ESPECIAL DIGITAL
2.0 REPÓRTER QUE FAZ FOTO, VÍDEO E TEXTO. DESTINO OU SONHO DE CHEFIA? QUANDO O JORNALISMO COLABORATIVO AJUDA. E QUANDO ATRAPALHA SUA MATÉRIA CABE NOS 140 TOQUES DO TWITTER? PREPARE-SE PARA FAZER SUA PRIMEIRA WEBVIDEORREPORTAGEM
CURSO ABRIL 2009 Treze ideias práticas que podem mudar seu site, seu celular e – sim, ela tem futuro! – sua revista
www.fiat.com.br SAC 0800 707 1000
Para ir à reunião de pauta.
Punto ELX 1.4.
Punto Sporting 1.8.
O Punto agora tem a versão T-Jet.
CHEGOU
Não é só turbo. É turbinado.
Para entregar a matéria.
Leo Burnett Brasil Fotos meramente ilustrativas, com alguns itens opcionais.
Para ir à festa de lançamento.
Motor Turbo T-Jet 152 cv • Air bag duplo + ABS (HSD) Sistema Blue&Me™ + volante em couro com comandos de rádio e telefone • Painel central na cor do veículo • Bancos esportivos revestidos parcialmente em couro • Rodas exclusivas de liga leve 17”• Sistema de som Hi-Fi • Cruise Control • Sensor de estacionamento. • •
MOVIDOS PELA PAIXÃO.
Fundador: VICTOR CIVITA
(1907-1990) Editor: Roberto Civita Presidente Executivo: Jairo Mendes Leal Conselho Editorial: Roberto Civita (Presidente),
Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretora de Mídia Digital: Fabiana Zanni Diretor de Planejamento e Controle: Auro Luís de Iasi Diretora Geral de Publicidade: Thais Chede Soares Diretor Geral de Publicidade Adjunto: Rogerio Gabriel Comprido Diretor de RH e Administração: Dimas Mietto Diretor de Serviços Editoriais: Alfredo Ogawa
Orientação: Alfredo Ogawa, Carlos Grassetti e Edward Pimenta Edição: Amanda Zacarkim, Leo Branco, Luciana Oliveira, Paula Rothman (Texto); Fernanda Ribeiro, Letícia Pires, Maíra Miranda, Marina Brant (Arte) Reportagem: Alexandre Salvador, Alessandra Moura, André Faust, Ana Luiza Leal, Cecilia Arbolave, Cecília Araújo, Clara Vanali, Elisa Tozzi, Felipe Carneiro, Frederico Machado, Giselle Hirata, Gustavo Simon, Juliene Moretti, Kleyson Barbosa, Luís Guilherme Barrucho, Marcio Orsolini, Mariana Amaro, Nádia Tamanaha, Raquel Borges, Renata Betti, Renan Candeloro, Thiago Bronzatto (Texto); Eduardo Bessa, Luciana Martins (Arte), Diogo Salles, Paola Máximo, Pedro Silveira (Foto) Colaboradores: Henrique Barone , Sattu, Vorko.com (Ilustração), Nelson Eufracio (Tratamento de imagem), Rosângela Ducati (Revisão) Tratamento de imagem: Eduardo Blanco (Supervisor), Aldo Teixeira, Alexandre Fortunato, Cristina Negreiros, Fernando Batista, Leandro Alves,
Luciano Custódio, Marcelo Tavares, Rogério da Veiga, Tatiana S. Silva Produção: Wania Capelli
CURSO ABRIL DE JORNALISMO 2009 Coordenação: Edward Pimenta Produção e Logística: Wania Capelli Estagiários: Ricky Hiraoka e Valdir Junior ORIENTADORES
Adriano Sambugaro, Airton Seligman, Aline Sordili, Angélica Banhara, Angélica Santa Cruz, Bruno D’Angelo, Carolina Hungria, Christina Biltoveni, Cristiane Yamazato, Daniel Tozzi, Demetrius Paparounis, Eliane Testone, Fábio Arruda, Felix Fassone, Fernando Ramos, Giuliana Tatini, Giuliano Girondi, Gisleine Carvalho, Jadyr Magalhães, Jefferson Rubbo, Kaio Medau, Kátia Perin, Kika Gianesi, Lia Camargo, Márcia Carini, Marcos Moitas, Maurício Grego, Peri Dias, Renata Aguiar, Renata Deos, Renata Verdasca, Roberto Gerosa, Sandra Soares, Sérgio Gwercman, Sérgio Teixeira Jr., Thais Oyama e Wilson Weigl PALESTRANTES
Alexandre Ferreira, Aline Sordili, Ana Célia Aschenbach, Bia Mendes, Carlos Grassetti, Carlos Maranhão, Carlos Neri, Cláudio Ferreira, Daniela Bertocchi, Demian Grull, Eurípedes Alcântara, Eriel Civale, Fabiana Zanni, Giuliana Tatini, Jairo Mendes Leal, João Gabriel de Lima, José Roberto Guzzo, Julius Wiedemann, Laurentino Gomes, Luis Crispino, Luiz Iria, Manoel Lemos, Marcelo Duarte, Marcelo Tas, Marcia Neder, Marco Bari, Monica Bergamo, Paulo Vitale, Policarpo Jr., Thais Oyama, Thiago Taboada e Thomaz Souto Corrêa ALUNOS Texto: Alexandre Salvador, Alessandra Moura, Amanda Zacarkim, André Faust, Ana Luiza Leal, Bruno Meier, Caio Barretto Briso, Cecilia Arbolave, Cecília Araújo, Clara Vanali,
Elisa Tozzi, Felipe Carneiro, Frederico Machado, Giselle Hirata, Gustavo Simon, Juliene Moretti, Karolina Pinheiro, Kleyson Barbosa Pinto, Leo Branco, Luciana Oliveira, Luís Guilherme Barrucho, Marcio Orsolini, Manuel Cunha, Maria Luiza Figueiredo, Mariana Amaro, Nádia Tamanaha, Paula Rothman, Raquel Borges, Renata Betti, Renan Candeloro, Ricardo Vasques Helcias, Sofia Krause e Thiago Bronzatto Design: Bruno Bortoletto, Carolina Eitelberg, Daniela Cadore, Danielle Simões, Dânue Falcão, Eduardo Bessa, Eduardo Mendes, Everton Prudêncio, Felipe Grandinetti, Fernanda Ribeiro, Gabriela Vergaças, Giuliano Muccioli, Henrique Barone, Letícia Pires, Luciana Martins, Luiz Monteiro, Maíra Miranda, Marina Brant, Mauro Kawasaki, Mirian Alves, Paula Fabris, Thiago Moura e Willian Knack Mídias digitais: Conrado Braga Vídeo: Ananda Morais, Bernardo Mangaravite, Gustavo Forti e Vitor Brunoro Foto: Carol Freitas, Diogo Salles, Felipe Russo, Paola Máximo e Pedro Silveira
SERVIÇOS EDITORIAIS Apoio Editorial: Carlos Grassetti (Arte), Luiz Iria (Infografia) Apoio Técnico e Difusão: Bia Mendes Dedoc e Abril Press: Grace de Souza Treinamento Editorial: Edward Pimenta
Presidente do Conselho de Administração: Roberto Civita Presidente Executivo: Giancarlo Civita Vice-Presidentes: Arnaldo Tibyriçá, Douglas Duran, Marcio Ogliara, Sidnei Basile www.abril.com.br
foto: Rafael Cusato
foto: Pedro Silveira
Carlos Maranhão, de VEJA São Paulo: ler é fundamental
Roberto Civita e Jairo Mendes Leal com a primeira versão do folder que apresenta os participantes do Curso Abril 2009
CARTA AO LEITOR
PLUG 2009
foto: Pedro Silveira
A
cada janeiro, uma tropa de garotos e garotas vindos do Brasil inteiro se aglomera ruidosamente no auditório do edifício-sede da Abril, em São Paulo. Neste ano, eram 56 de 14 estados e mais dez jovens que já trabalham na empresa. Diversos em sua origem, eles esperavam a abertura do Curso Abril de Jornalismo, edição 2009, com uma expectativa única: provar que nasceram para aquela que o presidente do Conselho da Abril, Roberto Civita, chama de “melhor profissão do mundo”. A melhor, sem dúvida para quem já a abraçou; sempre atraente, como provam as 1800 inscrições para o curso deste ano, mas... que profissão é essa hoje? E o que será dela amanhã? Essas perguntas acompanharam os alunos do primeiro ao trigésimo e último dia de atividades. A convivência de papel e digital foi tema recorrente nas palestras que a turma teve com grandes nomes da Abril e do mercado (veja alguns deles nas imagens ao lado). Mesmo nos trabalhos práticos, os efeitos da tecnologia no nosso ofício eram evidentes. Nada menos que 11 dos 13 projetos, todos sugeridos e supervisionados por publicações da Abril, estavam ligados às plataformas virtuais. Esta revista PLUG, totalmente produzida pelos alunos, é um aprofundamento da questão. Findo o curso, os alunos ganharam a tarefa extra de encontrar histórias, personagens e fatos que explicitam alguns dos dilemas atuais da carreira. Jornalismo colaborativo, videorreportagem, Twitter... O que tudo isso muda na nossa vida? Só para finalizar e não perder o foco do principal, o que NÃO muda? Desde que foi criado, em 1984, o Curso Abril tem a missão de atrair, selecionar e treinar os melhores talentos recém-saídos das faculdades. Em 25 anos, temporada após temporada de gente barulhenta, o curso abriu as portas para quem faria carreira – e vários, história – na casa. Isso não muda.
A colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, fala aos alunos
foto: Carol Freitas
SUMÁRIO
10 foto: Felipe Russo
Marcia Neder, de CLAUDIA, ensina o que as mulheres querem
foto: Pedro Silveira
Eurípedes Alcântara, de VEJA: investir na investigação
Thomaz Souto Corrêa e o "Cavaleiro do Óbvio": troféu em defesa do básico e fundamental nas revistas
PLUG-IN
Caiu na rede Números e curiosidades da Abril e do mundo da mídia na internet
18
O vídeo e a vida
22
Carteira de trabalho
28
Estão atrás de você
32
Ajuda externa
38
E os jornalistas nisso?
44
Mandou, tá feito!
82
ENTREVISTA
Com uma câmera na mão, Adam Ellick põe ideias na cabeça de jornalistas do NYT ENSAIO
Cinco profissionais da Abril fazem coisas que ninguém imaginava alguns anos atrás REPORTAGEM
Entenda por que e para que você ainda vai ter uma conta no Twitter REPORTAGEM
Leitores e internautas viram repórteres com o jornalismo colaborativo. Isso é bom? REPORTAGEM
Com tantas tecnologias novas, quais são as tarefas dos profissionais ? CURSO ABRIL
Conheça os 13 projetos práticos realizados pelos alunos deste ano ARTIGO
O mundo dá voltas Roberto Gerosa, editor de Veja.com, e a primeira turma do Curso Abril de Jornalismo PLUG 2009
Pioneiros, personagens e curiosidades do mundo web
primeiros de abril Computadores com 256 Kb de memória, Scitex e as mulheres, Idealyze, BOL... Como foram os passos iniciais da empresa na revolução digital texto Mariana Amaro design Letícia Pires
1971
O primeiro computador da Abril chegou em 1971. Era um IBM 360, trambolho que exigia 90 metros quadrados e a supervisão de 55 técnicos. Ele organizava as etiquetas dos assinantes de VEJA e os holerites dos funcionários com seus 256 Kb de memória.
1981 VEJA foi a primeira redação a entrar na era digital. Em 1981, ganhou seis terminais ligados ao que só os mais velhos lembrarão: Centro de Computação de Dados. Nenhum jornalista botava o dedo neles. Para isso existiam cinco digitadores.
PLUG 2009
fotos: Dedoc
<< 10
Pioneiros, personagens e curiosidades da tecnologia no mundo da mídia
1983 A leva inicial de PCs aportou na Abril com o que havia de mais moderno no mercado. Compare a capacidade entre os aparelhos da época e os atuais na Abril
Prológica S700
Lenovo 2009
origem
origem
Brasil
China
processador
processador
4 MHz
1.60 GHz
memória
memória
64 Kb
2 GB
cores
cores
2
16,7 milhões
1987
Retocar as fotos de mulheres na PLAYBOY era coisa de artista. A partir de 1987, o exercício da fantasia ficou a cargo da Scitex, precursora do Photoshop. A ex-jogadora de basquete Hortência deve agradecer até hoje.
1989
Duas semanas de treino e SUPERINTERESSANTE estava pronta para ser a primeira revista feita na Abril sem auxílio das já saudosas máquinas de escrever.
2000 Surgem a Usina do Som 1992
Esta é para a turma da arte: os primeiros Macs chegaram apenas em 1992.
1993
O futuro era o CD-ROM. Pelo menos assim diziam as bancas da época. A edição do pioneiro ALMANAQUE ABRIL em disco esgotou as duas primeiras tiragens.
1996 Em 23 de abril foi ao ar o Brasil Online, ou BOL , primeiro site da Abril e também o primeiro site de notícias do país (o UOL apareceu apenas três dias depois). À época existiam cerca de 15 mil computadores conectados na internet brasileira.
1998
Assine a revista no site e concorra a uma mochila, uma camiseta ou ao maravilhoso Kit Placar Traz a Copa Até Você, com home theater, microondas, geladeira e pipoca! Pronto: em 1998 abriam-se as portas das promoções da Abril na internet.
1994
Na Copa de 1994, nos Estados Unidos, a PLACAR fez sua primeira cobertura quente com máquinas fotográficas digitais. Ganhou em tecnologia, perdeu feio em qualidade, como você vê na foto de Taffarel defendendo um pênalti na final contra a Itália.
1999
A Abril lança o Ajato, provedor de internet de banda larga que prometia diminuir o tempo de um download de sete horas para três minutos. Isso foi em 1999, e você tem muita sorte se não viveu os tempos de internet discada.
e suas 37 mil músicas para o internauta montar sua própria rádio online – de graça! Bateu em 240 milhões de page views. Mas nem a publicidade nem a posterior cobrança das músicas fizeram a conta fechar. A Usina saiu do ar em 2004.
11 >>
2000
A internet começa a entrar nos celulares e abre espaço para a criação da Abril Sem Fio. INFO e PLAYBOY puxam a fila do conteúdo da editora produzido para mobile.
2001 Não é por falta de tentativas que a Abril não tem hoje uma rede social para chamar de sua. O Nossogrupo.com.br se propunha a ser o lugar para pessoas com interesses afins. O que faltou foi interesse da audiência.
2005
Em dezembro, INFO é a primeira revista com uma versão digital no Brasil. VEJA havia chegado um pouco antes, mas só podia ser acessada pelos assinantes no exterior.
PLUG 2009
188 é o total
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BLOCO DOS BLOGS Numa editora especializada em revistas segmentadas, os jornalistas não perderiam a chance de falar de seu assunto favorito nos sites da Abril texto Thiago Bronzatto design Letícia Pires
blogs
de nos sites da Editora Abril
812 foram os
comentários feitos ao post de Márcia Piovesan, de TITITI, quando ela sugeriu um final para a novela A Favorita
70
posts
10
contaram o passo-a -passo da gravidez (de gêmeos) da jornalista Ana Holanda, no Bebê.com.br
são os blogs que falam
comida ou bebida, de
o tema mais recorrente nos sites da Abril
Em 3 anos, Reinaldo Azevedo, de VEJA, escreveu 20 mil posts com
600 mil comentários
145
é o total
vídeos
de com comentários sobre filmes no blog da colunista de cinema, Isabela Boscov, de VEJA
500
13 >>
xingamentos enviados pela torcida do Cruzeiro (MG) por causa do post “Foquinha e seu drible” renderam a Sérgio Xavier Filho, diretor de redação de PLACAR, o título informal de campeão de imprecações nos blogs
69% dos blogs são escritos por
mulheres
10%
fotos: arquivo pessoal e Abril
da audiência do site de VEJA vêm de seus 16 blogs
4
milhões de page views foram gerados em dois meses pelos 21 blogs do título que mais investe na blogosfera: CAPRICHO
PLUG 2009
O nome é uma mistura do inglês wiki, termo das tecnologias usadas para criar sites colaborativos, e enciclopédia
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QUEM SOU EU? Com tanta gente criando tanta coisa em tão pouco tempo, as empresas abusam da imaginação ao batizar seu novo serviço. Neste quadro você percebe que, entre muitas "viagens", há padrões. Estranhos, mas padrões
Auto-homenagem de quem projetou a rede social mais conhecida no Brasil. Pelo menos, o turco Orkut Büyükkokten não usou o sobrenome para batizar sua criação
O googol é uma medida da Física que equivale a 10 elevado à centésima potência. Simboliza a imensidão da informação que o Google pretende organizar
mundo real
texto Kleyson Barbosa design Letícia Pires
Gênio matemático, Stephen Wolfram presta homenagem ao criador do primeiro site de busca realmente inteligente: ele mesmo
A conexão se faz com a famosa maçã do físico Isaac Newton. Mas o nome e a mordida renderam anos de disputa com a homônima ex-gravadora dos Beatles PLUG 2009
O nome do serviço de hospedagem de vídeos é um anagrama da palavra movie (em português, filme)
A frase “Follow your bliss” (em português, "Siga sua felicidade"), do estudioso de mitologia americano Joseph Campbell, foi o que inspirou o criador da rede social voltada para a autoavaliação
O nome do sistema operacional para celulares partiu da cabeça do engenheiro criador do aplicativo. Ele gosta de robôs e, assim, vamos de Android (em português, androide)
troca letra
Versão oficial do serviço de telefonia: “o mundo inteiro pode falar de graça” num língua perdida da Rússia. Melhor acreditar em versão menor de Skyper, contração de Sky peer to peer, ou “céu de par para par”
O comunicador instantâneo web usa a sigla para Mouse Exonic Evidence Based Oligonucleotide (nem vale traduzir, né?). Na verdade, era um nome facil de memorizar dentro de uma lista de 50 sugestões
15 >>
O aplicativo para celulares faz a união de duas palavras: free-ring (literalmente, anel livre). Free porque é na faixa e anel, como símbolo da ligação que faz entre redes sociais
O assassinato de vogais em nomes foi popularizado por este site de compartilhamento de fotos. Mais um acaso. Flicker, que significa brilho intermitente, já tinha dono
A empresa começou como Jerry and David's Guide to the World Wide Web, em homenagem cabotina a seus criadores, Jerry Young e David Filo. O grito de comemoração veio depois
viagem na maionese O navegador ia se chamar Firebird, mas este nome já tinha sido registrado. Apelaram para o disponível Firefox. Fox significa raposa e ela está no logo. Mas Firefox é na verdade panda vermelho
O nome é a união de hi (em inglês, oi) e do gesto que se faz ao levantar a mão aberta para cumprimentar as pessoas. Nada mau para uma rede social
metáfora
Nem eles sabem por quê. A palavra para designar a rede social foi escolhida por ser curta e fácil de pronunciar em vários idiomas
É gorjear, em inglês. Escrever em até 140 toques no microblog seria como o gorjear de um pássaro. Sacou? Não? Podia ser pior. Os fundadores pensavam em batizálo como Twttr, sem vogais mesmo
É quase uma interjeição. Para a Microsoft a palavra traduz a sensação que a pessoa tem ao encontrar a resposta certa em seu novo serviço de busca
Buscador alternativo, o Cuil é controverso. Seus donos dizem que o nome é a palavra irlandesa para conhecimento. Outros dizem que, dependendo do acento, vira avelã. Na dúvida, dá um Google
PLUG 2009
espn.com
Com a bola toda
cnn.com Estados Unidos, 586 milhões
foxnews.com Estados Unidos, 293 milhões
nytimes.com Estados Unidos, 120 milhões
Quais são os líderes de audiência pelo mundo na categoria "sites de notícia" na medição da consultoria americana comScore*
mediotiempo.com
esmas.com
México, 52 milhões
México, 62 milhões
uol.folha.com.br Brasil, 33 milhões
ultimosegundo.ig.com.br Brasil, 70 milhões
g1.com.br Brasil, 107 milhões
noticias.uol.com.br Brasil, 33 milhões
texto Luciana Oliveira e Kleyson Barbosa design Letícia Pires
gazetaesportiva.net
Em page views Fonte: comScore, março de 2009 * Na categoria "sites de notícia", a comScore não considera revistas, blogs e portais
Brasil, 15 milhões
estadao.com.br Brasil, 13 milhões
lanacion.com Argentina, 26 milhões
clarin.com Argentina, 342 milhões
As 10 maiores audiÊncias na Abril (em milhões de page views)
47,7
29,6
18,8
12,7
11,2
10,1
9,1
7,9
7,1
5,7
M DE MULHER
capricho
veja
contigo!
casa.com
nova
info
viaje aqui
boa forma
manequim
PLUG 2009
Fonte: Certifica, abril de 2009
<< 16
Estados Unidos, 923 milhões
guardian.co.uk Inglaterra, 33 milhões
bbc.co.uk thesun.co.uk
Inglaterra, 71 milhões
rambler.com/news
bild.de
Inglaterra, 117 milhões
goo.ne.jp
Rússia, 18 milhões
Alemanha, 117 milhões
Japão, 35 milhões
spiegel.de elpais.com
lequipe.fr
Espanha, 62 milhões
Alemanha, 346 milhões
17 >>
França, 401 milhões
ifeng.com China, 1,28 bilhão
aufeminin.fr França, 135 milhões
marca.com Espanha, 189 milhões
news.sina.com.cn China, 501 milhões
algomhuria.net.eg
menara.ma
Egito, 34 milhões
Marrocos, 42 milhões
163.com China, 311 milhões
news24.com Áfica do Sul, 13 milhões Fonte: 1 Omniture, abril de 2009 2 Google Analytics, abril de 2009 3 Nielsen, abril de 2009
abc.net.au Austrália, 16 milhões
supersport.co.za Áfica do Sul, 4 milhões
As 10 maiores audiÊncias das revistas americanas (em milhões de page views)
679 people 1
319
249
sports us magazine 2 ilustrated 1
136
97,9
70,2
70
68,3
65,1
58,3
fortune 3
entertainment weekly 1
instyle 1
Martha Stewart Living 1
better homes and gardens 1
maxim 2
New York magazine 1
PLUG 2009
// reportagem
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AS APARÊNCIAS ENGANAM Depois de treinar os profissionais do The New York Times para fazer reportagens em vídeo na web, Adam Ellick tem uma convicção: para os jornalistas, é mais fácil do que se imagina, mas demora bem mais texto Bruno Meier design Maíra Miranda foto Paola Máximo
PLUG 2009
A
os 32 anos, o repórter Adam Ellick tem duas funções claras no The New York Times. Na primeira, faz matérias, como aquelas que o levaram recentemente para uma temporada no Afeganistão e no Paquistão. A outra, pouco usual em nosso meio, vem sendo realizada desde 2006 com os correspondentes internacionais do jornal. Em ambas, algo em comum: a câmera de vídeo. Ellick é, ao mesmo tempo, quem produz parte dos melhores vídeos do site do NYT e o responsável pelo treinamento de outros profissionais da casa no mundo das imagens. Ellick parece uma escolha natural. Foi free lancer de jornais em vários países durante seis anos, deu aulas de jornalismo em algumas universidades e tem experiência com os diversos meios de divulgação da notícia. Ainda assim é visto com ceticismo por alguns colegas. “Muitos temem que o trabalho seja desvalorizado ao adotar uma forma de notícias de TV de que eles não gostam’’, afirma. Em maio, Adam Ellick esteve na sede da Editora Abril, em São Paulo, numa palestra fechada para jornalistas do Grupo e para um workshop com a equipe de Veja.com. Em entrevista à PLUG, ele conta como ensina seus colegas a fazer bons vídeos: "É como cozinhar. Você precisa de todos os ingredientes para fazer dar certo. Sem farinha, você não pode cozinhar um bolo".
19 >>
PLUG 2009
É difícil treinar jornalistas do veículo impresso para produzir conteúdo em vídeo para sites?
ADAM ELLICK Ter começado minha carreira como repórter de impresso por seis anos me deu sensibilidade para perceber os preconceitos. Eu escrevi um longo guia conceitual e de instruções sobre como um jornalista de impresso pode se tornar um jornalista de vídeo. Sentei com cada um dos repórteres, e nós lemos todo o guia e vimos toneladas de exemplos. Simplesmente armar "Armar um jornalista com uma um jornalista com câmera e só dizer-lhe o que ele tem uma câmera e dizerlhe o que tem de fade fazer está destinado ao fracasso" zer – como muitos isso tenha sucesso é esse profissional tentam – está destinado ao fracasso. entender o seguinte: na média das Vídeo é como cozinhar. Você precisa matérias, o repórter escreve sobre de todos os ingredientes básicos. É 10% das informações que colheu. O impossível editar um vídeo que não webvideojornalismo é um meio que tenha as tomadas necessárias para pode alcançar os outros 90%. O vídeo uma boa edição, assim como não se deve ser defendido – e ele existe para pode cozinhar um bolo sem farinha. isso – como um meio que valoriza e complementa a reportagem tradicio- Quem é referência em vídeos de sites nal feita pelo profissional. Do contrá- jornalísticos para você? rio, seria o vídeo pelo vídeo. Não seria ADAM ELLICK Há muita coisa ruim aí elogioso, mas redundante. fora que os internautas precisam seADAM ELLICK Esse é um processo complicado. A introdução do vídeo em vários jornais dos Estados Unidos tem sido confrontada com um grande ceticismo de repórteres veteranos. Eles temem que seu trabalho seja desvalorizado ao se transformar numa forma de notícia da qual não gostam. A única maneira de fazer com que
Foco no personagem
lecionar. A PBS [canal público de televisão dos Estados Unidos] tem coisas boas, especialmente o Frontline World (www.pbs.org/wgbh/pages/frontline).
Qual é a principal dificuldade que os repórteres encontram ao fazer reportagens em vídeo na internet? ADAM ELLICK Eles começaram fazendo vídeos ruins. Depois melhoraram produzindo vídeos o.k. Eventualmente bons. Demora um tempo, mas qualquer um pode aprender isso. É como escrever o lead de uma reportagem. Se você faz isso sempre, em um ano vai compreender o modo como é feito.
Você trabalhou em universidades da Europa, dos Estados Unidos e da Rússia. Os cursos de comunicação nas universidades formam o jornalista para as mídias digitais? ADAM ELLICK Eu acredito nas metodologias tradicionais. Os graduandos em jornalismo são vítimas da tecnologia. Eles conhecem Flash e Final Cut Pro, mas com frequência falta a base para apurar e escrever. Sem essa base, a tecnologia não vai permitir que você
Os vídeos de Ellick mostram gente comum com histórias diferentes
reprodução
<< 20
Explique como você tem feito esse treinamento no The New York Times.
Ameaça Talebã "Segui uma garota paquistanesa de 11 anos quando o Talebã fechou sua escola e ameaçou a vida das pessoas que viviam na cidade"
PLUG 2009
Skate de Alá
Anjo em Nova York
"Um australiano tenta levar o skate para o Afeganistão, mas, com a guerra, o sucesso não é tão fácil"
"Um motorista de ônibus alimenta os mendigos com o próprio dinheiro, todos os dias, durante três anos"
Procure no NYT.com por >>
Procure por >>
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Class Dismissed in Swat Valley
Skateistan
An Angel in Queens
foto: arquivo pessoal
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Ellick nas ruas do Paquistão: "Qualquer um pode gravar. No fim, o conteúdo é o rei"
cresça como jornalista. Eu falo para meus alunos esquecerem câmera, edição, software e pegar um trabalho por dois anos num jornal diário ou num serviço de notícias na internet. Mesmo que você não queira trabalhar na mídia impressa, isso é treino para os fundamentos da carreira. É como um boxeador batendo em seu saco de pancadas por anos antes da primeira luta. Depois de tanto treino, você pode aprender qualquer tecnologia e facilmente pular de um meio para outro.
Por que os vídeos na web ainda são tão parecidos com os da televisão? ADAM ELLICK Hoje, a tecnologia é mais barata, mais leve e melhor do que antes. Todo mundo pode gravar vídeos para internet. A vantagem é ser mais um meio democrático sem os “guardiões da ditadura”. A desvantagem é que qualquer um pode gravar vídeos. Em termos de produção e jornalismo, a maioria das coisas na web é muito, muito ruim. Além disso, a reação mais previsível para qualquer pessoa que faz vídeos é seguir o que conhece: televisão. Vai demorar para ser estabelecida uma linguagem própria.
Como se faz para fugir dos modelos tradicionais? ADAM ELLICK No The New York Times, eu tenho usado um estilo que não foi visto na televisão nem empregado nas páginas impressas. Eu definiria como a primeira voz da revista. É a primeira pessoa sem o narcisismo do repórter de televisão. Mas ainda estou trabalhando para refinar isso.
Existe futuro para os vídeos jornalísticos na web? ADAM ELLICK É muito cedo para qualquer um responder a essa questão com autoridade. Ainda estamos nos encontrando. Se você olhar a história, bons jornalistas foram bem-sucedidos tanto no papel como no jornal, no rádio ou na televisão. Jornalista que trabalha com vídeos jornalísticos para web não deve ser diferente. Talvez o maior problema com esse meio é que ninguém descobriu uma forma viável de ganhar dinheiro. O dinheiro ainda está na televisão. Conforme o mercado vai mudando, a situação deve se alterar. Mas atualmente ainda há relutância mesmo entre aqueles que seriam os corajosos para experimentar.
Qual é o perfil do jornalista que tem feito sucesso ao trabalhar com vídeos na internet? ADAM ELLICK Não é diferente de qualquer outro tipo de jornalista. Tudo pode ser ensinado. Curiosidade nesse meio é a característica mais necessária. Em segundo, um aspirante a jornalista deve aprender a apurar, a desenvolver um olhar para o que é uma reportagem e o que não é. Ele precisa saber como olhar os fatos, usar uma voz, escrever etc. Qualquer um pode ensinar você a gravar. Claro, algumas pessoas têm um olhar mais artístico, mas no final o conteúdo é o rei. Um dos meus vídeos mais poderosos apresenta uma imagem com chuviscos – ele foi gravado no telefone celular por homens que cometiam um crime. Funcionou por causa do conteúdo: uma mulher russa é despida e agredida por policiais na Chechênia por ter um caso extraconjugal. Até agora nenhum espectador reclamou da qualidade da gravação tampouco me questionou sobre que câmera usei para registrá-lo ou se é de alta definição. Eles só estavam pensando no conteúdo. Isso é vitória. PLUG 2009
// ENSAIO
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VAGAS
ABERTAS
No passado recente, eles não teriam emprego na Abril. Suas funções simplesmente não existiam texto Amanda Zacarkim e Elisa Tozzi design Marina Brant foto Diogo Salles
PLUG 2009
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MANOEL LEMOS_ CTO da Abril Digital_ Manoel Lemos, 34 anos, chegou à Abril Digital em 2008 com duas missões. A primeira é puramente administrativa. Ele precisa gerenciar as equipes de tecnologia responsáveis por funcionamento dos sites, desenvolvimento e implementação de novos programas e relacionamento com internautas. A segunda é bem menos corporativa. Lemos tem de captar as inovações que flutuam pela rede e adaptá-las às necessidades da Abril. “Sou um evangelizador tecnológico”, diz. Formado em engenharia da computação, foi gerente da Hypercom, uma multinacional de tecnologia, criador do BlogBlogs, portal que agrupa blogs brasileiros, e fundador da Webco, empresa que se dedica a criar produtos voltados a internautas.
PLUG 2009
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Marco Moreira_ arquiteto de informação_Se você nunca construiu um prédio, como pode ser arquiteto? Essa é a pergunta a que o arquiteto de informação Marco Moreira, 32 anos, mais tem de responder. Para tanto, ele lança mão da metáfora: “Desenhar um site é como erguer um edifício. É preciso avaliar o terreno, entender o que o cliente quer e montar uma estrutura que priorize o usuário”. Webdesigner por formação, Moreira trabalhou na Abril até julho de 2009 e se envolveu com arquitetura quando era estagiário, cinco anos atrás. Organizado e louco por planilhas, ele adora trabalhar nas etapas de criação de um site, que começam em pesquisas com internautas, passam por rascunhos de layout e chegam aos testes de navegabilidade. Testes que nunca terminam. “Sites são seres vivos; estão em constante mutação”, diz. PLUG 2009
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Fabiana Zanni_ diretora de mídia digital_ A internet dava seus primeiros sinais de vida na Editora Abril, e Fabiana já estava ansiosa por trabalhar no novo meio. Foi assim que, em 1995, bateu à porta do coordenador do projeto, Wagner Barreira, e pediu trabalho. Três meses depois, Fabiana programava páginas dos sites, além de editar e publicar matérias. Aos 38 anos, ela é diretora de Mídias Digitais, área de apoio que coordena ações de internet da editora. Sua equipe trabalha em busca de informação, desenvolvimento e novas linhas de negócio para todos os sites da casa. Ela brinca que queria ter saído da faculdade agora para aproveitar o que chama de “revolução social” na forma como produzimos e recebemos informação.
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Lia Camargo_ WEBDESIGNER da Capricho_ Sejamos sinceros. Não é esse exatamente o cargo da Lia. Entre outras tarefas, ela também desenvolve projetos, cuida do visual das páginas e identifica tendências na web. “Acho que minha função ainda não existe”, diz Lia, 25 anos, criadora de sites há nove e na equipe de Capricho.com.br desde 2007. Enquanto o RH não encontra o termo correto, ela se especializa num campo novíssimo: moderar comunidades de redes sociais para estreitar o contato com as meninas. A mais nova criação baseada nesse contato está em CAPRICHO Ama. “Vimos a necessidade que as meninas têm de falar de seu ídolo em comunidades e criamos uma página que traz o universo dos fan sites. Para as garotas, isso significa muito.”
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Ricardo Maekawa_GERENTE DE SEO_ Na Abril Digital, Ricardo Maekawa, 33 anos, é um buscador de buscadores. Ele passa os dias à caça das palavraschave que fazem um site aparecer com destaque no Google. Chama-se isso de search engine optimization (SEO) e, por suas regras, escrever “automóvel” na página em vez de “carro” custa uns bons milhares de page views. Aos buscadores da web não interessa a leveza do estilo do autor, e sim identificar se o site fala mesmo do tema procurado. “O texto tem de ser direto para que o encontrem”, afirma Maekawa. “Um link no Google é como uma chamada de revista: pode convencer o internauta a ler ou não.”
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o caminho a seguir
Ao ajudar o jornalista da pauta à cobertura dos fatos, o Twitter vira uma rede social que, enfim, vale a pena acompanhar texto Kleyson Barbosa, Luciana Oliveira e Mariana Amaro design Luciana Martins
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ssim que surgiram os primeiros protestos contra o resultado na eleição presidencial do Irã, em junho passado, o governo recrudesceu a censura aos meios de comunicação. Eficiente no passado, o cerco dessa vez não impediu que o mundo soubesse detalhes das passeatas e da repressão que a ditadura local preferiria esconder. Em tempo real, pessoas mandavam fotos, vídeos e textos diretamente das ruas de Teerã, a capital iraniana – para horror dos aiatolás e consagração do Twitter como a mais poderosa aliada do jornalismo entre as redes sociais. Criado há apenas três anos, o Twitter deixou de ser apenas um canal de microblogs pessoais, concebido para que
Quem está na frente? CNN Breaking News [twitter.com/cnnbrk] Criada por um internauta que queria ler notícias da CNN no celular, hoje é a 3a conta mais popular no Twitter 29 >>
aproximadamente 2 milhões de seguidores
New York Times [twitter.com/nytimes] São mais de 50 perfis do diário nova-iorquino para escolher. Um deles destaca as reportagens na capa do site, além de linkar blogs associados aproximadamente 1,2 milhão de seguidores
MuckRack [twitter.com/muckrack] Rede social com perfis de jornalistas dos principais veículos no mundo. Tem busca de temas mais comentados pelos profissionais
Trampos [twitter.com/trampos] Funciona como uma agência de empregos, e apresenta vagas para designers, diretores de arte, arquitetos da informação e jornalistas
Protestos contra a eleição no Irã: o governo tentou censurar, mas a informação se espalhou com o Twitter
aproximadamente 6 200 seguidores
Chris Anderson [twitter.com/chr1sa] O editor da revista Wired traz links de ciência, tecnologia e inovação de diversas fontes em seu perfil no Twitter aproximadamente 360 mil seguidores
Daniela Bertocchi [twitter.com/danibertocchi] A especialista brasileira em ciberjornalismo mostra links de pesquisas em arquitetura da informação da web aproximadamente 1 400 seguidores
Pete Cashmore [twitter.com/mashable] O fundador do Mashable, o principal blog sobre redes sociais e novidades da internet, comenta os dois assuntos em seu perfil aproximadamente 930 mil seguidores
fotos: reprodução
alguém conte o que faz em telegráficos 140 toques, e virou fonte e ao mesmo tempo disseminador de informações. São 20 milhões de usuários cadastrados no mundo, número que cresceu 15 vezes em um ano. Cada pessoa pode falar sobre seu café da manhã, mas também sobre um acidente que acaba de testemunhar, um escândalo público, as condições do trânsito na cidade, enfim, pode dar uma notícia. Mas por que chamar de “aliada” uma rede com exércitos de concorrentes amadores da imprensa? Porque o Twitter ajuda o jornalista a se aproximar e até mesmo ouvir melhor o leitor. E isso vale para revistas, como se pode ver em dois exemplos simples e diretos, um de fora e outro da Abril.
Sartorialist [twitter.com/sartorialist] A moda de rua inspira um dos blogs de design mais influentes do mundo, editado pelo americano Scott Schuman. Agora no Twitter aproximadamente 550 mil seguidores
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foto:Getty GettyImages Images foto:
aproximadamente 3 mil seguidores
foto: Janis Krums
Esta imagem do avião pousado no rio ganhou o mundo via Twitter
um “twitteiro”, você recebe, via celular ou página de internet, cada pílula de texto que o “seguido” bota no ar. Às vezes, o que chega faz do seguidor quase uma testemunha da história. Foi o que aconteceu com os amigos do empresário americano Janis Krums. Em janeiro passado, ele estava num ferry boat a caminho de Nova York quando presenciou o pouso forçado de um avião da US Airways sobre as águas do Rio Hudson. Em cinco minutos, Krums usou seu iPhone para fotografar os sobreviventes à espera de ajuda nas asas da aeronave e
enviou para sua página no Twitter. Seus colegas virtuais trataram de espalhá-la e, em 20 minutos, o empresário dava entrevistas na TV sobre o resgate e a primeira imagem a registrar o acidente, de sua autoria. “Eu esperava chegar ao fim do ano com mil seguidores. No dia seguinte ao acidente, já tinha superado a marca”, disse Krums à PLUG. Em junho, ele chegara a 5 500 pessoas acompanhando seus comentários. Ainda que tenha virado uma minicelebridade na rede social, Krums está longe, muito longe, da legião que
foto: Getty Images
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Na versão inglesa da Grazia, atual fenômeno das revistas femininas europeias, as repórteres que cobrem moda têm de “twittar” direto das passarelas, enquanto as modelos desfilam. “Nossas leitoras amam, pois se sentem na primeira fila vendo tudo pelos nossos olhos”, afirmou recentemente Jane Bruton, diretora de redação. "Nossa cobertura é minuto a minuto.” Ricardo Lombardi, diretor de VIP, aproveita o Twitter de outra maneira. “Uso como fonte de pautas para a VIP e para o blog: são centenas de pauteiros trabalhando sem parar. De graça. Incluindo eu, claro”, diz Lombardi, em exatos 129 toques, a pedido da PLUG. Outras redes sociais permitem atualizações instantâneas ou conversar com sua audiência em busca de ideias para reportagens. O que faz o Twitter diferente é a combinação de simplicidade (poucos vão precisar de um pré-adolescente ao lado para fazer seu perfil no Twitter.com) com a total conveniência. Você só recebe informações de quem quer e, caso se encha, basta um clique para ficar livre. O princípio básico está em “seguir” alguém ou algo, como revistas, jornais e assemelhados de mídia. Como “seguidor” de
No ataque terrorista em Mumbai, na Índia, uma mensagem falsa enganou a inglesa BBC PLUG 2009
segue a americana CNN Breaking News, a maior fonte de notícias no Twitter com quase 2 milhões de seguidores. Outros destaques são o jornal The New York Times, com 1,2 milhão de seguidores, e o perfil da apresentadora de TV Martha Stewart, com 900 mil. Na Abril, a mais populosa seita de seguidores são os 25 600 de CAPRICHO, cujo perfil foi criado em agosto de 2007. Logo atrás vem o da SUPERINTERESSANTE, com 21 800 pessoas. Levantamento da agência Bullet, em abril, mostrou que 79,3% dos "twitteiros" brasileiros seguem ou já seguiram o perfil de um jornal, uma revista ou um portal de notícias. E o Twitter é apenas a porta de entrada. “Como o espaço é pequeno, a gente só conta o que faz, mas dá o link para a matéria em nosso site”, afirma Giuliana Tatini, editora-chefe do site da CAPRICHO. “Isso aumenta a audiência.” Hoje o Twitter é a nona
o tipo de relacionamento com o internauta.” O jeito de usar o Twitter tem a ver com o propósito de cada empresa de comunicação e com o perfil de seus leitores e telespectadores, ou melhor, de seus seguidores na rede. É o caso da revista americana People que, durante o mês de junho, dedicou 10% de seus tweets a responder comentários dos 700 mil seguidores. Além da People, a revista de tecnologia Wired também ampliou o diálogo com seus seguidores (em maio, representava 4% dos posts; em junho, 18%). Mas é bom lembrar que toda escolha exige comprometimento e não dá para começar a dialogar com o leitor e depois parar. “A interação é um caminho sem volta”, diz Teixeira Jr.. Até agora, viu-se que o Twitter traz mais page views, amplia a interatividade em tempo real, gera pautas e comentários dos leitores. Mas, desde que foi criado, o serviço ganhou ferramentas extras que ampliam as possibilidades para o jornalista (veja quadro ao lado). Vale dizer que ele também serve como um rádio-escuta moderno. Aqui começa a lista dos perigos do Twitter. Em dezembro do ano passado, um grupo terrorista atacou a cidade de Mumbai, na Índia. A BBC cobriu com seus correspondentes e abriu espaço no site para posts de “cidadãos”. A maior parte trazia relatos de testemunhas locais. Uma delas, no entanto, publicou no Twitter da BBC que o governo indiano teria pedido que não fossem feitas mais atualizações via... Twitter. Era falso. Sob uma saraivada de críticas da concorrência e de seus próprios dirigentes, a BBC se desculpou publicamente. Ela não irá censurar os tweets, mas passou a checar toda informação que acredita controversa.
Pode-se usar um texto para dar o link da matéria e isso aumenta a audiência do site fonte de tráfego externo para os sites da Editora Abril. Em fevereiro, ocupava o posto 39. Em Veja.com, esse movimento trazido pelo Twitter cresceu sete vezes em três meses. Para as empresas de mídia, o site também funciona como uma ferramenta de broadcasting. Ele permite que uma pessoa fale com muitas. Agora de uma maneira tão rápida que faz e-mail parecer ultrapassado. Sérgio Teixeira Jr., editor executivo de EXAME, considera que as duas formas de utilizar o Twitter, dar links ou dialogar, não são excludentes. “O site pode servir para mil propósitos”, afirma. “Não há regras sobre qual melhor maneira de atuar. É uma questão de escolha sobre qual será
Toques para "twittar" melhor Não é só escrever pouco. O Twitter tem ferramentas que podem auxiliar o trabalho do jornalista. Eis algumas:
@ Este símbolo precede o nick, ou nome adotado pela pessoa, no Twitter. Se você quiser falar com um internauta, use o nick dele antes do texto. RT Significa retwitt. É o famoso “citar a fonte” no jargão jornalístico. Se você achou interessante o que alguém escreveu e quer passar o post adiante, basta copiá-lo e acrescentar um RT na frente. # Chamado de hashtag, ou jogo da velha, pode ser usado no post como um facilitador de buscas. No final da mensagem, basta colocá-lo, antes das palavras-chave. Short URL Para não gastar toques com longos endereços de sites citados, vale usar serviços que "encurtam" a URL. Um bom exemplo é o Migre.me TwitPic Não é possível enviar imagens via Twitter, mas você pode dar o endereço da foto hospedada num site. O TwitPic armazena e cria URLs especificamente para o Twitter. TweetBeep É o alarme de mensagens. Quando os termos que você selecionou no Twitter são mencionados, ele manda uma mensagem para o seu e-mail. Mantém você alerta.
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AOS OLHOS DA MULTIDÃO
No mundo onde todos são repórteres, três exemplos de como transformar colaboração em jornalismo texto Leo Branco, Alexandre Salvador e Giselle Hirata design Eduardo Bessa ilustração Henrique Barone
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ada vez mais internautas adicionam fotos, podcasts, vídeos e textos a blogs ou redes sociais. Em 2008, os geradores de conteúdo eram 42,8% do total de pessoas que navegam na web nos Estados Unidos, e eles serão a maioria em cinco anos, segundo a consultoria eMarketer. O crescimento desafia a imprensa: amadores já têm tecnologia (celulares que tiram fotos e gravam vídeos) e estrutura (blogs e redes sociais) para furar os jornalistas no relato das notícias. Para acompanhar seu público, veículos tradicionais investem em jornalismo colaborativo. O conceito nasceu em fevereiro de 2000, quando o site coreano OhMyNews estabeleceu o modelo no qual o internauta manda seu relato, checado por um profissional antes da publicação. Dos 100 maiores jornais americanos, 58% tinham ferramentas para o envio desse tipo de conteúdo em 2008, contra 24% no ano anterior, segundo o Bivings Group. “O público está deixando de ser apenas consumidor de conteúdo jornalístico e adquiriu relevância informativa”, afirma Ramon Salaverría, da Universidade de Navarra, na Espanha. Essa relevância resultou nas histórias das páginas seguintes, como a do Spot.Us, site em que a audiência sugere pautas e paga para que o jornalista as apure, ou a da 8020 Media, editora de revistas que só usam conteúdo escolhido em suas comunidades virtuais. O relato colaborativo é ainda mais importante quando jornalistas são impedidos de estar no local da notícia, como na ofensiva israelense em Gaza, no início do ano. Para suprir a demanda por informação, a estudante Eman Mohammed tornou-se correspondente de guerra e viu seu trabalho repercutir pelo mundo. PLUG 2009
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A história pelo lado de dentro Na Faixa de Gaza, o conflito testemunhado pelas lentes de uma moradora
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Uma vez impedida a entrada de jornalistas estrangeiros em Gaza, Eman Mohammed (acima) tornou-se correspondente de guerra. Seu foco era o impacto dos bombardeios sobre as crianças
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foto: Eman Mohammed
foto: arquivo pessoal
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man Mohammed tirou suas primeiras fotos aos 18 anos, quando ingressou no curso de jornalismo da Universidade de Gaza. Eventualmente postava algumas em redes sociais e recebia elogios pela sensibilidade com que retratava a realidade à sua volta. Em dezembro de 2008, enquanto estudava para as provas do último semestre, presenciou o bombardeio de sua sala de aula no início da ofensiva israelense contra militantes do Hamas, que durou 22 dias. Diante da guerra que interrompeu as aulas e da impossibilidade de jornalistas estrangeiros entrarem na área de conflito, Eman pôs-se a registrar o
que via com uma câmera Canon 40D. O restante da logística de um jornalista – coletes à prova de balas e carros blindados, entre outros – ela pedia a colegas de agências internacionais, às vezes sem sucesso. No segundo dia de bombardeios, foi atingida no nariz por estilhaços. Aos 21 anos, era a única mulher a retratar a situação em Gaza e, por isso, suas imagens tinham uma perspectiva diferente. Seu tema predileto era o impacto da guerra sobre as crianças. “Adultos podem se matar, mas elas não poderiam ter passado por esse sofrimento”, diz.
Ao fim da jornada, Eman enviava as fotos para o Demotix, site fundado no segundo semestre de 2008 e
“As redes sociais eram as bases de nossa ação” que reúne mais de 10 mil fotos e 5 600 colaboradores em 120 países. Após o cadastro no site, é possível checar as fotos de outros usuários e comprálas. As imagens de Eman foram parar no diário inglês The Guardian e em uma emissora de TV do Líbano. Após o conflito, ela recebeu 60 libras e o reconhecimento, que vê com
Seu patrão é o internauta O Spot.Us faz a audiência pautar o repórter usuários, em que publicam pautas e pedem uma quantia para realizá-las. Quando as doações atingem o total solicitado pelo jornalista, ele recebe um prazo para executar o trabalho. A equipe do Spot.Us distribui o material para outros veículos e divide o lucro entre os internautas que financiaram a história. “Editores podem pagar para ter preferência sobre as reportagens ou obtê-las de graça, sem a exclusividade”, diz o editor David
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foto: divulgação
foto: Chris Amico
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repórter freelancer Chris Amico, de 23 anos, queria retratar com maior profundidade o impacto da produção de cimento no sul da Califórnia, assunto que acompanhou enquanto trabalhava em um jornal local. Em vez de vender a pauta a algum veículo, Amico usou a web para financiá-lo na empreitada. Ele está cadastrado no Spot.Us, site no ar desde novembro de 2008 em que jornalistas “vendem” suas pautas diretamente a internautas. Vinte pessoas colaboraram. Amico arrecadou os 350 dólares que pediu para cobrir ligações telefônicas e viagens para a reportagem, publicada em três jornais locais, em um da Finlândia e no Spot.Us. “É uma maneira de financiar histórias que não seriam contadas de outra forma e de envolver o público no processo”, afirma. O site funciona nos moldes de uma rede social. Os jornalistas podem criar perfis, visíveis para outros
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amargura. “Fiquei mal por causa do trauma da guerra, mas tirar fotos me deixou inspirada a fazer mais”, diz, enquanto sonha em trabalhar em outras zonas de conflito. Do outro lado do front, o israelense Niv Calderon, de 28 anos, sentia que a imprensa internacional era contrária a seu país, apesar do pavor causado pelos mísseis do Hamas nas cidades próximas à fronteira com Gaza. Blogueiro e usuário de redes sociais, Calderon emprestou telefones celulares com câmera a moradores da região para que gravassem a guerra que viam. Surgiu até um vídeo sobre o movimento dos shoppings após o cessar-fogo.“Eu não interferia no conteúdo, pedia apenas que falassem em inglês”, conta. Postado no YouTube, o material foi para o site Help Us Win, criado por Calderon para defender a posição de Israel como vítima da guerra. “As redes sociais eram as bases de nossa ação”, conta ele. Sob slogan adaptado da Guerra do Vietnã – “Conquistando corações e mentes para Israel” –, o site agrega voluntários para falar bem do país no Twitter e no Facebook. Os argumentos estão em cartilhas disponíveis online. Um dos recursos mais populares do Help Us Win é o Qassam Counter, um programa de mensagens automáticas que funciona no Facebook e no Twitter. O intuito é alertar os usuários cadastrados sobre os mísseis lançados pelo Hamas – chamados Qassam – em solo israelense. “Durante a guerra, eles perturbavam meu dia”, conta Calderon, para quem o efeito emocional dos 378 alertas no Twitter influenciou a opinião internacional sobre o conflito. “Espero no futuro não precisar das redes sociais para mostrar nossa voz”, diz.
No Spot.Us, o jornalista sugere a pauta, as pessoas financiam e recebem parte do dinheiro se ela for vendida a uma publicação. Criado por David Cohn (acima), o modelo financiou uma reportagem sobre os efeitos ambientais da extração de cimento na California
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A editora de todos nós Aqui a foto e a viagem do amador viram páginas de revistas
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crise econômica americana afetou o mercado publicitário e quase fechou a 8020 Media, uma das editoras pioneiras no uso de conteúdo produzido na web no mercado editorial de revistas. A 8020 Media foi fundada em junho de 2006 com a premissa de utilizar a contribuição de membros de comunidades online para produzir re-
vistas com conteúdos inovadores. A editora, sediada em São Francisco, na Califórnia, é responsável por duas publicações, a JPG, sobre fotografia, e a Everywhere, especializada em destinos turísticos. Em janeiro passado, a direção da 8020 Media anunciou que encerraria suas atividades por falta de dinheiro em caixa, resultado da saída dos foto: Leonardo régnier
Na editora 8020 Media, são os membros das comunidades virtuais que enviam o conteúdo publicado nas revistas
foto: Roberto Seba
Cohn, de 26 anos, que fundou o site após pesquisar a aplicação do crowdfunding, modelo de financiamento coletivo via internet, ao jornalismo. A ideia de Cohn, ex-colaborador da revista Wired, ganhou o concurso anual da Knight Foundation, instituição que premia as iniciativas mais inovadoras em mídia. Cohn recebeu 300 000 dólares e supervisão editorial para os mais de 400 jornalistas cadastrados. Desde a fundação, o Spot.Us recebeu 10 mil dólares em contribuições. De 120 pautas enviadas, 19 foram financiadas por internautas e duas vendidas a outros veículos, uma delas sobre o mercado de sexo em São Francisco, na Califórnia. As restrições dos editores de veículos tradicionais explicam a venda de poucas histórias produzidas no Spot.Us. “A pauta pode ser boa, mas eles não gostam de publicar um material que foge de seu controle editorial e que teriam escrito sob outro ângulo”, explica Cohn. Ele acredita que a crise econômica e o avanço das notícias gratuitas na internet devem mudar essa posição. As redações diminuirão e serão obrigadas a decidir se reduzem sua cobertura, perdendo qualidade e leitores, ou se abrem sua estrutura para colaboradores externos. “As organizações de mídia aprenderão a trabalhar com conteúdos que não estão sob seu controle editorial direto”, prevê Cohn. A abrangência do Spot.Us é hoje a região metropolitana de São Francisco, mas há planos de expansão para mais cidades dos Estados Unidos e outros países, inclusive na América do Sul. Por enquanto a equipe é formada por Cohn e uma jornalista contratada para gerenciar os comentários incluídos no site.
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foto: divulgação
primeiros investidores, entre eles Steve Minor, fundador do portal de tecnologia CNet. Dois meses depois, a empresa foi vendida a um grupo de investidores com a esperança de diversificar o modelo de negócio: em vez de apenas vender assinaturas, a editora trabalhará com promoção de eventos, venda de exemplares antigos e itens promocionais. As duas revistas publicadas pela 8020 Media trabalham unicamente com conteúdo enviado por colaboradores cadastrados em seus sites. O material é selecionado por editores e submetido a votação entre os internautas antes da publicação na versão impressa. Tanto a JPG quanto a Everywhere trabalham com edições temáticas também escolhidas pelos colaboradores já cadastrados. Autores de fotos estampadas na Everywhere ganham uma edição da revista, que está no quarto número. Na bem editada JPG, o prêmio é de 100 dólares e seis números grátis da revista, que está na 19ª edição, publicada em janeiro. Para o editor da JPG, Brian Hunziker, a colaboração de pessoas de fora é fundamental para a produção da revista, mas é preciso balancear a contribuição entre amadores e profissionais. “Milhões de pessoas com câmeras ao redor do mundo significam milhões de pessoas no lugar certo, na hora certa para tirar uma boa foto e contar uma boa história", afirma. Mas essa modalidade de jornalismo, segundo o editor, precisa de uma liderança forte dos veículos de mídia. "É responsabilidade do editor checar os dados e pesquisar as fontes que colaboraram em suas edições”, diz Hunziker. Hoje a comunidade da revista tem mais de 200 mil colaboradores.
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Para Juca Varella, do FotoRepórter, material colaborativo exige checagem
Quem foi que disse isso? Prepare-se para separar fatos reais de boatos Em 3 de outubro de 2008, o valor das ações da Apple na Bolsa de Nova York caiu 5,4% em menos de 20 minutos após a informação de que Steve Jobs teria sofrido um ataque cardíaco. A informação, veiculada no iReport.com, canal colaborativo da rede CNN, foi desmentida e o autor, excluído do site que agrega conteúdo enviado por mais de 240 mil usuários. “Eles questionaram a informação, que foi removida por nossa equipe”, explica Jennifer Martin, relações-públicas da CNN. Os procedimentos de checagem, nesses casos, incluem entrar em contato com o autor do material e consultar especialistas no tema. Essa é a opinião do editor de fotografia Juca Varella, desde outubro de 2005 à frente do primeiro canal brasileiro de jornalismo colaborativo, o FotoRepórter, do Grupo Estado. “No começo, eu mesmo analisa-
va o material que recebíamos para ver se não era montagem”, conta. Hoje a tarefa de analisar o material enviado por 11 mil colaboradores cabe a uma equipe de oito editores. Ajuda no trabalho a exigência de CPF, telefone e outros dados pessoais no cadastro. E, quando a informação está errada, de quem é a culpa: do colaborador ou do veículo? No caso do iReport, a legislação americana diz que a responsabilidade é exclusiva da pessoa que postou a informação. Assim, a CNN está isenta de condenação, segundo o advogado Ronaldo Lemos, especialista em direitos autorais pela Fundação Getulio Vargas. Se houvesse no Brasil um episódio semelhante, a decisão dependeria do juiz, pois falta uma lei que defina de quem é a culpa. “A insegurança é total”, afirma Lemos.
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Marco Chiaretti, especialista em novas tecnologias: contra os modismos
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Você, versão remix
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Com tantas novas mídias, querem que o jornalista vire um profissional multifunções. Será um fato inexorável na carreira ou só mais um papo-cabeça da sua chefia? texto Ana Luiza Leal, Clara Vanali, Nádia Tamanaha e Renata Betti design Marina Brant foto Pedro Silveira
E Giuliana Tatini, editora de CAPRICHO: do off para o online por vontade própria
ntre 2000 e 2001, Giuliana Tatini se destacou como uma das melhores repórteres da CAPRICHO. Perguntava e escrevia bem. Sabia editar o texto dos outros. Tinha jeito com equipes. Virou editora da revista. E aí... foi trabalhar na web. “Eu quis me dedicar a isso porque entendi que a internet era importante para leitores de revistas, especialmente os adolescentes”, diz a jornalista. Em dois anos, o site de CAPRICHO virou referência em relacionamento com participantes de redes sociais, extensão para mobile, vídeo na web e em outras coisas que, obrigatoriamente, passam ou já foram feitas por Giuliana, hoje editora sênior. No caso dela, foi um convite da chefia que abriu espaço para uma profissional multimídia. No atual ritmo de mudanças no mercado, ficam algumas perguntas: esse é mesmo o melhor caminho a seguir? Ou é o único? “O jornalista atual não tem de escolher ser multimídia. Essa escolha já foi feita. Quem não estiver atento está fora da brincadeira.” As frases são de Marcelo Tas, um dos profissionais mais bem-sucedidos da era digital. PLUG 2009
Do digitado ao digital
Máquina de escrever Se você tem 40 anos, são grandes as chances de ter batucado matérias numa Olivetti. Essas máquinas de escrever dominaram o século 20 até o início dos anos 90
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Radiofoto Popular no Brasil entre os anos 40 e 60, transmitia imagens e textos a longa distância pelas ondas do rádio telefoto Evolução da radiofoto adotada a partir de 1979. Usava o telefone para transmitir – isso quando o telefone funcionava
Telex O barulhento aparelho mandava e recebia textos por uma rede semelhante à telefônica. Com seu fim no ano 2000, acabou também uma profissão: o operador de telex foto: divulgação
Cada um no seu tempo, não haveria jornalismo sem estes aparelhos
foto: Dedoc
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mídias, mas prefere usá-las separadamente. “Uma vez fui para a Espanha blogando e filmando ao mesmo tempo. Foi equivalente à cobertura de uma guerra. Dá um trabalho danado, e você não faz nada direito”, diz ele. Edson Rossi, diretor de conteúdo do portal Terra, tem a mesma opinião. “Fazer tudo ao mesmo tempo não contribui para a qualidade de nada. Saber fazer tudo amplia a qualidade”, afirma Rossi, que cita até um exemplo anterior à discussão das multiplataformas. “Fotografar e ter noções de design enriquece o repórter”, afirma Rossi, com a experiência de quem foi diretor de redação de CONTIGO! e VIP. Na Editora Abril, não há uma orientação única para suas 55 revistas e seus 60 sites. Existem redações que integram a produção para a internet e para o impresso (ou “on e offline”, como o jargão tecnológico gosta de defi"Não acredito nessa coisa do homem-orquestra. nir). É o caso da CAPRICHO de Giuliana Tatini e de outros seis profissionais que escrevem O repórter de jornal que sai à rua com uma câmera de vídeo e uma máquina fotográfica" para a revista quinzenal e também têm textos, fotos, vídeos ou podcasts publicados no Estado, há 13 anos lidando com novas tecnologias. “Isso site ou no serviço mobile do título. Outras redações adotam foi uma tendência que não se confirmou.” Ele não vê es- operações distintas, com equipes próprias – sem eliminar paço para aquela imagem do repórter de jornal saindo colaborações de parte a parte. VEJA pode ser colocada no segundo grupo, mas, como à rua para apurar uma pauta com uma câmera de vídeo e uma máquina fotográfica. Se for necessário registrar se viu no Curso Abril de Jornalismo 2009, tem espaço para a imagem, afirma Chiaretti, é mais sensato enviar um jornalistas que produzam nos dois mundos ao mesmo tempo. Pela primeira vez os alunos do curso designados profissional especializado para esse trabalho. Há quem prefira o meio-termo. Pedro Dória, colunista para VEJA e Veja.com apuraram um tema em comum que do caderno Link, também do jornal O Estado de S. Paulo, viraria reportagem impressa e do site, além de infografia acredita que o melhor profissional entende das várias e vídeo. “Uniu-se a boa reportagem a uma navegação que Ao longo de mais de 25 anos de carreira, ele viu a chegada da internet e dos primeiros sites de informação – no início apenas uma reprodução online dos jornais impressos. Aprendeu na prática as novas ferramentas e hoje é considerado proficiente em todos os tipos de mídia. Seu blog é um dos mais acessados do portal UOL; o programa CQC, que apresenta na TV Bandeirantes, faz sucesso pela mistura de notícia com humor; e, aos 49 anos, Tas usa serviços como Twitter e YouTube com a naturalidade de um pré-adolescente. Parte dos colegas da geração de Tas não comunga da fé do multiespecialista. Muitos preferem manter o foco numa área específica. “Eu não acredito mais nessa coisa do homem-orquestra”, diz Marco Chiaretti, 51 anos, jornalista e ex-editor-chefe de Conteúdo Digital do Grupo
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Marco Chiaretti, especialista em novas tecnologias: contra os modismos
Celular Os primeiros a descobrir o poder imediato do aparelho foram os repórteres de rádio. Virou substituto do microfone logo que chegou em 1990
CÂMERA Pode ser de vídeo, fotográfica ou de celular. Virou item comum na vida das pessoas – e uma polêmica na vida dos jornalistas fotos: Dedoc
Computador No Brasil, entrou nas redações a partir dos anos 80. Eram trambolhos de tela verde ou, sabe-se lá por quê, marrom na Abril
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Sem segunda chance << 42 Não faz tanto tempo assim, mas provavelmente você já apagou o Second Life da sua memória. Em 2007, o site prometia criar um universo paralelo virtual em que todos teriam identidade e vida novas. Pessoas, empresas, marcas e revistas correram para criar seus “avatares”, nome do alter ego digital. A VIP foi uma das primeiras na Abril a montar sua redação por lá e, na estreia, reuniu 19 mil “frequentadores”. Pouco mais de um ano depois, a experiência foi abandonada sem que ninguém lamentasse (ou, pior, notasse).
ajudou a contar a história de forma integrada, explorando as possibilidades de cada mídia”, diz Roberto Gerosa, editor-executivo de Veja.com. Dos 13 trabalhos do Curso Abril 2009, 11 adotavam de alguma forma a internet ou o celular (veja a apresentação dos trabalhos a partir da pág. 44). Não foi decisão dos alunos. Escolher o tema era prerrogativa das redações participantes. Como a maioria queria testar projetos ou ideias online, chamar os universitários foi uma solução natural. Não só porque, aos 20 e poucos anos, todos são “nativos” digitais, mas também pela própria formação.
VIP arriscou-se num problema comum na web. Como saber se o fenômeno do momento é só isso mesmo: algo do momento. “Foi uma aposta editorial na época”, diz Ricardo Lombardi, diretor de redação, que não estava na revista mas aprova a atitude. “O bom da internet é que ela permite ao jornalista fazer esse tipo de experiência.” Na verdade, há pouco espaço para escolha. “A imprensa tem de estar sempre presente”, afirma Fernando Madureira, gerente de interação editorial do UOL. “O artista tem que estar onde o povo está.”
que veem na mudança um ataque ao texto de qualidade. Se depender da inglesa BBC, multimídia antes mesmo de a palavra entrar na moda, o domínio das letras continuará sendo item eliminatório no RH. “Sem um bom texto jornalístico, não há uma base sobre a qual se possa criar o resto”, afirma Américo Martins, editor-executivo para as Américas do serviço mundial da BBC. Ele defende que os jornalistas sejam cada vez mais capazes de produzir material em áudio, vídeo e outras linguagens. “É claro que há um limite para isso, e o limite tem nome. Chama-se qualidade”, diz Martins. Talvez não seja a melhor opção abraçar"O jornalista atual não tem de escolher ser se ao seu texto impecável de 30 mil toques multimídia. Essa escolha já foi feita. Quem não e esperar que essa “onda” passe. Haverá espaço para autores na imprensa? Provestiver atento está fora da brincadeira" avelmente sim. Mas vale ouvir Marion Segundo levantamento da PLUG, das 100 maiores facul- Strecker, diretora de conteúdo do UOL: “Nem todos os dades de jornalismo no país, 80% incorporaram matérias jornalistas da empresa produzem hoje bons textos, bons vídeos, boas fotos e bons áudios. Acho natural que, com ligadas à internet e vídeo à grade curricular. Aparentemente consensual no Brasil, o mix de jorna- o passar do tempo, eles aprendam a utilizar melhor as lismo e tecnologia nas faculdades provoca polêmica nos novas técnicas e equipamentos. Os que já dominam esEstados Unidos. Até 2008, o jornal The New York Times tão em vantagem competitiva na hora da contratação”. Não está convencido ainda? Isso é coisa de portal buscava estagiários na tradicional Universidade Columbia. Para o projeto “Local”, lançado em 2008, o jornalão de internet? Palavras de Victor Javoski, gerente de conbateu à porta da rival New York University. Explicação: teúdo digital do jornal carioca O Dia: “Não é exigido que como se tratava de um site de notícias, o atual currículo o profissional saiba trabalhar com todas as plataformas, mas da NYU, já adaptado ao padrão da mídia virtual, produzi- é esperado. Não apenas no site, mas também no impresso. ria alunos mais bem preparados para a missão. Abalada Ser capaz de produzir um vídeo curto na beira do campo por casos assim, Columbia decidiu reagir e mudou sua de futebol, durante a entrevista com um político ou numa grade – para desgosto público de professores veteranos delegacia já é regra na equipe do jornal, e não exceção”. PLUG 2009
43 >>
Marcelo Tas, multimĂdia por excelĂŞncia: no blog, na TV, no Twitter... PLUG 2009
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Confira quem fez
e o que foi feito
texto Amanda Zacarkim e Leo Branco design Maíra Miranda ilustração Vorko.org
A
o virar esta página, você começa a conhecer os 13 projetos realizados no Curso Abril de Jornalismo 2009. Fique atento aos detalhes: 66 jovens profissionais de 14 estados, escolhidos entre 1 865 recém-formados de todo o país, trabalharam durante 31 dias. O resultado prático surgiu numa série de aplicativos, sites, vídeos e reportagens feitos pelos alunos. Se já era uma tendência nos últimos anos, em 2009 os alunos abraçaram de vez o modo digital de fazer jornalismo – ou “produzir conteúdo”, como virou moda falar. Essa turma de garotos e garotas com 20 e poucos anos usou as mídias virtuais para sugerir pautas, apurar matérias e se divertir, claro, em meio a tantas redes sociais. Nos relatos a seguir, feitos pelos próprios alunos, estão as ideias inovadoras e os desafios de execução de cada grupo de trabalho. Ao fim, surgiram propostas práticas e prontas para usar de três novos sites, duas experiências com redes sociais, dois canais de vídeo, um redesenho de banco de dados e dois aplicativos para celular. (E um especial em papel e um novo projeto editorial para seções de revista, que o impresso está longe de morrer!) Mas, antes de entrar na apresentação dos trabalhos, talvez você queira saber quem são, afinal, os tão falados “jovens profissionais” do Curso Abril. Eles estão aqui “atrás”, nas páginas centrais do folder. Conheça um pouco de seus gostos, hábitos, preferências. Eles são nosso novo público – e, com certeza, nossos futuros colegas.
46 > capricho 50 > contigo! 54 > m de mulher 56 > men's health 58 > abril digital 62 > recreio 64 > gloss 66 > veja e veja.com 70 > boa forma 72 > info 74 > superinteressante 76 > exame 78 > casa.com
Bem-vindo Bem-vindoao aonosso nossomundo mundo Conheça Conheça os os 66 profissionais 66 profissionais de de texto, texto, fotografia, fotografia, design, design, vídeo vídeo e mídias e mídias digitais digitais queque integraram integraram o 26º o 26º Curso Curso Abril Abril de de Jornalismo Jornalismo
Felipe Felipe Carneiro Carneiro TextoTexto
Felipe Felipe Carneiro Carneiro
Diogo Diogo Salles Salles
TextoTexto
Fotografia Fotografia
Diogo Diogo Salles Salles Fotografia Fotografia
Willian Willian Knack Knack
Eduardo Eduardo Bessa Bessa
Design Design
Willian Willian Knack Knack
Design Design
Eduardo Eduardo Bessa Bessa
Design Design
Design Design
Luciana Luciana Oliveira Oliveira
Henrique Henrique Barone Barone
TextoTexto
Design Design
Henrique Henrique Barone Barone
Marina Marina Brant Brant
Design Design
Design Design
Marina Marina Brant Brant
Luciana Luciana Oliveira Oliveira TextoTexto
Ananda Ananda Morais Morais
Raquel Raquel Borges Borges
VídeoVídeo
TextoTexto
VídeoVídeo
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Raquel Raquel Borges Borges
Ananda Ananda Morais Morais
Design Design
Bernardo Bernardo Mangaravite Mangaravite VídeoVídeo
Bernardo Bernardo Mangaravite Mangaravite
Luiz Luiz Monteiro Monteiro
VídeoVídeo
Design Design
Paula Paula Rothman Rothman TextoTexto
Thiago Thiago Bronzatto Bronzatto
Mirian Mirian AlvesAlves
TextoTexto
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Thiago Thiago Bronzatto Bronzatto
Design Design
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TextoTexto
Design Design
Paula Paula Rothman Rothman
Renan Renan Candeloro Candeloro
TextoTexto
Renan Renan Candeloro Candeloro
Gustavo Gustavo Simon Simon
Alessandra Alessandra Moura Moura
Danielle Danielle CruzCruz
TextoTexto
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Design Design
Danielle Danielle CruzCruz
Amanda Amanda Zacarkim Zacarkim Design Design Bruno Bruno Bortoletto Bortoletto TextoTexto Amanda Amanda Zacarkim Zacarkim Design Design
TextoTexto
Design Design
TextoTexto
TextoTexto
Alessandra Alessandra Moura Moura
Alexandre Alexandre Salvador Salvador
Design Design
TextoTexto
Alexandre Alexandre Salvador Salvador TextoTexto
Mirian Mirian AlvesAlves
Nádia Nádia Tamanaha Tamanaha
Bruno Bruno Bortoletto Bortoletto
Gustavo Gustavo Simon Simon
Luiz Luiz Monteiro Monteiro
Bruno Bruno Meier Meier
TextoTexto
TextoTexto
Nádia Nádia Tamanaha Tamanaha Letícia Letícia PiresPires
TextoTexto
Bruno Bruno Meier Meier
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Design Design
Letícia Letícia PiresPires Design Design
Gabriela Gabriela Vergaças Vergaças Design Design
Gabriela Gabriela Vergaças Vergaças Design Design
Paula Paula Fabris Fabris Design Design
Paula Paula Fabris Fabris
Design Design
Felipe Felipe Grandinetti Grandinetti
Ricardo Ricardo Vasques Vasques
Design Design
Felipe Felipe Grandinetti Grandinetti
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Ricardo Ricardo Vasques Vasques
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Maria Maria LuizaLuiza LaraLara
Frederico Frederico Machado Machado
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Maria Maria LuizaLuiza LaraLara
Felipe Felipe Russo Russo
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Frederico Frederico Machado Machado
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Fotografia Fotografia
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Felipe Felipe Russo Russo
Ana Luiza Ana Luiza Leal Leal
Fotografia Fotografia
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Ana Luiza Ana Luiza Leal Leal TextoTexto
BoaBoa forma forma BoaBoa forma forma
AA vida vida A A vida vida em em rede rede Como Como os alunos os alunos do do em em rede rede
curso curso se se Como Como os relacionam alunos os relacionam alunos do do com com ase tecnologia arelacionam tecnologia curso curso se relacionam com com a tecnologia a tecnologia
Gloss Gloss Gloss Gloss Números Números de 2009 de 2009 De onde De onde vieram vieram Números Números de 2009 de 2009
Capricho Capricho Capricho Capricho Idade Idade
De onde De onde vieram 0vieram % 0%
0% 0% 4,5%4,5% 4,5%4,5%
M de Mmulher de mulher M de Mmulher de mulher
Idade Idade
1,5%1,5% 1,5%1,5% 80% 80% 14%80 14% %80% 14% 14%
Faculdades Faculdades
Formação Formação
Casa.com.br Casa.com.br Casa.com.br Casa.com.br Redes Redes Sociais Sociais Redes Redes Sociais 100% 100Sociais %
33 jornalistas 33 jornalistas Faculdades Faculdades Formação Formação vieram vieram da da 23 designers 23 designers Anhembi Morumbi, Morumbi, 33 jornalistas 33 jornalistas 32%32% Anhembi vieram vieram da da Cásper Cásper Líbero Líbero 4 vídeo 4 vídeo 23 designers 23 designers Anhembi Anhembi Morumbi, Morumbi, 22 e 23 22 anos e 23 anos 32%32% e Mackenzie, e Mackenzie, todas todas têm entre têm entre 14 mídias 14 mídias digitais digitais Cásper Cásper Líbero Líbero vídeo vídeo de São de Paulo São Paulo 22 e 23 22 anos e 23 anos e Mackenzie, e Mackenzie, todas todas 1 mídias 1 mídias digitais digitais de São de Paulo São Paulo
45,545,5 % % têm entre têm entre 45,5 45,5 % %
inseridos inseridos em em 100% 100 %socias redes redes socias inseridos inseridos em em redesredes socias socias
Men’s Men’s Health Health Men’s Men’s Health Health
58%58% participam 58%participam 58% de de mais mais cincocinco delasdelas participam participam de de mais mais cincocinco delasdelas
Contigo! Contigo! Contigo! Contigo!
29% Orkut 29% Orkut 25% YouTube 25% YouTube 29% Orkut 29% Orkut 25% YouTube 25% YouTube 17% Facebook 17% Facebook 16,5%16,5 Blog % Blog pessoal pessoal 17 17 13% % Facebook Twitter 13% % Facebook Twitter 16,5%16,5 Blog % Blog pessoal pessoal 13% Twitter 13% Twitter
Manuel Manuel Cunha Cunha TextoTexto
Manuel Manuel Cunha Cunha
André André Faust Faust TextoTexto
Giuliano Giuliano Muccioli Muccioli
TextoTexto
Design Design
André André Faust Faust
TextoTexto
Giuliano Giuliano Muccioli Muccioli
Pedro Pedro Silveira Silveira
Design Design
Fotografia Fotografia
Thiago Thiago Moura Moura Pedro Pedro Silveira Silveira
VitorVitor Brunoro Brunoro
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Dânue Dânue Falcão Falcão Design Design
Everton Everton Prudêncio Prudêncio
Dânue Dânue Falcão Falcão
Carolina Carolina Eitelberg Eitelberg
Everton Everton Prudêncio Prudêncio
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Paola Paola Máximo Máximo
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Paola Paola Máximo Máximo
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Thiago Thiago Moura Moura
VitorVitor Brunoro Brunoro
Carolina Carolina Eitelberg Eitelberg
Gustavo Gustavo FortiForti
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Luciana Luciana Martins Martins
Gustavo Gustavo FortiForti
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Luciana Luciana Martins Martins Design Design
CaioCaio Barretto Barretto
Eduardo Eduardo Mendes Mendes
Mauro Mauro Kawasaki Kawasaki Design Design
Mauro Mauro Kawasaki Kawasaki Design Design Juliene Juliene Moretti Moretti Juliene Juliene Moretti Moretti
Leo Branco Leo Branco
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Cecília Cecília Araújo Araújo TextoTexto
Cecília Cecília Araújo Araújo
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Luís Luís Guilherme Guilherme Barrucho Barrucho
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Eduardo Eduardo Mendes Mendes
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Cecilia Cecilia Arbolave Arbolave
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Leo Branco Leo Branco
Cecilia Cecilia Arbolave Arbolave
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CaioCaio Barretto Barretto TextoTexto
Luís Luís Guilherme Guilherme Barrucho Barrucho TextoTexto
Mariana Mariana Amaro Amaro
Daniela Daniela Cadore Cadore
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Mariana Mariana Amaro Amaro
Daniela Daniela Cadore Cadore
Renata Renata BettiBetti TextoTexto
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SofiaSofia Krause Krause TextoTexto
Karolina Karolina Pinheiro Pinheiro
Kleyson Kleyson Barbosa Barbosa
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Karolina Karolina Pinheiro Pinheiro
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ElisaElisa TozziTozzi
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Renata Renata BettiBetti
ClaraClara Vanali Vanali TextoTexto
ClaraClara Vanali Vanali
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SofiaSofia Krause Krause
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Kleyson Kleyson Barbosa Barbosa
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Giselle Giselle Hirata Hirata TextoTexto
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Giselle Giselle Hirata Hirata
ElisaElisa TozziTozzi
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Conrado Conrado Braga Braga Mídias Mídias digitais digitais
Conrado Conrado Braga Braga Mídias Mídias digitais digitais
Fernanda Fernanda Ribeiro Ribeiro Design Design
Fernanda Fernanda Ribeiro Ribeiro Design Design
Marcio Marcio Orsolini Orsolini TextoTexto
Maíra Maíra Miranda Miranda
TextoTexto
Maíra Maíra Miranda Miranda
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Marcio Marcio Orsolini Orsolini
CarolCarol Freitas Freitas
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Fotografia Fotografia
CarolCarol Freitas Freitas
Fotografia Fotografia
Recreio Recreio Recreio Recreio Mídias Mídias tradicionais tradicionais x digitais x digitais Mídias Mídias tradicionais tradicionais x digitais x digitais
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assinam assinam até duas até duas publicações publicações assinam assinam até duas até duas impressas impressas publicações publicações impressas impressas
Superinteressante Superinteressante Superinteressante Superinteressante
7373 %% 7373 %%
leem leem até cinco até cinco veículos veículos leem leem até cinco apenas apenas na aténacinco veículos veículos internet internet apenas apenas na na internet internet
Abril Abril digital digital Abril Abril digital digital
A maioria A maioria assiste assiste TV por TVno por máximo no máximo A maioria A maioria assiste assiste horas/dia TVhoras/dia por TVno por máximo no máximo
33 3horas/dia 3horas/dia
Exame Exame Exame Exame Hábitos Hábitos iPod/MP3 iPod/MP3 Hábitos Hábitos A média A média de tempo de tempo que passam que passam A média A média de tempo conectados conectados à de tempo à que passam que internet internet épassam de é de conectados conectados à à internet internet éhoras/dia de é de horas/dia
1010 1010 horas/dia horas/dia
VejaVeja VejaVeja
iPod/MP3 iPod/MP3 iPod
iPod 9:42 AM
iPod 9:42 AM
SMSSMS
Compras Compras pelapela internet internet
Conteúdos Conteúdos parapara a internet a internet
SMSSMS
Compras Compras pelapela internet internet
Conteúdos Conteúdos parapara a internet a internet
9:42 AM
35,6 % % + + 35,6 % % 1000 1000 + músicas + 35,635,6 músicas 1000 1000 músicas músicas
iPod
InfoInfo InfoInfo
9:42 AM
têm têm mais mais de 1 000 de 1músicas 000 músicas têm têm em seu emiPod/MP3 seu iPod/MP3 mais mais de 1 000 de 1músicas 000 músicas em seu emiPod/MP3 seu iPod/MP3
28,228,2 % trocam % trocam de seis deaseis deza dez 28,2 28,2 % trocam % trocam SMS por SMS semana por semana de seis deaseis deza dez SMS por SMSsemana por semana
x x x x x x x x x x x x
61,761,7 % fazem % fazem até cinco até cinco transações transações 61,7comerciais 61,7 % fazem % fazem comerciais online online 90,290,2 % já % produziram já produziram conteúdo conteúdo até até transações transações por cinco mês por cinco mês editorial editorial para apara redea rede comerciais comerciais online online 90,290,2 % já % produziram já produziram conteúdo conteúdo por mês por mês editorial editorial para apara redea rede
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Unir meninos bonitos e novas tecnologias: esse era o desafio do grupo de CAPRICHO texto Amanda Zacarkim e Renan Candeloro design Maíra Miranda
N UNIVERSO CAPRICHO >>maio de 2009>>
1,162 milhão de unique visitors
31 milhões de pageviews
PLUG 2009
a abertura do Curso Abril, uma surpresa: um dos projetos mais femininos contava com a participação de quatro marmanjos e apenas uma garota. A missão da editoria de CAPRICHO foi criar um campeonato de “colírios” – os meninos bonitos que as adolescentes adoram –, uma disputa baseada em ranking e votação, tendo as redes sociais como referência. O desafio do grupo era aproveitar o blog Colírios (que mostra meninos bonitos, famosos ou anônimos, indicados pelas internautas) para criar algo novo e, assim, fidelizar a internauta. Em todo esse processo, não se perdeu de vista o perfil da adolescente de CAPRICHO, que consome informação e se relaciona com as amigas e com os “colírios” usando a internet. O projeto foi desenvolvido por dois jornalistas, dois designers e um fotógra-
fo, sob orientação da editora de internet Giuliana Tatini e da webdesigner Lia Camargo. De acordo com Giuliana, o objetivo era propor algo que pudesse ser realizado por completo em apenas quatro semanas – da fase do brainstorming até a funcionalidade completa do site. “Se a ideia final fosse inteligente e bem realizada, o projeto sofreria as adaptações necessárias e iria para o ar”, conta. De fato, o projeto foi bemsucedido e passa agora por ajustes nas mãos de Phelipe Cruz, editor assistente de Capricho.com.br, que previa a estreia da batalha para julho. De início, o objetivo foi pesquisar tudo que estava relacionado ao Universo CAPRICHO: site oficial, blogs, perfil no Twitter, aplicativos para celular, comunidades no Orkut, Fotolog e, claro, sugestões e comentários das meninas em todas as plataformas. Para se ter uma ideia do tamanho desse universo,
O site simula uma batalha entre meninos indicados por garotas de todo o Brasil. Elas votam em seus favoritos até chegar ao Top Colírio. A disputa usa as redes sociais como referência
Missão Organizar o primeiro campeonato brasileiro de colírios, rede social baseada em ranking e votação
Quem fez? > Amanda Zacarkim TEXTO
> Renan Candeloro TEXTO
> Bruno Bortoletto DESIGN
> Willian Knack DESIGN
> Felipe Russo FOTO
Quem orientou? > Giuliana Tatini EDITORA SÊNIOR DE CAPRICHO ONLINE
> Lia Camargo em maio de 2009 o site de CAPRICHO nos bonitos, como num Top 5, agradou registrou 1,16 milhão de unique visitors à maioria delas. O próximo passo foi e teve 31 milhões de page views, segun- definir regras para a competição, que se do dados do Certifica. As internautas baseia em um ranking gerado de acordo veem esse ambiente como uma amiga com a porcentagem de aproveitamento virtual e encontram ali as respostas de cada candidato. Os meninos duelam para suas dúvidas, junto com As meninas são estimuladas a indicar o conteúdo de os amigos e colegas de escola para que mais gostam. O valor desse pro- concorrer. Fazem campanha por seus jeto reside no fato preferidos e, com isso, aumentam de que muitos a audiência do site desses meninos convivem com a garota na escola, no diariamente pela preferência das garoshopping, na balada... E é exatamente tas, e os votos resultam em rankings isso que potencializa o desejo de cada semanais. As batalhas continuam até adolescente de ver seu “colírio” ven- que seja eleito o colírio do mês, que cendo cada etapa da competição. ganha um ensaio fotográfico e pode O nome do site, Top Colírio, foi defi- lutar pelo título de colírio do ano. nido com base em uma pesquisa de A principal ferramenta utilizada na opinião com 20 meninas da Galera construção do campeonato foi o Orkut, CAPRICHO – a ideia de “listar” meni- rede social do Google que comporta
WEBDESIGNER DE CAPRICHO
Palavra do orientador "Todos os alunos foram criativos nas soluções dos problemas, entenderam as encomendas e os limites técnicos e souberam desenvolver um bom produto editorial. Além disso, se divertiram fazendo." GIULIANA TATINI
47 >>
Como se escolhe o garoto dos sonhos 1. Na home o recurso de maior destaque é a batalha de colírios. A garota pode votar diversas vezes, escolhendo um participante como favorito ou mudando de ideia a cada novo clique. O menu à direita indica quantos meninos bonitos ela ainda verá aleatoriamente na disputa
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1
2. Tratamento 2
reprodução
Publicidade
top para o menino mais votado do mês, que ganha um ensaio fotográfico e pode concorrer ao título de colírio do ano
mais de 40 milhões de perfis brasileiros*. O site, velho conhecido das meninas, permite comunicação ágil e prática, fator essencial num projeto de quatro semanas. Os repórteres criaram perfis no Orkut e entraram na comunidade oficial da CAPRICHO, que hoje conta com 105 mil membros. Criaram, então, dois tópicos de discussão, pePLUG 2009
dindo indicações de meninos bonitos para participar da nova competição. Em menos de quatro dias, o número de respostas foi de deixar qualquer internauta de primeira viagem de boca aberta: 1 742 respostas e mais de 300 indicações de “colírios”. Segundo Phelipe Cruz, o Top Colírio terá inicialmente 200 meninos cadas-
trados, indicados por garotas de todo o Brasil, concorrendo ao título de colírio do mês. A ideia é que esse número de indicações dobre já nas primeiras semanas, de acordo com a expectativa de grande audiência do novo site. Para que haja a fidelização da usuária, a proposta é que um novo colírio entre na competição semanalmente,
3
3. Cada menino tem uma página de perfil em que responde a perguntas e publica um álbum de fotos, uma das formas de se destacar na competição. A seção foi inspirada no Orkut, a rede social mais acessada pelos adolescentes brasileiros
4. O que
5
5. A batalha vai para o celular com o aplicativo de iPhone. Usando o Google Maps, a menina também pode encontrar os colírios de sua cidade ou seu estado indicados na disputa
reprodução
4
seria de uma rede social sem interação? No campo de comentários, as meninas podem reclamar, elogiar e declarar seu amor pelos colírios da CAPRICHO
49 >>
reprodução
Felipe Castelo Branco
de segunda a sexta. Aos sábados, será aberta uma nova votação que definirá os três meninos que permanecem no jogo na semana seguinte. O resultado é divulgado somente aos domingos, o que potencializa o número de acessos durante o fim de semana. Além do site oficial, o Top Colírio evoluiu para vários aplicativos que tendem
a aumentar ainda mais o Universo CAPRICHO: a disputa foi para o perfil da internauta no Orkut, para fotos no fotolog, virou stickers que levam a brincadeira para a balada e até uma busca de colírios pelo iPhone. Phelipe e Giuliana confirmam a estreia do Top Colírio em julho deste ano. Quanto aos alunos do CAJ 2009,
Giuliana acredita que “todos foram criativos nas soluções dos problemas, entenderam as encomendas e os limites técnicos e souberam desenvolver um bom produto editorial. Além disso, divertiram-se fazendo”. * Dados de pesquisa do Ibope//NetRatings sobre redes sociais realizada em 2008 PLUG 2009
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LUZes, Câmera e... SOM
No site da CONTIGO!, você sabe tudo sobre as celebridades. Ou quase tudo... Com cinco ferramentas novas, a música vira, enfim, uma grande estrela texto Raquel Borges e Bruno Meier design Maíra MIranda
N
os últimos anos, os sites de celebridades aproveitaram fenômenos como o Big Brother Brasil para aumentar sua audiência. Apostar em novas editorias e seções na internet é prioridade para publicações como CONTIGO!. Essa é a visão de Felix Fassone, diretor de redação, e Giuliano Girondi, consultor de mídias digitais. Para eles, investir em conteúdo multimídia é o caminho, pois logo tudo será transmitido não só em revistas, mas por meio de sites, vídeos, celulares... Desenvolver conteúdo para todas essas plataformas é fundamental. Por isso, a missão do grupo de alunos do Curso Abril de Jornalismo foi criar conteúdo multiplataforma, para web, áudio e vídeo, com extensão na seção de cultura da revista.
PLUG 2009
Antes de mergulhar no universo de celebridades de CONTIGO!, os seis componentes do grupo quiseram conhecer o público-alvo da revista. Após algumas discussões com os orientadores Fassone e Girondi, ficou claro
gerente de Apoio Técnico, da Diretoria de Serviços Editoriais, que explicou, durante o curso, como criar essa fórmula e fazê-la ganhar vida e notoriedade no mercado. Não demorou para as ideias de seções surgirem. O problema é que
O primeiro passo foi criar o CONTIGO! Na Parada, um canal para mostrar a relação dos artistas com suas canções e bandas favoritas e, assim, revelar um lado pouco conhecido para os internautas que a editoria Música não era explorada nem no impresso nem no site. Surgiu assim o canal CONTIGO! Na Parada. O primeiro passo foi criar um plano editorial para o Na Parada: missão, conceito, análise de pontos fracos e pontos fortes. Tudo aprovado pelos orientadores e com base em palestra de Bia Mendes,
foram muitas – tantas que ficou difícil chegar a um consenso. A Tá no iPod é uma ferramenta que traz as músicas que uma celebridade tem em seu MP3. A ferramenta funciona com os mesmos comandos e a mesma interface de um iPod real, porém o usuário pode escutar apenas
A atriz Gigi Monteiro encarnou a roqueira Courtney Love para o ensaio da nova seção Atitude Pop
Missão Elaborar projeto de conteúdo cultural multiplataforma com extensão em papel
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Quem fez? > Alexandre Salvador TEXTO
> Bruno Meier TEXTO
> Raquel Borges TEXTO
> Paula Fabris DESIGN
> Bernardo Mangaravite
VÍDEO
> Diogo Salles FOTO
Quem orientou? > Felix Fassone DIRETOR DE REDAÇÃO
> Giuliano Girondi CONSULTOR DE MÍDIAS DIGITAIS
Palavra do orientador "CONTIGO! Na Parada foi uma ideia renovadora para o site, pois trouxe a música e os músicos como foco editorial."
foto: Diogo Salles
FÉLIX FASSONE
Música em várias versões 1. A página
<< 52
do Na Parada reúne as seções criadas para explorar a relação das celebridades com a música
1
2.
reprodução
Para ligar as duas mídias, destaques do site viram notas na seção Antena da revista
2
30 segundos de cada canção. Caso queira ouvi-la por inteiro, ele tem a opção de comprar o arquivo. Com isso, o site de CONTIGO! pode fechar parcerias com gravadoras, portais e operadoras de celulares. Para esse projeto, o repórter Alexandre Salvador foi saber o que os artistas gostam de ouvir enquanto se exercitam ou estão em casa ou no carro. Enquanto isso, a designer Paula Fabris cuidava do layout da nova ferramenta do portal. PLUG 2009
Girondi ressaltou que os leitores de uma revista ou um site especializado em celebridades sempre têm a curiosidade de ver os famosos em diferentes situações, destacando a importância das imagens para o projeto. Seguindo a dica, o grupo criou o Atitude Pop, ensaio fotográfico no qual uma celebridade incorpora um astro do mundo da música. A principal dificuldade foi encontrar um famoso que estivesse disponível para passar um dia in-
teiro numa sessão de fotos. A repórter Raquel Borges e o fotógrafo Diogo Salles correram atrás de produção, locação, maquiador e tudo mais para transformar a atriz Gigi Monteiro na roqueira Courtney Love. Enquanto isso, Bruno Meier produzia a Palinha. Nessa seção, a ideia era mostrar uma banda se apresentando para o público de maneira descontraída, mesclando bate-papo e música. A banda Trupe, do ator Raoni Carneiro, gravou
3.
Você pode ouvir as canções que um artista famoso tem no MP3. Espaço, quem sabe, para uma parceria com gravadoras
3
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4.
reprodução
Vale até pedir para um famoso cantar no chuveiro
reprodução
4
sua participação em um programa divertido e cheio de imprevistos. Durante a gravação, um dos geradores de luz pegou fogo – mas calma, não houve feridos! Para aumentar a interação com o site, o grupo criou o Agora É Sua Vez. A primeira a participar foi a cantora sertaneja Beth Guzzo, que convidou o público a mandar vídeos imitando sua performance no palco. Outra parte bem-humorada do projeto é o No Chuveiro, esquete di-
vertida na qual uma celebridade improvisa uma cantoria no banho. O humorista Evandro Santo, o Christian Pior do programa Pânico na TV, aceitou o convite para participar e, em frente às câmeras, soltou a voz cantando Madonna enquanto a edição satirizava o filme Psicose. O grupo sugeriu que o projeto desenvolvido para o site tivesse um espaço na revista dentro da seção Antena, que já faz parte da publicação. Com
isso, os leitores dos cerca de 170 mil exemplares de CONTIGO! vendidos semanalmente saberiam o que rola no Na Parada. O objetivo é chamar o leitor para o site e o internauta para a revista. “CONTIGO! Na Parada foi uma ideia renovadora para o site, pois trouxe a música e os músicos como foco editorial”, comentou Fassone. De acordo com o diretor de redação, o mais importante foi conquistar um novo público de 20 a 30 anos. PLUG 2009
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Rede de tricô O canal Do Meu Jeito, do portal M de Mulher, se adapta ao perfil das usuárias para entregar as noticias que elas querem texto Luciana Oliveira design Marina Brant
D
urante o Curso Abril, um dos assuntos mais falados eram as redes sociais. Para o grupo das publicações semanais, elas não foram só um meio para concretizar o projeto, apurando e descobrindo personagens. Foram a própria missão da equipe. No primeiro encontro, Demetrius Paparounis, diretor de núcleo, Renata Deos, editora-chefe do M de Mulher, e Kika Gianesi, diretora de arte, listaram as possibilidades para um novo canal no portal feminino. O foco era criar “um ambiente na web para mulheres compartilharem experiências e desafios do dia a dia”. Era necessário criar na web um espaço aconchegante e convidativo o suficiente para integrar as cerca de 2 milhões de usuárias do portal. Na prática, os alunos do curso que utilizam redes sociais como hobby teriam de idealizar a interface e o funcionamento desse espaço.
PLUG 2009
ilustração: Henrique Barone
Flora e Donatela, da novela A Favorita: juntas por vontade das internautas
Na primeira semana, o grupo já es- so foi dar trabalho à designer Marina tava trabalhando a pleno vapor. Aqui Brant, que, escutando as sugestões do vai a explicação: visitas aos chamados grupo, criou o layout da rede social, “datalistas” para entender o que é data- batizada de Do Meu Jeito. As páginas base marketing. Pedro Zaborowszy, um internas serviram de exemplo das ferdos analistas de marketing da Editora ramentas criadas: um “caderno de reAbril, pesquisou nomes de mulheres ceitas” que as internautas usariam para aleatoriamente no banco de dados para catalogar as suas favoritas e sugeri-las demonstrar de quanta informação so- a outras mulheres. A ideia está entre as bre os brasileiros a editora dispõe. O objetivo é descobrir gostos e Para se concretizar, hábitos das internautas para conseguir o projeto poderia tirar proveito dos aquela sensação de “Ah, eu estava dados de cerca de mesmo querendo ler sobre isso!” 28 milhões de pessoas cadastradas. A expectativa é que que Paparounis pretende usar no M de o M de Mulher possa descobrir gostos Mulher em, no máximo, dois anos. e hábitos de suas leitoras para lhes Enquanto isso, o designer Henrique oferecer conteúdos personalizados. Ou Barone desenhava personagens de animelhor, aquela sensação de “Ah, eu es- mação e se deliciava com o roteiro de tava mesmo querendo ler sobre isso!”. um novo final para a novela A Favorita. Oferecer o que a leitora deseja. Estava Esse seria o espaço mais divertido do delimitado o desafio. O próximo pas- novo canal: as leitoras não dariam
Cada mulher com seu jeito
Missão Criar um ambiente na web para troca de experiências entre mulheres no dia a dia
Quem fez? > Luciana Oliveira TEXTO
> Thiago Bronzatto TEXTO
reprodução
As usuárias colocam suas informações pessoais, e o site indica a dieta mais adequada
> Henrique Barone DESIGN
> Marina Brant DESIGN
> Paola Máximo FOTO
Quem orientou? > Demetrius Paparounis DIRETOR DO NÚCLEO SEMANAIS
> Renato Deos EDITORA-CHEFE MdeMULHER
> Kika Gianesi DIRETORA DE ARTE DO NÚCLEO SEMANAIS
Um livro virtual para compilar na internet, pra todo mundo ver, as receitas prediletas
pitaco só no velho “comente esta matéria”; elas poderiam sugerir finais diferentes e vê-los na internet. Para criar essas ferramentas, a equipe precisava saber do que as internautas mais sentiam falta em sites femininos. Para os jornalistas Luciana Oliveira e Thiago Bronzatto, acabou sendo a etapa mais apaixonante do projeto – percorrer a Grande São Pau-
Nos fóruns das novelas, podem-se sugerir novos desfechos. Os mais votados ganham versão animada
lo para tomar um cafezinho com as leitoras do M de Mulher. O resultado não poderia ter sido outro: confirmar que para cada uma delas poderia haver um site “com uma experiência única de navegação”, como Paparounis explicou desde o primeiro encontro, quando a frase ainda não fazia sentido; um site diferente, com toque especial, do jeito de cada uma delas.
Palavra do orientador “Uma rede social é tudo o que falta para que o M de Mulher não seja só o maior portal feminino do Brasil, mas também o que mais conhece cada internauta.”
Demetrius Paparounis
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Exercícios físicos e outras dicas no primeiro aplicativo da Men's Health para iPhone texto Felipe Carneiro e Frederico Machado design Letícia Pires
D
epois de mais um longo dia de serviço, duas horas de treinamento pesado na academia. Na volta pra casa, um trânsito intenso o espera. Você olha para o relógio e vê que vai se atrasar para aquela festa chata do trabalho para a qual seu chefe o “convidou” e à qual você não pode deixar de comparecer. “Só passar em casa rápido, comer alguma coisa, tomar um banho e ir.” Bom seria se tudo fosse tão simples assim. “Devo comer só uma fruta para repor as energias gastas com os mais de 300 abdominais que fiz ou uma lasanha congelada para ‘forrar a barriga’ e poder beber mais? Vou de camisa polo ou de social e gravata? Como dar uma escapadinha das conversas sobre tecnologia da informação e arrumar um jeito de me aproximar
PLUG 2009
Foto: Ivan Berger Modelo: Carlo Porto Produção: Gabi Comis
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daquela gerente do RH que vive me conselho certo para cada ocasião. Basta dando mole sem parecer arrogante?” percorrer as tags – palavras-chave que Você sabe que as respostas estão todas organizam a informação – no aplicaem sua coleção de MEN’S HEALTH em tivo, e a resposta aparece em algumas casa, mas em qual edição? Em que poucas frases, fotos ou vídeos. página? Essas perBatizado de MH5, o programa guntas não fazem mais sentido no é uma espécie de consultor pessoal terceiro milênio. sabe-tudo, sempre pronto Por isso, você vai resolver seus propara dar o conselho certo em cada blemas enquanocasião – até para a balada to caminha até o carro, ali mesmo, com o iPhone no bolso. Foi pensando nessa rotina maluca do Basta acessar o aplicativo MH5 Bem- homem sem tempo, que tem acesso à Estar em Cinco Segundos e mergulhar nas informação de várias maneiras e ainda dicas rápidas enquanto o manobrista assim vive cheio de dúvidas, que o grupo não chega. Esse aplicativo, disponível norteou seu trabalho durante o Curso tanto no iPhone quanto na internet, Abril. Nas primeiras conversas, os orienseria uma espécie de amigo sabe-tudo, tadores deixaram claro: a MH não é feita um oráculo sempre disposto a dar o para ser lida, mas para ser usada. Nada
Os benefícios são visíveis Nada de textos longos. Para convencer, o melhor é mostrar exercícios em vídeos
Missão Produzir e distribuir conteúdo MEN'S HEALTH em plataformas móveis
Quem fez? > Felipe Carneiro TEXTO
> Frederico Machado TEXTO
> Letícia Pires DESIGN
> Luiz Felipe Monteiro DESIGN
> Diogo Salles FOTO
Quem orientou? > Airton Seligman Diretor de redação
Reprodução
> Wilson Weigl
melhor que também usá-la no celular e na internet, duas plataformas bem conhecidas pelo leitor da revista. Suportes definidos, hora de explorar as possibilidades de cada um. Para não ficar apenas no campo das ideias, uma pauta multimídia foi pensada. Os repórteres, o fotógrafo e o cinegrafista foram ao Clube Pinheiros, onde César Cielo despontou para a elite da natação mundial, a fim de conhecer as técnicas do exercício funcional, um treinamento que teve origem no esporte de alto rendimento e virou mania nas academias. Depois, consultaram profissionais de educação física para mostrar como a técnica pode ser adaptada à atividade física diária do leitor de MEN’S HEALTH por meio de vídeos, galerias de fotos, podcasts e links relacionados. Enquanto isso,
Na versão para iPhone, tudo simples e direto
os designers trabalhavam para acomodar as novidades, desenvolvendo um novo layout para o site, de navegação mais fácil e que valorize o MH5. O celular, ou melhor, o iPhone também ganhou um portal da MEN’S adequado às particularidades do aparelho. Pronto. Site com novo layout, portal da revista no iPhone e um aplicativo disponível nas duas plataformas que levam o conteúdo da MEN’S HEALTH ao usuário de maneira simples, onde ele estiver. Depois, uma matéria para mostrar como é possível tratar o mesmo assunto em plataformas diferentes. O que fica para a Abril? “Claro que vamos levar algo do trabalho deles. Eles foram selecionados em uma geração que está por dentro das mídias digitais e nos deram uma contribuição muito rica”, afirma Airton Seligman, diretor de redação.
editor
Palavra do orientador "O pessoal do curso funcionou como um tubo de oxigênio para arejar e sacudir nosso caminho pela internet, que é obrigatório e inevitável.” AIRTON SELIGMAN.
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o desfile foi feito para você Com o TopModa, criado para a ABRIL DIGITAL, o internauta vê o melhor da passarela e até monta seu modelito texto Leo Branco e Giselle Hirata design Maíra Miranda
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urante a primeira semana e no mundo. Percebeu-se que a maior do Curso Abril, era mais parte dos cliques era de mulheres entre fácil encontrar o grupo 18 e 50 anos. Para atingir faixas etárias da ABRIL DIGITAL pelos tão díspares – e possivelmente com corredores da Bienal do Ibirapuera do diferentes níveis de conhecimento que nas palestras. A missão deles era sobre moda –, o portal deveria ofereplanejar e executar a cobertura de um cer conteúdo relevante e fácil de ser evento de moda em tempo real: a 25ª compreendido por todos os grupos. São Paulo Fashion Week, que começara Ficariam de fora os preciosismos e os no domingo 18 de janeiro. Uma O primeiro desafio cumprido: cobrir votação interao vivo a São Paulo Fashion Week na da redação do portal Abril. e criar ferramentas que permitissem com escolheu a participação da audiência o tema, já que era permitido o uso de soluções ori- jargões do ramo. Daí partiu a missão ginais para a cobertura de eventos. A do site, que pretende desmistificar esse desafio, a equipe somou outro: o mundo fashion para quem é leigo produzir conteúdo para um canal que mas tem interesse no assunto. tivesse informações sobre os principais Um site que propõe uma abordagem eventos de moda do Brasil. acessível dos conteúdos deve facilitar Nascia o conceito do Abril TopModa. a navegação do internauta. Assim, a Para concebê-lo, foi preciso pesquisar estrutura do Abril TopModa previu a audiência e a estrutura dos canais a classificação do conteúdo em tags, de moda que são referências no Brasil palavras-chave que permitem encon-
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Missão Planejar e executar a cobertura de um evento de moda em tempo real
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Quem fez? > Giselle Hirata TEXTO
> Karolina Pinheiro TEXTO
> Leo Branco TEXTO
> Eduardo Mendes DESIGN
> Conrado Braga MÍDIAS DIGITAIS
> Paola Máximo FOTO
> Ananda Moraes VÍDEO
Quem orientou? > Aline Sordili GERENTE DE CONTEÚDO
> Daniel Tozzi EDITOR DA ABRIL DIGITAL
> Carolina Hungria EDITORA-ASSISTENTE
> Renata Aguiar DESIGNER
Palavra do orientador "O fundamental foi a equipe entender que, neste projeto, a adoção e a criação de ferramentas originais para o site eram mais importantes que a produção de reportagens." DANIEL TOZZI
foto: Ag News
Das passarelas da São Paulo Fashion Week saiu o primeiro site da Abril totalmente dedicado a moda
Moda passo a passo << 60
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1
reprodução
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trar, em uma página específica e atualizada automaticamente, tudo que está disponível sobre determinado assunto. Em outro plano, o site se propõe estar bem localizado em páginas de resultados do Google. Para isso, a equipe aplicou técnicas de SEO (otimização de buscadores, em inglês), que definiram os termos utilizados no site, seja nos títulos e topos das páginas, ou em nomes de seção, entre outros. PLUG 2009
O conteúdo obedeceu a uma regra: apesar de semelhantes a outros portais de moda, as seções trariam soluções originais. As galerias de fotos do TopModa possuem uma ferramenta que aproxima o zoom da imagem, permitindo que o internauta veja os detalhes das roupas. Elas também têm filtros que separam as fotos por cores, tendências e grifes. Tudo isso facilita a vida do internauta, que pode
escolher, entre tantos recursos visuais, aquele que mais lhe agrada. Além de contar as tendências em textos de críticos de moda, no TopModa elas foram separadas em infográficos que estimulam o uso da moda das passarelas de maneira prática, no trabalho ou no lazer. Para acessar as informações dos desfiles em tempo real, o TopModa propõe a utilização do CoverIt Live, uma ferramenta de chat gratuita
1.
O Abril TopModa torna o mundo fashion acessível para as internautas. Em Tendências, elas encontram dicas de acessórios, com preços e indicações de pontos de venda
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4
4.
Para cobrir em tempo real os desfiles da SPFW, o site usa o programa Coverlt Live, que permite o envio de comentários via Twitter, fotos e vídeos
2.
No Jogo da Estilista, a internauta pode escolher a estampa e o tecido para montar seu modelo de roupa ideal
5.
É obrigatório para um site de moda ter galerias de fotos de desfiles e tendências. No Abril TopModa, as imagens têm visualização aproximada e filtros para que o internauta veja somente as fotos que desejar, seja por cores, grifes ou peças
3.
5
e disponível na internet que permite o envio de fotos, vídeos e mensagens via Twitter para a sala de bate-papo. Entre outras interatividades, o usuário pode ainda montar sua peça de roupa em um jogo virtual, votar em enquetes, deixar sua opinião em murais e testar seus conhecimentos sobre moda. Nos vídeos, a proposta era ir além da cobertura dos desfiles e abordar a moda fora das passarelas por meio
reprodução
A seção de vídeos vai além da cobertura dos desfiles. O foco é mostrar a influência das passarelas no look dos visitantes da SPFW e o que pensam os profissionais da semana de moda
de linguagens audiovisuais inovadoras. Foram criadas duas séries de vídeos: uma sobre a vida de trabalhadores na Semana de Moda de São Paulo e a outra sobre a influência das tendências em looks de visitantes na SPFW. Todas essas iniciativas visaram a um site que tivesse agilidade de atualização, flexibilidade de edição e acessibilidade na leitura e na navegação, características-chave para um canal
que se propõe como referência em moda no Brasil. Entre as ferramentas que podem ser usadas pela Abril Digital, de acordo com o editor Daniel Tozzi, estão o sistema de tags por todo o conteúdo do site, os filtros de busca de imagens de galeria, além das páginas permanentes para as grifes. “Se tivéssemos de colocar o site no ar hoje, estaríamos em estágio bem adiantado de desenvolvimento”, diz ele. PLUG 2009
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RECREIO MAIS ANIMADO
Oi, eu sou o Tuneba. Agora eu me mexo de verdade. Vai lá ver no site!
Quem disse que criança gosta de imagens paradas no site? texto Elisa Tozzi e Juliene Moretti design Fernanda Ribeiro
F
reprodução
ilustrações: Jean Galvão
azer conteúdo para crianças não é tarefa simples. Principalmente para aquelas que nasceram na era digital. Elas acessam a internet, têm milhares de canais de televisão, livros e revistas à disposição. E não são apenas os meios de comunicação que competem entre si. Entram na disputa também doces e brinquedos. Qualquer distração pode ser concorrência. A revista RECREIO, na versão impressa, ocupa posição de destaque nesse mundo de opções: informa, educa e entretém cerca de 850 mil leitores, de acordo com pesquisa do Instituto Verificador de Circulação realizado em 2008. Mas é preciso renovar. Para ter a mesma relevância do mundo real, é vital que a publicação mergulhe fundo no meio virtual.
Hoje, a home da revista está em desvantagem em relação a outros sites para crianças. De acordo com levantamento Ibope/NetRatings, que estuda ranking de sites e portais, Disney Online, a líder, teve média de 903 mil unique visitors por mês em 2008, enquanto o pico de audiência da Recreio Online no período ficou em torno de 100 mil unique visitors. Comparando os demais sites infantis com a página da RECREIO, notase que ela é estática, o que pode ser uma causa para os atuais resultados. E foi exatamente esse o problema apresentado para os alunos do Curso Abril. Eles receberam a missão de criar um canal de vídeos on-line e um conteúdo multimídia, com ênfase na animação, um dos recursos preferidos da garotada.
Mas animar não é um processo fáSegundo Cristiane Yamazato, editora da revista, a linguagem audiovi- cil. Para produzir os cinco vídeos de sual é o caminho mais natural para estreia da RECREIO no mundo das conquistar o público infantil. “Pes- animações, a equipe gastou 24 hoquisas mostram que o consumo de ras só na criação de roteiros e storyvídeos na internet só aumenta, e a boards. Contabilizou 15 horas para a tendência é continuar crescendo. O produção dos vídeos. Somou mais de público infantil está entre os grupos nove horas para a gravação de áudio. E analisados”, afirma Yamazato. Mas penou durante 88 horas para dar vida como chamar a atenção da geração aos personagens estáticos, tirados da multimídia para um canal de vídeos revista – o tempo seria bem maior se fossem feitos novos desenhos. no site da revista RECREIO? Dessa forma, o grupo também O grupo fez levantamento e análise de sites infantis para entender a manteve a identidade da publicação linguagem desses meios e a relação Criar seis minutos de vídeos das crianças com a animados com os personagens internet e, em sites do site exigiu 136 horas de trabalho adultos, para verificar quais são os recursos disponí- dentro do canal. Ao todo, foram 136 veis para as crianças que acessam horas para montar apenas seis miqualquer tipo de informação. Com nutos de vídeos. Por ser tão trabalhoos resultados, a equipe encontrou a sa, a linguagem nunca tinha sido tessolução ideal para adaptar seções já tada pelo núcleo, como diz Cristiane: existentes no meio impresso para a “Esse processo demanda um ‘saber internet: vídeos curtos, de até dois fazer’ que não dominamos por aqui. minutos, com cortes rápidos e se- Além de ter um custo alto”. Conter cos, narradores irreverentes, efeitos custos foi também uma das preocusonoros e a interferências de anima- pações da equipe do Curso Abril. Para completar o projeto, não ções. Dos layouts do site à pesquisa de trilhas sonoras, tudo foi feito pe- adiantaria ter vídeos animadíssimos los alunos, que até se aventuraram se o internauta não conseguisse encontrar aquilo que procura. Para que como dubladores. As animações são eficientes para a criança não perdesse a paciência suprir a necessidade de imagens e buscando seu vídeo preferido, a prioações impossíveis de ser realizadas ridade para o layout do site foi a facirealmente. Também são compatíveis litação da navegabilidade. Os vídeos com as mídias digitais, pois os arqui- mais legais, os mais vistos e os mais vos são menores, permitindo trans- recentes receberam grande destaque missões mais rápidas, além da cria- na home. E, para diminuir a ansiedação de ampla variedade de assuntos. de dos mais apressados, o campo de No caso desse projeto, as animações busca aparece bem no alto. Assim, substituíram cenas que poderiam ser quem sabe, o site da RECREIO não fortes para crianças, como mostrar o termine ganhando a disputa contra movimento da circulação sanguínea a barra de chocolate - ou alguns sites um pouco maiores? dentro do corpo humano. Foram cinco historinhas feitas para o Canal da RECREIO
Missão Criar e produzir conteúdo para canal de vídeos do site
Quem fez? > Elisa Tozzi TEXTO
> Juliene Moretti TEXTO
> Dânue Falcão DESIGN
> Fernanda Ribeiro DESIGN
> Mauro Kawasaki DESIGN
> Carolina Freitas FOTO
> Bernardo Mangaravite AUDIOVISUAL
Quem orientou? > Fernando Ramos DIRETOR DE ARTE
> Cristiane Yamazato EDITORA
Palavra do orientador “O resultado positivo foi decorrência do planejamento e envolvimento do grupo, que encontrou soluções eficazes para cumprir o desafio proposto.”
CRISTIANE YAMAZATO
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próprio Papel
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Na minirrevista, os alunos do grupo da GLOSS falaram para um público especial: eles mesmos texto Alessandra Moura design Maíra Miranda
L foto: Felipe Russo
Ícone entre as garotas ligadas em tecnologia, a blogueira Marimoon virou capa do especial
PLUG 2009
ogo no primeiro dia do Curso Abril de Jornalismo foi apresentada a missão: “Criar e produzir conteúdo editorial para suplemento da revista GLOSS”. A equipe, então, começou suas atividades como em todo início de produção jornalística: brainstorming. O auxílio em assuntos, pautas e projetos editorial e visual veio com os argumentos de Angélica Santa Cruz, diretora de redação, Sandra Soares, editora de comportamento, e Eliane Testone, editora de arte. O formato do trabalho foi proposto pelas orientadoras como forma de relacionar novidades na revista com o curso. “Iniciamos, neste ano, uma série de suplementos especiais encartados na revista, lançados em fevereiro e março. É um formato que faz sucesso e tem dado bastante certo, por isso queremos experimentar mais. O projeto realizado durante o curso foi bom para sugerir ideias nesse caminho”, afirma a editora Sandra Soares. A escolha do tema também ficou a cargo das editoras. “O assunto ‘tecnologia’ foi escolhido porque tem tudo a ver com a leitora da revista, que é internauta e está inserida no universo tecnológico”, diz Sandra. Além desse perfil e do contínuo acesso à internet, o público de GLOSS é composto de mulheres entre 18 e 28 anos das
reprodução
classes econômicas A e B. As jovens como um editorial de moda. Exemplo são escolarizadas e, na maioria, cursam dessa preocupação está na matéria faculdade ou enfrentam o início da car- sobre garotas viciadas em internet. reira profissional. “Leitoras”, inclusive, O tema pode parecer pesado, mas estavam presentes na editoria – as a concepção visual revela a sacada. cinco garotas da equipe se encaixam no Que tal colocar essas mulheres no perfil e são consumidoras da revista. meio da rua com seus computadores Assim, as componentes da editoria no colo? E lá foram elas, em plena AveGLOSS avistaram seu principal de- nida Paulista, no centro de São Paulo, safio: falar para um público ao qual vestidas de pijama, para mostrar seu pertencem sobre um tema cotidiano vício às leitoras da revista. em sua vida. Afinal, trazer à tona seus E, de fato, a matéria encontrou suas próprios interesses e dúvidas pode leitoras – e seus leitores. Todo o conparecer cômodo, mas ao mesmo tempo teúdo do suplemento pode ser lido nas exige reflexão. Foi preciso repensar se determinados assuntos e ideias eram individuais ou coletivos. E, especialmente, se os temas abordados no especial impresso seriam úteis ao universo virtual no qual a leitora está imersa. Foi justamente essa onipresença tecnológica que guiou a produção do suplemento. Pesquisas, entrevistas, busca por fontes, foram muitas as atividades realizadas pela internet, por e-mail, Twitter, Orkut, FaceUma garota sentada no meio da book, Flickr e, espeavenida com um notebook. Por quê? cialmente, Google. Porque a GLOSS exige surpresas Diversos sites e blogs foram indicados, descobertos e lidos, resultando páginas do material, que foi impresso em notas, dicas e seções de consumo e entregue no dia do encerramento do nas páginas da revistinha. curso. Com o produto final em mãos, Muitos temas do universo de GLOSS, as orientadoras consideram que a como moda, estilo e beleza, foram abor- editoria GLOSS do Curso Abril realizou dados no material, sempre com o en- um trabalho com qualidade editorial, foque da internet. Todas as matérias apto a ilustrar as páginas da revista. têm indicação de sites – uma forma “Encartar o suplemento integralmente de ligar o conteúdo impresso ao meio vai ser difícil. Mas ficamos contentes virtual. Também foram tratados assun- com o resultado. Pretendemos utilizar tos como investimento online na bolsa parte do material produzido, seja em de valores, blogueiros bem-sucedidos, forma de notas ou mesmo de matépaquera na web, novidades tecnológicas rias”, diz Sandra Soares. e tecnologias “retrô”. Para quem não leu o suplemento, O suplemento revela, ainda, outra fica a dica: uma das notas feitas já foi atitude de GLOSS captada pela equipe: reaproveitada na seção Mundo da edimesmo quando o tema da matéria ção de março (número 18, capa com é um alerta, o visual deve ser tratado Juliana Paes) de GLOSS. Confira!
Missão Criar e produzir conteúdo editorial para suplemento de tecnologia
Quem fez? > Alessandra Moura TEXTO
> Maria Luiza Lara TEXTO
> Paula Rothman TEXTO
> Danielle Cruz DESIGN
> Gabriela Vergaças DESIGN
> Felipe Russo FOTO
Quem orientou? > Angélica Santa Cruz DIRETORA DE REDAÇÃO
> Sandra Soares EDITORA DE COMPORTAMENTO
> Eliane Testone EDITORA DE ARTE
Palavra do orientador "Ficamos contentes com o resultado. Pretendemos utilizar parte do material produzido, seja em formato de notas ou mesmo de matérias." SANDRA SOARES
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VEJA, LEIA E ACESSE
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Planejada do começo ao fim, uma reportagem multimídia feita pela mesma equipe para VEJA e Veja.com
foto: Pedro Silveira
texto Caio Barretto Briso e Luís Guilherme Barrucho design Maíra Miranda
Pela primeira vez no Curso Abril, o projeto prático uniu as mídias impressa e digital
PLUG 2009
Missão Planejar e executar uma cobertura jornalística multimídia para a revista VEJA e o portal Veja.com
Quem fez? > Caio Barretto Briso TEXTO
E
screver uma reportagem as paredes entre as redações. VEJA para a maior revista do e Veja.com têm repórteres exclusivos Brasil já seria um grande e reuniões de pauta separadas. Por desafio. O projeto da equipe outro lado, Gerosa conversa diariaVEJA/Veja.com foi além. Ao realizar mente com o diretor de redação de uma cobertura jornalística multimí- VEJA, Eurípedes Alcântara, para que dia, o grupo viveu na pele as dificul- o conteúdo divulgado no site não vá de dades com que veículos do mundo encontro ao da revista – e vice-versa. A inteiro deparam. A primeira delas: prática da boa vizinhança evita repecomo contar uma única história para tição de matérias, acesso às mesmas dois mundos, o impresso e o virtual, fontes e informações truncadas. Mas à primeira vista tão distintos? Em se- ainda não é suficiente. “Acredito que guida, surgiu outra pergunta: os jovens O grupo foi em busca de uma jornalistas estão resposta: o que professores e escolas prontos para esse desafio? Para cum- estão fazendo para se adaptar ao prir a proposta, foi novo aluno do século 21? necessário, pela primeira vez, que as editorias de VEJA teremos uma união completa apenas e Veja.com formassem uma só. Até quando houver uma plataforma única 2008, elas estavam divididas em dois que sirva tanto ao conteúdo impresso projetos no Curso Abril de Jornalismo. quanto à internet”, disse Gerosa. Seria “É uma necessidade da publicação parte da solução para diminuir o desque a revista e o site estejam cada compasso entre as mídias impressa vez mais próximos”, afirma Roberto e virtual. Por isso, não é de hoje que Gerosa, editor-executivo de Veja.com. especialistas correm contra o tem“E essa integração está alinhada com po para desenvolvê-la. Um exemplo os objetivos da empresa na área de tímido dessa convergência, segundo mídia digital”, acrescenta. Ele e Ká- Gerosa, é o e-book, dispositivo em que o tia Perin, editora do site, orientaram usuário pode ler e baixar livros. Resta, a equipe, formada por quatro jorna- no entanto, adaptá-lo a jornais e revislistas, duas designers, um fotógrafo e tas brasileiras, além de diminuir seu um profissional de rádio e TV. custo e produzi-lo em larga escala. Algo A tão propalada evolução tecnoló- pouco provável de ser estabelecido, a gica, no entanto, ainda não derrubou curto prazo, no país, onde a população
> Kleyson Barbosa TEXTO
> Luís Guilherme Barrucho TEXTO
> Sofia Krause TEXTO
> Carolina Eitelberg DESIGN
> Maíra Miranda DESIGN
> Vitor Brunoro RÁDIO/TV
> Pedro Silveira FOTO
Quem orientou? > Jadyr Magalhães REPÓRTER DE VEJA.COM
> Katia Perin EDITORA DE VEJA.COM
> Roberto Gerosa EDITOR EXECUTIVO DE VEJA.COM
Palavra do orientador "Uma equipe multidisciplinar, como a de VEJA e Veja.com, mostra que é possível produzir uma reportagem que integre revista e internet se for planejada desde a pauta.” ROBERTO GEROSA
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O desafio no papel 1.
educação
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Quem vai ensinar – e o Quê – a eles? internet, Skype, blogs, GPS, lousas interativas e simuladores 3d: nada disso é novidade para o aluno do século 21. A pergunta é se professores e escolas já se adaptaram a esse novo aluno ou se ainda lecionam como no século passado
Computadores de um lado, livros do outro: o dilema do ensino do século 21 foi retratado numa reportagem de dez páginas para a revista VEJA
Caio barretto briso, kleyson barbosa,
2.
Pedro SilveirA
reprodução
luís guilherme barruCho e sofia krause
Geração multimídia Alunos utilizam biblioteca da escola para navegar na internet. Livros ficam em segundo plano 68 |
18 de fevereiro, 2009 |
≤
≤ ≤ || 12 18 de de novembro, fevereiro, 2009 2008 | 69
Para a versão impressa foram produzidas fotos e infográficos que mostram a necessidade de um professor adaptado às novas tecnologias
A solução no virtual 1.
com acesso à internet não ultrapassa os 40 milhões de pessoas. A integração das duas plataformas criou novos desafios para o trabalho do grupo. “Os projetos até então eram muito mais focados. Era mais fácil tanto para orientar quanto para o grupo realizar. Neste ano a dimensão PLUG 2009
foi maior, e a necessidade de organização da equipe também”, disse Kátia. Coube aos oito profissionais escolhidos desenvolver a pauta “Novas tecnologias e educação”. A equipe foi em busca de uma resposta para a pergunta: o que professores e escolas estão fazendo para se adaptar ao novo aluno
2 reprodução
ilustração: João Ferraz
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O hotsite exibe perfis do aluno, do professor e da sala de aula do futuro, sem lousas nem paredes. O conhecimento viajará pela rede, e a interação aumentará
do século 21? Alguns dos maiores especialistas do Brasil, dos Estados Unidos e da Europa foram entrevistados por telefone ou e-mail e, somados ao restante da apuração, renderam uma reportagem de dez páginas. Havia, ainda, outra preocupação: o conteúdo do site. Ele precisava trazer
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3.
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Os alunos podem enviar vídeos para o site e contar o que suas escolas têm feito de mais inovador. Os pontos coloridos no mapa marcam a localização das instituições
3 foto: Pedro Silveira
concepção: Alec Couros; ilustração professor: João Ferraz; ícones: Giuliano Muccioli
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algo que a revista não pudesse reproduzir no papel, e não ser um mero depósito do que sobrou da parte impressa do trabalho. Pensando nisso, os alunos criaram um hotsite interativo. Com base nas projeções dos especialistas entrevistados, o grupo desenvolveu o que seria a sala de aula do futuro,
Em entrevistas gravadas, crianças e adolescentes revelam o que esperam da escola no futuro. Há pedidos por recreios mais longos e até por aulas sem a presença de professores
na qual o internauta pode acessar vídeos – alguns deles colaborativos – e encontrar informações que vão além do conteúdo da revista. Para os orientadores da equipe, o resultado foi positivo. “Os alunos deram conta de mostrar que o jovem jornalista deve ser capaz de lidar com
várias mídias”, diz Kátia. Tal avaliação permitiu que o projeto ganhasse a tela do computador de milhões de brasileiros: depois de um mês, ele foi ao ar no site Veja.com e pode, hoje, ser acessado pelo buscador do site. Basta digitar “a escola do futuro” e navegar pela sala de aula virtual. PLUG 2009
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personal trainer
A versão virtual de BOA FORMA precisava ficar mais leve e atraente. A receita da transformação: descobrir o que a internauta queria texto Gustavo Simon design Eduardo Bessa
foto: Felipe Russo
Leitoras foram convidadas para contar como conseguiam manter a forma
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A
missão da editoria era pro- De cara foram propostas atualizapor o redesenho do site ções semanais; a criação de uma de BOA FORMA, um dos por- TV flash, uma sequência animada tais mais bem-sucedidos da de notícias que são destaque na home, casa, entre os top 10 em número de e um menu de canais superior que page views. A exemplo do que bus- abrisse mais espaço para conteúdo cam as leitoras da revista, a página e publicidade mas que ajudasse a tortambém passaria por um processo de nar o visual clean. transformação para ficar ainda mais Na sequência, o grupo buscou rebonita – nesse caso específico, com ferências em grandes sites de fitness, novas ferramentas e soluções de design beleza e conteúdo feminino para interessantes, capazes de aumentar descobrir ferramentas modernas o número de visitas e trazer maior e interativas. E, com base em uma rentabilidade comercial. pesquisa do próprio site, analisou O primeiro passo foi destrinchar as vontades e aspirações das internauo site, em conjunto com os orienta- tas para selecionar o que de melhor dores, para detectar o que funcionava bem, O site antigo ainda dependia do o que poderia melho- conteúdo impresso e acabava rar e o que deveria sair. desatualizado. No novo projeto, Um dos problemas encontrados foi a grande a interatividade estimula as dependência em relação pessoas a voltarem sempre ao conteúdo impresso. Os principais destaques da página, poderia ser usado para elas. Conhecer que remetiam às matérias da revista, as leitoras, afinal, é fundamental. Foficavam estáticos. Como BOA FORMA ram criados, então: é mensal, eles assim permaneciam por >> Para as que querem emagrecer, mais de três semanas. Resultado: um uma seção personalizável que se torsite frio, a despeito do conteúdo vibrante nasse um espaço exclusivo da inter– e de boas iniciativas, como um bem nauta dentro do portal, com direito desenvolvido canal de vídeos. a gadgets de outros sites e notícias di-
Missão Redesenhar o site pensando em uma nova distribuição de conteúdo, novas ferramentas para fidelização da usuária e meios de trazer renda
Quem fez? A home foi dividida em blocos temáticos e ganhou ferramentas que permitem personalizar o conteúdo
> Gustavo Simon TEXTO
> Ricardo Helcias TEXTO
> Eduardo Bessa DESIGN
> Fernanda Ribeiro
reprodução
DESIGN
> Felipe Russo FOTO
rigidas. E mais interação: aproveitando o arquivo de matérias de BOA FORMA, a usuária teria indicados uma dieta e um plano de exercícios e poderia conferir de hora em hora no portal os próximos passos de seu desafio; >> Para as esportistas, um guia de academias e pontos de caminhada, em possível parceria com serviços como GoogleMaps, MapMyRun e Associação Brasileira de Academias. Além de dar indicações, as internautas poderiam trocar experiências sobre cada ponto; >> Para as que adoram experimentar receitas saudáveis, uma seção inteligente, antenada com a rotina do usuário para sugerir as melhores receitas de acordo com o dia da semana e o horário da visita; >> Para as fãs das estrelas da capa, espaço para baixar a playlist do treino das famosas; >> Para as que só se inspiram com a ajuda de casos do mundo real, galerias de fotos e histórias de superação de leitoras e internautas.
>> E, para as ávidas por conhecimento sobre saúde e beleza, matérias com atualização semanal. As ferramentas ganharam um layout que valorizou o conteúdo sem deixar de reforçar o principal conceito de BOA FORMA: ajudar a leitora a conseguir um corpo mais bonito e uma vida mais saudável, mostrando que a transformação é possível. No fim, o grupo provou que a transformação do portal também era possível. O projeto de reformulação, que já estava sendo tocado pela redação, recebeu boas sugestões – algumas só não entraram no ar imediatamente depois de recebidas para que a empresa também visse as boas ideias do grupo. Cumpriu-se, pois, a proposta do curso – oxigenar redações e abastecêlas de soluções. Em agosto, quando o novo site de BOA FORMA entrar no ar, 80% do layout e 50% das ferramentas sugeridas pelo grupo devem fazer parte do pacote. O portal continuará, certamente, em muito boa forma.
Quem orientou? > Christina Biltoveni editora de fitness
> Kaio Medau editor de internet
> Deise Coelho editora de internet
Palavra do orientador "Os meninos arriscaram novos ingredientes para o site de BOA FORMA. Acertaram a mão: as matérias ficaram uma delícia!” CHRISTINA BILTOVENI
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a regra do jogo
Como aumentar a audiência fora dos horários de pico? Obedeça aos gostos dos madrugadores virtuais e crie um canal de games como a INFO pediu texto Clara Vanali e Renata Betti design Luciana Martins
D
ois designers ansiosos pela criação, duas jornalistas inquietas para sair às ruas, um fotógrafo louco para fugir das clássicas fotos de estúdio e um projeto que dizia: “Elaborar um site sobre games para a INFO”. A princípio, um tema difícil, já que o único que se deliciava em joguinhos e videogames era o designer Thiago Moura. Para o restante do grupo, um mundo distante e ainda não explorado. Então, por onde começar? Logo na primeira reunião com os orientadores, descobrimos que essa proposta foi feita porque a audiência do site sobre tecnologia se concentrava principalmente em dias úteis, no horário comercial. A ideia, então, era buscar novos usuários que aumentassem o acesso à noite e nos fins de semana. Falar sobre algum tipo de entretenimento parecia ser a melhor solução dentro dos possíveis temas relacionados ao mundo da INFO. A partir daí, o grupo iniciou pesquisas em sites de games para saber como conversar com esse público tão específico, exigente e ávido por notí-
PLUG 2009
cias diárias sobre tendências, mercado de boas histórias. Uma delas é a de um e lançamentos de jogos. O tempo era menino que descobriu a vontade de ser curto e exigia a divisão de tarefas. As piloto após voar por 560 horas em um jornalistas Clara Vanali e Renata Betti simulador online. Com essa pauta, o devoravam informações na internet fotógrafo Pedro Silveira pôde começar e revistas sobre o assunto em busca a mostrar seu talento. Outro bom exemplo de matéria rede boas pautas. Os designers Thiago Moura e Luciana Martins encaravam o alizada para o projeto foi sobre mutrabalho de criar um layout que trans- lheres que gostam de videogames ou mitisse a adrenalina dos games sem trabalham com eles. Três entrevistadas esquecer os padrões da INFO Online, contaram como nasceu o interesse pelos claro e de fácil navegação. jogos e como lidam com o preconceito Mas, afinal, o que os gamers pro- de meninos que não as levam a sério. curam em um portal informativo de Com matérias como essas, o resultajogos? Para descobrir, uma pesquisa nas redes O resultado foi um portal que sociais da internet foi produz conteúdo próprio e não fundamental. Nesse caso, copia dicas de outros sites nos fóruns de videogames. Passamos a bola para os jogadores, do do projeto dos alunos foi um portal e eles rapidamente nos deram dicas de games que se destacou por trazer para a criação do mais novo portal conteúdo próprio, e não informações de de games da internet – o INFO Games. outros sites – o que já existia na rede. Após esse retorno dos usuários, a nossa As notícias não se restringiram ao sorte só aumentou. Ao mesmo tempo universo dos jogos, como dicas e truque acontecia o Curso Abril, São Paulo ques, mas se relacionavam também a recebia o maior evento de tecnologia mercado, perfil do usuário, novidades e do mundo, o Campus Party. No local, o entrevistas com profissionais da área. Centro de Exposições Imigrantes, havia Outra inovação para o canal foi uma arena dedicada aos games e cheia a criação de widgets, janelas em que
A home do INFO Games mostra os destaques do site. Dentro dele o usuário pode navegar em páginas específicas para cada console
Missão Desenvolver um canal informativo sobre jogos para INFO Online
Quem fez? > Clara Vanali TEXTO
> Renata Betti TEXTO
> Luciana Martins DESIGN
> Thiago Moura DESIGN
> Pedro Silveira FOTO
Quem orientou? > Maurício Grego REDATOR-CHEFE DA INFO
> Renata Verdasca ANALISTA DE SUPORTE
Palavra do orientador
reprodução
“O grupo se empenhou em identificar o público-alvo e preparar conteúdo atraente para ele. Esse é o caminho.”
o usuário poderia personalizar sua página e escolher o conteúdo a ser visto no site. Além disso, o canal possibilitou que as notícias estivessem divididas de acordo com os consoles, os aparelhos eletrônicos que executam os games. Sendo assim, o gamer poderia clicar apenas na seção sobre uma plataforma e ler as notícias de seu interesse. Uma experiência que pareceu distante no começo acabou trazendo novos conhecimentos. Para os orientadores da editoria, Renata Verdasca e Mau-
rício Grego, o projeto final mostrou-se dinâmico, atrativo e viável. Por ora, não está prevista a implantação de um canal de jogos na INFO Online. Audiência para o canal não iria faltar. Os games fazem parte de um segmento importante, o de entretenimento, e estão mais próximos de nós do que imaginamos. Seja no celular, na televisão ou no computador, joguinhos são sempre cativantes. Você, por exemplo, vai dizer que nunca se arriscou nas aventuras de um Mario Bros.?
MAURÍCIO GREGO
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de volta ao básico
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Na SUPERINTERESSANTE, a busca por soluções simples para humanizar a revista texto Cecilia Arbolave e Cecília Araújo design Fernanda Ribeiro
foto: Carol Freitas
B
Foto usada no projeto: gente no lugar de ilustrações
PLUG 2009
asta uma folheada em qualJornalismo, design e fotografia tivequer exemplar da SUPER- ram que andar bem juntos ao longo INTERESSANTE para concor- de todo o processo, que começou com dar que ela cumpre a missão uma pesquisa aprofundada de várias de ajudar seu leitor a compreender o edições da SUPER e de outras publimundo que o cerca. Ela não pode ficar cações. No diagnóstico elaborado, a parada. Mas por que uma revista com principal questão levantada foi a necesessas características não optou por sidade de diversificar as vozes dentro aproveitar os alunos do Curso Abril da revista, aumentar a presença de para, assim como as outras equipes, temas comportamentais e culturais e mergulhar no mundo diO objetivo foi trazer para a pauta gital? Porque, apesar de seu conteúdo estar liga- da publicação mais temas ligados do aos assuntos multià cultura e ao comportamento mídia, a SUPER tem uma constante vontade de melhorar o que humanizar o conteúdo. Graficamente, a já faz bem: seu produto impresso. busca se orientou no sentido de reforçar O redator-chefe Sérgio Gwercman a identidade visual, arejar as páginas explica que, nos últimos anos, a de- e utilizar ilustrações mais conceituais manda editorial tem sido imensa e que e menos figurativas, além de ampliar o curso coincidiu com um momento de o espaço da fotografia. Nem tudo que foi apresentado será transição da SUPER: "A revista pretende entrar num processo de reforma gráfica usado, mas as novas ideias e conceitos e de mudanças de conteúdo. Então ajudarão no processo de transformação vimos no curso uma oportunidade de da revista. Gwercman assegura que ele encontrar talentos que nos trouxessem e o diretor de arte Adriano Sambugaro novas ideias." Os alunos tiveram como ficaram muito satisfeitos com o resulmissão apresentar dez páginas com tado final e que ambos vão estudar novas seções e soluções gráficas. algumas das propostas. “A princípio,
O que muda nas seções SuperNovas
Tech na Prática
Coluna de John Tierney, blogueiro do The New York Times, que escreve sobre os desdobramentos sociais de novas descobertas
Os aparelhos mais modernos explicados e aplicados na vida real dos leitores
Compor seções com soluções gráficas e propostas de edição originais
Quem fez? SuperRespostas A seção ganha três novas áreas: >> Como é possível >> A análise sobre fenônemos culturais e comportamentais >> Origem das palavras >> Rápida, direta e auto-explicativa >> Como chegamos >> Infográfico com a evolução de uma invenção
reprodução
Missão
> André Faust TEXTO
> Cecília Araújo TEXTO
> Cecilia Arbolave TEXTO
> Daniela Cadore DESIGN
> Everton Prudêncio DESIGN
> Carolina Freitas vamos levar em consideração as críticas feitas e transpô-las para seções já existentes. Um exemplo é tentar ‘humanizar’ o SuperPapo”, afirma. Na seção SuperNovas, foi mantido o caráter noticioso e sugerida uma inovação: a criação de uma coluna. A sugestão de autor para esse espaço é o jornalista John Tierney, blogueiro e colunista do The New York Times, que escreve sobre descobertas científicas e tecnológicas e seus desdobramentos na sociedade. A escolha de Tierney partiu do tipo de abordagem de seus textos, que se adaptam bem ao estilo da SUPER. Para a seção SuperRespostas, foram apresentadas três propostas de subseções. A denominada Como É Possível faz um tipo de pergunta que leva a explicações de cunho cultural e comportamental. A ilustração que acompanha a matéria reafirma a decisão pelo uso de imagens conceituais. Outra subseção é Origem das Palavras, que, com uma estrutura curta, é usada para dar ritmo às páginas iniciais. A terceira proposta é Como Chegamos, que traz a evolução de uma invenção humana, sempre explorando a infografia.
Já SuperFigura é um espaço onde se conta a história de uma pessoa, possivelmente anônima para o grande público, mas de destaque em sua área de atuação. A seção traz personagens ao mesmo tempo comuns e extraordinários que inspirem o leitor. Ela abre espaço para o uso da fotografia, técnica que o grupo se propôs a fortalecer no projeto editorial da revista. A seção SuperInfo é a reformulação do Pôster, uma subseção já existente. O grupo manteve a dupla, mas acrescentou um conceito à sua estrutura: representar metaforicamente assuntos difíceis de visualizar. No Tech na Prática, foi decidido tratar o tema tecnologia com viés mais humano e comportamental. A sugestão é mostrar como algumas pessoas estão utilizando as diferentes tecnologias pelo mundo, muitas vezes de forma inusitada e curiosa. Para encerrar o pacote de alterações na SUPER, o grupo criou O Planeta Agradece, uma subseção de serviços que apresenta os mais recentes produtos tecnológicos que se propõem a diminuir o impacto ambiental.
FOTO
Quem orientou? > Sérgio Gwercman REDATOR-CHEFE
> Adriano Sambugaro DIRETOR DE ARTE
Palavra do orientador "O Curso Abril coincidiu com um momento de transição da revista. O grupo deu conta do recado com méritos.” SÉRGIO GWERCMAN
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Para não ficar atrás da concorrência, como mostra o projeto de EXAME texto Mariana Amaro design Henrique Barone
foto: Pedro Silveira
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E VÍDEO PARA QUÊ?
A equipe do Curso Abril gravou quatro matérias em vídeo para a web, um formato popularizado pelo YouTube
PLUG 2009
m 2005, o YouTube mudou completamente a relação entre o vídeo e a internet. O barateamento dos antes caríssimos equipamentos para gravação e edição ajudou na explosão do acesso ao site e chacoalhou as empresas de comunicação que insistiam em acreditar que videojornalismo é coisa para a televisão. Elas estavam certas em um ponto: a postura séria e aquele velho padrão de passagens e narração é realmente coisa para a TV. A internet é o local para testar e descobrir novas maneiras de transmitir a informação. Para experimentar esses formatos, ninguém melhor que os jovens, que vivem o momento mais multimídia da história. Como a EXAME teria à sua disposição a vontade de trabalhar de seis exemplos dessa nova geração, nada mais interessante que pedir a eles que desenvolvessem um projeto audiovisual: uma série de reportagens em vídeo sobre um tema pertinente para o leitor que seria hospedado no portal da revista. “A internet possibilita usar diversos meios para transmitir uma notícia. Os vídeos são o exemplo dessa diversidade”, diz Sérgio Teixeira Jr., editor de EXAME, apaixonado por tecnologia e orientador do trabalho de três jornalistas, um designer, um fotógrafo e um midiálogo. “O vídeo leva o leitor imediatamente para dentro da matéria. Não precisa de descrição. Ele mostra o fato e economiza o tempo do leitor”, afirma Teixeira. Não é por menos. A popularidade dos web videos pode ser comprovada em uma pesquisa feita pela consultoria americana Trendstream: em janeiro, durante uma semana, 97 milhões de americanos assistiram a pelo menos um desses vídeos. Escolher o tema de uma série de reportagens sempre é mais complicado do que sugerir uma única pauta.
2
1
Missão Realizar uma série de reportagens em vídeo para o site
Quem fez? reprodução
> Mariana Amaro TEXTO
> Marcio Orsolini TEXTO
1. Fazer vídeos não
2. Elementos como o QR Code
> Manuel Cunha Pinto
basta. O hotsite dá destaque à produção
(código lido pelo celular) integram o conteúdo a outras midias
> Giuliano Muccioli
Encontrar imagens que dialogasO motivo é óbvio: o assunto precisa, necessariamente, render várias pro- sem com as entrevistas e fugissem do postas interessantes com uma cer- senso comum foi a maior dificuldade ta ligação. Depois de descartar pelo do grupo. A salvação foi o enorme banmenos dez sugestões, a eleita foi o co de imagens do YouTube. Durante o processo de edição das celular, por sua representatividade para a comunicação e sua impor- reportagens, surgiu a necessidade de tância para os leitores de EXAME. criar uma identidade para a série, Quando foi lanEm janeiro de 2009, 97 milhões de çado no mercado brasileiro, em americanos assistiram a pelo menos 1983, servia ape- um vídeo na internet numa semana nas para fazer e receber ligações. Isso parece piada já que a intenção do editor era levar o perto dos modelos disponíveis no conteúdo ao ar. Para isso foi desenvolmercado hoje, que conseguem, en- vido um hotsite com design e logotipo tre várias funções, contar batimen- inspirados no iPhone e constituídos tos cardíacos, fazer check-in no ae- com elementos das matérias, como o QR Code. Foram desenvolvidos ainda roporto e ler códigos de barras. A importância desse aparelhinho conteúdos extras: um ensaio fotográna vida moderna foi explorada em fico feito nos bastidores das gravaquatro reportagens. Desde os no- ções, uma lista de reportagens sobre o vos aplicativos para o telefone até o assunto publicadas em EXAME e uma futuro do celular. Um dos entrevis- linha do tempo do celular. Entre as lições aprendidas no Curtados conseguiu explicar em poucas palavras o que ele representa. so Abril 2009, a principal foi dada por Carlos Alberto Teixeira, assessor de Sérgio Teixeira Jr.: “Todas as publicainovação da companhia aérea Gol, ções deviam ter vídeos”. Que atire a disse que, “se uma pessoa esquece a primeira pedra quem nunca parou de carteira em casa, ela não volta para ler uma matéria para assistir ao vídeo pegar. Algum amigo pode pagar seu sobre o mesmo assunto que estava ao almoço. Mas, se essa pessoa esquece lado. Ou, pelo menos, assistiu depois que terminou de ler. o celular, ela volta”.
TEXTO
DESIGN
> Gustavo Forti Leitão VÍDEO
> Pedro Silveira FOTO
Quem orientou? > Sérgio Teixeira Jr. EDITOR EXECUTIVO
> Peri Dias REPÓRTER
Palavra do orientador “O trabalho envolvia vídeo e tinha uma grande complexidade logística, além do tema específico: tecnologia de celulares. Apesar disso, o desempenho do grupo foi excelente.”
SÉRGIO TEIXEIRA JR.
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projeto coletivo
Casa/PRO será ambiente para troca de experiências e contatos entre arquitetos texto Ana Luiza Leal e Nádia Tamanaha design Fernanda Ribeiro
O O Casa/PRO foi feito para ser a rede social do segmento
Casa.com.br é um portal da Editora Abril que oferece ampla cobertura editorial dos segmentos de arquitetura, decoração e design. Em maio, ele registrou 890 mil visitantes únicos, 52% acima do registrado no mesmo período de 2008, e 10,7 milhões de page views. Dada a popularidade das seções de conteúdo colaborativo, como Mostre Sua Casa, Bichos de Estimação e Faça Você Mesmo, pode-se constatar que grande parcela da audiência do site é composta de pessoas comuns em busca de dicas e informações básicas sobre os temas. Por isso, desenvolver um produto para profissionais é uma oportunidade de estreitar o vínculo deles com as marcas CASA CLAUDIA, ARQUITETURA & CONSTRUÇÃO e Casa.com.br e, além disso, levar os anunciantes a um público altamente qualificado. A missão que o grupo Casa.com.br recebeu foi a de desenvolver um proje-
to editorial com foco em redes sociais para profissionais e estudantes de arquitetura e decoração. O objetivo era aumentar e qualificar a participação desse público no site por meio da criação de um clube para promover a troca de experiências. Esse é o foco do Casa/PRO, espaço virtual em que o usuário cadastrado apresenta seu portfólio, tem a oportunidade de interagir com os principais nomes do meio e acessa conteúdos editoriais e serviços específicos. De acordo com o orientador do grupo, o gestor de projetos Jefferson Rubbo, a vontade de trabalhar com comunidades surgiu em 2007. "Utilizamos como referência uma demanda prevista no planejamento estratégico do Casa.com.br – o CasaNetwork, uma rede social para decoradores, arquitetos e estudantes. Tínhamos o embrião do que se tornou o Casa/ PRO e concluímos que o grupo traria boas ideias”, afirma.
foto: Diogo Salles
Missão Desenvolver projeto com foco em redes sociais e clubes patrocinados
Quem fez? > Ana Luiza Leal TEXTO
> Nádia Tamanaha TEXTO
> Felipe Grandinetti DESIGN
> Mirian Alves DESIGN
No hotsite especial, Mauro Munhoz (do Museu do Futebol) mostra seus prédios favoritos em São Paulo, como o Masp
> Conrado Braga MÍDIAS DIGITAIS
> Diogo Salles FOTO
> Ananda Morais AUDIOVISUAL
O projeto foi desenvolvido com base forma, constrói o conteúdo do clube na pesquisa em sites especializados por meio da proposição de tópicos nos internacionais e brasileiros e no diálogo fóruns e da exposição de seus projetos com profissionais da área e de internet. em galerias de fotos temáticas. O usuário também tem acesso a um A linguagem usada por eles na web e os assuntos e serviços buscados nes- calendário de cursos e eventos da área, sas redes também foram objeto de alimentado de forma permanente pela estudo. Após o levantamento, o grupo redação e pelos próprios internautas. constatou que o público “Desenvolver um produto para em questão exige conprofissionais é uma oportunidade teúdo e design de vanguarda. Para atraí-lo, o de levar os anunciantes a um projeto do Casa/PRO traz público altamente qualificado” blogs especializados assinados por grandes nomes e uma seção “O Casa/PRO tem o ousado desafio de sobre o que os expoentes da área fazem, reunir arquitetos e decoradores em além de reportagens especiais em texto, uma rede social digital. Relevância de vídeo e fotografia. conteúdos, serviços, participação em Conceitos como funcionalidade e inte- eventos e relacionamento entre os esperatividade pautaram o desenvolvimento cificadores e os editores do núcleo CASA do Casa/PRO. Como o foco é a troca de & CONSTRUÇÃO são os pilares para experiências, o perfil do usuário inclui atrair e reter os usuários”, diz Rubbo. portfólio, currículo e fotografia. Nesse Outra tarefa solicitada ao grupo foi ambiente, o internauta faz amizades a criação de vídeos para divulgar a mare contatos profissionais. Da mesma ca Casa.com.br. A proposta era fugir do
Quem orientou? > Jefferson Rubbo GESTOR DE PROJETOS DO CASA.COM.BR
> Marcia Carini EDITORA DO CASA.COM.BR
> Marcos Moitas EDITOR DE ARTE DO CASA.COM.BR
Palavra do orientador “Relevância, serviços e o relacionamento entre os profissionais e o núcleo CASA são os pilares para atrair os usuários ao Casa/PRO.”
JEFFERSON RUBBO
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Rede social em quatro passos e um viral << 80
1.
1
Na seção Portfólios, o profissional se apresenta e mostra seus melhores trabalhos aos colegas em rede. A home do Casa/PRO exibe os últimos perfis atualizados
2.
2
reprodução
Tópicos de Discussão é um fórum em que os membros do Casa/PRO propõem e debatem assuntos relacionados à área. Os últimos temas propostos viram destaque no site
institucional e fazer algo leve e engraçado com elementos do cinema. Não foi sem algumas horas de discussões que o grupo chegou a uma premissa simples e compatível com o orçamento – personagens inusitados, como uma freira e um dono de botequim, em busca de soluções de decoração no portal.
Foram produzidos dois curtasmetragens e outros três roteiros que complementam a série. Ao final, os projetos foram divulgados no YouTube e, em duas semanas, tiveram cerca de 1 090 visualizações. O grupo desenvolveu ainda um vídeo em que o arquiteto Mauro Munhoz,
autor do projeto do Museu do Futebol, localizado no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, fala sobre as obras que mais aprecia na capital paulista – lista que inclui o Conjunto Nacional e o Museu de Arte de São Paulo (Masp). Para concluir o especial, pensado como parte do material exclusivo do
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3.
O To Do é um calendário colaborativo no qual membros podem acrescentar eventos e até organizar sua própria agenda
3
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reprodução
4
exclusivo reúne blogs assinados por profissionais renomados e notícias sobre o mundo da arquitetura, design e decoração
Casa/PRO, o grupo produziu fotografias dos locais apontados por Munhoz. Por fim, para hospedar o conteúdo, foi criado um hotsite que, além de disponibilizar todas as imagens, trazia um pequeno perfil do arquiteto. “O desempenho do grupo foi formidável. Os alunos trabalharam
muito bem em equipe e contribuíram com soluções criativas para a proposta”, afirma Jefferson Rubbo. "O resultado será aproveitado na vida real, com algumas alterações que ocorrerão por conta das ferramentas.” O Casa/PRO tem lançamento previsto para novembro de 2009.
reprodução
4. Um dos principais atrativos do Casa/PRO, o conteúdo
5. Bem-humorado, o vídeo viral foi criado para divulgar o site Casa.com.br e recebeu 1 090 visitas em duas semanas
// ARTIGO
A primeira turma, a 25 anos atrás: só revistas, só São Paulo
1984, O CURSO
QUE NÃO TERMINOU
E
por Roberto Gerosa design Maíra Miranda
m 1984, os computadores ainda eram ficção nas redações. Nos Estados Unidos, a Apple lançava o primeiro Macintosh, modelo “portátil” de “apenas 9 quilos” que podia ser “transportado numa sacola”, segundo VEJA. Dá para acreditar nesse conceito de mobilidade? Nós não digitávamos as matérias, datilografávamos em jurássicas máquinas de escrever. Foi numa dessas que batuquei o texto que valeu minha vaga na primeira turma do Curso Abril de Jornalismo em Revistas. Se o objetivo da editora era transmitir o conhecimento acumulado por seus fazedores de revistas, o nosso, um grupo de recém-formados de faculdades de São Paulo, era trabalhar na casa. De preferência em VEJA. Roberto Civita, então diretor-superintendente da Abril, deu a aula inaugural. O assunto: publishing. Nós éramos irritantemente teóricos em 1984, e uma palestra sobre publishing era um choque de realidade. RC mostrava a importância do ciclo de publicação: desde a criação, passando pela publicidade, até a impressão e a circulação. Aprendíamos que havia algo além da apuração e da edição de uma matéria.
PLUG 2009
O perfil dos alunos acompanhou a transformação. Plugada desde as fraldas, esta turma está mais preparada do que a de 1984. Conhece texto, foto, vídeo, design e internet. Para minha surpresa, as ideias costumam vestir terno e gravata nas sugestões iniciais que os alunos trazem. Reajo com um bordão: “As ideias velhas, tenho eu”. Estabelecido o cri"Para quem se julgava o centro do tério de inovação, universo, uma grande lição foi saber o resultado sempre surpreende. A quem manda numa publicação" proposta neste ano foi produzir uma reportagem exploVinte e cinco anos depois, são ou- rando as possibilidades das mídias tros os focas, mas segue o desafio: impressa e digital. abocanhar o peixe. O objetivo de cada Em 2009, o desafio é maior. Discuteturma continua a ser um lugar ao se como as revistas devem se reinvensol na Editora Abril. O da empresa, tar e como a Abril vai acompanhar renovar seu estoque de talentos. – e liderar – o processo. A revolução, O cardume agora é mais diversificado, que já acontece, passa pelas mãos, e a Abril não faz só revistas. Produz pelos olhos e pelas telas dessa moçada. conteúdo em papel, vídeo, internet, Os alunos de 1984, os de 2009 e os que celular e o que mais vier (alguém aí estão para chegar terão de continuar também pensou no e-reader?). Meu aprendendo se quiserem ser protagopapel também mudou: de aprendiz nistas de tal transformação. passei a orientador de grupos em mí>> Roberto Gerosa é editor executivo de dias digitais, especificamente aquelas Veja.com e foi aluno da primeira turma ligadas a Veja.com. do Curso Abril de Jornalismo, em 1984 Para quem se julgava o centro do universo, como nós, uma grande lição era saber quem manda em uma publicação: “É o leitor, estúpido!”, diziam pratas da casa como Thomaz Souto Corrêa, Alberto Dines, Mário Escobar de Andrade e Augusto Nunes. Os 15 dias de aprendizado valeram mais do que quatro anos de faculdade.
foto: arquivo Abril
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Era assim que recrutávamos os jovens talentos do Brasil, há 40 anos. Vem aí o Curso Abril de Jornalismo 2010.
Reprodução de anúncio publicado na revista CLAUDIA, em novembro de 1967, para recrutar jornalistas que, meses depois, iriam integrar a primeira redação da revista VEJA.
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SEU CARRO TEM QUE SER VOCÊ, E NÃO O CONTRÁRIO.
Fotos meramente ilustrativas, com alguns itens opcionais.
NOVO PALIO 2010. O CARRO QUE COMPLETA VOCÊ.
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