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ANAIS DO II E-NCONTRO DA ABP

RESUMOS

II ENCONTRO VIRTuAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PLANETÁRIOS

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II E-NCONTRO 2021

O ano de 2021 também não foi favorável à retomada dos encontros presenciais, de forma que a ABP fez o seu segundo Encontro Virtual (II E-ncontro). Nesta edição, o evento consistiu de cinco reuniões on-line realizadas todas as quintas-feiras entre os dias 23 de setembro e 21 de outubro de 2021. Cada dia foi temático. Os temas foram sugeridos por votação, aberta aos planetaristas: “Novas Tecnologias“, “Pesquisa em Planetários“, “Educação em Planetários” e “Planetários e Pandemia“. Os resumos publicados a seguir se referem às Comunicações Orais que foram apresentadas durante o evento. A programação completa também está disponível na página da aBP.

ÍNDICE

01 – A AVALIAÇÃO DE UMA SESSÃO VIRTUAL: DIMENSÕES DE ANÁLISE E RESULTADOS OBTIDOS COM DIFERENTES INSTRUMENTOS ...................................................................................................................... 28 02 – A PANDEMIA (NÃO) É O LIMITE: A REINVENÇÃO DA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO MEIO DIGITAL .............................................................................................................................................................................. 28 03 – ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA E VISUALIZAÇÕES DAS LIVES DA SÉRIE DESCOBRINDO O CÉU: UM PROGRAMA DE ENSINO E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA DE ASTRONOMIA ..................................... 29 04 – UNIVERSO E EDUCAÇÃO: O CÉU QUE VEMOS ..................................................................................... 30 05 – PLANETARISTAS BRASILEIROS NA PANDEMIA DA COVID-19 .......................................................... 31 06 – PLANETÁRIO VIRTUAL DO CENTRO DE CIÊNCIAS E PLANETÁRIO “SEBASTIÃO SODRÉ DA GAMA”: UMA EXPERIÊNCIA DE GARANTIA DE ACESSO AO CONHECIMENTO CIENTÍFICO E ASTRONÔMICO EM TEMPOS DE PANDEMIA ............................................................................................ 32

A avaliação de uma sessão virtual: dimensões de análise e resultados obtidos com diferentes instrumentos

SILVA, Matuzalem Fecher; SILVA, Samara L. S.; OLIVEIRA, Débora Cristina X. de; GERMANO, Auta Stella de M.; FREITAS, Radma A.; SANTOS, Francisco E. L.; DANTAS, João Henrique de S.; SILVA, Kevlin G. de O.; ARAÚJO, Wellington A.; SILVA, Daniella M. C.; OLIVEIRA, Manoel B.; MARIANO, Alex V.; COSTA, Daniel S.; PEREIRA, Emanuel F. M.; XAVIER, Rodrigo R.

Planetário Barca dos Céus

Apresentaremos um relato reflexivo sobre o processo de avaliação de uma sessão virtual, discutindo diferentes dimensões que elegemos para a análise dos resultados da sessão junto ao público, assim como a adequação para o formato remoto e o alcance de três instrumentos: questionário; entrevista utilizada em associação com a construção do mapa de significado pessoal, como sugerido por Falk; e desenhos antes e após a sessão. Alguns resultados serão utilizados como ilustração para uma análise comparativa do alcance dos instrumentos.

a pandemia (não) é o limite: a reinvenção da divulgação científica no meio digital

Andréia Spessatto De Maman, Sônia Elisa Marchi Gonzatti, Luiza Diniz Lara, Christian Virti Lindemann e Dayene Barges Guarienti

Planetário da universidade do Vale do Taquari – univates

Com a eclosão da pandemia do Covid-19, os planetários foram um dos espaços que tiveram suas atividades suspensas. Com isso, tiveram de se reinventar, desenvolvendo ações online como forma de garantir a continuidade das ações de divulgação e popularização da Astronomia. Este trabalho tem como objetivo apresentar algumas das ações propostas pelo planetário móvel da Univates durante o período de pandemia e dados de atendimento. Entre as ações propostas, oficinas virtuais, com temas diversos sobre astronomia, e sessões de planetário virtual, foram as mais procuradas, envolvendo estudantes e professores da Educação Básica, que já era o público atendido de forma presencial. Inspiração e apoio de outros planetários foi fundamental para o desenvolvimento das atividades. π

Destacamos aqui o papel da Associação Brasileira de Planetários (ABP), que oportunizou a participação e divulgação de sessões virtuais de planetário, em parceria com planetários de todo o país, além de apoiar e proporcionar momentos de discussão e aprendizagem por meio do I E-ncontro. O Planetário da Univates realizou sessões abertas e disponibilizadas de forma gratuita e virtual, além de realizar sessões para abertura de eventos acadêmicos e ser parceiro em sessões promovidas pela ABP e pelos Planetários do Sul. Quanto as oficinas, foram 27 em 2020 e 55 até agosto de 2021, atingindo um público de 514 e 3086 estudantes, respectivamente. Pode-se inferir que o Planetário Univates contribuiu com a formação destes estudantes, em um período especialmente complexo para promover aprendizagens. Cabe ressaltar que, em muitas escolas, a mesma oficina foi ministrada para várias turmas, bem como uma mesma turma participou de duas ou mais oficinas sobre diferentes temas. Percebe-se, ainda, que as atividades foram fundamentais para apoiar os professores em suas aulas virtualizadas. Sobretudo, apesar do período crítico de distanciamento, a pandemia proporcionou ampliar o alcance e a participação, pois a modalidade online levou a Astronomia a públicos distantes. Tais ações permanecerão no projeto, mesmo após a pandemia, pois entendemos que mesmo de forma virtual é possível e estratégico promover a divulgação científica no Ensino de Astronomia.

Alfabetização científica e visualizações das lives da série descobrindo o céu: um programa de ensino e divulgação científica de Astronomia

Nathalia Nazareth Junqueira Fonseca, Samantha Jully Mesquita Gonçalves e Carlos Eduardo Porto Villani

Planetário do Espaço do Conhecimento uFMG

Desde julho de 2020, com o fechamento do planetário devido a grave crise gerada pela pandemia do novo Coronavírus, o Núcleo de Astronomia do Espaço do Conhecimento UFMG (EC-UFMG) deu início a uma série de lives sobre astronomia, chamada Descobrindo o Céu, transmitida semanalmente através do canal de YouTube do museu. Apesar das restrições encontradas em propiciar uma experiência imersiva semelhante a de uma sessão de planetário, as lives surgiram como uma alternativa viável para levar ao público do nosso museu uma experiência que mescla o conhecimento de astronomia da nossa equipe com a observação do céu pelos participantes. As lives são planejadas para promover a interação dos participantes com nossa equipe de estudantes e profissionais, que utilizam o software Stellarium e apresentam temas de astronomia com o uso de slides, simulações e outros recursos computacionais. Visto que essas lives ficam gravadas no canal do YouTube do EC-UFMG e podem ser acessadas π

em qualquer momento posterior, resolvemos usá-las como objetos de pesquisa para investigar tanto as interações no chat do YouTube, quanto a evolução temporal dos acessos posteriores às lives gravadas, com objetivo de avaliar o potencial e os impactos dessa ação de divulgação científica. Compreendemos que os comentários realizados através do chat expressam não só o envolvimento dos participantes, como também o processo de alfabetização científica deles. Assim, neste trabalho apresentamos os resultados das análises dos enunciados de 21 lives da série Descobrindo o Céu, à luz de um modelo adaptado de “Indicadores de Alfabetização Científica” propostos originalmente por Jessica Norberto Rocha (2018). Observamos que o Indicador Científico é o mais presente e predominante em relação aos Indicadores de Interface Social e Institucional, sendo este último muito raro nos enunciados dos chats. Além disso, a evolução temporal dos acessos posteriores às lives demonstraram a existência de curvas distintas em função das características expressadas principalmente nos temas das lives. Nesse sentido, este trabalho reforça a importância da pesquisa para estabelecermos intervenções específicas nas lives que propiciem o aprimoramento do programa.

universo e Educação: o céu que vemos

Reginaldo O. Corrêa Jr e Dina Carla Bandeira

Planetário da universidade do Estado do Pará (uEPA)

O Centro de Ciências e Planetário do Pará “Sebastião Sodré da Gama”, considerado como um museu de configuração única na região norte, por ser um Centro de Ciências e Planetário Fixo na Amazonia Paraense, teve desde março de 2020, suas atividades presenciais alteradas em função da pandemia de COVID-19. Neste cenário pandêmico, várias medidas têm sido empregadas, atendendo aos protocolos sanitários impostos pelas autoridades de saúde e tomando como prevenção as medidas de distanciamento social, uso de máscaras e álcool em gel, a fim de continuar as suas atividades. Ao longo do ano de 2021, o CCPPA tem adotado novas estratégias, que se constituem em desafios para o atendimento de seu público, uma vez que este é um espaço de educação não-formal que tem um importante papel na divulgação de conhecimentos científicos, bem como para na realização de práticas educativas, fortalecendo assim, a sua dimensão educativa na proposição e realização de um curso de extensão “Universo e Educação: o céu que vemos”, desenvolvido no período de abril a junho de 2021. Com a finalidade de contribuir para formação de professores da Educação Básica e estudantes de graduação para área de astronomia, teve como referência a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A partir do seu lançamento, o curso apresentou mais de 450(quatrocentos e cinquenta) inscritos, no qual estando presente as cinco diferentes regiões demográficas do país. Para atender esse π

público foi necessário a utilização da plataforma Google Meet, para as 100 primeiras pessoas, e os demais acompanhavam pelo canal do Youtube do CCPPA. Com base na análise dos resultados alcançados, evidenciamos que a participação ao curso nesta modalidade, possibilitou o acesso aos conhecimentos em astronomia pelos participantes, o que para nós se revela na contemporaneidade, e que estão relacionados ao desenvolvimento científico e tecnológico, característico da era da informação e comunicação e na construção de um espaço museológico cidadão.

Planetaristas brasileiros na pandemia da Covid-19

Guilherme Frederico Marranghello, Paulo Henrique Azevedo Sobreira, Reginaldo de Oliveira Corrêa Junior, Basílio Fernandez Fernandez e Diógenes Martins Pires

Planetários da unipampa, uFG, uEPA e Feira de Santana

Em março de 2020 a Pandemia da Covid-19 chegou ao Brasil. Desde então, e até setembro de 2021, os planetários brasileiros tiveram que seguir as determinações do Ministério da Saúde e das secretarias de Saúde estaduais e municipais para que se mantivessem fechados para o atendimento público presencial. O objetivo deste trabalho foi conhecer alguns aspectos dos impactos da Covid19 em equipes de planetaristas no Brasil, seja pela doença ou pelo confinamento doméstico e pelo home office. A coleta de dados foi por convite à planetaristas, via contatos na rede social Whatsapp, para que respondessem a um questionário online, composto por 15 questões, tanto com respostas abertas (qualitativas) como questões com respostas de múltipla escolha (quantitativas). Somente 31 planetaristas responderam ao questionário. Ao longo desse período de confinamento doméstico e home office obrigatório, várias equipes de planetaristas passaram por diversas dificuldades, mudanças gerais, novos desafios para se reinventarem em trabalho remoto, contágios pela doença, convívio com sequelas, fechamento definitivo dos planetários e mortes entre os membros das equipes, entre amigos e familiares. A Covid-19 entrou nas residências dos planetaristas, assim como de seus familiares e amigos, sendo que quase 84% perdeu alguém levado pela doença. Os planetaristas que resistiram aos sintomas da doença foram acometidos de patologias mentais, tais como depressão, angústia, medo de internação hospitalar, ansiedade e medo de morrer.

Planetário virtual do centro de ciências e planetário “Sebastião Sodré da Gama”: uma experiência de garantia de acesso ao conhecimento científico e astronômico em tempos de pandemia

Dina Carla C. Bandeira e Bianca Venturieri

Planetário da universidade do Estado do Pará (uEPA)

A Política Nacional de Educação Museal, instituída pela Portaria nº 422 de 30 de novembro de 2017,

busca legitimar a realização de práticas educativas que possam fortalecer a dimensão educativa em

instituições museológicas. Atualmente e face ao cenário epidemiológico de Covid 19, o Planetário do

Pará “Sebastião Sodré da Gama”, com o objetivo de proporcionar experiencias virtuais e garantir o

acesso ao conhecimento científico e astronômico a seu público, vem desenvolvendo desde 2020, o

projeto “Planetário Virtual 2D”, que alia em sua forma metodológica inclusão digital: conectividade

(internet) e equipamentos, sendo evidenciado nas estratégias de mediação utilizadas pela equipe de

técnicos, docentes e estagiários do CCPPA, para a viabilização das demandas do público escolar(rede

privada e pública de ensino). É importante destacar que este projeto de Visitas virtuais têm a

duração de 60 minutos e ocorrem por meio de plataformas virtuais (google meet), nas quais são

criadas salas para a participação de até 60 alunos, nos turnos matutino e vespertino utilizando o

stellarium, bem como diálogos interativos por estagiários das diferentes áreas do Centro de Ciências.

Os resultados iniciais, no qual buscamos por meio de formulário de avaliação respondidos pelas

escolas participantes, com o fito de aprimorar esta ação educativa por nós realizada, demonstram

que é muito bom o nível de satisfação das escolas atendidas com essa estratégia de inclusão virtual,

além de que serve como indicador no processo de formação de estagiários no que toca a formação

contínua para com a mediação online, facilitando desta feita um repensar constante pela equipe do

papel institucional do Planetário do Pará para com a divulgação e popularização do conhecimento

científico em tempos de pandemia.

Agradecemos a participação dos sócios da ABP, palestrantes e todos os envolvidos na organização e na composição das mesas redondas, comunicações orais, oficinas e nas ricas discussões sobre nossos temas de interesse. Um agradecimento especial ao suporte fornecido pelos nossos patrocinadores (abaixo), que trouxeram seus produtos e serviços diretamente aos profissionais atuantes nos planetários, suprindo-os com informações importantes para a tomada de decisões.

O Planetário da universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, tem 50 anos e é membro da ABP.

Planetaria (ISSN 2358-2251) é uma publicação online da Associação Brasileira de Planetários (ABP) iniciada no Solstício de Verão de 2013. É gratuita e publicada trimestralmente, no início de cada nova estação.

CONSuLTE AS NORMAS PARA PuBLICAÇÃO DE ARTIGOS:

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28 de Fevereiro

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PLANETÁRIOS

Secretaria: Planetário da Universidade Federal de Goiás

Av. Contorno No 900, Parque Mutirama - Goiânia/GO CEP 74055-140 Fone (62) 3225-8085

Web: www.planetarios.org.br Email: contato@planetarios.org.br

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