Placar Janeiro 2007

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preleção

sala de troféus

Fundador: VICTOR CIVITA (1907-1990) Presidente e Editor: Roberto Civita Vice-Presidente Executivo: Giancarlo Civita Conselho Editorial: Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Jose Roberto Guzzo

44 árvores e uma floresta

Diretor Secretário Editorial e de Relações Institucionais: Sidnei Basile Vice-Presidente Comercial: Deborah Wright Diretora de Publicidade Corporativa: Thaís Chede Soares B. Barreto Diretor-Geral: Jairo Mendes Leal Diretor Superintendente: Laurentino Gomes Diretor de Núcleo: Alfredo Ogawa

Sérgio Xavier Filho DIRETOR DE REDAÇÃO

Foram 12 revistas mensais, sete revistas-pôsteres, seis DVDs, seis guias, um livrão, além de 12 especiais variados. De tanto plantar árvores, esquecemos de perceber a floresta como um todo. Confesso que tomei um susto quando o diretor de arte Rodrigo Maroja colocou as 44 “coisas” que fizemos em 2006. Um trabalho considerável, quase um lançamento por semana. Mais impressionante por se tratar de uma equipe reduzida. Apesar da trabalheira de 2006, nossa turma achou tempo para fazer mais. Arnaldo Ribeiro e Maurício Barros produziram Joana e Isabel, duas lindas meninas nascidas no segundo semestre. Calma, antes que você tire conclusões tolas, cada um teve sua filha com a própria mulher. O ano serviu para o intrépido repórter André Rizek fazer uma série de viagens de bicicleta pelo interior paulista. Em uma delas, se estuporou numa ribanceira e voltou em carne viva para a redação. Bem menos maluco, Rodrigo Maroja conseguiu mudar de casa, do jeitinho que queria: tudo nos mínimos detalhes. O repórter Paulo Tescarolo voltou a freqüentar uma academia. Está pensando até em consertar o ligamento cruzado do joelho arrebentado em um maldito amistoso do nosso time contra o da TV Globo. O designer Antonio Carlos Castro aproveitou 2006 para fazer shows com sua banda (parece que é de rock), correr em provas de rua e correr atrás de meninas. Apesar de ser a cara de Jesus, Toni nunca foi muito católico. Mesmo com todo o trampo, o editor de arte Rogério Andrade fotografou muito suas pequenas gêmeas Greta e Sofia, além da já mocinha Karol. Nosso homem do futebol internacional, Gian Oddi, passou suas férias na Itália e Portugal. E Silvana Ribeiro cuidou de todos nós, da revista, das instituições de caridade que ajuda — o que não é pouco. Que venha 2007.

sumário

★ Destaques

34 > Kaká: Ronaldinho Gaúcho? Kaká é quem tem de ser o maestro e líder da seleção

+

Sempre em Placar

8 > Voz da galera 9 > Tira-teima

42 > Romário: As divertidas histórias de um quarentão em busca do gol mil

12 > Imagens

44 > Presidentes: Inter x São Paulo, segundo round: quem tem a melhor diretoria?

29 > Milton Neves

48 > Ranking: O São Paulo continua líder, mas há várias mudanças para seu time 60 > Renato Gaúcho: Ou seria Renato Vascaíno? 63 > Retrospectiva: O melhor e o pior de 2006

18 > Aquecimento 30 > O mundo é uma bola 82 > Bate-bola: Robinho 84 > Bate-bola: Frank Rijkaard

Foram 44 títulos que a Placar lançou em 2006. Ano gordo, ano de Copa. Além das revistas mensais e dos tradicionais guias e pôsteres dos campeões, presenteamos você com DVDs e especiais históricos, como os das conquistas de Inter e São Paulo, a História do Penta e o antológico Meu Time dos Sonhos

JANEIRO

FEVEREIRO

Diretor de Redação: Sérgio Xavier Filho Redator-chefe: Arnaldo Ribeiro Diretor de Arte: Rodrigo Maroja Editores: Gian Oddi e Maurício Ribeiro de Barros Editor de Arte: Rogerio Andrade Repórter Especial: André Rizek Repórter: Paulo Tescarolo Designer: Antonio Carlos Castro Revisão: Renato Bacci Coordenação: Silvana Ribeiro Atendimento ao leitor: Marco Aurélio Colaboradores: Alexandre Battibugli (editor de fotografia), Renato Pizzutto (fotógrafo) e Ramon E. Muniz (designer) CTI: Eduardo Blanco (chefe), Alexandre Ferreira, Fernando Batista, Julio Jonas, Leandro Alves, Luciano Neto e Marcelo Tavares www.placar.com.br Apoio Editorial: Beatriz de Cássia Mendes, Carlos Grassetti Serviços editoriais: Wagner Barreira Depto. de Documentação e Abril Press: Grace de Souza

Em São Paulo: Redação e Correspondência: Av. das Nações Unidas, 7221, 14º andar, Pinheiros, CEP 05425-902, tel. (11) 3037-2000, fax (11) 3037-5597 PUBLICIDADE CENTRALIZADA Diretores: Marcos Peregrina Gomez, Mariane Ortiz, Robson Monte, Sandra Sampaio Executivos de Negócios: Eliani Prado, Letícia Di Lallo, Luciano Almeida, Marcello Almeida, Marcelo Cavalheiro, Marcia Soter, Nilo Bastos, Pedro Bonaldi, Sueli Cozza, Virginia Any, Vlamir Aderaldo, Willian Hagopian PUBLICIDADE REGIONAL: Diretor: Jacques Baisi Ricardo PUBLICIDADE RIO DE JANEIRO: Diretor: Paulo Renato Simões PUBLICIDADE NÚCLEO MOTOR ESPORTES: Gerente de Vendas de Publicidade: Ivanilda Gadioli Gerente Executivo de Negócios: Sandra Moskovich Executivos de Negócios: Bruno de Paula; Caio Souza; Márcia Marini e Tatiana Castro Pinho MARKETING E CIRCULAÇÃO: Gerente de Marketing: Fábio Luis Gerente de Publicações: Gabriela Nunes Analista de Publicações: Marina Pires Assistentes: Barbara Robles e Maira Prioli Gerente de Eventos: Fabiana Trevisan Assistente: Gabriela Freua Gerente de Projetos Especiais: Gabriela Yamaguchi Gerente de Circulação Avulsas: Mauricio Paiva Gerente de Circulação Assinaturas: Euvaldo Nadir Lima Junior PLANEJAMENTO, CONTROLE E OPERAÇÕES: Diretor: Auro Iasi Gerente: Cheng Chuan Analista: Tales Bombicini Processos: Renato Rosante e Eduardo Andrade ASSINATURAS: Diretora de Operações de Atendimento ao Consumidor: Ana Dávalos Diretor de Vendas: Fernando Costa Publicidade São Paulo www.publiabril.com.br, Classificados tel. 0800-7012066, Grande São Paulo tel. 3037-2700 ESCRITÓRIOS E REPRESENTANTES DE PUBLICIDADE NO BRASIL: Central-SP tel. (11) 3037-6564 Bauru Gnottos Mídia Representações Comerciais, tel. (14) 3227-0378, e-mail: gnottos@gnottosmidia.com.br Belém Midiasolution Belém, tel. (91) 3222-2303, email: simone@midiasolution.net Belo Horizonte tel. (31) 3282-0630, fax (31) 3282-0632 Representante Triângulo Mineiro: F&C Campos Consultoria e Assessoria Ltda Tel/Fax: (16) 3620-2702 Cel. (16) 8111-8159 Blumenau M. Marchi Representações, tel. (47) 3329-3820, fax (47) 3329-6191 e-mail: marchimauro@uol.com.br Brasília Escritório: tels. (61) 3315-7554/55/56/57, fax (61) 3315-7558; Representante: Carvalhaw Marketing Ltda., tels (61) 3426-7342/3223-0736/32252946/3223-7778, fax (61) 3321-1943, e-mail: starmkt@uol.com.br Campinas CZ Press Com. e Representações, telefax (19) 3233-7175, e-mail: czpress@czpress.com.br Campo Grande Josimar Promoções Artísticas Ltda. tel. (67) 3382-2139 e-mail: melissa.tamaciro@josimarpromocoes.com.br Cuiabá Fênix Representações Comerciais, tels. (65) 9235-7446/9602-3419, e-mail: lucianooliveir@uol.com.br Curitiba Escritório: tel. (41) 3250-8000/8030/8040/8050/8080, fax (41) 32527110; Representante: Via Mídia Projetos Editoriais Mkt. e Repres. Ltda., telefax (41) 3234-1224, email: viamidia@viamidiapr.com.br Florianópolis Interação Publicidade Ltda. tel. (48) 3232-1617, fax (48) 3232-1782, e-mail: fgorgonio@interacaoabril.com.br Fortaleza Midiasolution Repres. e Negoc. em Meios de Comunicação, telefax (85) 3264-3939, e-mail: midiasolution@midiasolution.net Goiânia Middle West Representações Ltda., tels.(62) 3215-5158, fax (62) 3215-9007, e-mail: publicidade@middlewest.com.br Joinville Via Mídia Projetos Editoriais Mkt. e Repres. Ltda., telefax (47) 3433-2725, e-mail: viamidiajoinvillle@viamidiapr.com.br Manaus Paper Comunicações, telefax (92) 3656-7588, e-mail: paper@internext.com.br Maringá Atitude de Comunicação e Representação, telefax (44) 3028-6969, e-mail: marlene@atituderep.com.br Porto Alegre Escritório: tel. (51) 3327-2850, fax (51) 3327-2855; Representante: Print Sul Veículos de Comunicação Ltda., telefax (51) 3328-1344/3823/4954, e-mail: ricardo@printsul.com.br; Multimeios Representações Comerciais, tel.(51) 3328-1271, e-mail: multimeiosrepco@uol.com.br Recife MultiRevistas Publicidade Ltda., telefax (81) 3327-1597, e-mail: multirevistas@uol.com.br Ribeirão Preto Gnottos Mídia Representações Comerciais, tel (16) 3911-3025, email gnottos@gnottosmidia.com.br Rio de Janeiro pabx: (21) 2546-8282, fax (21) 2546-8253 Salvador AGMN Consultoria Public. e Representação, tel.(71) 3341-4992/1765/9824/9827, fax: (71) 3341-4996, e-mail: abrilagm@uol.com.br Vitória ZMR - Zambra Marketing Representações, tel. (27) 3315-6952, e-mail: samuelzambrano@intervip.com.br PUBLICAÇÕES DA EDITORA ABRIL: Veja: Veja, Veja São Paulo, Veja Rio, Vejas Regionais Negócios e Tecnologia: Exame, Exame PME, Info, Info Canal, Info Corporate, Você S/A

Núcleo Consumo: Boa Forma, Elle, Estilo, Manequim, Revista A Núcleo Comportamento: Ana Maria, Claudia, Nova, Faça e Venda, Sou Mais Eu!, Viva Mais! Núcleo Bem-Estar: Bons Fluidos, Saúde!, Vida Simples Núcleo Jovem: Bizz, Capricho, Loveteen, Mundo Estranho, Superinteressante Núcleo Infantil: Atividades, Disney, Recreio Núcleo Cultura: Almanaque Abril, Aventuras na História, Bravo!, Guia do Estudante Núcleo Homem: Men’s Health, Playboy, Vip Núcleo Casa e Construção: Arquitetura e Construção, Casa Claudia Núcleo Celebridades: Contigo!, Minha Novela, Tititi Núcleo Motor Esportes: Frota, Placar, Quatro Rodas Núcleo Turismo: Guias Quatro Rodas, National Geographic, Viagem e Turismo Fundação Victor Civita: Nova Escola PLACAR nº 1302 (ISSN 0104-1762), ano 37, janeiro de 2007, é uma publicação mensal da Editora Abril Edições anteriores: venda exclusiva em bancas, pelo preço da última edição em

MARÇO

ABRIL

MAIO

JUNHO

JULHO

AGOSTO

SETEMBRO

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

DEZEMBRO

GUIA DA COPA

REVISTA DA COPA 1

REVISTA DA COPA 2

REVISTA DA COPA 3

REVISTA DA COPA 4

REVISTA DA COPA 5

GUIA DO SEMESTRE

GUIA DA LIBERTADORES

PÔSTER ESTADUAL RJ

PÔSTER ESTADUAL PE

PÔSTER ESTADUAL SP

PÔSTER ESTADUAL RS

PÔSTER COPA DO BRASIL

ESPECIAL SÃO PAULO TETRA

EDIÇÃO DOS CAMPEÕES

ESPECIAL BOLA DE PRATA

ESPECIAL ROGÉRIO CENI

GUIA DO BRASILEIRÃO 1º TURNO GUIA DO BRASILEIRÃO 2º TURNO

PÔSTER BRASILEIRÃO

ESPECIAL RONALDINHO GAÚCHO

PÔSTER LIBERTADORES

EDIÇÃO ESPECIAL

GUIA DOS EUROPEUS

PÔSTER MUNDIAL

EDIÇÃO ESPECIAL

banca. Solicite ao seu jornaleiro. Distribuída em todo o país pela Dinap S.A. Distribuidora Nacional de Publicações, São Paulo. PLACAR não admite publicidade redacional. Serviço ao Assinante: Grande São Paulo: 5087-2112 Demais localidades: 0800-704-2112 www.abrilsac.com Para assinar: Grande São Paulo: 3347-2121 Demais localidades: 0800-701-2828 www.assineabril.com.br IMPRESSA NA DIVISÃO GRçFICA DA EDITORA ABRIL S.A.

Av. Otaviano Alves de Lima, 4400, Freguesia do Ó, CEP 02909-900, São Paulo, SP

86 > Tabelão 90 > Meu time dos sonhos DVD LIBERTADORES

DVD COPA DO MUNDO 1

DVD COPA DO MUNDO 2

DVD COPA DO MUNDO 3

DVD COPA DO MUNDO 4

DVD GRANDES CRAQUES/ZICO

Presidente do Conselho de Administração e Presidente Executivo: Roberto Civita Vice-Presidente Executivo: Giancarlo Civita

4 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

Vice-Presidentes: Deborah Wright, Douglas Duran, Eliane Lustosa, Marcio Ogliara www.abril.com.br

J A N E I R O ★ 2 0 0 7 ★ WWW.PLACAR .COM.BR★ 5


PL1302 Suma2

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7:46 PM

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preleção

sala de troféus

Fundador: VICTOR CIVITA (1907-1990) Presidente e Editor: Roberto Civita Vice-Presidente Executivo: Giancarlo Civita Conselho Editorial: Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Jose Roberto Guzzo

44 árvores e uma floresta

Diretor Secretário Editorial e de Relações Institucionais: Sidnei Basile Vice-Presidente Comercial: Deborah Wright Diretora de Publicidade Corporativa: Thaís Chede Soares B. Barreto Diretor-Geral: Jairo Mendes Leal Diretor Superintendente: Laurentino Gomes Diretor de Núcleo: Alfredo Ogawa

Sérgio Xavier Filho DIRETOR DE REDAÇÃO

Foram 12 revistas mensais, sete revistas-pôsteres, seis DVDs, seis guias, um livrão, além de 12 especiais variados. De tanto plantar árvores, esquecemos de perceber a floresta como um todo. Confesso que tomei um susto quando o diretor de arte Rodrigo Maroja colocou as 44 “coisas” que fizemos em 2006. Um trabalho considerável, quase um lançamento por semana. Mais impressionante por se tratar de uma equipe reduzida. Apesar da trabalheira de 2006, nossa turma achou tempo para fazer mais. Arnaldo Ribeiro e Maurício Barros produziram Joana e Isabel, duas lindas meninas nascidas no segundo semestre. Calma, antes que você tire conclusões tolas, cada um teve sua filha com a própria mulher. O ano serviu para o intrépido repórter André Rizek fazer uma série de viagens de bicicleta pelo interior paulista. Em uma delas, se estuporou numa ribanceira e voltou em carne viva para a redação. Bem menos maluco, Rodrigo Maroja conseguiu mudar de casa, do jeitinho que queria: tudo nos mínimos detalhes. O repórter Paulo Tescarolo voltou a freqüentar uma academia. Está pensando até em consertar o ligamento cruzado do joelho arrebentado em um maldito amistoso do nosso time contra o da TV Globo. O designer Antonio Carlos Castro aproveitou 2006 para fazer shows com sua banda (parece que é de rock), correr em provas de rua e correr atrás de meninas. Apesar de ser a cara de Jesus, Toni nunca foi muito católico. Mesmo com todo o trampo, o editor de arte Rogério Andrade fotografou muito suas pequenas gêmeas Greta e Sofia, além da já mocinha Karol. Nosso homem do futebol internacional, Gian Oddi, passou suas férias na Itália e Portugal. E Silvana Ribeiro cuidou de todos nós, da revista, das instituições de caridade que ajuda — o que não é pouco. Que venha 2007.

sumário

★ Destaques

34 > Kaká: Ronaldinho Gaúcho? Kaká é quem tem de ser o maestro e líder da seleção

+

Sempre em Placar

8 > Voz da galera 9 > Tira-teima

42 > Romário: As divertidas histórias de um quarentão em busca do gol mil

12 > Imagens

44 > Presidentes: Inter x São Paulo, segundo round: quem tem a melhor diretoria?

29 > Milton Neves

48 > Ranking: O São Paulo continua líder, mas há várias mudanças para seu time 60 > Renato Gaúcho: Ou seria Renato Vascaíno? 63 > Retrospectiva: O melhor e o pior de 2006

18 > Aquecimento 30 > O mundo é uma bola 82 > Bate-bola: Robinho 84 > Bate-bola: Frank Rijkaard

Foram 44 títulos que a Placar lançou em 2006. Ano gordo, ano de Copa. Além das revistas mensais e dos tradicionais guias e pôsteres dos campeões, presenteamos você com DVDs e especiais históricos, como os das conquistas de Inter e São Paulo, a História do Penta e o antológico Meu Time dos Sonhos

JANEIRO

FEVEREIRO

Diretor de Redação: Sérgio Xavier Filho Redator-chefe: Arnaldo Ribeiro Diretor de Arte: Rodrigo Maroja Editores: Gian Oddi e Maurício Ribeiro de Barros Editor de Arte: Rogerio Andrade Repórter Especial: André Rizek Repórter: Paulo Tescarolo Designer: Antonio Carlos Castro Revisão: Renato Bacci Coordenação: Silvana Ribeiro Atendimento ao leitor: Marco Aurélio Colaboradores: Alexandre Battibugli (editor de fotografia), Renato Pizzutto (fotógrafo) e Ramon E. Muniz (designer) CTI: Eduardo Blanco (chefe), Alexandre Ferreira, Fernando Batista, Julio Jonas, Leandro Alves, Luciano Neto e Marcelo Tavares www.placar.com.br Apoio Editorial: Beatriz de Cássia Mendes, Carlos Grassetti Serviços editoriais: Wagner Barreira Depto. de Documentação e Abril Press: Grace de Souza

Em São Paulo: Redação e Correspondência: Av. das Nações Unidas, 7221, 14º andar, Pinheiros, CEP 05425-902, tel. (11) 3037-2000, fax (11) 3037-5597 PUBLICIDADE CENTRALIZADA Diretores: Marcos Peregrina Gomez, Mariane Ortiz, Robson Monte, Sandra Sampaio Executivos de Negócios: Eliani Prado, Letícia Di Lallo, Luciano Almeida, Marcello Almeida, Marcelo Cavalheiro, Marcia Soter, Nilo Bastos, Pedro Bonaldi, Sueli Cozza, Virginia Any, Vlamir Aderaldo, Willian Hagopian PUBLICIDADE REGIONAL: Diretor: Jacques Baisi Ricardo PUBLICIDADE RIO DE JANEIRO: Diretor: Paulo Renato Simões PUBLICIDADE NÚCLEO MOTOR ESPORTES: Gerente de Vendas de Publicidade: Ivanilda Gadioli Gerente Executivo de Negócios: Sandra Moskovich Executivos de Negócios: Bruno de Paula; Caio Souza; Márcia Marini e Tatiana Castro Pinho MARKETING E CIRCULAÇÃO: Gerente de Marketing: Fábio Luis Gerente de Publicações: Gabriela Nunes Analista de Publicações: Marina Pires Assistentes: Barbara Robles e Maira Prioli Gerente de Eventos: Fabiana Trevisan Assistente: Gabriela Freua Gerente de Projetos Especiais: Gabriela Yamaguchi Gerente de Circulação Avulsas: Mauricio Paiva Gerente de Circulação Assinaturas: Euvaldo Nadir Lima Junior PLANEJAMENTO, CONTROLE E OPERAÇÕES: Diretor: Auro Iasi Gerente: Cheng Chuan Analista: Tales Bombicini Processos: Renato Rosante e Eduardo Andrade ASSINATURAS: Diretora de Operações de Atendimento ao Consumidor: Ana Dávalos Diretor de Vendas: Fernando Costa Publicidade São Paulo www.publiabril.com.br, Classificados tel. 0800-7012066, Grande São Paulo tel. 3037-2700 ESCRITÓRIOS E REPRESENTANTES DE PUBLICIDADE NO BRASIL: Central-SP tel. (11) 3037-6564 Bauru Gnottos Mídia Representações Comerciais, tel. (14) 3227-0378, e-mail: gnottos@gnottosmidia.com.br Belém Midiasolution Belém, tel. (91) 3222-2303, email: simone@midiasolution.net Belo Horizonte tel. (31) 3282-0630, fax (31) 3282-0632 Representante Triângulo Mineiro: F&C Campos Consultoria e Assessoria Ltda Tel/Fax: (16) 3620-2702 Cel. (16) 8111-8159 Blumenau M. Marchi Representações, tel. (47) 3329-3820, fax (47) 3329-6191 e-mail: marchimauro@uol.com.br Brasília Escritório: tels. (61) 3315-7554/55/56/57, fax (61) 3315-7558; Representante: Carvalhaw Marketing Ltda., tels (61) 3426-7342/3223-0736/32252946/3223-7778, fax (61) 3321-1943, e-mail: starmkt@uol.com.br Campinas CZ Press Com. e Representações, telefax (19) 3233-7175, e-mail: czpress@czpress.com.br Campo Grande Josimar Promoções Artísticas Ltda. tel. (67) 3382-2139 e-mail: melissa.tamaciro@josimarpromocoes.com.br Cuiabá Fênix Representações Comerciais, tels. (65) 9235-7446/9602-3419, e-mail: lucianooliveir@uol.com.br Curitiba Escritório: tel. (41) 3250-8000/8030/8040/8050/8080, fax (41) 32527110; Representante: Via Mídia Projetos Editoriais Mkt. e Repres. Ltda., telefax (41) 3234-1224, email: viamidia@viamidiapr.com.br Florianópolis Interação Publicidade Ltda. tel. (48) 3232-1617, fax (48) 3232-1782, e-mail: fgorgonio@interacaoabril.com.br Fortaleza Midiasolution Repres. e Negoc. em Meios de Comunicação, telefax (85) 3264-3939, e-mail: midiasolution@midiasolution.net Goiânia Middle West Representações Ltda., tels.(62) 3215-5158, fax (62) 3215-9007, e-mail: publicidade@middlewest.com.br Joinville Via Mídia Projetos Editoriais Mkt. e Repres. Ltda., telefax (47) 3433-2725, e-mail: viamidiajoinvillle@viamidiapr.com.br Manaus Paper Comunicações, telefax (92) 3656-7588, e-mail: paper@internext.com.br Maringá Atitude de Comunicação e Representação, telefax (44) 3028-6969, e-mail: marlene@atituderep.com.br Porto Alegre Escritório: tel. (51) 3327-2850, fax (51) 3327-2855; Representante: Print Sul Veículos de Comunicação Ltda., telefax (51) 3328-1344/3823/4954, e-mail: ricardo@printsul.com.br; Multimeios Representações Comerciais, tel.(51) 3328-1271, e-mail: multimeiosrepco@uol.com.br Recife MultiRevistas Publicidade Ltda., telefax (81) 3327-1597, e-mail: multirevistas@uol.com.br Ribeirão Preto Gnottos Mídia Representações Comerciais, tel (16) 3911-3025, email gnottos@gnottosmidia.com.br Rio de Janeiro pabx: (21) 2546-8282, fax (21) 2546-8253 Salvador AGMN Consultoria Public. e Representação, tel.(71) 3341-4992/1765/9824/9827, fax: (71) 3341-4996, e-mail: abrilagm@uol.com.br Vitória ZMR - Zambra Marketing Representações, tel. (27) 3315-6952, e-mail: samuelzambrano@intervip.com.br PUBLICAÇÕES DA EDITORA ABRIL: Veja: Veja, Veja São Paulo, Veja Rio, Vejas Regionais Negócios e Tecnologia: Exame, Exame PME, Info, Info Canal, Info Corporate, Você S/A

Núcleo Consumo: Boa Forma, Elle, Estilo, Manequim, Revista A Núcleo Comportamento: Ana Maria, Claudia, Nova, Faça e Venda, Sou Mais Eu!, Viva Mais! Núcleo Bem-Estar: Bons Fluidos, Saúde!, Vida Simples Núcleo Jovem: Bizz, Capricho, Loveteen, Mundo Estranho, Superinteressante Núcleo Infantil: Atividades, Disney, Recreio Núcleo Cultura: Almanaque Abril, Aventuras na História, Bravo!, Guia do Estudante Núcleo Homem: Men’s Health, Playboy, Vip Núcleo Casa e Construção: Arquitetura e Construção, Casa Claudia Núcleo Celebridades: Contigo!, Minha Novela, Tititi Núcleo Motor Esportes: Frota, Placar, Quatro Rodas Núcleo Turismo: Guias Quatro Rodas, National Geographic, Viagem e Turismo Fundação Victor Civita: Nova Escola PLACAR nº 1302 (ISSN 0104-1762), ano 37, janeiro de 2007, é uma publicação mensal da Editora Abril Edições anteriores: venda exclusiva em bancas, pelo preço da última edição em

MARÇO

ABRIL

MAIO

JUNHO

JULHO

AGOSTO

SETEMBRO

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

DEZEMBRO

GUIA DA COPA

REVISTA DA COPA 1

REVISTA DA COPA 2

REVISTA DA COPA 3

REVISTA DA COPA 4

REVISTA DA COPA 5

GUIA DO SEMESTRE

GUIA DA LIBERTADORES

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ESPECIAL SÃO PAULO TETRA

EDIÇÃO DOS CAMPEÕES

ESPECIAL BOLA DE PRATA

ESPECIAL ROGÉRIO CENI

GUIA DO BRASILEIRÃO 1º TURNO GUIA DO BRASILEIRÃO 2º TURNO

PÔSTER BRASILEIRÃO

ESPECIAL RONALDINHO GAÚCHO

PÔSTER LIBERTADORES

EDIÇÃO ESPECIAL

GUIA DOS EUROPEUS

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Av. Otaviano Alves de Lima, 4400, Freguesia do Ó, CEP 02909-900, São Paulo, SP

86 > Tabelão 90 > Meu time dos sonhos DVD LIBERTADORES

DVD COPA DO MUNDO 1

DVD COPA DO MUNDO 2

DVD COPA DO MUNDO 3

DVD COPA DO MUNDO 4

DVD GRANDES CRAQUES/ZICO

Presidente do Conselho de Administração e Presidente Executivo: Roberto Civita Vice-Presidente Executivo: Giancarlo Civita

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Vice-Presidentes: Deborah Wright, Douglas Duran, Eliane Lustosa, Marcio Ogliara www.abril.com.br

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PL1302 VOZ TEIMA

12/18/06

5:57 PM

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vozdagalera

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A matéria ‘Como criar um gato’ foi esclarecedora, mas há muitos esquemas de falsificação de idade a serem desvendados.

Rodrigo Guerra, Goiânia (GO)

Pai Placar Comprei o Guia do Brasileiro e percebi que, nas previsões para o desempenho de cada clube, vocês acertaram sete e erraram 13. Placar acertou: Atlético-PR, Botafogo, Juventude (Sul-americana); São Paulo e Inter (briga pelo título); Santa Cruz e Ponte Preta (rebaixamento). Placar errou no Corinthians (lutou por Sul-americana e não pelo título), Cruzeiro (Sul-americana e não pela Libertadores), Figueirense e Flamengo (Sul-americana e não rebaixamento), Fluminense (contra o rebaixamento e não pela Libertadores), Fortaleza ( já rebaixado, obviamente não conseguiu vaga na Sul-americana), Goiás (lutou por vaga na Sul-americana e não na Libertadores), Grêmio (Libertadores, foi além da Sul-americana), Palmeiras (não brigou pela Libertadores), Paraná (talvez a maior barriga da revista, sempre é apontado como candidato ao rebaixamento e chegou à Libertadores), Santos (embora na Libertadores, passou longe do título), São Caetano (rebaixado, não na Sul-Americana) e Vasco (mesmo caso do Paraná, lutou por Libertadores e não para ser rebaixado). Apesar do saldo de seis

’’

com a Macaca. Campinas o ama. 2- Fábio Baiano e Luiz Mario, ambos da Ponte, estão se tornando craques em rebaixamento. Em 2005, derrubaram o Galo. 3- O meu querido Cruzeiro se tornou em 2006 o único clube do mundo a levar gol de dois goleiros (Rogério e Chilavert). 5- O América-RN foi para um lado (2005 terceira divisão, 2006 segunda e 2007 primeira) e o Paysandu foi para o outro (2005 primeira, 2006 segunda e 2007 terceira).

negativo, a revista merece os parabéns: tomou uma postura, arriscou e não ficou em cima do muro, algo cada vez mais comum no jornalismo esportivo.

Marcos da Silva Santos, São Francisco (MG)

Cleyton Pereira Lutz, Guarapuava (PR)

Como fã de Rogério Ceni, não poderia deixar de agradecer ao time da Placar pela excelente edição O Melhor Goleiro do Mundo. Mais um golaço da revista. Só está faltando o lançamento do DVD do goleiroartilheiro, com todos os gols.

Vai pra casa, Romário! A Placar pisou na bola, quando da matéria personagem do mês, focalizando Romário. O texto assinado por Sérgio Xavier Filho, diretor de redação, principalmente. O título “Deixem o Baixinho em paz” é uma tentativa de alimentar nos leitores que o jogador continua sendo uma referência ou mesmo celebridade. Grave equívoco. O que falta a Romário é humildade e dignidade de aceitar que chegou a hora de encerrar sua carreira repleta de conflitos existenciais. Romário, vai pra casa, vai jogar futevolêi e depois cair na gandaia.

Francisco Carlos do Nascimento, Olinda (PE)

Brasileiro curioso Anotei algumas curiosidades sobre o Brasileirão 2006. 1- O ótimo goleiro Jean, da Ponte Preta, conseguiu ser rebaixado com o Bugre e

Rogério Ceni

José Brasilino Silva Júnior, São Luís (MA)

✖ E r ra t a Ao contrário do que informamos na edição especial da Bola de Prata, o terno azul que Lucas usou na premiação era do próprio jogador que, assim, homenageou o seu Grêmio na festa da TV Record, onde levou a Bola de Ouro. Na edição 1301, página 63, o Auckland City consta como sendo da Austrália. Ele é da Nova Zelândia.

★ Fa l e c o m a g e n t e > NA INTERNET www.placar.com.br > ATENDIMENTO AO LEITOR POR CARTA: Av. das Nações Unidas, 7 221, 14º andar, CEP 05425-902, São Paulo (SP) POR E-MAIL: placar.abril@atleitor.com.br POR FAX: (11) 3037-5597 > As cartas podem ser editadas por razões de espaço ou clareza. Não publicamos cartas, faxes ou e-mails enviados sem identificação do leitor (nome completo, endereço ou telefone para contato). Não atendemos pedidos de envio de pesquisas particulares sobre história do futebol, de camisas de clubes ou outros brindes. Não fornecemos telefones nem endereços pessoais de jogadores. Não publicamos fotos enviadas por leitores. > EDIÇÕES ANTERIORES Venda exclusiva em bancas, pelo preço de capa vigente. Solicite seu exemplar na banca mais próxima de você. > LICENCIAMENTO DE CONTEÚDO Para adquirir os direitos de reprodução de textos e imagens das publicações da revista Placar em livros, jornais, revistas e sites, acesse www.conteudoexpresso.com.br ou ligue para: (11) 3089-8853. > TRABALHE CONOSCO www.abril.com.br/trabalheconosco

8 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

tirateima

Meta o pau, elogie, faça o que quiser. Mas escreva...

As dúvidas mais cabeludas respondidas pela turma da Placar

É verdade que o Lucas foi o Bola de Ouro mais jovem da história do prêmio? E quem foram os mais velhos? Antônio Pereira, Caxias do Sul (RS) Pura verdade. Talvez um sinal do lançamento precoce de craques no time profissional e de sua debandada precipitada para o exterior, o gremista Lucas foi o Bola de Ouro 2006 com 19 anos e 11 meses. Zico conquistou sua primeira Bola de Ouro em 1974. Estava com 21 anos. Falcão ganhou o primeiro Ouro em 1978 com 25 anos e Taffarel foi o melhor do Brasileiro de 1988 com 22 anos. Nos últimos tempos, os destaques das divisões de base passaram a integrar o time principal e os craques do campeonato passaram a ser jovens, muito jovens. Em 2002, o Ouro ficou

com o garoto Kaká, então com 20 anos e 6 meses. Robinho, fenômeno do Santos, foi o principal jogador do Brasileiro de 2004 com apenas 20 anos e 10 meses. Lucas, portanto, mostrou que não é um caso isolado, mas uma tendência. Quanto aos mais velhos, ninguém bate Leovegildo Lins Gama Júnior. Aos 38 anos e 6 meses, Júnior saiu da lateralesquerda do Flamengo para o meio-campo e comandou o time campeão brasileiro de 1992. Romário, em 2000, até tentou chegar perto. Ficou com a Bola de Ouro jogando pelo Vasco aos 34 anos e 11 meses.

Quais são os maiores estádios do mundo hoje? Zeca Noronha, Campina Grande (PB) Bem, Zeca, o mundo mudou e, pelo jeito, nossos traseiros devem ter aumentado bastante. Os estádios, no mundo inteiro e em especial no Brasil, encolheram. Em função de normas de segurança, as capacidades foram reduzidas e o Brasil, que sempre contou com públicos impressionantes, mal aparece no ranking geral.

GIGANTES DE CONCRETO ESTÁDIO 1 2 3 4 5

Pyomgyang Salt Lake Azteca Kompleks Sukan Bung Karno Azadi 7 Camp Nou 8 Melbourne Cricket 9 Maracanã 10 Punjab

©1 FOTO EDISON VARA

O caso mais notável é o do Maracanã, no Rio de Janeiro, que costumava ser chamado pelos locutores das antigas de “o maior do mundo”. Pois o Maraca não honra o apelido: baixou de 160 000 para 96 000 lugares. A populosa Ásia tomou conta da lista dos dez primeiros. Vejamos então o ranking atual dos estádios:

CIDADE/PAÍS Pyomgyang/ Coréia do Sul Calcutá/ Índia Cidade do México/ México Kuala Lampur/ Malásia Jacarta/ Indonésia Teerã/ Irã Barcelona/ Espanha Melbourne/ Austrália Rio de Janeiro/ Brasil Lahore/ Paquistão

FRANGOTES DE OURO Os mais jovens vencedores da história da Bola de Ouro

JOGADOR

CLUBE

ANO

IDADE

Lucas Kaká Amoroso Robinho Cerezo Zico Tevez Taffarel César Sampaio Mauro Silva

Grêmio São Paulo Guarani Santos Atlético-MG Flamengo Corinthians Internacional Santos Bragantino

2006 2002 1994 2004 1977 1974 2005 1988 1990 1991

19 anos e 11 meses 20 anos e 5 meses 20 anos e 6 meses 20 anos e 10 meses 21 anos e 7 meses 21 anos e 8 meses 21 anos e 10 meses 22 anos e 7 meses 22 anos e 8 meses 23 anos e 10 meses

Lucas: recorde de precocidade

©1

Apostei com amigos que o Grêmio subiu para a série A em 1992 sem ajuda do tapetão. Ganhei? Saul Elias Pranke, Sinimbu (RS)

CAPACIDADE

Perdeu, Saul, pode pagar. Em 1991, Grêmio e Vitória foram rebaixados. No ano seguinte, o Grêmio não fez a sua parte e conseguiu apenas um nono lugar. Deveria disputar a série B em 1993, mas é bom ter amigos. Numa manobra de bastidores, as regras do jogo foram mudadas durante a própria partida e os gremistas tiveram a notícia dos sonhos: naquele ano, excepcionalmente, os 12 melhores da Segundona (o Grêmio entre eles) subiram para a primeira divisão.

150 000 120 000 105 064 100 200 100 000 100 000 98 934 97 557 96 000 90 000

Grêmio em 1991: rebaixado

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vozdagalera

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A matéria ‘Como criar um gato’ foi esclarecedora, mas há muitos esquemas de falsificação de idade a serem desvendados.

Rodrigo Guerra, Goiânia (GO)

Pai Placar Comprei o Guia do Brasileiro e percebi que, nas previsões para o desempenho de cada clube, vocês acertaram sete e erraram 13. Placar acertou: Atlético-PR, Botafogo, Juventude (Sul-americana); São Paulo e Inter (briga pelo título); Santa Cruz e Ponte Preta (rebaixamento). Placar errou no Corinthians (lutou por Sul-americana e não pelo título), Cruzeiro (Sul-americana e não pela Libertadores), Figueirense e Flamengo (Sul-americana e não rebaixamento), Fluminense (contra o rebaixamento e não pela Libertadores), Fortaleza ( já rebaixado, obviamente não conseguiu vaga na Sul-americana), Goiás (lutou por vaga na Sul-americana e não na Libertadores), Grêmio (Libertadores, foi além da Sul-americana), Palmeiras (não brigou pela Libertadores), Paraná (talvez a maior barriga da revista, sempre é apontado como candidato ao rebaixamento e chegou à Libertadores), Santos (embora na Libertadores, passou longe do título), São Caetano (rebaixado, não na Sul-Americana) e Vasco (mesmo caso do Paraná, lutou por Libertadores e não para ser rebaixado). Apesar do saldo de seis

’’

com a Macaca. Campinas o ama. 2- Fábio Baiano e Luiz Mario, ambos da Ponte, estão se tornando craques em rebaixamento. Em 2005, derrubaram o Galo. 3- O meu querido Cruzeiro se tornou em 2006 o único clube do mundo a levar gol de dois goleiros (Rogério e Chilavert). 5- O América-RN foi para um lado (2005 terceira divisão, 2006 segunda e 2007 primeira) e o Paysandu foi para o outro (2005 primeira, 2006 segunda e 2007 terceira).

negativo, a revista merece os parabéns: tomou uma postura, arriscou e não ficou em cima do muro, algo cada vez mais comum no jornalismo esportivo.

Marcos da Silva Santos, São Francisco (MG)

Cleyton Pereira Lutz, Guarapuava (PR)

Como fã de Rogério Ceni, não poderia deixar de agradecer ao time da Placar pela excelente edição O Melhor Goleiro do Mundo. Mais um golaço da revista. Só está faltando o lançamento do DVD do goleiroartilheiro, com todos os gols.

Vai pra casa, Romário! A Placar pisou na bola, quando da matéria personagem do mês, focalizando Romário. O texto assinado por Sérgio Xavier Filho, diretor de redação, principalmente. O título “Deixem o Baixinho em paz” é uma tentativa de alimentar nos leitores que o jogador continua sendo uma referência ou mesmo celebridade. Grave equívoco. O que falta a Romário é humildade e dignidade de aceitar que chegou a hora de encerrar sua carreira repleta de conflitos existenciais. Romário, vai pra casa, vai jogar futevolêi e depois cair na gandaia.

Francisco Carlos do Nascimento, Olinda (PE)

Brasileiro curioso Anotei algumas curiosidades sobre o Brasileirão 2006. 1- O ótimo goleiro Jean, da Ponte Preta, conseguiu ser rebaixado com o Bugre e

Rogério Ceni

José Brasilino Silva Júnior, São Luís (MA)

✖ E r ra t a Ao contrário do que informamos na edição especial da Bola de Prata, o terno azul que Lucas usou na premiação era do próprio jogador que, assim, homenageou o seu Grêmio na festa da TV Record, onde levou a Bola de Ouro. Na edição 1301, página 63, o Auckland City consta como sendo da Austrália. Ele é da Nova Zelândia.

★ Fa l e c o m a g e n t e > NA INTERNET www.placar.com.br > ATENDIMENTO AO LEITOR POR CARTA: Av. das Nações Unidas, 7 221, 14º andar, CEP 05425-902, São Paulo (SP) POR E-MAIL: placar.abril@atleitor.com.br POR FAX: (11) 3037-5597 > As cartas podem ser editadas por razões de espaço ou clareza. Não publicamos cartas, faxes ou e-mails enviados sem identificação do leitor (nome completo, endereço ou telefone para contato). Não atendemos pedidos de envio de pesquisas particulares sobre história do futebol, de camisas de clubes ou outros brindes. Não fornecemos telefones nem endereços pessoais de jogadores. Não publicamos fotos enviadas por leitores. > EDIÇÕES ANTERIORES Venda exclusiva em bancas, pelo preço de capa vigente. Solicite seu exemplar na banca mais próxima de você. > LICENCIAMENTO DE CONTEÚDO Para adquirir os direitos de reprodução de textos e imagens das publicações da revista Placar em livros, jornais, revistas e sites, acesse www.conteudoexpresso.com.br ou ligue para: (11) 3089-8853. > TRABALHE CONOSCO www.abril.com.br/trabalheconosco

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tirateima

Meta o pau, elogie, faça o que quiser. Mas escreva...

As dúvidas mais cabeludas respondidas pela turma da Placar

É verdade que o Lucas foi o Bola de Ouro mais jovem da história do prêmio? E quem foram os mais velhos? Antônio Pereira, Caxias do Sul (RS) Pura verdade. Talvez um sinal do lançamento precoce de craques no time profissional e de sua debandada precipitada para o exterior, o gremista Lucas foi o Bola de Ouro 2006 com 19 anos e 11 meses. Zico conquistou sua primeira Bola de Ouro em 1974. Estava com 21 anos. Falcão ganhou o primeiro Ouro em 1978 com 25 anos e Taffarel foi o melhor do Brasileiro de 1988 com 22 anos. Nos últimos tempos, os destaques das divisões de base passaram a integrar o time principal e os craques do campeonato passaram a ser jovens, muito jovens. Em 2002, o Ouro ficou

com o garoto Kaká, então com 20 anos e 6 meses. Robinho, fenômeno do Santos, foi o principal jogador do Brasileiro de 2004 com apenas 20 anos e 10 meses. Lucas, portanto, mostrou que não é um caso isolado, mas uma tendência. Quanto aos mais velhos, ninguém bate Leovegildo Lins Gama Júnior. Aos 38 anos e 6 meses, Júnior saiu da lateralesquerda do Flamengo para o meio-campo e comandou o time campeão brasileiro de 1992. Romário, em 2000, até tentou chegar perto. Ficou com a Bola de Ouro jogando pelo Vasco aos 34 anos e 11 meses.

Quais são os maiores estádios do mundo hoje? Zeca Noronha, Campina Grande (PB) Bem, Zeca, o mundo mudou e, pelo jeito, nossos traseiros devem ter aumentado bastante. Os estádios, no mundo inteiro e em especial no Brasil, encolheram. Em função de normas de segurança, as capacidades foram reduzidas e o Brasil, que sempre contou com públicos impressionantes, mal aparece no ranking geral.

GIGANTES DE CONCRETO ESTÁDIO 1 2 3 4 5

Pyomgyang Salt Lake Azteca Kompleks Sukan Bung Karno Azadi 7 Camp Nou 8 Melbourne Cricket 9 Maracanã 10 Punjab

©1 FOTO EDISON VARA

O caso mais notável é o do Maracanã, no Rio de Janeiro, que costumava ser chamado pelos locutores das antigas de “o maior do mundo”. Pois o Maraca não honra o apelido: baixou de 160 000 para 96 000 lugares. A populosa Ásia tomou conta da lista dos dez primeiros. Vejamos então o ranking atual dos estádios:

CIDADE/PAÍS Pyomgyang/ Coréia do Sul Calcutá/ Índia Cidade do México/ México Kuala Lampur/ Malásia Jacarta/ Indonésia Teerã/ Irã Barcelona/ Espanha Melbourne/ Austrália Rio de Janeiro/ Brasil Lahore/ Paquistão

FRANGOTES DE OURO Os mais jovens vencedores da história da Bola de Ouro

JOGADOR

CLUBE

ANO

IDADE

Lucas Kaká Amoroso Robinho Cerezo Zico Tevez Taffarel César Sampaio Mauro Silva

Grêmio São Paulo Guarani Santos Atlético-MG Flamengo Corinthians Internacional Santos Bragantino

2006 2002 1994 2004 1977 1974 2005 1988 1990 1991

19 anos e 11 meses 20 anos e 5 meses 20 anos e 6 meses 20 anos e 10 meses 21 anos e 7 meses 21 anos e 8 meses 21 anos e 10 meses 22 anos e 7 meses 22 anos e 8 meses 23 anos e 10 meses

Lucas: recorde de precocidade

©1

Apostei com amigos que o Grêmio subiu para a série A em 1992 sem ajuda do tapetão. Ganhei? Saul Elias Pranke, Sinimbu (RS)

CAPACIDADE

Perdeu, Saul, pode pagar. Em 1991, Grêmio e Vitória foram rebaixados. No ano seguinte, o Grêmio não fez a sua parte e conseguiu apenas um nono lugar. Deveria disputar a série B em 1993, mas é bom ter amigos. Numa manobra de bastidores, as regras do jogo foram mudadas durante a própria partida e os gremistas tiveram a notícia dos sonhos: naquele ano, excepcionalmente, os 12 melhores da Segundona (o Grêmio entre eles) subiram para a primeira divisão.

150 000 120 000 105 064 100 200 100 000 100 000 98 934 97 557 96 000 90 000

Grêmio em 1991: rebaixado

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PL1302 imagens

12/18/06

5:56 PM

Page 12

É minha! Não teve canelada, mas isso sim é que é uma verdadeira bola dividida. Foi entre Ronaldo Angelim e o gremista Rômulo na vitória dos gaúchos (3 x 0) no Olímpico, pelo Brasileiro FOTO ★ EDISON VARA


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É minha! Não teve canelada, mas isso sim é que é uma verdadeira bola dividida. Foi entre Ronaldo Angelim e o gremista Rômulo na vitória dos gaúchos (3 x 0) no Olímpico, pelo Brasileiro FOTO ★ EDISON VARA


PL1302 imagens

12/18/06

5:39 PM

Page 14

Gigante Gabiru Até este lance, Adriano Gabiru era odiado pela torcida do Internacional. Na final do Mundial de Clubes contra o Barcelona, ele entrou no lugar de Fernandão. Quantos lamentos não foram ouvidos na nação colorada! Até que Iarley passou com açúcar, Adriano dominou, penetrou na área e executou na saída de Valdés. Inter, campeão mundial, 1 x 0 Barcelona. E Gabiru virou um anjo FOTO ★ PIER GIAVELLI


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Gigante Gabiru Até este lance, Adriano Gabiru era odiado pela torcida do Internacional. Na final do Mundial de Clubes contra o Barcelona, ele entrou no lugar de Fernandão. Quantos lamentos não foram ouvidos na nação colorada! Até que Iarley passou com açúcar, Adriano dominou, penetrou na área e executou na saída de Valdés. Inter, campeão mundial, 1 x 0 Barcelona. E Gabiru virou um anjo FOTO ★ PIER GIAVELLI


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E

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EDITADO POR MAURÍCIO BARROS (MABARROS@ABRIL.COM.BR)

★ Personagem do mês

D O

F U T E B O L

DESIGN ROGERIO ANDRADE

Iarley

O querubim de Quixeramobim Quando já não havia Fernandão nem Pato, Índio sangrava e o Barcelona atacava, Iarley vestiu a faixa de capitão do Inter. O cearense tomou conta do jogo e deu a Adriano o gol do título do Mundial de Clubes P O R S É R G I O X A V I E R F I L H O Por um dia, Quixeramobim foi a capital do mundo. Assim como o Jardim Irene, periferia de São Paulo, também teve seu momento de glória há quatro anos e meio por obra do brasileiro Cafu. Cidadezinha de 60 000 habitantes, Quixeramobim está no coração do Ceará, vive da agropecuária e teve sua bandeira desfraldada em rede mundial de televisão por um de seus filhos mais fiéis. Pedro Iarley Lima Dantas não fez o gol do título colorado, mas foi o principal nome na vitória contra o grande Barcelona. Iarley comandou o Internacional e fez o mais difícil no gol de Adriano. Aos 36 minutos do segundo tempo, recebeu a bola no meio-campo, girou sobre a vaca-louca Puyol, avançou em direção ao gol e enfrentou o dilema de toda uma vida: para quem passar a bola? Pela direita, o garoto Luiz Adriano, 19 anos na cara e um histórico de gols perdidos no Internacional. Pela esquerda, Adriano Gabiru, talvez um dos seres humanos mais vaiados no futebol gaúcho no ano de 2006 — pelo que fez e, sobretudo, pelo que não fez. Iarley talvez tenha pensado em não passar para ninguém, arriscar um drible e um chute. Optou pela diagonal, por Adriano Gabiru, o mais experiente dos dois. Passe perfeito, no tempo corretíssimo, assim como fez Tostão na Copa de 70 para o gol de Jairzinho, contra o Uruguai. Com a vitória parcial, Iarley usou a prerrogativa de capitão da equipe (Fernandão já havia sido substituído) para se considerar o dono da bola. Pisou na dita-cuja, prendeu, enrolou, gastou o tempo. O jogo acabou e o Internacional conseguiu seu primeiro título mundial em 97 anos de história — o segundo do atacante colorado, que já sentira o gostinho em 2003 pelo Boca Juniors. Placar imaginava que o dono desta página, o personagem

1 8 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

do mês, seria outro. Fernandão, Alexandre Pato ou, na pior das hipóteses, Ronaldinho Gaúcho. O roteiro parecia reservar protagonismo para um dos três na decisão do Mundial de Clubes da Fifa. Bem marcado pela defesa colorada, Ronaldinho ficou pelo meio do caminho. As dores e cãibras derrubaram Fernandão e Pato. Sobrou para o homem de Quixeramobim. Logo ele, que passou metade do ano no banco de reservas, esperando as contusões ou suspensões de Fernandão e Rafael Sóbis. Quando Sóbis foi vendido para o Betis, da Espanha, o presidente do Internacional, Fernando Carvalho, dizia: “O Iarley não é melhor que o Rafael, mas o time fica melhor com ele. O jogo da equipe flui mais”. Conversa mole de quem tenta convencer os outros que vender o melhor jogador do time não era nenhuma tragédia. Pois o ataque do Inter reaprendeu a jogar sem Sóbis. Sem a mesma velocidade dos tempos que galopava pelas peladas do Ceará, Iarley se tornou mais cerebral. Prender a bola, dar o corpo para a falta, abrir espaço para Fernandão, novas funções do atacante de 32 anos. E assim Iarley foi crescendo, fazendo seus golzinhos e ganhando confiança para arriscar. Em três oportunidades, a ousadia se tornou obra de arte. Os colorados não se esquecem do gol de calcanhar contra o São Caetano, da bomba no ângulo contra o Fluminense, da bicicleta contra o Vasco. Apesar dos golaços, da atuação decisiva contra o Barcelona e da bandeira de Quixeramobim agitada em Yokohama, Pedro Iarley Lima Dantas ainda carece de reconhecimento. Na eleição feita pela cidade para escolher o “Quixeramobinense do Milênio”, Iarley não apareceu entre os 25 mais votados. Ainda é tempo de corrigir essa injustiça, povo de Quixeramobim.

FOTO PIER GIAVELLI

Iarley retém a bola contra o Barcelona: campeão mundial pelo Boca Juniors em 2003 e agora bi pelo Colorado


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EDITADO POR MAURÍCIO BARROS (MABARROS@ABRIL.COM.BR)

★ Personagem do mês

D O

F U T E B O L

DESIGN ROGERIO ANDRADE

Iarley

O querubim de Quixeramobim Quando já não havia Fernandão nem Pato, Índio sangrava e o Barcelona atacava, Iarley vestiu a faixa de capitão do Inter. O cearense tomou conta do jogo e deu a Adriano o gol do título do Mundial de Clubes P O R S É R G I O X A V I E R F I L H O Por um dia, Quixeramobim foi a capital do mundo. Assim como o Jardim Irene, periferia de São Paulo, também teve seu momento de glória há quatro anos e meio por obra do brasileiro Cafu. Cidadezinha de 60 000 habitantes, Quixeramobim está no coração do Ceará, vive da agropecuária e teve sua bandeira desfraldada em rede mundial de televisão por um de seus filhos mais fiéis. Pedro Iarley Lima Dantas não fez o gol do título colorado, mas foi o principal nome na vitória contra o grande Barcelona. Iarley comandou o Internacional e fez o mais difícil no gol de Adriano. Aos 36 minutos do segundo tempo, recebeu a bola no meio-campo, girou sobre a vaca-louca Puyol, avançou em direção ao gol e enfrentou o dilema de toda uma vida: para quem passar a bola? Pela direita, o garoto Luiz Adriano, 19 anos na cara e um histórico de gols perdidos no Internacional. Pela esquerda, Adriano Gabiru, talvez um dos seres humanos mais vaiados no futebol gaúcho no ano de 2006 — pelo que fez e, sobretudo, pelo que não fez. Iarley talvez tenha pensado em não passar para ninguém, arriscar um drible e um chute. Optou pela diagonal, por Adriano Gabiru, o mais experiente dos dois. Passe perfeito, no tempo corretíssimo, assim como fez Tostão na Copa de 70 para o gol de Jairzinho, contra o Uruguai. Com a vitória parcial, Iarley usou a prerrogativa de capitão da equipe (Fernandão já havia sido substituído) para se considerar o dono da bola. Pisou na dita-cuja, prendeu, enrolou, gastou o tempo. O jogo acabou e o Internacional conseguiu seu primeiro título mundial em 97 anos de história — o segundo do atacante colorado, que já sentira o gostinho em 2003 pelo Boca Juniors. Placar imaginava que o dono desta página, o personagem

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do mês, seria outro. Fernandão, Alexandre Pato ou, na pior das hipóteses, Ronaldinho Gaúcho. O roteiro parecia reservar protagonismo para um dos três na decisão do Mundial de Clubes da Fifa. Bem marcado pela defesa colorada, Ronaldinho ficou pelo meio do caminho. As dores e cãibras derrubaram Fernandão e Pato. Sobrou para o homem de Quixeramobim. Logo ele, que passou metade do ano no banco de reservas, esperando as contusões ou suspensões de Fernandão e Rafael Sóbis. Quando Sóbis foi vendido para o Betis, da Espanha, o presidente do Internacional, Fernando Carvalho, dizia: “O Iarley não é melhor que o Rafael, mas o time fica melhor com ele. O jogo da equipe flui mais”. Conversa mole de quem tenta convencer os outros que vender o melhor jogador do time não era nenhuma tragédia. Pois o ataque do Inter reaprendeu a jogar sem Sóbis. Sem a mesma velocidade dos tempos que galopava pelas peladas do Ceará, Iarley se tornou mais cerebral. Prender a bola, dar o corpo para a falta, abrir espaço para Fernandão, novas funções do atacante de 32 anos. E assim Iarley foi crescendo, fazendo seus golzinhos e ganhando confiança para arriscar. Em três oportunidades, a ousadia se tornou obra de arte. Os colorados não se esquecem do gol de calcanhar contra o São Caetano, da bomba no ângulo contra o Fluminense, da bicicleta contra o Vasco. Apesar dos golaços, da atuação decisiva contra o Barcelona e da bandeira de Quixeramobim agitada em Yokohama, Pedro Iarley Lima Dantas ainda carece de reconhecimento. Na eleição feita pela cidade para escolher o “Quixeramobinense do Milênio”, Iarley não apareceu entre os 25 mais votados. Ainda é tempo de corrigir essa injustiça, povo de Quixeramobim.

FOTO PIER GIAVELLI

Iarley retém a bola contra o Barcelona: campeão mundial pelo Boca Juniors em 2003 e agora bi pelo Colorado


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aquecimento

Imagens, notícias e curiosidades do futebol

Balaio de gatos Marabá, o empresário dos nove gatos expulsos do Corinthians no esquema revelado por Placar, alega inocência. Casos de idade adulterada pipocam em todo o país Na edição passada, Placar trouxe a notícia de que a Federação Paulista havia expulsado nove jogadores das categorias de base do Corinthians com idade adulterada. Todos eles chegaram ao clube pelas mãos de um mesmo empresário: Marabá. Ele ganhou esse apelido porque veio da cidade do mesmo nome, no interior do Pará, onde trabalha garimpando talentos da região. Marabá tem relações também com o Vitória, o Santos e o Internacional. O clube de Porto Alegre informou que deixou de trabalhar com ele por “má reputação”. Marabá também presta serviços para empresários de médio porte no futebol brasileiro, indicando jogadores. A reportagem de Placar mostrou que há uma indústria de gatos no interior do Pará, lugar onde não é difícil adulterar a documentação e “rejuvenescer” atletas em formação — nas categorias de base, jogar com garotos um ou dois anos mais jovens significa, invariavelmente, se destacar. Desde a revelação do esquema, pessoas que vivem na região entraram em contato com a Placar. Contaram que Marabá foi um jogador de futebol que teria adulterado a própria idade para poder jogar nas divisões de base, em clubes como Grêmio e Santos. Fontes que trabalharam com o empresário contaram a mesma história. “Sou inocente, nunca adulterei documento nenhum”, diz Marabá, que confirma ser ex-jogador. Ele também admite que é o empresário dos nove garotos expulsos do Corinthians. “Eu sou um olheiro. Se o garoto tem documento falso, é função do clube que aceita o moleque checar, não minha.” Sobre o fato de seus nove jogadores serem gatos, ele classifica como “coincidência, uma surpresa”. Na edição passada, Placar publicou a foto, de costas, de um destes ex-jogadores do Corinthians. O pai do garoto, um serralheiro de Marabá, contou à revista que teve de pagar 450 reais para um empresário ajeitar a documentação de seu filho e colocá-lo no

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Pai entrevistando o filho: algo em comum com Galvão Bueno

Corinthians. Ao colocar o garoto de costas, Placar tinha como objetivo preservá-lo. Marabá disse que localizou o menor e constrangeu a família dele pelo depoimento dado à Placar. “Eu cobrei uma explicação e eles negaram tudo o que está escrito na revista, viu?”, disse. Placar conversou apenas por telefone com Marabá. Sugeriu ao empresário que concedesse uma entrevista e contasse sua versão. Por meio de seu advogado, Marabá negou a entrevista. PROLIFERAÇÃO A reportagem de Placar veio em um momento em que pipocam notícias sobre os gatos. No intervalo de um mês, soube-se pela Folha de S.Paulo que Carlos Alberto, do Figueirense, era gato. Karioka, do Santos, artilheiro do Paulista sub-15 com 27 gols, segundo reportagem do diário Lance, teria quatro anos a mais do que declarava. O empresário José Carlos Brunoro, que administra o time do Grupo Pão de Açúcar, contou em entrevista ao Estado de S. Paulo que, em três anos, pegou seis garotos com idade adulterada nas suas divisões de base. Um deles declarava ter 16, mas na verdade tinha 23 anos. Brunoro classificou a cidade de Marabá como uma “indústria de gatos” e diz que sempre toma cuidado com jogadores vindos de lá — a Federação Paulista de Futebol (FPF) determinou que haja investigação em todos os atletas com documentos dessa região. Também houve problemas na final do campeonato paulista sub-15, entre Corinthians e São Paulo, em novembro. A FPF recebeu denúncia de que havia um gato em cada equipe. Depois do Cuidado, torcedor: caso dos nove gatos, o Corinthians, seu time pode ter um jogador com escaldado, expulsou o garoto. O esse perfil... são-paulino está sob investigação. Os brasileiros sempre fizeram piadas com as seleções africanas que arrebentavam nos Mundiais das categorias de base. “Imagine os cartórios da África”, era o comentário mais comum. Agora, que tal olhar para o nosso próprio umbigo? P O R A N D R É R I Z E K

Em nome do filho O grito de gol soa ainda mais emocionante quando quem narra é o pai do artilheiro Para o narrador Silvio Mendes, da Rádio Sociedade da Bahia, o ponto alto de seus 30 anos de carreira não foi a cobertura de nenhuma das cinco Copas em que trabalhou, mas uma partida válida pelo Brasileiro da série B, na Fonte Nova. Na ocasião, ele teve o privilégio de narrar, pela primeira vez, um gol de seu próprio filho, o atacante Silvio Mendes Jr., o único do Náutico na derrota por 3 x 1 para o Bahia. Naquele jogo, o atacante, conhecido pelo sobrenome Mendes, já não era mais nenhum garoto. Tinha 28 anos, o que não impediu o pai de berrar os bordões “papai gostou” e “me arrepia, garoto”. “O

★ Dicionário da bola

prazer de narrar a performance do próprio filho, só eu e o Galvão Bueno é que temos”, diz Silvio Mendes, referindo-se ao pai do piloto de Stock Car Cacá Bueno. Silvio é também procurador do jogador. Até outubro, quando foi afastado do Vitória por causa de uma gastroenterite, Mendes tinha marcado 18 gols em 28 partidas. Em sua opinião, o mais emocionante deles foi o segundo do triunfo por 3 x 1 sobre o Santa Cruz, pela Copa do Brasil. “Comemorei arrancando o microfone de um repórter da Sociedade e dizendo ‘eu te amo, pai’. O velho perdeu até a voz”, diz. P O R A U R É L I O N U N E S

Já conversei com ele. Mas ele não demonstra nenhum tipo de emoção. A cara dele não muda, e ele não fala. O São Paulo já fez de tudo, o elenco pediu, a torcida fez a sua parte

’’

Muricy Ramalho, técnico do São Paulo, sobre a renovação de contrato de Mineiro

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Placar traduz os novos e velhos vocábulos do futebol

Reforço (Subst. masc.) 1. O jogador convocado por um clube para reforçar um setor falho do time. Entretanto, nem sempre o reforço cumpre seu papel, e muitas vezes acaba fragilizando ainda mais o tal setor. Quando isso acontece, ganha o apelido de “bonde”. 2. Contingente policial destacado para proteger a sede do time quando o clube não contrata reforços.

©1 FOTO ÉDSON RUIZ ©2 ILUSTRAÇÃO MILTON TRAJANO

VENENO!

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Seus olhos são lindos e transmitem uma energia incrível. O rótulo de sex symbol é mais que merecido

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Monica Belucci, atriz e deusa, ao entregar o prêmio de melhor jogador europeu a Cannavaro

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Balaio de gatos Marabá, o empresário dos nove gatos expulsos do Corinthians no esquema revelado por Placar, alega inocência. Casos de idade adulterada pipocam em todo o país Na edição passada, Placar trouxe a notícia de que a Federação Paulista havia expulsado nove jogadores das categorias de base do Corinthians com idade adulterada. Todos eles chegaram ao clube pelas mãos de um mesmo empresário: Marabá. Ele ganhou esse apelido porque veio da cidade do mesmo nome, no interior do Pará, onde trabalha garimpando talentos da região. Marabá tem relações também com o Vitória, o Santos e o Internacional. O clube de Porto Alegre informou que deixou de trabalhar com ele por “má reputação”. Marabá também presta serviços para empresários de médio porte no futebol brasileiro, indicando jogadores. A reportagem de Placar mostrou que há uma indústria de gatos no interior do Pará, lugar onde não é difícil adulterar a documentação e “rejuvenescer” atletas em formação — nas categorias de base, jogar com garotos um ou dois anos mais jovens significa, invariavelmente, se destacar. Desde a revelação do esquema, pessoas que vivem na região entraram em contato com a Placar. Contaram que Marabá foi um jogador de futebol que teria adulterado a própria idade para poder jogar nas divisões de base, em clubes como Grêmio e Santos. Fontes que trabalharam com o empresário contaram a mesma história. “Sou inocente, nunca adulterei documento nenhum”, diz Marabá, que confirma ser ex-jogador. Ele também admite que é o empresário dos nove garotos expulsos do Corinthians. “Eu sou um olheiro. Se o garoto tem documento falso, é função do clube que aceita o moleque checar, não minha.” Sobre o fato de seus nove jogadores serem gatos, ele classifica como “coincidência, uma surpresa”. Na edição passada, Placar publicou a foto, de costas, de um destes ex-jogadores do Corinthians. O pai do garoto, um serralheiro de Marabá, contou à revista que teve de pagar 450 reais para um empresário ajeitar a documentação de seu filho e colocá-lo no

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Pai entrevistando o filho: algo em comum com Galvão Bueno

Corinthians. Ao colocar o garoto de costas, Placar tinha como objetivo preservá-lo. Marabá disse que localizou o menor e constrangeu a família dele pelo depoimento dado à Placar. “Eu cobrei uma explicação e eles negaram tudo o que está escrito na revista, viu?”, disse. Placar conversou apenas por telefone com Marabá. Sugeriu ao empresário que concedesse uma entrevista e contasse sua versão. Por meio de seu advogado, Marabá negou a entrevista. PROLIFERAÇÃO A reportagem de Placar veio em um momento em que pipocam notícias sobre os gatos. No intervalo de um mês, soube-se pela Folha de S.Paulo que Carlos Alberto, do Figueirense, era gato. Karioka, do Santos, artilheiro do Paulista sub-15 com 27 gols, segundo reportagem do diário Lance, teria quatro anos a mais do que declarava. O empresário José Carlos Brunoro, que administra o time do Grupo Pão de Açúcar, contou em entrevista ao Estado de S. Paulo que, em três anos, pegou seis garotos com idade adulterada nas suas divisões de base. Um deles declarava ter 16, mas na verdade tinha 23 anos. Brunoro classificou a cidade de Marabá como uma “indústria de gatos” e diz que sempre toma cuidado com jogadores vindos de lá — a Federação Paulista de Futebol (FPF) determinou que haja investigação em todos os atletas com documentos dessa região. Também houve problemas na final do campeonato paulista sub-15, entre Corinthians e São Paulo, em novembro. A FPF recebeu denúncia de que havia um gato em cada equipe. Depois do Cuidado, torcedor: caso dos nove gatos, o Corinthians, seu time pode ter um jogador com escaldado, expulsou o garoto. O esse perfil... são-paulino está sob investigação. Os brasileiros sempre fizeram piadas com as seleções africanas que arrebentavam nos Mundiais das categorias de base. “Imagine os cartórios da África”, era o comentário mais comum. Agora, que tal olhar para o nosso próprio umbigo? P O R A N D R É R I Z E K

Em nome do filho O grito de gol soa ainda mais emocionante quando quem narra é o pai do artilheiro Para o narrador Silvio Mendes, da Rádio Sociedade da Bahia, o ponto alto de seus 30 anos de carreira não foi a cobertura de nenhuma das cinco Copas em que trabalhou, mas uma partida válida pelo Brasileiro da série B, na Fonte Nova. Na ocasião, ele teve o privilégio de narrar, pela primeira vez, um gol de seu próprio filho, o atacante Silvio Mendes Jr., o único do Náutico na derrota por 3 x 1 para o Bahia. Naquele jogo, o atacante, conhecido pelo sobrenome Mendes, já não era mais nenhum garoto. Tinha 28 anos, o que não impediu o pai de berrar os bordões “papai gostou” e “me arrepia, garoto”. “O

★ Dicionário da bola

prazer de narrar a performance do próprio filho, só eu e o Galvão Bueno é que temos”, diz Silvio Mendes, referindo-se ao pai do piloto de Stock Car Cacá Bueno. Silvio é também procurador do jogador. Até outubro, quando foi afastado do Vitória por causa de uma gastroenterite, Mendes tinha marcado 18 gols em 28 partidas. Em sua opinião, o mais emocionante deles foi o segundo do triunfo por 3 x 1 sobre o Santa Cruz, pela Copa do Brasil. “Comemorei arrancando o microfone de um repórter da Sociedade e dizendo ‘eu te amo, pai’. O velho perdeu até a voz”, diz. P O R A U R É L I O N U N E S

Já conversei com ele. Mas ele não demonstra nenhum tipo de emoção. A cara dele não muda, e ele não fala. O São Paulo já fez de tudo, o elenco pediu, a torcida fez a sua parte

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Muricy Ramalho, técnico do São Paulo, sobre a renovação de contrato de Mineiro

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Placar traduz os novos e velhos vocábulos do futebol

Reforço (Subst. masc.) 1. O jogador convocado por um clube para reforçar um setor falho do time. Entretanto, nem sempre o reforço cumpre seu papel, e muitas vezes acaba fragilizando ainda mais o tal setor. Quando isso acontece, ganha o apelido de “bonde”. 2. Contingente policial destacado para proteger a sede do time quando o clube não contrata reforços.

©1 FOTO ÉDSON RUIZ ©2 ILUSTRAÇÃO MILTON TRAJANO

VENENO!

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Seus olhos são lindos e transmitem uma energia incrível. O rótulo de sex symbol é mais que merecido

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Monica Belucci, atriz e deusa, ao entregar o prêmio de melhor jogador europeu a Cannavaro

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A garoto de 3 milhões de euros

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Revelação que joga na Espanha é a arma da Argentina para levar o ouro

Lucas Trecarichi tem 15 anos e promete ser o astro da seleção argentina no Pan de 2007, caso se confirme a sub-17 como categoria a disputar o futebol nos jogos. Ele é um dos garotos com quem o Brasil terá de se preocupar se enfrentar os hermanos durante o Pan. Sua trajetória tem sido comparada à do atacante Lionel Messi, que aos 13 anos assinou contrato com o Barcelona. Trecarichi não foi direto para um clube espanhol de primeiro nível, mas desde os 14 anos está no Leganés, da segunda divisão espanhola. O time aposta tanto no garoto que colocou uma cláusula de rescisão de 3 milhões de euros em seu longo contrato, de oito anos. Volante ofensivo e inteligente, Trecarichi foi criado no River Plate, onde ficou dos 5 aos 14 anos, mas torce pelo Boca. E não desgarra de suas raízes. Tanto que recusou o convite para jogar na seleção mirim da Espanha. Escolha certa, já que logo depois se tornou nome constante na lista

Los hermanitos

Lucas Trecarichi (à esq.), ao lado do sub-17 Edgar Martins: promessas argentinas do Leganés, da Espanha

sub-17 da Argentina e presença quase certa no Pan-americano. “Quase” porque a briga entre Conmebol e Concacaf sobre que categoria representará o futebol nos Jogos continua e pode ter um desfecho surpreendente, como confirmar a sub-20 mesmo ela disputando um Mundial no período. “Se decidirem participar com a sub-20, irá uma seleção alternativa, já que, além do Mundial, estará em jogo um torneio local argentino. Seria uma equipe muito desfalcada. Mas, se decidirem pela sub-17, irão os melhores”, diz o jornalista argentino Elias Perugino, da revista El Gráfico. P O R F L Á V I A R I B E I R O ©2

©1 FOTO CHEMA DIAZ ©2 ILUSTRAÇÃO MILTON TRAJANO

O garoto de ouro do Leganés não é o único gringo da seleção sub-17 argentina. O atacante Frederico Raúl Laurito, de 16 anos, começou a carreira no Newell’s Old Boys, mas também foi vendido precocemente, para a Udinese, da Itália. Ele é outra opção para a seleção do técnico Miguel Angel Tojo, ao lado de Lucas Trecarichi e de meninos como Luis Ojeda (Unión de Santa Fe), Cristian Gaitán (Estudiantes de La Plata), Leandro Basterrachea (Gimnasia y Esgrima de La Plata), Mateo Musacchio (River Plate), Germán Rica (San Lorenzo de Almagro), Franco Zuculini (Racing Club), Juan Sánchez Miño (Boca Juniors), Francisco Lezcano (Independiente Rivadavia de Mendoza), Nicolás Mazzola (Independiente) e Gustavo Bongard (Rosario Central).

Bom presságio A seleção brasileira sub-17 foi campeã, no dia 10 de dezembro, do Torneio Internacional de Brandenton após derrotar os Estados Unidos por 3 x 0, com gols de Tales (Inter), Alex (Vasco) e Juliano (Paraná). No primeiro jogo, no dia 7, o resultado foi um empate em 2 x 2 também com os Estados Unidos, com gols de Lula (Corinthians) e Tales. O torneio serve de preparação para o Sul-Americano do Equador, que será disputado em março e que funcionará como um teste para o time que provavelmente disputará o Pan do Rio, em julho. Até o Sul-Americano, os garotos passarão por duas fases de treinamento no Brasil: uma de 15 a 30 de janeiro e outra de 15 de fevereiro até 3 de março, quando viajam para o Equador.

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Imagens, notícias e curiosidades do futebol

E agora, Barueri?

POR ENRIQUE AZNAR

O homem mais i ra d o d a c i d a d e ©1

Eu não consigo agüentar futebol de areia. A bola não rola, fica só na base da levantadinha e canhão pro gol. Aquele bando de firuleiro. Que tédio... E ainda querem dar dimensão pra esse troço, dizer que é importante. “Seleção brasileira de beach soccer em campo!” Palhaços! Seleção onde, cara pálida? Por acaso tem clubes, convocação etc.? Que nada! É um monte de zé-ninguém

★ Lendas da bola

O inacreditável, o impressionante, o sobrenatural. Histórias que os gramados não contam

Bancado pela prefeitura, o time vem ganhando tudo. Mas em 2007 a fonte deve secar e o clube vai ter que se virar sozinho no Paulista e na série B do Brasileiro

É a história de sucesso mais rápida do futebol brasileiro. Fundado em 1989, o Grêmio Barueri teve seis acessos seguidos nos últimos seis anos. Em 2007, vai disputar a primeira divisão do Paulista e a série B do Brasileiro. Mas parece que, pela primeira vez, terá de caminhar com as próprias pernas. Até hoje, o Barueri foi bancado pela prefeitura da cidade. Seu presidente, Walter Sanches, é também o secretário de Esportes do município. Como o dinheiro é público, quem fiscaliza os gastos é a Secretaria de Finanças. O atual prefeito, Rubens Furlam, do PMDB, é nome do partido para as próximas eleições ao governo estadual. Sua popularidade na cidade, é claro, está em alta. Mas em 2007 a prefeitura promete sair do futebol profissional para cuidar das divisões de base e de outras oito modalidades. Como o clube vai ganhar 3 milhões de reais de patrocínio (serão seis anunciantes na camisa) e cotas de TV, a idéia é caminhar sozinho. O teto salarial do elenco, de 3 000 reais, sobe para 6 000 reais em 2007 — o Barueri tentou contratar o veterano Viola, que respondeu que por esse valor nem sai de sua casa.

©2

Giba é tricolor! No domingo, 3 de dezembro de 2006, o jogador de voleibol Giba teve uma tripla felicidade. Primeiro, sagrou-se bicampeão mundial no Japão, ajudando o Brasil a massacrar a Polônia. Depois, foi eleito o melhor atleta do torneio. Mais tarde, já no amanhecer de segunda-feira, em Tóquio, ficou sabendo que seu time de coração, o Paraná Clube, havia conquistado a inédita vaga na Libertadores. Giba, que é londrinense de nascimento, em 1990 foi morar na capital paranaense e tornou-se torcedor do tricolor como muitos meninos daquela época. Afinal, nos anos 90 o Paraná foi o papão de títulos do estado. Por isso, naquele domingo, Giba teve tempo de ligar para a concentração do tricolor em Curitiba e transmitir seu apoio aos jogadores. Falou com o capitão Beto e pediu a camisa dele se a vaga viesse. De volta ao Brasil, no dia 6 de dezembro, Giba passou em Curitiba e foi à sede do Paraná pegar a camisa autografa pelos jogadores. “A gente andou meio em baixa nos últimos anos, mas estamos de volta”, disse o astro do vôlei, dando a palavra de que virá assistir a pelo menos um jogo do tricolor caso avance para a fase de grupos da Libertadores. “Podem deixar meu lugar reservado ”, disse.

Jogadores do Barueri celebram a vaga na série B

Para se ter idéia do contraste, o Corinthians pretende gastar 4 milhões de reais, por mês, só com salários. “Em todas as divisões diziam que pagávamos salários baixos demais, que iríamos cair... E o time sempre foi indo para o topo”, diz Tom Moisés, diretor de marketing do Barueri. O CT, com dois campos, ainda é da prefeitura, que está gastando 70 milhões de reais para terminar a primeira etapa do estádio municipal, para 20 000 lugares. O projeto, visando a Copa de 2014, prevê 40 000 lugares cobertos — mas seriam necessários mais 45 milhões de reais. Isso, é claro, se o novo prefeito (há eleições em 2008) continuar investindo. P O R A N D R É R I Z E K ©2

que domina esse troço e monta o

•••••••••••••••••••••••••••••••••••• •••••••••••••••••••••••••••••••••••• •••••••••••••••••••••••••••••••••••• P O R M I L T O N T R A J A N O

cirquinho de vez em quando. E conseguiram o apoio da Fifa... Bem, a Fifa também não é aval pra nada. A única

POR ALTAIR SANTOS

variação do futebol que eu aceito é o

©3

futebol de salão, que os imbecis vendidos pros gringos chamam agora de futsal. Esse sim tem tradição, eu jogava nos meus tempos de Científico. Mas o tal beach soccer não dá pra agüentar. E o que mais vão inventar? Futebol no gel? Ora, vão chutar traseiro de vaca!

Em obras, o estádio municipal deve ficar como a ilustração ao lado

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©1 ILUSTRAÇÃO MILTON TRAJANO ©2 FOTO RENATO PIZZUTTO ©3 FOTO DIVULGAÇÃO

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Giba e a mulher Cristina: camisa autografada

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E agora, Barueri?

POR ENRIQUE AZNAR

O homem mais i ra d o d a c i d a d e ©1

Eu não consigo agüentar futebol de areia. A bola não rola, fica só na base da levantadinha e canhão pro gol. Aquele bando de firuleiro. Que tédio... E ainda querem dar dimensão pra esse troço, dizer que é importante. “Seleção brasileira de beach soccer em campo!” Palhaços! Seleção onde, cara pálida? Por acaso tem clubes, convocação etc.? Que nada! É um monte de zé-ninguém

★ Lendas da bola

O inacreditável, o impressionante, o sobrenatural. Histórias que os gramados não contam

Bancado pela prefeitura, o time vem ganhando tudo. Mas em 2007 a fonte deve secar e o clube vai ter que se virar sozinho no Paulista e na série B do Brasileiro

É a história de sucesso mais rápida do futebol brasileiro. Fundado em 1989, o Grêmio Barueri teve seis acessos seguidos nos últimos seis anos. Em 2007, vai disputar a primeira divisão do Paulista e a série B do Brasileiro. Mas parece que, pela primeira vez, terá de caminhar com as próprias pernas. Até hoje, o Barueri foi bancado pela prefeitura da cidade. Seu presidente, Walter Sanches, é também o secretário de Esportes do município. Como o dinheiro é público, quem fiscaliza os gastos é a Secretaria de Finanças. O atual prefeito, Rubens Furlam, do PMDB, é nome do partido para as próximas eleições ao governo estadual. Sua popularidade na cidade, é claro, está em alta. Mas em 2007 a prefeitura promete sair do futebol profissional para cuidar das divisões de base e de outras oito modalidades. Como o clube vai ganhar 3 milhões de reais de patrocínio (serão seis anunciantes na camisa) e cotas de TV, a idéia é caminhar sozinho. O teto salarial do elenco, de 3 000 reais, sobe para 6 000 reais em 2007 — o Barueri tentou contratar o veterano Viola, que respondeu que por esse valor nem sai de sua casa.

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Giba é tricolor! No domingo, 3 de dezembro de 2006, o jogador de voleibol Giba teve uma tripla felicidade. Primeiro, sagrou-se bicampeão mundial no Japão, ajudando o Brasil a massacrar a Polônia. Depois, foi eleito o melhor atleta do torneio. Mais tarde, já no amanhecer de segunda-feira, em Tóquio, ficou sabendo que seu time de coração, o Paraná Clube, havia conquistado a inédita vaga na Libertadores. Giba, que é londrinense de nascimento, em 1990 foi morar na capital paranaense e tornou-se torcedor do tricolor como muitos meninos daquela época. Afinal, nos anos 90 o Paraná foi o papão de títulos do estado. Por isso, naquele domingo, Giba teve tempo de ligar para a concentração do tricolor em Curitiba e transmitir seu apoio aos jogadores. Falou com o capitão Beto e pediu a camisa dele se a vaga viesse. De volta ao Brasil, no dia 6 de dezembro, Giba passou em Curitiba e foi à sede do Paraná pegar a camisa autografa pelos jogadores. “A gente andou meio em baixa nos últimos anos, mas estamos de volta”, disse o astro do vôlei, dando a palavra de que virá assistir a pelo menos um jogo do tricolor caso avance para a fase de grupos da Libertadores. “Podem deixar meu lugar reservado ”, disse.

Jogadores do Barueri celebram a vaga na série B

Para se ter idéia do contraste, o Corinthians pretende gastar 4 milhões de reais, por mês, só com salários. “Em todas as divisões diziam que pagávamos salários baixos demais, que iríamos cair... E o time sempre foi indo para o topo”, diz Tom Moisés, diretor de marketing do Barueri. O CT, com dois campos, ainda é da prefeitura, que está gastando 70 milhões de reais para terminar a primeira etapa do estádio municipal, para 20 000 lugares. O projeto, visando a Copa de 2014, prevê 40 000 lugares cobertos — mas seriam necessários mais 45 milhões de reais. Isso, é claro, se o novo prefeito (há eleições em 2008) continuar investindo. P O R A N D R É R I Z E K ©2

que domina esse troço e monta o

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cirquinho de vez em quando. E conseguiram o apoio da Fifa... Bem, a Fifa também não é aval pra nada. A única

POR ALTAIR SANTOS

variação do futebol que eu aceito é o

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futebol de salão, que os imbecis vendidos pros gringos chamam agora de futsal. Esse sim tem tradição, eu jogava nos meus tempos de Científico. Mas o tal beach soccer não dá pra agüentar. E o que mais vão inventar? Futebol no gel? Ora, vão chutar traseiro de vaca!

Em obras, o estádio municipal deve ficar como a ilustração ao lado

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©1 ILUSTRAÇÃO MILTON TRAJANO ©2 FOTO RENATO PIZZUTTO ©3 FOTO DIVULGAÇÃO

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Giba e a mulher Cristina: camisa autografada

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Imagens, notícias e curiosidades do futebol

★ M O R T O S -V I VO S ★ P O R

D A G O M I R

M A R Q U E Z I

O major galopante Dono de um canhão no pé esquerdo, Puskas foi um dos maiores da história Quem precisa de charme passou a difamá-lo, chamaquando tem uma bomba na do-o de “desertor, gordo, conperna esquerda? Purczeld Fetrabandista”. renc nasceu em Budapeste no Foi o tempo do exílio de dia 2 de abril de 1927. Cresceu nove anos no Real Madrid, gordinho, baixinho e cheio de para ele, Di Stefano, Kopa e brilhantina. Seu pai mudou o Gento. Que sorte dos madrinome da família para Puskas. lenhos... Na era Puskas, eles Aos 16 anos, vestia a camisa ganharam nove títulos naciodo Kispesti, ali mesmo na canais e internacionais. E o pital húngara, em plena Se“major galopante” de Budagunda Guerra Mundial. peste foi artilheiro do CamEra o garoto certo no mopeonato Espanhol por quatro mento certo. Aos 18 anos, já vezes (1960, 1961, 1963 e fazia parte da seleção húnga1964). Naturalizou-se espara. Essa seleção ficaria 32 nhol e jogou dois anos pela partidas invicta. Em 1948, era “Fúria”. Ganhou mais um o artilheiro da liga húngara, apelido: El Cañoncito Pum, Puskas e o penteado “brilhantina”: mito na Hungria e no Real Madrid com 50 gols. Em 1949, o regialém de Pancho Puskas. me comunista transformou o Kispest em um time militar Em 1967, depois de marcar 776 gols em 1 300 partidas, chamado Honved e todo jogador virou soldado. Puskas desistiu de jogar. Virou treinador. Treinou 14 times em passou a ser conhecido como o “major galopante”. quatro continentes, como o canadense Vancouver Royals, o Em 1952, estava na linha de frente da seleção campeã chileno Colo-Colo, a seleção saudita, o egípcio Al-Masry e olímpica. Cinco jogos, cinco vitórias, 20 gols a favor, um o australiano South Melbourne Hellas. O ápice foi ajudar o contra. Na Copa de 1954, estava na seleção que foi eleita a Panathinaikos a ganhar a Copa dos Campeões da Europa. melhor do planeta. Começou ganhando por 9 x 0 da CoRetornou à Hungria, onde orientou a seleção nacional em réia do Sul e 8 x 3 da Alemanha Ocidental. Machucou o 1993. Três anos depois, o Nepstadium de Budapeste teve tornozelo, não jogou nos 4 x 2 contra o Brasil mas voltou a seu nome mudado para Stadion Puskas Ferenc. tempo de jogar a final contra a Alemanha e marcar dois Em 2000, Puskas descobriu que tinha o mal de Alzheigols em 6 minutos. Não adiantou. Os alemães viraram para mer. O governo húngaro o nomeou “Herói Esportivo da 3 x 2 e ganharam a Copa sem merecer. Sua marca de goleaNação”, com uma pensão de 2 000 euros mensais. Uma de dor é impressionante: 83 gols em 84 partidas. suas maiores riquezas — a lembrança de ter sido um dos Em 1956, o sonho seria interrompido por um desfile de maiores jogadores que o mundo conheceu — estava contanques soviéticos por Budapeste. A URSS acabou com o denada a se dilapidar nos seus neurônios até o fim. No dia Honved e com a seleção húngara. Em excursão com o res17 de novembro de 2006, depois de dois meses no hospito do time, Puskas decidiu não voltar mais. A ditadura tal, uma pneumonia apagou de vez o Esquerda de Ouro.

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MiltonNeves

A utopia de 2014 e a mentira de 1998 Copa do Mundo no Brasil? Em meio às dificuldades naturais de sediar um evento gigante em um país pobre, a demagogia toma conta do debate Em 1950, o Brasil só sediou a Copa “porque não tinha outro”. Os anos de 1942 e 1946 “falharam” devido à Segunda Guerra e o Mundial mais fácil de ganhar caiu em nosso colo de pára-quedas. Foi preciso caçar seleção participante a laço e o Brasil conseguiu perder a final jogando pelo empate. Nossa organização foi tão boa quanto a dos Jogos Abertos do Interior. Tudo na base do “vamu-que-vamu”, tão condizente à época romântica pré-marketing esportivo. Pois é, 56 anos depois, estamos aí na praça pleiteando de novo o direito de receber e organizar uma Copa do Mundo, agora um megaevento, hiperprofissional. Joseph Blatter veio ao Brasil em outubro passado, travestido de cabo eleitoral, horas antes de nossa eleição presidencial. E partiu mais rápido ainda sabendo que nós mal temos condições de sediar os Pan-Americanos, esses jogos que representam a oitava divisão das Olimpíadas. Mas serviu para dar algumas fotos para o Lula, então numa semana nervosa com um então Alckmin ameaçador. Mas e daí? Daí que vamos tentar sediar a Copa de 2014 e... perder de novo! Sim, vamos perder como já perdemos todas as vezes em que tentamos trazer tanto Copa quanto Olimpíada pra cá. E torço para a gente perder sempre, pelo menos até 2080. E torço contra pelo medo de passar vergonha e porque não temos condições mesmo. Só que me irrito quando “aproveitadores de notório saber”, mesmo que em periféricos espaços, justificam a não viabilidade de uma Copa aqui “porque primeiro temos que construir hospitais, escolas, universidades, aeroportos e viabilizar água encanada, esgotos, saúde,

segurança e educação para nossa população”. Ora, é o óbvio ululante! Só que, desde 1950, NUNCA organizamos nada e portanto jamais “jogamos dinheiro público fora” com o futebol. Sem falar que o país continua sem hospitais, escolas, aeroportos, universidades, segurança, saúde, educação etc. Ou seja, usam o raciocínio de que dinheiro público é para o povo, para o social, e não para o esporte. Mesmo sem os tais ©1 eventos impossíveis de serem conseguidos, a população pobre e mais ou menos pobre continua sem os tais justos benefícios e servindo só para votar emocionada e encantada com 50 “mirréis” por mês de bolsa-não-seio-quê. Pombas, que se entre num acordo e que não sediemos nem campeonato mundial de corrida de esquilo, mas que benefícios sociais finalmente sejam implantados. Senão, daqui a 800 anos, não vamos ter ou não teremos tido nem evento esportivo internacional de porte e muito menos melhorias sociais para a população. Até lá, que pelo menos a possibilidade da realização ou não de Copas e Olimpíadas deixe de ser desculpa esfarrapada para político fajuto deixar de construir o que devia e deve para o povo. E que sirva também para que pára-quedistaabutre de mãos, boca e dedos sujos pare com tradicionais demagogias comparativas — o mesmo tipo de gente que plantou criminosamente que a Nike mandou a CBF entregar o jogo final da Copa de 98 para a França em troca do direito do Brasil de sediar a Copa de... 2006!!! Quem não se lembra disso? E será que Berlim, Hamburgo, Dortmund, Munique e Frankfurt são cidades... brasileiras? ✪ Estádio de Stuttgart, na Alemanha: não temos nada parecido

“Sim, vamos perder como já perdemos todas as vezes em que tentamos trazer tanto Copa quanto Olimpíada pra cá. E torço para a gente perder sempre, pelo menos até 2080”

©FOTO ALEXANDRE BATTIBUGLI

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B A G R E S

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EDITADO POR GIAN ODDI (GODDI@ABRIL.COM.BR)

Zidane: um craque insubstituível

N O

P L A N E T A

Brian McBride 34 anos Segundo maior artilheiro da história da seleção norte-americana — marcou 30 gols, contra 34 de Eric Wynalda —, o veterano atacante do Fulham, da Inglaterra, anunciou que não atenderia mais às convocações de sua equipe nacional logo após o Mundial de 2006, o terceiro de que participou.

Cláudio Reyna 33 anos

©1

Seleções opacas Algumas das principais equipes nacionais perderam astros (e brilho) depois da Copa da Alemanha O fiasco no último Mundial pôs fim à carreira de alguns dos nossos mais célebres jogadores na seleção brasileira. Roberto Carlos e Cafu deixaram a equipe devido à idade. Ronaldo luta contra problemas físicos para tentar convencer o técnico Dunga de que ainda merece vestir a amarelinha. Perder estrelas, contudo, não é um fenômeno

nacional. Após o Mundial de 2006, várias seleções viram seus astros dizendo adeus. A maior parte da debandada, claro, deve-se à idade dos jogadores. Mas há também lesões, brigas e até pedidos de férias entre os fatores responsáveis pelo processo de renovação de algumas seleções. Confira os principais casos. P O R R A F A E L R E I S

Zinedine Zidane 34 anos Astro da geração mais vitoriosa do futebol francês, o meio-campista, que já havia voltado atrás na decisão de deixar a seleção após a Euro-2004, encerrou definitivamente a carreira após a Copa de 2006. Em seu último jogo, amargou uma expulsão por dar uma cabeçada no zagueiro italiano Materazzi e ficou com o vice depois da derrota nos pênaltis.

O l i v e r Ka h n 37 anos Eleito melhor jogador da Copa de 2002, quando levou a Alemanha ao vice-campeonato, o goleiro perdeu para Jens Lehmann a posição de titular antes do Mundial de 2006 e se aposentou da seleção após a vitória sobre Portugal, na decisão do terceiro lugar — partida em que atuou como prêmio por ter aceitado o banco de reservas.

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D av i d B e c k h a m 31 anos

DESIGN ANTONIO CARLOS CASTRO

Na seleção de seu país desde 1994, o capitão norte-americano em 2006 pôs fim em sua carreira internacional após a eliminação da equipe na última Copa do Mundo. Reyna disse que não defenderia mais os Estados Unidos por não ter perspectiva de disputar o próximo Mundial, devido a sua idade elevada.

Ruud van Nistelrooy 30 anos Famosa pela qualidade técnica de seus jogadores mas também por seus problemas de relacionamento interno, a seleção holandesa não conta com o galáctico atacante do Real Madrid por opção do técnico Marco van Basten. O antigo astro do Milan discutiu com o artilheiro durante o último Mundial e os dois trocaram farpas via imprensa, sem diplomacia. Hoje, ninguém na Holanda acredita que Nistelrooy possa voltar à seleção, a não ser que Van Basten saia.

Capitão da Inglaterra na última Copa, anunciou depois da competição que não gostaria mais de ocupar o posto. Coincidência ou não, desde então não foi mais chamado para defender a seleção. A situação deixou o popstar confuso e decepcionado. “Foi um choque para mim. Jamais anunciei minha despedida da seleção”, disse ao jornal Daily Mirror.

F ra n c e s c o To t t i 30 anos Com problemas físicos, o capitão da Roma não brilhou no tetracampeonato da Itália na Copa de 2006. Durante o torneio, chegou a dizer que não tinha certeza se continuaria defendendo a seleção. Posteriormente, anunciou que pretende voltar a jogar pela Itália em 2007, quando estiver em sua melhor forma. Resta saber se o técnico Donadoni aceitará.

Juan R. Riquelme 28 anos Um dos principais nomes do futebol argentino, o meia do Villarreal anunciou a precoce aposentadoria da seleção portenha após o amistoso contra o Brasil, em setembro. O motivo, segundo ele, é preservar sua família, que estaria sofrendo com as duras críticas da imprensa depois da eliminação na Copa do Mundo. Riquelme: despedida precoce em nome da família

©1 ALEXANDRE BATTIBUGLI; ©2 RICARDO CORRÊA

Principal responsável pela abertura do mercado europeu para jogadores japoneses, anunciou sua surpreendente aposentadoria dos campos de futebol após a eliminação nipônica na Copa de 2006. O ex-atleta, que passou por clubes como Parma, Roma e Fiorentina, se disse cansado da rotina de um jogador profissional.

©1

Z l a t a n I b ra h i m ov i c 25 anos

©1

Gamarra fez mais de 100 jogos pelo Paraguai

C a r l o s A . G a m a r ra 35 anos Após 13 anos defendendo a seleção paraguaia, o ex-zagueiro de Internacional, Corinthians e Palmeiras se despediu do futebol internacional em um amistoso festivo entre Paraguai e Austrália, no último mês de outubro. O jogador, que brilhou na Copa do Mundo de 1998, atuou 110 vezes e marcou 12 gols pela seleção paraguaia.

Considerado o principal nome do futebol da Suécia na atualidade, o atacante da Internazionale também é famoso por suas confusões. Junto com Olof Mellberg e Christian Wilhelmsson, abandonou a concentração sueca antes de uma partida válida pelas Eliminatórias para a Eurocopa de 2008 e, por não ter pedido desculpas ao técnico Lars Lagerbäck, deixou de ser convocado. Ibrahimovic: rusgas com o treinador sueco

Luís Figo 34 anos Remanescente do título português no Mundial sub-20 de 1991, o experiente jogador da Internazionale anunciou sua despedida da seleção após a campanha na Copa do Mundo de 2006, repetindo o que já havia feito após a Eurocopa de 2004. Naquela oportunidade, porém, foi convencido pelo técnico Luiz Felipe Scolari a voltar para jogar as Eliminatórias do Mundial da Alemanha.

P e d r o Pa u l e t a 33 anos

M a r k va n B o m m e l 29 anos Companheiro de Nistelrooy em um dos “grupinhos” da seleção holandesa, o meia do Bayern Munique também se desentendeu com van Basten na Copa. No entanto, ao contrário do atacante, ganhou uma nova chance ao ser convocado para duas partidas das Eliminatórias para a Eurocopa de 2008. Em solidariedade a Nistelrooy, recusou os chamados.

H i d e t o s h i N a ka t a 29 anos

©2

Henrik Larsson 35 anos

Apesar de nunca ter sido uma unanimidade devido a suas limitações técnicas, o atacante do Paris Saint-Germain, da França, superou a marca de Eusébio e é o jogador que mais gols marcou na história da seleção portuguesa: foram 47. Contente com a importante marca, ele seguiu os passos de seu companheiro Figo e também deixou o time de Portugal após a Copa do Mundo da Alemanha.

Veterano da Copa de 1994, quando ainda ostentava uma longa cabeleira, o atual carequinha, que defende por empréstimo o Manchester United, tem uma história cheia de idas e vindas na seleção sueca. Seu mais recente anúncio de aposentadoria da equipe ocorreu logo após a eliminação na Copa de 2006 e tem como objetivo “passar mais tempo com a família”.

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Zidane: um craque insubstituível

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Brian McBride 34 anos Segundo maior artilheiro da história da seleção norte-americana — marcou 30 gols, contra 34 de Eric Wynalda —, o veterano atacante do Fulham, da Inglaterra, anunciou que não atenderia mais às convocações de sua equipe nacional logo após o Mundial de 2006, o terceiro de que participou.

Cláudio Reyna 33 anos

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Seleções opacas Algumas das principais equipes nacionais perderam astros (e brilho) depois da Copa da Alemanha O fiasco no último Mundial pôs fim à carreira de alguns dos nossos mais célebres jogadores na seleção brasileira. Roberto Carlos e Cafu deixaram a equipe devido à idade. Ronaldo luta contra problemas físicos para tentar convencer o técnico Dunga de que ainda merece vestir a amarelinha. Perder estrelas, contudo, não é um fenômeno

nacional. Após o Mundial de 2006, várias seleções viram seus astros dizendo adeus. A maior parte da debandada, claro, deve-se à idade dos jogadores. Mas há também lesões, brigas e até pedidos de férias entre os fatores responsáveis pelo processo de renovação de algumas seleções. Confira os principais casos. P O R R A F A E L R E I S

Zinedine Zidane 34 anos Astro da geração mais vitoriosa do futebol francês, o meio-campista, que já havia voltado atrás na decisão de deixar a seleção após a Euro-2004, encerrou definitivamente a carreira após a Copa de 2006. Em seu último jogo, amargou uma expulsão por dar uma cabeçada no zagueiro italiano Materazzi e ficou com o vice depois da derrota nos pênaltis.

O l i v e r Ka h n 37 anos Eleito melhor jogador da Copa de 2002, quando levou a Alemanha ao vice-campeonato, o goleiro perdeu para Jens Lehmann a posição de titular antes do Mundial de 2006 e se aposentou da seleção após a vitória sobre Portugal, na decisão do terceiro lugar — partida em que atuou como prêmio por ter aceitado o banco de reservas.

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D av i d B e c k h a m 31 anos

DESIGN ANTONIO CARLOS CASTRO

Na seleção de seu país desde 1994, o capitão norte-americano em 2006 pôs fim em sua carreira internacional após a eliminação da equipe na última Copa do Mundo. Reyna disse que não defenderia mais os Estados Unidos por não ter perspectiva de disputar o próximo Mundial, devido a sua idade elevada.

Ruud van Nistelrooy 30 anos Famosa pela qualidade técnica de seus jogadores mas também por seus problemas de relacionamento interno, a seleção holandesa não conta com o galáctico atacante do Real Madrid por opção do técnico Marco van Basten. O antigo astro do Milan discutiu com o artilheiro durante o último Mundial e os dois trocaram farpas via imprensa, sem diplomacia. Hoje, ninguém na Holanda acredita que Nistelrooy possa voltar à seleção, a não ser que Van Basten saia.

Capitão da Inglaterra na última Copa, anunciou depois da competição que não gostaria mais de ocupar o posto. Coincidência ou não, desde então não foi mais chamado para defender a seleção. A situação deixou o popstar confuso e decepcionado. “Foi um choque para mim. Jamais anunciei minha despedida da seleção”, disse ao jornal Daily Mirror.

F ra n c e s c o To t t i 30 anos Com problemas físicos, o capitão da Roma não brilhou no tetracampeonato da Itália na Copa de 2006. Durante o torneio, chegou a dizer que não tinha certeza se continuaria defendendo a seleção. Posteriormente, anunciou que pretende voltar a jogar pela Itália em 2007, quando estiver em sua melhor forma. Resta saber se o técnico Donadoni aceitará.

Juan R. Riquelme 28 anos Um dos principais nomes do futebol argentino, o meia do Villarreal anunciou a precoce aposentadoria da seleção portenha após o amistoso contra o Brasil, em setembro. O motivo, segundo ele, é preservar sua família, que estaria sofrendo com as duras críticas da imprensa depois da eliminação na Copa do Mundo. Riquelme: despedida precoce em nome da família

©1 ALEXANDRE BATTIBUGLI; ©2 RICARDO CORRÊA

Principal responsável pela abertura do mercado europeu para jogadores japoneses, anunciou sua surpreendente aposentadoria dos campos de futebol após a eliminação nipônica na Copa de 2006. O ex-atleta, que passou por clubes como Parma, Roma e Fiorentina, se disse cansado da rotina de um jogador profissional.

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Z l a t a n I b ra h i m ov i c 25 anos

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Gamarra fez mais de 100 jogos pelo Paraguai

C a r l o s A . G a m a r ra 35 anos Após 13 anos defendendo a seleção paraguaia, o ex-zagueiro de Internacional, Corinthians e Palmeiras se despediu do futebol internacional em um amistoso festivo entre Paraguai e Austrália, no último mês de outubro. O jogador, que brilhou na Copa do Mundo de 1998, atuou 110 vezes e marcou 12 gols pela seleção paraguaia.

Considerado o principal nome do futebol da Suécia na atualidade, o atacante da Internazionale também é famoso por suas confusões. Junto com Olof Mellberg e Christian Wilhelmsson, abandonou a concentração sueca antes de uma partida válida pelas Eliminatórias para a Eurocopa de 2008 e, por não ter pedido desculpas ao técnico Lars Lagerbäck, deixou de ser convocado. Ibrahimovic: rusgas com o treinador sueco

Luís Figo 34 anos Remanescente do título português no Mundial sub-20 de 1991, o experiente jogador da Internazionale anunciou sua despedida da seleção após a campanha na Copa do Mundo de 2006, repetindo o que já havia feito após a Eurocopa de 2004. Naquela oportunidade, porém, foi convencido pelo técnico Luiz Felipe Scolari a voltar para jogar as Eliminatórias do Mundial da Alemanha.

P e d r o Pa u l e t a 33 anos

M a r k va n B o m m e l 29 anos Companheiro de Nistelrooy em um dos “grupinhos” da seleção holandesa, o meia do Bayern Munique também se desentendeu com van Basten na Copa. No entanto, ao contrário do atacante, ganhou uma nova chance ao ser convocado para duas partidas das Eliminatórias para a Eurocopa de 2008. Em solidariedade a Nistelrooy, recusou os chamados.

H i d e t o s h i N a ka t a 29 anos

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Henrik Larsson 35 anos

Apesar de nunca ter sido uma unanimidade devido a suas limitações técnicas, o atacante do Paris Saint-Germain, da França, superou a marca de Eusébio e é o jogador que mais gols marcou na história da seleção portuguesa: foram 47. Contente com a importante marca, ele seguiu os passos de seu companheiro Figo e também deixou o time de Portugal após a Copa do Mundo da Alemanha.

Veterano da Copa de 1994, quando ainda ostentava uma longa cabeleira, o atual carequinha, que defende por empréstimo o Manchester United, tem uma história cheia de idas e vindas na seleção sueca. Seu mais recente anúncio de aposentadoria da equipe ocorreu logo após a eliminação na Copa de 2006 e tem como objetivo “passar mais tempo com a família”.

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o mundo é uma bola

Craques e bagres que fazem o futebol no planeta

O homem que bateu Kia

SOBE

Luís Fabiano, Renato, Adriano e Daniel Alves

Com uma reputação mais respeitável que a do iraniano da MSI, um milionário islandês levou a melhor na disputa para comprar o West Ham, da Inglaterra

Os quatro têm sido fundamentais na boa temporada do Sevilla, que briga pela liderança do Espanhol com Barcelona e Real Madrid e está classificado para a terceira fase da Copa da Uefa.

©3

Gilberto Silva Por chamados da seleção e problemas familiares, desfalcou o Arsenal em alguns jogos, mas não perdeu moral no time, do qual vem sendo capitão e batedor de pênaltis. Agora, entrou na lista de prioridades da Juventus-ITA.

Marta Em seu terceiro ano consecutivo como finalista do prêmio da Fifa de melhor jogadora do mundo, a brasileira de 20 anos finalmente levou o troféu. Ela superou a norte-americana Kristine Lilly e a alemã Renate Lingor.

DESCE

Ronaldinho Gaúcho Além de decepcionar em outro Mundial, o de Clubes, perdeu para Fabio Cannavaro todos os prêmios de melhor jogador da temporada: o da Fifa (ficou em terceiro), o da World Soccer e a Bola de Ouro da France Football.

Elano Apesar da moral com Dunga, está infeliz: reserva no Shakhtar, da Ucrânia, chorou durante entrevista ao canal Sportv ao comentar as dificuldades de adaptação de sua família ao país.

Diego, Zé Roberto, Dedé e Lúcio Segundo a imprensa alemã, os quatro brasileiros estão entre os cerca de 40 jogadores estrangeiros suspeitos de participar de um esquema ilegal para validar carteiras de motorista no país.

©1

Barrabravas do Boca Juniors: as organizadas da Argentina ganharam poder e levaram o futebol do país a uma crise

Lição argentina Jornalista da revista El Gráfico conta por que nossos hermanos estão pagando pela tolerância com a violência das organizadas A virulência dos barrabravas colocou o futebol argentino à beira de sua maior crise nos últimos 30 anos. Nascidos num país onde a exclusão social virou rotina, amparados por cartolas complacentes e jogadores temerosos, eles cobraram poder até virarem protagonistas. O que começou como torcida pitoresca, levando cores às arquibancadas, virou instrumento de pressão e extorsão, flertando com a delinqüência. Os dirigentes os utilizaram para ganhar votos e terminaram reféns desse Frankenstein que eles mesmo criaram. Em troca de favores eleitorais, fizeram concessões: ingressos, viagens com o time e liberdade para circular nos clubes. A imprensa argentina revelou que os barras revendiam ingressos e comercializavam entorpecentes. Também se descobriram conexões com o poder político e sindical, que os utilizou como mão-deobra barata para manter um rebanho sob controle. Porque, além da gênese de violência, não se pode discutir a liderança carismática dessas torcidas. Os jogadores

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também caíram nas redes: por temor, deram-lhes camisetas e fizeram coletas para financiar suas viagens. Mas a complacência voltou feito um bumerangue, como aconteceu com os jogadores do Gimnasia, instruídos a perder um jogo contra o Boca para não facilitar o então provável título do arqui-rival Estudiantes. Aproxima-se um amplo debate na Argentina. Diz-se que, enfim, serão adotadas medidas reguladoras e disciplinares para combater o flagelo. A Justiça acaba de condenar seis torcedores do Boca por incidentes de 1999; eles ficarão presos por não menos de três anos. Alguns analistas atribuem ao fato um valor simbólico para iniciar a batalha final contra a violência. Em outros domina o ceticismo: para eles, os barrabravas já teceram tantas alianças com o poder que poucos se animarão a enfrentá-los. O raciocínio é que, perdidos por perdidos, os barrabravas podem falar o que “não deveriam”. E todos terminariam salpicados pelo escândalo. P O R E L I A S P E R U G I N O

©1 EL GRÁFICO; ©2 GIULIANO BEVILACQUA

Por um ano e meio, Kia Joorabchian cortejou o West Ham, prometeu um casamento feliz e ofereceu dois presentes caros, importados da Argentina. Mas faltou uma proposta oficial. E foi um empresário islandês, que fez fortuna vendendo biscoitos, quem conquistou o clube londrino em sete semanas de papo. Eggert Magnusson tem um currículo mais expressivo no futebol do que o iraniano da MSI. Foi presidente do Valur Reykjavik, clube que não voltou a levantar o título nacional desde a sua saída, em 1989, quando Magnusson assumiu o comando da Associação Islandesa de Futebol. Ele segue no cargo, mas sai em fevereiro para se dedicar ao West Ham. Desde 2002, é um dos 14 membros do Comitê Executivo da Uefa, onde se destacou pelo apoio ao futebol feminino. Pouco antes de entrar na Uefa, vendeu sua participação na fábrica de biscoitos Fron. Magnusson é milionário, mas não podia comprar um clube da primeira divisão inglesa. Para fazer frente a Kia e seus parceiros, o consórcio islandês bancou mais de 350 milhões de reais por 83% das ações do West Ham. E aí foi preciso da ajuda de um empresário de nome e histórico complicados: Bjorgolfur Gudmundsson, presidente do ban-

co Landsbanki e investidor das áreas farmacêutica e de telecomunicações. Em 1991, ele foi condenado à prisão por envolver-se no colapso de uma empresa da indústria naval, mas a sentença acabou suspensa. Além disso, pairam suspeitas sobre negócios da época em que era dono de uma fábrica de cervejas na Rússia. O dinheiro de Gudmundsson e a boa reputação de Magnusson garantiram a compra do West Ham, mas resta saber se o clube devolverá os presentes de quem cortejou e não levou. O novo dono diz que, por ele, Tevez e Mascherano ficam. Mas garantiu que o técnico Alan Pardew seria mantido... e o demitiu. A resposta final virá só na janela de transferências de janeiro. POR RAFAEL MARANHÃO Magnusson: milionário de boa reputação

O Real de Robinho: tão favorito como o adversário Bayern

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A fé move euros No último dia 15, a Uefa sorteou os confrontos das oitavas-de-final da Liga dos Campeões. Horas depois, ávidos apostadores europeus já davam seus palpites para cada embate nas casas de apostas. Segundo eles, nenhum confronto será tão equilibrado quanto Bayern Munique x Real Madrid, que estão rigorosamente empatados nas apostas. Já a maior barbada ficará por conta do Chelsea, favoritíssimo diante do Porto. Confira abaixo, entre parênteses, quanto receberá cada apostador por euro jogado, no caso de classificação

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Ao vivo e online

para as quartas-de-final dos 16 times ainda vivos na competição.

★ Vai pagar quanto?

Agora, os fãs de futebol europeu podem ver o jogo que quiserem na Liga

CONFRONTOS E COTAÇÕES

dos Campeões. Quem tem internet em banda larga, pelo menos, não é

Chelsea-ING (0,17) x Porto-POR (4) Milan-ITA (0,20) x Celtic-ESC (3,33)

mais refém das opções das TVs brasileiras. O site www.uefa.com transmite ao vivo todas as partidas do torneio, com narrações em inglês ou

Arsenal-ING (0,29) x PSV-HOL (2,5)

Site da Uefa: jogos ao vivo

espanhol. O serviço, claro, é pago: cada jogo custa 9,95 dólares (cerca de 20 reais), mas quem quiser

Manchester-ING (0,20) x Lille-FRA (3,33) Lyon-FRA (0,44) x Roma-ITA (1,62) Liverpool-ING (2,5) x Barcelona-ESP (0,29)

pode pagar 1,95 para ver, depois, só os melhores lances. Quem não quer perder nada pode assinar um pacotão de 19,95 dólares com os melhores lances de todos os jogos. Os pagamento é feito com cartão de crédito e, no teste da nossa redação, tanto a transmissão quanto a cobrança rolaram sem problemas.

Bayern Mun.-ALE (0,83) x Real Madrid-ESP (0,83) Valencia-ESP (1,25) x Internazionale-ITA (0,62) *Segundo a casa de apostas inglesa Ladbrokes, até o dia 15/12.

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Craques e bagres que fazem o futebol no planeta

O homem que bateu Kia

SOBE

Luís Fabiano, Renato, Adriano e Daniel Alves

Com uma reputação mais respeitável que a do iraniano da MSI, um milionário islandês levou a melhor na disputa para comprar o West Ham, da Inglaterra

Os quatro têm sido fundamentais na boa temporada do Sevilla, que briga pela liderança do Espanhol com Barcelona e Real Madrid e está classificado para a terceira fase da Copa da Uefa.

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Gilberto Silva Por chamados da seleção e problemas familiares, desfalcou o Arsenal em alguns jogos, mas não perdeu moral no time, do qual vem sendo capitão e batedor de pênaltis. Agora, entrou na lista de prioridades da Juventus-ITA.

Marta Em seu terceiro ano consecutivo como finalista do prêmio da Fifa de melhor jogadora do mundo, a brasileira de 20 anos finalmente levou o troféu. Ela superou a norte-americana Kristine Lilly e a alemã Renate Lingor.

DESCE

Ronaldinho Gaúcho Além de decepcionar em outro Mundial, o de Clubes, perdeu para Fabio Cannavaro todos os prêmios de melhor jogador da temporada: o da Fifa (ficou em terceiro), o da World Soccer e a Bola de Ouro da France Football.

Elano Apesar da moral com Dunga, está infeliz: reserva no Shakhtar, da Ucrânia, chorou durante entrevista ao canal Sportv ao comentar as dificuldades de adaptação de sua família ao país.

Diego, Zé Roberto, Dedé e Lúcio Segundo a imprensa alemã, os quatro brasileiros estão entre os cerca de 40 jogadores estrangeiros suspeitos de participar de um esquema ilegal para validar carteiras de motorista no país.

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Barrabravas do Boca Juniors: as organizadas da Argentina ganharam poder e levaram o futebol do país a uma crise

Lição argentina Jornalista da revista El Gráfico conta por que nossos hermanos estão pagando pela tolerância com a violência das organizadas A virulência dos barrabravas colocou o futebol argentino à beira de sua maior crise nos últimos 30 anos. Nascidos num país onde a exclusão social virou rotina, amparados por cartolas complacentes e jogadores temerosos, eles cobraram poder até virarem protagonistas. O que começou como torcida pitoresca, levando cores às arquibancadas, virou instrumento de pressão e extorsão, flertando com a delinqüência. Os dirigentes os utilizaram para ganhar votos e terminaram reféns desse Frankenstein que eles mesmo criaram. Em troca de favores eleitorais, fizeram concessões: ingressos, viagens com o time e liberdade para circular nos clubes. A imprensa argentina revelou que os barras revendiam ingressos e comercializavam entorpecentes. Também se descobriram conexões com o poder político e sindical, que os utilizou como mão-deobra barata para manter um rebanho sob controle. Porque, além da gênese de violência, não se pode discutir a liderança carismática dessas torcidas. Os jogadores

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também caíram nas redes: por temor, deram-lhes camisetas e fizeram coletas para financiar suas viagens. Mas a complacência voltou feito um bumerangue, como aconteceu com os jogadores do Gimnasia, instruídos a perder um jogo contra o Boca para não facilitar o então provável título do arqui-rival Estudiantes. Aproxima-se um amplo debate na Argentina. Diz-se que, enfim, serão adotadas medidas reguladoras e disciplinares para combater o flagelo. A Justiça acaba de condenar seis torcedores do Boca por incidentes de 1999; eles ficarão presos por não menos de três anos. Alguns analistas atribuem ao fato um valor simbólico para iniciar a batalha final contra a violência. Em outros domina o ceticismo: para eles, os barrabravas já teceram tantas alianças com o poder que poucos se animarão a enfrentá-los. O raciocínio é que, perdidos por perdidos, os barrabravas podem falar o que “não deveriam”. E todos terminariam salpicados pelo escândalo. P O R E L I A S P E R U G I N O

©1 EL GRÁFICO; ©2 GIULIANO BEVILACQUA

Por um ano e meio, Kia Joorabchian cortejou o West Ham, prometeu um casamento feliz e ofereceu dois presentes caros, importados da Argentina. Mas faltou uma proposta oficial. E foi um empresário islandês, que fez fortuna vendendo biscoitos, quem conquistou o clube londrino em sete semanas de papo. Eggert Magnusson tem um currículo mais expressivo no futebol do que o iraniano da MSI. Foi presidente do Valur Reykjavik, clube que não voltou a levantar o título nacional desde a sua saída, em 1989, quando Magnusson assumiu o comando da Associação Islandesa de Futebol. Ele segue no cargo, mas sai em fevereiro para se dedicar ao West Ham. Desde 2002, é um dos 14 membros do Comitê Executivo da Uefa, onde se destacou pelo apoio ao futebol feminino. Pouco antes de entrar na Uefa, vendeu sua participação na fábrica de biscoitos Fron. Magnusson é milionário, mas não podia comprar um clube da primeira divisão inglesa. Para fazer frente a Kia e seus parceiros, o consórcio islandês bancou mais de 350 milhões de reais por 83% das ações do West Ham. E aí foi preciso da ajuda de um empresário de nome e histórico complicados: Bjorgolfur Gudmundsson, presidente do ban-

co Landsbanki e investidor das áreas farmacêutica e de telecomunicações. Em 1991, ele foi condenado à prisão por envolver-se no colapso de uma empresa da indústria naval, mas a sentença acabou suspensa. Além disso, pairam suspeitas sobre negócios da época em que era dono de uma fábrica de cervejas na Rússia. O dinheiro de Gudmundsson e a boa reputação de Magnusson garantiram a compra do West Ham, mas resta saber se o clube devolverá os presentes de quem cortejou e não levou. O novo dono diz que, por ele, Tevez e Mascherano ficam. Mas garantiu que o técnico Alan Pardew seria mantido... e o demitiu. A resposta final virá só na janela de transferências de janeiro. POR RAFAEL MARANHÃO Magnusson: milionário de boa reputação

O Real de Robinho: tão favorito como o adversário Bayern

©2

A fé move euros No último dia 15, a Uefa sorteou os confrontos das oitavas-de-final da Liga dos Campeões. Horas depois, ávidos apostadores europeus já davam seus palpites para cada embate nas casas de apostas. Segundo eles, nenhum confronto será tão equilibrado quanto Bayern Munique x Real Madrid, que estão rigorosamente empatados nas apostas. Já a maior barbada ficará por conta do Chelsea, favoritíssimo diante do Porto. Confira abaixo, entre parênteses, quanto receberá cada apostador por euro jogado, no caso de classificação

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Ao vivo e online

para as quartas-de-final dos 16 times ainda vivos na competição.

★ Vai pagar quanto?

Agora, os fãs de futebol europeu podem ver o jogo que quiserem na Liga

CONFRONTOS E COTAÇÕES

dos Campeões. Quem tem internet em banda larga, pelo menos, não é

Chelsea-ING (0,17) x Porto-POR (4) Milan-ITA (0,20) x Celtic-ESC (3,33)

mais refém das opções das TVs brasileiras. O site www.uefa.com transmite ao vivo todas as partidas do torneio, com narrações em inglês ou

Arsenal-ING (0,29) x PSV-HOL (2,5)

Site da Uefa: jogos ao vivo

espanhol. O serviço, claro, é pago: cada jogo custa 9,95 dólares (cerca de 20 reais), mas quem quiser

Manchester-ING (0,20) x Lille-FRA (3,33) Lyon-FRA (0,44) x Roma-ITA (1,62) Liverpool-ING (2,5) x Barcelona-ESP (0,29)

pode pagar 1,95 para ver, depois, só os melhores lances. Quem não quer perder nada pode assinar um pacotão de 19,95 dólares com os melhores lances de todos os jogos. Os pagamento é feito com cartão de crédito e, no teste da nossa redação, tanto a transmissão quanto a cobrança rolaram sem problemas.

Bayern Mun.-ALE (0,83) x Real Madrid-ESP (0,83) Valencia-ESP (1,25) x Internazionale-ITA (0,62) *Segundo a casa de apostas inglesa Ladbrokes, até o dia 15/12.

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ESTRELA GUIA Deixe de lado suas qualidades técnicas, pois Ronaldinho Gaúcho e Robinho também as têm. É pela capacidade de liderança e vontade de ser protagonista que demonstrou no Milan (e até na seleção) que Kaká virou o nome certo para ocupar o trono de rei do futebol brasileiro Por Fernanda C. Massarotto e Gian Oddi * * colaboraram André Rizek e Flávia Ribeiro

© FOTOMONTAGENS SOBRE FOTOS DE ALEXANDRE BATTIBUGLI E DIVULGAÇÃO; PRODUÇÃO NORA KNAPP; TRONO E TAPETE - BAZZA 3088.5055; CAMISA, CALÇÃO E CHUTEIRAS - BAYARD 3021.8358 X X ★ WWW.PLACAR .COM.BR

★ MARÇO★ 2006

M A R Ç O ★ 2 0 0 6 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ X X


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ESTRELA GUIA Deixe de lado suas qualidades técnicas, pois Ronaldinho Gaúcho e Robinho também as têm. É pela capacidade de liderança e vontade de ser protagonista que demonstrou no Milan (e até na seleção) que Kaká virou o nome certo para ocupar o trono de rei do futebol brasileiro Por Fernanda C. Massarotto e Gian Oddi * * colaboraram André Rizek e Flávia Ribeiro

© FOTOMONTAGENS SOBRE FOTOS DE ALEXANDRE BATTIBUGLI E DIVULGAÇÃO; PRODUÇÃO NORA KNAPP; TRONO E TAPETE - BAZZA 3088.5055; CAMISA, CALÇÃO E CHUTEIRAS - BAYARD 3021.8358 X X ★ WWW.PLACAR .COM.BR

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O DONO DA BOLA

aká, recém-chegado ao Milan, é vítima de uma brincadeira dos colegas. Depois de um treino, encontra as roupas surradas com as quais chegara ao centro de treinamento de Milanello penduradas e espalhadas pelo vestiário. O mês era setembro de 2003. E a brincadeira era um aviso bem-humorado ao novato: em Milão, vestir-se bem é importante, mesmo que para trilhar o rotineiro trajeto de casa até o CT. Setembro de 2006. Kaká é o jogador do Milan responsável por receber os novatos. É ele, em geral, quem apresenta a cidade e enturma os recém-chegados. Há três anos, ele era recebido por Shevchenko e Costacurta da mesma forma que recebeu o jovem francês Gourcuff ou o italiano Bonera na última pré-temporada. “É impossível criticar o Kaká, seu egoísmo é zero. Ele é um ídolo no Milan e recebe todos que chegam lá, como eu, muito bem”, confirma o atacante Amoroso, que teve uma breve passagem pela equipe no ano passado. O que em princípio parece só conseqüência da boa adaptação de Kaká a Milão é, na verdade, bem mais. O brasileiro virou um líder do Milan. Segundo o próprio dono do clube, Silvio Berlusconi, tornou-se o “símbolo” de um dos cinco times mais importantes do planeta. E o fato de Kaká receber os colegas é prova disso: no Milan, é normal que os jogadores mais importantes recebam os novatos. O raciocínio é: boas-vindas de uma estrela refletem um grupo livre de panelas e regalias. “Hoje tenho consciência de ser importante nesse time. Um time que tem Maldini e Costacurta como bandeiras que estão se aposentando. Um time que teve Sheva, que era o herdeiro 3 6 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

de Maldini. Dessa safra, sei que eu e o Gattuso somos os jogadores que têm um vínculo mais estreito com a torcida e o clube”, diz Kaká à Placar, durante uma entrevista em Milanello. A citação de Shevchenko não é em vão. Além de ter sido um de seus melhores amigos no Milan, o ucraniano era aquilo em que Kaká se transformou: o astro do time dentro de campo e, por conseqüência, um líder fora dele. Tanto que o vice-presidente do clube, Adriano Galliani, disse que “Kaká está no caminho para virar o capitão do Milan”. Na Itália, não é pouco: Del Piero é o capitão da Juventus, Totti o da Roma... Ser capitão significa saber se impor. Coisa que Kaká tem feito também com as palavras. Na última temporada, ele aprendeu a usá-las com a mesma precisão e objetividade de suas arrancadas em direção ao gol. Um exemplo: em setembro de 2006, após um empate com o Lille pela Liga dos Campeões, Kaká criticou o esquema do time. “Não gosto de jogar com um só atacante”, disse. A declaração foi muito explorada pela imprensa e, pouco depois, o brasileiro voltaria a ser questionado sobre o assunto. Reafirmou o que havia dito. “Ele não culpou a imprensa, disse que era exatamente aquilo que pensava e acrescentou: ‘Digo o que penso pois respeito muito meu treinador e sei que ele também me respeita’”, afirma a jornalista Alessandra Bocci, que cobre o dia-a-dia do Milan há mais de dez anos e o da seleção brasileira há dois, pelo jornal La Gazzetta dello Sport. “As atitudes do Kaká foram mudando. Ele cresceu, ficou maduro. Hoje é um modelo de jogador que conquista a todos. E, no Milan, jovens como Gourcuff têm em Kaká uma referência”, diz Alessandra. A característica de dizer o que pensa sem criar entreveros, aliás, já havia sido notada pelo volante Emerson durante a convivência com Kaká na Copa do Mundo da Alemanha: “A postura dele é diferente da de alguns jogadores que fazem críticas diretas ou que preferem não se posicionar. Ele é muito ponderado. Dava suas opiniões, mas sem criar polêmica.”

O ANO-A-ANO DE KAKÁ A ascensão do craque em apenas seis anos de carreira profissional

2001 (SÃO PAULO)

No São Paulo, no jogo em que Cacá virou Kaká e herói

2002 (SÃO PAULO) Gasta a bola e é chamado por Felipão para jogar a Copa. Inexperiente, atua poucos minutos, mas volta ao Brasil campeão e com experiência internacional. No São Paulo, vira o principal jogador do Brasileirão: recebe a Bola de Ouro da Placar. Mas decepciona na partida em que o time é eliminado pelo Santos, o que começaria a lhe criar problemas com a torcida.

2003 (SÃO PAULO E MILAN) Inicia o ano com a pecha de “amarelão”. O time perde o Paulistão, no qual ele, machucado, não joga a final contra o Corinthians. Na eliminação contra o Goiás pela Copa do Brasil, a torcida o culpa. Ainda joga no Brasileiro, mas o convite do Milan cai do céu. Chega à Itália sem fama, mas arrebenta de cara. Deixa Rui Costa no banco e faz com que o clube libere Rivaldo.

2004 (MILAN) Na Copa do Mundo de 2002: o novato só jogou contra a Costa Rica

ASSÉDIO ESPANHOL Críticos de Kaká podem dizer que o meia tornou-se o principal astro e líder do Milan justamente quando o time atravessa um de seus piores momentos nos últimos anos. Pode até ser verdade, mas a análise é superficial. Tanto que hoje, na Itália, ninguém sequer cogita questioná-lo. “É preciso reconhecer que é ele quem carrega a equipe”, diz Alessandra Bocci. Não fosse assim, o Real Madrid não estaria disposto a desembolsar 60 milhões de euros (cerca de 171 milhões de reais) pelo brasileiro, como noticiou o jornal espanhol AS. E, mais do que isso, o Milan não anunciaria a intenção de recusar essa proposta que faria de Kaká a segunda contratação mais cara da história do futebol — atrás apenas de Zinedine Zidane, por quem a Juventus recebeu 78 milhões de euros em 2001. Depois de saber do interesse do Real, o proprietário do Milan, Silvio Berlusconi, disse o seguinte no jantar de fim de ano do clube: “Em toda minha vida, nunca desiludi quem confiou

Reserva dos juniores, recupera-se de um acidente que quase o deixou paraplégico. Vadão às vezes o chama para ficar no banco dos profissionais. Na final do Rio-São Paulo, entra, faz dois golaços e vira xodó da torcida. O Cacá vira Kaká. Alterna momentos bons e discretos, mas é fundamental no Brasileiro. Sua última imagem é o choro na maca, enquanto deixa o campo após falta de Cocito na eliminação contra o Atlético-PR.

Consagra-se. Jornais o comparam a craques como Falcão e Van Basten. Termina a temporada com 30 jogos no Campeonato Italiano (nada mau para quem seria somente um reserva) e faz dez gols. O Milan é campeão e Kaká é eleito pela revista Guerin Sportivo o melhor jogador do torneio. Entra no grupo dos três jogadores que mais vendem camisas no clube.

2005 (MILAN) A surpresa passa, a badalação diminui. Mas Kaká já é fundamental e, na temporada 2004-05, joga 35 vezes pelo Italiano (só menos do que Dida) e marca sete gols. Na Liga dos Campeões, joga sempre, mas o Milan é eliminado pelo La Coruña. “Eu já não era uma surpresa. Adversários e torcida já me conheciam. Mas amadureci e estou encontrando meu jogo em um esquema diferente, mais tático”, disse Kaká à Placar naquele ano.

2006 (MILAN)

Com o amigo Sheva no Milan: agora ele reina sozinho

Kaká chega à Copa da Alemanha como o jogador menos badalado do “quarteto mágico” brasileiro, mas nos últimos amistosos e na estréia vira protagonista. Depois, porém, afunda com a equipe. No segundo semestre, rapidamente recupera a confiança de Dunga, que chega a dar a ele a tarja de capitão. No Milan, vira “o símbolo” da equipe, segundo o próprio dono do clube, Silvio Berlusconi. É assediado como nunca pelo Real Madrid.


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O DONO DA BOLA

aká, recém-chegado ao Milan, é vítima de uma brincadeira dos colegas. Depois de um treino, encontra as roupas surradas com as quais chegara ao centro de treinamento de Milanello penduradas e espalhadas pelo vestiário. O mês era setembro de 2003. E a brincadeira era um aviso bem-humorado ao novato: em Milão, vestir-se bem é importante, mesmo que para trilhar o rotineiro trajeto de casa até o CT. Setembro de 2006. Kaká é o jogador do Milan responsável por receber os novatos. É ele, em geral, quem apresenta a cidade e enturma os recém-chegados. Há três anos, ele era recebido por Shevchenko e Costacurta da mesma forma que recebeu o jovem francês Gourcuff ou o italiano Bonera na última pré-temporada. “É impossível criticar o Kaká, seu egoísmo é zero. Ele é um ídolo no Milan e recebe todos que chegam lá, como eu, muito bem”, confirma o atacante Amoroso, que teve uma breve passagem pela equipe no ano passado. O que em princípio parece só conseqüência da boa adaptação de Kaká a Milão é, na verdade, bem mais. O brasileiro virou um líder do Milan. Segundo o próprio dono do clube, Silvio Berlusconi, tornou-se o “símbolo” de um dos cinco times mais importantes do planeta. E o fato de Kaká receber os colegas é prova disso: no Milan, é normal que os jogadores mais importantes recebam os novatos. O raciocínio é: boas-vindas de uma estrela refletem um grupo livre de panelas e regalias. “Hoje tenho consciência de ser importante nesse time. Um time que tem Maldini e Costacurta como bandeiras que estão se aposentando. Um time que teve Sheva, que era o herdeiro 3 6 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

de Maldini. Dessa safra, sei que eu e o Gattuso somos os jogadores que têm um vínculo mais estreito com a torcida e o clube”, diz Kaká à Placar, durante uma entrevista em Milanello. A citação de Shevchenko não é em vão. Além de ter sido um de seus melhores amigos no Milan, o ucraniano era aquilo em que Kaká se transformou: o astro do time dentro de campo e, por conseqüência, um líder fora dele. Tanto que o vice-presidente do clube, Adriano Galliani, disse que “Kaká está no caminho para virar o capitão do Milan”. Na Itália, não é pouco: Del Piero é o capitão da Juventus, Totti o da Roma... Ser capitão significa saber se impor. Coisa que Kaká tem feito também com as palavras. Na última temporada, ele aprendeu a usá-las com a mesma precisão e objetividade de suas arrancadas em direção ao gol. Um exemplo: em setembro de 2006, após um empate com o Lille pela Liga dos Campeões, Kaká criticou o esquema do time. “Não gosto de jogar com um só atacante”, disse. A declaração foi muito explorada pela imprensa e, pouco depois, o brasileiro voltaria a ser questionado sobre o assunto. Reafirmou o que havia dito. “Ele não culpou a imprensa, disse que era exatamente aquilo que pensava e acrescentou: ‘Digo o que penso pois respeito muito meu treinador e sei que ele também me respeita’”, afirma a jornalista Alessandra Bocci, que cobre o dia-a-dia do Milan há mais de dez anos e o da seleção brasileira há dois, pelo jornal La Gazzetta dello Sport. “As atitudes do Kaká foram mudando. Ele cresceu, ficou maduro. Hoje é um modelo de jogador que conquista a todos. E, no Milan, jovens como Gourcuff têm em Kaká uma referência”, diz Alessandra. A característica de dizer o que pensa sem criar entreveros, aliás, já havia sido notada pelo volante Emerson durante a convivência com Kaká na Copa do Mundo da Alemanha: “A postura dele é diferente da de alguns jogadores que fazem críticas diretas ou que preferem não se posicionar. Ele é muito ponderado. Dava suas opiniões, mas sem criar polêmica.”

O ANO-A-ANO DE KAKÁ A ascensão do craque em apenas seis anos de carreira profissional

2001 (SÃO PAULO)

No São Paulo, no jogo em que Cacá virou Kaká e herói

2002 (SÃO PAULO) Gasta a bola e é chamado por Felipão para jogar a Copa. Inexperiente, atua poucos minutos, mas volta ao Brasil campeão e com experiência internacional. No São Paulo, vira o principal jogador do Brasileirão: recebe a Bola de Ouro da Placar. Mas decepciona na partida em que o time é eliminado pelo Santos, o que começaria a lhe criar problemas com a torcida.

2003 (SÃO PAULO E MILAN) Inicia o ano com a pecha de “amarelão”. O time perde o Paulistão, no qual ele, machucado, não joga a final contra o Corinthians. Na eliminação contra o Goiás pela Copa do Brasil, a torcida o culpa. Ainda joga no Brasileiro, mas o convite do Milan cai do céu. Chega à Itália sem fama, mas arrebenta de cara. Deixa Rui Costa no banco e faz com que o clube libere Rivaldo.

2004 (MILAN) Na Copa do Mundo de 2002: o novato só jogou contra a Costa Rica

ASSÉDIO ESPANHOL Críticos de Kaká podem dizer que o meia tornou-se o principal astro e líder do Milan justamente quando o time atravessa um de seus piores momentos nos últimos anos. Pode até ser verdade, mas a análise é superficial. Tanto que hoje, na Itália, ninguém sequer cogita questioná-lo. “É preciso reconhecer que é ele quem carrega a equipe”, diz Alessandra Bocci. Não fosse assim, o Real Madrid não estaria disposto a desembolsar 60 milhões de euros (cerca de 171 milhões de reais) pelo brasileiro, como noticiou o jornal espanhol AS. E, mais do que isso, o Milan não anunciaria a intenção de recusar essa proposta que faria de Kaká a segunda contratação mais cara da história do futebol — atrás apenas de Zinedine Zidane, por quem a Juventus recebeu 78 milhões de euros em 2001. Depois de saber do interesse do Real, o proprietário do Milan, Silvio Berlusconi, disse o seguinte no jantar de fim de ano do clube: “Em toda minha vida, nunca desiludi quem confiou

Reserva dos juniores, recupera-se de um acidente que quase o deixou paraplégico. Vadão às vezes o chama para ficar no banco dos profissionais. Na final do Rio-São Paulo, entra, faz dois golaços e vira xodó da torcida. O Cacá vira Kaká. Alterna momentos bons e discretos, mas é fundamental no Brasileiro. Sua última imagem é o choro na maca, enquanto deixa o campo após falta de Cocito na eliminação contra o Atlético-PR.

Consagra-se. Jornais o comparam a craques como Falcão e Van Basten. Termina a temporada com 30 jogos no Campeonato Italiano (nada mau para quem seria somente um reserva) e faz dez gols. O Milan é campeão e Kaká é eleito pela revista Guerin Sportivo o melhor jogador do torneio. Entra no grupo dos três jogadores que mais vendem camisas no clube.

2005 (MILAN) A surpresa passa, a badalação diminui. Mas Kaká já é fundamental e, na temporada 2004-05, joga 35 vezes pelo Italiano (só menos do que Dida) e marca sete gols. Na Liga dos Campeões, joga sempre, mas o Milan é eliminado pelo La Coruña. “Eu já não era uma surpresa. Adversários e torcida já me conheciam. Mas amadureci e estou encontrando meu jogo em um esquema diferente, mais tático”, disse Kaká à Placar naquele ano.

2006 (MILAN)

Com o amigo Sheva no Milan: agora ele reina sozinho

Kaká chega à Copa da Alemanha como o jogador menos badalado do “quarteto mágico” brasileiro, mas nos últimos amistosos e na estréia vira protagonista. Depois, porém, afunda com a equipe. No segundo semestre, rapidamente recupera a confiança de Dunga, que chega a dar a ele a tarja de capitão. No Milan, vira “o símbolo” da equipe, segundo o próprio dono do clube, Silvio Berlusconi. É assediado como nunca pelo Real Madrid.


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O DONO DA BOLA

O QUE NOS DISSERAM SOBRE KAKÁ

tornar no Milan aquilo que Totti é para a Roma. Talvez para não ser deselegante com um colega de clube, não disse que gostaria de virar “o novo Maldini”. Mas certamente gostaria. E talvez agora, diante do assédio do Real Madrid, esteja diante de seu teste de fogo. “Para Kaká se tornar um verdadeiro líder do Milan, temos que esperar. Para ser considerado um futuro Maldini, terá que mostrar fidelidade ao clube. Não acredito nessa coisa de jogador beijar camisa e dizer que nunca irá sair. Vivemos num mundo onde gira muito dinheiro. É esperar para ver: se Kaká ficar no Milan, poderá assumir o lugar de Maldini e entrar para a galeria do clube”, diz o jornalista Furio Federe, do Corriere dello Sport. A hipótese de Kaká se equiparar a Paolo Maldini é considerada até por ex-colegas de Milan, como Amoroso: “O custo-benefício do Kaká para o Milan é impressionante. Ele pode ser um novo Maldini e encerrar a carreira lá. Tem tudo para isso: cabeça, futebol e é adorado em Milão. Além disso, o Milan nunca vai precisar vendê-lo para fazer caixa, né?”

“Kaká é a nova bandeira do Milan. E, quando dizem que ele irá embora, eu digo que ele fica, porque é muito importante para a equipe. É um jogador talentoso, uma pessoa de caráter e um grande profissional. Por isso ganhou o respeito de todos. Kaká cresceu muito nessas três temporadas no Milan e, com a saída de Shevchenko, virou a referência do time. É um dos jogadores mais fortes do mundo. Quanto a vê-lo como capitão, temos que esperar porque ainda contamos com Maldini. Mas tenho certeza de que ele tem capacidade e carisma para assumir a função” Carlo Ancelotti, técnico do Milan

O CAPÍTULO SELEÇÃO “Para que um jogador se concentre durante um treino, não pode ter um público de 30 000 pessoas. Para a próxima Copa, podemos levar isso de lição” em mim. E posso garantir: jamais venderemos o Kaká. Quando o contratei não achei que ele viraria um símbolo do Milan”. Quando lhe disseram que ele havia prometido o mesmo sobre Shevchenko, a resposta estava pronta. “Com Shevchenko não ficamos tentados pelo que nos ofereceram. Tivemos que acatar a vontade do Sheva, que acatou a vontade de sua mulher. Com o Kaká não há nenhuma tentação: eu durmo tranqüilo, acordo e nem penso no Ricky porque meu coração está seguro de que ele continuará no Milan”, disse. Berlusconi tem motivos para acreditar nisso. Primeiro: Kaká renovou seu contrato com o clube até 2011 — seu salário passou a ser o maior da equipe, 5,2 milhões de euros por temporada. Depois: o meia gosta mesmo do Milan e de Milão. Terceiro: as recentes declarações de Kaká dão idéia do quanto o assunto Real, pelo menos por ora, o incomoda: “Chega! Não sei mais como dizer que não quero mais falar de mercado. Acabei de renovar meu contrato e o respeito”. Qualquer que seja o desfecho do episódio, será um marco na relação entre Kaká e o Milan. Porque, segundo os jornais europeus, o Real estaria oferecendo cerca de 10 milhões de euros por temporada ao jogador, uma fortuna. O Milan não vai bem e tem chances de nem jogar a próxima Liga dos Campeões. O Real está longe de ser um lugar onde Kaká iria se esconder. Madri não é das cidades mais desagradáveis... Na primeira entrevista que concedeu à Placar há três anos, pouco depois de chegar a Milão, Kaká disse que gostaria de se 3 8 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

Para os torcedores brasileiros, Kaká trocar ou não o Milan pelo Real Madrid pouco importa. O fato é que dois dos mais importantes clubes do planeta travam, ainda que veladamente, uma batalha por ele. Um deles, o Milan, já vê no jogador um de seus principais símbolos e líderes. O outro, o Real Madrid, procura um galáctico-competitivo, que não lhe traga benefícios apenas com o repasse do quinhão da publicidade que, por contrato, pertencerá ao clube. A questão é: a seleção brasileira tem sabido tirar proveito de todas as qualidades que Kaká demonstrou ter em pouco mais de três anos na Europa? Não se trata de discutir seu uso taticamente, como se faz com Ronaldinho, até porque futebol Kaká sempre mostrou também na seleção. Mas, com a saída de Cafu e Roberto Carlos, além do possível afastamento definitivo de Ronaldo, não terá chegado a hora de dar a Kaká o rótulo de novo líder da seleção brasileira? Pelo que Dunga (e o próprio Kaká) mostrou nos últimos amistosos, sim. Após o fiasco na Copa, a seleção jogou seis amistosos, o primeiro deles sem as estrelas. Nos cinco seguintes, Dunga iniciou sua política de deixar jogadores renomados no banco, para mostrar que a seleção é um grupo onde ninguém tem vaga certa. Pois bem: o primeiro galáctico a ir para a reserva foi justamente Kaká, num clássico contra a Argentina. Como já havia feito com Carlo Ancelotti no Milan, o meia deu seu recado a Dunga, mas sem criar polêmica: “Não vejo problema nisso, desde que esse critério seja usado para todos”. No segundo tempo da vitória por 3 x 0 contra os argentinos, Kaká entrou e desequilibrou, jogando muito e fazendo um golaço. Ele seria titular na vitória por 2 x 0 sobre o País de Gales, quando Ronaldinho Gaúcho não foi convocado. Na goleada por 4 x 0 sobre o Al-Kuwait, começou de novo no banco, mas entrou no lugar de Ronaldinho para fazer um dos gols. Nos

“Kaká é a nova bandeira do Milan”, diz o técnico Carlo Ancelotti

“Kaká conquistou a confiança de todos no Milan e por isso mesmo se tornou um dos protagonistas da equipe. Eu o considero muito, seja como jogador, seja como pessoa. É um dos melhores do mundo. Seu crescimento no Milan é notável a cada temporada, e ele é o primeiro a lutar por esse crescimento. O Milan tem que tentar mantê-lo a todo custo. Eu sempre digo que aqui o líder é o grupo, mais do que um jogador em particular. Mas Kaká tem todas as qualidades para se tornar o novo capitão do time” Paolo Maldini, capitão do Milan “Com vontade, profissionalismo e uma fantástica atuação em campo, Kaká conquistou os torcedores do Milan. Hoje, Maldini é o nosso capitão, e sobre o futuro de Kaká com a faixa... veremos! Seu profissionalismo não se discute” Alessandro Costacurta, zagueiro do Milan “Kaká é um grande jogador e um profissional de primeira linha. É um jogador muito importante, que renovou seu contrato conosco até 2011 e não está à venda” Adriano Galliani, vice-presidente do Milan “O Kaká já merecia estar disputando o prêmio de melhor do mundo e a Bola de Ouro há muito tempo. Tem força física, explosão, habilidade e muita consciência tática. Todo técnico quer um cara como ele. Talvez por não fazer firula — e digo firula entre aspas, no sentido de fazer as coisas que o Ronaldinho faz — Kaká esteja fora da briga. Mas é melhor ele não fazer gracinha mesmo, esse é o estilo dele” Amoroso, ex-colega de Milan

Maldini sobre Kaká: “Ele tem tudo para ser o novo capitão da equipe”

“Quando Kaká chegou à seleção, se não me engano, eu era o capitão. Ele fez sucesso muito rápido no São Paulo, mas chegou à seleção bem tranqüilo, observando tudo à sua volta. Com o passar do tempo, foi se soltando e passou a ser importante no grupo. Nunca o vi tendo problemas com outros jogadores ou criando polêmicas. Até pela sua educação e pela religiosidade, ele tem uma postura apaziguadora e bem tranqüila” Emerson, volante da seleção brasileira


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O QUE NOS DISSERAM SOBRE KAKÁ

tornar no Milan aquilo que Totti é para a Roma. Talvez para não ser deselegante com um colega de clube, não disse que gostaria de virar “o novo Maldini”. Mas certamente gostaria. E talvez agora, diante do assédio do Real Madrid, esteja diante de seu teste de fogo. “Para Kaká se tornar um verdadeiro líder do Milan, temos que esperar. Para ser considerado um futuro Maldini, terá que mostrar fidelidade ao clube. Não acredito nessa coisa de jogador beijar camisa e dizer que nunca irá sair. Vivemos num mundo onde gira muito dinheiro. É esperar para ver: se Kaká ficar no Milan, poderá assumir o lugar de Maldini e entrar para a galeria do clube”, diz o jornalista Furio Federe, do Corriere dello Sport. A hipótese de Kaká se equiparar a Paolo Maldini é considerada até por ex-colegas de Milan, como Amoroso: “O custo-benefício do Kaká para o Milan é impressionante. Ele pode ser um novo Maldini e encerrar a carreira lá. Tem tudo para isso: cabeça, futebol e é adorado em Milão. Além disso, o Milan nunca vai precisar vendê-lo para fazer caixa, né?”

“Kaká é a nova bandeira do Milan. E, quando dizem que ele irá embora, eu digo que ele fica, porque é muito importante para a equipe. É um jogador talentoso, uma pessoa de caráter e um grande profissional. Por isso ganhou o respeito de todos. Kaká cresceu muito nessas três temporadas no Milan e, com a saída de Shevchenko, virou a referência do time. É um dos jogadores mais fortes do mundo. Quanto a vê-lo como capitão, temos que esperar porque ainda contamos com Maldini. Mas tenho certeza de que ele tem capacidade e carisma para assumir a função” Carlo Ancelotti, técnico do Milan

O CAPÍTULO SELEÇÃO “Para que um jogador se concentre durante um treino, não pode ter um público de 30 000 pessoas. Para a próxima Copa, podemos levar isso de lição” em mim. E posso garantir: jamais venderemos o Kaká. Quando o contratei não achei que ele viraria um símbolo do Milan”. Quando lhe disseram que ele havia prometido o mesmo sobre Shevchenko, a resposta estava pronta. “Com Shevchenko não ficamos tentados pelo que nos ofereceram. Tivemos que acatar a vontade do Sheva, que acatou a vontade de sua mulher. Com o Kaká não há nenhuma tentação: eu durmo tranqüilo, acordo e nem penso no Ricky porque meu coração está seguro de que ele continuará no Milan”, disse. Berlusconi tem motivos para acreditar nisso. Primeiro: Kaká renovou seu contrato com o clube até 2011 — seu salário passou a ser o maior da equipe, 5,2 milhões de euros por temporada. Depois: o meia gosta mesmo do Milan e de Milão. Terceiro: as recentes declarações de Kaká dão idéia do quanto o assunto Real, pelo menos por ora, o incomoda: “Chega! Não sei mais como dizer que não quero mais falar de mercado. Acabei de renovar meu contrato e o respeito”. Qualquer que seja o desfecho do episódio, será um marco na relação entre Kaká e o Milan. Porque, segundo os jornais europeus, o Real estaria oferecendo cerca de 10 milhões de euros por temporada ao jogador, uma fortuna. O Milan não vai bem e tem chances de nem jogar a próxima Liga dos Campeões. O Real está longe de ser um lugar onde Kaká iria se esconder. Madri não é das cidades mais desagradáveis... Na primeira entrevista que concedeu à Placar há três anos, pouco depois de chegar a Milão, Kaká disse que gostaria de se 3 8 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

Para os torcedores brasileiros, Kaká trocar ou não o Milan pelo Real Madrid pouco importa. O fato é que dois dos mais importantes clubes do planeta travam, ainda que veladamente, uma batalha por ele. Um deles, o Milan, já vê no jogador um de seus principais símbolos e líderes. O outro, o Real Madrid, procura um galáctico-competitivo, que não lhe traga benefícios apenas com o repasse do quinhão da publicidade que, por contrato, pertencerá ao clube. A questão é: a seleção brasileira tem sabido tirar proveito de todas as qualidades que Kaká demonstrou ter em pouco mais de três anos na Europa? Não se trata de discutir seu uso taticamente, como se faz com Ronaldinho, até porque futebol Kaká sempre mostrou também na seleção. Mas, com a saída de Cafu e Roberto Carlos, além do possível afastamento definitivo de Ronaldo, não terá chegado a hora de dar a Kaká o rótulo de novo líder da seleção brasileira? Pelo que Dunga (e o próprio Kaká) mostrou nos últimos amistosos, sim. Após o fiasco na Copa, a seleção jogou seis amistosos, o primeiro deles sem as estrelas. Nos cinco seguintes, Dunga iniciou sua política de deixar jogadores renomados no banco, para mostrar que a seleção é um grupo onde ninguém tem vaga certa. Pois bem: o primeiro galáctico a ir para a reserva foi justamente Kaká, num clássico contra a Argentina. Como já havia feito com Carlo Ancelotti no Milan, o meia deu seu recado a Dunga, mas sem criar polêmica: “Não vejo problema nisso, desde que esse critério seja usado para todos”. No segundo tempo da vitória por 3 x 0 contra os argentinos, Kaká entrou e desequilibrou, jogando muito e fazendo um golaço. Ele seria titular na vitória por 2 x 0 sobre o País de Gales, quando Ronaldinho Gaúcho não foi convocado. Na goleada por 4 x 0 sobre o Al-Kuwait, começou de novo no banco, mas entrou no lugar de Ronaldinho para fazer um dos gols. Nos

“Kaká é a nova bandeira do Milan”, diz o técnico Carlo Ancelotti

“Kaká conquistou a confiança de todos no Milan e por isso mesmo se tornou um dos protagonistas da equipe. Eu o considero muito, seja como jogador, seja como pessoa. É um dos melhores do mundo. Seu crescimento no Milan é notável a cada temporada, e ele é o primeiro a lutar por esse crescimento. O Milan tem que tentar mantê-lo a todo custo. Eu sempre digo que aqui o líder é o grupo, mais do que um jogador em particular. Mas Kaká tem todas as qualidades para se tornar o novo capitão do time” Paolo Maldini, capitão do Milan “Com vontade, profissionalismo e uma fantástica atuação em campo, Kaká conquistou os torcedores do Milan. Hoje, Maldini é o nosso capitão, e sobre o futuro de Kaká com a faixa... veremos! Seu profissionalismo não se discute” Alessandro Costacurta, zagueiro do Milan “Kaká é um grande jogador e um profissional de primeira linha. É um jogador muito importante, que renovou seu contrato conosco até 2011 e não está à venda” Adriano Galliani, vice-presidente do Milan “O Kaká já merecia estar disputando o prêmio de melhor do mundo e a Bola de Ouro há muito tempo. Tem força física, explosão, habilidade e muita consciência tática. Todo técnico quer um cara como ele. Talvez por não fazer firula — e digo firula entre aspas, no sentido de fazer as coisas que o Ronaldinho faz — Kaká esteja fora da briga. Mas é melhor ele não fazer gracinha mesmo, esse é o estilo dele” Amoroso, ex-colega de Milan

Maldini sobre Kaká: “Ele tem tudo para ser o novo capitão da equipe”

“Quando Kaká chegou à seleção, se não me engano, eu era o capitão. Ele fez sucesso muito rápido no São Paulo, mas chegou à seleção bem tranqüilo, observando tudo à sua volta. Com o passar do tempo, foi se soltando e passou a ser importante no grupo. Nunca o vi tendo problemas com outros jogadores ou criando polêmicas. Até pela sua educação e pela religiosidade, ele tem uma postura apaziguadora e bem tranqüila” Emerson, volante da seleção brasileira


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O DONO DA BOLA

“Não vejo problema em ficar no banco [da seleção], desde que esse critério seja usado para todos” dois últimos amistosos, enfim, vieram os sinais da confiança de Dunga: nas duas vitórias por 2 x 1 sobre Equador e Suíça, Kaká foi titular enquanto Ronaldinho, mostrando que Dunga usava o mesmo critério “para todos”, como pedira o milanista, ficou no banco — ao contrário de Kaká, o Gaúcho não quis falar quando indagado sobre a reserva. Tanto contra equatorianos como contra suíços, Kaká marcou seu gol. E, mais que isso, foi capitão do time nas duas partidas (na primeira, depois da saída de Lúcio; na segunda, o jogo todo). A experiência de usar a faixa de capitão da seleção, na verdade, não foi uma novidade para ele: na equipe pré-olímpica de Ricardo Gomes, em 2003, Kaká já havia sido escolhido como líder. Fora de campo, em treinos e entrevistas, Kaká continua fazendo o mesmo que faz em campo: dando mostras de que não quer apenas jogar, mas ser protagonista. Como, aliás, garante ter feito durante a Copa do Mundo: “Eu me preparei. Fiz o possível para que desse certo, pois sei que só o talento não basta. Ficou um amargo por não ter levado para casa a taça de campeão. Muitas outras coisas não deram certo...” Questionado sobre o que não deu certo, mas já pensando no futuro, Kaká não se omitiu. “Para que um jogador se concentre durante um treinamento não pode ter um público de 30 000 pessoas. Não estou dizendo que o treino deveria ser fechado à torcida, mas com disciplina. Treino aberto a cada 15 dias ou uma vez por semana. Durante o treino, às vezes, fazemos brincadeiras engraçadas para nós e que o torcedor não 4 0 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

gosta. E eles começam a vaiar. Aí, no treino seguinte o jogador fica constrangido e acaba não rendendo. Não sei qual será a programação para a próxima Copa, mas podemos levar isso de lição. Em 2002, com o Felipão, os treinos eram fechados, tinha imprensa e não tinha esse tanto de gente!” Após a Copa, é fácil criticar a preparação da seleção. Mas a verdade é que, mesmo durante o Mundial, Kaká foi um dos poucos atletas que tiveram personalidade para questionar com naturalidade certas coisas que estavam acontecendo. Como o fez a respeito do estado físico de Ronaldo, “o presidente”, como era chamado por Ronaldinho Gaúcho. Logo após a estréia contra a Croácia, Kaká disse que o centroavante precisava se movimentar mais para que o time melhorasse. Falava na condição de quem havia feito o gol da vitória e estava voando nos treinos. As estocadas em Ronaldo continuaram, na medida em que defendia Ronaldinho Gaúcho. “No Barcelona é diferente, porque lá ele tem dois atacantes, o Giuly e o Eto’o, que chegam em todas as bolas que o Ronaldinho lança. Na seleção, nossa dupla de ataque não se movimenta tanto”, falava, referindo-se às “torres gêmeas” Ronaldo e Adriano. Ainda sobre o Mundial, vale lembrar que Parreira fez três reuniões com os jogadores para falar sobre tática e discutir como a seleção deveria jogar. Nelas, Kaká foi um dos mais participativos, segundo o próprio Parreira — que preferiu não falar sobre o jogador para esta matéria. Kaká exercia sua liderança com naturalidade, sem tentar se impor forçadamente e sem despertar ciúmes dos colegas. “A postura de líder que ele tem é diferente da minha, por exemplo. Eu sou mais de falar antes e depois dos jogos, cobrar em campo. Já o Kaká tem uma liderança natural, que vem da personalidade dele: as pessoas vêem que ele é esclarecido, que teve boa educação. Então, quando ele opina, todos param para escutá-lo”, diz o volante Emerson, colega de Kaká na seleção desde 2002. Apesar da liderança “natural”, o meia do Milan cresceu na seleção como fez no Milan. “Me lembro de quando ele voltou dos amistosos no Kuwait e contra o Equador e me disse: ‘Quando eu ia para a seleção, no início, eu ficava de boca aberta diante de tantos grandes jogadores. Hoje, principalmente na equipe de Dunga, vejo jogadores mais novos e já me sinto um veterano’”, diz a jornalista Alessandra Bocci. Mas quem pensa que Kaká não gosta de se sentir veterano se engana. Basta ver o que ocorre no Milan: diante da má fase do time, perguntamos a ele se não era uma missão ingrata ser o responsável por levar nas costas uma equipe desse porte. A resposta? “Para dizer a verdade, eu gosto. Acho importante ter responsabilidades na vida da gente. E, a partir do momento que essa responsabilidade aumenta, significa que você está crescendo. Eu tenho consciência da minha importância, mas não assumo o papel de salvador da pátria. Porque sei da minha responsabilidade, mas trabalho com um grupo e cada membro desse grupo também tem que ter em mente sua responsabilidade”. Indiscutivelmente, palavras de um líder. ✪

FALA, KAKÁ! Prêmios, a vida na Europa (e de casado), Giorgio Armani... Nem só sobre Milan e seleção foi nosso papo com o meia

Garoto-propaganda da Armani: “Nosso contato já vem do Brasil”

Com a mulher, Caroline: opção, rara, por morar no centro de Milão

Você não dá elásticos, não faz malabarismos... Para ser eleito o melhor jogador do mundo não é necessária alguma fantasia? Acho que não. Há muitos jogadores econômicos que já ganharam a Bola de Ouro, como Zidane e Rivaldo. Não acho essa fantasia fundamental. E até que ponto é importante ser eleito o melhor do mundo? Importante é. É muito legal ser cotado e desde que eu estou no Milan estou entre os dez melhores. Mas esse não é meu principal objetivo: ganhar seria muito legal, mas seria uma conseqüência do meu trabalho. O fato de o Milan contratar brasileiros com um perfil diferente da maioria, como você, se deve às indicações do Leonardo? Não totalmente. É claro que as sugestões do Léo contam. A minha chegada teve grande participação dele. Mas vale lembrar que depois que o Léo assumiu essa função só dois brasileiros foram contratados: eu e o Ricardo Oliveira. Antes, vieram Rivaldo, Serginho, Cafu e Dida. Você é consultado sobre as contratações de brasileiros que o Milan faz? Agora que tenho um vínculo maior com o clube, sim. Ainda mais quando é brasileiro: me perguntam se conheço, se já joguei com ou contra. Quando aceitou a proposta do Milan, o dinheiro foi o grande atrativo? Ou a possibilidade de morar na Europa o atraía ainda mais? Sempre tive a idéia de morar e jogar na Europa. Mesmo que tivesse de vir a um time pequeno e depois passar para um grande. Mas o maior objetivo sempre foi aprender e crescer como profissional e como pessoa. E, quando vim para cá, vim para aprender italiano, conhecer a cultura. Melhorar. Ao contrário da maioria dos jogadores, você optou por viver no centro de Milão e não no condomínio em San Siro. Por quê? Morar no condomínio quando cheguei foi importante para ir conhecendo a cidade. Mas depois que casei achei que eu e a Caroline deveríamos morar em um lugar mais central. Podemos sair a pé, sair para jantar. É mais movimentado. A região de San Siro é mais familiar. O que mais mudou na sua rotina após o casamento? Planejam filhos? Curtimos muito a vida de casado. Passeamos, jantamos fora e viajamos. A Caroline faz curso de Fashion Business. E os filhos... em breve! Você foi promovido também como modelo da Armani, né? Explique essa história. Você fala com o Giorgio Armani pessoalmente? O Armani virou um amigo. Antes eu tinha uma relação formal e me dizia... “Esse é o Giorgio Armani!” Hoje não. Mas a história vem do Brasil: eu já tinha contrato. Quando vim à Itália, meu contrato no Brasil acabou e fizemos um por aqui. O primeiro contrato foi com a Armani Jeans. Acabou e agora renovei com a Emporio Armani. Viu? Fui promovido! Tô subindo... Você está lendo algum livro? E música? Escuta italiana ou brasileira? Além da Bíblia, estou lendo um livro muito interessante que se chama Campo de Batalha da Mente, de Joyce Meyer. Ouço basicamente música gospel. As pessoas pensam que é aquela clássica música de igreja, mas não é. Hoje a música gospel abrange todos os ritmos. Aqui na Itália, gosto do Eros Ramazzotti e da Laura Pausini, que aliás é milanista e sempre que encontra comigo tenta falar em português.


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“Não vejo problema em ficar no banco [da seleção], desde que esse critério seja usado para todos” dois últimos amistosos, enfim, vieram os sinais da confiança de Dunga: nas duas vitórias por 2 x 1 sobre Equador e Suíça, Kaká foi titular enquanto Ronaldinho, mostrando que Dunga usava o mesmo critério “para todos”, como pedira o milanista, ficou no banco — ao contrário de Kaká, o Gaúcho não quis falar quando indagado sobre a reserva. Tanto contra equatorianos como contra suíços, Kaká marcou seu gol. E, mais que isso, foi capitão do time nas duas partidas (na primeira, depois da saída de Lúcio; na segunda, o jogo todo). A experiência de usar a faixa de capitão da seleção, na verdade, não foi uma novidade para ele: na equipe pré-olímpica de Ricardo Gomes, em 2003, Kaká já havia sido escolhido como líder. Fora de campo, em treinos e entrevistas, Kaká continua fazendo o mesmo que faz em campo: dando mostras de que não quer apenas jogar, mas ser protagonista. Como, aliás, garante ter feito durante a Copa do Mundo: “Eu me preparei. Fiz o possível para que desse certo, pois sei que só o talento não basta. Ficou um amargo por não ter levado para casa a taça de campeão. Muitas outras coisas não deram certo...” Questionado sobre o que não deu certo, mas já pensando no futuro, Kaká não se omitiu. “Para que um jogador se concentre durante um treinamento não pode ter um público de 30 000 pessoas. Não estou dizendo que o treino deveria ser fechado à torcida, mas com disciplina. Treino aberto a cada 15 dias ou uma vez por semana. Durante o treino, às vezes, fazemos brincadeiras engraçadas para nós e que o torcedor não 4 0 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

gosta. E eles começam a vaiar. Aí, no treino seguinte o jogador fica constrangido e acaba não rendendo. Não sei qual será a programação para a próxima Copa, mas podemos levar isso de lição. Em 2002, com o Felipão, os treinos eram fechados, tinha imprensa e não tinha esse tanto de gente!” Após a Copa, é fácil criticar a preparação da seleção. Mas a verdade é que, mesmo durante o Mundial, Kaká foi um dos poucos atletas que tiveram personalidade para questionar com naturalidade certas coisas que estavam acontecendo. Como o fez a respeito do estado físico de Ronaldo, “o presidente”, como era chamado por Ronaldinho Gaúcho. Logo após a estréia contra a Croácia, Kaká disse que o centroavante precisava se movimentar mais para que o time melhorasse. Falava na condição de quem havia feito o gol da vitória e estava voando nos treinos. As estocadas em Ronaldo continuaram, na medida em que defendia Ronaldinho Gaúcho. “No Barcelona é diferente, porque lá ele tem dois atacantes, o Giuly e o Eto’o, que chegam em todas as bolas que o Ronaldinho lança. Na seleção, nossa dupla de ataque não se movimenta tanto”, falava, referindo-se às “torres gêmeas” Ronaldo e Adriano. Ainda sobre o Mundial, vale lembrar que Parreira fez três reuniões com os jogadores para falar sobre tática e discutir como a seleção deveria jogar. Nelas, Kaká foi um dos mais participativos, segundo o próprio Parreira — que preferiu não falar sobre o jogador para esta matéria. Kaká exercia sua liderança com naturalidade, sem tentar se impor forçadamente e sem despertar ciúmes dos colegas. “A postura de líder que ele tem é diferente da minha, por exemplo. Eu sou mais de falar antes e depois dos jogos, cobrar em campo. Já o Kaká tem uma liderança natural, que vem da personalidade dele: as pessoas vêem que ele é esclarecido, que teve boa educação. Então, quando ele opina, todos param para escutá-lo”, diz o volante Emerson, colega de Kaká na seleção desde 2002. Apesar da liderança “natural”, o meia do Milan cresceu na seleção como fez no Milan. “Me lembro de quando ele voltou dos amistosos no Kuwait e contra o Equador e me disse: ‘Quando eu ia para a seleção, no início, eu ficava de boca aberta diante de tantos grandes jogadores. Hoje, principalmente na equipe de Dunga, vejo jogadores mais novos e já me sinto um veterano’”, diz a jornalista Alessandra Bocci. Mas quem pensa que Kaká não gosta de se sentir veterano se engana. Basta ver o que ocorre no Milan: diante da má fase do time, perguntamos a ele se não era uma missão ingrata ser o responsável por levar nas costas uma equipe desse porte. A resposta? “Para dizer a verdade, eu gosto. Acho importante ter responsabilidades na vida da gente. E, a partir do momento que essa responsabilidade aumenta, significa que você está crescendo. Eu tenho consciência da minha importância, mas não assumo o papel de salvador da pátria. Porque sei da minha responsabilidade, mas trabalho com um grupo e cada membro desse grupo também tem que ter em mente sua responsabilidade”. Indiscutivelmente, palavras de um líder. ✪

FALA, KAKÁ! Prêmios, a vida na Europa (e de casado), Giorgio Armani... Nem só sobre Milan e seleção foi nosso papo com o meia

Garoto-propaganda da Armani: “Nosso contato já vem do Brasil”

Com a mulher, Caroline: opção, rara, por morar no centro de Milão

Você não dá elásticos, não faz malabarismos... Para ser eleito o melhor jogador do mundo não é necessária alguma fantasia? Acho que não. Há muitos jogadores econômicos que já ganharam a Bola de Ouro, como Zidane e Rivaldo. Não acho essa fantasia fundamental. E até que ponto é importante ser eleito o melhor do mundo? Importante é. É muito legal ser cotado e desde que eu estou no Milan estou entre os dez melhores. Mas esse não é meu principal objetivo: ganhar seria muito legal, mas seria uma conseqüência do meu trabalho. O fato de o Milan contratar brasileiros com um perfil diferente da maioria, como você, se deve às indicações do Leonardo? Não totalmente. É claro que as sugestões do Léo contam. A minha chegada teve grande participação dele. Mas vale lembrar que depois que o Léo assumiu essa função só dois brasileiros foram contratados: eu e o Ricardo Oliveira. Antes, vieram Rivaldo, Serginho, Cafu e Dida. Você é consultado sobre as contratações de brasileiros que o Milan faz? Agora que tenho um vínculo maior com o clube, sim. Ainda mais quando é brasileiro: me perguntam se conheço, se já joguei com ou contra. Quando aceitou a proposta do Milan, o dinheiro foi o grande atrativo? Ou a possibilidade de morar na Europa o atraía ainda mais? Sempre tive a idéia de morar e jogar na Europa. Mesmo que tivesse de vir a um time pequeno e depois passar para um grande. Mas o maior objetivo sempre foi aprender e crescer como profissional e como pessoa. E, quando vim para cá, vim para aprender italiano, conhecer a cultura. Melhorar. Ao contrário da maioria dos jogadores, você optou por viver no centro de Milão e não no condomínio em San Siro. Por quê? Morar no condomínio quando cheguei foi importante para ir conhecendo a cidade. Mas depois que casei achei que eu e a Caroline deveríamos morar em um lugar mais central. Podemos sair a pé, sair para jantar. É mais movimentado. A região de San Siro é mais familiar. O que mais mudou na sua rotina após o casamento? Planejam filhos? Curtimos muito a vida de casado. Passeamos, jantamos fora e viajamos. A Caroline faz curso de Fashion Business. E os filhos... em breve! Você foi promovido também como modelo da Armani, né? Explique essa história. Você fala com o Giorgio Armani pessoalmente? O Armani virou um amigo. Antes eu tinha uma relação formal e me dizia... “Esse é o Giorgio Armani!” Hoje não. Mas a história vem do Brasil: eu já tinha contrato. Quando vim à Itália, meu contrato no Brasil acabou e fizemos um por aqui. O primeiro contrato foi com a Armani Jeans. Acabou e agora renovei com a Emporio Armani. Viu? Fui promovido! Tô subindo... Você está lendo algum livro? E música? Escuta italiana ou brasileira? Além da Bíblia, estou lendo um livro muito interessante que se chama Campo de Batalha da Mente, de Joyce Meyer. Ouço basicamente música gospel. As pessoas pensam que é aquela clássica música de igreja, mas não é. Hoje a música gospel abrange todos os ritmos. Aqui na Itália, gosto do Eros Ramazzotti e da Laura Pausini, que aliás é milanista e sempre que encontra comigo tenta falar em português.


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SHOW DO

MILHAR As peripécias de Romário em busca dos 1 000 gols DESIGN RAMON E. MUNIZ ILUSTRAÇÕES STEFAN

E

ALGO EM COMUM

Durante sua permanência no Miami FC, Romário teve que, por razões contratuais, dar clínicas de futebol para jovens em Miami. Moleza para o Baixinho, que fez sucesso na Flórida, divertiu-se a valer, foi à praia, jogou futevôlei, ganhou dinheiro e ainda balançou as redes... Com 19 gols em 25 partidas, foi o artilheiro da UFL.

Os australianos do Adelaide United enviaram Mel Patzwald a Miami para conversar com Romário. Os dois descobriram algo em comum: Mel tem um filho com síndrome de Down, assim como Romário, que teve Ivy em março de 2005. Segundo Mel, o entendimento com Romário ficou mais fácil após a revelação: “Depois que começamos a falar sobre família, ele se sentiu confortável”. “A Mel estava em Miami para ver alguns jogos e começamos a conversar. Tudo aconteceu bem, então eu decidi topar”, afirma Romário.

TUPI OR NOT TUPI

POR LÉDIO CARMONA E LUÍS FERNANDO TINOCO

le, de novo. Aos 40 anos, Romário consegue ser notícia no Brasil mesmo estando do outro lado do mundo. Seus quatro jogos pelo Adelaide United, da Austrália — e o golzinho chorado no último deles — passaram ao vivo no canal Sportv. E quem já

ROMÁRIO, THE TEACHER

não deu seu palpite sobre sua obsessão antes de se aposentar — chegar aos 1 000 gols, segundo suas contas? Ele se despediu da terra dos cangurus no dia 15 de dezembro, mas vamos continuar querendo saber seus próximos passos. Conheça algumas passagens do Baixinho nesse périplo em busca do milhar.

Em outubro, Romário acertou com o Tupi. O objetivo era que o Baixinho participasse da Taça Minas Gerais. Uma empresa local ajudaria com o salário. O Baixinho chegou a treinar, mas a CBF não permitiu sua inscrição. O prazo para jogadores contratados do exterior se encerrara no dia 31 de agosto. Não deu certo, mas o Tupi se deu bem: jornais do mundo inteiro falaram da nova aventura do artilheiro.

DORMINDO NO AEROPORTO

VÁ TE QATAR Em 2003, Romário assinou contrato de três meses com o Al-Saad, do Qatar. Por 90 dias de “trabalho”, 1,5 milhão de euros (algo em torno de 4,5 milhões de reais). No clube, bateu de frente com o treinador. Participou de apenas três partidas, não marcou gols e foi barrado. Não jogou mais e ficou em Doha (capital do Qatar) para cumprir o contrato. “Doha é uma cidade linda. Vivo em um condomínio muito confortável. Jogo futebol para me divertir, futevôlei e também tênis. Fiz até um passeio de camelo. Como não estou jogando, aproveito para descansar muito. Estou de férias e ganhando dinheiro. Do que posso reclamar?”, disse.

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Não é fácil jogar por uma equipe da liga secundária do futebol dos Estados Unidos, a UFL. Acostumado a se hospedar em hotéis cinco-estrelas, Romário viveu uma dura experiência quando atuou pelo Miami, para onde foi em abril. Após uma partida contra o Vancouver, no Canadá (derrota de 4 x 1), a delegação não conseguiu a conexão desejada. Queria voltar para casa por Dallas e teve que ir a Nova York. Como o vôo só sairia na manhã seguinte, o grupo procurou algum lugar para passar a noite. Não havia vagas. Sem opções, a ordem foi voltar ao Aeroporto JFK. E todos dormiram no carpete. Até o Baixinho, que, juram, não se incomodou. “Ninguém pregou o olho, mas o Romário estava no maior bom humor”, diz o técnico Chiquinho de Assis.

JUSTIFICANDO O INVESTIMENTO O Baixinho foi inscrito como “jogador-convidado” no Campeonato Australiano. Por quatro partidas, ganhou 250 000 dólares. John Kosmina, técnico do time, estava exultante no início. “Vamos ajudar Romário a chegar aos 1 000 gols.” Só que o Baixinho só foi jogar alguma coisa na última partida, quando fez um gol. Após o terceiro jogo (empate de 1 x 1 contra o New Zealand Knights), Kosmina substituiu Romário. O artilheiro foi embora antes de a partida terminar. Programas esportivos passaram a debater a validade da contratação. A diretoria do Adelaide, criticada porque estaria só pensando no marketing, reagiu. Imagens de Romário treinando com os colegas foram publicadas no site oficial do clube. “Ele fez um grande trabalho, me fez pensar de forma diferente como abordar algumas situações de jogo e fez os outros jogadores pensarem o jogo de forma diferente”, disse Kosmina.

GATA, RATO, BALEIA E BATATA Romário levou para Adelaide a esposa Isabela, o personal trainer Marcelo Coutinho e os amigos Rato, Baleia e Batata. “A rede (de futevôlei) já está completa”, brincou. Em um passeio na praia, o grupo foi clicado por alguns fotógrafos. Como era véspera de jogo e Romário tinha escapado do treino após uma sessão leve de alongamentos, os jornais estamparam fotos do futevôlei e do namoro na praia criticando o Baixinho. “Cadê você, Romário sem-gols?”, perguntava um tablóide.

JOGA BOLA, CANGURU!

CARRÃO À DISPOSIÇÃO

Na sua estréia pelo Adelaide United, da Austrália, Romário percebeu que teria vida dura em campo. O time perdeu por 2 x 0 para o Central Coast Mariners. Cansado de esperar em vão por uma bola em condições de marcar, ele foi flagrado com a boca no trombone: “PQP! Burro pra cacete!” Sorte que seu companheiro de equipe não entendeu. Até sorriu...

Assim que chegou a Adelaide, Romário foi cercado de mordomias pelos australianos. Casa, claro, na praia. E, para rodar pela cidade, nas quatro árduas semanas que lá ficou, recebeu um carro BMW de luxo da empresa Adelaide Prestige, cujo proprietário é o ex-jogador local Tom Forde. “Tá maneiro”, agradeceu Romário. ✪

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MILHAR As peripécias de Romário em busca dos 1 000 gols DESIGN RAMON E. MUNIZ ILUSTRAÇÕES STEFAN

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ALGO EM COMUM

Durante sua permanência no Miami FC, Romário teve que, por razões contratuais, dar clínicas de futebol para jovens em Miami. Moleza para o Baixinho, que fez sucesso na Flórida, divertiu-se a valer, foi à praia, jogou futevôlei, ganhou dinheiro e ainda balançou as redes... Com 19 gols em 25 partidas, foi o artilheiro da UFL.

Os australianos do Adelaide United enviaram Mel Patzwald a Miami para conversar com Romário. Os dois descobriram algo em comum: Mel tem um filho com síndrome de Down, assim como Romário, que teve Ivy em março de 2005. Segundo Mel, o entendimento com Romário ficou mais fácil após a revelação: “Depois que começamos a falar sobre família, ele se sentiu confortável”. “A Mel estava em Miami para ver alguns jogos e começamos a conversar. Tudo aconteceu bem, então eu decidi topar”, afirma Romário.

TUPI OR NOT TUPI

POR LÉDIO CARMONA E LUÍS FERNANDO TINOCO

le, de novo. Aos 40 anos, Romário consegue ser notícia no Brasil mesmo estando do outro lado do mundo. Seus quatro jogos pelo Adelaide United, da Austrália — e o golzinho chorado no último deles — passaram ao vivo no canal Sportv. E quem já

ROMÁRIO, THE TEACHER

não deu seu palpite sobre sua obsessão antes de se aposentar — chegar aos 1 000 gols, segundo suas contas? Ele se despediu da terra dos cangurus no dia 15 de dezembro, mas vamos continuar querendo saber seus próximos passos. Conheça algumas passagens do Baixinho nesse périplo em busca do milhar.

Em outubro, Romário acertou com o Tupi. O objetivo era que o Baixinho participasse da Taça Minas Gerais. Uma empresa local ajudaria com o salário. O Baixinho chegou a treinar, mas a CBF não permitiu sua inscrição. O prazo para jogadores contratados do exterior se encerrara no dia 31 de agosto. Não deu certo, mas o Tupi se deu bem: jornais do mundo inteiro falaram da nova aventura do artilheiro.

DORMINDO NO AEROPORTO

VÁ TE QATAR Em 2003, Romário assinou contrato de três meses com o Al-Saad, do Qatar. Por 90 dias de “trabalho”, 1,5 milhão de euros (algo em torno de 4,5 milhões de reais). No clube, bateu de frente com o treinador. Participou de apenas três partidas, não marcou gols e foi barrado. Não jogou mais e ficou em Doha (capital do Qatar) para cumprir o contrato. “Doha é uma cidade linda. Vivo em um condomínio muito confortável. Jogo futebol para me divertir, futevôlei e também tênis. Fiz até um passeio de camelo. Como não estou jogando, aproveito para descansar muito. Estou de férias e ganhando dinheiro. Do que posso reclamar?”, disse.

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Não é fácil jogar por uma equipe da liga secundária do futebol dos Estados Unidos, a UFL. Acostumado a se hospedar em hotéis cinco-estrelas, Romário viveu uma dura experiência quando atuou pelo Miami, para onde foi em abril. Após uma partida contra o Vancouver, no Canadá (derrota de 4 x 1), a delegação não conseguiu a conexão desejada. Queria voltar para casa por Dallas e teve que ir a Nova York. Como o vôo só sairia na manhã seguinte, o grupo procurou algum lugar para passar a noite. Não havia vagas. Sem opções, a ordem foi voltar ao Aeroporto JFK. E todos dormiram no carpete. Até o Baixinho, que, juram, não se incomodou. “Ninguém pregou o olho, mas o Romário estava no maior bom humor”, diz o técnico Chiquinho de Assis.

JUSTIFICANDO O INVESTIMENTO O Baixinho foi inscrito como “jogador-convidado” no Campeonato Australiano. Por quatro partidas, ganhou 250 000 dólares. John Kosmina, técnico do time, estava exultante no início. “Vamos ajudar Romário a chegar aos 1 000 gols.” Só que o Baixinho só foi jogar alguma coisa na última partida, quando fez um gol. Após o terceiro jogo (empate de 1 x 1 contra o New Zealand Knights), Kosmina substituiu Romário. O artilheiro foi embora antes de a partida terminar. Programas esportivos passaram a debater a validade da contratação. A diretoria do Adelaide, criticada porque estaria só pensando no marketing, reagiu. Imagens de Romário treinando com os colegas foram publicadas no site oficial do clube. “Ele fez um grande trabalho, me fez pensar de forma diferente como abordar algumas situações de jogo e fez os outros jogadores pensarem o jogo de forma diferente”, disse Kosmina.

GATA, RATO, BALEIA E BATATA Romário levou para Adelaide a esposa Isabela, o personal trainer Marcelo Coutinho e os amigos Rato, Baleia e Batata. “A rede (de futevôlei) já está completa”, brincou. Em um passeio na praia, o grupo foi clicado por alguns fotógrafos. Como era véspera de jogo e Romário tinha escapado do treino após uma sessão leve de alongamentos, os jornais estamparam fotos do futevôlei e do namoro na praia criticando o Baixinho. “Cadê você, Romário sem-gols?”, perguntava um tablóide.

JOGA BOLA, CANGURU!

CARRÃO À DISPOSIÇÃO

Na sua estréia pelo Adelaide United, da Austrália, Romário percebeu que teria vida dura em campo. O time perdeu por 2 x 0 para o Central Coast Mariners. Cansado de esperar em vão por uma bola em condições de marcar, ele foi flagrado com a boca no trombone: “PQP! Burro pra cacete!” Sorte que seu companheiro de equipe não entendeu. Até sorriu...

Assim que chegou a Adelaide, Romário foi cercado de mordomias pelos australianos. Casa, claro, na praia. E, para rodar pela cidade, nas quatro árduas semanas que lá ficou, recebeu um carro BMW de luxo da empresa Adelaide Prestige, cujo proprietário é o ex-jogador local Tom Forde. “Tá maneiro”, agradeceu Romário. ✪

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QUEM FOI O CRAQUE

DO ANO ?

Os cartolas Fernando Carvalho, do Internacional, e Juvenal Juvêncio, do São Paulo, conduziram seus clubes com mão de ferro e fizeram (acreditem!) mais do que Fernandão e Rogério Ceni POR ARNALDO RIBEIRO E SÉRGIO XAVIER FILHO

Q

uem deu as cartas no futebol brasileiro em 2006 foram o Internacional e o São Paulo, certo? Mas o craque da temporada não veste a camisa vermelha ou a camisa tricolor. Aliás, não veste uniforme nem calça chuteira. Não é Fernandão nem Rogério Ceni. Os cartolas Fernando Carvalho e Juvenal Juvêncio foram os protagonistas do ano. Exagero?

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DESIGN RAMON E. MUNIZ ILUSTRAÇÕES BAPTISTÃO

Só para quem não os conhece nem trafega pelos bastidores dos dois principais clubes do futebol brasileiro no ano passado. Além de comandarem com mão de ferro os destinos dos clubes, montam pessoalmente os elencos, buscam entender a “alma” de seus atletas e palpitam muito na escalação das equipes — embora ambos neguem peremptoriamente quando os gravadores e microfones estão ligados...

Juvenal Juvêncio, fazendeiro criador de cavalos mangalarga, fumador de cachimbo, velho e astuto negociante, é o arquiteto do time do São Paulo que ganhou Estadual, Brasileiro, Libertadores e Mundial nos últimos dois anos. Vários técnicos passaram pelo clube e deixaram suas marcas nos últimos quatro anos. Cuca, Leão, Paulo Autuori e Muricy, todos eles, deram boas contribuições para o São Paulo ter se tornado uma potência futebolística. Mas, por trás deles, sempre esteve o atual presidente, que antes foi vice de futebol e, antes ainda, eminência parda. Juvenal prendeu e mandou soltar no Morumbi. Contratou e dispensou. Fabão, Danilo, Josué, Mineiro, Amoroso, Ricardo Oliveira? Homens dele. “Você precisa entender o mundo do jogador, falar a língua dele”, afirma Juvenal, que costuma presentear seus atletas mais queridos com cavalos de sua criação. A filosofia de manter comissão técnica, médicos, fisiologistas, observadores, independentemente do técnico que chegue? Coisa dele. Fernando Carvalho, que transpira futebol 24 horas por dia, é parecido. Pegou um Internacional que patinava na contabilidade e na classificação dos campeonatos e entregou a presidência em dezembro de 2006 com superávit, casa arrumada, estádio reformado e taças na sala de troféus. Quer dizer, entregou nada! Sem o cargo de presidente (o estatuto do clube o impede de ser reeleito), Carvalho terá tempo para fazer o que mais gosta, que é observar jogadores, contratar e dar seus pitacos no futebol — com essa “obra”, ele colocou o Inter como um dos mais sérios competidores do São Paulo, que antes via apenas Santos e Cruzeiro como rivais no assédio aos principais jogadores do país. Abel Braga conhece a fera e parece não se incomodar com a interferência que é feita com elegância e sabedoria. Quem não gosta de um palpite quando ele funciona? Por exemplo: depois da perda do Gauchão para o rival Grêmio em pleno Beira-Rio, Carvalho chamou Abelão para uma conversa e, em outras palavras, pediu (ou exigiu) que ele voltasse a escalar o “time do Muricy”, com os jogadores que foram vice-campeões brasileiros em 2005, na seqüência da Copa Libertadores. Deu certo... Fernando Carvalho e Juvenal Juvêncio têm isso em comum: eles entendem de futebol como poucos. E “poucos”, nesse caso não são apenas dirigentes. Técnicos, auxiliares, olheiros também estão incluídos. “Os dois são os melhores do Brasil, mas são diferentes. Juvenal confia muito nas poucas pessoas que o cercam, e Fernando faz tudo pessoalmente. Ele é o olho clínico do Inter”, afirma Marcel Figer, um dos empresários mais influentes do futebol brasileiro. Os presidentes do Internacional e do São Paulo dividiram os troféus, as glórias, os jogadores... Qual deles é o melhor? Pergunta complicada que Placar tenta responder mostrando ao lado as principais “bolas divididas” entre os k dois e determinando quem levou cada uma delas.

AS BOLAS DIVIDIDAS Fernando Carvalho e Juvenal Juvêncio duelaram em diversas oportunidades desde o início da temporada. O saldo é equilibrado e o pega promete ser ainda maior em 2007. Confira quem levou a melhor até agora:

MURICY Muricy queria voltar a morar em sua cidade e retornar por cima ao clube que o dispensou em 1997. Por isso, as tentativas do Inter de mantê-lo no Beira-Rio sucumbiram logo que a primeira sondagem chegou do Morumbi, na virada de 2005 para 2006.

VENCEDOR: SÃO PAULO

ELDER GRANJA O São Paulo tentou durante meses encontrar um substituto para Cicinho. Granja, que virou lateral pelas mãos de Muricy, foi assediado e (juntamente com seu empresário) ficou seduzido. Fernando Carvalho endureceu o jogo, colocou o jogador contra a parede, e ele ficou. Depois, machucou-se e praticamente não jogou durante a temporada.

VENCEDOR: INTER

RICARDO OLIVEIRA O São Paulo precisava da autorização do Betis para prorrogar o contrato de Ricardo Oliveira por mais uma semana e permitir que ele disputasse a decisão da Libertadores. Fernando Carvalho, adversário do Tricolor na decisão, como quem não quer nada, enviou um fax ao Betis, alertando que o clube poderia sofrer uma sanção da Fifa caso prorrogasse o empréstimo do jogador por um período inferior a três meses. Ressabiados, os espanhóis se recusaram a atender aos apelos do jogador e do São Paulo. “Temos indícios de que o caso do Ricardo Oliveira pode ter tido ‘mão de gato’, mas não temos como comprovar”, afirma o diretor do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes.

VENCEDOR: INTER

MINEIRO Fernando Carvalho sempre considerou o jogador o único substituto à altura de Tinga, negociado no fim da Libertadores com o Borussia Dormund. Sabendo que o contrato de Mineiro se encerrava em dezembro passado, sondou o jogador. Mineiro disse que gostaria de jogar no exterior, mas que, se ficasse no Brasil, continuaria no São Paulo.

VENCEDOR: SÃO PAULO

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QUEM FOI O CRAQUE

DO ANO ?

Os cartolas Fernando Carvalho, do Internacional, e Juvenal Juvêncio, do São Paulo, conduziram seus clubes com mão de ferro e fizeram (acreditem!) mais do que Fernandão e Rogério Ceni POR ARNALDO RIBEIRO E SÉRGIO XAVIER FILHO

Q

uem deu as cartas no futebol brasileiro em 2006 foram o Internacional e o São Paulo, certo? Mas o craque da temporada não veste a camisa vermelha ou a camisa tricolor. Aliás, não veste uniforme nem calça chuteira. Não é Fernandão nem Rogério Ceni. Os cartolas Fernando Carvalho e Juvenal Juvêncio foram os protagonistas do ano. Exagero?

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DESIGN RAMON E. MUNIZ ILUSTRAÇÕES BAPTISTÃO

Só para quem não os conhece nem trafega pelos bastidores dos dois principais clubes do futebol brasileiro no ano passado. Além de comandarem com mão de ferro os destinos dos clubes, montam pessoalmente os elencos, buscam entender a “alma” de seus atletas e palpitam muito na escalação das equipes — embora ambos neguem peremptoriamente quando os gravadores e microfones estão ligados...

Juvenal Juvêncio, fazendeiro criador de cavalos mangalarga, fumador de cachimbo, velho e astuto negociante, é o arquiteto do time do São Paulo que ganhou Estadual, Brasileiro, Libertadores e Mundial nos últimos dois anos. Vários técnicos passaram pelo clube e deixaram suas marcas nos últimos quatro anos. Cuca, Leão, Paulo Autuori e Muricy, todos eles, deram boas contribuições para o São Paulo ter se tornado uma potência futebolística. Mas, por trás deles, sempre esteve o atual presidente, que antes foi vice de futebol e, antes ainda, eminência parda. Juvenal prendeu e mandou soltar no Morumbi. Contratou e dispensou. Fabão, Danilo, Josué, Mineiro, Amoroso, Ricardo Oliveira? Homens dele. “Você precisa entender o mundo do jogador, falar a língua dele”, afirma Juvenal, que costuma presentear seus atletas mais queridos com cavalos de sua criação. A filosofia de manter comissão técnica, médicos, fisiologistas, observadores, independentemente do técnico que chegue? Coisa dele. Fernando Carvalho, que transpira futebol 24 horas por dia, é parecido. Pegou um Internacional que patinava na contabilidade e na classificação dos campeonatos e entregou a presidência em dezembro de 2006 com superávit, casa arrumada, estádio reformado e taças na sala de troféus. Quer dizer, entregou nada! Sem o cargo de presidente (o estatuto do clube o impede de ser reeleito), Carvalho terá tempo para fazer o que mais gosta, que é observar jogadores, contratar e dar seus pitacos no futebol — com essa “obra”, ele colocou o Inter como um dos mais sérios competidores do São Paulo, que antes via apenas Santos e Cruzeiro como rivais no assédio aos principais jogadores do país. Abel Braga conhece a fera e parece não se incomodar com a interferência que é feita com elegância e sabedoria. Quem não gosta de um palpite quando ele funciona? Por exemplo: depois da perda do Gauchão para o rival Grêmio em pleno Beira-Rio, Carvalho chamou Abelão para uma conversa e, em outras palavras, pediu (ou exigiu) que ele voltasse a escalar o “time do Muricy”, com os jogadores que foram vice-campeões brasileiros em 2005, na seqüência da Copa Libertadores. Deu certo... Fernando Carvalho e Juvenal Juvêncio têm isso em comum: eles entendem de futebol como poucos. E “poucos”, nesse caso não são apenas dirigentes. Técnicos, auxiliares, olheiros também estão incluídos. “Os dois são os melhores do Brasil, mas são diferentes. Juvenal confia muito nas poucas pessoas que o cercam, e Fernando faz tudo pessoalmente. Ele é o olho clínico do Inter”, afirma Marcel Figer, um dos empresários mais influentes do futebol brasileiro. Os presidentes do Internacional e do São Paulo dividiram os troféus, as glórias, os jogadores... Qual deles é o melhor? Pergunta complicada que Placar tenta responder mostrando ao lado as principais “bolas divididas” entre os k dois e determinando quem levou cada uma delas.

AS BOLAS DIVIDIDAS Fernando Carvalho e Juvenal Juvêncio duelaram em diversas oportunidades desde o início da temporada. O saldo é equilibrado e o pega promete ser ainda maior em 2007. Confira quem levou a melhor até agora:

MURICY Muricy queria voltar a morar em sua cidade e retornar por cima ao clube que o dispensou em 1997. Por isso, as tentativas do Inter de mantê-lo no Beira-Rio sucumbiram logo que a primeira sondagem chegou do Morumbi, na virada de 2005 para 2006.

VENCEDOR: SÃO PAULO

ELDER GRANJA O São Paulo tentou durante meses encontrar um substituto para Cicinho. Granja, que virou lateral pelas mãos de Muricy, foi assediado e (juntamente com seu empresário) ficou seduzido. Fernando Carvalho endureceu o jogo, colocou o jogador contra a parede, e ele ficou. Depois, machucou-se e praticamente não jogou durante a temporada.

VENCEDOR: INTER

RICARDO OLIVEIRA O São Paulo precisava da autorização do Betis para prorrogar o contrato de Ricardo Oliveira por mais uma semana e permitir que ele disputasse a decisão da Libertadores. Fernando Carvalho, adversário do Tricolor na decisão, como quem não quer nada, enviou um fax ao Betis, alertando que o clube poderia sofrer uma sanção da Fifa caso prorrogasse o empréstimo do jogador por um período inferior a três meses. Ressabiados, os espanhóis se recusaram a atender aos apelos do jogador e do São Paulo. “Temos indícios de que o caso do Ricardo Oliveira pode ter tido ‘mão de gato’, mas não temos como comprovar”, afirma o diretor do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes.

VENCEDOR: INTER

MINEIRO Fernando Carvalho sempre considerou o jogador o único substituto à altura de Tinga, negociado no fim da Libertadores com o Borussia Dormund. Sabendo que o contrato de Mineiro se encerrava em dezembro passado, sondou o jogador. Mineiro disse que gostaria de jogar no exterior, mas que, se ficasse no Brasil, continuaria no São Paulo.

VENCEDOR: SÃO PAULO

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DUELO DE TITÃS

MIRANDA

CARLOS ALBERTO

O site do Sochaux, da França, já havia anunciado em seu site: Miranda seria emprestado ao Inter. O São Paulo soube por meio de seus contatos na França e pelo representante do jogador, o empresário Juan Figer. Antes que assinasse contrato com o Colorado, ligaram para o atleta e o convenceram a jogar pelo clube. Segundo dirigentes são-paulinos, Miranda assinou com o clube por menos do que ganharia no Internacional.

O mais novo gato do futebol brasileiro estava na mira do São Paulo há algum tempo. O interesse virou obsessão quando os dirigentes são-paulinos souberam pela imprensa que o jogador estava perto do Inter. Rapidamente, assinaram um contrato com o jogador. Mas o escândalo da adulteração da idade pôs tudo a perder. Carlos Alberto foi suspenso, e os dois clubes ficaram a ver navios.

VENCEDOR: SÃO PAULO

VENCEDOR: EMPATE

PATO

DAGOBERTO

Fernando Carvalho não deixou o garoto jogar pelo time profissional até seu empresário concordar em renovar seu contrato por mais três anos. Ele não queria colocar o garoto na vitrine e perdê-lo a preço de banana para o mais novo rival: o São Paulo. E assim foi: Pato só estreou, contra o Palmeiras, pouco antes do Mundial, quando aceitou assinar até dezembro de 2009. Os dirigentes do São Paulo alegam que nem conheciam o jogador e não tinha interesse nele.

O São Paulo sonha com o jogador há anos. Juvenal assumiu as negociações e passou a conversar diariamente com Mário Celso Petraglia, o homem forte do Atlético-PR, seu desafeto. Sabendo que a relação entre os dois clubes é ruim, Fernando Carvalho entrou na parada e pediu para Petraglia não negociar o jogadores antes de ouvir sua proposta, que seria dada após a decisão do Mundial de Clubes, no Japão. O Atlético-PR concordou em aguardar. Quem levará a melhor agora?

VENCEDOR: INTER

VENCEDOR: ???

RESULTADO FINAL: EMPATE INTER 3 X 3 SÃO PAULO

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RANKING PLACAR

CINTURÃO São Paulo comemora o título brasileiro: 15 pontos que garantiram a liderança do ranking

MANTIDO Em 2006,o Internacional foi quem mais pontuou,o Paraná quem mais subiu, e o Flamengo até chegou a liderar por alguns meses. Mas a conquista do Brasileirão bastou para manter o São Paulo na ponta do Ranking Placar POR GIAN ODDI

DESIGN ROGÉRIO ANDRADE

uando o árbitro Carlos Eugênio Símon apitou o fim da partida Vasco 0 x 1 Flamengo, na decisão da Copa do Brasil de 2006, dia 26 de julho, no Maracanã, o rubro-negro carioca voltava provisoriamente à liderança do Ranking Placar. Liderança que havia perdido para o São Paulo meses antes, por conta da conquista do Mundial de Clubes de 2005 pelo tricolor paulista. O retorno carioca ao topo, contudo, durou pouco. Menos de quatro meses mais tarde, no dia 19 de novembro, Muricy Ramalho e seus comandados vibravam no Morumbi com a conquista do tetracampeonato brasileiro. Com mais esses 15 pontos no ranking, o tricolor passou a somar 342 e voltou a superar o Flamengo, desta vez em 12 pontos — no fim de 2005, a vantak gem paulista era de nove.

Q ©FOTO RENATO PIZZUTTO

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CINTURÃO São Paulo comemora o título brasileiro: 15 pontos que garantiram a liderança do ranking

MANTIDO Em 2006,o Internacional foi quem mais pontuou,o Paraná quem mais subiu, e o Flamengo até chegou a liderar por alguns meses. Mas a conquista do Brasileirão bastou para manter o São Paulo na ponta do Ranking Placar POR GIAN ODDI

DESIGN ROGÉRIO ANDRADE

uando o árbitro Carlos Eugênio Símon apitou o fim da partida Vasco 0 x 1 Flamengo, na decisão da Copa do Brasil de 2006, dia 26 de julho, no Maracanã, o rubro-negro carioca voltava provisoriamente à liderança do Ranking Placar. Liderança que havia perdido para o São Paulo meses antes, por conta da conquista do Mundial de Clubes de 2005 pelo tricolor paulista. O retorno carioca ao topo, contudo, durou pouco. Menos de quatro meses mais tarde, no dia 19 de novembro, Muricy Ramalho e seus comandados vibravam no Morumbi com a conquista do tetracampeonato brasileiro. Com mais esses 15 pontos no ranking, o tricolor passou a somar 342 e voltou a superar o Flamengo, desta vez em 12 pontos — no fim de 2005, a vantak gem paulista era de nove.

Q ©FOTO RENATO PIZZUTTO

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RANKING PLACAR

©1

São Paulo

Palmeiras

TOTAL DE PONTOS

342

3 Mundiais (1992, 93 e 2005)

75

1 Libertadores (1999)

20

3 Libertadores (1992, 93 e 2005)

60

4 Brasileiros (1972, 73, 93 e 94)

60

4 Brasileiros (1977, 86, 91 e 2006)

60

2 Robertões (1967 e 69)

30

1 Supercopa da Libertadores (1993)

10

1 Copa do Brasil (1998)

12

2 Taças Brasil (1960 e 67)

24

20 Estaduais (1943, 45, 46, 48, 49, 53, 57, 70, 71

1 Copa Mercosul (1998)

10

75, 80, 81, 85, 87, 89, 91, 92, 98, 2000 e 05) 120

21 Estaduais (1920, 26, 27, 32, 33, 34, 36,

1 Supercampeonato Paulista (2002)

6

40, 42, 44, 47, 50, 59, 63, 66, 72, 74, 76,

1 Torneio Rio-SP (2001)

4

93, 94 e 96)

1 Copa Conmebol (1994)

7

TOTAL DE PONTOS

309

126

5 Torneios Rio-SP (1933, 51, 65, 93 e 2000)

Flamengo 330

TOTAL DE PONTOS

20

1 Copa dos Campeões (2000)

4

1 Brasileiro série B (2003)

3

Corinthians e o Mundial de Clubes: pontuação máxima em 2000

1 Mundial (1981)

25

1 Libertadores (1981)

20

5 Brasileiros (1980, 82, 83, 87 e 92)

75

2 Copas do Brasil (1990 e 2006)

24

1 Mundial (1983)

25

1 Copa Mercosul (1999)

10

Grêmio TOTAL DE PONTOS

286

2 Libertadores (1983 e 95)

40

28 Estaduais (1914, 15, 20, 21, 25, 27, 39, 42,

2 Brasileiros (1981 e 96)

30

43, 44, 53, 54, 55, 63, 65, 72, 74, 78, 79, 79 Esp.,

4 Copas do Brasil (1989, 94, 97 e 2001)

48

81, 86, 91, 96, 99, 2000, 01 e 04)

1 Copa Sul (1999)

168

4

1 Torneio Rio-SP (1961)

4

34 Estaduais (1921, 22, 26, 31, 32, 46, 49, 56, 57,

1 Copa dos Campeões (2001)

4

58, 59, 60, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 77, 79, 80, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 93, 95, 96, 99, 2001 e 06) 136

©1

Se no fim do ano passado o Flamengo viu aumentar em pontos sua desvantagem para o líder São Paulo, o clube carioca pelo menos consolidou-se na segunda colocação do ranking: o terceiro colocado Santos, que ganhou seis pontos em 2006 graças à conquista do Campeonato Paulista, mesmo assim viu crescer de seis para 12 pontos sua distância em relação aos cariocas. A exemplo dos três primeiros, o quarto colocado Palmeiras (que de novo nada ganhou) e o quinto Grêmio também não mudaram de posição, embora os gaúchos tenham se aproximado dos paulistas com a vitória no campeonato estadual. O Corinthians, sexto no ranking do ano passado e que passou em branco durante 2006, continua no mesmo lugar, mas conta agora com a companhia do Cruzeiro, o vencedor do último Campeonato Mineiro. Mas o time que mais somou pontos no ranking durante o ano passado não está no G-8, o grupo dos oito primeiros colocados, que conta também com o Vasco da Gama. O “campeão” de 2006 foi o Internacional, único time que somou pontos em mais de um torneio. Vencedor da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes, as duas competições 5 0 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

Fla na Copa do Brasil: líder por quase quatro meses em 2006

mais valiosas segundo os critérios do Ranking Placar, o Colorado pulou de 205 para 250 pontos e ganhou uma posição, superando o agora décimo colocado Fluminense. Embora tenha conquistado mais pontos que qualquer outro time do ranking, o Internacional não foi o clube que mais subiu na classificação entre os top 50. Esse posto cabe ao jovem Paraná Clube, que com a conquista de seu sétimo título estadual ganhou mais três pontos e saltou da 46ª para a 40ª colocação (ao lado do Avaí), ultrapassando assim nove times: Ferroviário-PR, Tuna Luso, Joinville, Rio Branco-AC, CRB, River-PI, Botafogo-PB, PortuguesaSP e o extinto São Paulo Athletic. Depois deles, vale ressaltar a entrada de sete novos clubes para o Ranking Placar: Adesg-AC, Coruripe-AL, ColoColo-BA, Coxim-MS, Baraúnas-RN, Pirambu-SE e Araguaína-TO ganharam pela primeira vez um campeonato na primeira divisão de seus estados. Com isso, estréiam na relação dos agora 342 clubes (extintos ou não) que escreveram pelo menos um capítulo, ainda que pequeno, na história dos títulos do futebol brasileiro. ©1 DARYAN DORNELLES ©2 EUGÊNIO SÁVIO ©3 ALEXANDRE BATTIBUGLI

1 Brasileiro Série B (2005)

Santos

3

318

TOTAL DE PONTOS

2 Mundiais (1962 e 63)

50

2 Libertadores (1962 e 63)

40

2 Brasileiros (2002 e 2004)

30

1 Robertão (1968)

15

5 Taças Brasil (1961, 62, 63, 64 e 65) 1 Copa Conmebol (1998)

60 7

Corinthians TOTAL DE PONTOS

279

1 Mundial da Fifa (2000)

25

4 Brasileiros (1990, 98, 99 e 2005)

60

2 Copas do Brasil (1995 e 2002)

24

25 Estaduais (1914, 16, 22, 23, 24, 28, 29, 30,

16 Estaduais (1935, 55, 56, 58, 60, 61, 62, 64, 65, 67, 68, 69, 73, 78, 84 e 2006)

96

5 Torneios Rio-SP (1959, 63, 64, 66 e 97)

20

95, 97, 99, 2001 e 03)

©2

150 20

Cruzeiro TOTAL DE PONTOS

O valor de cada título Em 2006, o Internacional foi quem mais somou pontos: 20 pela Copa Libertadores e mais 25 pelo Mundial de Clubes da Fifa ▼ Pontos por torneio conquistado Mundial da Fifa e Mundial Interclubes

25

Copa Libertadores e Torneio Sul-Americano dos Campeões

20

Campeonato Brasileiro e Robertão

15

Copa do Brasil e Taça Brasil

12

Copa Mercosul, Supercopa da Libertadores e Copa Sul-Americana

10

Copa Conmebol

7

Campeonatos Paulista e Carioca

6

Torneio Rio-São Paulo, Campeonatos Mineiro e Gaúcho, Copas Sul, Sul-Minas, Centro-Oeste, Nordeste e Norte-Nordeste*,

37, 38, 39, 41, 51, 52, 54, 77, 79, 82, 83, 88, 5 Torneios Rio-SP (1950, 53, 54, 66 e 2002)

Cruzeiro: agora ao lado do Corinthians

©3

Campeonato do Nordeste e Copa dos Campeões

4

Campeonatos Paranaense, Baiano, Pernambucano e série B

3

Campeonatos Catarinense, Cearense, Goiano, Paraense e Copa Norte

2

Demais Estaduais e série C**

1 * Apenas as edições de 1968, 69 e 70

279

2 Libertadores (1976 e 97)

40

▼ Quem pontuou em 2006

1 Brasileiro (2003)

15

Internacional

45

4 Copas do Brasil (1993, 96, 2000 e 03)

48

São Paulo

15

1 Taça Brasil (1966)

12

Flamengo

12

2 Supercopas da Libertadores (1991 e 92)

20

Botafogo e Santos

6

2 Copas Sul-Minas (2001 e 02)

8

Cruzeiro e Grêmio

4

1 Copa Centro-Oeste (1999)

4

Atlético-MG, Colo-Colo-BA, Paraná e Sport

3

32 Estaduais (1928, 29, 30, 40, 43, 44, 45, 56, 59,

Figueirense, Ceará, Goiás, Paysandu

2

60, 61, 65, 66, 67, 68, 69, 72, 73, 74, 75, 77, 84,

Adesg-AC, Araguaína-TO, Baraúnas-RN, Baré-RR, Brasiliense-DF,

87, 90, 92, 94, 96, 97, 98, 2003, 04 e 06)

Coruripe-AL, Coxim-MS, Cricúma-SC, Ji-Paraná-RO, São José-AP,

1 Supercampeonato Mineiro (2002)

128 4

São Raimundo-AM, Operário-MT, Pirambu-SE, Treze-PB, Vitória-ES

1

J A N E I R 0 ★ 2 0 0 7 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ 5 1


PL1302 RANKING

12/18/06

4:11 PM

Page 50

RANKING PLACAR

©1

São Paulo

Palmeiras

TOTAL DE PONTOS

342

3 Mundiais (1992, 93 e 2005)

75

1 Libertadores (1999)

20

3 Libertadores (1992, 93 e 2005)

60

4 Brasileiros (1972, 73, 93 e 94)

60

4 Brasileiros (1977, 86, 91 e 2006)

60

2 Robertões (1967 e 69)

30

1 Supercopa da Libertadores (1993)

10

1 Copa do Brasil (1998)

12

2 Taças Brasil (1960 e 67)

24

20 Estaduais (1943, 45, 46, 48, 49, 53, 57, 70, 71

1 Copa Mercosul (1998)

10

75, 80, 81, 85, 87, 89, 91, 92, 98, 2000 e 05) 120

21 Estaduais (1920, 26, 27, 32, 33, 34, 36,

1 Supercampeonato Paulista (2002)

6

40, 42, 44, 47, 50, 59, 63, 66, 72, 74, 76,

1 Torneio Rio-SP (2001)

4

93, 94 e 96)

1 Copa Conmebol (1994)

7

TOTAL DE PONTOS

309

126

5 Torneios Rio-SP (1933, 51, 65, 93 e 2000)

Flamengo 330

TOTAL DE PONTOS

20

1 Copa dos Campeões (2000)

4

1 Brasileiro série B (2003)

3

Corinthians e o Mundial de Clubes: pontuação máxima em 2000

1 Mundial (1981)

25

1 Libertadores (1981)

20

5 Brasileiros (1980, 82, 83, 87 e 92)

75

2 Copas do Brasil (1990 e 2006)

24

1 Mundial (1983)

25

1 Copa Mercosul (1999)

10

Grêmio TOTAL DE PONTOS

286

2 Libertadores (1983 e 95)

40

28 Estaduais (1914, 15, 20, 21, 25, 27, 39, 42,

2 Brasileiros (1981 e 96)

30

43, 44, 53, 54, 55, 63, 65, 72, 74, 78, 79, 79 Esp.,

4 Copas do Brasil (1989, 94, 97 e 2001)

48

81, 86, 91, 96, 99, 2000, 01 e 04)

1 Copa Sul (1999)

168

4

1 Torneio Rio-SP (1961)

4

34 Estaduais (1921, 22, 26, 31, 32, 46, 49, 56, 57,

1 Copa dos Campeões (2001)

4

58, 59, 60, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 77, 79, 80, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 93, 95, 96, 99, 2001 e 06) 136

©1

Se no fim do ano passado o Flamengo viu aumentar em pontos sua desvantagem para o líder São Paulo, o clube carioca pelo menos consolidou-se na segunda colocação do ranking: o terceiro colocado Santos, que ganhou seis pontos em 2006 graças à conquista do Campeonato Paulista, mesmo assim viu crescer de seis para 12 pontos sua distância em relação aos cariocas. A exemplo dos três primeiros, o quarto colocado Palmeiras (que de novo nada ganhou) e o quinto Grêmio também não mudaram de posição, embora os gaúchos tenham se aproximado dos paulistas com a vitória no campeonato estadual. O Corinthians, sexto no ranking do ano passado e que passou em branco durante 2006, continua no mesmo lugar, mas conta agora com a companhia do Cruzeiro, o vencedor do último Campeonato Mineiro. Mas o time que mais somou pontos no ranking durante o ano passado não está no G-8, o grupo dos oito primeiros colocados, que conta também com o Vasco da Gama. O “campeão” de 2006 foi o Internacional, único time que somou pontos em mais de um torneio. Vencedor da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes, as duas competições 5 0 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

Fla na Copa do Brasil: líder por quase quatro meses em 2006

mais valiosas segundo os critérios do Ranking Placar, o Colorado pulou de 205 para 250 pontos e ganhou uma posição, superando o agora décimo colocado Fluminense. Embora tenha conquistado mais pontos que qualquer outro time do ranking, o Internacional não foi o clube que mais subiu na classificação entre os top 50. Esse posto cabe ao jovem Paraná Clube, que com a conquista de seu sétimo título estadual ganhou mais três pontos e saltou da 46ª para a 40ª colocação (ao lado do Avaí), ultrapassando assim nove times: Ferroviário-PR, Tuna Luso, Joinville, Rio Branco-AC, CRB, River-PI, Botafogo-PB, PortuguesaSP e o extinto São Paulo Athletic. Depois deles, vale ressaltar a entrada de sete novos clubes para o Ranking Placar: Adesg-AC, Coruripe-AL, ColoColo-BA, Coxim-MS, Baraúnas-RN, Pirambu-SE e Araguaína-TO ganharam pela primeira vez um campeonato na primeira divisão de seus estados. Com isso, estréiam na relação dos agora 342 clubes (extintos ou não) que escreveram pelo menos um capítulo, ainda que pequeno, na história dos títulos do futebol brasileiro. ©1 DARYAN DORNELLES ©2 EUGÊNIO SÁVIO ©3 ALEXANDRE BATTIBUGLI

1 Brasileiro Série B (2005)

Santos

3

318

TOTAL DE PONTOS

2 Mundiais (1962 e 63)

50

2 Libertadores (1962 e 63)

40

2 Brasileiros (2002 e 2004)

30

1 Robertão (1968)

15

5 Taças Brasil (1961, 62, 63, 64 e 65) 1 Copa Conmebol (1998)

60 7

Corinthians TOTAL DE PONTOS

279

1 Mundial da Fifa (2000)

25

4 Brasileiros (1990, 98, 99 e 2005)

60

2 Copas do Brasil (1995 e 2002)

24

25 Estaduais (1914, 16, 22, 23, 24, 28, 29, 30,

16 Estaduais (1935, 55, 56, 58, 60, 61, 62, 64, 65, 67, 68, 69, 73, 78, 84 e 2006)

96

5 Torneios Rio-SP (1959, 63, 64, 66 e 97)

20

95, 97, 99, 2001 e 03)

©2

150 20

Cruzeiro TOTAL DE PONTOS

O valor de cada título Em 2006, o Internacional foi quem mais somou pontos: 20 pela Copa Libertadores e mais 25 pelo Mundial de Clubes da Fifa ▼ Pontos por torneio conquistado Mundial da Fifa e Mundial Interclubes

25

Copa Libertadores e Torneio Sul-Americano dos Campeões

20

Campeonato Brasileiro e Robertão

15

Copa do Brasil e Taça Brasil

12

Copa Mercosul, Supercopa da Libertadores e Copa Sul-Americana

10

Copa Conmebol

7

Campeonatos Paulista e Carioca

6

Torneio Rio-São Paulo, Campeonatos Mineiro e Gaúcho, Copas Sul, Sul-Minas, Centro-Oeste, Nordeste e Norte-Nordeste*,

37, 38, 39, 41, 51, 52, 54, 77, 79, 82, 83, 88, 5 Torneios Rio-SP (1950, 53, 54, 66 e 2002)

Cruzeiro: agora ao lado do Corinthians

©3

Campeonato do Nordeste e Copa dos Campeões

4

Campeonatos Paranaense, Baiano, Pernambucano e série B

3

Campeonatos Catarinense, Cearense, Goiano, Paraense e Copa Norte

2

Demais Estaduais e série C**

1 * Apenas as edições de 1968, 69 e 70

279

2 Libertadores (1976 e 97)

40

▼ Quem pontuou em 2006

1 Brasileiro (2003)

15

Internacional

45

4 Copas do Brasil (1993, 96, 2000 e 03)

48

São Paulo

15

1 Taça Brasil (1966)

12

Flamengo

12

2 Supercopas da Libertadores (1991 e 92)

20

Botafogo e Santos

6

2 Copas Sul-Minas (2001 e 02)

8

Cruzeiro e Grêmio

4

1 Copa Centro-Oeste (1999)

4

Atlético-MG, Colo-Colo-BA, Paraná e Sport

3

32 Estaduais (1928, 29, 30, 40, 43, 44, 45, 56, 59,

Figueirense, Ceará, Goiás, Paysandu

2

60, 61, 65, 66, 67, 68, 69, 72, 73, 74, 75, 77, 84,

Adesg-AC, Araguaína-TO, Baraúnas-RN, Baré-RR, Brasiliense-DF,

87, 90, 92, 94, 96, 97, 98, 2003, 04 e 06)

Coruripe-AL, Coxim-MS, Cricúma-SC, Ji-Paraná-RO, São José-AP,

1 Supercampeonato Mineiro (2002)

128 4

São Raimundo-AM, Operário-MT, Pirambu-SE, Treze-PB, Vitória-ES

1

J A N E I R 0 ★ 2 0 0 7 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ 5 1


PL1302 RANKING

12/18/06

4:25 PM

Page 52

RANKING PLACAR

Vasco TOTAL DE PONTOS

254

10º

Fluminense TOTAL DE PONTOS

219

1 Libertadores (1998)

20

1 Brasileiro (1984)

15

1 Torneio Sul-Americano (1948)

20

1 Robertão (1970)

15

4 Brasileiros (1974, 89, 97 e 2000)

60

30 Estaduais (1906, 07, 08, 09, 11, 17, 18, 19,

1 Copa Mercosul (2000)

10

24, 36, 37, 38, 40, 41, 46, 51, 59, 64, 69, 71,73,

No Ranking Placar publicado no começo do ano passado, divi-

2 Torneios Rio-SP (1957 e 60)

8

dimos os pontos dos clubes de acordo com seus estados —

1 Brasileiro série C (1999)

1

deixando de fora os campeonatos estaduais, que têm pesos

75, 76, 80, 83, 84, 85, 95, 2002 e 05)

50, 52, 56, 58, 70, 77, 82, 87, 88, 92, 93, 94, 98, 2003) 3 Torneios Rio-SP (1958, 66 e 99)

12

11º

Internacional TOTAL DE PONTOS

250

gaúcha

180

22 Estaduais (1923, 24, 29, 34, 36, 45, 47, 49, 132

Subidinha

diferentes e causariam distorção beneficiando as equipes que

Atlético-MG TOTAL DE PONTOS

184

disputam os torneios de maior valor. Mesmo assim, o resulta-

1 Brasileiro (1971)

15

do foi um banho do estado de São Paulo, que abocanhou

14

quase metade dos pontos de torneios internacionais, nacio-

1 Mundial (2006)

25

2 Copas Conmebol (1992 e 97)

1 Libertadores (2006)

20

38 Estaduais (1915, 26, 27, 31, 32, 36, 38, 39,

3 Brasileiros (1975, 76 e 79)

45

41, 42, 46, 47, 49, 50, 52, 53, 54, 55, 56, 58,

1 Copa do Brasil (1992)

12

62, 63, 70, 76, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 85, 86,

nais ou regionais: 45%. A conquista do Brasileirão pelo São Paulo bastou para que esse percentual fosse mantido. Aliás,

37 Estaduais (1927, 34, 40, 41, 42, 43, 44, 45,

88, 89, 91, 95, 99 e 2000)

152

os números do “ranking regional” publicado em 2006 sofre-

47, 48, 50, 51, 52, 53, 55, 61, 69, 70, 71, 72,

1 Brasileiro série B (2006)

3

ram só uma pequena alteração: com as vitórias do Inter na

73, 74, 75, 76, 78, 81, 82, 83, 84, 91, 92, 94,

97, 2002, 03, 04 e 05)

Jogadores do Inter exibem troféu do Mundial em Yokohama: maior conquista da história do clube

148

12º

Libertadores e no Mundial, os gaúchos passam a somar 14%

Bahia TOTAL DE PONTOS

164

1 Brasileiro (1988)

15

caíram, respectivamente, de 11% para 10% e de 3% para 2%.

1 Taça Brasil (1959)

12

Nem mesmo os três pontos conquistados pelo Atlético na

8

série B impediram a queda dos mineiros. Além de São Paulo,

2 Copas Nordeste (2001 e 02) 43 Estaduais (1931, 33, 34, 36, 38, 40, 44, 45,

Atlético-MG festeja conquista da série B: três pontos não alteraram colocação no ranking

dos pontos, e não mais 12%. Com isso, Minas Gerais e Paraná

47, 48, 49, 50, 52, 54, 56, 58, 59, 60, 61, 62,

Minas e Rio Grande do Sul, somente Santa Catarina ganhou um

67, 70, 71, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 81, 82, 83,

pontinho nesse ranking, graças ao título conquistado pelo

84, 86, 87, 88, 91, 93, 94, 98, 99 e 2001)

Criciúma na série C do Campeonato Brasileiro.

129

▼ Pontos/estado* São Paulo

827

Rio de Janeiro

378

Rio Grande do Sul

267

Minas Gerais

196

Bahia

50

Paraná

46

Outros

115

*Excluídos os Campeonatos Estaduais

▼ Ranking/estado

•• •• •• •

SÃO PAULO RIO DE JANEIRO RIO GRANDE DO SUL MINAS GERAIS BAHIA PARANÁ OUTROS

▼ Os 10 melhores*

©1

©2

Santos

222

São Paulo

216

Palmeiras

183

Flamengo

162

Cruzeiro

151

Grêmio

150

Corinthians

129

Vasco

122

Internacional

102

Botafogo

50

45 20 6 10 2

3

14

em %

*Excluídos os Campeonatos Estaduais

5 2 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

©1 PIER GIAVELLI ©2 PAULO FONSECA

J A N E I R 0 ★ 2 0 0 7 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ 5 3


PL1302 RANKING

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RANKING PLACAR

Vasco TOTAL DE PONTOS

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10º

Fluminense TOTAL DE PONTOS

219

1 Libertadores (1998)

20

1 Brasileiro (1984)

15

1 Torneio Sul-Americano (1948)

20

1 Robertão (1970)

15

4 Brasileiros (1974, 89, 97 e 2000)

60

30 Estaduais (1906, 07, 08, 09, 11, 17, 18, 19,

1 Copa Mercosul (2000)

10

24, 36, 37, 38, 40, 41, 46, 51, 59, 64, 69, 71,73,

No Ranking Placar publicado no começo do ano passado, divi-

2 Torneios Rio-SP (1957 e 60)

8

dimos os pontos dos clubes de acordo com seus estados —

1 Brasileiro série C (1999)

1

deixando de fora os campeonatos estaduais, que têm pesos

75, 76, 80, 83, 84, 85, 95, 2002 e 05)

50, 52, 56, 58, 70, 77, 82, 87, 88, 92, 93, 94, 98, 2003) 3 Torneios Rio-SP (1958, 66 e 99)

12

11º

Internacional TOTAL DE PONTOS

250

gaúcha

180

22 Estaduais (1923, 24, 29, 34, 36, 45, 47, 49, 132

Subidinha

diferentes e causariam distorção beneficiando as equipes que

Atlético-MG TOTAL DE PONTOS

184

disputam os torneios de maior valor. Mesmo assim, o resulta-

1 Brasileiro (1971)

15

do foi um banho do estado de São Paulo, que abocanhou

14

quase metade dos pontos de torneios internacionais, nacio-

1 Mundial (2006)

25

2 Copas Conmebol (1992 e 97)

1 Libertadores (2006)

20

38 Estaduais (1915, 26, 27, 31, 32, 36, 38, 39,

3 Brasileiros (1975, 76 e 79)

45

41, 42, 46, 47, 49, 50, 52, 53, 54, 55, 56, 58,

1 Copa do Brasil (1992)

12

62, 63, 70, 76, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 85, 86,

nais ou regionais: 45%. A conquista do Brasileirão pelo São Paulo bastou para que esse percentual fosse mantido. Aliás,

37 Estaduais (1927, 34, 40, 41, 42, 43, 44, 45,

88, 89, 91, 95, 99 e 2000)

152

os números do “ranking regional” publicado em 2006 sofre-

47, 48, 50, 51, 52, 53, 55, 61, 69, 70, 71, 72,

1 Brasileiro série B (2006)

3

ram só uma pequena alteração: com as vitórias do Inter na

73, 74, 75, 76, 78, 81, 82, 83, 84, 91, 92, 94,

97, 2002, 03, 04 e 05)

Jogadores do Inter exibem troféu do Mundial em Yokohama: maior conquista da história do clube

148

12º

Libertadores e no Mundial, os gaúchos passam a somar 14%

Bahia TOTAL DE PONTOS

164

1 Brasileiro (1988)

15

caíram, respectivamente, de 11% para 10% e de 3% para 2%.

1 Taça Brasil (1959)

12

Nem mesmo os três pontos conquistados pelo Atlético na

8

série B impediram a queda dos mineiros. Além de São Paulo,

2 Copas Nordeste (2001 e 02) 43 Estaduais (1931, 33, 34, 36, 38, 40, 44, 45,

Atlético-MG festeja conquista da série B: três pontos não alteraram colocação no ranking

dos pontos, e não mais 12%. Com isso, Minas Gerais e Paraná

47, 48, 49, 50, 52, 54, 56, 58, 59, 60, 61, 62,

Minas e Rio Grande do Sul, somente Santa Catarina ganhou um

67, 70, 71, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 81, 82, 83,

pontinho nesse ranking, graças ao título conquistado pelo

84, 86, 87, 88, 91, 93, 94, 98, 99 e 2001)

Criciúma na série C do Campeonato Brasileiro.

129

▼ Pontos/estado* São Paulo

827

Rio de Janeiro

378

Rio Grande do Sul

267

Minas Gerais

196

Bahia

50

Paraná

46

Outros

115

*Excluídos os Campeonatos Estaduais

▼ Ranking/estado

•• •• •• •

SÃO PAULO RIO DE JANEIRO RIO GRANDE DO SUL MINAS GERAIS BAHIA PARANÁ OUTROS

▼ Os 10 melhores*

©1

©2

Santos

222

São Paulo

216

Palmeiras

183

Flamengo

162

Cruzeiro

151

Grêmio

150

Corinthians

129

Vasco

122

Internacional

102

Botafogo

50

45 20 6 10 2

3

14

em %

*Excluídos os Campeonatos Estaduais

5 2 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

©1 PIER GIAVELLI ©2 PAULO FONSECA

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PL1302 RANKING

12/18/06

4:26 PM

Page 54

RANKING PLACAR

13º

Botafogo TOTAL DE PONTOS

158

1 Brasileiro (1995)

15

1 Taça Brasil (1968)

12

1 Copa Conmebol (1993)

©2

Botafogo campeão estadual: time agora está a seis pontos do 12º colocado Bahia

7

Os pontos por ano

18 Estaduais (1907, 10, 12, 30, 32, 33, 34, 35,

Quando publicamos o ranking da produtividade em 2006, alguns

48, 57, 61, 62, 67, 68, 89, 90, 97 e 2006)

108

torcedores se sentiram injustiçados porque consideramos as

16

datas de fundação de Flamengo e Vasco para calcular a média de

4 Torneios Rio-SP (1962, 64, 66 e 98)

14º

pontos por ano de cada um. É que os clubes tiveram seus depar-

Sport

tamentos de futebol inaugurados anos depois de suas fundações

138

TOTAL DE PONTOS

15

(como clubes de regatas). Agora, publicamos o ranking consi-

2 Copas do Nordeste (1994 e 2000)

8

derando 1911 como data de nascimento do Flamengo e 1915,

1 Copa Norte-Nordeste (1968)

4

1 Brasileiro (1987)

Ceará 2006: 34º Estadual lhe valeu mais dois pontos e empate com o Santa Cruz

35 Estaduais (1916, 17, 20, 23, 24, 25, 28, 38, 41, 42, 43, 48, 49, 53, 55, 56, 58, 61, 62, 75, 105

2 Brasileiros série B (1987 e 1990)

6

17º

Sport campeão pernambucano de 2006

Atlético-PR TOTAL DE PONTOS

1 Brasileiro (2001)

15

Ptos

Idade

Média

São Paulo

342

72

4,75

58, 70, 82, 83, 85, 88, 90, 98, 2000, 01 e 05) 60

51, 57, 58, 61, 62, 63, 71, 72, 75, 76, 77, 78,

2 (2)

Flamengo

330

96

3,43

1 Supercampeonato Paranaense (2002)

3

80, 81, 84, 86, 89, 90, 92, 93, 96, 97, 98, 99,

3 (3)

Santos

318

95

3,35

1 Brasileiro série B (1995)

3

2002 e 06)

4 (4)

Palmeiras

309

93

3,32

5 (6)

Cruzeiro

279

86

3,24

6 (6)

Corinthians

279

97

2,88

7 (8)

Vasco

254

91

2,79

8 (5)

Grêmio

286

103

2,78

9 (9)

Internacional

250

97

2,57

10 (12)

Bahia

164

75

2,19

11 (10)

Fluminense

219

104

2,11

12 (11)

Atlético

184

98

1,88

13 (13)

Botafogo

158

103

1,53

14 (14)

Sport

138

101

1,37

15 (15)

Coritiba

111

98

1,13

Santa Cruz 81

59, 69, 70, 71, 72, 73, 76, 78, 79, 83, 86, 87, 90, 93, 95 e 2005) 1

Vitória TOTAL DE PONTOS

2

América-MG TOTAL DE PONTOS

67

75 12

4

15 Estaduais (1916, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 48, 57, 71, 93 e 2001) 1 Brasileiro série B (1997)

60 3

24º

3

Paulistano TOTAL DE PONTOS

66

11 Estaduais (1905, 08, 13, 16, 17, 18, 19,

20º

21, 26, 27 e 29)

Fortaleza

66

TOTAL DE PONTOS

74

42 Estaduais (1920, 21, 22, 23, 27, 28, 29, 31,

1 Copa Norte-Nordeste (1970)

4

32, 34, 39, 42, 43, 44, 45, 47, 56, 57, 59, 61,

35 Estaduais (1920, 21, 23, 24, 26, 27, 28, 33,

25º

62, 63, 65, 66, 67, 69, 71, 72, 76, 80, 81, 82,

34, 37, 38, 46, 47, 49, 53, 54, 59, 60, 64, 65,

21 Estaduais (1934, 39, 45, 50, 51, 52, 54, 60,

84, 85, 87, 92, 98, 2000, 01, 02, 05 e 06) 2 Brasileiros série B (1991 e 2001)

84 6

67, 69, 73, 74, 82, 83, 85, 87, 91, 92, 2000, ©1

5 4 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

01, 03, 04 e 05)

Náutico TOTAL DE PONTOS

63

63, 64, 65, 66, 67, 68, 74, 84, 85, 89, 2001, 70

02 e 04)

©1 DARYAN DORNELLES ©2 JOSÉ LEOMAR ©3 RICARDO CORRÊA

*Entre parênteses, a posição no ranking de Placar.

60

72, 80, 85, 89, 90, 92, 95, 96, 97, 2000, 03,

96

1 Copa Norte (2002)

23º

1 Copa Sul-Minas (2000)

1 Supercampeonato Baiano (2002)

4

72

80

20 Estaduais (1908, 09, 53, 55, 57, 64, 65,

Paysandu TOTAL DE PONTOS

72

24 Estaduais (1931, 32, 33, 35, 40, 46, 47, 57,

04 e 05)

1 Copa dos Campeões (2002)

TOTAL DE PONTOS

25, 26, 30, 33, 36, 40, 49, 50, 52, 53, 54, 60,

3 Copas Nordeste (1997, 99 e 2003)

73, 74, 75, 76, 78, 79, 86, 89, 99, 2003 e 04) 96

16º

68

40 Estaduais (1913, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 24,

19º

46, 47, 51, 52, 54, 56, 57, 59, 60, 68, 69, 71,72,

▼ Pontos por ano dos 15 melhores Time

Coritiba

32 Estaduais (1916, 27, 31, 33, 35, 39, 41, 42,

4

1 (1)

1 Brasileiro série B (2005)

15

72

Posição*

93, 94, 95, 96, 97, 99, 2003 e 04)

1 Brasileiro (1985)

TOTAL DE PONTOS

1 Copa Norte-Nordeste (1969) 34 Estaduais (1922, 25, 31, 32, 39, 41, 42, 48,

64, 68, 73, 74, 75, 77, 78, 79, 86, 89, 90, 91,

111

Fla subiu também por conta dos 12 pontos da Copa do Brasil.

Ceará

20 Estaduais (1925, 29, 30, 34, 36, 40, 43, 45, 49

TOTAL DE PONTOS

TOTAL DE PONTOS

21º

81

Remo

15º

te em sexto e oitavo lugares no ranking de produtividade, passam a ocupar segundo e sétimo postos. Mas justiça seja feita: o

77, 80, 81, 82, 88, 91, 92, 94, 96, 97, 98, 99, 2000, 03 e 06)

do Vasco. Assim, as duas equipes, que estavam respectivamen-

63

Vasco campeão do Brasil em 2000: time é sétimo no ranking da produtividade

©3


PL1302 RANKING

12/18/06

4:26 PM

Page 54

RANKING PLACAR

13º

Botafogo TOTAL DE PONTOS

158

1 Brasileiro (1995)

15

1 Taça Brasil (1968)

12

1 Copa Conmebol (1993)

©2

Botafogo campeão estadual: time agora está a seis pontos do 12º colocado Bahia

7

Os pontos por ano

18 Estaduais (1907, 10, 12, 30, 32, 33, 34, 35,

Quando publicamos o ranking da produtividade em 2006, alguns

48, 57, 61, 62, 67, 68, 89, 90, 97 e 2006)

108

torcedores se sentiram injustiçados porque consideramos as

16

datas de fundação de Flamengo e Vasco para calcular a média de

4 Torneios Rio-SP (1962, 64, 66 e 98)

14º

pontos por ano de cada um. É que os clubes tiveram seus depar-

Sport

tamentos de futebol inaugurados anos depois de suas fundações

138

TOTAL DE PONTOS

15

(como clubes de regatas). Agora, publicamos o ranking consi-

2 Copas do Nordeste (1994 e 2000)

8

derando 1911 como data de nascimento do Flamengo e 1915,

1 Copa Norte-Nordeste (1968)

4

1 Brasileiro (1987)

Ceará 2006: 34º Estadual lhe valeu mais dois pontos e empate com o Santa Cruz

35 Estaduais (1916, 17, 20, 23, 24, 25, 28, 38, 41, 42, 43, 48, 49, 53, 55, 56, 58, 61, 62, 75, 105

2 Brasileiros série B (1987 e 1990)

6

17º

Sport campeão pernambucano de 2006

Atlético-PR TOTAL DE PONTOS

1 Brasileiro (2001)

15

Ptos

Idade

Média

São Paulo

342

72

4,75

58, 70, 82, 83, 85, 88, 90, 98, 2000, 01 e 05) 60

51, 57, 58, 61, 62, 63, 71, 72, 75, 76, 77, 78,

2 (2)

Flamengo

330

96

3,43

1 Supercampeonato Paranaense (2002)

3

80, 81, 84, 86, 89, 90, 92, 93, 96, 97, 98, 99,

3 (3)

Santos

318

95

3,35

1 Brasileiro série B (1995)

3

2002 e 06)

4 (4)

Palmeiras

309

93

3,32

5 (6)

Cruzeiro

279

86

3,24

6 (6)

Corinthians

279

97

2,88

7 (8)

Vasco

254

91

2,79

8 (5)

Grêmio

286

103

2,78

9 (9)

Internacional

250

97

2,57

10 (12)

Bahia

164

75

2,19

11 (10)

Fluminense

219

104

2,11

12 (11)

Atlético

184

98

1,88

13 (13)

Botafogo

158

103

1,53

14 (14)

Sport

138

101

1,37

15 (15)

Coritiba

111

98

1,13

Santa Cruz 81

59, 69, 70, 71, 72, 73, 76, 78, 79, 83, 86, 87, 90, 93, 95 e 2005) 1

Vitória TOTAL DE PONTOS

2

América-MG TOTAL DE PONTOS

67

75 12

4

15 Estaduais (1916, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 48, 57, 71, 93 e 2001) 1 Brasileiro série B (1997)

60 3

24º

3

Paulistano TOTAL DE PONTOS

66

11 Estaduais (1905, 08, 13, 16, 17, 18, 19,

20º

21, 26, 27 e 29)

Fortaleza

66

TOTAL DE PONTOS

74

42 Estaduais (1920, 21, 22, 23, 27, 28, 29, 31,

1 Copa Norte-Nordeste (1970)

4

32, 34, 39, 42, 43, 44, 45, 47, 56, 57, 59, 61,

35 Estaduais (1920, 21, 23, 24, 26, 27, 28, 33,

25º

62, 63, 65, 66, 67, 69, 71, 72, 76, 80, 81, 82,

34, 37, 38, 46, 47, 49, 53, 54, 59, 60, 64, 65,

21 Estaduais (1934, 39, 45, 50, 51, 52, 54, 60,

84, 85, 87, 92, 98, 2000, 01, 02, 05 e 06) 2 Brasileiros série B (1991 e 2001)

84 6

67, 69, 73, 74, 82, 83, 85, 87, 91, 92, 2000, ©1

5 4 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

01, 03, 04 e 05)

Náutico TOTAL DE PONTOS

63

63, 64, 65, 66, 67, 68, 74, 84, 85, 89, 2001, 70

02 e 04)

©1 DARYAN DORNELLES ©2 JOSÉ LEOMAR ©3 RICARDO CORRÊA

*Entre parênteses, a posição no ranking de Placar.

60

72, 80, 85, 89, 90, 92, 95, 96, 97, 2000, 03,

96

1 Copa Norte (2002)

23º

1 Copa Sul-Minas (2000)

1 Supercampeonato Baiano (2002)

4

72

80

20 Estaduais (1908, 09, 53, 55, 57, 64, 65,

Paysandu TOTAL DE PONTOS

72

24 Estaduais (1931, 32, 33, 35, 40, 46, 47, 57,

04 e 05)

1 Copa dos Campeões (2002)

TOTAL DE PONTOS

25, 26, 30, 33, 36, 40, 49, 50, 52, 53, 54, 60,

3 Copas Nordeste (1997, 99 e 2003)

73, 74, 75, 76, 78, 79, 86, 89, 99, 2003 e 04) 96

16º

68

40 Estaduais (1913, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 24,

19º

46, 47, 51, 52, 54, 56, 57, 59, 60, 68, 69, 71,72,

▼ Pontos por ano dos 15 melhores Time

Coritiba

32 Estaduais (1916, 27, 31, 33, 35, 39, 41, 42,

4

1 (1)

1 Brasileiro série B (2005)

15

72

Posição*

93, 94, 95, 96, 97, 99, 2003 e 04)

1 Brasileiro (1985)

TOTAL DE PONTOS

1 Copa Norte-Nordeste (1969) 34 Estaduais (1922, 25, 31, 32, 39, 41, 42, 48,

64, 68, 73, 74, 75, 77, 78, 79, 86, 89, 90, 91,

111

Fla subiu também por conta dos 12 pontos da Copa do Brasil.

Ceará

20 Estaduais (1925, 29, 30, 34, 36, 40, 43, 45, 49

TOTAL DE PONTOS

TOTAL DE PONTOS

21º

81

Remo

15º

te em sexto e oitavo lugares no ranking de produtividade, passam a ocupar segundo e sétimo postos. Mas justiça seja feita: o

77, 80, 81, 82, 88, 91, 92, 94, 96, 97, 98, 99, 2000, 03 e 06)

do Vasco. Assim, as duas equipes, que estavam respectivamen-

63

Vasco campeão do Brasil em 2000: time é sétimo no ranking da produtividade

©3


PL1302 RANKING

12/18/06

4:26 PM

Page 56

RANKING PLACAR

26º

Criciúma campeão da série C: um pontinho muito festejado

Goiás TOTAL DE PONTOS

57

42º

Botafogo-PB TOTAL DE PONTOS

26

Quem subiu

26 Estaduais (1936, 37, 38, 44, 45, 47, 48, 49,

Com os três pontos da conquista do Paranaense, o Paraná Clube

21 Estaduais (1966, 71, 72, 75, 76, 81, 83, 86, 87,

53, 54, 55, 57, 68, 69, 70, 75, 76, 77, 78, 79,

foi quem mais ganhou posições entre os 50 primeiros coloca-

89, 90, 91, 94, 96, 97, 98, 99, 2000, 02, 03 e 06) 42

84, 86, 88, 98, 99 e 2003)

1 Brasileiro da série B (1999)

Portuguesa-SP

3 Copas Centro-Oeste (2000, 01 e 02)

27º

12

3

TOTAL DE PONTOS

ABC TOTAL DE PONTOS

26

26

2 Torneios Rio-SP (1952 e 55)

48

3 Estaduais (1935, 36 e 73)

48 Estaduais (1920, 21, 23, 25, 26, 28, 29, 32,

18

River-PI

71, 72, 73, 76, 78, 83, 84, 90, 93, 94, 95, 97, 48

+2

de 40º para 38º

26 Estaduais (1948, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56,

Cruzeiro

+1

de 7º para 6º

58, 59, 60, 61, 62, 63, 73, 75, 77, 78, 80, 81,

Internacional

+1

de 10º para 9º

Ceará

+1

de 22º para 21º

Criciúma

+1

de 34º para 33º

TOTAL DE PONTOS

42 42

29º

45º

Nacional-AM TOTAL DE PONTOS

CRB TOTAL DE PONTOS

39

87, 92, 93, 95 e 2002) ©1

69, 72, 74, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 83, 84, 85, 86, 91, 95, 96, 2000, 02 e 03)

39

33º

TOTAL DE PONTOS

32

1 Copa Nordeste (1998)

CSA

4

Paraná Clube: título estadual garantiu subida do 46º para o 40º lugar

28 Estaduais (1922, 24, 27, 30, 31, 43, 48, 49,

36

71, 74, 75, 80, 81, 82, 84, 85, 88, 90, 91, 94, 96, 97, 98 e 99)

28

TOTAL DE PONTOS 36

1 Copa do Brasil (1991)

32

31º

TOTAL DE PONTOS

e 2005)

35

35

35

1 Copa Norte (1998)

2

TOTAL DE PONTOS

35º

28

TOTAL DE PONTOS

3

28

14 Estaduais (1945, 46, 48, 50, 51, 52, 53, 54,

1

Avaí

40, 43, 55, 61, 64, 67, 70, 71, 72, 74, 75, 82, 84,

13 Estaduais (1924, 26, 27, 28, 30, 42, 43, 44,

85, 89, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 99 e 2003)

45, 73, 75, 88 e 97)

TOTAL DE PONTOS

TOTAL DE PONTOS

31

TOTAL DE PONTOS

1 Brasileiro série C (1998)

27

-1

de 39º para 40º

Rio Branco-AC e CRB

-1

de 44º para 45º

Ferroviário-PR, Joinville, S. Paulo Athletic e T. Luso -1

de 46º para 47º

24 24

TOTAL DE PONTOS

26

24 24

Tuna Luso

1 TOTAL DE PONTOS

24

10 Estaduais (1937, 38, 41, 48, 51, 55, 58, 70,

27

15 Estaduais (1961, 62, 63, 69, 73, 77, 78, 79,

TOTAL DE PONTOS

7 Estaduais (1991, 93, 94, 95, 96, 97 e 2006) 21

1 Brasileiro série B (1985)

3

1 Brasileiro série C (1997)

1

1 Brasileiro série C (1996)

2 Brasileiros série B (1992 e 2000)

1 Brasileiro série C (1992)

1

5 6 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

Avaí

12 Estaduais (1976, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84,

80, 82, 84, 93, 95, 2001 e 05)

©2

de 9º para 10º

Joinville

3

1

de 40º para 42º

-1

©3

1 Brasileiro série B (1972)

30

-2

Fluminense

24

8 Estaduais (1937, 38, 44, 48, 50, 53, 65 e 66)

4 Estaduais (1902, 03, 04 e 11)

Paraná Clube

31

Botafogo-PB, Portuguesa-SP e River-PI

São Paulo Athletic

31 Estaduais (1922, 24, 27, 28, 29, 32, 33, 37,

61, 62, 64, 65, 72, 75, 76, 78, 80, 84, 85, 86,

47º

85, 87, 2000 e 01)

31

Ultrapassado pelo Inter, o carioca está agora em décimo.

▼ Eles caíram 23

Ferroviário-PR

TOTAL DE PONTOS

28

40º

TOTAL DE PONTOS

Entre os dez mais bem colocados, só o Fluminense desceu.

24

Sergipe

29 Estaduais (1930, 33, 34, 40, 42, 53, 54, 56, 29

28

Goiânia

1 Brasileiro série C (2006)

Vila Nova

87, 88, 90, 91, 92, 97, 98, 2002 e 03)

2

Figueirense

56, 58, 59, 60, 68 e 74)

Sampaio Corrêa TOTAL DE PONTOS

02, 03, 04 e 05)

16

1 Brasileiro série B (2002)

36, 37, 38, 39, 41, 42, 45, 46, 47, 49, 51, 57, 82, 83 e 85)

71, 73, 78, 79, 82, 83, 86, 92, 94, 97, 2000,

30

mais que uma posição na lista dos 50 melhores: Botafogo-PB,

23 Estaduais (1947, 50, 51, 55, 56, 60, 61, 64,

10 Estaduais (1917, 18, 20, 21, 25, 28, 29, 32,

94, 99, 2002, 03, 04 e 06)

35 Estaduais (1918, 19, 21, 24, 29, 30, 34, 35, 58, 59, 62, 63, 66, 68, 69, 70, 71, 73, 75, 78,

25

1 Copa Norte (1997)

30

14 Estaduais (1932, 35, 36, 37, 39, 41, 72, 74,

12

8 Estaduais (1986, 89, 90, 91, 93, 95, 98

Rio Branco-ES

TOTAL DE PONTOS

39 e 51)

38º

Criciúma

49, 52, 55, 56, 57, 58, 60, 63, 65, 66, 67, 68,

37º

TOTAL DE PONTOS

Ypiranga-BA

Quem desceu River-PI e Portuguesa-SP caíram do 42º para o 40º lugar.

52, 56, 57, 67, 69, 74, 75, 77, 79, 80, 81, 82, 87, 88, 89, 91, 92, 96, 2002 e 03)

36 Estaduais (1928, 29, 33, 35, 36, 41, 42, 44,

25

Rio Branco-AC América-RN

de 46º para 40º

Entre os times que pioraram suas colocações, só três perderam

61, 64, 69, 70, 72, 73, 76, 77, 78, 79, 83, 86,

36, 37, 39, 41, 42, 45, 46, 50, 57, 63, 64, 68,

TOTAL DE PONTOS

25

25 Estaduais (1927, 30, 37, 38, 39, 40, 50, 51,

39 Estaduais (1916, 17, 18, 19, 20, 22, 23, 33,

30º

26

América-RJ

7 Estaduais (1913, 16, 22, 28, 31, 35 e 60)

▲ Eles subiram +6

26

89, 96, 99, 2000, 01 e 02)

28º

o Corinthians em sexto. E o Inter subiu de décimo para nono.

Figueirense

TOTAL DE PONTOS

50, 53, 54, 55, 58, 59, 60, 61, 62, 65, 66, 70,

o Cruzeiro saiu da sétima posição para empatar com

Paraná

33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 44, 45, 47,

98, 99, 2000 e 05)

8

dos: subiu da 46ª para a 40ª posição. Entre os dez primeiros,

6

83 e 88)

©1 FUTURAPRESS/EDMAR MELO ©2 GÍLSON ABREU ©3 DARYAN DORNELLES

20

Fluminense: ultrapassado pelo Internacional, time caiu para 10º

J A N E I R 0 ★ 2 0 0 7 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ 5 7


PL1302 RANKING

12/18/06

4:26 PM

Page 56

RANKING PLACAR

26º

Criciúma campeão da série C: um pontinho muito festejado

Goiás TOTAL DE PONTOS

57

42º

Botafogo-PB TOTAL DE PONTOS

26

Quem subiu

26 Estaduais (1936, 37, 38, 44, 45, 47, 48, 49,

Com os três pontos da conquista do Paranaense, o Paraná Clube

21 Estaduais (1966, 71, 72, 75, 76, 81, 83, 86, 87,

53, 54, 55, 57, 68, 69, 70, 75, 76, 77, 78, 79,

foi quem mais ganhou posições entre os 50 primeiros coloca-

89, 90, 91, 94, 96, 97, 98, 99, 2000, 02, 03 e 06) 42

84, 86, 88, 98, 99 e 2003)

1 Brasileiro da série B (1999)

Portuguesa-SP

3 Copas Centro-Oeste (2000, 01 e 02)

27º

12

3

TOTAL DE PONTOS

ABC TOTAL DE PONTOS

26

26

2 Torneios Rio-SP (1952 e 55)

48

3 Estaduais (1935, 36 e 73)

48 Estaduais (1920, 21, 23, 25, 26, 28, 29, 32,

18

River-PI

71, 72, 73, 76, 78, 83, 84, 90, 93, 94, 95, 97, 48

+2

de 40º para 38º

26 Estaduais (1948, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56,

Cruzeiro

+1

de 7º para 6º

58, 59, 60, 61, 62, 63, 73, 75, 77, 78, 80, 81,

Internacional

+1

de 10º para 9º

Ceará

+1

de 22º para 21º

Criciúma

+1

de 34º para 33º

TOTAL DE PONTOS

42 42

29º

45º

Nacional-AM TOTAL DE PONTOS

CRB TOTAL DE PONTOS

39

87, 92, 93, 95 e 2002) ©1

69, 72, 74, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 83, 84, 85, 86, 91, 95, 96, 2000, 02 e 03)

39

33º

TOTAL DE PONTOS

32

1 Copa Nordeste (1998)

CSA

4

Paraná Clube: título estadual garantiu subida do 46º para o 40º lugar

28 Estaduais (1922, 24, 27, 30, 31, 43, 48, 49,

36

71, 74, 75, 80, 81, 82, 84, 85, 88, 90, 91, 94, 96, 97, 98 e 99)

28

TOTAL DE PONTOS 36

1 Copa do Brasil (1991)

32

31º

TOTAL DE PONTOS

e 2005)

35

35

35

1 Copa Norte (1998)

2

TOTAL DE PONTOS

35º

28

TOTAL DE PONTOS

3

28

14 Estaduais (1945, 46, 48, 50, 51, 52, 53, 54,

1

Avaí

40, 43, 55, 61, 64, 67, 70, 71, 72, 74, 75, 82, 84,

13 Estaduais (1924, 26, 27, 28, 30, 42, 43, 44,

85, 89, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 99 e 2003)

45, 73, 75, 88 e 97)

TOTAL DE PONTOS

TOTAL DE PONTOS

31

TOTAL DE PONTOS

1 Brasileiro série C (1998)

27

-1

de 39º para 40º

Rio Branco-AC e CRB

-1

de 44º para 45º

Ferroviário-PR, Joinville, S. Paulo Athletic e T. Luso -1

de 46º para 47º

24 24

TOTAL DE PONTOS

26

24 24

Tuna Luso

1 TOTAL DE PONTOS

24

10 Estaduais (1937, 38, 41, 48, 51, 55, 58, 70,

27

15 Estaduais (1961, 62, 63, 69, 73, 77, 78, 79,

TOTAL DE PONTOS

7 Estaduais (1991, 93, 94, 95, 96, 97 e 2006) 21

1 Brasileiro série B (1985)

3

1 Brasileiro série C (1997)

1

1 Brasileiro série C (1996)

2 Brasileiros série B (1992 e 2000)

1 Brasileiro série C (1992)

1

5 6 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

Avaí

12 Estaduais (1976, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84,

80, 82, 84, 93, 95, 2001 e 05)

©2

de 9º para 10º

Joinville

3

1

de 40º para 42º

-1

©3

1 Brasileiro série B (1972)

30

-2

Fluminense

24

8 Estaduais (1937, 38, 44, 48, 50, 53, 65 e 66)

4 Estaduais (1902, 03, 04 e 11)

Paraná Clube

31

Botafogo-PB, Portuguesa-SP e River-PI

São Paulo Athletic

31 Estaduais (1922, 24, 27, 28, 29, 32, 33, 37,

61, 62, 64, 65, 72, 75, 76, 78, 80, 84, 85, 86,

47º

85, 87, 2000 e 01)

31

Ultrapassado pelo Inter, o carioca está agora em décimo.

▼ Eles caíram 23

Ferroviário-PR

TOTAL DE PONTOS

28

40º

TOTAL DE PONTOS

Entre os dez mais bem colocados, só o Fluminense desceu.

24

Sergipe

29 Estaduais (1930, 33, 34, 40, 42, 53, 54, 56, 29

28

Goiânia

1 Brasileiro série C (2006)

Vila Nova

87, 88, 90, 91, 92, 97, 98, 2002 e 03)

2

Figueirense

56, 58, 59, 60, 68 e 74)

Sampaio Corrêa TOTAL DE PONTOS

02, 03, 04 e 05)

16

1 Brasileiro série B (2002)

36, 37, 38, 39, 41, 42, 45, 46, 47, 49, 51, 57, 82, 83 e 85)

71, 73, 78, 79, 82, 83, 86, 92, 94, 97, 2000,

30

mais que uma posição na lista dos 50 melhores: Botafogo-PB,

23 Estaduais (1947, 50, 51, 55, 56, 60, 61, 64,

10 Estaduais (1917, 18, 20, 21, 25, 28, 29, 32,

94, 99, 2002, 03, 04 e 06)

35 Estaduais (1918, 19, 21, 24, 29, 30, 34, 35, 58, 59, 62, 63, 66, 68, 69, 70, 71, 73, 75, 78,

25

1 Copa Norte (1997)

30

14 Estaduais (1932, 35, 36, 37, 39, 41, 72, 74,

12

8 Estaduais (1986, 89, 90, 91, 93, 95, 98

Rio Branco-ES

TOTAL DE PONTOS

39 e 51)

38º

Criciúma

49, 52, 55, 56, 57, 58, 60, 63, 65, 66, 67, 68,

37º

TOTAL DE PONTOS

Ypiranga-BA

Quem desceu River-PI e Portuguesa-SP caíram do 42º para o 40º lugar.

52, 56, 57, 67, 69, 74, 75, 77, 79, 80, 81, 82, 87, 88, 89, 91, 92, 96, 2002 e 03)

36 Estaduais (1928, 29, 33, 35, 36, 41, 42, 44,

25

Rio Branco-AC América-RN

de 46º para 40º

Entre os times que pioraram suas colocações, só três perderam

61, 64, 69, 70, 72, 73, 76, 77, 78, 79, 83, 86,

36, 37, 39, 41, 42, 45, 46, 50, 57, 63, 64, 68,

TOTAL DE PONTOS

25

25 Estaduais (1927, 30, 37, 38, 39, 40, 50, 51,

39 Estaduais (1916, 17, 18, 19, 20, 22, 23, 33,

30º

26

América-RJ

7 Estaduais (1913, 16, 22, 28, 31, 35 e 60)

▲ Eles subiram +6

26

89, 96, 99, 2000, 01 e 02)

28º

o Corinthians em sexto. E o Inter subiu de décimo para nono.

Figueirense

TOTAL DE PONTOS

50, 53, 54, 55, 58, 59, 60, 61, 62, 65, 66, 70,

o Cruzeiro saiu da sétima posição para empatar com

Paraná

33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 44, 45, 47,

98, 99, 2000 e 05)

8

dos: subiu da 46ª para a 40ª posição. Entre os dez primeiros,

6

83 e 88)

©1 FUTURAPRESS/EDMAR MELO ©2 GÍLSON ABREU ©3 DARYAN DORNELLES

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Fluminense: ultrapassado pelo Internacional, time caiu para 10º

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PL1302 RANKING

12/18/06

4:27 PM

Page 58

RANKING PLACAR

R A N K I N G D A B O L A D E P R ATA

Os outros 292 clubes que já pontuaram

Lucas e suas Bolas de Prata e Ouro: 4 pontos para o Grêmio em 2006

©2

Adesg, Coruripe, Colo-Colo, Coxim, Baraúnas, Pirambu e Araguaína são os novatos na lista de campeões do Brasil 51º

23PONTOS

Mixto Villa Nova Moto Clube

54º

MT MG MA

21PONTOS

Botafogo Britânia Guarani

57º

BA PR SP

19PONTOS

Atlético Juventude

GO RS

59º

18PONTOS A.A. das Palmeiras SP América PE Ferroviário CE Flamengo PI

63º

Gama Juventus Maranhão Paulista Treze

89º Amapá América Flamengo Metropol Moto Clube Tiradentes

RN AM MT AP PB PI SE

174º A.A. da Bahia América Atlético

3PONTOS BA PR BA

209º

BA BA BA RR MT MA MG MS AC

2PONTOS

4 de Julho Alegrense América América Anápolis

PI ES AC PB GO

Juventude Lauro Müller Manaos A. C. Marcílio Dias Olímpico Operário Orion Paula Ramos Perdigão Rabelo Rio Negro Santa Cruz Santa Cruz Sobradinho Sorriso Sul America

MT SC AM SC SE SC CE SC SC DF RR AL PB DF MT AM ©1

PB SE BA MS RR

14PONTOS MT AM

Guarani campeão brasileiro de 1978: 20 pontos no ranking

13PONTOS DF AC MA SP PB

12PONTOS Americano SP Bangu RJ Germânia SP Independência AC Internacional (cap.) SP Londrina PR Santo André SP S. Bento (cap.) SP Botafogo Parnahyba

Alecrim América Atlético Independente Palmeiras Piauí Santa Cruz

Colo-Colo S.C. Bahia Santos Dumont São Raimundo Sinop Tupan Uberlândia Ubiratan Vasco

15PONTOS

79º

87º

RR MS

5PONTOS

RS PI RS RS RS RS RS ES PA SP SE

ES

Operário VG São Raimundo

74º

Baré Comercial

8PONTOS

134º

Pelotas Picos Renner Rio Grande Riograndense Santanense São Paulo Serra União Esportiva União São João Vasco

16PONTOS

Campinense Confiança Galícia Operário Roraima

72º

107º

Paysandu RJ Santo Antônio ES São Caetano SP São Cristóvão RJ S. Paulo da Floresta SP São Salvador BA Tramways PE

RO AP AM

Desportiva

67º

9PONTOS Bragantino SP Brasília DF Cabo Branco PB Inter de Limeira SP Itabaiana SE Ji-Paraná RO Maringá PR Palestra Itália PR Pinheiros PR Torre PE Vitória ES

17PONTOS

Ferroviário Macapá Rio Negro

66º

96º

11PONTOS PB PI

10PONTOS AP SC RO SC RO PI

Guarany de Bagé RS Maguary CE Siderúrgica MG Ypiranga AP

113º Brasiliense Ituano Santana

116º

7PONTOS DF SP AP

6PONTOS

América ES Artístico PI Atlético AC Auto Esporte PB Caxias SC Cotingüiba SE Dom Bosco MT Fast AM Fluminense (Feira de Santana) BA Fluminense (Salvador) BA Luso MA

São José Taguatinga Ypiranga

144º

AP DF RO

4PONTOS

América Americano ASA Bagé Brasil Caldense Carlos Renaux Caxias Chapecoense CRAC Cruzeiro Defelê Farroupilha Ferroviário Hercílio Luz Ipatinga Linhares Olímpico Palmas

5 8 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

CE RS AL RS RS MG SC RS SC GO RS DF RS MA SC MG ES SC TO

Bahiano de Tênis BA Cama PR Campo Grande RJ Capela AL Cascavel PR Cene MS Colorado PR Comercial PR Flamengo PE Guarani BA Internacional BA Internacional PR Internacional de Cricket BA Iraty PR Juventus AP Juventus SP Leônico BA Militar PI Olympico AM Palestra SE Palmeiras Nord. BA República BA River RR

Ariquemes Atl. Catarinense Auto Esporte Brusque Calouros do Ar Chapadão CIP Clube Ástrea Comerciário Cruzeiro do Sul Cuiabá Externato FAC Fênix Ferroviário Ferroviário Fluminense Gentilândia Goiatuba Gr. Brasiliense Gurupi Icasa Internacional Internacional

RO SC AM SC CE MS SC PB SC AM MT SC MA MA AL SC PI CE GO DF TO CE PI SC

Theresinense PI Tiradentes CE Tocantinópolis TO Tramways CE Trem AP União Cacoalense RO U.S. Portuguesa AM Ypiranga SC Ypiranga SE

263º Adesg Alexandria Aliança Alvorada América Americano Americano Americano Araguaína Atlético Auto Esporte Bacabal Baraúnas

1PONTO AC AL AP TO SE ES MT RJ TO PB PI MA RN

Barroso AL Botafogo RO Cachoeiro ES Campineira DF Caxias ES CEA Clube AP CEUB DF CFA RO CFZ DF Coenge DF Colatina ES Colégio Pio X PB Colinas TO Colombo DF Confiança PB Corinthians AL Coríntians RN Cori-Sabbá PI Corumbaense MS Coruripe AL Coxim MS Cruzeiro DF Estrela do Mar PB Felipéia PB Floriano ES Gr. Atl. Sampaio AC Gr. Coariense AM Guajará RO Guanabara DF Guará DF Guarany AP Guarapari ES Ibiraçu ES Imperatriz MA Industrial SE Intercap TO Interporto TO Lagartense SE Malutrom PR Manaos Sporting AM Muniz Freire ES Nova Andradina MS Novorizontino SP Olária RJ Palmeiras PI Passagem SE Pederneiras DF Pioneira DF Pirambu SE Potiguar de Mossoró RN Pytaguares PB Red Cross PB Riachuelo SE Rodoviária AM Santa Cruz RN Santos AM Santos AP São Domingos RO São Francisco RR Serviço Gráfico DF Sírio MA Sousa PB Tiradentes DF União TO União Barbarense SP Vasco MA Vila Aurora MT Vilhena RO Vitória do Mar MA XV de Piracicaba SP

▼ Classificação por clube Pos. Time

Ouro

Prata

Artilheiro

Bolas

São Paulo

4

40

3

47

Pontos

Internacional

4

38

3

45

53

Vasco

3

26

7

36

42

Santos

4

25

4

33

41

Flamengo

4

25

3

32

40

Atlético-MG

2

30

3

35

39

55

Palmeiras

2

32

0

34

38

Corinthians

3

28

0

31

37

Cruzeiro

30

1

26

1

28

10º Grêmio

3

18

2

23

29

11º Botafogo

0

15

2

17

17

12º Guarani

1

10

1

12

14

13º Atlético-PR

2

6

1

9

13

14º Fluminense

0

12

1

13

13

15º Bragantino

1

9

0

10

12

16º Goiás

0

6

4

10

10

17º Vitória

0

9

0

9

9

18º Bahia

0

8

1

9

9

19º Ponte Preta

0

8

0

8

8

20º Bangu

1

4

0

5

7

21º Coritiba

0

6

0

6

6

22º Portuguesa

0

4

0

4

4

23º Sport

0

3

0

3

3

24º São Caetano

0

3

0

3

3

25º América-RJ

0

2

1

3

3

26º Juventude

0

2

0

2

2

27º Remo

0

2

0

2

2

28º ABC-RN

0

1

0

1

1

Em 37 anos de história da Bola de Prata, a Placar distribuiu nada menos que

29º América-MG

0

1

0

1

1

479 troféus: 35 Bolas de Ouro, 407 Bolas de Prata e 37 de artilharia. E, entre os

30º Ceará

0

1

0

1

1

Títulos unificados Antes do Brasileirão de 2006, era o Inter o maior papão da Bola de Prata. Depois, o São Paulo assumiu liderança de mais um ranking

37 clubes que já ganharam ao menos um troféu, ninguém venceu mais que o São

31º Criciúma

0

1

0

1

1

32º Desportiva-ES

0

1

0

1

1

Paulo. O time, que já era o melhor no ranking de clubes da Placar, passa à dianteira

33º Fortaleza

0

1

0

1

1

também no ranking da Bola — que atribui três pontos a cada Bola de Ouro

34º Inter de Limeira

0

1

0

1

1

conquistada e um a cada Bola de Prata e de artilharia. A ascensão se deve, claro, ao Brasileirão de 2006: antes do torneio, o clube tinha 35 Bolas de Prata contra 36 do Internacional — no Ouro e na artilharia as equipes estavam (e seguem) empatadas, com quatro e três troféus cada. No último Brasileiro, contudo, o campeão São Paulo recebeu cinco Bolas de Prata, para Rogério Ceni, Ilsinho, Fabão, Mineiro e Aloísio; do Inter, ganharam troféus o zagueiro Índio e o atacante Fernandão. Assim, o São Paulo supera os

35º Joinvile

0

1

0

1

1

36º Náutico

0

1

0

1

1

37º Operário-MS

0

1

0

1

1

• A Bola de Prata começou em 1970, quando foi disputada pela última vez a Taça de Prata. • A Bola de Ouro foi entregue pela primeira vez em 1973. • Os artilheiros começaram a ser premiados em 1975.

gaúchos em duas Bolas de Prata e abre dois pontos de vantagem no ranking. Já Santos, Cruzeiro e Botafogo (que ganharam uma Bola cada), além do Grêmio (que ganhou Prata e Ouro graças ao volante Lucas), não ganharam posições. Além do Tricolor, o único a subir foi o Goiás: com sua quarta Bola de artilharia, para Souza, o time pulou da 18ª para a 16ª posição, superando Bahia e Vitória. ©1 MANOEL MOTTA ©2 ALEXANDRE BATTIBUGLI

Zico, o maior papa-bolas: 2 de Ouro, 5 de Prata e 2 de artilheiro para o Flamengo J A N E I R 0 ★ 2 0 0 7 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ 5 9


PL1302 RANKING

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RANKING PLACAR

R A N K I N G D A B O L A D E P R ATA

Os outros 292 clubes que já pontuaram

Lucas e suas Bolas de Prata e Ouro: 4 pontos para o Grêmio em 2006

©2

Adesg, Coruripe, Colo-Colo, Coxim, Baraúnas, Pirambu e Araguaína são os novatos na lista de campeões do Brasil 51º

23PONTOS

Mixto Villa Nova Moto Clube

54º

MT MG MA

21PONTOS

Botafogo Britânia Guarani

57º

BA PR SP

19PONTOS

Atlético Juventude

GO RS

59º

18PONTOS A.A. das Palmeiras SP América PE Ferroviário CE Flamengo PI

63º

Gama Juventus Maranhão Paulista Treze

89º Amapá América Flamengo Metropol Moto Clube Tiradentes

RN AM MT AP PB PI SE

174º A.A. da Bahia América Atlético

3PONTOS BA PR BA

209º

BA BA BA RR MT MA MG MS AC

2PONTOS

4 de Julho Alegrense América América Anápolis

PI ES AC PB GO

Juventude Lauro Müller Manaos A. C. Marcílio Dias Olímpico Operário Orion Paula Ramos Perdigão Rabelo Rio Negro Santa Cruz Santa Cruz Sobradinho Sorriso Sul America

MT SC AM SC SE SC CE SC SC DF RR AL PB DF MT AM ©1

PB SE BA MS RR

14PONTOS MT AM

Guarani campeão brasileiro de 1978: 20 pontos no ranking

13PONTOS DF AC MA SP PB

12PONTOS Americano SP Bangu RJ Germânia SP Independência AC Internacional (cap.) SP Londrina PR Santo André SP S. Bento (cap.) SP Botafogo Parnahyba

Alecrim América Atlético Independente Palmeiras Piauí Santa Cruz

Colo-Colo S.C. Bahia Santos Dumont São Raimundo Sinop Tupan Uberlândia Ubiratan Vasco

15PONTOS

79º

87º

RR MS

5PONTOS

RS PI RS RS RS RS RS ES PA SP SE

ES

Operário VG São Raimundo

74º

Baré Comercial

8PONTOS

134º

Pelotas Picos Renner Rio Grande Riograndense Santanense São Paulo Serra União Esportiva União São João Vasco

16PONTOS

Campinense Confiança Galícia Operário Roraima

72º

107º

Paysandu RJ Santo Antônio ES São Caetano SP São Cristóvão RJ S. Paulo da Floresta SP São Salvador BA Tramways PE

RO AP AM

Desportiva

67º

9PONTOS Bragantino SP Brasília DF Cabo Branco PB Inter de Limeira SP Itabaiana SE Ji-Paraná RO Maringá PR Palestra Itália PR Pinheiros PR Torre PE Vitória ES

17PONTOS

Ferroviário Macapá Rio Negro

66º

96º

11PONTOS PB PI

10PONTOS AP SC RO SC RO PI

Guarany de Bagé RS Maguary CE Siderúrgica MG Ypiranga AP

113º Brasiliense Ituano Santana

116º

7PONTOS DF SP AP

6PONTOS

América ES Artístico PI Atlético AC Auto Esporte PB Caxias SC Cotingüiba SE Dom Bosco MT Fast AM Fluminense (Feira de Santana) BA Fluminense (Salvador) BA Luso MA

São José Taguatinga Ypiranga

144º

AP DF RO

4PONTOS

América Americano ASA Bagé Brasil Caldense Carlos Renaux Caxias Chapecoense CRAC Cruzeiro Defelê Farroupilha Ferroviário Hercílio Luz Ipatinga Linhares Olímpico Palmas

5 8 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

CE RS AL RS RS MG SC RS SC GO RS DF RS MA SC MG ES SC TO

Bahiano de Tênis BA Cama PR Campo Grande RJ Capela AL Cascavel PR Cene MS Colorado PR Comercial PR Flamengo PE Guarani BA Internacional BA Internacional PR Internacional de Cricket BA Iraty PR Juventus AP Juventus SP Leônico BA Militar PI Olympico AM Palestra SE Palmeiras Nord. BA República BA River RR

Ariquemes Atl. Catarinense Auto Esporte Brusque Calouros do Ar Chapadão CIP Clube Ástrea Comerciário Cruzeiro do Sul Cuiabá Externato FAC Fênix Ferroviário Ferroviário Fluminense Gentilândia Goiatuba Gr. Brasiliense Gurupi Icasa Internacional Internacional

RO SC AM SC CE MS SC PB SC AM MT SC MA MA AL SC PI CE GO DF TO CE PI SC

Theresinense PI Tiradentes CE Tocantinópolis TO Tramways CE Trem AP União Cacoalense RO U.S. Portuguesa AM Ypiranga SC Ypiranga SE

263º Adesg Alexandria Aliança Alvorada América Americano Americano Americano Araguaína Atlético Auto Esporte Bacabal Baraúnas

1PONTO AC AL AP TO SE ES MT RJ TO PB PI MA RN

Barroso AL Botafogo RO Cachoeiro ES Campineira DF Caxias ES CEA Clube AP CEUB DF CFA RO CFZ DF Coenge DF Colatina ES Colégio Pio X PB Colinas TO Colombo DF Confiança PB Corinthians AL Coríntians RN Cori-Sabbá PI Corumbaense MS Coruripe AL Coxim MS Cruzeiro DF Estrela do Mar PB Felipéia PB Floriano ES Gr. Atl. Sampaio AC Gr. Coariense AM Guajará RO Guanabara DF Guará DF Guarany AP Guarapari ES Ibiraçu ES Imperatriz MA Industrial SE Intercap TO Interporto TO Lagartense SE Malutrom PR Manaos Sporting AM Muniz Freire ES Nova Andradina MS Novorizontino SP Olária RJ Palmeiras PI Passagem SE Pederneiras DF Pioneira DF Pirambu SE Potiguar de Mossoró RN Pytaguares PB Red Cross PB Riachuelo SE Rodoviária AM Santa Cruz RN Santos AM Santos AP São Domingos RO São Francisco RR Serviço Gráfico DF Sírio MA Sousa PB Tiradentes DF União TO União Barbarense SP Vasco MA Vila Aurora MT Vilhena RO Vitória do Mar MA XV de Piracicaba SP

▼ Classificação por clube Pos. Time

Ouro

Prata

Artilheiro

Bolas

São Paulo

4

40

3

47

Pontos

Internacional

4

38

3

45

53

Vasco

3

26

7

36

42

Santos

4

25

4

33

41

Flamengo

4

25

3

32

40

Atlético-MG

2

30

3

35

39

55

Palmeiras

2

32

0

34

38

Corinthians

3

28

0

31

37

Cruzeiro

30

1

26

1

28

10º Grêmio

3

18

2

23

29

11º Botafogo

0

15

2

17

17

12º Guarani

1

10

1

12

14

13º Atlético-PR

2

6

1

9

13

14º Fluminense

0

12

1

13

13

15º Bragantino

1

9

0

10

12

16º Goiás

0

6

4

10

10

17º Vitória

0

9

0

9

9

18º Bahia

0

8

1

9

9

19º Ponte Preta

0

8

0

8

8

20º Bangu

1

4

0

5

7

21º Coritiba

0

6

0

6

6

22º Portuguesa

0

4

0

4

4

23º Sport

0

3

0

3

3

24º São Caetano

0

3

0

3

3

25º América-RJ

0

2

1

3

3

26º Juventude

0

2

0

2

2

27º Remo

0

2

0

2

2

28º ABC-RN

0

1

0

1

1

Em 37 anos de história da Bola de Prata, a Placar distribuiu nada menos que

29º América-MG

0

1

0

1

1

479 troféus: 35 Bolas de Ouro, 407 Bolas de Prata e 37 de artilharia. E, entre os

30º Ceará

0

1

0

1

1

Títulos unificados Antes do Brasileirão de 2006, era o Inter o maior papão da Bola de Prata. Depois, o São Paulo assumiu liderança de mais um ranking

37 clubes que já ganharam ao menos um troféu, ninguém venceu mais que o São

31º Criciúma

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1

0

1

1

32º Desportiva-ES

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1

0

1

1

Paulo. O time, que já era o melhor no ranking de clubes da Placar, passa à dianteira

33º Fortaleza

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1

1

também no ranking da Bola — que atribui três pontos a cada Bola de Ouro

34º Inter de Limeira

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1

0

1

1

conquistada e um a cada Bola de Prata e de artilharia. A ascensão se deve, claro, ao Brasileirão de 2006: antes do torneio, o clube tinha 35 Bolas de Prata contra 36 do Internacional — no Ouro e na artilharia as equipes estavam (e seguem) empatadas, com quatro e três troféus cada. No último Brasileiro, contudo, o campeão São Paulo recebeu cinco Bolas de Prata, para Rogério Ceni, Ilsinho, Fabão, Mineiro e Aloísio; do Inter, ganharam troféus o zagueiro Índio e o atacante Fernandão. Assim, o São Paulo supera os

35º Joinvile

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1

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1

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37º Operário-MS

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• A Bola de Prata começou em 1970, quando foi disputada pela última vez a Taça de Prata. • A Bola de Ouro foi entregue pela primeira vez em 1973. • Os artilheiros começaram a ser premiados em 1975.

gaúchos em duas Bolas de Prata e abre dois pontos de vantagem no ranking. Já Santos, Cruzeiro e Botafogo (que ganharam uma Bola cada), além do Grêmio (que ganhou Prata e Ouro graças ao volante Lucas), não ganharam posições. Além do Tricolor, o único a subir foi o Goiás: com sua quarta Bola de artilharia, para Souza, o time pulou da 18ª para a 16ª posição, superando Bahia e Vitória. ©1 MANOEL MOTTA ©2 ALEXANDRE BATTIBUGLI

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DEVOTO DE SÃO JANUÁRIO Renato não gostava do Vasco, que não gostava de Renato, que era amigo de Romário, que tinha influência com o presidente, que bancou o nome e enfrentou a birra da torcida. Começou assim o romance entre um certo gaúcho e milhões de vascaínos. Um caso mais do que duradouro POR LÉDIO CARMONA

Renato e os inseparáveis óculos escuros: vascaíno “na marra”

DESIGN RAMON E. MUNIZ FOTOS DARYAN DORNELLES

relação entre o Vasco e Renato Gaúcho daria um bom roteiro para qualquer filme nacional de verão. Os dois nunca se bicaram. Quando era jogador, o atacante vestiu a camisa de todos os grandes clubes cariocas, com exceção do time de São Januário. Nos clássicos dos anos 80 e 90, provocava a torcida. E vice-versa. Os dois lados jamais se engoliram. Renato Gaúcho parou de jogar. Ficou na praia. Virou técnico. Voltou para a praia. Até que... Um certo Baixinho brigou com um grandalhão. Romário, literalmente, ceifou a cabeça do técnico Dário Lourenço. E indicou o nome do substituto para Eurico Miranda. “Por que o senhor não contrata o Renato?” O presidente

A

gostou da idéia. Os vascaínos, que nunca toleraram a marra do escolhido, resistiram enquanto puderam. Mas hoje, um ano e meio depois, o churrasco gaúcho já virou bacalhau. Com poucos espinhos. Renato chegou de mansinho. O time era fraco, fazia uma campanha sofrível no Campeonato Brasileiro do ano passado e era motivo de desdém geral entre os torcedores. Na estréia, na Vila Belmiro, o Santos vencia por 2 x 0 e, numa reação incrível, o Vasco virou para 3 x 2. “Acabou a falta de respeito com o Vasco. A história agora é outra”, disse à saída de campo, com peito estufado e cabeça erguida. Na semana seguinte, na Arena da Baixada, deu pane no time e o Atlético Paranaense impôs massacre histórico: 7 x 2. “Até uma mulher grávida faria gol na gente hoje”, disse o treinaJ A N E I R 0 ★ 2 0 0 7 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ 6 1


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DEVOTO DE SÃO JANUÁRIO Renato não gostava do Vasco, que não gostava de Renato, que era amigo de Romário, que tinha influência com o presidente, que bancou o nome e enfrentou a birra da torcida. Começou assim o romance entre um certo gaúcho e milhões de vascaínos. Um caso mais do que duradouro POR LÉDIO CARMONA

Renato e os inseparáveis óculos escuros: vascaíno “na marra”

DESIGN RAMON E. MUNIZ FOTOS DARYAN DORNELLES

relação entre o Vasco e Renato Gaúcho daria um bom roteiro para qualquer filme nacional de verão. Os dois nunca se bicaram. Quando era jogador, o atacante vestiu a camisa de todos os grandes clubes cariocas, com exceção do time de São Januário. Nos clássicos dos anos 80 e 90, provocava a torcida. E vice-versa. Os dois lados jamais se engoliram. Renato Gaúcho parou de jogar. Ficou na praia. Virou técnico. Voltou para a praia. Até que... Um certo Baixinho brigou com um grandalhão. Romário, literalmente, ceifou a cabeça do técnico Dário Lourenço. E indicou o nome do substituto para Eurico Miranda. “Por que o senhor não contrata o Renato?” O presidente

A

gostou da idéia. Os vascaínos, que nunca toleraram a marra do escolhido, resistiram enquanto puderam. Mas hoje, um ano e meio depois, o churrasco gaúcho já virou bacalhau. Com poucos espinhos. Renato chegou de mansinho. O time era fraco, fazia uma campanha sofrível no Campeonato Brasileiro do ano passado e era motivo de desdém geral entre os torcedores. Na estréia, na Vila Belmiro, o Santos vencia por 2 x 0 e, numa reação incrível, o Vasco virou para 3 x 2. “Acabou a falta de respeito com o Vasco. A história agora é outra”, disse à saída de campo, com peito estufado e cabeça erguida. Na semana seguinte, na Arena da Baixada, deu pane no time e o Atlético Paranaense impôs massacre histórico: 7 x 2. “Até uma mulher grávida faria gol na gente hoje”, disse o treinaJ A N E I R 0 ★ 2 0 0 7 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ 6 1


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R E N AT O G A Ú C H O

Renato Gaúcho no Vasco Jogos: 95 Vitórias: 40 Empates: 32 Derrotas: 23

No início do ano, Renato comprou briga com Romário, e o Baixinho foi parar em Miami: aval da diretoria

dor. Renato Gaúcho era uma gangorra emocional em seus primeiros tempos de São Januário. Mas jamais Renato Gaúcho deixou de ser quem é. Continuou um boleirão convicto. No banco de reservas, durante as partidas, esbraveja, xinga, chuta placa de publicidade, faz pressão no juiz, no assistente... Não pára. Fora de campo, também manteve o estereótipo do jogador de futebol tradicional. Não era surpresa observá-lo, nas entrevistas coletivas, com a barba por fazer e de óculos escuros espelhados. Como em seus tempos de atacante. Gosta de futebol. Aprendeu a curtir a carreira de treinador. Mas ainda segue com sua personalidade e gostos intactos. No Footecon, o congresso de futebol organizado por Carlos Alberto Parreira no ano passado, foi o único técnico do Rio a não aparecer. Na hora das palestras, foi visto jogando futevôlei na praia de Ipanema. Esse ano, de novo, não deu as caras. Ouvir seminários, debates e afins é algo muito parado para o frenesi de Renato Portaluppi Gaúcho. “Eu não tenho por que mudar. Tenho meu jeito, minha forma de viver e agir. E sempre deu certo assim”, costuma dizer.

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Na verdade, mudou. Renato Gaúcho aprendeu a ser político. E se livrou de qualquer ranço corporativista com os ex-colegas de profissão. Ganhou prestígio e respeito após livrar o Vasco do rebaixamento no ano passado e, de quebra, classificá-lo para a Copa Sul-Americana. Fez com que Morais desabrochasse. Trabalhou com mãode-obra barata e nunca pediu grandes reforços. Passou a defender o clube. Virou um diplomata vascaíno. E ganhou a fidelidade do presidente Eurico Miranda e do vice de futebol, José Luís Moreira, mais conhecido por Zé do Táxi. Em dezembro, quando o Vasco começou a perder alguns jogadores importantes, o treinador contemporizou. “Não dá para fazer loucuras e prejudicar o orçamento. Os atletas ganharam fama, se valorizaram, mas para ficar terão que se adequar ao orçamento do clube.” Às vezes, porém, Renato é contrariado e engole a seco a derrota. Também aconteceu em dezembro. Antes de entrar em férias — chegou a ser sondado pelo Cruzeiro —, o técnico deu a entender que não queria mais Ramon. Mas Eurico Miranda ignorou e renovou. Renato nem quis falar sobre o assunto. Tirou o pé. Mas, quando entra na dividida, raramente perde. No Campeonato Carioca, substituiu Romário num clássico contra o Fluminense. O Baixinho, claro, detestou a novidade. Sumiu do clube. Voltou dias depois. E Renato Gaúcho não o escalou. Ficaram estremecidos. E não houve volta. Romário foi para Miami. A saída de Edílson, após a eliminação da Copa do Brasil, também teve o dedo do técnico. Comprou outra briga de cachorro grande e continuou firme no cargo. “É ruim dele pipocar. Se não funciona, ele tira fora”, diz um amigo de comissão técnica. O fato é que Renato Gaúcho se casou com o Vasco, com a bênção de Eurico Miranda. E da torcida, que, após a resistência inicial, o reverencia. Resistiu até mesmo à derrota para o Flamengo na final da Copa do Brasil. Ninguém mais pede Antônio Lopes, por exemplo. Clube conservador, o Vasco se rendeu ao estilo do treinador, que quase classificou o time para a Libertadores e, após a “eliminação”, para o Paraná, chorou ao vivo, pela televisão, para todo o Brasil. Sofreu com a derrota. Sentiu. Não esperava. E já tem gente pedindo que ele mude o nome para Renato Vascaíno. Quem diria... ✪


PLACAR2007 RETRO-ABRE

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Era uma vez

2006 O ano passou veloz como Thierry Henry e você ficou arrumando o meião? Relaxe. Nas páginas seguintes, resumimos o que merece ser lembrado (e esquecido) no planeta Bola POR

MARCELO MONTEIRO

DESIGN ANTONIO C. CASTRO E RAMÓN MUNIZ


PLACAR2007 RETRO-janfev

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janeiro 2005 2006

fevereiro 2005 2006

O furacão Matthäus O Atlético-PR surpreendeu ao contratar o técnico alemão Lothar Matthäus. Depois de 46 dias como treinador do Furacão, porém, o ex-craque anunciou sua saída, devido a problemas pessoais. Matthäus, que tinha contrato até o fim do ano, deixou o Centro de Treinamento no dia 7 de março para viajar à Europa e sequer voltou para se despedir. Com o alemão no banco, o Atlético não foi derrotado em nenhuma das oito partidas que disputou, com um aproveitamento de 83,3%. Sem ele, a equipe perdeu uma invencibilidade de 25 jogos em seu estádio e ainda amargou uma dolorosa desclassificação no Paranaense, nas quartas-de-final, diante da Adap.

Romário entrando em campo com o Vasco, pelo Carioca, e se apresentando ao Tupi, de Minas: teve também Miami, Adelaide...

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Aos 40 e a mil Interminável, Romário foi buscar na “periferia” sua tão sonhada marca artilheira

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Matthäus (à dir.) dá instruções: 8 jogos

▼ A era “Matthäus” Jogos Vitórias Empates Derrotas Aproveitamento Gols marcados Gols sofridos Saldo

8 6 2 0 83,3% 23 8 15

★ XE xtxev x xex xt xa xmxbx éx m xx

Romário completou 40 anos no dia 29 de janeiro. “Sou realizado na profissão. Conquistei de 80% a 90% de tudo que almejei na carreira”, disse. Artilheiro do Brasileirão de 2005, com 22 gols, o Baixinho dedicou a temporada de 2006 à busca do milésimo gol. Pela contabilidade romariana, no começo do ano, faltavam apenas 51 gols para atingir a desejada marca. Em março, o atacante acertou sua transferência para o Miami FC, da United Soccer Leagues (USL), federação alternativa à mais famosa liga americana, a Major League Soccer (MLS). O estopim para a saída do Vasco foi a discussão com

o técnico Renato Gaúcho, que acabou deixando-o de fora do clássico contra o Flamengo, no dia 19 de março. Já em outubro, a apenas 16 gols de sua meta, Romário assinou contrato com o modesto Tupi, de Minas Gerais, que disputa a série C do Campeonato Brasileiro, mas acabou impedido de jogar por uma decisão judicial. A peregrinação em busca do milésimo gol continuou na Austrália. No fim de novembro, Romário estreou no Adelaide United, da primeira divisão australiana, onde disputou quatro jogos e fez um golzinho só. O esperado gol 1 000, porém, ficou para 2007.

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O Pé de Anjo entortou Marcelinho retorna ao Corinthians, mas a história se repete como farsa Cinco anos após sua saída do Corinthians, Marcelinho Carioca acertou seu retorno ao alvinegro. Foi uma cartada do presidente Alberto Dualib na disputa de poder contra a MSI — Dualib fez o acerto sem consultar a parceira. Um dos jogadores mais vencedores da história do Timão, Marcelinho deixou o clube de forma tumultuada, em 2001, após uma briga com Ricardinho. Por ironia do destino, na volta ao Parque São Jorge, os dois desafetos acabaram lado a lado novamente. Desde que deixou o Timão, Marcelinho havia passado por Santos (2001), Gamba Osaka, do Japão (2002), Vasco (2003 e 2004), Al Nasr, da Arábia Saudita (2003), Ajaccio, da França (2004), e Brasiliense, rebaixado à série B em 2005. A nova passagem pelo Corinthians foi curta. Com poucas oportunidades de atuar,

Marcelino acabou se envolvendo em nova polêmica, desta vez com o argentino Mascherano, que partiu para a briga, após uma entrada violenta do meia, por trás, em um treino no Parque São Jorge. Os dois deixaram o clube após a chegada de Leão, em agosto.

▼ Colecionador de troféus MARCELINHO NO CORINTHIANS

1994 1995 1995 1996 1997 1998 1999 1999 2000 2001

Campeão da Copa Bandeirantes Campeão paulista Campeão da Copa do Brasil Campeão Troféu Ramón de Carranza (Espanha) Campeão paulista Campeão brasileiro Campeão paulista Bicampeão brasileiro Campeão do Mundial de Clubes da Fifa Campeão paulista

Trunfo político de Dualib, Marcelinho jogou apenas cinco partidas em seu retorno ao Timão

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Jorge Mendonça: ele não soube parar

Verde devastado Ex-ídolo de Palmeiras e Guarani, Jorge Mendonça morreu de infarto, no Hospital Mário Gatti, no dia 17 de fevereiro, em Campinas. Aos 51 anos de idade, o ex-craque vivia na cidade com a mulher e três filhos e trabalhava na escola de futebol do Guarani, depois de ter sofrido com problemas de saúde e de dinheiro. Campeão paulista pelo Palmeiras em 1976, Mendonça foi o artilheiro do Campeonato Paulista de 1981, pelo Guarani, com 38 gols, tornando-se o maior goleador do certame após a era Pelé. No mesmo ano, também com o Bugre, foi campeão da Taça de Prata. Pela seleção, disputou 11 partidas, assinalando dois gols e marcando presença na Copa do Mundo de 1978, na Argentina. Em sua carreira, o ex-jogador também passou por Bangu, Náutico, Ponte Preta, Vasco, Cruzeiro, Colorado-PR e Jundiaí.

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Conto Ele acreditou... de fadasDepois Depois dede cairmeses em uma depegadinha uma paixãodeavasum Do Novo outro Maracanã lado EmFechado sua estréia durante em jogos noveoficiais meses para pelo In-

Conto Quebra-queixo de fadasRecém-contratado Depois de mesespelo de uma Hamburgo, paixão avas- Do Contra outro o racismo lado Em suaDurante estréia em partida jogosdiante oficiais dopelo Zaragoza, In-

saladora, tablóide britânico, o atacante o técnico RonaldodaeInglaterra, a modelo eoapresentadora sueco Sven-Goran de TV Eriksson, Daniela Cicarelli dedicou-se casaram-se a pedir desculpas em fevereiro, a dirigentes no Castelo e jogadores. de Chantilly, A pegadinha na França. O romance incluiu uma começou viagemem aosjunho Emirados de 2004, Árabes, quando jantares o Brasil e passeios derrotou de iate. a Argentina Lá, Eriksson por 3negociou x 1 no Mineirão, seu futurocom apóstrês a Copa golscom de Ronaldo um falso(todos xeque de árabe. pênalti). Nos encontros, Após o casamento, gravados pela o casal reportagem, anunciouafirmou que Cicarelli que Beckham estava grávida. Semanas e Owen teriam depois, lheaconfessado modelo perdeu estarem o bebê. tristes em seus times. Após mais Aumunião fiasco durou na Copa menos da Alemanha, três meses. o sueco Em maio, deixou o casal a seleção anunciou inglesa. o fim do

saladora, o atacanteoAilton, atacante de 32 Ronaldo anos, conhecido e a modelocomo e apresentadora “Queixada”,de fraturou TV Daniela a Cicarelli mandíbula casaram-se na derrotaem de 2fevereiro, x 1 para ono Hannover, Castelo pelo de Chantilly, Campeonato na França. Alemão. O romance Emprestado começou ao Hamburgo em junho pelo deBesiktas, 2004, quando da Turquia, o Brasil o atacante derrotouchocoua Argentina se com opor zagueiro 3 x 1 no Hanno Mineirão, Balitsch. comO três jogador golsbrasileiro de Ronaldo precisou (todosser de pênalti). operadoApós e teve o casamento, duas placasodecasal titânio anunciou implantadas que Cicarelli no maxilar. estava Artilheiro grávida. Semanas do Alemãodepois, na temporada a modelo 2003/2004, perdeu o bebê. com 28 gols, pelo Werder Bremen, AAilton uniãovoltou durouà menos Alemanha trêsapós meses. seisEm meses maio, na oTurquia. casal anunciou o fim do

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ternacional, reformas, o Maracanã o meia Tinga foi reaberto foi expulso por um no empate clássicoem emocionante. 1 x 1 contraOoBotafogo Glória, saiupelo na frente, Campeonato permitiuGaúcho. a virada,Formado mas terminou nas categorias vencendodeo Vasco base do porGrê5 x 3, mio, no confronto o jogador dos voltou entãoaolíderes Brasil,invictos depoisdo deCarioca. uma temporada A partidano foiExterior, assistida para por mais vestir dea40 camisa 000 torcedores, do rival eme2005. foi a primeira Assim como da história Tinga,sem vários a tradicional craques brasileiros geral, que deu voltaram lugar aaocadeiras. país neste Paraano assegurar para reforçar a visãoantigos dos torcedores rivais. São nos os novos casos assentos, do ex-corintiano o gramadoLuizão foi rebaixado (que ganharia em cercaa de Libertadores 1,5 metro.pelo Houve São Paulo também e, depois reformas denos umbares, mês nobanheiros, Japão, terminaria acessos eotribuna ano atuando de imprensa. pelo

ternacional, o atacante camaronês o meia Tinga Samuel foi expulso Eto’o, do noBarcelona, empate empor 1 xpouco 1 contra nãoo deixou Glória, o gramado pelo Campeonato com o jogoGaúcho. em andamento, Formadoindignado nas categorias com as deofensas base doracistas Grêmio, que partiam o jogador davoltou arquibancada ao Brasil,contra depois ele. deApós uma otemporada jogo, vencido no Exterior, pelo para Barcelona vestirpelo a camisa placar dode rival 2 xem 0, no 2005. estádio Assim La como Romareda, Tinga,Ronaldinho vários craques brasileiros Gaúcho garantiu voltaram queao teria paísabandonado neste ano para o campo reforçar comantigos o amigo, rivais. casoSão não os conseguisse casos do ex-corintiano convencê-loLuizão a desistir (que daganharia idéia. “Sea Libertadores Eto’o deixasse pelo a São Paulo partida, e, depois eu teriade idoum com mês ele”, no Japão, disse oterminaria craque brasileiro. o ano atuando pelo

©1 DARYAN DORNELLES; ©2 HUMBERTO NICOLINE/FUTURA PRESS; ©3 JADER DA ROCHA; ©4 RENATO PIZZUTTO; ©5 JOSÉ PINTO

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janeiro 2005 2006

fevereiro 2005 2006

O furacão Matthäus O Atlético-PR surpreendeu ao contratar o técnico alemão Lothar Matthäus. Depois de 46 dias como treinador do Furacão, porém, o ex-craque anunciou sua saída, devido a problemas pessoais. Matthäus, que tinha contrato até o fim do ano, deixou o Centro de Treinamento no dia 7 de março para viajar à Europa e sequer voltou para se despedir. Com o alemão no banco, o Atlético não foi derrotado em nenhuma das oito partidas que disputou, com um aproveitamento de 83,3%. Sem ele, a equipe perdeu uma invencibilidade de 25 jogos em seu estádio e ainda amargou uma dolorosa desclassificação no Paranaense, nas quartas-de-final, diante da Adap.

Romário entrando em campo com o Vasco, pelo Carioca, e se apresentando ao Tupi, de Minas: teve também Miami, Adelaide...

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Aos 40 e a mil Interminável, Romário foi buscar na “periferia” sua tão sonhada marca artilheira

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Matthäus (à dir.) dá instruções: 8 jogos

▼ A era “Matthäus” Jogos Vitórias Empates Derrotas Aproveitamento Gols marcados Gols sofridos Saldo

8 6 2 0 83,3% 23 8 15

★ XE xtxev x xex xt xa xmxbx éx m xx

Romário completou 40 anos no dia 29 de janeiro. “Sou realizado na profissão. Conquistei de 80% a 90% de tudo que almejei na carreira”, disse. Artilheiro do Brasileirão de 2005, com 22 gols, o Baixinho dedicou a temporada de 2006 à busca do milésimo gol. Pela contabilidade romariana, no começo do ano, faltavam apenas 51 gols para atingir a desejada marca. Em março, o atacante acertou sua transferência para o Miami FC, da United Soccer Leagues (USL), federação alternativa à mais famosa liga americana, a Major League Soccer (MLS). O estopim para a saída do Vasco foi a discussão com

o técnico Renato Gaúcho, que acabou deixando-o de fora do clássico contra o Flamengo, no dia 19 de março. Já em outubro, a apenas 16 gols de sua meta, Romário assinou contrato com o modesto Tupi, de Minas Gerais, que disputa a série C do Campeonato Brasileiro, mas acabou impedido de jogar por uma decisão judicial. A peregrinação em busca do milésimo gol continuou na Austrália. No fim de novembro, Romário estreou no Adelaide United, da primeira divisão australiana, onde disputou quatro jogos e fez um golzinho só. O esperado gol 1 000, porém, ficou para 2007.

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O Pé de Anjo entortou Marcelinho retorna ao Corinthians, mas a história se repete como farsa Cinco anos após sua saída do Corinthians, Marcelinho Carioca acertou seu retorno ao alvinegro. Foi uma cartada do presidente Alberto Dualib na disputa de poder contra a MSI — Dualib fez o acerto sem consultar a parceira. Um dos jogadores mais vencedores da história do Timão, Marcelinho deixou o clube de forma tumultuada, em 2001, após uma briga com Ricardinho. Por ironia do destino, na volta ao Parque São Jorge, os dois desafetos acabaram lado a lado novamente. Desde que deixou o Timão, Marcelinho havia passado por Santos (2001), Gamba Osaka, do Japão (2002), Vasco (2003 e 2004), Al Nasr, da Arábia Saudita (2003), Ajaccio, da França (2004), e Brasiliense, rebaixado à série B em 2005. A nova passagem pelo Corinthians foi curta. Com poucas oportunidades de atuar,

Marcelino acabou se envolvendo em nova polêmica, desta vez com o argentino Mascherano, que partiu para a briga, após uma entrada violenta do meia, por trás, em um treino no Parque São Jorge. Os dois deixaram o clube após a chegada de Leão, em agosto.

▼ Colecionador de troféus MARCELINHO NO CORINTHIANS

1994 1995 1995 1996 1997 1998 1999 1999 2000 2001

Campeão da Copa Bandeirantes Campeão paulista Campeão da Copa do Brasil Campeão Troféu Ramón de Carranza (Espanha) Campeão paulista Campeão brasileiro Campeão paulista Bicampeão brasileiro Campeão do Mundial de Clubes da Fifa Campeão paulista

Trunfo político de Dualib, Marcelinho jogou apenas cinco partidas em seu retorno ao Timão

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Jorge Mendonça: ele não soube parar

Verde devastado Ex-ídolo de Palmeiras e Guarani, Jorge Mendonça morreu de infarto, no Hospital Mário Gatti, no dia 17 de fevereiro, em Campinas. Aos 51 anos de idade, o ex-craque vivia na cidade com a mulher e três filhos e trabalhava na escola de futebol do Guarani, depois de ter sofrido com problemas de saúde e de dinheiro. Campeão paulista pelo Palmeiras em 1976, Mendonça foi o artilheiro do Campeonato Paulista de 1981, pelo Guarani, com 38 gols, tornando-se o maior goleador do certame após a era Pelé. No mesmo ano, também com o Bugre, foi campeão da Taça de Prata. Pela seleção, disputou 11 partidas, assinalando dois gols e marcando presença na Copa do Mundo de 1978, na Argentina. Em sua carreira, o ex-jogador também passou por Bangu, Náutico, Ponte Preta, Vasco, Cruzeiro, Colorado-PR e Jundiaí.

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Conto Ele acreditou... de fadasDepois Depois dede cairmeses em uma depegadinha uma paixãodeavasum Do Novo outro Maracanã lado EmFechado sua estréia durante em jogos noveoficiais meses para pelo In-

Conto Quebra-queixo de fadasRecém-contratado Depois de mesespelo de uma Hamburgo, paixão avas- Do Contra outro o racismo lado Em suaDurante estréia em partida jogosdiante oficiais dopelo Zaragoza, In-

saladora, tablóide britânico, o atacante o técnico RonaldodaeInglaterra, a modelo eoapresentadora sueco Sven-Goran de TV Eriksson, Daniela Cicarelli dedicou-se casaram-se a pedir desculpas em fevereiro, a dirigentes no Castelo e jogadores. de Chantilly, A pegadinha na França. O romance incluiu uma começou viagemem aosjunho Emirados de 2004, Árabes, quando jantares o Brasil e passeios derrotou de iate. a Argentina Lá, Eriksson por 3negociou x 1 no Mineirão, seu futurocom apóstrês a Copa golscom de Ronaldo um falso(todos xeque de árabe. pênalti). Nos encontros, Após o casamento, gravados pela o casal reportagem, anunciouafirmou que Cicarelli que Beckham estava grávida. Semanas e Owen teriam depois, lheaconfessado modelo perdeu estarem o bebê. tristes em seus times. Após mais Aumunião fiasco durou na Copa menos da Alemanha, três meses. o sueco Em maio, deixou o casal a seleção anunciou inglesa. o fim do

saladora, o atacanteoAilton, atacante de 32 Ronaldo anos, conhecido e a modelocomo e apresentadora “Queixada”,de fraturou TV Daniela a Cicarelli mandíbula casaram-se na derrotaem de 2fevereiro, x 1 para ono Hannover, Castelo pelo de Chantilly, Campeonato na França. Alemão. O romance Emprestado começou ao Hamburgo em junho pelo deBesiktas, 2004, quando da Turquia, o Brasil o atacante derrotouchocoua Argentina se com opor zagueiro 3 x 1 no Hanno Mineirão, Balitsch. comO três jogador golsbrasileiro de Ronaldo precisou (todosser de pênalti). operadoApós e teve o casamento, duas placasodecasal titânio anunciou implantadas que Cicarelli no maxilar. estava Artilheiro grávida. Semanas do Alemãodepois, na temporada a modelo 2003/2004, perdeu o bebê. com 28 gols, pelo Werder Bremen, AAilton uniãovoltou durouà menos Alemanha trêsapós meses. seisEm meses maio, na oTurquia. casal anunciou o fim do

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ternacional, reformas, o Maracanã o meia Tinga foi reaberto foi expulso por um no empate clássicoem emocionante. 1 x 1 contraOoBotafogo Glória, saiupelo na frente, Campeonato permitiuGaúcho. a virada,Formado mas terminou nas categorias vencendodeo Vasco base do porGrê5 x 3, mio, no confronto o jogador dos voltou entãoaolíderes Brasil,invictos depoisdo deCarioca. uma temporada A partidano foiExterior, assistida para por mais vestir dea40 camisa 000 torcedores, do rival eme2005. foi a primeira Assim como da história Tinga,sem vários a tradicional craques brasileiros geral, que deu voltaram lugar aaocadeiras. país neste Paraano assegurar para reforçar a visãoantigos dos torcedores rivais. São nos os novos casos assentos, do ex-corintiano o gramadoLuizão foi rebaixado (que ganharia em cercaa de Libertadores 1,5 metro.pelo Houve São Paulo também e, depois reformas denos umbares, mês nobanheiros, Japão, terminaria acessos eotribuna ano atuando de imprensa. pelo

ternacional, o atacante camaronês o meia Tinga Samuel foi expulso Eto’o, do noBarcelona, empate empor 1 xpouco 1 contra nãoo deixou Glória, o gramado pelo Campeonato com o jogoGaúcho. em andamento, Formadoindignado nas categorias com as deofensas base doracistas Grêmio, que partiam o jogador davoltou arquibancada ao Brasil,contra depois ele. deApós uma otemporada jogo, vencido no Exterior, pelo para Barcelona vestirpelo a camisa placar dode rival 2 xem 0, no 2005. estádio Assim La como Romareda, Tinga,Ronaldinho vários craques brasileiros Gaúcho garantiu voltaram queao teria paísabandonado neste ano para o campo reforçar comantigos o amigo, rivais. casoSão não os conseguisse casos do ex-corintiano convencê-loLuizão a desistir (que daganharia idéia. “Sea Libertadores Eto’o deixasse pelo a São Paulo partida, e, depois eu teriade idoum com mês ele”, no Japão, disse oterminaria craque brasileiro. o ano atuando pelo

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abril 2006

O adeus de um mestre

A luta de Fabrício O São Caetano rescindiu o contrato com o atacante Fabrício Carvalho. No início de 2005, exames realizados pelo Hospital do Coração diagnosticaram no coração do jogador uma anomalia chamada arritmia potencialmente maligna. Fabrício, porém, se recusou a realizar novos exames, que poderiam assegurar se ele teria condições de voltar a jogar. “O São Caetano deu toda a assistência ao Fabrício. Mas ele abandonou o tratamento. Não quis fazer o exame por medo. Acho que ele não está dando importância a isso. Talvez não goste de viver”, disse o presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza. Em abril, o atacante ingressou na Justiça para buscar o direito de voltar a jogar futebol. Em novembro, flertou com o Goiás.

▼ Perdas e danos Em agosto, um acidente na rodovia Régis Bitencourt causou a morte do quarto goleiro do São Paulo, Weverson, e da jogadora de vôlei do Finasa/Osasco Natalia Lane. O terceiro goleiro do São Paulo, Bruno, que dirigia o veículo, corre o risco de ficar tetraplégico. Em setembro, o volante do Cruzeiro Diogo, de 20 anos, sofreu uma parada cardiorrespiratória, após realizar uma corrida de 10 minutos no CT da equipe, em Belo Horizonte. Diogo precisou receber massagem cardíaca, respiração boca-a-boca e ser reanimado com o uso de um desfibrilador. No mesmo mês, o atacante uruguaio Dario Silva, que atuou por dez anos na Europa, teve parte da perna direita amputada, após um acidente automobilístico, em Montevidéu. Em novembro, o ex-jogador Sergi López, que atuou no Barcelona, morreu após ser atropelado por um trem, aos 39 anos. No mesmo mês, o ex-jogador da Matonense, Alex Sandro Souza Pereira, de 29 anos, morreu após parada cardiorrespiratória quando disputava partida amadora em Avaré (SP).

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Telê Santana deixou como legado a vitória do futebol-arte

Adriano: jejum de gols, baladas e imagem arranhada

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O ex-técnico de futebol Telê Santana morreu no dia 21 de abril, aos 74 anos, no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte (MG). Internado devido a uma infecção no abdômen no dia 25 de março, após passar mal em casa, Telê estava com a saúde bastante debilitada havia uma década, em função de um derrame cerebral sofrido em 1996. Técnico da seleção brasileira nas Copas de 1982 e 1986, Telê alcançou o topo do mundo no comando do São Paulo, ao conquistar o Mundial Interclubes em 1992 e 1993. Nascido em 26 de julho de 1931, em Itabirito (MG), Telê iniciou a carreira co-

mo ponta-direita do Fluminense, nos anos 50. Além do tricolor carioca, ainda atuou por Guarani e Vasco. Magro e com muito fôlego, ficou conhecido como “Fio de Esperança”. Estreou como técnico também no Fluminense, conquistando o Estadual de 1969. Em 1971, ganhou o primeiro Campeonato Brasileiro com o Atlético-MG. Antes de chegar à seleção, foi técnico do Grêmio e do Palmeiras. Mas seu grande momento aconteceu no São Paulo, onde conquistou um título brasileiro, dois estaduais, duas Copas Libertadores e dois Mundiais Interclubes, no começo dos anos 90.

Um craque em risco Adriano, o Imperador da Inter, coleciona pisadas na bola e vira reserva O ano que tinha tudo para se tornar o da consagração virou um período sombrio na vida do atacante Adriano, da Internazionale. Em março, o brasileiro desperdiçou um pênalti na vitória contra o Ajax, que garantiu a passagem do time às quartas-de-final da Liga dos Campeões. O Imperador, depois de 843 minutos sem marcar gols, havia desencantado na partida anterior, contra a Sampdoria, e voltava a ser a esperança na Liga. Mas o pênalti perdido seria o prenúncio de um ano marcado por insucessos em campo e confusões fora dele. Em julho, uma noite após a eliminação

★ E t ev e t a m b é m

da Copa do Mundo, diante da França, Adriano foi visto ao lado de Ronaldinho em uma boate em Barcelona. Em outubro, o Imperador ganhou liberação da Inter para passar um tempo no Brasil e “melhorar a cabeça”, dias depois de um jornal sueco publicar as fotos de uma festa em sua casa, em Milão. No Brasil, o jogador se expôs a situações que abalariam ainda mais sua imagem. No Rio, de chinelos e sem usar capacete, foi filmado andando na garupa de uma motocicleta, após comprar cervejas e energéticos em um posto de gasolina. À noite, foi visto seguidamente em bailes funk.

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Isso é Telê “Futebol é arte, é diversão, sem chutão pra frente.” “Se for para mandar meu time matar a jogada, dar pontapé no adversário ou ganhar com gol roubado, prefiro perder o jogo.” “Eu gosto de futebol. Se tiver uma pelada na rua, eu paro para ver.”

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★ E t ev e t a m b é m

Lyon é penta Com quatro rodadas de antecipação, o Lyon

solidariedade. Ronaldinho Gaúcho, do Barcelona, autografou bolas, camisetas e meias que foram doadas a crianças israelenses que foram vítimas de atentados terroristas. O craque decidiu contribuir para a causa após um pedido feito pela fundação israelense Uma Família, com quem o brasileiro mantém contato desde 2005. Essa foi a segunda vez que Ronaldinho autografou bolas para as crianças e a primeira vez que a fundação doou camisetas e meias usadas por ele. “Agradecemos a Ronaldinho Gaúcho por contribuir para que um sorriso apareça no rosto dessas crianças”, disse um representante da organização.

conquistou o pentacampeonato francês. E a equipe sequer precisou entrar em campo. A festa começou após a vitória do Lille sobre o Bordeaux, resultado que garantiu o título ao Lyon. Concentrados em Paris, para o jogo diante do Paris Saint-German, os jogadores foram para um salão do hotel comemorar. Em seguida, saíram pelas ruas da capital. O Lyon foi o primeiro clube a conquistar o penta na França. Antes, o SaintEtienne (1967-1970) e o Marselha (1989-1992) foram tetracampeões.

©1 PIER GIAVELLI; ©2 RENATO PIZZUTTO

Com uma vitória de 2 x 0 sobre a Portuguesa na Vila Belmiro, o Santos quebrou um jejum de 21 anos sem títulos estaduais. Pelo Brasil, a grande zebra nos estaduais foi o modesto Colo-Colo, que desbancou os grandes Bahia e Vitória e ficou com o título. A dupla Ba-Vi se revezava como campeões baianos havia 37 anos.

▼ Campeões estaduais Acre Alagoas Amapá Amazonas Bahia Ceará Distrito Federal Espírito Santo Goiás Maranhão Mato Grosso Mato Grosso do Sul Minas Gerais Pará Paraíba Paraná Pernambuco Piauí Rio de Janeiro Rio G. do Norte Rio G. do Sul Rondônia Roraima Santa Catarina São Paulo Sergipe Tocantins

Adesg Coruripe São José São Raimundo Colo-Colo Ceará Brasiliense Vitória Goiás Moto Club Operário Atlético Coxim Cruzeiro Paysandu Treze Paraná Sport Parnahyba Botafogo Baraúnas Grêmio Ulbra Ji-Paraná Baré Figueirense Santos Pirambu Araguaína

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Craque solidário O melhor jogador do mundo mostrou ser também um craque da

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Balaio Brasil

Sub-15 galáctico

O atacante Neymar, de 14 anos, ganhou status de craque internacional. Apontado como o “novo Robinho”, o garoto do Santos atraiu o interesse de clubes brasileiros e estrangeiros. Além do Barcelona e do Real Madrid, o Manchester United também estaria interessado no jogador, avaliado em 25 milhões de dólares. O assédio obrigou o Santos a negociar com os pais e com o procurador de Neymar, Wagner Ribeiro (o mesmo de Robinho). O clube assegurou o vínculo com Neymar até que ele complete 21 anos de idade.

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O adeus de um mestre

A luta de Fabrício O São Caetano rescindiu o contrato com o atacante Fabrício Carvalho. No início de 2005, exames realizados pelo Hospital do Coração diagnosticaram no coração do jogador uma anomalia chamada arritmia potencialmente maligna. Fabrício, porém, se recusou a realizar novos exames, que poderiam assegurar se ele teria condições de voltar a jogar. “O São Caetano deu toda a assistência ao Fabrício. Mas ele abandonou o tratamento. Não quis fazer o exame por medo. Acho que ele não está dando importância a isso. Talvez não goste de viver”, disse o presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza. Em abril, o atacante ingressou na Justiça para buscar o direito de voltar a jogar futebol. Em novembro, flertou com o Goiás.

▼ Perdas e danos Em agosto, um acidente na rodovia Régis Bitencourt causou a morte do quarto goleiro do São Paulo, Weverson, e da jogadora de vôlei do Finasa/Osasco Natalia Lane. O terceiro goleiro do São Paulo, Bruno, que dirigia o veículo, corre o risco de ficar tetraplégico. Em setembro, o volante do Cruzeiro Diogo, de 20 anos, sofreu uma parada cardiorrespiratória, após realizar uma corrida de 10 minutos no CT da equipe, em Belo Horizonte. Diogo precisou receber massagem cardíaca, respiração boca-a-boca e ser reanimado com o uso de um desfibrilador. No mesmo mês, o atacante uruguaio Dario Silva, que atuou por dez anos na Europa, teve parte da perna direita amputada, após um acidente automobilístico, em Montevidéu. Em novembro, o ex-jogador Sergi López, que atuou no Barcelona, morreu após ser atropelado por um trem, aos 39 anos. No mesmo mês, o ex-jogador da Matonense, Alex Sandro Souza Pereira, de 29 anos, morreu após parada cardiorrespiratória quando disputava partida amadora em Avaré (SP).

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Telê Santana deixou como legado a vitória do futebol-arte

Adriano: jejum de gols, baladas e imagem arranhada

©1

O ex-técnico de futebol Telê Santana morreu no dia 21 de abril, aos 74 anos, no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte (MG). Internado devido a uma infecção no abdômen no dia 25 de março, após passar mal em casa, Telê estava com a saúde bastante debilitada havia uma década, em função de um derrame cerebral sofrido em 1996. Técnico da seleção brasileira nas Copas de 1982 e 1986, Telê alcançou o topo do mundo no comando do São Paulo, ao conquistar o Mundial Interclubes em 1992 e 1993. Nascido em 26 de julho de 1931, em Itabirito (MG), Telê iniciou a carreira co-

mo ponta-direita do Fluminense, nos anos 50. Além do tricolor carioca, ainda atuou por Guarani e Vasco. Magro e com muito fôlego, ficou conhecido como “Fio de Esperança”. Estreou como técnico também no Fluminense, conquistando o Estadual de 1969. Em 1971, ganhou o primeiro Campeonato Brasileiro com o Atlético-MG. Antes de chegar à seleção, foi técnico do Grêmio e do Palmeiras. Mas seu grande momento aconteceu no São Paulo, onde conquistou um título brasileiro, dois estaduais, duas Copas Libertadores e dois Mundiais Interclubes, no começo dos anos 90.

Um craque em risco Adriano, o Imperador da Inter, coleciona pisadas na bola e vira reserva O ano que tinha tudo para se tornar o da consagração virou um período sombrio na vida do atacante Adriano, da Internazionale. Em março, o brasileiro desperdiçou um pênalti na vitória contra o Ajax, que garantiu a passagem do time às quartas-de-final da Liga dos Campeões. O Imperador, depois de 843 minutos sem marcar gols, havia desencantado na partida anterior, contra a Sampdoria, e voltava a ser a esperança na Liga. Mas o pênalti perdido seria o prenúncio de um ano marcado por insucessos em campo e confusões fora dele. Em julho, uma noite após a eliminação

★ E t ev e t a m b é m

da Copa do Mundo, diante da França, Adriano foi visto ao lado de Ronaldinho em uma boate em Barcelona. Em outubro, o Imperador ganhou liberação da Inter para passar um tempo no Brasil e “melhorar a cabeça”, dias depois de um jornal sueco publicar as fotos de uma festa em sua casa, em Milão. No Brasil, o jogador se expôs a situações que abalariam ainda mais sua imagem. No Rio, de chinelos e sem usar capacete, foi filmado andando na garupa de uma motocicleta, após comprar cervejas e energéticos em um posto de gasolina. À noite, foi visto seguidamente em bailes funk.

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Isso é Telê “Futebol é arte, é diversão, sem chutão pra frente.” “Se for para mandar meu time matar a jogada, dar pontapé no adversário ou ganhar com gol roubado, prefiro perder o jogo.” “Eu gosto de futebol. Se tiver uma pelada na rua, eu paro para ver.”

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Lyon é penta Com quatro rodadas de antecipação, o Lyon

solidariedade. Ronaldinho Gaúcho, do Barcelona, autografou bolas, camisetas e meias que foram doadas a crianças israelenses que foram vítimas de atentados terroristas. O craque decidiu contribuir para a causa após um pedido feito pela fundação israelense Uma Família, com quem o brasileiro mantém contato desde 2005. Essa foi a segunda vez que Ronaldinho autografou bolas para as crianças e a primeira vez que a fundação doou camisetas e meias usadas por ele. “Agradecemos a Ronaldinho Gaúcho por contribuir para que um sorriso apareça no rosto dessas crianças”, disse um representante da organização.

conquistou o pentacampeonato francês. E a equipe sequer precisou entrar em campo. A festa começou após a vitória do Lille sobre o Bordeaux, resultado que garantiu o título ao Lyon. Concentrados em Paris, para o jogo diante do Paris Saint-German, os jogadores foram para um salão do hotel comemorar. Em seguida, saíram pelas ruas da capital. O Lyon foi o primeiro clube a conquistar o penta na França. Antes, o SaintEtienne (1967-1970) e o Marselha (1989-1992) foram tetracampeões.

©1 PIER GIAVELLI; ©2 RENATO PIZZUTTO

Com uma vitória de 2 x 0 sobre a Portuguesa na Vila Belmiro, o Santos quebrou um jejum de 21 anos sem títulos estaduais. Pelo Brasil, a grande zebra nos estaduais foi o modesto Colo-Colo, que desbancou os grandes Bahia e Vitória e ficou com o título. A dupla Ba-Vi se revezava como campeões baianos havia 37 anos.

▼ Campeões estaduais Acre Alagoas Amapá Amazonas Bahia Ceará Distrito Federal Espírito Santo Goiás Maranhão Mato Grosso Mato Grosso do Sul Minas Gerais Pará Paraíba Paraná Pernambuco Piauí Rio de Janeiro Rio G. do Norte Rio G. do Sul Rondônia Roraima Santa Catarina São Paulo Sergipe Tocantins

Adesg Coruripe São José São Raimundo Colo-Colo Ceará Brasiliense Vitória Goiás Moto Club Operário Atlético Coxim Cruzeiro Paysandu Treze Paraná Sport Parnahyba Botafogo Baraúnas Grêmio Ulbra Ji-Paraná Baré Figueirense Santos Pirambu Araguaína

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Craque solidário O melhor jogador do mundo mostrou ser também um craque da

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Balaio Brasil

Sub-15 galáctico

O atacante Neymar, de 14 anos, ganhou status de craque internacional. Apontado como o “novo Robinho”, o garoto do Santos atraiu o interesse de clubes brasileiros e estrangeiros. Além do Barcelona e do Real Madrid, o Manchester United também estaria interessado no jogador, avaliado em 25 milhões de dólares. O assédio obrigou o Santos a negociar com os pais e com o procurador de Neymar, Wagner Ribeiro (o mesmo de Robinho). O clube assegurou o vínculo com Neymar até que ele complete 21 anos de idade.

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maio 2006

junho 2006

Bota suja

de empate só aconteceu aos 31 minutos do segundo tempo, com Eto’o. Em um time cheio de estrelas, Belletti saiu do banco e virou herói do título, marcando aos 41. Mais de uma hora depois do apito final, o lateral voltou a campo com o estádio vazio. Sozinho, de chinelos, ajoelhou e ficou olhando para a trave onde havia marcado. “Pensei no meu filho, que um dia vai poder contar que o pai dele ajudou o Barcelona a conquistar a Liga dos Campeões”, disse depois. O gol foi um alento ao lateral-direito, que poucos dias antes havia sido preterido por Carlos Alberto Parreira na convocação da seleção que disputaria a Copa da Alemanha — o técnico preferiu Cicinho para a reserva de Cafu.

A Juventus comemorou seu 29º título italiano ao derrotar o Bari por 2 x 0. Dois meses depois, porém, a Federação Italiana proclamou a Internazionale como campeã da temporada 2005-06. A Juve teve o título cassado e o rebaixamento à série B decretado por estar envolvida em um escândalo de manipulação de resultados denunciado após o campeonato. Vice-campeão, o Milan também foi punido com a perda de 30 pontos. Além disso, o time de Kaká, embora tenha continuado na primeira divisão, foi condenado a iniciar a temporada 200607 com oito pontos negativos. Lazio e Fiorentina também foram punidas.

▼ Penas dos envolvidos Juventus – Teve também cassada a conquista de 2004-05. Iniciou a série B com nove pontos a menos. Os dirigentes Luciano Moggi e Antonio Giraudo foram suspensos por cinco anos. Lazio – Perdeu 30 pontos na Liga 2005-06, mas segue na série A. No atual torneio, teve três pontos descontados. O presidente do clube, Claudio Lotito, foi suspenso por três anos e meio. Fiorentina – Outra a perder 30 pontos em 2005-06. Seguiu na série A em 2006-07, com 15 pontos a menos. O dono, Diego Vale, levou quatro anos de suspensão e multa de 30 000 euros. Seu irmão, Andrea, presidente do clube, foi suspenso por três anos e meio. Milan – Joga a atual temporada do Italiano com oito pontos a menos. O vice-presidente do clube e presidente da Liga da Itália, Adriano Galliani, foi suspenso por um ano. Federação Italiana – O ex-presidente Franco Carraro e o árbitro Massimo De Santis foram suspensos por quatro anos e meio. O ex-dirigente da Comissão de Arbitragem Pierluigi Pairetto e o ex-presidente da Associação de Árbitros Tulio Lanese pegaram dois anos e meio de suspensão.

Belletti beija a medalha de campeão europeu

©1

Barba e cabelo

Duas semanas antes do triunfo na França, o Barcelona já havia conquistado o bicampeonato espanhol. A festa aconteceu duEsquecido por Parreira para a Copa do Mundo, rante o confronto com o Celta, em Vigo. Com a derrota consulateral sai da reserva e faz o gol do título mada do Valencia diante do do Barcelona na Liga dos Campeões Mallorca, o Barça entrou em Com um gol de Belletti, o Barcelona vicampo para o segundo tempo já com o tírou o jogo diante do Arsenal, no Stade de tulo assegurado. Ao final, para dar ainda France, e conquistou o título da Liga dos mais brilho à festa, o time de Ronaldinho Campeões. Mesmo com um homem a Gaúcho e Deco bateu o Celta por 1 x 0, mais desde a expulsão do goleiro Jens com o 25º gol na competição de Eto’o. Kehmann, ainda na etapa inicial, o Barça Ronaldinho, que disputou 28 jogos pelo sofreu para chegar à área dos ingleses, Espanhol, com 16 gols e 11 assistências, que saíram na frente com um gol do zadeixou o campo aplaudido aos 11 minutos gueiro Campbell, aos 36 minutos. O gol do segundo tempo.

Belletti eterno

★ E t ev e t a m b é m

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

Freguesia verde Na reedição de um duelo de 2005, São Paulo e Palmeiras se enfrentaram novamente pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores, no começo de maio. Da mesma forma que em 2005 – quando se classificou com duas vitórias (1 x 0 e 2 x 0) –, mais uma vez o Tricolor levou a melhor sobre o rival. Depois de um empate em 1 x 1 no Parque Antártica, em uma partida fraca tecnicamente, os são-paulinos comemoraram a classificação com uma vitória de 2 x 1 no Morumbi. O gols foram de Aloísio e Rogério Ceni, para o São Paulo, e Washington, para o Verdão. O árbitro Wilson de Souza Mendonça teve sua atuação criticada pelas duas direções.

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©2

O crepúsculo de Fiori O radialista esportivo Fiori Gigliotti morreu aos 77 anos, por falência múltipla de órgãos, no Hospital Alvorada, em São Paulo. Famoso por bordões

Carlos Alberto e Marcelo Mattos lamentam derrota alvinegra: Corinthians e Palmeiras na zona de rebaixamento

como “Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo” e “Crepúsculo de jogo”, Fiori estava internado havia uma semana, com problemas de úlcera e na próstata. Com uma carreira extensa, Fiori atuou sempre em emissoras de São Paulo, com passagens marcantes nas rádios

Unidos pela draga

Pan-Americana (atual Jovem Pan),

Corinthians e Palmeiras entram no recesso para a Copa na zona da degola

Fiori: a voz do gol

Corintianos e palmeirenses não conseguiram esquecer o Campeonato Brasileiro durante a Copa do Mundo. Após a rodada do Brasileirão em 4 de junho, a última antes do recesso para a disputa do Mundial na Alemanha, as duas equipes permaneceriam na zona de rebaixamento durante mais de um mês. Os resultados dos dois times às vésperas da Copa deixaram as torcidas em alerta: em casa, o Corinthians levou 2 x 0 do Flamengo. Já o Palmeiras, fora de casa, perdeu pelo mesmo placar para o Atlético-PR. Na ponta de cima da tabela, Internacional e São Paulo, que ao final viriam a ser os dois primeiros colocados, ocupavam, pela ordem, a segunda e a terceira posições antes da Copa. O Campeonato

★ E t ev e t a m b é m

Bandeirantes, Record e Capital.

Brasileiro foi retomado no dia 12 de julho, uma quarta-feira.

▼ Classificação OS CINCO PRIMEIROS POS. ANTES DA COPA 1º Cruzeiro 2º Internacional 3º São Paulo 4º Fluminense 5º Santos OS QUATRO ÚLTIMOS POS. ANTES DA COPA 17º Fortaleza 18º Corinthians 19º Palmeiras 20º Santa Cruz

FINAL São Paulo Internacional Grêmio Santos Paraná FINAL Ponte Preta São Caetano Fortaleza Santa Cruz

©3

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Mineiro na Copa

O volante Mineiro embarcou para a Suíça para completar o grupo da seleção brasileira. Um dos destaques do São Paulo nas últimas temporadas, o meio-campista foi chamado para o lugar de Edmílson, cortado em função de uma lesão no joelho. Enquanto Mineiro viajava para disputar sua primeira Copa do Mundo, Edmílson foi operado, em São Paulo, em uma cirurgia que durou cerca de 40 minutos.

©1 ALEXANDRE BATTIBUGLI; ©2 RENATO PIZZUTTO; ©3 ALEXANDRE TOKITAKA

Animal na geladeira Substituído na partida contra o Palmeiras, Edmundo deixou o campo reclamando do técnico Tite. Resultado: acabou barrado por indisciplina para a partida contra o Atlético-PR, em Curitiba. “Eu tenho responsabilidade em cima da disciplina. Tem um componente disciplinar, não em relação ao Tite, mas em relação à entidade”, justificou o treinador, que deixou Edmundo fora até do banco de reservas.

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PLACAR2007 RETRO-maijun

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Bota suja

de empate só aconteceu aos 31 minutos do segundo tempo, com Eto’o. Em um time cheio de estrelas, Belletti saiu do banco e virou herói do título, marcando aos 41. Mais de uma hora depois do apito final, o lateral voltou a campo com o estádio vazio. Sozinho, de chinelos, ajoelhou e ficou olhando para a trave onde havia marcado. “Pensei no meu filho, que um dia vai poder contar que o pai dele ajudou o Barcelona a conquistar a Liga dos Campeões”, disse depois. O gol foi um alento ao lateral-direito, que poucos dias antes havia sido preterido por Carlos Alberto Parreira na convocação da seleção que disputaria a Copa da Alemanha — o técnico preferiu Cicinho para a reserva de Cafu.

A Juventus comemorou seu 29º título italiano ao derrotar o Bari por 2 x 0. Dois meses depois, porém, a Federação Italiana proclamou a Internazionale como campeã da temporada 2005-06. A Juve teve o título cassado e o rebaixamento à série B decretado por estar envolvida em um escândalo de manipulação de resultados denunciado após o campeonato. Vice-campeão, o Milan também foi punido com a perda de 30 pontos. Além disso, o time de Kaká, embora tenha continuado na primeira divisão, foi condenado a iniciar a temporada 200607 com oito pontos negativos. Lazio e Fiorentina também foram punidas.

▼ Penas dos envolvidos Juventus – Teve também cassada a conquista de 2004-05. Iniciou a série B com nove pontos a menos. Os dirigentes Luciano Moggi e Antonio Giraudo foram suspensos por cinco anos. Lazio – Perdeu 30 pontos na Liga 2005-06, mas segue na série A. No atual torneio, teve três pontos descontados. O presidente do clube, Claudio Lotito, foi suspenso por três anos e meio. Fiorentina – Outra a perder 30 pontos em 2005-06. Seguiu na série A em 2006-07, com 15 pontos a menos. O dono, Diego Vale, levou quatro anos de suspensão e multa de 30 000 euros. Seu irmão, Andrea, presidente do clube, foi suspenso por três anos e meio. Milan – Joga a atual temporada do Italiano com oito pontos a menos. O vice-presidente do clube e presidente da Liga da Itália, Adriano Galliani, foi suspenso por um ano. Federação Italiana – O ex-presidente Franco Carraro e o árbitro Massimo De Santis foram suspensos por quatro anos e meio. O ex-dirigente da Comissão de Arbitragem Pierluigi Pairetto e o ex-presidente da Associação de Árbitros Tulio Lanese pegaram dois anos e meio de suspensão.

Belletti beija a medalha de campeão europeu

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Barba e cabelo

Duas semanas antes do triunfo na França, o Barcelona já havia conquistado o bicampeonato espanhol. A festa aconteceu duEsquecido por Parreira para a Copa do Mundo, rante o confronto com o Celta, em Vigo. Com a derrota consulateral sai da reserva e faz o gol do título mada do Valencia diante do do Barcelona na Liga dos Campeões Mallorca, o Barça entrou em Com um gol de Belletti, o Barcelona vicampo para o segundo tempo já com o tírou o jogo diante do Arsenal, no Stade de tulo assegurado. Ao final, para dar ainda France, e conquistou o título da Liga dos mais brilho à festa, o time de Ronaldinho Campeões. Mesmo com um homem a Gaúcho e Deco bateu o Celta por 1 x 0, mais desde a expulsão do goleiro Jens com o 25º gol na competição de Eto’o. Kehmann, ainda na etapa inicial, o Barça Ronaldinho, que disputou 28 jogos pelo sofreu para chegar à área dos ingleses, Espanhol, com 16 gols e 11 assistências, que saíram na frente com um gol do zadeixou o campo aplaudido aos 11 minutos gueiro Campbell, aos 36 minutos. O gol do segundo tempo.

Belletti eterno

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Freguesia verde Na reedição de um duelo de 2005, São Paulo e Palmeiras se enfrentaram novamente pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores, no começo de maio. Da mesma forma que em 2005 – quando se classificou com duas vitórias (1 x 0 e 2 x 0) –, mais uma vez o Tricolor levou a melhor sobre o rival. Depois de um empate em 1 x 1 no Parque Antártica, em uma partida fraca tecnicamente, os são-paulinos comemoraram a classificação com uma vitória de 2 x 1 no Morumbi. O gols foram de Aloísio e Rogério Ceni, para o São Paulo, e Washington, para o Verdão. O árbitro Wilson de Souza Mendonça teve sua atuação criticada pelas duas direções.

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O crepúsculo de Fiori O radialista esportivo Fiori Gigliotti morreu aos 77 anos, por falência múltipla de órgãos, no Hospital Alvorada, em São Paulo. Famoso por bordões

Carlos Alberto e Marcelo Mattos lamentam derrota alvinegra: Corinthians e Palmeiras na zona de rebaixamento

como “Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo” e “Crepúsculo de jogo”, Fiori estava internado havia uma semana, com problemas de úlcera e na próstata. Com uma carreira extensa, Fiori atuou sempre em emissoras de São Paulo, com passagens marcantes nas rádios

Unidos pela draga

Pan-Americana (atual Jovem Pan),

Corinthians e Palmeiras entram no recesso para a Copa na zona da degola

Fiori: a voz do gol

Corintianos e palmeirenses não conseguiram esquecer o Campeonato Brasileiro durante a Copa do Mundo. Após a rodada do Brasileirão em 4 de junho, a última antes do recesso para a disputa do Mundial na Alemanha, as duas equipes permaneceriam na zona de rebaixamento durante mais de um mês. Os resultados dos dois times às vésperas da Copa deixaram as torcidas em alerta: em casa, o Corinthians levou 2 x 0 do Flamengo. Já o Palmeiras, fora de casa, perdeu pelo mesmo placar para o Atlético-PR. Na ponta de cima da tabela, Internacional e São Paulo, que ao final viriam a ser os dois primeiros colocados, ocupavam, pela ordem, a segunda e a terceira posições antes da Copa. O Campeonato

★ E t ev e t a m b é m

Bandeirantes, Record e Capital.

Brasileiro foi retomado no dia 12 de julho, uma quarta-feira.

▼ Classificação OS CINCO PRIMEIROS POS. ANTES DA COPA 1º Cruzeiro 2º Internacional 3º São Paulo 4º Fluminense 5º Santos OS QUATRO ÚLTIMOS POS. ANTES DA COPA 17º Fortaleza 18º Corinthians 19º Palmeiras 20º Santa Cruz

FINAL São Paulo Internacional Grêmio Santos Paraná FINAL Ponte Preta São Caetano Fortaleza Santa Cruz

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Mineiro na Copa

O volante Mineiro embarcou para a Suíça para completar o grupo da seleção brasileira. Um dos destaques do São Paulo nas últimas temporadas, o meio-campista foi chamado para o lugar de Edmílson, cortado em função de uma lesão no joelho. Enquanto Mineiro viajava para disputar sua primeira Copa do Mundo, Edmílson foi operado, em São Paulo, em uma cirurgia que durou cerca de 40 minutos.

©1 ALEXANDRE BATTIBUGLI; ©2 RENATO PIZZUTTO; ©3 ALEXANDRE TOKITAKA

Animal na geladeira Substituído na partida contra o Palmeiras, Edmundo deixou o campo reclamando do técnico Tite. Resultado: acabou barrado por indisciplina para a partida contra o Atlético-PR, em Curitiba. “Eu tenho responsabilidade em cima da disciplina. Tem um componente disciplinar, não em relação ao Tite, mas em relação à entidade”, justificou o treinador, que deixou Edmundo fora até do banco de reservas.

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PLACAR2007 RETRO-COPA

12/18/06

5:07 PM

Page 70

janeiro 2005 copa 2006 ▼ LERO-LERO Todos se empenharam, o trabalho foi intenso, mas infelizmente pegamos um grande time, com experiência. Não tenho arrependimentos. Ninguém estava preparado para voltar agora

‘‘

Carlos Alberto Parreira

’’

O sentimento de favoritismo atrapalhou, pois acabou criando um clima de oba-oba em alguns momentos. Não tenho dúvida de que isso aconteceu Lúcio

‘‘

’’ ‘‘ ’’

O Roberto (Carlos) realmente não poderia estar levantando o meião no momento em que o Zidane cobrava uma falta perigosa. Mas a culpa da derrota não foi só dele Gilberto

Os recordes de Ronaldo e Cafu

fevereiro copa 20062005

Faltou vontade Seleção brasileira não justifica a badalação e decepciona o mundo na Alemanha O que era para ser a consagração de uma seleção recheada de talentos, a afirmação de uma geração como a melhor e mais bem-sucedida da história do futebol brasileiro, terminou em um gol de Henry. O lance que decretou a derrota da seleção brasileira para a França nas quartas-definal da Copa da Alemanha é emblemático. Bola cruzada por Zidane na segunda trave, e o homem que deveria acompanhar Henry arrumava a meia, estático. Era Roberto Carlos. Sempre avesso a reconhecer erros, ele diria depois, em uma entrevista reveladora veiculada pelo Sportv, que não tinha mais vontade de servir à seleção brasileira. Pelo que se viu na Alemanha, o lateral não estava sozinho. Ronaldo e Adriano se apresentaram visivelmente acima do peso. Os treinos foram marcados pela presença maciça dos torcedores. Posteriormente, Emerson disse à Placar que isso prejudicou a equipe. “Tinha que ter mais concentração no trabalho, e não vi isso. Acho que

faltou compromisso. Muitas seleções fizeram vários bons amistosos antes. O Brasil fez dois”, afirmou, cutucando a comissão técnica. “Aqueles que foram campeões em 2002 já sabiam que seus nomes estavam na galeria do futebol brasileiro, independentemente do resultado nesta Copa”, disse Juninho Pernambucano. A seleção apresentou um futebol burocrático em quase todos os cinco jogos. Só jogou razoavelmente bem contra o Japão, quando já não valia mais nada, o adversário era frágil e entraram os reservas. Parreira, inerte, se negou a mudar o time. Ronaldinho, o melhor jogador do mundo, não foi nem sombra do que é no Barcelona. Cafu e Roberto Carlos, ao contrário de Dida, não se recuperaram da má fase que apresentavam em seus clubes, como previa a Placar de fevereiro. E o quadrado mágico formado por Kaká, Ronaldinho, Adriano e Ronaldo, como havia adiantado a Placar em sua capa de maio, não podia mesmo jogar junto... ©1

Apesar da decepção do time como um todo, dois jogadores comemoraram a superação de recordes particulares. Enquanto Ronaldo se tornava o maior artilheiro de todas as Copas, com 15 gols, Cafu passou a ser o jogador brasileiro com mais partidas disputadas em Mundiais: 20. Coincidência ou não, a dupla esteve entre os jogadores mais visados pelas críticas após a eliminação.

Fui insultado com palavras muito duras. Prefiro levar um soco na cara a ouvir as palavras proferidas por esse jogador

‘‘

Zidane

‘‘

Cabeça dura, miolo mole

Materazzi

Craque francês pisa na bola em sua despedida, perde a compostura e o título Zinedine Zidane foi o nome do jogo contra o Brasil, nas quartas-de-final. E também da Copa 2006. Diante dos brasileiros, o craque driblou, lançou, cadenciou o jogo e, para arrematar, aplicou um chapéu desconcertante no amigo Ronaldo, companheiro de Real Madrid. Zidane parece se divertir em humilhar o Brasil. Foi assim em 1998, quando marcou dois gols na decisão da Copa. E assim foi em 2006. Mais um show, inesquecível para os franceses, doloroso para os brasileiros. A final era sua despedida anunciada do futebol. Era para ser de gala, e assim co-

meçou. Contra os italianos, Zidane abriu o placar de pênalti — uma cavadinha contra Buffon, o melhor goleiro do mundo. Ela tocou no travessão e entrou. Mas, no segundo tempo da prorrogação, o francês deu uma cabeçada em Materazzi e foi expulso. O italiano teria atentado contra a honra de sua família, e Zidane caiu como um novato. Mas o fato não foi suficiente para que perdesse o título de craque do Mundial. Os fãs de futebol, mesmo reprovando sua atitude, terão sempre na lembrança as grandes jogadas de um dos maiores craques de todos os tempos.

Para desgosto da rainha

“Então, quando ele cruzar, eu vou abaixar pra arrumar a meia e aí você entra...”

Já é comum ver os torcedores ingleses desembarcarem em Copas do Mundo cheios de bossa e passarem os últimos dias do Mundial visitando pontos turísticos do país-sede. Mas desta vez a decepção dos britânicos foi maior. Com a melhor geração de jogadores dos últimos 40 anos, a Inglaterra foi eliminada por Portugal, de Felipão, nos pênaltis, nas quartas-de-final. A imprensa inglesa considerou o técnico SvenGoran Eriksson o principal culpado. Além da pegadinha de um tablóide sensacionalista de que foi vítima no começo do ano (discutiu contrato com um falso xeque árabe e cometeu deselegâncias com alguns jogadores), que contribuiu para o desgaste de sua imagem, o sueco não foi capaz de transformar em um bom time um elenco de craques como Terry, Ferdinand, Beckham, Rooney, Lampard e Gerrard, entre outros. ©FOTOS ALEXANDRE BATTIBUGLI

’’

Eu agarrei seu uniforme, ele virou para mim, me olhou com tremenda arrogância, de cima a baixo, e disse: ‘Se você quer minha camisa, te darei depois’. Respondi com um insulto, é verdade

©1

’’

Também não disse nada sobre a mãe dele

‘‘

’’

Materazzi (em entrevista onde negou ofensas de caráter religioso, racista e político a Zidane)

Apóio meu filho por defender a honra da família. Algumas coisas são mais importantes que o futebol. Se o Materazzi disse mesmo aquilo, quero seus testículos no prato

‘‘

Malika (mãe de Zidane)

Cafu e Ronaldo: a Copa foi boa pra eles

7 0 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

▼ CABEÇADAS

Zidane lustra a cabeça que, depois, acariciaria o peito de Materazzi

’’

Ele (Zidane) agia assim quando estava na Juventus

‘‘ ’’ ‘‘ Zambrotta

Sei que você viveu o momento mais intenso e mais duro da sua carreira, mas quero dizer que, apesar disso, você tem a admiração e a afeição de toda a nação, assim como meu respeito Lampard: mais uma eliminação

Jacques Chirac (presidente da França, em homenagem a Zidane, na chegada da seleção ao país)

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Carlos Alberto Parreira

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O sentimento de favoritismo atrapalhou, pois acabou criando um clima de oba-oba em alguns momentos. Não tenho dúvida de que isso aconteceu Lúcio

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O Roberto (Carlos) realmente não poderia estar levantando o meião no momento em que o Zidane cobrava uma falta perigosa. Mas a culpa da derrota não foi só dele Gilberto

Os recordes de Ronaldo e Cafu

fevereiro copa 20062005

Faltou vontade Seleção brasileira não justifica a badalação e decepciona o mundo na Alemanha O que era para ser a consagração de uma seleção recheada de talentos, a afirmação de uma geração como a melhor e mais bem-sucedida da história do futebol brasileiro, terminou em um gol de Henry. O lance que decretou a derrota da seleção brasileira para a França nas quartas-definal da Copa da Alemanha é emblemático. Bola cruzada por Zidane na segunda trave, e o homem que deveria acompanhar Henry arrumava a meia, estático. Era Roberto Carlos. Sempre avesso a reconhecer erros, ele diria depois, em uma entrevista reveladora veiculada pelo Sportv, que não tinha mais vontade de servir à seleção brasileira. Pelo que se viu na Alemanha, o lateral não estava sozinho. Ronaldo e Adriano se apresentaram visivelmente acima do peso. Os treinos foram marcados pela presença maciça dos torcedores. Posteriormente, Emerson disse à Placar que isso prejudicou a equipe. “Tinha que ter mais concentração no trabalho, e não vi isso. Acho que

faltou compromisso. Muitas seleções fizeram vários bons amistosos antes. O Brasil fez dois”, afirmou, cutucando a comissão técnica. “Aqueles que foram campeões em 2002 já sabiam que seus nomes estavam na galeria do futebol brasileiro, independentemente do resultado nesta Copa”, disse Juninho Pernambucano. A seleção apresentou um futebol burocrático em quase todos os cinco jogos. Só jogou razoavelmente bem contra o Japão, quando já não valia mais nada, o adversário era frágil e entraram os reservas. Parreira, inerte, se negou a mudar o time. Ronaldinho, o melhor jogador do mundo, não foi nem sombra do que é no Barcelona. Cafu e Roberto Carlos, ao contrário de Dida, não se recuperaram da má fase que apresentavam em seus clubes, como previa a Placar de fevereiro. E o quadrado mágico formado por Kaká, Ronaldinho, Adriano e Ronaldo, como havia adiantado a Placar em sua capa de maio, não podia mesmo jogar junto... ©1

Apesar da decepção do time como um todo, dois jogadores comemoraram a superação de recordes particulares. Enquanto Ronaldo se tornava o maior artilheiro de todas as Copas, com 15 gols, Cafu passou a ser o jogador brasileiro com mais partidas disputadas em Mundiais: 20. Coincidência ou não, a dupla esteve entre os jogadores mais visados pelas críticas após a eliminação.

Fui insultado com palavras muito duras. Prefiro levar um soco na cara a ouvir as palavras proferidas por esse jogador

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Zidane

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Cabeça dura, miolo mole

Materazzi

Craque francês pisa na bola em sua despedida, perde a compostura e o título Zinedine Zidane foi o nome do jogo contra o Brasil, nas quartas-de-final. E também da Copa 2006. Diante dos brasileiros, o craque driblou, lançou, cadenciou o jogo e, para arrematar, aplicou um chapéu desconcertante no amigo Ronaldo, companheiro de Real Madrid. Zidane parece se divertir em humilhar o Brasil. Foi assim em 1998, quando marcou dois gols na decisão da Copa. E assim foi em 2006. Mais um show, inesquecível para os franceses, doloroso para os brasileiros. A final era sua despedida anunciada do futebol. Era para ser de gala, e assim co-

meçou. Contra os italianos, Zidane abriu o placar de pênalti — uma cavadinha contra Buffon, o melhor goleiro do mundo. Ela tocou no travessão e entrou. Mas, no segundo tempo da prorrogação, o francês deu uma cabeçada em Materazzi e foi expulso. O italiano teria atentado contra a honra de sua família, e Zidane caiu como um novato. Mas o fato não foi suficiente para que perdesse o título de craque do Mundial. Os fãs de futebol, mesmo reprovando sua atitude, terão sempre na lembrança as grandes jogadas de um dos maiores craques de todos os tempos.

Para desgosto da rainha

“Então, quando ele cruzar, eu vou abaixar pra arrumar a meia e aí você entra...”

Já é comum ver os torcedores ingleses desembarcarem em Copas do Mundo cheios de bossa e passarem os últimos dias do Mundial visitando pontos turísticos do país-sede. Mas desta vez a decepção dos britânicos foi maior. Com a melhor geração de jogadores dos últimos 40 anos, a Inglaterra foi eliminada por Portugal, de Felipão, nos pênaltis, nas quartas-de-final. A imprensa inglesa considerou o técnico SvenGoran Eriksson o principal culpado. Além da pegadinha de um tablóide sensacionalista de que foi vítima no começo do ano (discutiu contrato com um falso xeque árabe e cometeu deselegâncias com alguns jogadores), que contribuiu para o desgaste de sua imagem, o sueco não foi capaz de transformar em um bom time um elenco de craques como Terry, Ferdinand, Beckham, Rooney, Lampard e Gerrard, entre outros. ©FOTOS ALEXANDRE BATTIBUGLI

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Eu agarrei seu uniforme, ele virou para mim, me olhou com tremenda arrogância, de cima a baixo, e disse: ‘Se você quer minha camisa, te darei depois’. Respondi com um insulto, é verdade

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Também não disse nada sobre a mãe dele

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Materazzi (em entrevista onde negou ofensas de caráter religioso, racista e político a Zidane)

Apóio meu filho por defender a honra da família. Algumas coisas são mais importantes que o futebol. Se o Materazzi disse mesmo aquilo, quero seus testículos no prato

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Malika (mãe de Zidane)

Cafu e Ronaldo: a Copa foi boa pra eles

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▼ CABEÇADAS

Zidane lustra a cabeça que, depois, acariciaria o peito de Materazzi

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Ele (Zidane) agia assim quando estava na Juventus

‘‘ ’’ ‘‘ Zambrotta

Sei que você viveu o momento mais intenso e mais duro da sua carreira, mas quero dizer que, apesar disso, você tem a admiração e a afeição de toda a nação, assim como meu respeito Lampard: mais uma eliminação

Jacques Chirac (presidente da França, em homenagem a Zidane, na chegada da seleção ao país)

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copa 2006

copa 2006

Mago holandês A Itália suou muito para conquistar sua vaga nas quartas-de-final. Em um jogo marcado pela disputa física no meio-campo e com poucas oportunidades de gol, a Azzurra só conseguiu derrotar a Austrália aos 50 minutos do segundo tempo, em uma penalidade bastante contestada. “Foi um pênalti questionável, mas o árbitro o marcou. Se ele caiu na área, foi por um contato normal”, disse o técnico Guus Hiddink, sobre a falta duvidosa de Lucas Neill em cima de Fabio Grosso. Mesmo com a eliminação, a Austrália comemorou a vaga obtida nas oitavas-de-final, em sua segunda participação em Copas do Mundo. A dificuldade imposta contra a Itália foi apenas mais uma mostra da competência de Hiddink, que em 2002 — no comando da Coréia do Sul — conseguiu tirar a Itália da Copa. Na ocasião, após deixar os italianos para trás, a Coréia acabou a competição em um histórico quarto lugar, transformando Hiddink em uma celebridade no mundo da bola. ©1

Hiddink hoje treina a seleção russa

Klinsmann comanda a Alemanha: de besta a bestial

Joga bonito, Argentina! Como o Brasil, os hermanos caíram nas quartas. Mas, pelo menos, deram show

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Orgulho de ser alemão Seleção de Klinsmann empolga e recupera o patriotismo dos anfitriões O técnico da Alemanha, Jürgen Klinsmann, chegou ao Mundial bastante contestado, especialmente por causa dos resultados obtidos no período anterior. A pressão chegou ao ápice após a goleada de 4 x 1 para a Itália, em amistoso no começo de março. Klinsmann foi atacado por todos os lados e chegou a ter sua saída do comando do time cogitada. Além dos maus resultados, o treinador ainda foi criticado por morar nos Estados Unidos e não comparecer a um encontro de técnicos que iriam ao Mundial. Mas bastou a Alemanha entrar em campo para a situação se reverter. O começo promissor, com a goleada de 4 x 2 sobre a Costa Rica, na estréia, e a vitória de 1 x 0 sobre a Polônia, reacendeu o orgulho alemão. Nas ruas, os alemães com suas bandeiras exibiam o otimismo que tomava conta de todo o país, depositando na dupla Podolski e Schweinsteiger a esperança do quarto título mundial. Nesse embalo, o time deixou para trás a Suécia, nas oitavas,

e a Argentina (nos pênaltis), nas quartas, seguindo firme até a semifinal, onde encontrou a Itália, sua algoz meses antes do Mundial. Em um contexto diferente — agora na prorrogação e valendo vaga na final —, a Azzurra voltou a levar a melhor. Mas os pupilos de Klinsmann já haviam honrado a camisa tricampeã mundial. No jogo de despedida, a vitória de 3 x 1 sobre Portugal carimbou de vez a aprovação dos alemães à trajetória da equipe, que ficou em terceiro lugar. A paz estava selada.

Capitão da reserva Logo após a vitória sobre Portugal, o goleiro Oliver Kahn, 37 anos — escolhido o melhor jogador da Copa de 2002 —, anunciou que não iria mais defender a seleção de seu país. Titular da Alemanha em 86 jogos, Kahn foi o capitão da equipe em 2002, mas perdeu a posição de titular para Jens Lehmann em 2006. Sua única participação no Mundial foi justamente no último jogo, contra os portugueses.

Esta foi minha última partida pela seleção. Foi uma época bonita, mas você tem que saber quando acaba Oliver Kahn (logo após a vitória sobre Portugal)

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©1

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Argentinos comemoram gol com a torcida: eles jogaram bem

Apesar do papelão após a eliminação contra a Alemanha, nas quartas — quando os jogadores partiram para a briga depois da eliminação nos pênaltis —, a seleção da Argentina produziu alguns dos momentos mais bonitos da Copa. Contra a Sérvia, o massacre de 6 x 0 teve um gol antológico: após uma longa e veloz troca de passes, Crespo devolveu de calcanhar a Cambiasso, que chutou forte, estufando as redes. Já contra o México, na prorrogação, o volante Maxi Rodríguez recebeu um lançamento de Sorín, dominou com o peito e bateu de canhota, sem deixar a bola cair, acertando o ângulo do goleiro Sánchez. Além dos aplausos de todos os fãs do futebol, o golaço — o terceiro do volante, que atua no Atlético de Madri — garantiu a presença argentina nas quartas, diante dos alemães.

Foi um instante. Depois que matei a bola no peito é que tive a idéia de chutar

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Maxi Rodriguez sobre o gol contra o México

O pau comeu O duelo entre Alemanha e Argentina pelas quartas-de-final foi o jogo mais violento da Copa. No total, foram cometidas 55 faltas. O árbitro eslovaco Lubos Michel distribuiu sete cartões amarelos, para Julio Cruz, Maxi Rodríguez, Mascherano e Sorín (Argentina), além de Podolski, Odonkor e Friedrich (Alemanha). A Argentina também bateu o recorde de faltas cometidas por uma seleção em uma partida (32, no total), superando Gana, que na primeira fase fez 31 infrações contra os Estados Unidos. ©1 ALEXANDRE BATTIBUGLI; ©2 RICARDO CORRÊA

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Triste ou feliz, Van Basten faz essa cara

Laranja podre O jogo entre Portugal e Holanda, pelas oitavas-de-final, foi um dos mais emocionantes da Copa. Além de ter sido um dos mais violentos — quatro expulsões e 12 cartões amarelos —, o duelo confrontou dois técnicos de estilos opostos. De um lado, o vibrante e motivador Felipão. De outro, o insosso Marco van Basten. Enquanto Felipão quase entrava em campo para empurrar seu time, van Basten, com seu ar blasé, mostrava apatia e um certo desdém pelo jogo, permanecendo estático no banco de reservas. Ele foi muito criticado por deixar o atacante van Nistelrooy no banco. O resultado da teimosia: Holanda, cheia de craques, eliminada, e Portugal nas oitavas. ©2

O capitão Sorín vai tomar satisfação com o alemão Borowski após a eliminação nos pênaltis: sangue quente J A N E I R O ★ 2 0 0 7 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ 7 3


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copa 2006

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Mago holandês A Itália suou muito para conquistar sua vaga nas quartas-de-final. Em um jogo marcado pela disputa física no meio-campo e com poucas oportunidades de gol, a Azzurra só conseguiu derrotar a Austrália aos 50 minutos do segundo tempo, em uma penalidade bastante contestada. “Foi um pênalti questionável, mas o árbitro o marcou. Se ele caiu na área, foi por um contato normal”, disse o técnico Guus Hiddink, sobre a falta duvidosa de Lucas Neill em cima de Fabio Grosso. Mesmo com a eliminação, a Austrália comemorou a vaga obtida nas oitavas-de-final, em sua segunda participação em Copas do Mundo. A dificuldade imposta contra a Itália foi apenas mais uma mostra da competência de Hiddink, que em 2002 — no comando da Coréia do Sul — conseguiu tirar a Itália da Copa. Na ocasião, após deixar os italianos para trás, a Coréia acabou a competição em um histórico quarto lugar, transformando Hiddink em uma celebridade no mundo da bola. ©1

Hiddink hoje treina a seleção russa

Klinsmann comanda a Alemanha: de besta a bestial

Joga bonito, Argentina! Como o Brasil, os hermanos caíram nas quartas. Mas, pelo menos, deram show

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Orgulho de ser alemão Seleção de Klinsmann empolga e recupera o patriotismo dos anfitriões O técnico da Alemanha, Jürgen Klinsmann, chegou ao Mundial bastante contestado, especialmente por causa dos resultados obtidos no período anterior. A pressão chegou ao ápice após a goleada de 4 x 1 para a Itália, em amistoso no começo de março. Klinsmann foi atacado por todos os lados e chegou a ter sua saída do comando do time cogitada. Além dos maus resultados, o treinador ainda foi criticado por morar nos Estados Unidos e não comparecer a um encontro de técnicos que iriam ao Mundial. Mas bastou a Alemanha entrar em campo para a situação se reverter. O começo promissor, com a goleada de 4 x 2 sobre a Costa Rica, na estréia, e a vitória de 1 x 0 sobre a Polônia, reacendeu o orgulho alemão. Nas ruas, os alemães com suas bandeiras exibiam o otimismo que tomava conta de todo o país, depositando na dupla Podolski e Schweinsteiger a esperança do quarto título mundial. Nesse embalo, o time deixou para trás a Suécia, nas oitavas,

e a Argentina (nos pênaltis), nas quartas, seguindo firme até a semifinal, onde encontrou a Itália, sua algoz meses antes do Mundial. Em um contexto diferente — agora na prorrogação e valendo vaga na final —, a Azzurra voltou a levar a melhor. Mas os pupilos de Klinsmann já haviam honrado a camisa tricampeã mundial. No jogo de despedida, a vitória de 3 x 1 sobre Portugal carimbou de vez a aprovação dos alemães à trajetória da equipe, que ficou em terceiro lugar. A paz estava selada.

Capitão da reserva Logo após a vitória sobre Portugal, o goleiro Oliver Kahn, 37 anos — escolhido o melhor jogador da Copa de 2002 —, anunciou que não iria mais defender a seleção de seu país. Titular da Alemanha em 86 jogos, Kahn foi o capitão da equipe em 2002, mas perdeu a posição de titular para Jens Lehmann em 2006. Sua única participação no Mundial foi justamente no último jogo, contra os portugueses.

Esta foi minha última partida pela seleção. Foi uma época bonita, mas você tem que saber quando acaba Oliver Kahn (logo após a vitória sobre Portugal)

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Argentinos comemoram gol com a torcida: eles jogaram bem

Apesar do papelão após a eliminação contra a Alemanha, nas quartas — quando os jogadores partiram para a briga depois da eliminação nos pênaltis —, a seleção da Argentina produziu alguns dos momentos mais bonitos da Copa. Contra a Sérvia, o massacre de 6 x 0 teve um gol antológico: após uma longa e veloz troca de passes, Crespo devolveu de calcanhar a Cambiasso, que chutou forte, estufando as redes. Já contra o México, na prorrogação, o volante Maxi Rodríguez recebeu um lançamento de Sorín, dominou com o peito e bateu de canhota, sem deixar a bola cair, acertando o ângulo do goleiro Sánchez. Além dos aplausos de todos os fãs do futebol, o golaço — o terceiro do volante, que atua no Atlético de Madri — garantiu a presença argentina nas quartas, diante dos alemães.

Foi um instante. Depois que matei a bola no peito é que tive a idéia de chutar

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Maxi Rodriguez sobre o gol contra o México

O pau comeu O duelo entre Alemanha e Argentina pelas quartas-de-final foi o jogo mais violento da Copa. No total, foram cometidas 55 faltas. O árbitro eslovaco Lubos Michel distribuiu sete cartões amarelos, para Julio Cruz, Maxi Rodríguez, Mascherano e Sorín (Argentina), além de Podolski, Odonkor e Friedrich (Alemanha). A Argentina também bateu o recorde de faltas cometidas por uma seleção em uma partida (32, no total), superando Gana, que na primeira fase fez 31 infrações contra os Estados Unidos. ©1 ALEXANDRE BATTIBUGLI; ©2 RICARDO CORRÊA

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Triste ou feliz, Van Basten faz essa cara

Laranja podre O jogo entre Portugal e Holanda, pelas oitavas-de-final, foi um dos mais emocionantes da Copa. Além de ter sido um dos mais violentos — quatro expulsões e 12 cartões amarelos —, o duelo confrontou dois técnicos de estilos opostos. De um lado, o vibrante e motivador Felipão. De outro, o insosso Marco van Basten. Enquanto Felipão quase entrava em campo para empurrar seu time, van Basten, com seu ar blasé, mostrava apatia e um certo desdém pelo jogo, permanecendo estático no banco de reservas. Ele foi muito criticado por deixar o atacante van Nistelrooy no banco. O resultado da teimosia: Holanda, cheia de craques, eliminada, e Portugal nas oitavas. ©2

O capitão Sorín vai tomar satisfação com o alemão Borowski após a eliminação nos pênaltis: sangue quente J A N E I R O ★ 2 0 0 7 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ 7 3


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copa 2006 Tenório cabeceia contra a Inglaterra

copa 2006

A pátria de bigodes

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PRIMEIRA FASE QUARTAS

Felipão leva Portugal a igualar seu melhor resultado em Copas do Mundo

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Debaixo do Equador Em sua segunda participação em Copas do Mundo, o Equador se consolida como uma das forças sul-americanas. A equipe chegou às oitavas-de-final após vitórias sobre Polônia (2 x 0) e Costa Rica (3 x 0). No último jogo da primeira fase, já classificado e com reservas, o time levou 3 x 0 dos alemães, mas conseguiu fazer um jogo equilibrado com os ingleses nas oitavas, perdendo a vaga após um gol de bola parada.

Quarenta anos depois, Portugal conseguiu repetir a façanha de 1966, chegando à semifinal da Copa do Mundo. Mesmo que o bigode pudesse induzir alguém a acreditar na nacionalidade lusitana, o sotaque do comandante nas coletivas após os jogos logo desfazia o mal-entendido. À testa do time estava o obstinado Luiz Felipe Scolari, multicampeão por Grêmio e Palmeiras, campeão mundial pelo Brasil em 2002, um gaúcho obcecado pela vitória. Empurrado por Felipão e sua energia incontida à beira do campo, Portugal foi superando obstáculos até chegar, invicto, à semifinal. Com Figo reencontrando seu melhor futebol, Maniche surgindo como um dos destaques da competição e Cristiano Ro-

naldo enlouquecendo os marcadores pelas pontas, a seleção de Portugal venceu o Irã (2 x 0), o México (2 x 1) e Angola (1 x 0) na primeira fase, deixou para trás a Holanda nas oitavas (1 x 0, num dos jogos mais violentos da Copa, 12 cartões amarelos e quatro vermelhos) e eliminou a Inglaterra, nos pênaltis, nas quartas. Com o Brasil fora da Copa, 180 milhões de brasileiros passaram a torcer pela esquadra portuguesa, que acabaria fora, perdendo para a França, por 1 x 0, gol de pênalti de Zidane, nas semifinais. Apesar da eliminação — e da goleada para os alemães na disputa do terceiro lugar —, o time de Felipão foi recebido com festa em Portugal.

HANNOVER Gana

17/6 Itália gol: Gilardino

KAISERSLAUTERN Estados Unidos

1x1

HAMBURGO República Tcheca

OITAVAS-DE-FINAL 26/6 Itália gol: Totti

1x0

KAISERSLAUTERN Austrália

QUARTAS-DE-FINAL 30/6 HAMBURGO Itália 3x0 Ucrânia gols: Luca Toni (2) e Zambrotta

SEMIFINAL 4/7 Itália 0x0 (2 x 0, na prorrogação) gols: Grosso e Del Piero

DORTMUND Alemanha

FINAL

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O capitão Cannavaro ergue a taça de campeão

Felipão e o auxiliar Murtosa (à dir.): orgulho de ser português

Quatro vezes Azzurra

9/7 Itália 1x1 (5 x 3, nos pênaltis) gol: Materazzi

BERLIM França

▼ O time-base italiano

Itália supera escândalos e conquista sua quarta Copa do Mundo Depois de 24 anos, a Itália voltou a ser a melhor do mundo. Comandada pelo zagueiro Cannavaro, a Azzurra jogou ofensivamente, sem abrir mão de sua tradicional consistência defensiva. O título veio nos pênaltis, na final contra a França. Uma das razões que levaram o time à superação foi o escândalo de manipulação de resultados na Liga Italiana. Com a denúncia, a Azzurra, até então aspirante ao título mais pela tradição da camisa que propriamente por suas virtudes técnicas, se esmerou para mostrar ao mundo a força do futebol italiano.

©1

Os ganeses jogaram bonito — e duro

A África tem Gana

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12/6 Itália 2x0 gols: Pirlo e Iaquinta

22/6 Itália 2x0 gols: Materazzi e Inzaghi

Minha pátria neste momento é Portugal. Eu vivo lá, sou tratado de forma espetacular nas ruas, minha família está lá, com segurança. Sou mais português que brasileiro Luiz Felipe Scolari

Estreante em Copas do Mundo, a seleção de Gana foi a equipe africana com melhor desempenho. Superou a República Tcheca (2 x 0) e os Estados Unidos (2 x 0) na primeira fase. Nas oitavas-de-final, apesar da boa atuação, perdeu para o Brasil por 3 x 0.

▼ A campanha

©1

Como se não bastasse, a provocação feita pela revista alemã Der Spiegel, chamando os italianos de “parasitas” que passavam o tempo cultuando corpos e cabelos, ouriçou ainda mais a equipe de Marcelo Lippi. Ao mesmo tempo em que criticava o estilo de jogo italiano, rotulando-o de “defensivo e oportunista”, a publicação referia-se ao pênalti inexistente marcado em favor da Itália, nas oitavas-de-final, contra a Austrália. Na semifinal, os italianos responderam com uma vitória de 2 x 0 (na prorrogação) sobre os donos da casa.

O Mundial é dedicado à minha família e aos meus jogadores fantásticos, que tiveram grande coração e determinação. Já conquistei muitos títulos nacionais e europeus, incluindo uma Liga dos Campeões, mas nada se compara à alegria de um Mundial. Não há alegria igual. Antes de o Grosso marcar o pênalti, pensei na minha família, que está sempre comigo, quer nos bons, quer nos maus momentos Marcelo Lippi, técnico da Itália

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©1 ALEXANDRE BATTIBUGLI

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A pátria de bigodes

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PRIMEIRA FASE QUARTAS

Felipão leva Portugal a igualar seu melhor resultado em Copas do Mundo

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Debaixo do Equador Em sua segunda participação em Copas do Mundo, o Equador se consolida como uma das forças sul-americanas. A equipe chegou às oitavas-de-final após vitórias sobre Polônia (2 x 0) e Costa Rica (3 x 0). No último jogo da primeira fase, já classificado e com reservas, o time levou 3 x 0 dos alemães, mas conseguiu fazer um jogo equilibrado com os ingleses nas oitavas, perdendo a vaga após um gol de bola parada.

Quarenta anos depois, Portugal conseguiu repetir a façanha de 1966, chegando à semifinal da Copa do Mundo. Mesmo que o bigode pudesse induzir alguém a acreditar na nacionalidade lusitana, o sotaque do comandante nas coletivas após os jogos logo desfazia o mal-entendido. À testa do time estava o obstinado Luiz Felipe Scolari, multicampeão por Grêmio e Palmeiras, campeão mundial pelo Brasil em 2002, um gaúcho obcecado pela vitória. Empurrado por Felipão e sua energia incontida à beira do campo, Portugal foi superando obstáculos até chegar, invicto, à semifinal. Com Figo reencontrando seu melhor futebol, Maniche surgindo como um dos destaques da competição e Cristiano Ro-

naldo enlouquecendo os marcadores pelas pontas, a seleção de Portugal venceu o Irã (2 x 0), o México (2 x 1) e Angola (1 x 0) na primeira fase, deixou para trás a Holanda nas oitavas (1 x 0, num dos jogos mais violentos da Copa, 12 cartões amarelos e quatro vermelhos) e eliminou a Inglaterra, nos pênaltis, nas quartas. Com o Brasil fora da Copa, 180 milhões de brasileiros passaram a torcer pela esquadra portuguesa, que acabaria fora, perdendo para a França, por 1 x 0, gol de pênalti de Zidane, nas semifinais. Apesar da eliminação — e da goleada para os alemães na disputa do terceiro lugar —, o time de Felipão foi recebido com festa em Portugal.

HANNOVER Gana

17/6 Itália gol: Gilardino

KAISERSLAUTERN Estados Unidos

1x1

HAMBURGO República Tcheca

OITAVAS-DE-FINAL 26/6 Itália gol: Totti

1x0

KAISERSLAUTERN Austrália

QUARTAS-DE-FINAL 30/6 HAMBURGO Itália 3x0 Ucrânia gols: Luca Toni (2) e Zambrotta

SEMIFINAL 4/7 Itália 0x0 (2 x 0, na prorrogação) gols: Grosso e Del Piero

DORTMUND Alemanha

FINAL

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O capitão Cannavaro ergue a taça de campeão

Felipão e o auxiliar Murtosa (à dir.): orgulho de ser português

Quatro vezes Azzurra

9/7 Itália 1x1 (5 x 3, nos pênaltis) gol: Materazzi

BERLIM França

▼ O time-base italiano

Itália supera escândalos e conquista sua quarta Copa do Mundo Depois de 24 anos, a Itália voltou a ser a melhor do mundo. Comandada pelo zagueiro Cannavaro, a Azzurra jogou ofensivamente, sem abrir mão de sua tradicional consistência defensiva. O título veio nos pênaltis, na final contra a França. Uma das razões que levaram o time à superação foi o escândalo de manipulação de resultados na Liga Italiana. Com a denúncia, a Azzurra, até então aspirante ao título mais pela tradição da camisa que propriamente por suas virtudes técnicas, se esmerou para mostrar ao mundo a força do futebol italiano.

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Os ganeses jogaram bonito — e duro

A África tem Gana

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12/6 Itália 2x0 gols: Pirlo e Iaquinta

22/6 Itália 2x0 gols: Materazzi e Inzaghi

Minha pátria neste momento é Portugal. Eu vivo lá, sou tratado de forma espetacular nas ruas, minha família está lá, com segurança. Sou mais português que brasileiro Luiz Felipe Scolari

Estreante em Copas do Mundo, a seleção de Gana foi a equipe africana com melhor desempenho. Superou a República Tcheca (2 x 0) e os Estados Unidos (2 x 0) na primeira fase. Nas oitavas-de-final, apesar da boa atuação, perdeu para o Brasil por 3 x 0.

▼ A campanha

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Como se não bastasse, a provocação feita pela revista alemã Der Spiegel, chamando os italianos de “parasitas” que passavam o tempo cultuando corpos e cabelos, ouriçou ainda mais a equipe de Marcelo Lippi. Ao mesmo tempo em que criticava o estilo de jogo italiano, rotulando-o de “defensivo e oportunista”, a publicação referia-se ao pênalti inexistente marcado em favor da Itália, nas oitavas-de-final, contra a Austrália. Na semifinal, os italianos responderam com uma vitória de 2 x 0 (na prorrogação) sobre os donos da casa.

O Mundial é dedicado à minha família e aos meus jogadores fantásticos, que tiveram grande coração e determinação. Já conquistei muitos títulos nacionais e europeus, incluindo uma Liga dos Campeões, mas nada se compara à alegria de um Mundial. Não há alegria igual. Antes de o Grosso marcar o pênalti, pensei na minha família, que está sempre comigo, quer nos bons, quer nos maus momentos Marcelo Lippi, técnico da Itália

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julho 2006

agosto 2006

A era Dunga voltou Após fiasco na Copa, capitão do tetra substitui Carlos Alberto Parreira com a missão de “resgatar o espírito de seleção”

Flamenguistas comemoram: vaga na Libertadores ©1

Flamengo campeão O Flamengo derrotou o Vasco nas duas partidas das finais da Copa do Brasil, garantindo seu segundo título desde

Menos de 20 dias após a eliminação brasileira na Copa do Mundo, o técnico Carlos Alberto Parreira anunciou sua saída do comando da seleção. Criticado duramente após a derrota para os franceses, o treinador alegou necessidade de se dedicar à família e descansar, depois de três anos na função. A desculpa não colou: poucos dias depois, Parreira foi contratado como técnico da seleção da África do Sul, por um salário mensal de 253 000 dólares (cerca de 550 000 reais). O cargo, porém, não ficou vago por muito tempo. Menos de uma semana depois, a Confederação Brasileira de Futebol divulgou o acerto com o ex-jogador Dunga, capitão brasileiro na conquista da Copa dos Estados Unidos, em 1994. Foi uma medida de forte apelo populista,

a criação do torneio. Após uma vitória de 2 x 0 no primeiro confronto, a equipe rubro-negra se aproveitou da expulsão de Valdir Papel, logo aos 15 minutos do

Dunga e o auxiliar Jorginho: para não faltar vontade

primeiro tempo, para chegar à segunda vitória na série, por 1 x 0, e comemorar a conquista, diante de um Maracanã lotado. O gol foi assinalado por Juan, que acertou um chute forte da meia-lua da grande área, no canto esquerdo do goleiro Cássio.

★ E t ev e t a m b é m

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pois a principal crítica à seleção de Parreira batia na falta de vontade por parte dos jogadores e de comando por parte do treinador. Dunga traz consigo a imagem de raça e cobrança dentro de campo, suas marcas na época de jogador. Aos 42 anos, Dunga tem na seleção sua primeira experiência como treinador. O ex-volante promoveu uma renovação, convocando jovens revelações, visando à preparação da seleção olímpica. Além de jogadores que andavam afastados da seleção, como Diego, do Werder Bremen, Dunga deu oportunidades a vários novatos, alguns com passagens pelas categorias de base. Se o futebol da equipe não chegou perto do que se esperava pela qualidade dos craques, pelo menos a seleção esbanjou vontade.

▼ As caras novas JOGADOR Carlinhos D. Carvalho Elano Fábio Fernando Jônatas Lucas Marcelo Morais Rafael Sóbis Wagner

CLUBE Santos CSKA Moscou Shakthar Donetsk Cruzeiro Bordeaux Flamengo Grêmio Fluminense Vasco Bétis Cruzeiro

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Cala-te, Fiel Em um empate de 2 x 2 com o Fortaleza,

Galinho na Turquia O ex-craque brasileiro e ex-

o Corinthians quebrou um jejum de gols de 572 minutos e interrompeu uma série de péssimos resultados, que já chegava a seis derrotas consecutivas. Na comemoração do segundo gol, o argentino Tevez, principal ídolo corintiano, mandou a própria torcida se calar, dando indícios de que o fim do namoro entre o craque argentino e a Fiel estava próximo. Apesar do gesto, logo após o gol alguns torcedores responderam gritando seu nome: “Carlitos, Carlitos, Carlitos”.

treinador da seleção do Japão, Zico, assumiu o comando do Fenerbahçe, da Turquia. O Galinho assinou contrato de dois anos com o vice-campeão turco, time dos brasileiros Alex, Edu Dracena, Marco Aurélio e Deivid, além do ganês Appiah e do uruguaio Lugano. Zico substituiu o alemão Christoph Daum. Na Copa do Mundo, a seleção japonesa, treinada pelo brasileiro, caiu ainda na primeira fase, com duas derrotas (Austrália e Brasil) e um empate (Croácia).

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Os recordes de Rogério

Fernandão comemora seu gol na final contra o São Paulo: o título que faltava

Enfim, Internacional Colorado conquista a Libertadores pela primeira vez Depois de dois duelos eletrizantes com o São Paulo, então campeão sul-americano e mundial, o Internacional conquistou seu primeiro título da Libertadores da América. No primeiro jogo, no Morumbi, Rafael Sóbis colocou o Inter em vantagem, com dois gols no começo do segundo tempo. O São Paulo conseguiu descontar, com Edcarlos, mas saiu em desvantagem para o jogo de volta, no Beira-Rio. Na capital gaúcha, a partida foi ainda mais equilibrada. Fernandão abriu o placar, ainda no primeiro tempo, após falha de Rogério Ceni. O São Paulo empatou com Fabão, no começo da etapa final. Tinga colocou o Inter novamente em vantagem, mas acabou expulso na comemoração. A partir de então, o São Paulo pressionou o tempo todo, em busca de uma vitória que levaria a disputa à prorrogação. Lenilson igualou o placar, mas o Inter segurou o empate e ergueu pela primeira vez a Copa Libertadores.

★ E t ev e t a m b é m

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▼ A campanha PRIMEIRA FASE 16/2 Maracaibo 1 X 1 Inter 23/2 Inter 3 X 0 Nacional 8/3 Pumas 1 X 2 Inter 22/3 Inter 3 X 2 Pumas 4/4 Nacional 0 X 0 Inter 18/4 Inter 4 X 0 Maracaibo OITAVAS-DE-FINAL 27/4 Nacional 1 X 2 Inter 3/5 Inter 0 X 0 Nacional QUARTAS-DE-FINAL 10/5 LDU 2 X 1 Inter 19/7 Inter 2 X 0 LDU SEMIFINAIS 27/7 Libertad 0 X 0 Inter 3/8 Inter 2 X 0 Libertad FINAIS 9/8 São Paulo 1 X 2 Inter 16/8 Inter 2 X 2 São Paulo

Quatro dias após a falha que resultou no primeiro gol do Inter na final Libertadores, Rogério Ceni deu a volta por cima. E que volta por cima: além de defender um pênalti, marcou os dois gols são-paulinos (um de falta, outro de pênalti) no empate de 2 x 2 com o Cruzeiro, em Belo Horizonte, igualando um jogo que parecia perdido — o Cruzeiro saiu na frente com 2 x 0 — e mantendo o São Paulo na liderança do Brasileirão. Com o feito, Rogério se tornou o goleiro com o maior número de gols marcados em todo o mundo (64), superando o paraguaio Chilavert, que havia balançado as redes 63 vezes. Já em outubro, na partida contra o Figueirense, em Florianópolis, Rogério comemorou a marca de 700 partidas disputadas com a camisa tricolor. ©4

Rogério: isso é que é segunda pele...

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Sávio de volta

Ídolo do Flamengo na década de 90, Sávio retornou ao clube depois de vários anos no futebol europeu. Em sua reestréia, o rubro-negro bateu o Goiás por 1 x 0, no Maracanã, deixando a zona de rebaixamento do Brasileiro. Outras contratações fizeram barulho. A peso de ouro, o Santos contratou Zé Roberto, um dos poucos jogadores que se salvaram do fiasco na Copa; o Corinthians repatriou atletas que tiveram passagens marcantes por alguns de seus rivais — Amoroso (exSão Paulo) e Magrão (ex-Palmeiras), além de César (ex-São Caetano).

©1DARYAN DORNELLES; ©2 AGÊNCIA CBF; ©3 EDISON VARA; ©4 VIPCOMM

Leão-de-chácara O Corinthians contratou Emerson Leão para salvar o time do rebaixamento à série B. Conhecido como disciplinador e um notório criador de casos com as estrelas dos times por onde passa, Leão chegou “atirando”. Depois de se indispor com os argentinos Tevez e Mascherano e liberar Marcelinho, o treinador bateu boca publicamente com Carlos Alberto, que reclamou de substituição. Afastado, Carlos Alberto também não jogou mais pelo Corinthians. Já Tevez e Mascherano acertaram transferência para o West Ham-ING.

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A era Dunga voltou Após fiasco na Copa, capitão do tetra substitui Carlos Alberto Parreira com a missão de “resgatar o espírito de seleção”

Flamenguistas comemoram: vaga na Libertadores ©1

Flamengo campeão O Flamengo derrotou o Vasco nas duas partidas das finais da Copa do Brasil, garantindo seu segundo título desde

Menos de 20 dias após a eliminação brasileira na Copa do Mundo, o técnico Carlos Alberto Parreira anunciou sua saída do comando da seleção. Criticado duramente após a derrota para os franceses, o treinador alegou necessidade de se dedicar à família e descansar, depois de três anos na função. A desculpa não colou: poucos dias depois, Parreira foi contratado como técnico da seleção da África do Sul, por um salário mensal de 253 000 dólares (cerca de 550 000 reais). O cargo, porém, não ficou vago por muito tempo. Menos de uma semana depois, a Confederação Brasileira de Futebol divulgou o acerto com o ex-jogador Dunga, capitão brasileiro na conquista da Copa dos Estados Unidos, em 1994. Foi uma medida de forte apelo populista,

a criação do torneio. Após uma vitória de 2 x 0 no primeiro confronto, a equipe rubro-negra se aproveitou da expulsão de Valdir Papel, logo aos 15 minutos do

Dunga e o auxiliar Jorginho: para não faltar vontade

primeiro tempo, para chegar à segunda vitória na série, por 1 x 0, e comemorar a conquista, diante de um Maracanã lotado. O gol foi assinalado por Juan, que acertou um chute forte da meia-lua da grande área, no canto esquerdo do goleiro Cássio.

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pois a principal crítica à seleção de Parreira batia na falta de vontade por parte dos jogadores e de comando por parte do treinador. Dunga traz consigo a imagem de raça e cobrança dentro de campo, suas marcas na época de jogador. Aos 42 anos, Dunga tem na seleção sua primeira experiência como treinador. O ex-volante promoveu uma renovação, convocando jovens revelações, visando à preparação da seleção olímpica. Além de jogadores que andavam afastados da seleção, como Diego, do Werder Bremen, Dunga deu oportunidades a vários novatos, alguns com passagens pelas categorias de base. Se o futebol da equipe não chegou perto do que se esperava pela qualidade dos craques, pelo menos a seleção esbanjou vontade.

▼ As caras novas JOGADOR Carlinhos D. Carvalho Elano Fábio Fernando Jônatas Lucas Marcelo Morais Rafael Sóbis Wagner

CLUBE Santos CSKA Moscou Shakthar Donetsk Cruzeiro Bordeaux Flamengo Grêmio Fluminense Vasco Bétis Cruzeiro

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Cala-te, Fiel Em um empate de 2 x 2 com o Fortaleza,

Galinho na Turquia O ex-craque brasileiro e ex-

o Corinthians quebrou um jejum de gols de 572 minutos e interrompeu uma série de péssimos resultados, que já chegava a seis derrotas consecutivas. Na comemoração do segundo gol, o argentino Tevez, principal ídolo corintiano, mandou a própria torcida se calar, dando indícios de que o fim do namoro entre o craque argentino e a Fiel estava próximo. Apesar do gesto, logo após o gol alguns torcedores responderam gritando seu nome: “Carlitos, Carlitos, Carlitos”.

treinador da seleção do Japão, Zico, assumiu o comando do Fenerbahçe, da Turquia. O Galinho assinou contrato de dois anos com o vice-campeão turco, time dos brasileiros Alex, Edu Dracena, Marco Aurélio e Deivid, além do ganês Appiah e do uruguaio Lugano. Zico substituiu o alemão Christoph Daum. Na Copa do Mundo, a seleção japonesa, treinada pelo brasileiro, caiu ainda na primeira fase, com duas derrotas (Austrália e Brasil) e um empate (Croácia).

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Os recordes de Rogério

Fernandão comemora seu gol na final contra o São Paulo: o título que faltava

Enfim, Internacional Colorado conquista a Libertadores pela primeira vez Depois de dois duelos eletrizantes com o São Paulo, então campeão sul-americano e mundial, o Internacional conquistou seu primeiro título da Libertadores da América. No primeiro jogo, no Morumbi, Rafael Sóbis colocou o Inter em vantagem, com dois gols no começo do segundo tempo. O São Paulo conseguiu descontar, com Edcarlos, mas saiu em desvantagem para o jogo de volta, no Beira-Rio. Na capital gaúcha, a partida foi ainda mais equilibrada. Fernandão abriu o placar, ainda no primeiro tempo, após falha de Rogério Ceni. O São Paulo empatou com Fabão, no começo da etapa final. Tinga colocou o Inter novamente em vantagem, mas acabou expulso na comemoração. A partir de então, o São Paulo pressionou o tempo todo, em busca de uma vitória que levaria a disputa à prorrogação. Lenilson igualou o placar, mas o Inter segurou o empate e ergueu pela primeira vez a Copa Libertadores.

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▼ A campanha PRIMEIRA FASE 16/2 Maracaibo 1 X 1 Inter 23/2 Inter 3 X 0 Nacional 8/3 Pumas 1 X 2 Inter 22/3 Inter 3 X 2 Pumas 4/4 Nacional 0 X 0 Inter 18/4 Inter 4 X 0 Maracaibo OITAVAS-DE-FINAL 27/4 Nacional 1 X 2 Inter 3/5 Inter 0 X 0 Nacional QUARTAS-DE-FINAL 10/5 LDU 2 X 1 Inter 19/7 Inter 2 X 0 LDU SEMIFINAIS 27/7 Libertad 0 X 0 Inter 3/8 Inter 2 X 0 Libertad FINAIS 9/8 São Paulo 1 X 2 Inter 16/8 Inter 2 X 2 São Paulo

Quatro dias após a falha que resultou no primeiro gol do Inter na final Libertadores, Rogério Ceni deu a volta por cima. E que volta por cima: além de defender um pênalti, marcou os dois gols são-paulinos (um de falta, outro de pênalti) no empate de 2 x 2 com o Cruzeiro, em Belo Horizonte, igualando um jogo que parecia perdido — o Cruzeiro saiu na frente com 2 x 0 — e mantendo o São Paulo na liderança do Brasileirão. Com o feito, Rogério se tornou o goleiro com o maior número de gols marcados em todo o mundo (64), superando o paraguaio Chilavert, que havia balançado as redes 63 vezes. Já em outubro, na partida contra o Figueirense, em Florianópolis, Rogério comemorou a marca de 700 partidas disputadas com a camisa tricolor. ©4

Rogério: isso é que é segunda pele...

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Sávio de volta

Ídolo do Flamengo na década de 90, Sávio retornou ao clube depois de vários anos no futebol europeu. Em sua reestréia, o rubro-negro bateu o Goiás por 1 x 0, no Maracanã, deixando a zona de rebaixamento do Brasileiro. Outras contratações fizeram barulho. A peso de ouro, o Santos contratou Zé Roberto, um dos poucos jogadores que se salvaram do fiasco na Copa; o Corinthians repatriou atletas que tiveram passagens marcantes por alguns de seus rivais — Amoroso (exSão Paulo) e Magrão (ex-Palmeiras), além de César (ex-São Caetano).

©1DARYAN DORNELLES; ©2 AGÊNCIA CBF; ©3 EDISON VARA; ©4 VIPCOMM

Leão-de-chácara O Corinthians contratou Emerson Leão para salvar o time do rebaixamento à série B. Conhecido como disciplinador e um notório criador de casos com as estrelas dos times por onde passa, Leão chegou “atirando”. Depois de se indispor com os argentinos Tevez e Mascherano e liberar Marcelinho, o treinador bateu boca publicamente com Carlos Alberto, que reclamou de substituição. Afastado, Carlos Alberto também não jogou mais pelo Corinthians. Já Tevez e Mascherano acertaram transferência para o West Ham-ING.

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janeiro 2005 setembro 2006 Melhor que Eto’o Meio de gozação, meio falando sério, a torcida flamenguista encontrou uma maneira diferente de homenagear o atacante Obina. Chamado de “O Anjo Negro da Gávea”, Obina virou celebridade na internet, ganhando uma série de comunidades no site de relacionamentos Orkut. A brincadeira pegou e virou mania entre os torcedores. Além de cantos entoados nos estádios, como “Oh, Oh, Oh, Obina é melhor que Eto’o” e “Ah, ah, ah, Obina é melhor que Drogba”, uma série de frases bem-humoradas está transformando o atacante em uma espécie de lenda viva do futebol brasileiro, revivendo um fenômeno ocorrido com Fio Maravilha no próprio Fla.

fevereiro 2005 outubro 2006

Por que foi, então?

Robinho passa pela zaga argentina: passeio brasileiro

Depois da Copa, Roberto Carlos admite que não tinha mais vontade de jogar pela seleção... Roberto Carlos com a camisa de treino da seleção que não tinha mais vontade de defender

©1

O primeiro chocolate Primeira vitória da seleção sob o comando de Dunga é um 3 x 0 na Argentina

▼ Os Obina “facts” ALGUMAS DAS BRINCADEIRAS DA TORCIDA COM O ÍDOLO: • Certa vez Zico rolou a bola pro Obina

e gritou: “Bate pro gol, Obina!” Obina respondeu: “Peça por favor”. • Obina não faz aniversário.

Faz história. • Obina não chuta. Ele olha sério

A primeira vitória de Dunga como treinador da seleção brasileira não poderia ter sido melhor: contra a Argentina, e de goleada. Sem Ronaldinho, o Brasil aplicou dolorosos 3 x 0 nos hermanos (dois gols de Elano e um golaço de Kaká), em amistoso disputado na capital inglesa. Outro destaque da partida foi Robinho. Logo aos 2 minutos, o atacante do Real

Madrid fintou Clemente Rodríguez e deixou Elano livre para marcar. No segundo tempo, Kaká escapou pelo meio, tabelou com Fred e entregou a Elano, que entrou sozinho na área e chutou. Pouco antes do final, Kaká arrancou do campo brasileiro, fugiu dos marcadores e mandou para as redes. Com Dunga, o Brasil conquistou 88,9% dos pontos.

para a bola e ela entra.

▼ Os resultados da seleção pós-Copa do Mundo

• Quando Deus fez Pelé, ele assistia

DATA 15/11 10/10 7/10 5/9 3/9 16/8

aos VTs do Obina. • Obina manda e a bola obedece. A que não obedeceu virou bola de tênis. • Quando Obina deu uma bicicleta,

a Volta da França perdeu a graça.

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ESTÁDIO Estádio Saint Jakob Estádio Rasunda Kuwait SC Stadium Tottenham Hotspur Stadium Emirates Stadium Ullevaal Stadion

LOCAL Basiléia (Suíça) Estocolmo (Suécia) Cidade do Kuwait (Kuwait) Londres (Inglaterra) Londres (Inglaterra) Ullevaal (Noruega)

JOGO Brasil 2 x 1 Suíça Brasil 2 x 1 Equador Brasil 4 x 0 Kuwait Brasil 2 x 0 País de Gales Brasil 3 x 0 Argentina Brasil 1 x 1 Noruega

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nação do Brasil na Copa do Mundo. Na cobrança de falta que originou o gol de Henry, nas quartas-de-final contra a França, que eliminou o Brasil do torneio, Roberto Carlos permaneceu parado, na entrada da área, em vez de acompanhar o francês, que entrou livre na área e mandou para as redes. Campeão mundial como titular da equipe em 2002, o jogador do Real Madrid admitiu que já não vinha tendo mais motivação para atuar com a camisa verdeamarela, que vestiu durante 16 anos. Sem medir palavras, Roberto Carlos afirmou que neste momento de sua vida atuar pela seleção não acrescentaria muito em sua carreira.

Pérolas de um ex-lateral •“São muitas viagens e parti-

das, o que não contribui em nada para a minha vida.” “Fui perdendo a vontade de jogar. Mesmo se tivéssemos conquistado o hexa, as críticas seriam as mesmas.” “Não agüento ouvir três ou ©2 quatro pessoas, que nunca jogaram ou analisaram os treinos da seleção brasileira, fazerem comentários sobre a gente.” “Minha decisão de abandonar a seleção já estava tomada, ganhando ou perdendo a Copa do Mundo.”

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Em entrevista exibida pelo canal Sportv, o lateral-esquerdo Roberto Carlos afirmou que decidiu se aposentar da seleção brasileira em função das críticas recebidas da imprensa. O atleta foi um dos jogadores mais criticados após a elimi-

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Rosinei é driblado por argentino do Lanús

©3

A revanche argentina Os times brasileiros não conseguiram repetir o sucesso da Libertadores, decidida entre Inter e São Paulo, na Copa Sul-Americana. Corinthians, Santos e Fluminense foram eliminados prematuramente da competição, todos no mesmo dia (11 de outubro), por adversários argentinos. O Corinthians caiu diante do Lanús, em Buenos Aires, enquanto o rival Santos foi eliminado pelo San Lorenzo, na Vila Belmiro. Já o Fluminense ficou de fora após dois duelos contra o Gimnasia, de La Plata. O Atlético-PR foi a equipe brasileira a chegar mais longe na competição, caindo nas semifinais, diante do Pachuca, do México.

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Conto Em nome de fadas da mãe Depois Riquelme, de meses dode Villarreal, uma paixão anunciou avas- Do Gandula outroartilheiro lado Em sua Oestréia Tribunal emdejogos Justiça oficiais Desportiva pelo In(TJD)

Conto A morte dedafadas princesa Depois deNo meses mesmo de mês umaem paixão que avas- Do 30 anos outrodo lado Pibe Em sua O maior estréia jogador em jogos da história oficiaisdopelo futebol In-

saladora, sua decisão o atacante de não atuar Ronaldo mais pela e a modelo seleçãoeda apresentadora Argentina. O meia, de TV de Daniela 28 Cicarelli anos afirmou casaram-se que as críticas em fevereiro, que vinha nosofrendo Castelo de emChantilly, função dena seu França. O romance desempenho começou na seleção em junho abalaram de 2004, sua mãe. quando Poroisso, Brasil elederrotou resolveuaque Argentina passariapor a se3dedicar x 1 no Mineirão, apenas ao com seu clube. três gols “Desde de Ronaldo que terminou (todosade Copa, pênalti). ela foi internada Após o casamento, duas vezesoecasal minha anunciou função éque cuidar Cicarelli dela. estava Não é lindo, grávida. Semanas mas também depois, não éacomplicado modelo perdeu tomaro uma bebê.decisão como essa. Não quero Afazê-la uniãosofrer”, durou menos disse otrês craque meses. ao seEmdespedir. maio, o casal anunciou o fim do

saladora, foi homenageado o atacante pelos Ronaldo 50 anos e ademodelo sua chegada e apresentadora ao Santos, Pelé de TVperdeu Daniela Cicarelli uma de suas casaram-se filhas. Aos em42fevereiro, anos, Sandra no Castelo Arantesde doChantilly, Nascimento na Felinto, França. O romance vereadoracomeçou na cidadeem dejunho Santos, demorreu 2004, quando vítima deo câncer Brasil derrotou de mama.a Argentina Ela ficoupor famosa 3 x 1por no ter Mineirão, sido reconhecida com três gols pelade Justiça Ronaldo como(todos filha do de pênalti). ex-jogador Apósapós o casamento, um exameode casal DNAanunciou e ter a suaque história Cicarelli narrada estava nográvida. livro Semanas A Filha quedepois, o Rei não a modelo Quis. Nascida perdeuem o bebê. Guarujá, no dia 24 de agosto Adeunião 1964,durou Sandra menos era casada três meses. e mãe de Emdois maio, filhos. o casal anunciou o fim do

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ternacional, manteve o resultado o meia Tinga do jogo foientre expulso Santacruzense no empate eem Atlético 1 x 1 contra Sorocaba, o Glópela ria, décima pelorodada Campeonato da CopaGaúcho. Federação Formado Paulistanas decategorias Futebol. A de partida baseterminou do Grêmio, em 1 ox 1jogador graças voltou a um golaoanotado Brasil, depois por umde gandula uma temporada para o timeno daExterior, casa, aos para 44 minutos vestir adocamisa segundo do rival tempo. emValidado 2005. Assim pela árbitra como Tinga, Silvia Regina vários craques de brasileiros Oliveira e pelo voltaram auxiliar, aoopaís gol foi neste mantido ano para peloreforçar TJD, embora antigos a imagem rivais. do São os gandula casosempurrando do ex-corintiano a bolaLuizão para o(que fundoganharia das redesa Libertadores tenha ganhado pelo o mundo, São Paulo como uma e, depois das grandes de um mês aberrações no Japão, já validadas terminaria poro arbitragens ano atuandodepelo futebol.

©1 AGÊNCIA CBF; ©2 ALEXANDRE BATTIBUGLI; ©3 RENATO PIZZUTTO

ternacional, argentino comemorou o meia Tinga duasfoidatas expulso no mês. no empate No dia 20 emde1outubro, x 1 contraDiego o Glória, Armando pelo Campeonato Maradona completou Gaúcho. Formado 30 anos denas suacategorias estréia como de base jogador do Grêmio, profissional o jogador — era voltou umaao quarta-feira Brasil, depois de 1976, de uma e Diego, temporada aos 15noanos Exterior, de idade para (dez vestir dias antes a camisa de completar do rival em 16),2005. entrava Assim emcomo campoTinga, pela primeira vários craques vez brasileiros pelo Argentino voltaram Juniors, ao em paísum neste jogoano contra parao Talleres, reforçar antigos da cidaderivais. de Córdoba, São os pelo casos Campeonato do ex-corintiano Argentino. Luizão No dia (que 30 de ganharia outubro, a Libertadores Maradona comemorou pelo São Paulo os 46 anos e, depois de vida deao umlado mêsdenoseus Japão, amigos. terminaria o ano atuando pelo

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janeiro 2005 setembro 2006 Melhor que Eto’o Meio de gozação, meio falando sério, a torcida flamenguista encontrou uma maneira diferente de homenagear o atacante Obina. Chamado de “O Anjo Negro da Gávea”, Obina virou celebridade na internet, ganhando uma série de comunidades no site de relacionamentos Orkut. A brincadeira pegou e virou mania entre os torcedores. Além de cantos entoados nos estádios, como “Oh, Oh, Oh, Obina é melhor que Eto’o” e “Ah, ah, ah, Obina é melhor que Drogba”, uma série de frases bem-humoradas está transformando o atacante em uma espécie de lenda viva do futebol brasileiro, revivendo um fenômeno ocorrido com Fio Maravilha no próprio Fla.

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Por que foi, então?

Robinho passa pela zaga argentina: passeio brasileiro

Depois da Copa, Roberto Carlos admite que não tinha mais vontade de jogar pela seleção... Roberto Carlos com a camisa de treino da seleção que não tinha mais vontade de defender

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O primeiro chocolate Primeira vitória da seleção sob o comando de Dunga é um 3 x 0 na Argentina

▼ Os Obina “facts” ALGUMAS DAS BRINCADEIRAS DA TORCIDA COM O ÍDOLO: • Certa vez Zico rolou a bola pro Obina

e gritou: “Bate pro gol, Obina!” Obina respondeu: “Peça por favor”. • Obina não faz aniversário.

Faz história. • Obina não chuta. Ele olha sério

A primeira vitória de Dunga como treinador da seleção brasileira não poderia ter sido melhor: contra a Argentina, e de goleada. Sem Ronaldinho, o Brasil aplicou dolorosos 3 x 0 nos hermanos (dois gols de Elano e um golaço de Kaká), em amistoso disputado na capital inglesa. Outro destaque da partida foi Robinho. Logo aos 2 minutos, o atacante do Real

Madrid fintou Clemente Rodríguez e deixou Elano livre para marcar. No segundo tempo, Kaká escapou pelo meio, tabelou com Fred e entregou a Elano, que entrou sozinho na área e chutou. Pouco antes do final, Kaká arrancou do campo brasileiro, fugiu dos marcadores e mandou para as redes. Com Dunga, o Brasil conquistou 88,9% dos pontos.

para a bola e ela entra.

▼ Os resultados da seleção pós-Copa do Mundo

• Quando Deus fez Pelé, ele assistia

DATA 15/11 10/10 7/10 5/9 3/9 16/8

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JOGO Brasil 2 x 1 Suíça Brasil 2 x 1 Equador Brasil 4 x 0 Kuwait Brasil 2 x 0 País de Gales Brasil 3 x 0 Argentina Brasil 1 x 1 Noruega

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nação do Brasil na Copa do Mundo. Na cobrança de falta que originou o gol de Henry, nas quartas-de-final contra a França, que eliminou o Brasil do torneio, Roberto Carlos permaneceu parado, na entrada da área, em vez de acompanhar o francês, que entrou livre na área e mandou para as redes. Campeão mundial como titular da equipe em 2002, o jogador do Real Madrid admitiu que já não vinha tendo mais motivação para atuar com a camisa verdeamarela, que vestiu durante 16 anos. Sem medir palavras, Roberto Carlos afirmou que neste momento de sua vida atuar pela seleção não acrescentaria muito em sua carreira.

Pérolas de um ex-lateral •“São muitas viagens e parti-

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Em entrevista exibida pelo canal Sportv, o lateral-esquerdo Roberto Carlos afirmou que decidiu se aposentar da seleção brasileira em função das críticas recebidas da imprensa. O atleta foi um dos jogadores mais criticados após a elimi-

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Rosinei é driblado por argentino do Lanús

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A revanche argentina Os times brasileiros não conseguiram repetir o sucesso da Libertadores, decidida entre Inter e São Paulo, na Copa Sul-Americana. Corinthians, Santos e Fluminense foram eliminados prematuramente da competição, todos no mesmo dia (11 de outubro), por adversários argentinos. O Corinthians caiu diante do Lanús, em Buenos Aires, enquanto o rival Santos foi eliminado pelo San Lorenzo, na Vila Belmiro. Já o Fluminense ficou de fora após dois duelos contra o Gimnasia, de La Plata. O Atlético-PR foi a equipe brasileira a chegar mais longe na competição, caindo nas semifinais, diante do Pachuca, do México.

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Conto A morte dedafadas princesa Depois deNo meses mesmo de mês umaem paixão que avas- Do 30 anos outrodo lado Pibe Em sua O maior estréia jogador em jogos da história oficiaisdopelo futebol In-

saladora, sua decisão o atacante de não atuar Ronaldo mais pela e a modelo seleçãoeda apresentadora Argentina. O meia, de TV de Daniela 28 Cicarelli anos afirmou casaram-se que as críticas em fevereiro, que vinha nosofrendo Castelo de emChantilly, função dena seu França. O romance desempenho começou na seleção em junho abalaram de 2004, sua mãe. quando Poroisso, Brasil elederrotou resolveuaque Argentina passariapor a se3dedicar x 1 no Mineirão, apenas ao com seu clube. três gols “Desde de Ronaldo que terminou (todosade Copa, pênalti). ela foi internada Após o casamento, duas vezesoecasal minha anunciou função éque cuidar Cicarelli dela. estava Não é lindo, grávida. Semanas mas também depois, não éacomplicado modelo perdeu tomaro uma bebê.decisão como essa. Não quero Afazê-la uniãosofrer”, durou menos disse otrês craque meses. ao seEmdespedir. maio, o casal anunciou o fim do

saladora, foi homenageado o atacante pelos Ronaldo 50 anos e ademodelo sua chegada e apresentadora ao Santos, Pelé de TVperdeu Daniela Cicarelli uma de suas casaram-se filhas. Aos em42fevereiro, anos, Sandra no Castelo Arantesde doChantilly, Nascimento na Felinto, França. O romance vereadoracomeçou na cidadeem dejunho Santos, demorreu 2004, quando vítima deo câncer Brasil derrotou de mama.a Argentina Ela ficoupor famosa 3 x 1por no ter Mineirão, sido reconhecida com três gols pelade Justiça Ronaldo como(todos filha do de pênalti). ex-jogador Apósapós o casamento, um exameode casal DNAanunciou e ter a suaque história Cicarelli narrada estava nográvida. livro Semanas A Filha quedepois, o Rei não a modelo Quis. Nascida perdeuem o bebê. Guarujá, no dia 24 de agosto Adeunião 1964,durou Sandra menos era casada três meses. e mãe de Emdois maio, filhos. o casal anunciou o fim do

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ternacional, manteve o resultado o meia Tinga do jogo foientre expulso Santacruzense no empate eem Atlético 1 x 1 contra Sorocaba, o Glópela ria, décima pelorodada Campeonato da CopaGaúcho. Federação Formado Paulistanas decategorias Futebol. A de partida baseterminou do Grêmio, em 1 ox 1jogador graças voltou a um golaoanotado Brasil, depois por umde gandula uma temporada para o timeno daExterior, casa, aos para 44 minutos vestir adocamisa segundo do rival tempo. emValidado 2005. Assim pela árbitra como Tinga, Silvia Regina vários craques de brasileiros Oliveira e pelo voltaram auxiliar, aoopaís gol foi neste mantido ano para peloreforçar TJD, embora antigos a imagem rivais. do São os gandula casosempurrando do ex-corintiano a bolaLuizão para o(que fundoganharia das redesa Libertadores tenha ganhado pelo o mundo, São Paulo como uma e, depois das grandes de um mês aberrações no Japão, já validadas terminaria poro arbitragens ano atuandodepelo futebol.

©1 AGÊNCIA CBF; ©2 ALEXANDRE BATTIBUGLI; ©3 RENATO PIZZUTTO

ternacional, argentino comemorou o meia Tinga duasfoidatas expulso no mês. no empate No dia 20 emde1outubro, x 1 contraDiego o Glória, Armando pelo Campeonato Maradona completou Gaúcho. Formado 30 anos denas suacategorias estréia como de base jogador do Grêmio, profissional o jogador — era voltou umaao quarta-feira Brasil, depois de 1976, de uma e Diego, temporada aos 15noanos Exterior, de idade para (dez vestir dias antes a camisa de completar do rival em 16),2005. entrava Assim emcomo campoTinga, pela primeira vários craques vez brasileiros pelo Argentino voltaram Juniors, ao em paísum neste jogoano contra parao Talleres, reforçar antigos da cidaderivais. de Córdoba, São os pelo casos Campeonato do ex-corintiano Argentino. Luizão No dia (que 30 de ganharia outubro, a Libertadores Maradona comemorou pelo São Paulo os 46 anos e, depois de vida deao umlado mêsdenoseus Japão, amigos. terminaria o ano atuando pelo

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novembro 2006 Jogador do Guarani chora o rebaixamento: Ponte Preta também caiu

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dezembro 2006

Um legítimo campeão

A Terra é vermelha

Melhor em tudo, São Paulo conquista seu quarto título brasileiro

Internacional derrota o Barcelona e conquista seu primeiro título mundial

Com duas rodadas de antecipação, o São Paulo abriu oito pontos de vantagem em relação ao Internacional, vice-líder, e garantiu o seu quarto título brasileiro. Apesar do inesperado empate em casa contra o Atlético-PR, por 1 x 1, a torcida tricolor fez a festa antecipadamente graças à derrota do Internacional para o Paraná, em Curitiba, por 1 x 0. O São Paulo, que não vencia o Brasileirão desde 1991, quando chegou ao título sob o comando de Telê Santana,

Com um gol de Adriano Gabiru, aos 36 minutos do segundo tempo, o Internacional conquistou o Mundial de Clubes da Fifa ao bater o Barcelona por 1 x 0, na decisão em Yokohama, no Japão. O Colorado igualou-se ao rival Grêmio nos dois títulos internacionais mais importantes (ambos têm também uma Libertadores). Na semifinal, o clube gaúcho havia vencido o Al Ahli, do Egito, por 2 x 1, gols de Alexandre Pato e Luiz Adriano. O primeiro tempo da decisão foi todo do Barcelona, com boa atuação de Ronaldinho e Deco. Mas a defesa do Internacional conseguiu suportar a pressão e o gol não saiu. No segundo tempo, o camisa 10 do clube espanhol e da seleção

igualou os rivais Corinthians e Palmeiras em número de conquistas do Nacional. Após a perda da Libertadores, o título brasileiro virou questão de honra para o São Paulo. Com 74 pontos (contra 66 do Inter) na 36ª rodada, o Tricolor igualou o feito do Cruzeiro, que em 2003 chegou ao título sem precisar somar pontos nas duas últimas partidas. O São Paulo terminou o campeonato com nove pontos de vantagem sobre o Inter e com o melhor ataque e a melhor defesa.

Campinas, cidadefantasma

▼ Classificação final TIMES 1º São Paulo

O ano foi péssimo para o futebol de Campinas. Na série A do Brasileirão, a Ponte Preta, depois de bater na trave em 2005, caiu para a segunda divisão, ao ser goleada pelo Goiás, na penúltima rodada, por 3 x 0, em Goiânia. Junto com a Macaca, foram rebaixados São Caetano, Santa Cruz e Fortaleza. Mesmo com a queda da Ponte, o clássico com o rival Guarani, valendo por uma competição nacional, ficou adiado mais uma vez. O Guarani, que disputava a série B, acabou rebaixado para a série C, mesmo aplicando uma goleada de 5 x 1 sobre o Vila Nova, em Anápolis, na última rodada. Além do Bugre, caíram para a série C o próprio Vila Nova, o São Raimundo-AM e o Paysandu.

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Rogério Ceni comanda a festa do São Paulo tetracampeão brasileiro

PG J

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78 38 22 12 4 2º Internacional 69 38 20 9 9 3º Grêmio 67 38 20 7 11 4º Santos 64 38 18 10 10 5º Paraná 60 38 18 6 14 6º Vasco 59 38 15 14 9 7º Figueirense 57 38 15 12 11 8º Goiás 55 38 15 10 13 9º Corinthians 53 38 15 8 15 10º Cruzeiro 53 38 14 11 13 11º Flamengo 52 38 15 7 16 12º Botafogo 51 38 13 12 13 13º Atlético-PR 48 38 13 9 16 14º Juventude 47 38 13 8 17 15º Fluminense 45 38 11 12 15 16º Palmeiras 44 38 12 8 18 17º Ponte Preta 39 38 10 9 19 18º Fortaleza 38 38 8 14 16 19º São Caetano 36 38 9 9 20 20º Santa Cruz 28 38 7 7 24 ▲ Classificados para a Libertadores ▼ Rebaixados para a série B

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Galo de primeira Com uma vitória de 1 x 0 sobre

Gato de primeira Carlos Alberto, do Figueirense,

o Ceará, em Fortaleza, o Atlético-MG garantiu antecipadamente o título da série B do Brasileirão. No sábado, dia seguinte à conquista, Belo Horizonte parou para ver a chegada dos heróis que reconduziram o Galo à primeira divisão. Na última rodada, contra o América-RN, a massa atleticana lotou o Mineirão para festejar o título e a volta à série A. Simultaneamente, no estádio Independência, milhares de torcedores se reuniram para acompanhar a festa em um telão instalado pelo clube.

foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a 360 dias de suspensão. O jornal Folha de S.Paulorevelou que o jogador teria adulterado sua idade em cinco anos, em uma prática conhecida como “gato”. Nascido em 24 de janeiro de 1978, Carlos Alberto possuía documentos apontando o dia 24 de janeiro de 1983 como a data de seu nascimento. Na verdade, o jogador, que foi campeão mundial com a seleção brasileira Sub-20, tem 28 anos de idade, e não 23.

8 0 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

Lucas: o melhor do Brasileiro

©2

brasileira voltou apático, e o Colorado equilibrou as ações. A estrela do meia Iarley começou a aparecer. Em um contra-ataque, o camisa 10 deu um corte em Puyol e serviu Adriano Gabiru. Até então odiado pela torcida, Adriano dominou e bateu forte na saída do goleiro Valdés. Depois do gol, Iarley tratou de segurar o jogo com habilidade e experiência — ele já havia conquistado o Campeonato Mundial de Clubes em 2003, pelo Boca Juniors. Ao fim do jogo, a Fifa escolheu como melhor jogador do torneio o meia Deco, do Barça, seguido por Iarley e Ronaldinho. “Vou tomar muito chimarrão e comer baião-de-dois”, disse o cearense Iarley ao final do jogo.

Ronaldinho divide bola com Fernandão: o exgremista ainda não tem um título mundial

G d Ne Fer jog vol sel con jog inc esp cam jog ga vol de Co 20

©2

Garoto dourado

GO

Nem Mineiro nem Rogério Ceni nem Fernandão. Para a Placar, o melhor jogador do Campeonato Brasileiro foi o volante Lucas, do Grêmio. Da nossa seleção de Bolas de Prata, ele foi quem conseguiu a melhor média: 6,16, nos 32 jogos que disputou pela competição. “É incrível. Tô surpreso, é algo que eu não esperava para o meu primeiro campeonato. Mas isso mostra que o jogador tem mesmo que ser regular para ganhar a Bola de Ouro”, afirmou o volante na entrega do prêmio, dia 4 de dezembro, na TV Record. Confira os vencedores da Bola de Prata 2006 em cada categoria:

Ro

Mé LAT Ilsi

Mé ZAG Fab

Mé Índ

Mé LAT Klé

Mé VO Luc

Mé Mi

▼ 37ª Bola de Prata JOGADOR POSIÇÃO TIME ©3

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Come-quieto Marinho, do Galo, é o artilheiro do Brasil em 2006. Aos 27 anos, o centrovante do Atlético-MG Mairon César Reis, mineiro de Belo Horizonte, levou a Chuteira de Ouro da Placar, prêmio dado ao artilheiro da temporada no Brasil. Quietinho e aos poucos, Marinho foi crescendo na tabela e se beneficiou com contusões, como a de Nilmar , e transferências , como a de Dodô, que deixaram o caminho livre. No fim, travou uma disputa cabeça a cabeça com Vanderlei, do Gama, que acabou em segundo. “O mais interessante da Chuteira de Ouro é que abre brecha para jogadores de todas as séries. Parte dos meus gols foi marcada no primeiro semestre, quando ainda jogava no Democrata e fui vice-artilheiro do Mineiro, com oito gols”, disse Marinho.

©1 AAN; ©2 ALEXANDRE BATTIBUGLI; ©3 PIER GIAVELLI

MÉDIA JOGOS

ME

R. Ceni

goleiro

S. Paulo 6,05

29

Ilsinho

lat.-direito S. Paulo 5,92

24

Fabão

zagueiro S. Paulo 5,88

28

Índio

zagueiro Inter-RS 5,88

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Kléber

lat.-esq.

Santos

5,84

34

AT

Lucas

volante

Grêmio

6,16

32

Fer

Mineiro

volante

S. Paulo 6,06

27

Zé Roberto meia

Botafogo 5,92

30

Alo

Wágner

Cruzeiro 5,92

30

Inter-RS 6,10

21

AR

atacante S. Paulo 6,06

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Sou

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meia

Fernandão atacante Aloísio

ARTILHEIRO

TIME

GOLS

JOGOS

Souza

Goiás

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PLACAR2007 RETRO-novdez

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6:16 PM

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novembro 2006 Jogador do Guarani chora o rebaixamento: Ponte Preta também caiu

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dezembro 2006

Um legítimo campeão

A Terra é vermelha

Melhor em tudo, São Paulo conquista seu quarto título brasileiro

Internacional derrota o Barcelona e conquista seu primeiro título mundial

Com duas rodadas de antecipação, o São Paulo abriu oito pontos de vantagem em relação ao Internacional, vice-líder, e garantiu o seu quarto título brasileiro. Apesar do inesperado empate em casa contra o Atlético-PR, por 1 x 1, a torcida tricolor fez a festa antecipadamente graças à derrota do Internacional para o Paraná, em Curitiba, por 1 x 0. O São Paulo, que não vencia o Brasileirão desde 1991, quando chegou ao título sob o comando de Telê Santana,

Com um gol de Adriano Gabiru, aos 36 minutos do segundo tempo, o Internacional conquistou o Mundial de Clubes da Fifa ao bater o Barcelona por 1 x 0, na decisão em Yokohama, no Japão. O Colorado igualou-se ao rival Grêmio nos dois títulos internacionais mais importantes (ambos têm também uma Libertadores). Na semifinal, o clube gaúcho havia vencido o Al Ahli, do Egito, por 2 x 1, gols de Alexandre Pato e Luiz Adriano. O primeiro tempo da decisão foi todo do Barcelona, com boa atuação de Ronaldinho e Deco. Mas a defesa do Internacional conseguiu suportar a pressão e o gol não saiu. No segundo tempo, o camisa 10 do clube espanhol e da seleção

igualou os rivais Corinthians e Palmeiras em número de conquistas do Nacional. Após a perda da Libertadores, o título brasileiro virou questão de honra para o São Paulo. Com 74 pontos (contra 66 do Inter) na 36ª rodada, o Tricolor igualou o feito do Cruzeiro, que em 2003 chegou ao título sem precisar somar pontos nas duas últimas partidas. O São Paulo terminou o campeonato com nove pontos de vantagem sobre o Inter e com o melhor ataque e a melhor defesa.

Campinas, cidadefantasma

▼ Classificação final TIMES 1º São Paulo

O ano foi péssimo para o futebol de Campinas. Na série A do Brasileirão, a Ponte Preta, depois de bater na trave em 2005, caiu para a segunda divisão, ao ser goleada pelo Goiás, na penúltima rodada, por 3 x 0, em Goiânia. Junto com a Macaca, foram rebaixados São Caetano, Santa Cruz e Fortaleza. Mesmo com a queda da Ponte, o clássico com o rival Guarani, valendo por uma competição nacional, ficou adiado mais uma vez. O Guarani, que disputava a série B, acabou rebaixado para a série C, mesmo aplicando uma goleada de 5 x 1 sobre o Vila Nova, em Anápolis, na última rodada. Além do Bugre, caíram para a série C o próprio Vila Nova, o São Raimundo-AM e o Paysandu.

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Rogério Ceni comanda a festa do São Paulo tetracampeão brasileiro

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78 38 22 12 4 2º Internacional 69 38 20 9 9 3º Grêmio 67 38 20 7 11 4º Santos 64 38 18 10 10 5º Paraná 60 38 18 6 14 6º Vasco 59 38 15 14 9 7º Figueirense 57 38 15 12 11 8º Goiás 55 38 15 10 13 9º Corinthians 53 38 15 8 15 10º Cruzeiro 53 38 14 11 13 11º Flamengo 52 38 15 7 16 12º Botafogo 51 38 13 12 13 13º Atlético-PR 48 38 13 9 16 14º Juventude 47 38 13 8 17 15º Fluminense 45 38 11 12 15 16º Palmeiras 44 38 12 8 18 17º Ponte Preta 39 38 10 9 19 18º Fortaleza 38 38 8 14 16 19º São Caetano 36 38 9 9 20 20º Santa Cruz 28 38 7 7 24 ▲ Classificados para a Libertadores ▼ Rebaixados para a série B

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Galo de primeira Com uma vitória de 1 x 0 sobre

Gato de primeira Carlos Alberto, do Figueirense,

o Ceará, em Fortaleza, o Atlético-MG garantiu antecipadamente o título da série B do Brasileirão. No sábado, dia seguinte à conquista, Belo Horizonte parou para ver a chegada dos heróis que reconduziram o Galo à primeira divisão. Na última rodada, contra o América-RN, a massa atleticana lotou o Mineirão para festejar o título e a volta à série A. Simultaneamente, no estádio Independência, milhares de torcedores se reuniram para acompanhar a festa em um telão instalado pelo clube.

foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a 360 dias de suspensão. O jornal Folha de S.Paulorevelou que o jogador teria adulterado sua idade em cinco anos, em uma prática conhecida como “gato”. Nascido em 24 de janeiro de 1978, Carlos Alberto possuía documentos apontando o dia 24 de janeiro de 1983 como a data de seu nascimento. Na verdade, o jogador, que foi campeão mundial com a seleção brasileira Sub-20, tem 28 anos de idade, e não 23.

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Lucas: o melhor do Brasileiro

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brasileira voltou apático, e o Colorado equilibrou as ações. A estrela do meia Iarley começou a aparecer. Em um contra-ataque, o camisa 10 deu um corte em Puyol e serviu Adriano Gabiru. Até então odiado pela torcida, Adriano dominou e bateu forte na saída do goleiro Valdés. Depois do gol, Iarley tratou de segurar o jogo com habilidade e experiência — ele já havia conquistado o Campeonato Mundial de Clubes em 2003, pelo Boca Juniors. Ao fim do jogo, a Fifa escolheu como melhor jogador do torneio o meia Deco, do Barça, seguido por Iarley e Ronaldinho. “Vou tomar muito chimarrão e comer baião-de-dois”, disse o cearense Iarley ao final do jogo.

Ronaldinho divide bola com Fernandão: o exgremista ainda não tem um título mundial

G d Ne Fer jog vol sel con jog inc esp cam jog ga vol de Co 20

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Garoto dourado

GO

Nem Mineiro nem Rogério Ceni nem Fernandão. Para a Placar, o melhor jogador do Campeonato Brasileiro foi o volante Lucas, do Grêmio. Da nossa seleção de Bolas de Prata, ele foi quem conseguiu a melhor média: 6,16, nos 32 jogos que disputou pela competição. “É incrível. Tô surpreso, é algo que eu não esperava para o meu primeiro campeonato. Mas isso mostra que o jogador tem mesmo que ser regular para ganhar a Bola de Ouro”, afirmou o volante na entrega do prêmio, dia 4 de dezembro, na TV Record. Confira os vencedores da Bola de Prata 2006 em cada categoria:

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▼ 37ª Bola de Prata JOGADOR POSIÇÃO TIME ©3

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Come-quieto Marinho, do Galo, é o artilheiro do Brasil em 2006. Aos 27 anos, o centrovante do Atlético-MG Mairon César Reis, mineiro de Belo Horizonte, levou a Chuteira de Ouro da Placar, prêmio dado ao artilheiro da temporada no Brasil. Quietinho e aos poucos, Marinho foi crescendo na tabela e se beneficiou com contusões, como a de Nilmar , e transferências , como a de Dodô, que deixaram o caminho livre. No fim, travou uma disputa cabeça a cabeça com Vanderlei, do Gama, que acabou em segundo. “O mais interessante da Chuteira de Ouro é que abre brecha para jogadores de todas as séries. Parte dos meus gols foi marcada no primeiro semestre, quando ainda jogava no Democrata e fui vice-artilheiro do Mineiro, com oito gols”, disse Marinho.

©1 AAN; ©2 ALEXANDRE BATTIBUGLI; ©3 PIER GIAVELLI

MÉDIA JOGOS

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R. Ceni

goleiro

S. Paulo 6,05

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lat.-direito S. Paulo 5,92

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zagueiro S. Paulo 5,88

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zagueiro Inter-RS 5,88

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S. Paulo 6,06

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Zé Roberto meia

Botafogo 5,92

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Cruzeiro 5,92

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atacante S. Paulo 6,06

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Fernandão atacante Aloísio

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5:37 PM

Page 82

batebola

Por Joanna de Assis

Moleque eterno Em um bate-papo descontraído, Robinho fala de músculos, dos Ronaldos, de baladas no Brasil e do fiasco da seleção na Copa do Mundo Existe um lado bom desse esquema de rodízio de jogadores no Real? Todos se esforçam mais nos treinos? Sim, isso é verdade. Mas às vezes, também por causa disso, um jogador ou outro pode perder o ritmo e desanimar. Acaba não dando seu máximo dentro de campo, entende? Pela falta de seqüência de jogos. Por esse lado, pode atrapalhar.

No seu caso, como você encara o rodízio? Eu já acho normal, me acostumei. Mas é lógico que, quanto mais eu jogo, melhor eu fico.

Já cometeu alguma gafe? Eu não. Mas acontecia sempre com o Vandeco [Vanderlei Luxemburgo], né? Ele queria falar em espanhol e o pessoal pegava muito no pé dele.

A torcida daí é melhor que a brasileira? É diferente. É claro que se você perder será cobrado. Mas, no Brasil, quando você perde um jogo, neguinho quer virar o seu carro, aí é f... [risos]

Seu contrato com o Real vai até 2010. Isso é bom ou ruim? Aí na Espanha comentam o fato de o Ronaldinho ser reserva na seleção e o Ronaldo não ser convocado? Só falam do Ronaldinho, mas a temporada também só está começando, né? Eles falam que ele tem que jogar como joga no Barcelona. Nada mais do que isso.

Ninguém mais estranha o Ronaldo não ser convocado? Ah, ninguém fala nada porque ele estava machucado...

Hoje você se sente incomodado ao falar da Copa? O que aconteceu? Faltou união entre alguns jogadores? Não, não me incomodo... É que já passou, né? Vários jogadores sofreram muito depois da Copa, foram acusados disso, daquilo... É complicado, mas comigo não incomoda. Era pra ter sido bom, né? Mas Copa é assim mesmo: é o céu ou o inferno, ainda mais para jogador brasileiro.

Você acha que bom ambiente é tudo? Olha, ajuda. Mas já vi muito time ganhar título com jogadores se odiando. O que acontece é que na hora da partida um tem que dar o sangue pelo outro. O cara não te suporta, mas passa a bola, cria boas jogadas com você. Mas isso não acontecia na seleção não... Não éramos desunidos. Não foi por isso que não ganhamos. E seremos sempre lembrados por isso. Vamos ficar marcados pelo fracasso.

E a língua espanhola? Você já domina? Estou aqui há quase dois anos. Falo normalmente. Mamado, então, falo tudo! [risos] Aprendi sozinho, na raça. Mas também não é difícil, é quase igual ao português.

8 2 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

Depende. Pode ser bom, mas é ruim também. Pensa: se eu arrebento em um torneio não tenho como pedir aumento! E aí tem multa e fica caro para alguém te tirar daqui.

Tem muito jogador que começa a aparecer no futebol e por dinheiro vai parar na Arábia, no Japão. Você faria isso? Sem chance! Depois que você se acostuma aqui é difícil sair! Estou no melhor futebol do mundo, no mais organizado, em uma cidade maravilhosa. Não pode pensar só na grana, não é?

‘‘

Eu não tomei bomba, não! Só estou ficando mais fortinho! Tomar bomba é complicado porque depois as coisas não vão funcionar...

’’

Por que todo jogador que vai para a Europa fica “bombado”, musculoso? O Brasil está atrás no aspecto físico? Eu não tomei bomba, não! Só estou ficando mais fortinho! Tomar bomba é complicado porque depois as coisas não vão funcionar! [risos] Isso aí é muita musculação mesmo! Aqui isso é levado muito a sério e conjugado com uma boa alimentação. Eu acho que o problema no Brasil é que os jogadores vão muito para a noite! [risos] Aí fica difícil, né?

E você aí não vai para a noite? É difícil mesmo. Eu aqui fico em casa. Dificilmente saio.

Você viu o fim do Brasileirão? Acompanhou o torneio daí? E os espanhóis? Repercutiram o título do São Paulo? Eu vi, e o São Paulo mereceu ser campeão. Mas, cá entre nós: eu não gosto muito dessa fórmula de pontos corridos. Acho muito sem emoção, bom mesmo é final! Sobre os espanhóis, eles não acompanham muito. Costumam dizer que os craques do Brasil já estão fora. ✪ D E Z E M B R O ★ 2 0 0 5 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ 3 3 © FOTO ALEXANDRE BATTIBUGLI


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batebola

Por Joanna de Assis

Moleque eterno Em um bate-papo descontraído, Robinho fala de músculos, dos Ronaldos, de baladas no Brasil e do fiasco da seleção na Copa do Mundo Existe um lado bom desse esquema de rodízio de jogadores no Real? Todos se esforçam mais nos treinos? Sim, isso é verdade. Mas às vezes, também por causa disso, um jogador ou outro pode perder o ritmo e desanimar. Acaba não dando seu máximo dentro de campo, entende? Pela falta de seqüência de jogos. Por esse lado, pode atrapalhar.

No seu caso, como você encara o rodízio? Eu já acho normal, me acostumei. Mas é lógico que, quanto mais eu jogo, melhor eu fico.

Já cometeu alguma gafe? Eu não. Mas acontecia sempre com o Vandeco [Vanderlei Luxemburgo], né? Ele queria falar em espanhol e o pessoal pegava muito no pé dele.

A torcida daí é melhor que a brasileira? É diferente. É claro que se você perder será cobrado. Mas, no Brasil, quando você perde um jogo, neguinho quer virar o seu carro, aí é f... [risos]

Seu contrato com o Real vai até 2010. Isso é bom ou ruim? Aí na Espanha comentam o fato de o Ronaldinho ser reserva na seleção e o Ronaldo não ser convocado? Só falam do Ronaldinho, mas a temporada também só está começando, né? Eles falam que ele tem que jogar como joga no Barcelona. Nada mais do que isso.

Ninguém mais estranha o Ronaldo não ser convocado? Ah, ninguém fala nada porque ele estava machucado...

Hoje você se sente incomodado ao falar da Copa? O que aconteceu? Faltou união entre alguns jogadores? Não, não me incomodo... É que já passou, né? Vários jogadores sofreram muito depois da Copa, foram acusados disso, daquilo... É complicado, mas comigo não incomoda. Era pra ter sido bom, né? Mas Copa é assim mesmo: é o céu ou o inferno, ainda mais para jogador brasileiro.

Você acha que bom ambiente é tudo? Olha, ajuda. Mas já vi muito time ganhar título com jogadores se odiando. O que acontece é que na hora da partida um tem que dar o sangue pelo outro. O cara não te suporta, mas passa a bola, cria boas jogadas com você. Mas isso não acontecia na seleção não... Não éramos desunidos. Não foi por isso que não ganhamos. E seremos sempre lembrados por isso. Vamos ficar marcados pelo fracasso.

E a língua espanhola? Você já domina? Estou aqui há quase dois anos. Falo normalmente. Mamado, então, falo tudo! [risos] Aprendi sozinho, na raça. Mas também não é difícil, é quase igual ao português.

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Depende. Pode ser bom, mas é ruim também. Pensa: se eu arrebento em um torneio não tenho como pedir aumento! E aí tem multa e fica caro para alguém te tirar daqui.

Tem muito jogador que começa a aparecer no futebol e por dinheiro vai parar na Arábia, no Japão. Você faria isso? Sem chance! Depois que você se acostuma aqui é difícil sair! Estou no melhor futebol do mundo, no mais organizado, em uma cidade maravilhosa. Não pode pensar só na grana, não é?

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Eu não tomei bomba, não! Só estou ficando mais fortinho! Tomar bomba é complicado porque depois as coisas não vão funcionar...

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Por que todo jogador que vai para a Europa fica “bombado”, musculoso? O Brasil está atrás no aspecto físico? Eu não tomei bomba, não! Só estou ficando mais fortinho! Tomar bomba é complicado porque depois as coisas não vão funcionar! [risos] Isso aí é muita musculação mesmo! Aqui isso é levado muito a sério e conjugado com uma boa alimentação. Eu acho que o problema no Brasil é que os jogadores vão muito para a noite! [risos] Aí fica difícil, né?

E você aí não vai para a noite? É difícil mesmo. Eu aqui fico em casa. Dificilmente saio.

Você viu o fim do Brasileirão? Acompanhou o torneio daí? E os espanhóis? Repercutiram o título do São Paulo? Eu vi, e o São Paulo mereceu ser campeão. Mas, cá entre nós: eu não gosto muito dessa fórmula de pontos corridos. Acho muito sem emoção, bom mesmo é final! Sobre os espanhóis, eles não acompanham muito. Costumam dizer que os craques do Brasil já estão fora. ✪ D E Z E M B R O ★ 2 0 0 5 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ 3 3 © FOTO ALEXANDRE BATTIBUGLI


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Page 84

batebola

Por Paulo Passos

Mestre dos mestres Em 30 minutos de papo, muitos deles gastos entre goles de Coca-Cola e tragadas de cigarro, Frank Rijkaard falou sobre sua carreira, Barça, Ronaldinho, Deco ... Ronaldinho Gaúcho disse que você o ajuda e o aconselha muito. Como é sua relação com ele?

Por que essas brigas todas na seleção holandesa? Havia mesmo racismo? Esse problema ainda existe?

Em termos de futebol, não tenho muito o que dizer ao Ronaldinho. É nosso melhor jogador e quando está bem pode fazer a diferença. É fácil trabalhar com ele, porque se trata de um grande jogador e de muito caráter. Ele se relaciona bem com todos, é um prazer contar com ele no grupo.

Isso ocorreu, mas há muitos anos. Agora acredito que, com as pessoas que estão lá, não há mais problemas.

Por que ele não joga na seleção o que joga no Barcelona? Vi os jogos do Ronaldinho na seleção e o vi bem. Quando o time não vai bem, não se pode culpar um jogador só porque é dele que se espera mais. O conjunto não funcionou e por isso ele não se destacou. O modo de jogo do Brasil não funcionou.

Você já disse que, se o Deco vai bem, o Barça também vai... Deco é um ganhador puro-sangue. Um jogador inteligente e lutador. Sua forma de jogar intimida o adversário, pois ele tem muita coragem e faz a diferença. Deco costuma funcionar como o barômetro do time e é o mais importante para o funcionamento da equipe. Se ele está bem, nota-se no time.

Quais seriam seus votos para melhor jogador da Fifa? Não concordo com essa premiação. Eu acho impossível, por exemplo, comparar um goleiro com um atacante ou um meiocampista. Seria mais correto eleger um jogador para cada posição. Para mim esse prêmio não tem grande importância.

No Brasil o futebol holandês é visto com simpatia. Como um futebol bonito, mas que não vence. Como é ter essa imagem? A Holanda é um país muito pequeno. Outros países, como França, Espanha e Alemanha, têm bem mais opções de escolha. O Brasil ainda mais. Mesmo assim, clubes holandeses ganharam a Copa dos Campeões e outras copas. O Ajax e o Feyenoord, por exemplo, têm conquistas que grandes equipes aqui da Espanha e de outras potências não possuem. Além disso, a seleção ganhou uma Eurocopa. No geral, a Holanda vai bem. Não acho que a realidade do futebol holandês seja tão ruim em relação a conquistas.

Por que existem tantos treinadores holandeses de ponta? Há uma relação com o legado de Rinus Michel? Rinus foi uma das pessoas que mais difundiram o futebol na Holanda. Mas na mesma época havia Ernst Happel, austríaco que comandou o Feyenoord na vitória da Copa dos Campeões de 1970. Os dois colocaram o futebol holandês no mapa.

Um dos momentos marcantes de sua carreira foi a cusparada em Rudi Völler. Vocês se falaram depois? O que houve?

Eu evito comparar jogadores de equipes e épocas distintas. Isso é fantasia e não faz sentido. O que nós fizemos no Milan, apesar de não fazer tanto tempo, foi em outra época. Não conseguiria comparar.

Sou uma pessoa tranqüila, mas o futebol também é emoção. Aquilo ocorreu quando eu estava com a cabeça quente. Eu errei e aquele não é o meu normal. Quando acontece isso, tem que se arcar com as conseqüências, e foi o que eu fiz. Tive a chance de falar com o Völler depois e esclarecemos tudo. Após o Mundial, jogamos muitas partidas, eu pelo Milan e ele pela Roma. Não existem problemas, foi só aquele momento.

Diz-se aqui em Barcelona que você tem hábitos distintos de outros técnicos, como fumar. Já era assim quando jogador?

Seu contrato com o Barcelona tem uma cláusula que lhe permite sair quando quiser. Por quê? Pensando no Milan?

Existem muitos atletas que fumam. Isso não é bom para esportistas nem para ninguém, mas é como eu sou. Muitas pessoas podem me desqualificar por isso, mas é meu jeito. Tenho um estilo, mas não acho que seja tão diferente do de outros técnicos de futebol.

Existe esse acordo, mas para mim não significa muito. Tenho só o que agradecer ao Barça. Quando chegar o momento de sair, falarei com a direção, mas hoje não existe essa intenção. Quanto ao Milan, foi um clube onde estive bem, mas não há nada de concreto para eu treiná-lo no futuro. ✪

Em um jogo entre o Milan da sua época e o Barcelona de hoje, quem levaria a melhor?

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© FOTO AFP

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Não concordo com essa premiação da Fifa. Acho impossível comparar um goleiro com um atacante. Para mim esse prêmio não tem grande importância

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Por Paulo Passos

Mestre dos mestres Em 30 minutos de papo, muitos deles gastos entre goles de Coca-Cola e tragadas de cigarro, Frank Rijkaard falou sobre sua carreira, Barça, Ronaldinho, Deco ... Ronaldinho Gaúcho disse que você o ajuda e o aconselha muito. Como é sua relação com ele?

Por que essas brigas todas na seleção holandesa? Havia mesmo racismo? Esse problema ainda existe?

Em termos de futebol, não tenho muito o que dizer ao Ronaldinho. É nosso melhor jogador e quando está bem pode fazer a diferença. É fácil trabalhar com ele, porque se trata de um grande jogador e de muito caráter. Ele se relaciona bem com todos, é um prazer contar com ele no grupo.

Isso ocorreu, mas há muitos anos. Agora acredito que, com as pessoas que estão lá, não há mais problemas.

Por que ele não joga na seleção o que joga no Barcelona? Vi os jogos do Ronaldinho na seleção e o vi bem. Quando o time não vai bem, não se pode culpar um jogador só porque é dele que se espera mais. O conjunto não funcionou e por isso ele não se destacou. O modo de jogo do Brasil não funcionou.

Você já disse que, se o Deco vai bem, o Barça também vai... Deco é um ganhador puro-sangue. Um jogador inteligente e lutador. Sua forma de jogar intimida o adversário, pois ele tem muita coragem e faz a diferença. Deco costuma funcionar como o barômetro do time e é o mais importante para o funcionamento da equipe. Se ele está bem, nota-se no time.

Quais seriam seus votos para melhor jogador da Fifa? Não concordo com essa premiação. Eu acho impossível, por exemplo, comparar um goleiro com um atacante ou um meiocampista. Seria mais correto eleger um jogador para cada posição. Para mim esse prêmio não tem grande importância.

No Brasil o futebol holandês é visto com simpatia. Como um futebol bonito, mas que não vence. Como é ter essa imagem? A Holanda é um país muito pequeno. Outros países, como França, Espanha e Alemanha, têm bem mais opções de escolha. O Brasil ainda mais. Mesmo assim, clubes holandeses ganharam a Copa dos Campeões e outras copas. O Ajax e o Feyenoord, por exemplo, têm conquistas que grandes equipes aqui da Espanha e de outras potências não possuem. Além disso, a seleção ganhou uma Eurocopa. No geral, a Holanda vai bem. Não acho que a realidade do futebol holandês seja tão ruim em relação a conquistas.

Por que existem tantos treinadores holandeses de ponta? Há uma relação com o legado de Rinus Michel? Rinus foi uma das pessoas que mais difundiram o futebol na Holanda. Mas na mesma época havia Ernst Happel, austríaco que comandou o Feyenoord na vitória da Copa dos Campeões de 1970. Os dois colocaram o futebol holandês no mapa.

Um dos momentos marcantes de sua carreira foi a cusparada em Rudi Völler. Vocês se falaram depois? O que houve?

Eu evito comparar jogadores de equipes e épocas distintas. Isso é fantasia e não faz sentido. O que nós fizemos no Milan, apesar de não fazer tanto tempo, foi em outra época. Não conseguiria comparar.

Sou uma pessoa tranqüila, mas o futebol também é emoção. Aquilo ocorreu quando eu estava com a cabeça quente. Eu errei e aquele não é o meu normal. Quando acontece isso, tem que se arcar com as conseqüências, e foi o que eu fiz. Tive a chance de falar com o Völler depois e esclarecemos tudo. Após o Mundial, jogamos muitas partidas, eu pelo Milan e ele pela Roma. Não existem problemas, foi só aquele momento.

Diz-se aqui em Barcelona que você tem hábitos distintos de outros técnicos, como fumar. Já era assim quando jogador?

Seu contrato com o Barcelona tem uma cláusula que lhe permite sair quando quiser. Por quê? Pensando no Milan?

Existem muitos atletas que fumam. Isso não é bom para esportistas nem para ninguém, mas é como eu sou. Muitas pessoas podem me desqualificar por isso, mas é meu jeito. Tenho um estilo, mas não acho que seja tão diferente do de outros técnicos de futebol.

Existe esse acordo, mas para mim não significa muito. Tenho só o que agradecer ao Barça. Quando chegar o momento de sair, falarei com a direção, mas hoje não existe essa intenção. Quanto ao Milan, foi um clube onde estive bem, mas não há nada de concreto para eu treiná-lo no futuro. ✪

Em um jogo entre o Milan da sua época e o Barcelona de hoje, quem levaria a melhor?

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© FOTO AFP

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Não concordo com essa premiação da Fifa. Acho impossível comparar um goleiro com um atacante. Para mim esse prêmio não tem grande importância

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2 0

D E

N O V E M B R O

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A

1 8

D E

D E Z E M B R O

D E

2 0 0 6

★ B ra s i l e i r ã o S é r i e B

E D I TA D O POR PAULO TESCAROLO

★ Internacionais Mundial Interclubes Quartas-de-final

Mostafa (Emad int.), Shawky, Aboutrika e Tarek Said; Flavio. T: Manuel José

e Van Bronckhorst; Thiago Motta, Iniesta (Xavi 14/2) e Deco; Giuly, Gudjohnsen (Ezquerro 43/2) e Ronaldinho. T: Frank Rijkaard

14/12

América (MÉX) 0 x 4 Barcelona (ESP)

5º LUGAR 15/12

Copa Sul-americana

Auckland City (NZL) 0 x 2 Al Ahly (EGI)

Auckland City (NZL) 0 x 3 Jeonbuk (COR)

Semifinal

11/12

3º LUGAR

Jogos de ida

Jeonbuk (COR) 0 x 1 América (MÉX)

17/12

15/11

Al Ahly (EGI) 2 x 1 América (MÉX)

Atlético-PR 0 x 1 Pachuca (MÉX)

10/12

Semifinal 13/12

16/11

Final

★ Nacionais

26/11

Criciúma 6 x 0 Vitória Brasil 1 x 0 Bahia

B ra s i l e i r ã o Série C

29/11

Barueri 3 x 0 Ferroviário Ipatinga 0 x 0 Treze Vitória 2 x 0 Brasil Bahia 2 x 2 Criciúma

Octogonal final 26/11

Treze 2 x 3 Barueri Ferroviário 3 x 1 Ipatinga

ARTILHARIA 16 GOLS - Sorato (Bahia)

••••••••••••• ••••••••••••• •••••••••••••

★ B ra s i l e i r ã o S é r i e C

Colo Colo (CHI) 2 x 1 Toluca (MÉX)

Classificação - Octogonal final

NACIONAL (TÓQUIO-JAP) 17/8INTERNACIONAL (YOKOHAMA-JAP)

Jogos de volta

EQUIPES

P

J

V

E

D

GP

GC

J: Subkhiddin Mohd Salleh (Malásia); G: Alexandre Pato 23 do 1º; Flavio 9 e Luiz Adriano 27 do 2º; CA: Fernandão, Gomaa, Flavio e Alex INTERNACIONAL: Clemer; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Hidalgo (Rubens Cardoso 18/2); Edinho, Wellington Monteiro, Fernandão e Alex; Alexandre Pato (Luiz Adriano 20/2) e Iarley (Vargas 37/2). T: Abel Braga AL AHLY: El Hadary (Abdelhamid 37/2); Shadi, Gomaa e Nahas; El Shater (Sedik 30/2), Ashour,

INTERNACIONAL 1 X 0 BARCELONA

21/11

1º Criciúma-SC

31

14

9

4

1

27

11 16

J: Carlos Batres (GUA); G: Adriano 36 do 1º; CA: Índio, Thiago Motta, Adriano e Iarley INTERNACIONAL: Clemer, Ceará, Índio, Fabiano Eller e Rubens Cardoso; Edinho, Wellington Monteiro, Fernandão (Adriano 31/2) e Alex (Vargas int.); Iarley e Alexandre Pato (Luiz Adriano 16/2). T: Abel Braga BARCELONA: Valdés, Zambrotta (Belletti int.), Puyol, Rafa Márquez

22/11

SG

2º Vitória-BA

25

14

8

1

5

23

18

5

Pachuca (MÉX) 4 x 1 Atlético-PR

3º Ipatinga-MG

24

14

7

3

4

21

15

6

Final

4º Barueri-SP

23

14

7

2

5

27

22

5

5º Ferroviário-CE 19

14

6

1

7

21

26 -5

Jogo de ida 30/11

Pachuca (MÉX) 1 x 1 Colo Colo (CHI) Jogo de volta 13/12

Colo Colo (CHI) 1 x 2 Pachuca (MÉX)

MANGUEIRÃO (BELÉM-PA)

6º Bahia-BA

14

14

4

2

8

21

30 -9

7º Brasil-RS

13

14

4

1

9

16

25 -9

8º Treze-PB

11

14

3

2

9

17

26 -9

▲ Classificados para a Série B do Brasileiro

25/11

25/11JONAS DUARTE (ANÁPOLIS-GO)

25/11

ATLÉTICO-MG 2 X 2 AMÉRICA

PAYSANDU 4 X 1 MARÍLIA

CRB 2 X 1 REMO

VILA NOVA 1 X 5 GUARANI*

SÃO RAIMUNDO 2 X 0 GAMA

J: Wallace Nascimento-ES; R: 757 960, 50; P: 74 694; G: Danilinho 16 do 1º; Roni 15, Paulo Isidoro 18 e Max 36 do 2º; CA: Thiago Feltri, Marcinho, Róbson, Paulinho Kobayashi e Du; E: Magal 39 do 2º ATLÉTICO-MG: Diego, Luisinho Netto, Lima, Marcos e Thiago Feltri; Márcio Araújo, Bilu, Marcinho e Danilinho (Tchô); Marinho (Galvão) e Éder Luís (Roni). T: Levir Culpi AMÉRICA-RN: Fabiano, Roni, Fernando Lombardi, Róbson e Eduardo; Magal, Paulinho Kobayashi (Max), Souza e Adriano Peixe; Paulo Isidoro e Du (Goeber). T: Heriberto da Cunha

J: Jamir Carlos Garcez-DF; R: 62 275; P: 13 711; G: Rodrigo Félix 18, San 24, Hugo 40 e João Vitor 41 do 1º; Zé Augusto 42 do 2º; CA: Rogerinho, Rodolfo, Leonardo, Zé Augusto e João Marcos PAYSANDU: Rodrigo Laiala, Hugo, San, Marabá e China (Daniel); Ricardo Oliveira, Wellington, Rodrigo Félix (Rafael Oliveira) e Rogerinho; Balão e Aldrovani (Zé Augusto). T: Sinomar Naves MARÍLIA: Júlio César, Bruno Ribeiro, Leonardo, Gian e Rodolfo; Fernando, Deivid, João Vítor (Celsinho) e Élvis (João Marcos); Ricardinho e Dinei (Léo Mineiro). T: Roberto Cavalo

J: Rogério Pereira da Costa-MG; R: 61 705; P:14 519; G: Zé Soares 5, Val Baiano 12 e Eninho 36 do 1º; CA: Samuel, Leonel, Val Baiano, Nilson Sergipano e Xavier CRB: Rodrigues, Samuel (Anderson), Marcão e Bebeto Maranhão; Eduardo, Leonel, Lau, Aldivan e Eninho (Bebeto); Val Baiano (Nilson Sergipano) e Júnior Amorim. T: Gérson Sodré REMO: Adriano, Lucas, Magrão, Carlinhos (Barata) e Julinho; Beto, Serginho, Xavier (Bil) e Alex Oliveira; Renato Santiago (André Leonel) e Zé Soares. T: Giba

J: Luís Antônio Silva Santos-RJ; G: Alex Afonso 18, Danilo 33, Marques 42 e Mariano 43 do 1º; Deyvid 13 e Túlio 40 do 2º; CA: Higo, Germano, Deola e Túlio; E: Éder 19 do 2º VILA NOVA: Gléguer, Higo (Laionel), Marcelão, André Turatto (Vitor) e Marcinho; Romeu, Germano, Fernando e Éder (Valdeir); Vandinho e Marques. T: Karmino Colombini GUARANI: Deola, Mariano, Tuta, Eloy e Danilo Silva; Umberto, Túlio, Danilo (Jéferson) e Deyvid (Odair); Éder e Alex Afonso (Edmílson). T: Waguinho Dias

J: Manoel Paixão dos Santos-MS; R: 31 707; P: 5 332; G: Luís Henrique 34 e Vidinha 38 do 1º; CA: Márcio Goiano, Bruno Carvalho, Flávio Mineiro e Buti; E: Doriva 21 do 2º SÃO RAIMUNDO: Flávio Mendes, Flávio Mineiro, Zacarias, Róbson e Marcos Pezão; Doriva, Macaé, Vidinha e Piá (Buti); Luís Henrique e Delmo (Nenê) (Márcio Parintins). T: Carlos Prata GAMA: Éverton, Márcio Goiano, Gilvan, Bruno Lourenço e Rodrigo (Anderson); Juninho, Jean (Bruno Carvalho), Lindomar e Zé Maria; André Borges (Wendell) e Thiaguinho. T: José Galli Neto

REI PELÉ (MACEIÓ-AL)

25/11

BRASILIENSE 3 X 4 PAULISTA J: Luiz Alberto Sardinha Bites-GO; R: 3 245; P: 1 954; G: Jaílson 8, Josiel 12 e Warley 28 do 1º; Rodolfo 10, Jaílson 23 e 39 e A. Delon 46 do 2º; CA: F. Gomes, C.Alberto, A. Delon, Deda e Glaydson; E: M. Aurélio 5 do 2º BRASILIENSE: Alexandre Fávaro, Patrick, Jairo, Pedro Paulo e Augusto (Marciano); Deda, Carlos Alberto, Rafael Toledo (Kokinho) (Rodriguinho) e Allan Delon; Josiel e Warley. T: Roberto Fernandes PAULISTA: Victor, Marco Aurélio, Dema, Anderson e Fábio Vidal; Fábio Gomes (Rodolfo), Glaydson, Diogo (Marcelo Oliveira) e Glaucio; Victor Santana (Felipe Sodinha) e Jaílson. T: Vagner Mancini

25/11BRUNO J. DANIEL (S. ANDRÉ-SP)

SPORT 2 X 3 PORTUGUESA

J: José Henrique de Carvalho-SP; R: 8 537,50; P: 1 141; G: Marcelo Batatais 17 e Ademir Sopa 42 do 1º; Alê (contra) 38, Hugo 40 e 43 e Alê 45 do 2º; CA: Rodrigo Batatinha, Douglas, Ricardinho, Márcio Egídio, Leandro, Edílson e Rogério Prateat CORITIBA: Kléber, Douglas, Marcelo Batatais e Leandro; Andrezinho, Márcio Egídio, Rodrigo Batatinha, Cristian (Guilherme) e Ricardinho (Carlão); Caio e Hugo. T: Paulo Bonamigo AVAÍ: Eduardo Martini, Rogério Prateat, Fernando e Naílton; Edílson, Pedro Ayub, Alê, Ademir Sopa (Jorge Luiz) e Emanuel (Luciano); Igor e Samuel (Fábio Nunes). T: Joceli dos Santos

SANTO ANDRÉ 1 X 1 NÁUTICO

J: Álvaro Azeredo Quelhas-MG; R: 137 512; P: 15 802; G: Marco Antônio 44 e Preto 46 do 1º; Fumagalli 10, Rogério 33 e Alex Alves 45 do 2º; CA: Bia, Ticão, Santiago, Marcos Paulo, Bruno e Alexandre SPORT: Magrão, Tamandaré (Bia), Durval, Kléber e Bruno; Éverton, Ticão, Fumagalli e Wellington, Adriano Magrão (Jadílson) e Marco Antônio. T: Givanildo Oliveira PORTUGUESA: Tiago, Leonardo Silva, Santiago (Marlon) e Bruno; Wilton Goiano, Marcos Paulo, Alexandre, Preto e Juninho Goiano (Joãozinho); Alex Alves e Giancarlo (Rogério). T: Vágner Benazzi

J: Cássia Alves Dias-MG; R: 9 825; P: 1 478; G: Hernanes 23 e Fábio Silva 24 do 2º; CA: Eduardo, Marcelo Ramos, Galiardo e Sérgio Manoel SANTO ANDRÉ: Júnior Costa, Alexandre (Anaílson), Galiardo (Bruno), Luiz Henrique e Lelo; Makelele, Émerson, Pará e André Luiz; Sandro Gaúcho e Hernanes (Leonardo). T: Ruy Scarpino NÁUTICO: Eduardo, Sidny, Leandro, Marcelo Ramos e Jamur (Mateus); Tozo, Vágner Rosa (Luciano Totó), Capixaba e Sérgio Manoel; Kuki e Danilo Lins (Fábio Silva). T: Hélio dos Anjos

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

Série A Classificação J

V

SEREJÃO (BRASÍLIA-DF)

25/11 ILHA DO RETIRO (RECIFE-PE)

CORITIBA 4 X 2 AVAÍ

★ B ra s i l e i r ã o Ra i o X

Adriano toca e Valdés não consegue defender. Pronto: o mundo é vermelho

25/11

RODADA

25/11MINEIRÃO (B. HORIZONTE-MG)

25/11COUTO PEREIRA (CURITIBA-PR)

INTERNACIONAL 2 X 1 AL AHLY (EGI)

Toluca (MÉX) 0 x 2 Colo Colo (CHI)

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 3 8 ª

25/11

J: Wilton Pereira Sampaio-DF; R: 871; P: 186; G: Ricardo Lopes 7 do 1º; Erivélton 1, Reginaldo 6, Vinícius 17 e Cris 21 do 2º; CA: Erivélton, Ricardo Lopes, André Luís e Thiago Almeida ITUANO: André Luís, Ricardo Lopes, Erivélton, Adriano e Moradei; Samuel (Jean), Johnny, Reginaldo (Moré) e Paulo Santos; Cris e Gilson (Renato). T: José Luiz Drey CEARÁ: Adílson, Arlindo Maracanã, Sidney, Preto e Sérgio; Léo (Marcelo Lopes), Sandro (Diguinho), Thiago Almeida (Hugo) e Adrianinho; Vavá e Vinícius. T: Dimas Filgueiras

ATÉ 18/DEZEMBRO

CLUBE

P

E

D

GP GC SG

E

D

GP GC SG

São Paulo

78 38 22 12

4

66 32 34

Atlético-MG 71 38 20 11

7

70 39 31

Internacional 69 38 20

9

9

52 36 16

Sport

64 38 18 10 10 57 36 21

Grêmio

67 38 20

7

11 64 45 19

Náutico

64 38 18 10 10 64 48 16

Santos

64 38 18 10 10 58 36 22

América-RN 61 38 19

Paraná

60 38 18

Paulista

61 38 17 10 11 72 51 21

Vasco

59 38 15 14

57 50

7

Coritiba

59 38 16 11 11 64 51 13

Figueirense 57 38 15 12 11 52 44

8

Santo André 56 38 14 14 10 47 45

Goiás

55 38 15 10 13 63 49 14

Corinthians

53 38 15

8

14 56 49 9

15 41 46 -5

10º Cruzeiro

53 38 14 11 13 52 45

11º Flamengo

52 38 15

12º Botafogo

51 38 13 12 13 52 50

7

7

7

16 44 48 -4 2

13º Atlético-PR 48 38 13

9

16 61 62 -1

14º Juventude

8

17 44 54 -10

Souza: quem vai comprar? 17 GOLS

Souza (Goiás) 14 GOLS

Schwenck (Figueirense) 13 GOLS

Cícero e Soares, (Figueirense) e Tuta (Fluminense)

P

J

V

Artilheiros

6

CLUBE

4

7

15 59 51

8

2

16 65 51 14

Brasiliense

52 38 15

Marília

52 38 14 10 14 58 56

2

10º Ituano

50 38 12 14 12 49 48

1

11º Gama

48 38 14

6

18 51 62 -11

17 GOLS

12º Remo

46 38 13

7

18 50 60 -10

Marinho (Atlético-MG) e Jaílson (Paulista)

46 38 12 10 16 36 51 -15

14º Portuguesa

45 38 11 12 15 47 58 -11

15º Fluminense 45 38 11 12 15 48 58 -10

15º Ceará

45 38 10 15 13 47 56 -9

16º Palmeiras

44 38 12

8

18 58 70 -12

16º CRB

44 38 12

8

18 61 67 -6

17º Ponte Preta

39 38 10

9

19 45 65 -20

17º Paysandu

44 38 12

8

18 51 70 -19

18º Fortaleza

38 38

8

14 16 39 62 -23

18º Guarani*

44 38 11 14 13 53 61 -8

19º São Caetano 36 38

9

9

20 37 53 -16

20º Santa Cruz

7

7

24 41 76 -35

28 38

▲ Classificados para a Libertadores

▼ Rebaixados para a Série B

Vanderlei: no Galo em 2007

13º Avaí

47 38 13

NOVELLI JÚNIOR (ITU-SP)

ITUANO 4 X 1 CEARÁ

Série B Classificação

Artilheiros

VIVALDÃO (MANAUS-AM)

19º São Raimundo 43 38 11 10 17 42 59 -17 20º Vila Nova

42 38 11

9

18 45 68 -23

21 GOLS

Vanderlei (Gama) 18 GOLS

Fumagalli (Sport)

15 GOLS

Felipe (Náutico)

▲ Classificados para a Série A

▼ Rebaixados para a Série C

* Perdeu 3 pontos devido a uma punição imposta pela Fifa

8 6 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

©FOTO PIER GIAVELLI

* Jogo disputado com os portões fechados, sem presença de público

J A N E I R O ★ 2 0 0 7 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ 8 7

* jo por pre


PL1302 TABELAO

12/18/06

6:06 PM

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D E

N O V E M B R O

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A

1 8

D E

D E Z E M B R O

D E

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★ B ra s i l e i r ã o S é r i e B

E D I TA D O POR PAULO TESCAROLO

★ Internacionais Mundial Interclubes Quartas-de-final

Mostafa (Emad int.), Shawky, Aboutrika e Tarek Said; Flavio. T: Manuel José

e Van Bronckhorst; Thiago Motta, Iniesta (Xavi 14/2) e Deco; Giuly, Gudjohnsen (Ezquerro 43/2) e Ronaldinho. T: Frank Rijkaard

14/12

América (MÉX) 0 x 4 Barcelona (ESP)

5º LUGAR 15/12

Copa Sul-americana

Auckland City (NZL) 0 x 2 Al Ahly (EGI)

Auckland City (NZL) 0 x 3 Jeonbuk (COR)

Semifinal

11/12

3º LUGAR

Jogos de ida

Jeonbuk (COR) 0 x 1 América (MÉX)

17/12

15/11

Al Ahly (EGI) 2 x 1 América (MÉX)

Atlético-PR 0 x 1 Pachuca (MÉX)

10/12

Semifinal 13/12

16/11

Final

★ Nacionais

26/11

Criciúma 6 x 0 Vitória Brasil 1 x 0 Bahia

B ra s i l e i r ã o Série C

29/11

Barueri 3 x 0 Ferroviário Ipatinga 0 x 0 Treze Vitória 2 x 0 Brasil Bahia 2 x 2 Criciúma

Octogonal final 26/11

Treze 2 x 3 Barueri Ferroviário 3 x 1 Ipatinga

ARTILHARIA 16 GOLS - Sorato (Bahia)

••••••••••••• ••••••••••••• •••••••••••••

★ B ra s i l e i r ã o S é r i e C

Colo Colo (CHI) 2 x 1 Toluca (MÉX)

Classificação - Octogonal final

NACIONAL (TÓQUIO-JAP) 17/8INTERNACIONAL (YOKOHAMA-JAP)

Jogos de volta

EQUIPES

P

J

V

E

D

GP

GC

J: Subkhiddin Mohd Salleh (Malásia); G: Alexandre Pato 23 do 1º; Flavio 9 e Luiz Adriano 27 do 2º; CA: Fernandão, Gomaa, Flavio e Alex INTERNACIONAL: Clemer; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Hidalgo (Rubens Cardoso 18/2); Edinho, Wellington Monteiro, Fernandão e Alex; Alexandre Pato (Luiz Adriano 20/2) e Iarley (Vargas 37/2). T: Abel Braga AL AHLY: El Hadary (Abdelhamid 37/2); Shadi, Gomaa e Nahas; El Shater (Sedik 30/2), Ashour,

INTERNACIONAL 1 X 0 BARCELONA

21/11

1º Criciúma-SC

31

14

9

4

1

27

11 16

J: Carlos Batres (GUA); G: Adriano 36 do 1º; CA: Índio, Thiago Motta, Adriano e Iarley INTERNACIONAL: Clemer, Ceará, Índio, Fabiano Eller e Rubens Cardoso; Edinho, Wellington Monteiro, Fernandão (Adriano 31/2) e Alex (Vargas int.); Iarley e Alexandre Pato (Luiz Adriano 16/2). T: Abel Braga BARCELONA: Valdés, Zambrotta (Belletti int.), Puyol, Rafa Márquez

22/11

SG

2º Vitória-BA

25

14

8

1

5

23

18

5

Pachuca (MÉX) 4 x 1 Atlético-PR

3º Ipatinga-MG

24

14

7

3

4

21

15

6

Final

4º Barueri-SP

23

14

7

2

5

27

22

5

5º Ferroviário-CE 19

14

6

1

7

21

26 -5

Jogo de ida 30/11

Pachuca (MÉX) 1 x 1 Colo Colo (CHI) Jogo de volta 13/12

Colo Colo (CHI) 1 x 2 Pachuca (MÉX)

MANGUEIRÃO (BELÉM-PA)

6º Bahia-BA

14

14

4

2

8

21

30 -9

7º Brasil-RS

13

14

4

1

9

16

25 -9

8º Treze-PB

11

14

3

2

9

17

26 -9

▲ Classificados para a Série B do Brasileiro

25/11

25/11JONAS DUARTE (ANÁPOLIS-GO)

25/11

ATLÉTICO-MG 2 X 2 AMÉRICA

PAYSANDU 4 X 1 MARÍLIA

CRB 2 X 1 REMO

VILA NOVA 1 X 5 GUARANI*

SÃO RAIMUNDO 2 X 0 GAMA

J: Wallace Nascimento-ES; R: 757 960, 50; P: 74 694; G: Danilinho 16 do 1º; Roni 15, Paulo Isidoro 18 e Max 36 do 2º; CA: Thiago Feltri, Marcinho, Róbson, Paulinho Kobayashi e Du; E: Magal 39 do 2º ATLÉTICO-MG: Diego, Luisinho Netto, Lima, Marcos e Thiago Feltri; Márcio Araújo, Bilu, Marcinho e Danilinho (Tchô); Marinho (Galvão) e Éder Luís (Roni). T: Levir Culpi AMÉRICA-RN: Fabiano, Roni, Fernando Lombardi, Róbson e Eduardo; Magal, Paulinho Kobayashi (Max), Souza e Adriano Peixe; Paulo Isidoro e Du (Goeber). T: Heriberto da Cunha

J: Jamir Carlos Garcez-DF; R: 62 275; P: 13 711; G: Rodrigo Félix 18, San 24, Hugo 40 e João Vitor 41 do 1º; Zé Augusto 42 do 2º; CA: Rogerinho, Rodolfo, Leonardo, Zé Augusto e João Marcos PAYSANDU: Rodrigo Laiala, Hugo, San, Marabá e China (Daniel); Ricardo Oliveira, Wellington, Rodrigo Félix (Rafael Oliveira) e Rogerinho; Balão e Aldrovani (Zé Augusto). T: Sinomar Naves MARÍLIA: Júlio César, Bruno Ribeiro, Leonardo, Gian e Rodolfo; Fernando, Deivid, João Vítor (Celsinho) e Élvis (João Marcos); Ricardinho e Dinei (Léo Mineiro). T: Roberto Cavalo

J: Rogério Pereira da Costa-MG; R: 61 705; P:14 519; G: Zé Soares 5, Val Baiano 12 e Eninho 36 do 1º; CA: Samuel, Leonel, Val Baiano, Nilson Sergipano e Xavier CRB: Rodrigues, Samuel (Anderson), Marcão e Bebeto Maranhão; Eduardo, Leonel, Lau, Aldivan e Eninho (Bebeto); Val Baiano (Nilson Sergipano) e Júnior Amorim. T: Gérson Sodré REMO: Adriano, Lucas, Magrão, Carlinhos (Barata) e Julinho; Beto, Serginho, Xavier (Bil) e Alex Oliveira; Renato Santiago (André Leonel) e Zé Soares. T: Giba

J: Luís Antônio Silva Santos-RJ; G: Alex Afonso 18, Danilo 33, Marques 42 e Mariano 43 do 1º; Deyvid 13 e Túlio 40 do 2º; CA: Higo, Germano, Deola e Túlio; E: Éder 19 do 2º VILA NOVA: Gléguer, Higo (Laionel), Marcelão, André Turatto (Vitor) e Marcinho; Romeu, Germano, Fernando e Éder (Valdeir); Vandinho e Marques. T: Karmino Colombini GUARANI: Deola, Mariano, Tuta, Eloy e Danilo Silva; Umberto, Túlio, Danilo (Jéferson) e Deyvid (Odair); Éder e Alex Afonso (Edmílson). T: Waguinho Dias

J: Manoel Paixão dos Santos-MS; R: 31 707; P: 5 332; G: Luís Henrique 34 e Vidinha 38 do 1º; CA: Márcio Goiano, Bruno Carvalho, Flávio Mineiro e Buti; E: Doriva 21 do 2º SÃO RAIMUNDO: Flávio Mendes, Flávio Mineiro, Zacarias, Róbson e Marcos Pezão; Doriva, Macaé, Vidinha e Piá (Buti); Luís Henrique e Delmo (Nenê) (Márcio Parintins). T: Carlos Prata GAMA: Éverton, Márcio Goiano, Gilvan, Bruno Lourenço e Rodrigo (Anderson); Juninho, Jean (Bruno Carvalho), Lindomar e Zé Maria; André Borges (Wendell) e Thiaguinho. T: José Galli Neto

REI PELÉ (MACEIÓ-AL)

25/11

BRASILIENSE 3 X 4 PAULISTA J: Luiz Alberto Sardinha Bites-GO; R: 3 245; P: 1 954; G: Jaílson 8, Josiel 12 e Warley 28 do 1º; Rodolfo 10, Jaílson 23 e 39 e A. Delon 46 do 2º; CA: F. Gomes, C.Alberto, A. Delon, Deda e Glaydson; E: M. Aurélio 5 do 2º BRASILIENSE: Alexandre Fávaro, Patrick, Jairo, Pedro Paulo e Augusto (Marciano); Deda, Carlos Alberto, Rafael Toledo (Kokinho) (Rodriguinho) e Allan Delon; Josiel e Warley. T: Roberto Fernandes PAULISTA: Victor, Marco Aurélio, Dema, Anderson e Fábio Vidal; Fábio Gomes (Rodolfo), Glaydson, Diogo (Marcelo Oliveira) e Glaucio; Victor Santana (Felipe Sodinha) e Jaílson. T: Vagner Mancini

25/11BRUNO J. DANIEL (S. ANDRÉ-SP)

SPORT 2 X 3 PORTUGUESA

J: José Henrique de Carvalho-SP; R: 8 537,50; P: 1 141; G: Marcelo Batatais 17 e Ademir Sopa 42 do 1º; Alê (contra) 38, Hugo 40 e 43 e Alê 45 do 2º; CA: Rodrigo Batatinha, Douglas, Ricardinho, Márcio Egídio, Leandro, Edílson e Rogério Prateat CORITIBA: Kléber, Douglas, Marcelo Batatais e Leandro; Andrezinho, Márcio Egídio, Rodrigo Batatinha, Cristian (Guilherme) e Ricardinho (Carlão); Caio e Hugo. T: Paulo Bonamigo AVAÍ: Eduardo Martini, Rogério Prateat, Fernando e Naílton; Edílson, Pedro Ayub, Alê, Ademir Sopa (Jorge Luiz) e Emanuel (Luciano); Igor e Samuel (Fábio Nunes). T: Joceli dos Santos

SANTO ANDRÉ 1 X 1 NÁUTICO

J: Álvaro Azeredo Quelhas-MG; R: 137 512; P: 15 802; G: Marco Antônio 44 e Preto 46 do 1º; Fumagalli 10, Rogério 33 e Alex Alves 45 do 2º; CA: Bia, Ticão, Santiago, Marcos Paulo, Bruno e Alexandre SPORT: Magrão, Tamandaré (Bia), Durval, Kléber e Bruno; Éverton, Ticão, Fumagalli e Wellington, Adriano Magrão (Jadílson) e Marco Antônio. T: Givanildo Oliveira PORTUGUESA: Tiago, Leonardo Silva, Santiago (Marlon) e Bruno; Wilton Goiano, Marcos Paulo, Alexandre, Preto e Juninho Goiano (Joãozinho); Alex Alves e Giancarlo (Rogério). T: Vágner Benazzi

J: Cássia Alves Dias-MG; R: 9 825; P: 1 478; G: Hernanes 23 e Fábio Silva 24 do 2º; CA: Eduardo, Marcelo Ramos, Galiardo e Sérgio Manoel SANTO ANDRÉ: Júnior Costa, Alexandre (Anaílson), Galiardo (Bruno), Luiz Henrique e Lelo; Makelele, Émerson, Pará e André Luiz; Sandro Gaúcho e Hernanes (Leonardo). T: Ruy Scarpino NÁUTICO: Eduardo, Sidny, Leandro, Marcelo Ramos e Jamur (Mateus); Tozo, Vágner Rosa (Luciano Totó), Capixaba e Sérgio Manoel; Kuki e Danilo Lins (Fábio Silva). T: Hélio dos Anjos

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Série A Classificação J

V

SEREJÃO (BRASÍLIA-DF)

25/11 ILHA DO RETIRO (RECIFE-PE)

CORITIBA 4 X 2 AVAÍ

★ B ra s i l e i r ã o Ra i o X

Adriano toca e Valdés não consegue defender. Pronto: o mundo é vermelho

25/11

RODADA

25/11MINEIRÃO (B. HORIZONTE-MG)

25/11COUTO PEREIRA (CURITIBA-PR)

INTERNACIONAL 2 X 1 AL AHLY (EGI)

Toluca (MÉX) 0 x 2 Colo Colo (CHI)

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 3 8 ª

25/11

J: Wilton Pereira Sampaio-DF; R: 871; P: 186; G: Ricardo Lopes 7 do 1º; Erivélton 1, Reginaldo 6, Vinícius 17 e Cris 21 do 2º; CA: Erivélton, Ricardo Lopes, André Luís e Thiago Almeida ITUANO: André Luís, Ricardo Lopes, Erivélton, Adriano e Moradei; Samuel (Jean), Johnny, Reginaldo (Moré) e Paulo Santos; Cris e Gilson (Renato). T: José Luiz Drey CEARÁ: Adílson, Arlindo Maracanã, Sidney, Preto e Sérgio; Léo (Marcelo Lopes), Sandro (Diguinho), Thiago Almeida (Hugo) e Adrianinho; Vavá e Vinícius. T: Dimas Filgueiras

ATÉ 18/DEZEMBRO

CLUBE

P

E

D

GP GC SG

E

D

GP GC SG

São Paulo

78 38 22 12

4

66 32 34

Atlético-MG 71 38 20 11

7

70 39 31

Internacional 69 38 20

9

9

52 36 16

Sport

64 38 18 10 10 57 36 21

Grêmio

67 38 20

7

11 64 45 19

Náutico

64 38 18 10 10 64 48 16

Santos

64 38 18 10 10 58 36 22

América-RN 61 38 19

Paraná

60 38 18

Paulista

61 38 17 10 11 72 51 21

Vasco

59 38 15 14

57 50

7

Coritiba

59 38 16 11 11 64 51 13

Figueirense 57 38 15 12 11 52 44

8

Santo André 56 38 14 14 10 47 45

Goiás

55 38 15 10 13 63 49 14

Corinthians

53 38 15

8

14 56 49 9

15 41 46 -5

10º Cruzeiro

53 38 14 11 13 52 45

11º Flamengo

52 38 15

12º Botafogo

51 38 13 12 13 52 50

7

7

7

16 44 48 -4 2

13º Atlético-PR 48 38 13

9

16 61 62 -1

14º Juventude

8

17 44 54 -10

Souza: quem vai comprar? 17 GOLS

Souza (Goiás) 14 GOLS

Schwenck (Figueirense) 13 GOLS

Cícero e Soares, (Figueirense) e Tuta (Fluminense)

P

J

V

Artilheiros

6

CLUBE

4

7

15 59 51

8

2

16 65 51 14

Brasiliense

52 38 15

Marília

52 38 14 10 14 58 56

2

10º Ituano

50 38 12 14 12 49 48

1

11º Gama

48 38 14

6

18 51 62 -11

17 GOLS

12º Remo

46 38 13

7

18 50 60 -10

Marinho (Atlético-MG) e Jaílson (Paulista)

46 38 12 10 16 36 51 -15

14º Portuguesa

45 38 11 12 15 47 58 -11

15º Fluminense 45 38 11 12 15 48 58 -10

15º Ceará

45 38 10 15 13 47 56 -9

16º Palmeiras

44 38 12

8

18 58 70 -12

16º CRB

44 38 12

8

18 61 67 -6

17º Ponte Preta

39 38 10

9

19 45 65 -20

17º Paysandu

44 38 12

8

18 51 70 -19

18º Fortaleza

38 38

8

14 16 39 62 -23

18º Guarani*

44 38 11 14 13 53 61 -8

19º São Caetano 36 38

9

9

20 37 53 -16

20º Santa Cruz

7

7

24 41 76 -35

28 38

▲ Classificados para a Libertadores

▼ Rebaixados para a Série B

Vanderlei: no Galo em 2007

13º Avaí

47 38 13

NOVELLI JÚNIOR (ITU-SP)

ITUANO 4 X 1 CEARÁ

Série B Classificação

Artilheiros

VIVALDÃO (MANAUS-AM)

19º São Raimundo 43 38 11 10 17 42 59 -17 20º Vila Nova

42 38 11

9

18 45 68 -23

21 GOLS

Vanderlei (Gama) 18 GOLS

Fumagalli (Sport)

15 GOLS

Felipe (Náutico)

▲ Classificados para a Série A

▼ Rebaixados para a Série C

* Perdeu 3 pontos devido a uma punição imposta pela Fifa

8 6 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

©FOTO PIER GIAVELLI

* Jogo disputado com os portões fechados, sem presença de público

J A N E I R O ★ 2 0 0 7 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ 8 7

* jo por pre


12/18/06

4:21 PM

Page 88

tabelão 2006 ★ B ra s i l e i r ã o

De 20 de novembro a 18 de dezembro de 2006

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37ª RODADA

★ B ra s i l e i r ã o

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

DESTAQUES DA RODADA

DESTAQUES DA RODADA

Œ

CRAQUE DA RODADA

CRAQUE DA RODADA

Alexandre Pato (Inter), 4 x 1 Palmeiras Œ O JOGO DA TAÇA São Paulo 2 x 0 Cruzeiro (Morumbi)

o

Wellington Paulista (Santos), 3 x 1 Santa Cruz Œ O JOGO DA RODADA Corinthians 5 x 3 Juventude (Pacaembu)

MAIOR PÚBLICO

MAIOR PÚBLICO

MENOR PÚBLICO

MENOR PÚBLICO

883, S. Caetano 0 x 2 Paraná (A. Campanella)

780, P. Preta 1 x 1 Atlético-PR (M. Lucarelli)

MÉDIA DE PÚBLICO

MÉDIA DE PÚBLICO

12 629

9 115

ARTILHEIRO DA RODADA

ARTILHEIRO DA RODADA

30 153, Inter 1 x 4 Goiás (Beira-Rio)

45 154, Vasco 3 x 1 Flamengo (Maracanã)

W. Paulista (Santos), Cristiano (Juventude), Roger (Corinthians) e Hélder (Fla), 2 gols

Rinaldo (Fortaleza), 2 gols ÚNICO JOGO SEM GOLS

r ©1

38ª RODADA

Botafogo 0 x 0 Corinthians (Maracanã)

JOGO COM MAIS GOLS

Corinthians 5 x 3 Juventude (Pacaembu)

©2

26/11SERRA DOURADA (GOIÂNIA-GO)

26/11 OLÍMPICO (PORTO ALEGRE-RS)

26/11 DURIVAL B. SILVA (CURITIBA-PR)

26/11

26/11 MARACANÃ (RIO DE JANEIRO-RJ)

2/12 R. OLIVEIRA (VOLTA REDONDA-RJ)

2/12 BEIRA-RIO (PORTO ALEGRE-RS)

3/12

PACAEMBU (SÃO PAULO-SP)

3/12MOISÉS LUCARELLI (CAMPINAS-SP)

3/12 MINEIRÃO (B. HORIZONTE-MG)

GOIÁS 3 X 0 PONTE PRETA

GRÊMIO 3 X 0 FLAMENGO

VASCO 1 X 1 SANTOS

BOTAFOGO 0 X 0 CORINTHIANS

FLAMENGO 4 X 1 SÃO CAETANO

INTERNACIONAL 1 X 4 GOIÁS

CORINTHIANS 5 X 3 JUVENTUDE

PONTE PRETA 1 X 1 ATLÉTICO-PR

CRUZEIRO 3 X 1 BOTAFOGO

J: Heber Roberto Lopes-PR; R: 28 025. P: 2 007; G: Luciano Almeida 10, Welliton 17 e Souza 33 do 2º; CA: Régis, Fábio Bahia, Fabiano e Rogério Corrêa

J: Paulo Henrique de G. Bezerra-SC; R: 399 710; P: 27 152; G: Ramón 18, Rômulo (G) 35 e Rafinha 42 do 2º; CA: Maidana, Jeovânio, Alessandro, Rômulo (G), Ramón, Fernando, Léo Medeiros, Juan e Obina; E: Fernando 8 do 2º

ATLÉTICO-PR 1 X 4 FIGUEIRENSE*

J: Leonardo Gaciba-RS; R: 238 094; P: 17 219; G: Domingos 21 e Amaral 39 do 1º; CA: Fábio Braz, Andrade, Abedi, Fábio Júnior, André Oliveira, André Luiz, Rodrigo Tabata e Reinaldo

J: Evandro Rogério Roman-PR; R: 145 959; P: 7 294; CA: Diguinho, Júnior César, Édson, Marinho, César e Fabrício

J: Giulliano Bozzano-DF; R: 16 870; P: 2 147; G: Canindé 29 do 1º; Hélder 7 e 25, Ronaldo Angelim 37 e Renato 41 do 2º; CA: Juan, Marcinho, Bruno Mezenga, Mauro, Thiago Silva, Canindé e Fernando Gabriel

J:Luís M. Cansian-SP; R:286 017; P: 30 153; G: Welliton 20 e L. Almeida 41 do 1º; Romerito (p) 10, C. Gaúcho 14 e F. Eller 20 do 2º; CA: Edinho, Alex, Rentería, Vargas, C.Gaúcho, F. Bahia e L. Almeida; E: Leonardo 38 do 1º; Ediglê 9 do 2º

J: Djalma José Beltrami Teixeira-RJ; R: 95 715; P: 6 424; G: Edson 3, Cristiano 7 e 42, Roger 24 e 43 do 1º; Marcel 2, Marquinhos 32 e Amoroso 37 do 2º; CA: Paulo Almeida, Amoroso, Fernando, Igor e Wellington

J: Elvécio Zequetto-MS; R: 4 130; P: 780; G: Pedro Oldoni 5 e Josimar 38 do 2º; CA: Cristian e Jaílton

J: Jamir Carlos Garcez-DF; R: 42 302,50; P: 6 086; G: Juninho 30 e Léo Silva 32 do 1º, Francismar 2 e Ferreira 44 do 2º; CA: Francismar, Gladstone, Juca e Saad; E: Michel 25 do 2º

GOIÁS Harlei Fabiano Rogério Corrêa Leonardo Vítor Fábio Bahia Cléber Gaúcho Róbson Luiz (Raul int.) Luciano Almeida (Juliano 24/2) Souza Welliton (Muñoz 34/2) T: Geninho

GRÊMIO Galatto 6 Patrício 6 William 5,5 Maidana 6 Bruno Teles 6 Jeovânio 5,5 Lucas 6,5 (Sandro 39/2) s/n Tcheco 8 Alessandro 5 (Ramón 11/2) 6 Hugo 6,6 (Rafinha 36/2) 6 Rômulo 6 T: Mano Menezes

VASCO Cássio 6,5 Claudemir 5 Fábio Braz 4 Dudar 6 Diego 5,5 Ygor 5 Andrade 6 Ramón 5,5 (Madson 13/2) 6 Morais 5 (Abedi 21/2) 5 Jean 5,5 (Fábio Jr. 34/2) s/n Leandro Amaral 6,5 T: Renato Gaúcho

BOTAFOGO Júlio César Juninho Scheidt (Juca 14/2) Asprilla Joílson Diguinho Claiton Lúcio Flávio (Lima 14/2) Júnior César Zé Roberto Wando (Magno 31/2) T: Cuca

FLAMENGO Bruno 5 Leonardo Moura 5 Marlon 6 Ronaldo Angelim 7 Juan 4,5 Marcinho 5 Toró 5 (Hélder int.) 7 Renato 6 Vinícius Pacheco 5,5 (B. Mezenga int.) 6 Renato Augusto 6 Fabiano Oliveira 5,5 (William 39/2) s/n T: Ney Franco

INTERNACIONAL Clemer 4 Ceará 6 Índio 5 (Ediglê 31/1) 4,5 Fabiano Eller 5,5 Hidalgo 5 Edinho 5 Welligton Monteiro 5 Alex 5 (Rentería int.) 4 Fernandão 5 Luís Adriano 3,5 (Vargas 11/2) 5,5 Iarley 6 T: Abel Braga

CORINTHIANS Marcelo 4,5 Fágner 5 Marinho 5 Betão 5 Édson 6,5 (B. Octávio 15/2) 5 Marcelo Mattos 5 (Rafael Fefo 23/2) 5 Paulo Almeida 5 Rosinei 6 Roger 6,5 William 5 (Marquinhos int.) 5,5 Amoroso 6,5 T: Emerson Leão

PONTE PRETA Aranha 5,5 Nei 5,5 Preto 5 Régis 5 Iran 4,5 Ricardo Conceição 5 Carlinhos 5 Pituca 5,5 (Caio int.) 5 Émerson 4 Jaílton 4,5 (Josimar int.) 6 Tuto 4,5 (Marco Brito 26/2) 5 T: Wanderley Paiva

CRUZEIRO Fábio 6 Gladstone 5 Teco 6 Eliézio 5,5 Michel 5 Léo Silva 7 Leandro Bomfim 4,5 (Jonathan 31/2) s/n Francismar 6,5 Élson 5 Geovanni 4,5 (Araújo 20/2) 6 Diego 4,5 (Ferreira 41/2) 6 T: Oswaldo Oliveira

6 5,5 5,5 6 5,5 6,5 6 4,5 6 7 5 6,5 6 s/n

PONTE PRETA Jean 5,5 Dionísio 5 (Daniel 16/2) 4,5 Preto 4,5 Régis 5 Pará 5 Ricardo Conceição5,5 Carlinhos 5 Thiago Carpini 5 (Caio 12/2) 6 Émerson 5 Jaílton 4,5 (Josimar 6/2) 5 Tuto 6 T: Wanderley Paiva

FLAMENGO Bruno 6 Fernando 4,5 Rodrigo Arroz 5,5 Ronaldo Angelim 5 Leonardo Moura 5 Marcinho 5,5 (Rômulo 44/2) s/n Léo Medeiros 5 Renato 5,5 Juan 5,5 Renaro Augusto 5,5 (F. Gabriel 22/2) 5 Obina 5 (F. Oliveira 45/2)s/n T: Ney Franco

J: Paulo César Oliveira-SP; G: Fernandes 44 do 1º; Chicão 4, Schwenck 33, Dênis Marques 38 e Tucho 41 do 2º; CA: Evanílson, Danilo, Alan Bahia e Schwenck ATLÉTICO-PR Cléber 5 Evanílson 4,5 Danilo 5 João Leonardo 4,5 Ivan 4 (Chico 18/2) 4,5 Marcelo Silva 5 Alan Bahia 5 Cristian 4,5 (William int.) 5 Ferreira 5 Paulo Rink 4 (Válber int.) 5,5 Dênis Marques 5,5 T: Oswaldo Alvarez

FIGUEIRENSE Andrey 6,5 Chicão 6,5 Tiago Prado 6 Paulão 5,5 (Vinícius 15/2) 5 Samir 5 Rodrigo Souto 6 (M. Goiano 21/2)5,5 Fernandes 6,5 (R. Paulista 44/2)s/n Tucho 7 Marquinhos Paraná6,5 Schwenck 6,5 Soares 6,5 T: Valdemar Lemos

S. JANUÁRIO (R. JANEIRO-RJ)

Œ

PL1302 TABELAO

SANTOS Fábio Costa 6 André Oliveira 5 Domingos 6,5 Ávalos 7 Carlinhos 5,5 Fabinho 4,5 (André Luiz 17/2) 6 Zé Roberto 7 (H. Faísca 45/2) s/n Cléber Santana 5,5 Rodrigo Tabata 5,5 Wellington Paulista 6 (Rodrigo Tiuí 23/2)5 Reinaldo 5,5 T: V. Luxemburgo

5 5,5 6 5 5,5 5 6 5 6,5 4,5 5 5,5 4,5 s/n

CORINTHIANS Marcelo 6 Édson 4,5 (Fágner int.) 6 Marinho 6 Betão 6,5 César 4,5 Marcelo Mattos 5,5 Magrão 5,5 Rosinei 5 (B. Octávio 27/2)s/n Willian 4,5 Fabrício 4 (Rafael Moura int.)4,5 Amoroso 5 T: Emerson Leão

GOIÁS Harlei Fabiano Ernando Leonardo Vítor Cléber Gaúcho (Galeano 32/2) Fábio Bahia Amaral Luciano Almeida Welliton Romerito

6,5 6 5,5 5 5 6 5 6 5,5 6,5 7,5 7

T: Geninho

6 4,5 4 5 4,5 5 5 5 6 5 4,5 4,5 6,5 5

ATLÉTICO-PR Cléber 5,5 Jancarlos 5,5 César 5 João Leonardo 5 (Gustavo 21/2) 4,5 Moreno 5,5 Erandir 5 Marcelo Silva 5,5 Cristian 5 (Válber int.) 5,5 Ferreira 6 Dênis Marques 5 (Pedro Odoni int.) 6 Marcos Aurélio 5,5 T: Oswaldo Alvarez

BOTAFOGO Júlio César 5 Felipe Saad 5,5 Rafael Marques 5 (Thiago Xavier 22/2)5 Juninho 6 Joílson 5 Ataliba 4,5 (Maicon 32/2) s/n Juca 5 Lúcio Flávio 5 Bill 4,5 Wando 4,5 Jeferson Feijão 4,5 (William 22/2) 5 T: Cuca

26/11A. CAMPANELLA (S. CAETANO-SP)

26/11

ARRUDA (RECIFE-PE)

26/11 PALESTRA ITÁLIA (S.PAULO-SP)

26/11

3/11O. SCARPELLI (FLORIANÓPOLIS-SC)

3/12

3/12 PRES. VARGAS (FORTALEZA-CE)

3/12 DURIVAL BRITO (CURITIBA-PR)

3/12 MARACANÃ (RIO DE JANEIRO-RJ)

JUVENTUDE 2 X 2 FORTALEZA

SÃO CAETANO 0 X 2 PARANÁ

SANTA CRUZ 1 X 2 FLUMINENSE

PALMEIRAS 1 X 4 INTERNACIONAL

SÃO PAULO 2 X 0 CRUZEIRO

FIGUEIRENSE 0 X 0 VASCO

SANTOS 3 X 1 SANTA CRUZ

FORTALEZA 1 X 0 GRÊMIO

PARANÁ 0 X 0 SÃO PAULO

FLUMINENSE 1 X 1 PALMEIRAS

J: Elmo Alves Resende-GO; R: 17 665; P: 3 612; G: Renan 15 e Rinaldo 20 do 1º; Rinaldo 29 e Bruno 43 do 2º; CA: Renan, Lauro, Bruno, Fabinho, Dezinho, Wendel, André Cunha e Válter

J: Carlos Eugênio Simon-RS; R: 7 100; P: 883; G: Thiago (contra) 37 do 1º; Joelson 42 do 2º; CA: Madson e Maurício; E: Jonas 43 do 1º; Rafael Mussamba 40 do 2º

J: Alício Pena Júnior-MG; R: 9 266; P: 1 525; G: Nenê 44 do 1º; Cláudio Pitbull 22 e André Mortiz 31 do 2º; CA: Evandro, Thiago Silva, Marcão, Alex, Reginaldo Araújo, Bruno Lança e Wilson Surubim

J: Clever Assunção Gonçalves-MG; R: 142 395; P: 8 823; G: A. Pato 1, Fernandão 4, Daniel (contra) 33 e Iarley 45 do 1º; F. Eller (contra) 28 do 2º; CA: M. Guerreiro, P. Baier, Fabinho e F. Eller; E: Juninho e É. Granja 9 do 2º

J: Wagner Tardelli Azevedo-RJ; R: 556 402; P: 45 154; G: Rogério Ceni 12 e Fabão 38 do 2º; CA: Thiago Heleno, André Luís, Eliézio, Miranda, Mineiro, Ilsinho e Danilo

J: Sálvio Spínola Fagundes-SP; R: 199 012,50; P: 12 199; CA: Dudar e Diego

J: Antônio Hora Filho-SE; R: 51 205; P: 7 577; G: Osmar 10 e Wellington Paulista 20 do 1º; Júnior 27 e Wellington Paulista 35 do 2º; CA: Zé Roberto, Jamesson e Jorge Henrique

J: João José Leitão-PI; R: 29 565; P: 3 018; G: Rinaldo (p) 36 do 2º; CA: Chicão, Bileu, Dezinho, Rinaldo, Wanderson, Patrício, Rafinha, Sandro, William e Lucas

J: Alício Pena Júnior-MG; R: 241 030; P: 16 172; CA: Peter, Beto, Ramalho e Alex Silva; E: Rodrigo Fabri 8 do 2º

J: Heber Roberto Lopes-PR; R: 81 389; P: 6 596; G: Cláudio Pitbull 3 e Michael 36 do 1º; CA: Enílton, Dininho, Francis, Valdívia e Wendel; E: Thiago Silva e Enílton 31 do 1º

JUVENTUDE André 4,5 Rafael 5,5 (Cristiano Silva 34/2)s/n Antônio Carlos 5 Igor 4,5 Raulen 5,5 (Wellington 35/2)s/n Renan 6,5 Lauro 5,5 Marcel 5,5 (Fabinho 35/2) s/n Márcio Azevedo 5 Bruno 6 Christian 6 T: Ivo Wortmann

SÃO CAETANO Mauro 5 Ânderson Lima 4 (Madson int.) 5,5 Thiago 4,5 Maurício 4,5 Canindé 4;5 Daniel 5 Jonas 3,5 Ivan 4 (R. Mussamba int.) 4 Dinélson 4,5 Marcelinho 5 Gustavo Gaúcho 4 (Lucas 18/2) 4,5 T: Dorival Júnior

SANTA CRUZ Anderson 4,5 Hugo 5 (Fabrício 36/2) s/n Wilson Surubim 5,5 Sidraílson 5,5 Osmar 5,5 Bruno Lança 6 Júnior Maranhão 6,5 Jorge Henrique 4,5 Reginaldo Araújo 4,5 Nenê 7 Mirandinha 4,5 (Jairo 28/2) 4

PALMEIRAS Diego 5 (Sérgio11/1) 5 Paulo Baier 5,5 Daniel 4 Dininho 4 Márcio Careca 3,5 (Michael 27/1) 5,5 Wendel Marcinho Guerreiro 4 Valdívia 4,5 Juninho 5 Marcinho 4,5 (R. Bernardo int.) 4 Enílton 4,5 T: Jair Picerni

SÃO PAULO Rogério Ceni 7,5 Fabão 7,5 André Dias 6 Miranda 7 Ilsinho 6,5 Mineiro 7 Josué 6 Danilo 6 (R. Fabri 38/2) s/n Souza 6,5 Júnior 4,5 (Richarlyson 36/2)s/n Leandro 6

FIGUEIRENSE Andrey 7 Flávio 5 Chicão 6 Tiago Prado 5,5 Paulão 5,5 Rodrigo Souto 6 Henrique 5,5 (Tucho 36/2) s/n Marquinhos Paraná 6 Cícero 5,5 Soares 5 (Diego int.) 6 Schwenck 5,5

SANTOS Fábio Costa 6,5 André Oliveira 6 Domingos 5 Ronaldo 6 Kléber 6,5 Cléber Santana 6 Zé Roberto 6 Fabinho 6 (André Luiz 25/2) 5 Rodrigo Tabata 6 (Jonas 22/2) 5 Wellington Paulista 8 Rodrigo Tiuí 5 (Júnior 21/2) 7 T: V. Luxemburgo

FORTALEZA Édson Bastos 7 Carlinhos 4,5 Dezinho 5 Wendell 6 Ivan 5,5 Chicão 5 Válter 5,5 (Bileu int.) 6 Wanderson 5 (Mazinho Lima 20/2)5 Lúcio 5,5 (Jean 40/2) s/n Bruno Barros 5 Rinaldo 6 T: Daniel Frasson

PARANÁ Flávio Peter João Paulo Edmílson Eltinho (Gérson int.) Pierre Beto Batista (Henrique 19/2) Sandro Leonardo Cristiano (Joelson 25/2) T: Caio Junior

FLUMINENSE Ricardo Berna 6,5 Rissutt 4 (Radamés 38/1) 5 Marcão 5,5 Thiago Silva 5,5 Roger 4 Romeu 5 Arouca 6,5 Bruno 5 (Anderson 38/1) 5 André Moritz 5,5 (Alex 31/2) s/n Cláudio Pitbull 6,5 Beto 5 T: P. César Gusmão

PARANÁ Flávio Peter Gustavo Edmílson Eltinho (Joelson 18/2) Pierre Batista Beto Sandro Cristiano (Gérson 27/2) Leonardo (Henrique 17/2) T: Caio Júnior

6 5 6 6 5,5 6,5 5,5 6 5,5 5,5 6 5 5 5,5

T: Fito Neves

8 8 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

FLUMINENSE Ricardo Berna 6,5 Gabriel 5,5 (Alex 17/2) 6 Marcão 6 Thiago Silva 5,5 Rissut 5 Romeu 5,5 Arouca 5,5 Petkovic 5 (André Moritz 28/2) 7 Roger 6,5 Evando 4 (C. Pitbull int.) 6,5 Tuta 4 T: P. César Gusmão

INTERNACIONAL Clemer 6,5 Élder Granja 5 Índio 6,5 Fabiano Eller 6 Hidalgo 5,5 Edinho 6,5 Vargas 6,5 (Fabinho 22/2) 5 Wellington Monteiro 6,5 Fernandão 7,5 Iarley 7 (Rentería int.) 4,5 Alexandre Pato 8,5 (Adriano 10/2) 5 T: Abel Braga

T: Muricy Ramalho

CRUZEIRO Fábio 6,5 Eliézio 5 André Luís 6 Thiago Heleno 5 (Francismar 28/2)5,5 Gabriel 6 Jonílson 5,5 Élson 5,5 Martinez 5 (Léo Silva 29/1) 5,5 Leandro 4,5 Geovanni 4,5 (Fábio Pinto 15/2) 5 Diego 5,5 T: Oswaldo Oliveira

* Jogo disputado com os portões fechados, sem presença de público

©1

T: Waldemar Lemos

VASCO Cássio 7 Claudemir 5,5 Dudar 5 (Madson 24/2) 5 Jorge Luís 6 Diego 6 Ygor 5,5 Amaral 5 (Bruno 34/2) 5 Ramón 5 (Abedi 14/2) 5 Morais 5,5 Jean 5 Leandro Amaral 5,5 T: Renato Gaúcho

©1 ALEXANDRE BATTIBUGLI; ©2 RENATO PIZZUTTO

VILA BELMIRO (SANTOS-SP)

JUVENTUDE André Igor Rafael Antônio Carlos Raulen (Welligton int.) Renan Fernando Marcel (Fabinho 32/2) Márcio Azevedo (Márcio 25/2) Cristiano Christian T: Ivo Wortmann

26/11 A. JACONI (CAXIAS DO SUL-RS)

FORTALEZA Édson Bastos 5,5 Dezinho 5 Wendel 6 Carlinhos 5,5 André Cunha 4,5 (Anderson 26/2) 5,5 Chicão 5,5 Válter 5,5 Lúcio 6 Bruno Barros 5 Rinaldo 7 (Oswaldo 31/2) s/n Jorge Mutt 5,5 (Bileu 27/2) s/n T: Daniel Frasson

MORUMBI (SÃO PAULO-SP)

SÃO CAETANO Mauro 5,5 Márcio Hahn 5 Maurício 4 Thiago Silva 5 Triguinho 5,5 Júlio César 5 (Pedro Paulo 31/2)s/n Daniel 4 Canindé 6 Leandro Lima 5 (Alan 17/2) 5,5 Marcelinho 5 (Thiago 17/2) 4 Fernando Gabriel 5,5 T: Dorival Júnior

SANTA CRUZ Anderson Hugo Adriano (Ivison 41/2) Sidraílson Osmar Júnior Maranhão Jamesson Jorge Henrique Max Mirandinha (Élvis 22/2) Nenê

T: Fito Neves

5,5 5 5 s/n 5 6 5 5 5,5 5 4,5 4 4

GRÊMIO Galatto 5,5 Patrício 5 Maidana 5 William 6 Bruno Teles 5,5 Sandro 5 Lucas 6 Tcheco 5,5 Alessandro 5 (Ramón int.) 4,5 Pedro Júnior 4 (Aloísio 23/2) 5 Hugo 5 (Rafinha 13/2) 4,5 T: Mano Menezes

6 5 5,5 6 5 5,5 6 5,5 5 6 6 5,5 5 5,5

SÃO PAULO Bosco Alex Silva Edcarlos André Dias Souza Ramalho Richarlyson Rodrigo Fabri Lúcio Alex Dias (Edgar 22/2) Thiago (Allan 37/2)

6 6 6 6,5 6 5,5 6 4 5,5 5 5,5 5 s/n

T: Muricy Ramalho

PALMEIRAS Sérgio 6 Thiago Gomes 5 Nen 5,5 Dininho 5,5 Amaral 5 Francis 5,5 Wendel 6 (R. Bernardo 39/2)s/n Valdívia 5,5 Michael 5,5 Marcinho 5 (Cláudio 26/2) 5 Enílton 5

T: Jair Picerni

J A N E I R O ★ 2 0 0 7 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ 8 9


12/18/06

4:21 PM

Page 88

tabelão 2006 ★ B ra s i l e i r ã o

De 20 de novembro a 18 de dezembro de 2006

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37ª RODADA

★ B ra s i l e i r ã o

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DESTAQUES DA RODADA

DESTAQUES DA RODADA

Œ

CRAQUE DA RODADA

CRAQUE DA RODADA

Alexandre Pato (Inter), 4 x 1 Palmeiras Œ O JOGO DA TAÇA São Paulo 2 x 0 Cruzeiro (Morumbi)

o

Wellington Paulista (Santos), 3 x 1 Santa Cruz Œ O JOGO DA RODADA Corinthians 5 x 3 Juventude (Pacaembu)

MAIOR PÚBLICO

MAIOR PÚBLICO

MENOR PÚBLICO

MENOR PÚBLICO

883, S. Caetano 0 x 2 Paraná (A. Campanella)

780, P. Preta 1 x 1 Atlético-PR (M. Lucarelli)

MÉDIA DE PÚBLICO

MÉDIA DE PÚBLICO

12 629

9 115

ARTILHEIRO DA RODADA

ARTILHEIRO DA RODADA

30 153, Inter 1 x 4 Goiás (Beira-Rio)

45 154, Vasco 3 x 1 Flamengo (Maracanã)

W. Paulista (Santos), Cristiano (Juventude), Roger (Corinthians) e Hélder (Fla), 2 gols

Rinaldo (Fortaleza), 2 gols ÚNICO JOGO SEM GOLS

r ©1

38ª RODADA

Botafogo 0 x 0 Corinthians (Maracanã)

JOGO COM MAIS GOLS

Corinthians 5 x 3 Juventude (Pacaembu)

©2

26/11SERRA DOURADA (GOIÂNIA-GO)

26/11 OLÍMPICO (PORTO ALEGRE-RS)

26/11 DURIVAL B. SILVA (CURITIBA-PR)

26/11

26/11 MARACANÃ (RIO DE JANEIRO-RJ)

2/12 R. OLIVEIRA (VOLTA REDONDA-RJ)

2/12 BEIRA-RIO (PORTO ALEGRE-RS)

3/12

PACAEMBU (SÃO PAULO-SP)

3/12MOISÉS LUCARELLI (CAMPINAS-SP)

3/12 MINEIRÃO (B. HORIZONTE-MG)

GOIÁS 3 X 0 PONTE PRETA

GRÊMIO 3 X 0 FLAMENGO

VASCO 1 X 1 SANTOS

BOTAFOGO 0 X 0 CORINTHIANS

FLAMENGO 4 X 1 SÃO CAETANO

INTERNACIONAL 1 X 4 GOIÁS

CORINTHIANS 5 X 3 JUVENTUDE

PONTE PRETA 1 X 1 ATLÉTICO-PR

CRUZEIRO 3 X 1 BOTAFOGO

J: Heber Roberto Lopes-PR; R: 28 025. P: 2 007; G: Luciano Almeida 10, Welliton 17 e Souza 33 do 2º; CA: Régis, Fábio Bahia, Fabiano e Rogério Corrêa

J: Paulo Henrique de G. Bezerra-SC; R: 399 710; P: 27 152; G: Ramón 18, Rômulo (G) 35 e Rafinha 42 do 2º; CA: Maidana, Jeovânio, Alessandro, Rômulo (G), Ramón, Fernando, Léo Medeiros, Juan e Obina; E: Fernando 8 do 2º

ATLÉTICO-PR 1 X 4 FIGUEIRENSE*

J: Leonardo Gaciba-RS; R: 238 094; P: 17 219; G: Domingos 21 e Amaral 39 do 1º; CA: Fábio Braz, Andrade, Abedi, Fábio Júnior, André Oliveira, André Luiz, Rodrigo Tabata e Reinaldo

J: Evandro Rogério Roman-PR; R: 145 959; P: 7 294; CA: Diguinho, Júnior César, Édson, Marinho, César e Fabrício

J: Giulliano Bozzano-DF; R: 16 870; P: 2 147; G: Canindé 29 do 1º; Hélder 7 e 25, Ronaldo Angelim 37 e Renato 41 do 2º; CA: Juan, Marcinho, Bruno Mezenga, Mauro, Thiago Silva, Canindé e Fernando Gabriel

J:Luís M. Cansian-SP; R:286 017; P: 30 153; G: Welliton 20 e L. Almeida 41 do 1º; Romerito (p) 10, C. Gaúcho 14 e F. Eller 20 do 2º; CA: Edinho, Alex, Rentería, Vargas, C.Gaúcho, F. Bahia e L. Almeida; E: Leonardo 38 do 1º; Ediglê 9 do 2º

J: Djalma José Beltrami Teixeira-RJ; R: 95 715; P: 6 424; G: Edson 3, Cristiano 7 e 42, Roger 24 e 43 do 1º; Marcel 2, Marquinhos 32 e Amoroso 37 do 2º; CA: Paulo Almeida, Amoroso, Fernando, Igor e Wellington

J: Elvécio Zequetto-MS; R: 4 130; P: 780; G: Pedro Oldoni 5 e Josimar 38 do 2º; CA: Cristian e Jaílton

J: Jamir Carlos Garcez-DF; R: 42 302,50; P: 6 086; G: Juninho 30 e Léo Silva 32 do 1º, Francismar 2 e Ferreira 44 do 2º; CA: Francismar, Gladstone, Juca e Saad; E: Michel 25 do 2º

GOIÁS Harlei Fabiano Rogério Corrêa Leonardo Vítor Fábio Bahia Cléber Gaúcho Róbson Luiz (Raul int.) Luciano Almeida (Juliano 24/2) Souza Welliton (Muñoz 34/2) T: Geninho

GRÊMIO Galatto 6 Patrício 6 William 5,5 Maidana 6 Bruno Teles 6 Jeovânio 5,5 Lucas 6,5 (Sandro 39/2) s/n Tcheco 8 Alessandro 5 (Ramón 11/2) 6 Hugo 6,6 (Rafinha 36/2) 6 Rômulo 6 T: Mano Menezes

VASCO Cássio 6,5 Claudemir 5 Fábio Braz 4 Dudar 6 Diego 5,5 Ygor 5 Andrade 6 Ramón 5,5 (Madson 13/2) 6 Morais 5 (Abedi 21/2) 5 Jean 5,5 (Fábio Jr. 34/2) s/n Leandro Amaral 6,5 T: Renato Gaúcho

BOTAFOGO Júlio César Juninho Scheidt (Juca 14/2) Asprilla Joílson Diguinho Claiton Lúcio Flávio (Lima 14/2) Júnior César Zé Roberto Wando (Magno 31/2) T: Cuca

FLAMENGO Bruno 5 Leonardo Moura 5 Marlon 6 Ronaldo Angelim 7 Juan 4,5 Marcinho 5 Toró 5 (Hélder int.) 7 Renato 6 Vinícius Pacheco 5,5 (B. Mezenga int.) 6 Renato Augusto 6 Fabiano Oliveira 5,5 (William 39/2) s/n T: Ney Franco

INTERNACIONAL Clemer 4 Ceará 6 Índio 5 (Ediglê 31/1) 4,5 Fabiano Eller 5,5 Hidalgo 5 Edinho 5 Welligton Monteiro 5 Alex 5 (Rentería int.) 4 Fernandão 5 Luís Adriano 3,5 (Vargas 11/2) 5,5 Iarley 6 T: Abel Braga

CORINTHIANS Marcelo 4,5 Fágner 5 Marinho 5 Betão 5 Édson 6,5 (B. Octávio 15/2) 5 Marcelo Mattos 5 (Rafael Fefo 23/2) 5 Paulo Almeida 5 Rosinei 6 Roger 6,5 William 5 (Marquinhos int.) 5,5 Amoroso 6,5 T: Emerson Leão

PONTE PRETA Aranha 5,5 Nei 5,5 Preto 5 Régis 5 Iran 4,5 Ricardo Conceição 5 Carlinhos 5 Pituca 5,5 (Caio int.) 5 Émerson 4 Jaílton 4,5 (Josimar int.) 6 Tuto 4,5 (Marco Brito 26/2) 5 T: Wanderley Paiva

CRUZEIRO Fábio 6 Gladstone 5 Teco 6 Eliézio 5,5 Michel 5 Léo Silva 7 Leandro Bomfim 4,5 (Jonathan 31/2) s/n Francismar 6,5 Élson 5 Geovanni 4,5 (Araújo 20/2) 6 Diego 4,5 (Ferreira 41/2) 6 T: Oswaldo Oliveira

6 5,5 5,5 6 5,5 6,5 6 4,5 6 7 5 6,5 6 s/n

PONTE PRETA Jean 5,5 Dionísio 5 (Daniel 16/2) 4,5 Preto 4,5 Régis 5 Pará 5 Ricardo Conceição5,5 Carlinhos 5 Thiago Carpini 5 (Caio 12/2) 6 Émerson 5 Jaílton 4,5 (Josimar 6/2) 5 Tuto 6 T: Wanderley Paiva

FLAMENGO Bruno 6 Fernando 4,5 Rodrigo Arroz 5,5 Ronaldo Angelim 5 Leonardo Moura 5 Marcinho 5,5 (Rômulo 44/2) s/n Léo Medeiros 5 Renato 5,5 Juan 5,5 Renaro Augusto 5,5 (F. Gabriel 22/2) 5 Obina 5 (F. Oliveira 45/2)s/n T: Ney Franco

J: Paulo César Oliveira-SP; G: Fernandes 44 do 1º; Chicão 4, Schwenck 33, Dênis Marques 38 e Tucho 41 do 2º; CA: Evanílson, Danilo, Alan Bahia e Schwenck ATLÉTICO-PR Cléber 5 Evanílson 4,5 Danilo 5 João Leonardo 4,5 Ivan 4 (Chico 18/2) 4,5 Marcelo Silva 5 Alan Bahia 5 Cristian 4,5 (William int.) 5 Ferreira 5 Paulo Rink 4 (Válber int.) 5,5 Dênis Marques 5,5 T: Oswaldo Alvarez

FIGUEIRENSE Andrey 6,5 Chicão 6,5 Tiago Prado 6 Paulão 5,5 (Vinícius 15/2) 5 Samir 5 Rodrigo Souto 6 (M. Goiano 21/2)5,5 Fernandes 6,5 (R. Paulista 44/2)s/n Tucho 7 Marquinhos Paraná6,5 Schwenck 6,5 Soares 6,5 T: Valdemar Lemos

S. JANUÁRIO (R. JANEIRO-RJ)

Œ

PL1302 TABELAO

SANTOS Fábio Costa 6 André Oliveira 5 Domingos 6,5 Ávalos 7 Carlinhos 5,5 Fabinho 4,5 (André Luiz 17/2) 6 Zé Roberto 7 (H. Faísca 45/2) s/n Cléber Santana 5,5 Rodrigo Tabata 5,5 Wellington Paulista 6 (Rodrigo Tiuí 23/2)5 Reinaldo 5,5 T: V. Luxemburgo

5 5,5 6 5 5,5 5 6 5 6,5 4,5 5 5,5 4,5 s/n

CORINTHIANS Marcelo 6 Édson 4,5 (Fágner int.) 6 Marinho 6 Betão 6,5 César 4,5 Marcelo Mattos 5,5 Magrão 5,5 Rosinei 5 (B. Octávio 27/2)s/n Willian 4,5 Fabrício 4 (Rafael Moura int.)4,5 Amoroso 5 T: Emerson Leão

GOIÁS Harlei Fabiano Ernando Leonardo Vítor Cléber Gaúcho (Galeano 32/2) Fábio Bahia Amaral Luciano Almeida Welliton Romerito

6,5 6 5,5 5 5 6 5 6 5,5 6,5 7,5 7

T: Geninho

6 4,5 4 5 4,5 5 5 5 6 5 4,5 4,5 6,5 5

ATLÉTICO-PR Cléber 5,5 Jancarlos 5,5 César 5 João Leonardo 5 (Gustavo 21/2) 4,5 Moreno 5,5 Erandir 5 Marcelo Silva 5,5 Cristian 5 (Válber int.) 5,5 Ferreira 6 Dênis Marques 5 (Pedro Odoni int.) 6 Marcos Aurélio 5,5 T: Oswaldo Alvarez

BOTAFOGO Júlio César 5 Felipe Saad 5,5 Rafael Marques 5 (Thiago Xavier 22/2)5 Juninho 6 Joílson 5 Ataliba 4,5 (Maicon 32/2) s/n Juca 5 Lúcio Flávio 5 Bill 4,5 Wando 4,5 Jeferson Feijão 4,5 (William 22/2) 5 T: Cuca

26/11A. CAMPANELLA (S. CAETANO-SP)

26/11

ARRUDA (RECIFE-PE)

26/11 PALESTRA ITÁLIA (S.PAULO-SP)

26/11

3/11O. SCARPELLI (FLORIANÓPOLIS-SC)

3/12

3/12 PRES. VARGAS (FORTALEZA-CE)

3/12 DURIVAL BRITO (CURITIBA-PR)

3/12 MARACANÃ (RIO DE JANEIRO-RJ)

JUVENTUDE 2 X 2 FORTALEZA

SÃO CAETANO 0 X 2 PARANÁ

SANTA CRUZ 1 X 2 FLUMINENSE

PALMEIRAS 1 X 4 INTERNACIONAL

SÃO PAULO 2 X 0 CRUZEIRO

FIGUEIRENSE 0 X 0 VASCO

SANTOS 3 X 1 SANTA CRUZ

FORTALEZA 1 X 0 GRÊMIO

PARANÁ 0 X 0 SÃO PAULO

FLUMINENSE 1 X 1 PALMEIRAS

J: Elmo Alves Resende-GO; R: 17 665; P: 3 612; G: Renan 15 e Rinaldo 20 do 1º; Rinaldo 29 e Bruno 43 do 2º; CA: Renan, Lauro, Bruno, Fabinho, Dezinho, Wendel, André Cunha e Válter

J: Carlos Eugênio Simon-RS; R: 7 100; P: 883; G: Thiago (contra) 37 do 1º; Joelson 42 do 2º; CA: Madson e Maurício; E: Jonas 43 do 1º; Rafael Mussamba 40 do 2º

J: Alício Pena Júnior-MG; R: 9 266; P: 1 525; G: Nenê 44 do 1º; Cláudio Pitbull 22 e André Mortiz 31 do 2º; CA: Evandro, Thiago Silva, Marcão, Alex, Reginaldo Araújo, Bruno Lança e Wilson Surubim

J: Clever Assunção Gonçalves-MG; R: 142 395; P: 8 823; G: A. Pato 1, Fernandão 4, Daniel (contra) 33 e Iarley 45 do 1º; F. Eller (contra) 28 do 2º; CA: M. Guerreiro, P. Baier, Fabinho e F. Eller; E: Juninho e É. Granja 9 do 2º

J: Wagner Tardelli Azevedo-RJ; R: 556 402; P: 45 154; G: Rogério Ceni 12 e Fabão 38 do 2º; CA: Thiago Heleno, André Luís, Eliézio, Miranda, Mineiro, Ilsinho e Danilo

J: Sálvio Spínola Fagundes-SP; R: 199 012,50; P: 12 199; CA: Dudar e Diego

J: Antônio Hora Filho-SE; R: 51 205; P: 7 577; G: Osmar 10 e Wellington Paulista 20 do 1º; Júnior 27 e Wellington Paulista 35 do 2º; CA: Zé Roberto, Jamesson e Jorge Henrique

J: João José Leitão-PI; R: 29 565; P: 3 018; G: Rinaldo (p) 36 do 2º; CA: Chicão, Bileu, Dezinho, Rinaldo, Wanderson, Patrício, Rafinha, Sandro, William e Lucas

J: Alício Pena Júnior-MG; R: 241 030; P: 16 172; CA: Peter, Beto, Ramalho e Alex Silva; E: Rodrigo Fabri 8 do 2º

J: Heber Roberto Lopes-PR; R: 81 389; P: 6 596; G: Cláudio Pitbull 3 e Michael 36 do 1º; CA: Enílton, Dininho, Francis, Valdívia e Wendel; E: Thiago Silva e Enílton 31 do 1º

JUVENTUDE André 4,5 Rafael 5,5 (Cristiano Silva 34/2)s/n Antônio Carlos 5 Igor 4,5 Raulen 5,5 (Wellington 35/2)s/n Renan 6,5 Lauro 5,5 Marcel 5,5 (Fabinho 35/2) s/n Márcio Azevedo 5 Bruno 6 Christian 6 T: Ivo Wortmann

SÃO CAETANO Mauro 5 Ânderson Lima 4 (Madson int.) 5,5 Thiago 4,5 Maurício 4,5 Canindé 4;5 Daniel 5 Jonas 3,5 Ivan 4 (R. Mussamba int.) 4 Dinélson 4,5 Marcelinho 5 Gustavo Gaúcho 4 (Lucas 18/2) 4,5 T: Dorival Júnior

SANTA CRUZ Anderson 4,5 Hugo 5 (Fabrício 36/2) s/n Wilson Surubim 5,5 Sidraílson 5,5 Osmar 5,5 Bruno Lança 6 Júnior Maranhão 6,5 Jorge Henrique 4,5 Reginaldo Araújo 4,5 Nenê 7 Mirandinha 4,5 (Jairo 28/2) 4

PALMEIRAS Diego 5 (Sérgio11/1) 5 Paulo Baier 5,5 Daniel 4 Dininho 4 Márcio Careca 3,5 (Michael 27/1) 5,5 Wendel Marcinho Guerreiro 4 Valdívia 4,5 Juninho 5 Marcinho 4,5 (R. Bernardo int.) 4 Enílton 4,5 T: Jair Picerni

SÃO PAULO Rogério Ceni 7,5 Fabão 7,5 André Dias 6 Miranda 7 Ilsinho 6,5 Mineiro 7 Josué 6 Danilo 6 (R. Fabri 38/2) s/n Souza 6,5 Júnior 4,5 (Richarlyson 36/2)s/n Leandro 6

FIGUEIRENSE Andrey 7 Flávio 5 Chicão 6 Tiago Prado 5,5 Paulão 5,5 Rodrigo Souto 6 Henrique 5,5 (Tucho 36/2) s/n Marquinhos Paraná 6 Cícero 5,5 Soares 5 (Diego int.) 6 Schwenck 5,5

SANTOS Fábio Costa 6,5 André Oliveira 6 Domingos 5 Ronaldo 6 Kléber 6,5 Cléber Santana 6 Zé Roberto 6 Fabinho 6 (André Luiz 25/2) 5 Rodrigo Tabata 6 (Jonas 22/2) 5 Wellington Paulista 8 Rodrigo Tiuí 5 (Júnior 21/2) 7 T: V. Luxemburgo

FORTALEZA Édson Bastos 7 Carlinhos 4,5 Dezinho 5 Wendell 6 Ivan 5,5 Chicão 5 Válter 5,5 (Bileu int.) 6 Wanderson 5 (Mazinho Lima 20/2)5 Lúcio 5,5 (Jean 40/2) s/n Bruno Barros 5 Rinaldo 6 T: Daniel Frasson

PARANÁ Flávio Peter João Paulo Edmílson Eltinho (Gérson int.) Pierre Beto Batista (Henrique 19/2) Sandro Leonardo Cristiano (Joelson 25/2) T: Caio Junior

FLUMINENSE Ricardo Berna 6,5 Rissutt 4 (Radamés 38/1) 5 Marcão 5,5 Thiago Silva 5,5 Roger 4 Romeu 5 Arouca 6,5 Bruno 5 (Anderson 38/1) 5 André Moritz 5,5 (Alex 31/2) s/n Cláudio Pitbull 6,5 Beto 5 T: P. César Gusmão

PARANÁ Flávio Peter Gustavo Edmílson Eltinho (Joelson 18/2) Pierre Batista Beto Sandro Cristiano (Gérson 27/2) Leonardo (Henrique 17/2) T: Caio Júnior

6 5 6 6 5,5 6,5 5,5 6 5,5 5,5 6 5 5 5,5

T: Fito Neves

8 8 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

FLUMINENSE Ricardo Berna 6,5 Gabriel 5,5 (Alex 17/2) 6 Marcão 6 Thiago Silva 5,5 Rissut 5 Romeu 5,5 Arouca 5,5 Petkovic 5 (André Moritz 28/2) 7 Roger 6,5 Evando 4 (C. Pitbull int.) 6,5 Tuta 4 T: P. César Gusmão

INTERNACIONAL Clemer 6,5 Élder Granja 5 Índio 6,5 Fabiano Eller 6 Hidalgo 5,5 Edinho 6,5 Vargas 6,5 (Fabinho 22/2) 5 Wellington Monteiro 6,5 Fernandão 7,5 Iarley 7 (Rentería int.) 4,5 Alexandre Pato 8,5 (Adriano 10/2) 5 T: Abel Braga

T: Muricy Ramalho

CRUZEIRO Fábio 6,5 Eliézio 5 André Luís 6 Thiago Heleno 5 (Francismar 28/2)5,5 Gabriel 6 Jonílson 5,5 Élson 5,5 Martinez 5 (Léo Silva 29/1) 5,5 Leandro 4,5 Geovanni 4,5 (Fábio Pinto 15/2) 5 Diego 5,5 T: Oswaldo Oliveira

* Jogo disputado com os portões fechados, sem presença de público

©1

T: Waldemar Lemos

VASCO Cássio 7 Claudemir 5,5 Dudar 5 (Madson 24/2) 5 Jorge Luís 6 Diego 6 Ygor 5,5 Amaral 5 (Bruno 34/2) 5 Ramón 5 (Abedi 14/2) 5 Morais 5,5 Jean 5 Leandro Amaral 5,5 T: Renato Gaúcho

©1 ALEXANDRE BATTIBUGLI; ©2 RENATO PIZZUTTO

VILA BELMIRO (SANTOS-SP)

JUVENTUDE André Igor Rafael Antônio Carlos Raulen (Welligton int.) Renan Fernando Marcel (Fabinho 32/2) Márcio Azevedo (Márcio 25/2) Cristiano Christian T: Ivo Wortmann

26/11 A. JACONI (CAXIAS DO SUL-RS)

FORTALEZA Édson Bastos 5,5 Dezinho 5 Wendel 6 Carlinhos 5,5 André Cunha 4,5 (Anderson 26/2) 5,5 Chicão 5,5 Válter 5,5 Lúcio 6 Bruno Barros 5 Rinaldo 7 (Oswaldo 31/2) s/n Jorge Mutt 5,5 (Bileu 27/2) s/n T: Daniel Frasson

MORUMBI (SÃO PAULO-SP)

SÃO CAETANO Mauro 5,5 Márcio Hahn 5 Maurício 4 Thiago Silva 5 Triguinho 5,5 Júlio César 5 (Pedro Paulo 31/2)s/n Daniel 4 Canindé 6 Leandro Lima 5 (Alan 17/2) 5,5 Marcelinho 5 (Thiago 17/2) 4 Fernando Gabriel 5,5 T: Dorival Júnior

SANTA CRUZ Anderson Hugo Adriano (Ivison 41/2) Sidraílson Osmar Júnior Maranhão Jamesson Jorge Henrique Max Mirandinha (Élvis 22/2) Nenê

T: Fito Neves

5,5 5 5 s/n 5 6 5 5 5,5 5 4,5 4 4

GRÊMIO Galatto 5,5 Patrício 5 Maidana 5 William 6 Bruno Teles 5,5 Sandro 5 Lucas 6 Tcheco 5,5 Alessandro 5 (Ramón int.) 4,5 Pedro Júnior 4 (Aloísio 23/2) 5 Hugo 5 (Rafinha 13/2) 4,5 T: Mano Menezes

6 5 5,5 6 5 5,5 6 5,5 5 6 6 5,5 5 5,5

SÃO PAULO Bosco Alex Silva Edcarlos André Dias Souza Ramalho Richarlyson Rodrigo Fabri Lúcio Alex Dias (Edgar 22/2) Thiago (Allan 37/2)

6 6 6 6,5 6 5,5 6 4 5,5 5 5,5 5 s/n

T: Muricy Ramalho

PALMEIRAS Sérgio 6 Thiago Gomes 5 Nen 5,5 Dininho 5,5 Amaral 5 Francis 5,5 Wendel 6 (R. Bernardo 39/2)s/n Valdívia 5,5 Michael 5,5 Marcinho 5 (Cláudio 26/2) 5 Enílton 5

T: Jair Picerni

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PL1302 Dream team

12/18/06

4:17 PM

Page 106

meutimedossonhos

Diego Tardelli

©1

Os 11 melhores de todos os tempos para...

★ Goleiro Rogério Ceni “É diferenciado por bater faltas. Sai muito bem da área, pega bem na bola e cumpre seu papel sob a trave. É o melhor.”

★ Lateral-direito Cafu

O atacante do PSV escolhe seus preferidos de todos os tempos: dez jogadores em atividade mais Pelé

“Disputou quatro Copas: isso já justifica meu voto. Fantástico.”

★ Zagueiros Lugano “Um guerreiro, jogador muito raçudo. É difícil jogar contra ele, dá um trabalho para os atacantes... e não o contrário!”

Lúcio “É o melhor zagueiro do mundo. Marca muito e sai bem.”

★ Lateral-esquerdo Roberto Carlos “Nunca vi um lateral igual a ele para marcar, bater na bola... Ele é sensacional, o melhor de todos os tempos.”

★ Volantes Mineiro “Deve ter três pulmões. Não pára de correr um só minuto. É um jogador que todo treinador quer ter. E ainda faz gols.”

Josué “Os mesmos elogios do Mineiro cabem ao Josué. Disposto, com visão de jogo, defende muito, marca e faz gols.”

★ Meia Ronaldinho Gaúcho “Futebol alegre, joga bonito. A cada partida surpreende com jogadas e dribles mágicos. É o melhor do mundo.”

★ Atacantes Romário “Não tem o que falar dele, né? É o matador, o homem-gol.”

Ronaldo “O apelido já diz tudo: é o Fenômeno. Ágil, habilidoso, faz o que quer. E ainda superou uma grande dificuldade.”

Pelé

Não tem muito o que falar sobre esse time. Olhe a escalação e ela diz tudo: são os melhores do mundo! Imbatível!

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9 0 ★ WWW.PLACAR .COM.BR ★ J A N E I R O ★ 2 0 0 7

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“Falar do Pelé é sacanagem. O que eu posso dizer? É o Rei.”

★ Técnico Paulo Autuori “Um dos melhores com quem trabalhei. Mexe muito com o lado psicológico. Nas palestras, você pode até chorar de tão bom que ele é. E ainda por cima é campeão da Libertadores.” ©1 ALEXANDRE BATTIBUGLI



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