreira se transformou em pesadelo completo. Os problemas de saúde se agravaram e o diagnóstico não poderia ter sido pior: tuberculose. “Lembro quando o médico do clube foi à minha casa e disse para que eu fizesse a mala. Fui para o hospital e passei seis meses internado, dois dos quais sem poder receber visitas”, lembra Thiago. “A primeira coisa que me ©1 FOTO PIER GIAVELLI
©2 FOTO SAKIS LALAS
passou pela cabeça foi: minha carreira acabou.” A tuberculose estava incubada havia anos, segundo os médicos russos. “Meu tio e meu irmão tiveram tuberculose. E com certeza haviam passado para mim, mas ela só se manifestou quando fui para a Europa.” Curado, Thiago voltou ao Brasil em 2006. Chegou por empréstimo ao Fluminense e não demorou muito para virar ídolo no seu time do coração. Apesar do fracasso da Libertadores em 2008, ganhou uma Copa do Brasil e uma Bola de Prata em 2007, além do apelido de “Monstro”, do goleiro Fernando Henrique. Se o “Monstro”
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brasileiro será um novo “Capitano”, só o tempo dirá. Afinal, aos 26 anos, o brasileiro ainda tem muito chão pela frente. Mesmo com o Milan fora da Liga dos Campeões deste ano, Thiago continua recebendo elogios, e boatos sobre o interesse de times da Inglaterra e Espanha são constantes. O próximo objetivo — além de vencer seu primeiro Campeonato Italiano — é ganhar a Copa do Mundo, em casa, em 2014. Um troféu que o melhor zagueiro italiano, Paolo Maldini, não conseguiu incluir no seu currículo. Mas que o herdeiro Thiago ainda pode! E como pode... A B R I L | 2 0 1 1 | WWW.PLACAR.COM.BR |
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C R A Q U E S
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B A G R E S
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F A Z E M
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F U T E B O L
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M U N D O
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Roberto Carlos, de trajes típicos locais: tranquilidade não é o forte do Daguestão
No meio da guerra fria
No Anzhi Makhachkala, Roberto Carlos, Tardelli e Jucilei enfrentarão baixas temperaturas e o risco de viver em uma das regiões mais violentas da Rússia
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Quase ninguém ouvira falar do Anzhi Makhachkala, clube russo da região do Daguestão, até ele levar alguns dos jogadores mais badalados do Brasil. De uma só vez, o clube contratou os ex-corintianos Roberto Carlos, que saiu em transferência livre, e Jucilei, por 8,8 milhões de euros; além de Diego Tardelli, ex-Atlético-MG, por 4,4 milhões de euros. De nome impronunciável e localizado em uma região de inúmeras turbulências políticas e terroristas, o Anzhi foi comprado recentemente pelo magnata Suleyman Kerimov.
Dono da 136ª maior fortuna do planeta, o bilionário foi notado nos últimos anos por doar significativas quantias a diversas fundações. Iniciou a construção de seu império após o colapso da União Soviética, quando fundou o banco Fedprombank e multiplicou seu dinheiro por meio de privatizações de indústrias. Investiu em ações como da petrolífera Nafta-Moscovo, de empresas de gás, como a Gazprom, e também companhias telefônicas e de minério. Fundado em 1991, o Anzhi disputou a competição do
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EDIÇÃO JONAS OLIVEIRA
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k Daguestão em seu primeiro ano de vida e ingressou no Campeonato Russo em 1992, a partir da desintegração da URSS. Começou na terceira divisão e chegou à elite apenas em 1999 — jamais foi campeão. Em 2002, foi rebaixado e só retornou em 2009. É a primeira vez que o clube tem jogadores de grande expressão no futebol mundial. No elenco atual, o Anzhi conta com uma grande variedade de estrangeiros, a maioria africanos ou do leste europeu. Roberto Carlos, que tem salário especulado em torno de 5 milhões de euros por ano, virou capitão e até marcou gol, enquanto Tardelli e Jucilei causaram boa impressão na estreia. O outro brasileiro é o ex-vascaíno João Carlos, comprado por 3 milhões de euros do Genk, da Bélgica. Capital do Daguestão, Makhachkala é caracterizada por muito frio e batalhas políticas. A região busca a independência e é cenário de constantes conflitos armados entre o governo russo e rebeldes separatistas, que querem criar um estado islâmico no Cáucaso do Norte. Em 2010, mais de 100 policiais morreram em atentados suicidas. Se Roberto Carlos buscava a tranquilidade ao deixar o Corinthians, após a eliminação precoce da Copa Libertadores, o Anzhi não era exatamente o lugar mais adequado... D I E G O G A R C I A ©1
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Tardelli: o quarto reforço brasileiro do Anzhi
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Felipe Santana: como Júlio César, ele quer erguer a salva de prata
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A Santana, o que foi de César
Comparado a Júlio César, o zagueiro Felipe Santana quer repetir o feito do ídolo do Borussia e vencer a Bundesliga
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A torcida do Borussia não se esquece do ídolo Júlio César, zagueiro brasileiro campeão de tudo que disputou com o time alemão nos anos 1990. Nesta temporada, o clube pode pôr fim aos nove anos de seca na Bundesliga com outro brasileiro na zaga: Felipe Santana. Nascido no interior paulista, em Rio Claro, mas revelado pelo Figueirense, Felipe chamou a atenção dos alemães ao ser capitão em alguns dos 34 jogos que fez pelo time catarinense no Brasileirão de 2007, isso aos 21 anos. Naquele mesmo ano, o Figueira foi vice da Copa do Brasil, e um ano depois o zagueiro chegava à Europa. Em sua temporada de estreia na Alemanha, atuou em 23 partidas, levou apenas dois amarelos e marcou quatro gols, acabando com média 3,5 na pontuação da revista Kicker, considerada uma ótima nota. Não
demorou para que fosse comparado a Júlio César e outro compatriota. “A lembrança é inevitável, mas sempre deixei claro que Naldo é Naldo e Júlio foi um grande exemplo aqui. Só dá para comparar ganhando o que ele ganhou”, diz Felipe à PLACAR. O currículo de títulos pode começar em breve. Basta os preto-amarelos manterem a liderança da Bundesliga para levantar a salva de prata, erguida pela última vez em 2002. “Se continuarmos nesse ritmo, seremos campeões antecipados”, afirma Felipe. Hoje reserva, o zagueiro perdeu espaço com lesões musculares na última temporada. Quando voltou, Hummels e Subotic já formavam a zaga titular, a melhor do Campeonato Alemão. “Ele é um dos zagueiros mais rápidos da Bundesliga, mas pode melhorar em posicionamento”, diz o jornalista Frank Kohl. M A R C E L O S I L V A
André Villas-Boas: seguindo os passos do mestre Mourinho
PAR DE CHIPRE Roberto Brum deixou o Santos para defender o Alki Larnaca, do Chipre. E já fez história em sua nova casa: ao estrear no clássico local, contra o AEK Larnaca, marcou um golaço, quebrando um tabu de mais de sete anos sem balançar as redes. Não satisfeito, fez outro na partida seguinte, tirou seu time da zona do rebaixamento e ganhou elogios do
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presidente do clube. “Primeiro, ele falou que eu parecia com o Kaká.
Em excelente temporada, o Porto é comandado por André Villas-Boas, discípulo de José Mourinho
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Se José Mourinho é hoje o treinador mais cobiçado da Europa, um de seus discípulos aos poucos trilha o mesmo caminho. André VillasBoas, técnico do Porto, vez ou outra é comparado a Mourinho, que lhe deu a primeira chance nas comissões técnicas do Porto, em 2002, e depois nas de Chelsea e Internazionale. Em 2009, Villas-Boas assumiu o lanterna português Acadêmica na metade daquela temporada e deixou o time 10
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O Mini-Mou
Aí respondi que meu salário é bem diferente do dele. Depois disse que eu era o ‘Pelé Branco’, principalmente porque vim do Santos”, diz o bemhumorado Roberto Brum, que não comemorava um gol desde o
pontos longe do rebaixamento. Em seguida foi contratado pelo Porto, com quem tem contrato até 2013 e multa rescisória estimada em 10 milhões de euros. Chamado de “Special Two” pela imprensa italiana, que o coloca na Roma ou Juventus em breve, VillasBoas também lembra Mourinho pela personalidade. “Tenho um modelo de jogo definido. Se não tivesse, era incompetente, e incompetente não sou.”
Brasileiro de 2003, pelo Coritiba. “No jogo seguinte, os torcedores levaram bandeiras do Brasil e começaram a gritar ‘Brum, Brum, Brum, Brum’, como se fosse um acelerador de carro”, diverte-se o jogador. D . G . ©1 Brum: dois gols para acabar com o jejum
MARCELO SILVA
ASAS PARA LEIPZIG A austríaca Red Bull quer revolucionar o futebol do leste da Alemanha. O clube escolhido para isso foi o Markranstädt, que virou RB Leipzig em 2009. Os austríacos têm uma meta: sair da quarta divisão e chegar à Bundesliga até 2017. A ideia da Red Bull, além de entrar em outra liga rentável — a empresa tem o New York RB na MLS —, é reerguer o futebol da região que já teve uma grande seleção nacional. O último time da ex-Alemanha Oriental na Bundesliga foi o Energie Cottbus, rebaixado em 2009. O RB Leipzig manda seus jogos no Zentralstadion,
O Zentralstadion, casa do novato RB Leipzig
atual Red Bull Arena, que foi o único “oriental” na Copa de 2006. M . S .
©1 FOTO DIVULG AÇÃO ©2 FOTO AFP ©3 FOTO A BOLA ©4 FOTO PIER GIAVELLI
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planeta bola
lSOBE Gomes
Taça Goleadores Saiba quem foram os maiores artilheiros de uma única edição da Libertadores da América L I N C O L N C H A V E S
O goleiro é um dos principais responsáveis pela classificação do Tottenham às quartas de final da Liga dos Campeões. É o melhor momento de sua carreira.
1
Daniel Onega “El Fantasma” estabeleceu em 1966, pelo River
Plate, a nunca igualada marca de 17 gols em uma mesma edição da Libertadores. Um dos maiores
Marcelo Se ainda não é o lateral-esquerdo da seleção, no Real Madrid a história é outra. Contra o Lyon, na Liga dos Campeões, marcou um golaço.
história do torneio, com 36 gols entre 1966 e 1970.
Luizão
2
Mesmo sem o caneco, o atacante roubou a
cena em 2000, com 15 gols pelo Corinthians. Se não
Foi fundamental na classificação
venceu o título aquele ano, tem duas Libertadores
do Villarreal às quartas de final da
no currículo, com gols decisivos em ambas — pelo
Liga Europa. É cotado para reforçar o Barcelona na próxima temporada.
pDESCE
Vasco, em 1998, e pelo São Paulo, em 2005.
3
Norberto Raffo Revelado pelo Independiente, “Toro” Raffo
colocaria seu nome na história da principal competição sul-americana em 1967, defendendo o Racing. Fazendo
ROANDRADE
dupla com o brasileiro João Cardozo, marcou 14 gols em
Teve na Roma mais uma chance
17 jogos, sendo um deles na final contra o Nacional-URU.
ser um grande jogador, mas a
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Adriano
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Nilmar
ídolos do River, Onega é o quarto maior goleador da
de mostrar que ainda quer desperdiçou. Agora, luta para ser aceito em algum clube brasileiro.
Brandão
4
Palhinha Apesar dos seis títulos estaduais, viveu seu
momento mais dourado pelo Cruzeiro em 1976. Se a Raposa conquistou sua primeira Libertadores,
Em baixa após ser acusado de
foi muito pelos pés calibrados do atacante, que marcou
suposta agressão sexual na
13 gols – três nos jogos decisivos contra o River Plate.
França, foi emprestado ao Cruzeiro pelo Olympique Marseille.
Juan De titular da seleção à reserva
5
Jardel A segunda conquista gremista na Libertadores
passa pelos pés — e pela cabeça — de Jardel: o atacante
na Roma, o zagueiro diz querer
marcou 12 vezes. Sua atuação mais marcante foi no
terminar seu contrato por lá, mas já
5 x 0 aplicado no Palmeiras — além do gol salvador,
é sondado para retornar ao Brasil.
no Parque Antártica, que levou o Grêmio às semifinais.
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Questão de direito
Em tempos de disputa pelos direitos de TV do Brasileirão, saiba como é a negociação nas principais ligas europeias D I E G O G A R C I A ©1 Em 2007, o Napoli quebrou um acordo de venda coletiva dos direitos de TV entre as equipes italianas
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19:03
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BUNDESLIGA O último contrato, de quatro temporadas, é de 1,5 bilhão de euros, divididos entre primeira (75%) e segunda (25%) divisões. Bayern Munique (30 milhões de euros), Schalke 04 (29 milhões) e Borussia Dortmund (20 milhões) são os que mais arrecadaram. SERIE A Por exigência do governo, a partir desta temporada a venda passou a ser coletiva — em 2007, o Napoli quebrara um acordo parecido. Hoje, 40% da receita é repartida, 30% é destinada aos clubes de maior torcida e 30% dividida por desempenho esportivo.
PREMIER LEAGUE O triênio da Premier League vale pouco mais de 3,5 bilhões de euros. Metade desse valor é dividido por todas as equipes; 25% são distribuídos de acordo com o desempenho na temporada anterior. O último quarto privilegia as equipes de maior audiência.
LIGUE 1 A televisão francesa paga cerca de 500 milhões de euros, menos da metade do que se arrecada na Inglaterra. O Olympique Marseille é quem mais recebe — quase 50 milhões de euros. Bordeaux (45 milhões) e Lyon (44 milhões) vêm na sequência.
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Composite
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LA LIGA Barcelona e Real Madrid negociam diretamente com as televisões. No último acerto, os gigantes ficaram com 140 milhões de euros cada um. O cenário é muito diferente dos demais: a cada 12 euros que barcelonistas e madridistas levam, 1 vai para as outras equipes.
FUNCIONÁRIO DO MÊS
PLACAR - PLACAR - 81 - 01/04/11
Conhecido por seu caráter alternativo, o St. Pauli acaba de agregar mais um feito ao seu currículo: incluir o assessor de imprensa no elenco profissional. Após perder quatro defensores lesionados, o técnico Holger Stanislawski convidou o jornalista Hauke Brückner para treinar. Contra o Hannover, lá estava ele no banco de reservas. “Foi surreal. Curti quando pisei no gramado e ouvi torcedores gritando meu nome”, conta o assessor. Entre 2000 e 2007, Brückner, de 31 anos, já havia jogado no próprio St. Pauli, e disputou a segunda divisão alemã. No ano passado, pediu para estagiar na assessoria. Hoje escreve para a revista oficial e para o site do clube. “Sou e continuarei sendo um amador”, diz o jornalistazagueiro, que não se ilude com a chance no time principal.
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Brückner: quem disse que jornalista não joga?
©1 FOTO PIER GIAVELLI ©2 FOTO AFP
BRUNO FORMIGA
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planeta bola A HORA DO PESADELO
Giggs: 37 anos e um currículo invejável
Bale: a nova sensação do futebol inglês
Quando apareceu em 2004, aos 14 anos, Freddy Adu já era apontado como sucessor de Pelé. O próprio rei do futebol era visto em fotografias batendo bola e afagando o jovem atacante ganense naturalizado norte-americano, quando este defendia o DC United, clube em que estreou profissionalmente na mesma temporada. Sete anos depois, o foguete ainda não estourou e, após fracassar em Portugal, Grécia e
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da segunda divisão da Turquia.
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mas foi a atuação no Mundial sub-20
18:50
de 2007, liderando a seleção até as
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França, Adu tenta a sorte no Rizespor,
o Brasil na fase de grupos — que lhe
O atacante até se destacou nas temporadas nos Estados Unidos,
quartas — com vitória por 3 x 1 sobre rendeu a chance no futebol europeu.
-
Contratado pelo Benfica, até hoje foi com o qual ainda está vinculado. Emprestado a Monaco (2008),
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não teve sucesso. Na atual pré-
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Belenenses (2009) e Aris (2010), temporada, fez testes em Randers,
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ROANDRADE
a campo poucas vezes pelo clube,
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da Dinamarca, e Sion, da Suíça, mas CHAVES
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foi rejeitado. L I N C O L N
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Adu: o Pelé norte-americano ficou na promessa
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Os reis de Gales
Sensação da Premier League, o galês Gareth Bale é alvo de comparações com o ídolo e compatriota Ryan Giggs
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Até há pouco tempo, Gareth Bale ainda era visto como um lateral-esquerdo com potencial, que desde 2007 tentava se firmar no Tottenham. Após infernizar Maicon no duelo contra a Internazionale pela Liga dos Campeões e marcar três gols nos campeões europeus, o jovem galês de 21 anos mostrou ao mundo por que é a nova estrela da Premier League, avaliado em 40 milhões de euros. A ascensão vem no momento em que seu ídolo e compatriota Ryan Giggs, que aos 37 anos acaba de renovar com o Manchester United, encaminha os últimos atos de sua carreira. Não à toa, Bale é comparado a Giggs: além de atuar pelo lado esquerdo e defender grandes ingleses, ambos estrearam cedo pela seleção galesa — Bale pode, como Giggs, ser mais um craque sem Copas do Mundo no currículo. Hoje responsável pelas seleções de base galesas, Bryan Flynn viu Bale
pela primeira vez na equipe sub-17, em 2005, e revelou ter se espantado com a velocidade, habilidade e equilíbrio do meia do Tottenham, que o fez lembrarse imediatamente de Giggs — a quem comandou, também nas categorias de base, no começo dos anos 90. “Bale é bem semelhante ao Giggs de 15 anos atrás. Não exatamente técnico, mas muito rápido”, acrescenta o jornalista Jonathan Wilson, do The Guardian. Ambos têm na bola parada uma de suas especialidades. O jogador dos Spurs supera Giggs como mais jovem galês a defender a seleção de seu país, com a idade de 16 anos e 315 dias. Para Wilson, Bale já se destaca em atributos que o meia do Manchester United viria a desenvolver com o tempo. “Giggs não costumava ser um grande cruzador, e seu jogo evoluiu consideravelmente quando conseguiu ser útil sem um jogo veloz”, explica o jornalista. L . C .
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Túlio: sondado por Portugal, ele quer uma chance com Mano
O DONO DA BOLA No último mês, a Líbia foi notícia devido aos protestos que exigiam a queda do ditador Muamar Kadafi. Localizado no norte da África, o país tem como principal parceiro comercial a Itália — anualmente são mais de 18 milhões de toneladas de petróleo, sem contar as várias empresas italianas que operam no país. As relações se estenderam ao futebol.
Maravilha, Túlio! Quase desconhecido no Brasil, o atacante Túlio de Melo, do Lille, chegou a ser sondado para defender Portugal
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PLACAR - PLACAR - 83 - 01/04/11 PLACAR
família Agnelli, dona da Juventus, num total de 7,5% — tentou, sem sucesso, chegar a 20%. Fracassou também na tentativa de comprar a Lazio e acabou adquirindo parte do Triestina, outro clube italiano. O filho do ditador,
Natural da quente Montes Claros (MG), o brasileiro Túlio de Melo passou pela base do Atlético-MG antes de tentar a sorte no Aalborg, da Dinamarca. Lá, jogou por um ano e marcou sete gols em 19 jogos. Depois de um ano, aceitou uma proposta do Le Mans, da França, onde marcou 25 gols em 72 jogos. Após uma rápida passagem pelo Palermo, Túlio retornou para a França, agora para o Lille.
Na temporada 2010/11, o atacante marcou gols em todas as competições que o clube disputou. E, mesmo sem ser titular, foi sondado por Portugal para disputar a Copa do Mundo, mas uma lesão acabou deixando a oportunidade distante. “Não ficaria insensível se um convite oficial aparecesse”, afirma, apesar de deixar claro que ainda sonha vestir a camisa da seleção brasileira. D A N I E L O T T O N I
Al-Saadi Kadafi, tentou jogar na Itália, mas não vingou. Chegou a ser contratado por Sampdoria, Udinese e Perugia, porém a limitação técnica falou mais alto que a ilimitada conta bancária. Na Udinese, chegou a ser inscrito na Liga dos Campeões da Europa, mas não atuou. No Perugia, foi pego no exame antidoping. Largou o futebol para trabalhar com o cinema em Hollywood. G U I L H E R M E ©4
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Kadafi comprou parte das ações da
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NOS PASSOS DE CESC
PANNAIN
Al-Saadi Kadafi: passagem excêntrica pelo Calcio
Jovem armador deixa o Barcelona antes de estrear entre os profissionais para alinhar nas fileiras do Arsenal. Parece notícia requentada, mas não é. Se há oito anos Cesc Fàbregas fez esse caminho, agora é a vez de Jon Toral, 16 anos. O técnico dos Gunners, Arsène Wenger, vê em Toral um arquétipo de Fàbregas: ocupam a mesma faixa do campo, têm ótimo passe e força física e avançam com facilidade. O Arsenal pagará ao clube catalão cerca de 350 000 euros pelos direitos de formação do jogador. R I C A R D O
GOMES
©1 FOTO AP ©2 FOTO SPORTING HEROUS ©3 FOTO DIVULG AÇÃO ©4 FOTO PIER GIAVELLI
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13ªchuteiradeouro PLACAR PREMIA O MAIOR ARTILHEIRO DO BRASIL
Gigante como nunca Como Leandro Damião conquistou o país — e, principalmente, a exigente torcida colorada
Com 13 gols em nove jogos, Damião desbanca medalhões no Beira-Rio
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Incontestável no time do Internacional, o atacante Leandro Damião, 21, começa a seguir o rastro dos grandes goleadores. Nesta temporada, ele tem média de gols superior à de estrelas como Cristiano Ronaldo e Messi. Valorizado no Beira-Rio, renovou seu contrato por mais cinco anos com o Inter, que estipulou multa rescisória de 50 milhões de euros para espantar o assédio de clubes europeus ávidos pelos gols do atacante, recém-convocado para a seleção. A multa supera a do craque Neymar, do Santos, que faturou a Chuteira em 2010 e vale 45 milhões de euros. O santista, por sinal, caiu de produção desde o seu retorno à Vila Belmiro após o Sul-americano sub-20, em que foi artilheiro, com nove gols. Cheio de moral com o técnico Celso Roth, Damião assumiu a titularidade do Inter e o posto de maior goleador do Brasil. Aos poucos, barrou gente graúda no ataque colorado. Primeiro, Alecsandro, artilheiro do time nas últimas duas temporadas, porém repudiado pela torcida. O argentino Cavenaghi, ao contrário, foi recebido por mais de 300 torcedores em sua chegada a Porto Alegre. Ainda assim, também não subjugou Damião, tal qual Rafael Sóbis, herói de 2006. Elano, Neymar, Messi? Por enquanto, ninguém foi tão implacável quanto o novo queridinho dos colorados. 84
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C H U T E I R A D E O U R O 2 0 1 1 | AT É 2 1 /3 JOGADOR
TIME
S (2)
BRA (2) CB/L (2)
CS (2)
EST (2) EST/B (1)
PTS
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LEANDRO DAMIÃO INTERNACIONAL
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0
4 (2)
0
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ELANO
SANTOS
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4 (2)
0
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0
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NEYMAR
SANTOS
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0
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FÁBIO JÚNIOR
AMÉRICA-MG
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FRED
FLUMINENSE
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0
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KLÉBER
PALMEIRAS
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LIEDSON
CORINTHIANS
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LIMA
CAXIAS
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PAULO RANGEL
LAJEADENSE
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0
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LOCO ABREU
BOTAFOGO
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SOMÁLIA
DUQUE DE CAXIAS
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THIAGO RIBEIRO
CRUZEIRO
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LEANDRO CEARENSE CAMETÁ-PA
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0
0
0
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DAGOBERTO
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4 (2)
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0 (0)
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SÃO PAULO
S - SELEÇÃO; BRA - BRASILEIRO - SÉRIE A; CB - COPA DO BRASIL; L - LIBERTADORES; CS - COPA SUL-AMERICANA; EST - PRINCIPAIS ESTADUAIS; EST/B - DEMAIS ESTADUAIS E SÉRIE B
© FOTO EDISON VARA
batebola P O R L U C A S D A N TA S
Café com a presidenta não tenho necessidade. Quero dar minha contribuição e acho
em 2011 com um time competitivo e um clube
que estou dando.
em paz. A tempestade acabou?
Por que se pede tanto a reforma do estatuto
Não posso afirmar que acabou, mas posso dizer que viramos a
do Flamengo? Onde ele atravanca a
página e estamos em outro momento completamente diferen-
profissionalização do futebol do clube?
te. As pessoas estão eufóricas com o Ronaldinho. Alucinadas.
Vou te dar um exemplo: eu, segundo o estatuto, posso contra-
Eu não posso reclamar do torcedor em relação a mim, porque
tar o jogador que quiser, pelo valor que quiser. Se quiser pagar
nunca foram agressivos comigo.
1 bilhão de dólares, eu posso. E na hora de assinar um contrato
Nem mesmo durante o caso Bruno?
de patrocínio, preciso de aprovação do Conselho. Essa dinâmi-
Essas coisas ninguém esperava, nem é culpa do Flamengo. Pelo
ca não fecha a conta nunca. A profissionalização passa muito
01_CAD
contrário. O Flamengo se manteve fora da confusão e o “caso
por esse controle no gasto e a autonomia no receber, para que
Bruno do Flamengo” virou “caso Bruno”. Mesmo que ele volte
se possa ter uma velocidade maior nas negociações. Não pode-
a jogar, não temos que pagar nada retroativo. O contrato está
mos perder um jogador por não ter tido a velocidade para fe-
-
suspenso. Foi a pior turbulência e abalou demais o time. Só que
char um contrato e receber o dinheiro.
16:49
acabou. E passamos bem por isso.
E qual a dificuldade em modernizar esse estatuto?
E 2011, por outro lado, já começou com uma
É uma ação política, e os grupos pensam em como podem ter
21/03/11
alegria nos juniores...
vantagem. Uns querem fechar o clube, outros querem abrir
Sim, mas ainda não ganhamos nada. O título é um presente que
mais. Fica uma politicagem e o clube não avança.
você ganha quando se trabalha muito na base. Nossa prioridade
Mas no Flamengo não será sempre assim?
é formação. Se puder formar sendo campeão, maravilha. Antes
O ex-presidente lançou cartas na imprensa
de botar para jogar, a gente se preocupou em renovar todos os
falando de sua gestão...
contratos. Quem era o Negueba no ano passado? Não vou nem
É porque não rezo a cartilha deles.
falar do Diego Maurício ou do Galhardo, que foram para a sele-
E se eles não querem ajudar, é possível mudar?
-
ção. São jogadores maravilhosos, e todos do Flamengo. No ano
Não sei se conseguiremos mudar, mas já consigo mudar a
Composite
passado, eu briguei com todo mundo, sozinha, que não ia vender
forma de pensar o clube. E, para mim, os cães ladram e a
nada, nenhum percentual dos garotos da base. Recebi propostas
carruagem passa. Não tenho tempo para discutir política.
e segurei. Estou satisfeitíssima porque acertei.
Eu trabalho de domingo a domingo. Quando não estou
Mas no futebol hoje é comum essas propostas
aqui, estou almoçando Flamengo, tomando café Flamengo.
PLACAR - PLACAR - 86 - 01/04/11
chegarem o tempo todo. Por quanto tempo você
São 24 horas Flamengo. Quando tento vender um projeto
acredita que conseguirá fugir dos empresários?
para o futebol e não consigo, vou para o basquete. Diferen-
Esse é o desafio. Mas mudamos a história, antes o Flamengo era
te dos outros, tenho disposição. Vou a todos os jogos, rega-
loteado de empresários. Os meninos subiam e não tínhamos
tas, basquete. Com 42 anos eu consigo. A turma de 70 e 80
nada. Hoje eles são nossos. Continuam com empresários para
anos não tem disposição.
gerir a vida deles, mas sem direitos federativos ou econômicos.
Ultimamente o presidente do Conselho Fiscal,
Você já pensa em reeleição?
Capitão Léo, tem falado pelo Flamengo. Como
Eu sou muito prática. Se na época eu estiver bem avaliada, eu
é essa relação? Ele tem essa independência?
vou. Faço pesquisa e se estiver bem, eu vou. Se não estiver, vou
Em algumas situações, ele vem ultrapassando um pouco o limi-
continuar ajudando o Flamengo, porque sou voluntária aqui e
te. É uma relação amistosa, como tenho com todos os poderes.
PLACAR
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Depois de tudo o que houve em 2010, você entra
-
À frente do clube mais popular do Brasil, Patrícia Amorim fala das dificuldades do cargo, conta detalhes da negociação de Ronaldinho e não poupa nem o ídolo Zico
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©FOTO DARYAN DORNELLES
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Não tenho tempo para discutir política. Eu trabalho de domingo a domingo. Quando não estou aqui, estou almoçando Flamengo, tomando café Flamengo
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batebola Eles têm uma leitura do estatuto e acham
foi jantar com a família dele e me telefo-
que podem encaminhar algumas coisas.
nou 1h30 da manhã. Fui à churrascaria,
Ele foi o pivô da saída do Zico.
só tinha a família e ele chega com a mãe
À PLACAR, Zico disse que não
dele e me deu uma camisa. Aí comecei a
tinha autonomia financeira.
chorar. Depois ele me deu um abraço,
Quando saiu, reclamou da falta
mas ele não me largou. Perguntei: “Você
de apoio político. São verdadei-
está feliz?” Ele disse “muito” e saiu de
ras as críticas do Zico?
cabeça baixa. Eu vi que estava emociona-
Acho que ele desconhece como funcio-
do. Então me sentei e comecei a chorar.
na o clube. O estatuto diz “você pode
Como foram os últimos mo-
contratar” e ele contratou quem quis,
mentos da negociação?
essa autonomia foi dada, mas tem que
Sabe como ele fechou? Estava aquela con-
prestar contas disso. E não sou eu quem
fusão toda, aí o Grêmio tirou as caixas de
diz. Quando entrei aqui, me submeti a
som e disse que estava fora. Depois o Pal-
obedecer ao estatuto. O clube tem 155
meiras disse que estava fora. Fomos à casa
anos. Estou aqui para proteger o Fla-
do Galliani, isso era um sábado de manhã.
mengo, é a lei do clube. E ele trouxe quem quis. Trouxe o Val Baiano, o Dei-
16:49
ção do Ronaldinho? Quanto é
21/03/11
Não posso divulgar porque existe uma
estipulamos como propriedade, não abrimos mão. A partir dali a gente ganha
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PLACAR - PLACAR - 88 - 01/04/11
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Qual o percentual da contrata-
-
vid, os treinadores que quis.
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P O R L U C A S D A N TA S
do Fla e quanto é da Traffic? cláusula de confidencialidade. Mas é importante que entendam que, do valor que
mais, o Ronaldinho ganha e a Traffic também ganha. E o nosso não é o menor. Numa proporção, o do Ronaldinho é o
“
Quero homenagear todos os jogadores da campanha de 1987 e o técnico Carlinhos. Eles são agora os legítimos campeões
Ele deu que estava tudo acordado com a gente. Desse sábado de manhã até domingo à tarde, umas 17h, não falei com o Ronaldinho nem com o Assis, e aquilo me deixou angustiada. Aí me liga o Assis com voz de enterro. “É, Patrícia, conversei com o Ronaldo, com a Carla, a esposa dele...” Comecei a preparar o discurso de despedida e agradecimento. Num determinado momento, a voz era tão de enterro que ele disse: “O Ronaldo vai para o Flamengo”. Eu ouvi, mas não ouvi. O Ronaldo pegou o telefone e bem alegre perguntou: “Onde eu me apresento?” Aí sim eu acordei e gritei para o meu marido pa-
maior, o nosso vem depois e aí o da Traf-
rar o carro. Não falei com ninguém e fui
fic. Mas depois de alcançado o valor que ele determinou da camisa — e só da ca-
Está ótimo, cumprindo tudo. Concentra
para a casa do Assis. Só quando cheguei lá
misa. Ninguém vendeu placa, televisão,
com os jogadores, não cria problema. Ele
e o encontrei; estava com sua esposa, ele
passe de jogador, nada, só a camisa, por-
vai pra balada, pagode? Não estou nem
me abraçou e só então fui caindo na real.
que sabemos quanto vale.
aí. Ele não atrasa em nenhum treino, não
A campanha do CT arrecadou
E no caso de ele arrebentar e
falta, é o capitão. Ele gosta de ser aten-
quanto?
pintar uma proposta europeia?
cioso. No jogo da estreia, como tinha o
É preciso fazer uma conta. Foram vendi-
A cláusula é um absurdo. Se isso aconte-
tempo técnico, pedi que ele usasse, se
dos 6600 tijolinhos. Dos 250 reais de
cer, pagamos nossa dívida. Viramos o
possível, quatro camisas, porque a pri-
cada tijolinho, 210 são nossos. É só fazer
Chelsea. Botamos uma coisa absurda
meira eu mandaria para o museu, e com
a conta. Dá 1,386 milhão de reais.
para não acontecer isso.
as outras ele faria o que quisesse. Pedi a
Imagino que para você não
E como está o Ronaldinho
última para mim, mas só se não tivesse
seja o suficiente. Quando
no dia a dia?
prometido a ninguém. Acabou o jogo, ele
pretende entregar o CT?
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©FOTOS VIPCOMM
da ou algum tratamento diferen-
alojamento profissional pronto. Hoje
ciado, mais do que um comunica-
temos os contêineres funcionando,
do “você não serve mais”?
quartos, refeitório, tudo muito bonito.
Sim, ele vai ter isso. Já estamos conver-
Um para o profissional e o outro para
sando, falei com o empresário dele. A
a base, mas é provisório. O dinheiro
questão é que o treinador entende que
está em conta separada, tem prestação
ele não é importante. Preciso saber se é
de contas. Para 2011, temos em torno
definitivo, da disposição do jogador em
de 4 milhões de reais, e estimamos
parar de jogar. Este ano faz 30 anos do
que, para o alojamento profissional,
Mundial, então vamos ter jogos come-
gastaremos algo próximo de 6 mi-
morativos, exposição em locais de em-
lhões. Então faltam 2 milhões. Se divi-
baixadas e ele será fundamental. Não
dir por 12 meses, faltam 160 000 reais
posso tirar um jogador da concentração
por mês e acho que o Flamengo pode
para isso. Ele seria ideal, é ídolo, tem
continuar tranquilamente. Mas não é
história para contar, pode nos ajudar na
o que quero fazer, vamos procurar
base até dando aula para os meninos so-
parcerias ao longo do ano. O CT fala do futuro. E o museu,
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novembro de 2011. As obras estão an-
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cutando, é a OLK. E eles se comprome-
espaço para a taça de 1987? Sim, claro.
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A previsão é a entrega no dia 15 de
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em que pé está?
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Daqui a um ano queremos entregar o
dando. Não é o Flamengo que está exeteram com o prazo. Nesse museu está previsto um
Como você convenceu a CBF a mudar de opinião sobre 1987?
“
Ronaldinho vai pra balada, pagode? Não estou nem aí. Ele não atrasa em nenhum treino, não falta, é o capitão. Ele gosta de ser atencioso
bre como cobrar faltas. O contrato é até o fim do ano e vamos pagar, então vamos utilizá-lo da melhor forma. E o projeto de estádio? Mediante a quantidade de problemas no ano passado, paramos. O Maracanã é a casa do Flamengo para uma final, um clássico. Mas ao longo de 38 rodadas de Brasileiro, Estadual, Copa do Brasil e jogos menores, precisamos de um estádio menor, para 10000, 12000 pessoas. Seria interessante ter uma arena e não desisti dessa ideia. Sempre pensei em
Já aguarda uma longa disputa
algum município na Baixada [Flumi-
judicial a respeito?
nense], pelo acesso facilitado. Não sei se
Não convenci ninguém. O departamen-
irei concretizar, mas a ideia é interes-
to jurídico da CBF analisou nossa solici-
pes, diretor jurídico da CBF, considerou
sante. Pagamos muito caro para jogar na
tação e decidiu acatá-la. No início de
os argumentos do Flamengo bastante
casa dos outros.
fevereiro apresentamos um estudo
convincentes e lembrou que, após a uni-
O que os torcedores podem
complexo pedindo que a CBF reconsi-
ficação dos títulos desde 1959, seria in-
esperar em 2011? Qual seu
derasse a decisão de 1987 e reconheces-
justo não resolver a pendência da Copa
compromisso?
se o Flamengo como campeão junto
União. Foi um dia histórico para o Fla-
O torcedor já percebeu a alegria. Eles
com o Sport. O presidente Ricardo Tei-
mengo. Quero homenagear todos os jo-
pediram jogadores e treinador. Têm.
xeira repassou esse estudo ao departa-
gadores da campanha de 1987 e o técni-
Hoje têm motivo para ir ao estádio. O
mento jurídico da CBF e, diante dos no-
co Carlinhos. Eles são agora os legítimos
que posso pedir é continuarem compa-
vos argumentos, eles avaliaram que
campeões, e o Flamengo tem de direito
recendo. Cobrando e motivando o time
seria justo e não causaria problemas ju-
seis títulos de campeão brasileiro.
a conseguir os títulos. O mais difícil já
rídicos a ninguém. Carlos Eugênio Lo-
O Pet não merecia uma despedi-
passou, agora que venham os títulos. A B R I L | 2 0 1 1 | WWW.PLACAR.COM.BR |
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moRTOSvivos POR DAGOMIR MARQUEZI
O primeiro da classe
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Com uma vida inteiramente dedicada ao Fluminense e à CBD, Oswaldo Gomes entrou para a história como o autor do primeiro gol da seleção brasileira Oswaldo Gomes é um pioneiro do fuao lado de Oswaldo até poucos meses tebol brasileiro em vários sentidos. antes agora eram seus adversários de Nasceu 13 dias antes de a princesa Isacamisa rubro-negra. No fim, o Flu gabel assinar a Lei Áurea. Era carioca e nhou por 3 x 2 e lavou a alma da torcinunca se desligou da cidade. da. Acabado o jogo, os times comemoSeu negócio sempre foi o esporte. raram o início da rivalidade bebendo Dedicou-se desde jovem ao atletismo. juntos no bar das Laranjeiras. E participou do nascimento do futebol Mas Oswaldo entrou para a postericarioca. Em 1908, criou-se a Liga Medade por causa de um gol que marcou tropolitana do Rio de Janeiro, com seis fora do Fluminense. Depois de várias clubes: América, Botafogo, Fluminenexperiências, criou-se em 1914 a prise, Paysandu, Riachuelo e Rio Cricket. meira seleção brasileira de futebol, Para fazer parte dela, era preciso que sob o signo da CBD — Confederação Na lista de gols da seleção, o primeiro é de Oswaldo cada clube tivesse quatro itens: campo, Brasileira de Desportos. Para marcar arquibancada, vestiário e bilheteria. o acontecimento, foi convidado o time britânico do Exeter O primeiro Carioca começou no dia 3 de maio daquele City, com jogadores tratados como superstars por onde pasano. O Fluminense estreou ganhando por 10 x 1 do Paysandu. savam no Rio de Janeiro. Oswaldo Gomes estava nesse time pioneiro, que jogava de A partida inaugural da seleção brasileira aconteceu no dia uniforme branco com uma faixa diagonal, meias pretas e 21 de julho de 1914. Oswaldo Gomes jogou ao lado de Marbigode quase obrigatório. Faturaram o primeiro Estadual. cos, Píndaro, Nery, Lagreca, Rubens Salles, Rolando, AbelarPara divulgar o futebol no Brasil, o Fluminense trouxe o do, Friedenreich, Osman e Formiga. Aos 15 minutos de jogo, todo-poderoso Corinthian de Londres para uma série de ele marcou o primeiro de gol de toda a história da seleção amistosos. Em 24 de agosto de 1910, o juiz apitou o início do brasileira. Dois meses depois, vestiu de novo a camisa azul jogo nas Laranjeiras. Quinze segundos depois, bola no fundo quando ajudou a trazer o primeiro título — a Copa Rocca de do gol britânico. Gol de quem? Oswaldo Gomes. Mas o Co1914, disputada em Buenos Aires. rinthian virou — e como! No fim, 10 x 1 para os londrinos. A seleção fez a fama de Oswaldo. Mas antes de tudo ele era Em 1911, o Fluminense reinava nos campos do Rio de JaFluminense. Jogou como meia-atacante e com o avanço da neiro, ganhando o campeonato sem nenhum ponto perdido. idade recuou para volante. Ele ainda é o recordista absoluto Seis jogos, seis vitórias, 21 gols a favor, um gol contra. E então de títulos cariocas conquistados por um único jogador: oito aconteceu uma surpreendente crise burocrática no clube. Os (Zico é o vice, com sete). No total, foram 38 gols marcados jogadores se rebelaram e, dos 11 titulares, nove partiram para em 189 jogos pelo Flu. um jovem novo clube chamado Flamengo. Oswaldo Gomes Depois de se aposentar no Fluminense, Oswaldo trabalhou e James Calvert permaneceram fiéis ao Flu. pela seleção. Em 1920, treinou o time para o Sul-americano Com essa debandada, o tricolor começou o Carioca de do Chile. Em 1921, foi eleito presidente da CBD, cargo que 1912 perdendo de todo mundo. No dia 7 de julho, pela priexerceu até 1923. Quase nada foi registrado sobre sua vida meira vez encarou o Flamengo — e deu início a uma das mais pós-futebol. Carioca de alma e coração, Oswaldo morreu aos conhecidas rivalidades do futebol mundial. Os que jogavam 75 anos no Rio de Janeiro, no dia 5 de julho de 1963. 90
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