Inúmeras vezes passamos por experiências agradáveis de atendimento que nos permitiram ter conversas animadas e de alguma cumplicidade com um estranho até então, frequentemente vamos a certos estabelecimentos que nos remetem, automaticamente, para um reservatório de memórias bens agradáveis, de emoções tão especiais… (leia mais na página 2)
Caro leitor, No sentido de cativar a atenção de pessoas interessadas por desenvolvimento pessoal e organizacional, preparámos esta revista com o contributo de diversas profissionais cujas mensagens são interessantes e cativantes, a quem deixamos, desde já, o nosso agradecimento. É também uma oportunidade de apresentar a nova área de actividade da Plurificiente, o nosso centro de formação que foi inaugurado no passado mês de Novembro e que está situado no primeiro andar do Centro Comercial Oita em Aveiro. Temos 3 áreas de actividade: Consultoria de Negócios, Formação e Aluguer de espaços. Em todas estas actividades fazemos questão de trabalhar de forma eficaz e eficiente, incrementando crescimento e
satisfação a stakeholders .
todos
os
nossos
As nossas propostas de formação respondem a áreas com carência de oferta formativa actual e já realizamos protocolos com parceiros de várias entidades de notoriedade nacional. Gostariamos de ser reconhecidos como uma organização que leva ferramentas úteis, práticas, de forma lúdica, num ambiente informal e acreditamos que é nossa função ligar pessoas fomentando a partilha continuamente e o nosso lema é “transformamos conhecimento em acção”. Esperamos que esta leitura proporcione prazer e reflexão. Suzana Caldeira Directora Geral Em nome de toda a equipa da Plurificiente
À mulher empreendedora acrescento ainda mais informação. A grande empresa, por si gerida, é a empresa da sua vida. Não direi que a sua vida é mais complicada, ou que requer maior esforço, ou que tem mais valor... (leia mais na página 3)
“Em Agosto estou no mercado procurando ser Feliz numa empresa Feliz...e as infelizes que me desculpem pois não tenho tempo para perder com elas”... (leia mais nas páginas 4 e 5) Quando falamos das ferramentas de Social Media Marketing, sabemos que uma micro ou pequena empresa não tem obviamente o poder de investimento da Nike ou da BMW, que têm algumas das páginas com maior sucesso do facebook. Mas o importante aqui é não utilizar como desculpa essa falta de poder de investimento para nada fazer. É possível com poucos recursos criar uma rede de networking... (leia mais na página 4) A nível social, ainda há poucos anos era comum conhecerse praticamente toda a vizinhança. As pessoas iam a casa umas das outras, trocando especiarias, sonhos e preocupações por entre “dois dedos” de conversa. Apoiavamse mutuamente, na “saúde e na doença”... (leia mais na página 5)
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Inúmeras vezes passamos por experiências agradáveis de atendimento que nos permitiram ter conversas animadas e de alguma cumplicidade com um estranho até então, frequentemente vamos a certos estabelecimentos que nos remetem, automaticamente, para um reservatório de memórias bens agradáveis, de emoções tão especiais… Será que existem pessoas que compram sempre no mesmo lugar? Talvez gostem dos produtos, do atendimento… Há dias, numa conversa de amigos, escutei activamente um deles referir que (ainda) continua a frequentar o seu barbeiro de família. “O meu barbeiro diz sempre: E hoje, Aqualbelba ou Oldspaice? É que nem dá hipóteses! Fenomenal!” – Dizia com um sorriso, num misto de nostalgia e de admiração. Ora aqui está uma técnica Erickson, pai da hipnose estudo eleito pelos pioneiros (PNL). Como poderia o sabiamente? Certamente, necessários à espera de
usada pelo brilhante Milton moderna e um dos modelos de da Programação Neurolinguística barbeiro conhecêla e aplicála tão todos temos os recursos serem postos à prova…
Ah! Não há nada como a cliente, nem é preciso dizer ele conhece as linhas da
relação do barbeiro com o seu lhe como se deseja o corte, pois cabeça como ninguém…
Os franceses criaram a expressão rapport que aparece sob a forma de relatório, narrativa, testemunho, relacionamento, referência, “em relação a” “par rapport”. De fato, é isto tudo. A PNL enfatizaa como Relação de confiança, de empatia, de respeito mútuo; Comunicação. Há quem defina como a capacidade de entrar no mundo de alguém. Mas como é possível? Conseguirseá treinar a capacidade de observar diferentes perspectivas, ver sob diferentes ângulos na mesma figura geométrica? A PNL diz que sim. Quantas vezes, envoltos numa sensação de bemestar, sentimos uma estranha familiaridade com alguém que acabamos de conhecer, adquirindo um produto/serviço que à partida não o pensávamos como essencial, porém, as nossas opiniões foram escutadas, as dúvidas ficaram dissipadas, as objecções afinal não eram assim tão válidas… bem isso é….(vender com) Rapport!
Alice F. Antas Psicóloga aliceantas@gmail.com
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Sendo este um tema pelo qual me sinto atraída, gostaria de partilhar, convosco, algumas ideias sobre o mesmo, não pelo facto de ser mulher ou por ser empreendedora, mas sim porque admiro, em geral, as pessoas empreendedoras e as mulheres, em particular.
empresa, por si gerida, é a empresa da sua vida. Não direi que a sua vida é mais complicada, ou que requer maior esforço, ou que tem mais valor... não sou feminista a este ponto. Simplesmente tem a vida mais complexa, digase em abono da verdade.
Em tempos de crise (e prometo que será a ultima vez que irão ler esta palavra em todo o artigo), o termo empreendedor está na moda na Europa ou mesmo em todo o mundo. Mas o que significa ser empreendedor ? Segundo a wikipedia, um empreendedor é "uma pessoa que enfrenta, com resolução, acções difíceis. (…) é aquele indivíduo que está disposto a assumir um risco económico. (…) o termo referese a quem identifica uma oportunidade de negócios e organiza os recursos necessários para pôla em marcha.” Devo acrescentar que um empreendedor é alguém com uma visão que persegue um ideal com uma força diferente. O empreendedor é um produtor de soluções. Centrase na solução e não no problema.
Podemos encontrar vários exemplos na vida que reforçam esta ideia. Recordome de um casal de empreendedores que me procuraram na qualidade de Coach de Carreira. A sua intenção era fazer o percurso que vai de ser trabalhador por conta de outrem para iniciar o seu próprio negócio. Ao longo do processo, a mulher deste casal demonstrava mais facilidade em equilibrar toda a vida laboral, conjugal, familiar (tinham 2 filhos pequenos). Ela traduzia essa capacidade em conjugar todos os factores de forma mais sensível, equilibrada, intuitiva e muitas vezes mais completa.
À mulher empreendedora acrescento ainda mais informação. A grande
O Professor Keith Laws (1), psicólogo da University of Hertfordshire de Inglaterra, realizou um estudo que comprova que essa capacidade que as mulheres possuem é mais do que uma crença popular. Os resultados
do estudo demonstram que as mulheres, em comparação com os homens, são mais capazes de reflectir sobre um problema enquanto continuam a fazer outras actividades ou compromissos. E assim presto a minha breve homenagem ao ser humano que resiste e constrói em geral, ao empreendedor em particular e à mulher em especial. A todos lhes dedico a minha admiração.
Mercedes Barrote Coach, formadora e consultora mercedes@mbcoaching.com.pt
___________________ (1)http://www.telegraph.co.uk/scien ce/science news/7896385/Scientistsprove thatwomenarebetterat multitaskingthanmen.html
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Organizações Felizes e Infelizes. Quais as que existem em maior quantidade no nosso País? Será esta a causa da baixa produtividade? Depois de ter tido várias experiências em empresas em Portugal e ter terminado o meu curso de Comportamento Organizacional, considerei oportuno levantar esta questão em dois dos Grupos a que pertenço no Linkedin “Business & Jobs PORTUGAL” e “Carreiras on Line Portugal”. Pretendia com esta questão, auscultar opiniões acerca de um tema que ao longo dos anos me tem feito pensar: Porque será que em algumas empresas, poucas, os colaboradores gostam de trabalhar e não sentem as horas passar e noutras estão desejando que chegue o fim do dia para sair de lá? Sei agora que existem Organizações Felizes e Infelizes ou dito de outro modo Saudáveis e Doentes. Uma Empresa Feliz é uma empresa que proporciona aos seus colaboradores uma boa qualidade de vida o que irá reflectirse na boa qualidade de serviço prestada aos seus clientes. Este serviço é prestado com gosto pelos colaboradores, que numa empresa Feliz se sentem Valorizados, Motivados, Reconhecidos, Bem Humorados e mais Realizados económica e profissionalmente. Uma empresa Feliz preocupase com os interesses dos seus colaboradores, pois sabe que são eles o activo mais importante da organização. Colaboradores valorizados e reconhecidos, são colaboradores
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motivados e empresas onde isso acontece são empresas mais produtivas, onde existe maior criatividade, onde existe entusiasmo, onde existe inovação, onde existe rigor e honestidade e onde existe algo muito importante que resulta de tudo isto O Bem Servir. Claro está que Organizações Infelizes serão o oposto! Infelizmente nem todos entendem os benefícios de uma Organização Feliz e no limite uma Organização pode ser tão Infeliz que se torne "Doente". Muitas vezes existem empresas que aparentemente são saudáveis (para o exterior tudo parece bem) pois continuam a facturar, mas que intrinsecamente estão doentes: existe
valores existente na organização é aceite e interiorizada (cultura de empresa) pelos colaboradores. Os valores de cada colaborador não têm que ser os mesmos da organização onde está inserido mas devem ser compatíveis, de modo a poderem coexistir. No caso em que a escala de valores é aceite, além da "divulgação da estratégia, definição de objectivos, avaliação e reconhecimento do trabalho", existe Entusiasmo, Trabalho de Equipa, Lealdade, Integridade, Inovação e Criatividade. Segundo Peter Drucker: " Trabalhar numa organização em que o sistema de valores é inaceitável para o indivíduo ou incompatível com ele, condena simultaneamente o indivíduo á frustração e ao mau desempenho." A discussão mostrou que de um modo geral, todos os comentários consideram como responsável pela baixa produtividade o facto de os colaboradores se sentirem infelizes nas organizações onde estão inseridos sendo a culpa atribuída na maioria das vezes aos gestores dessas organizações. Salvo honrosas excepções, os testemunhos que tenho recebido não só de Portugal mas também do Brasil é de que esta infelicidade é resultado de:
uma constante desconfiança entre trabalhadores e entre estes e as chefias assim como um constante ultrapassar das decisões das chefias intermédias pelas chefias superiores Tal como os indivíduos possuem valores hierarquizados, as empresas também possuem uma escala de valores. Numa empresa feliz a escala de
Falta de Líderes e Gestores que saibam Motivar os seus colaboradores Falta de Reconhecimento pelo trabalho bem desenvolvido. Falta de Orientação e Planeamento Falta de partilha do resultado que leva a que as pessoas sintam total indiferença pela Organização. Desconhecimento total dos
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colaboradores e das suas reais competências. Má definição dos RH e má atitude por parte dos empresários que muitas vezes só vêm números e não têm em conta as mínimas necessidades dos colaboradores. Falta de respeito pelos colaboradores e pelos seus valores. Não saber Ouvir.
palavra comporta. Uma das tarefas que um Gestor tem como crucial, é Motivar os seus colaboradores, primeiro que tudo com a sua própria motivação, que deve ser
Podemos juntar a estes pontos algo muito comum na maior parte das empresas:
Organizações que condicionam o comportamento dos seus colaboradores e gestores que ainda não perceberam que o êxito do seu trabalho e consequentemente da organização onde estão inseridos, depende essencialmente do seu próprio comportamento. Saber planear, saber mostrar o caminho, saber ouvir, tornar bem visível a sua própria motivação, conhecer os valores de cada colaborador de modo a identificar o que motiva cada um (todas as pessoas são diferentes), saber incentivar, elogiar e mostrar reconhecimento , são características fundamentais num Gestor. Cada vez mais a capacidade para dirigir pessoas é fundamental. Para isso cada um de nós deverá saber gerirse a si próprio. Na realidade todas as situações mencionadas resultam do facto de muitos dos chamados "Gestores" não saberem muito bem o que essa
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bem visível. Colaboradores desmotivados apresentam sinais que os gestores devem saber identificar e que muitos foram referidos nos vários comentários que recebi, como sejam:
Resistência a mudanças. Trabalhos mal executados e atrasos na sua execução. Apatia, passividade e indiferença pelo trabalho. Falta de cooperação no ultrapassar de problemas e dificuldades. Pouca pontualidade e elevado absentismo. Mau humor e falta de brio. Quem está motivado hoje, pode deixar de o estar amanhã. A Motivação é pois um trabalho contínuo e o Gestor deve dar o exemplo. O papel fundamental em todo este processo cabe ao Gestor. O
Gestor não deve ficar á espera que sejam os colaboradores o motor. Não! Deve ser ele quem deve Organizar, Planear, Incentivar, Motivar, Controlar e Elogiar os recursos mais importantes de uma organização os Colaboradores. Os Líderes das melhores empresas para trabalhar consideram que se deve lutar pelo sucesso empresarial valorizando as pessoas, considerando os colaboradores um Recurso e não um Custo. Sendo um Recurso devese valorizálo, potencializálo e não reduzilo ou limitálo. Empresas com Gestores que consigam implementar estas práticas poderão com certeza num futuro próximo vir a ser Empresas Felizes, juntandose ao grupo daquelas que já o são e que deram o seu testemunho neste fórum. Deixo no fim o testemunho de um colega Brasileiro de que gostei particularmente: “Em Agosto estou no mercado procurando ser Feliz numa empresa Feliz...e as infelizes que me desculpem pois não tenho tempo para perder com elas”.
Helena Rollo Engª Civil, Gestora de Projectos e organizações mhrollo@sapo.pt _______________________ Bibliografia: Textos de apoio ao Curso de Comportamento Organizacional, CENERTEC – Centro de Energia e Tecnologia, Abril de 2010
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Para o desenvolvimento de uma estratégia global de comunicação online é importante a criação e manutenção de um website, mas também é essencial a utilização de uma série de ferramentas que permitem conduzir o consumidor a visitar o site. Hoje falase cada vez mais em Social Media Marketing, fazer marketing, comunicar com os nossos públicos através das redes sociais.
O facebook é claramente hoje a rede social com maior sucesso. Esta rede apresenta a maior taxa de crescimento e em Portugal estes números também não são excepção. Cerca de 36% da população portuguesa, aproximadamente 4 milhões de portugueses (provavelmente quando estiverem a ler este texto o número já estará desactualizado) têm página no facebook. Somos o 33º País com mais utilizadores a nível mundial. No entanto, a nível empresarial, dos 38% das PME's que marcam presença online, apenas 23% participa em redes sociais e 5% têm blogues. Mais uma vez aqui se verifica que o factor custo económico não é o mais relevante. Estamos a falar de ferramentas gratuitas, que utilizamos muito bem na nossa vida privada, mas que não conseguimos reconhecer como sendo uma maisvalia na potenciação do nosso negócio. Mas as redes sociais não se reduzem apenas ao facebook. Muitas outras
redes poderão trazer frutos à sua empresa como por exemplo o Linkedin que é excelente para o desenvolvimento de networking, especialmente em modelos de negócio B2B. Se a sua estratégia passar por enviar mensagens rápidas aos seus consumidores, crie uma conta no Twitter e esteja em permanente contacto com os seus seguidores. Numa época em que a imagem e os conteúdos multimédia são quase endeusados , pode tirar partido do YouTube colocando por exemplo um vídeo institucional, ou vídeos relacionados com a actividade da sua empresa. Colocar fotografias da sua organização no Flickr e fazer a sua partilha. Criar um blogue numa qualquer plataforma gratuita como o Wordpress ou o Blogger e geo referenciar no Google Maps as vossas instalações. Obviamente é também importante estar presente nos principais directórios e plataformas relacionados com o seu negócio.
Quando falamos das ferramentas de Social Media Marketing, sabemos que uma micro ou pequena empresa não tem obviamente o poder de investimento da Nike ou da BMW, que têm algumas das páginas com maior sucesso do facebook. Mas o importante aqui é não utilizar como desculpa essa falta de poder de investimento para nada fazer. É possível com poucos recursos criar uma rede de networking que nos permita, enquanto empresa ou trabalhador independente, ser mais conhecidos, comunicar mais facilmente com o consumidor, aumentar a nossa notoriedade e potenciar o nosso negócio.
Carla Fernandes Consultora carlasanina@gmail.com
Há imensas plataformas onde o seu negócio já aparece sem que para isso tenha tido alguma acção, nomeadamente nas plataformas generalistas, como as páginas amarelas por exemplo. No entanto, verifique se toda a informação contida está correta e se o link para o seu site está presente.
Delinear uma Estratégia de Comunicação online coerente com a comunicação e imagem da empresa no mundo real De acordo com essa estratégia, desenvolver o site e escolher que outras ferramentas da Web 2.0 é que vai utilizar
A construção do site e o desenvolvimento de outras páginas deverão ser pensadas segundo uma lógica ‘Google Friendly’ No site deverão constar os links para as outras páginas desenvolvidas e viceversa Actualização constante de toda a informação
Desenvolvimento de acções que levem à revisita do site
Colocar um espaço aberto ao diálogo entre empresa e consumidor
Estar atento a situações menos positivas e reagir de forma a inverter a situação, saber lidar com a crítica
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A nossa sociedade tem evoluído em muitos sentidos. A maioria das pessoas tem hoje mais do que os seus antepassados tiveram, não só em termos materiais mas também em termos de liberdade e até mesmo no que toca à esperança média de vida. Também evoluímos de uma forma fantástica em termos de meios de comunicação disponíveis. Hoje o mundo encontrase “ligado”, sendo possível comunicar em tempo real virtualmente com toda a gente. Mas nem tudo tem sido evolução. Existe um ponto, subtil, onde tem havido uma regressão perigosa: as relações pessoais. Digo subtil pois, apesar de termos a ilusão de que estamos todos ligados (televisão, telefone, Facebook, etc.), o que é certo é que as relações estão cada vez mais distantes, com cada pessoa a viver de forma mais isolada, no seu casulo social. E perigosa, pois a falta de relações sociais saudáveis tem um impacto directo na nossa saúde e bemestar.
Esta situação ocorre na sociedade de uma forma transversal, impactando a nossa vida pessoal, a social e também a laboral. Quer um exemplo? Se estiver no trabalho levante os olhos do monitor e olhe as pessoas à sua volta. Quantas efectivamente conhece? Não digo saber os seus nomes, se têm filhos, etc. Pergunto, quantas pessoas conhece MESMO, por trás da sua “máscara”? De quantas conhece os sonhos, os medos, as alegrias verdadeiras, aquilo que lhes coloca um “brilhozinho nos olhos”? Com quantas poderia “contar”, no caso de uma adversidade? E elas... poderiam “contar” consigo?
Sugirolhe então um desafio: Vá buscar um papel e uma caneta (sim, não vale fazer apenas “de cabeça”); Divida a folha a meio; Do lado esquerdo escreva o máximo de pessoas de quem gosta, sejam elas família, amigos, colegas de trabalho, ex colegas de escola, etc.; Do lado direito escreva porque gosta de cada uma. O que é que cada uma delas tem de único, que a torna especial para si? “Liguese” a elas. Pode usar as novas tecnologias de que falámos no início mas, se possível, tente estar presente, faça tudo o que estiver ao seu alcance para estar lá, pessoalmente. Não vivemos para sempre. As pessoas que escreveu não serão, certamente, excepção. Aja a tempo e reforce as suas relações. Digalhes porque gosta delas, o que as faz únicas, diferentes. Envielhes um SMS agora, se quiser, a marcar um encontro, um café, um jantar, um passeio. Se a pessoa “já cá não estiver” escrevalhe uma carta, desabafe o que sente e o que lhe diria caso estivesse. Pelo “caminho”, levantese e vá beber um café com um/a colega de trabalho. Perguntelhe, com interesse genuíno, o que lhe coloca um “brilhozinho nos olhos”. Ouça com o coração, abrase ao momento e deixese levar pela conversa.
A nível social, ainda há poucos anos era comum conhecerse praticamente toda a vizinhança. As pessoas iam a casa umas das outras, trocando especiarias, sonhos e preocupações por entre “dois dedos” de conversa. Apoiavamse mutuamente, na “saúde e na doença”. Hoje em dia, quantos vizinhos conhece efectivamente? Talvez nas pequenas vilas ainda exista esta “rede” de suporte mas nas cidades é algo cada vez mais em vias de extinção. Os americanos fazem um trocadilho entre as palavras Illness (doença) e Wellness (saúde/bemestar). Se reparar a única coisa que as diferencia é o início, onde uma se escreve com um “I” (“eu”) e outra com um “WE” (“nós”). Poderá tratarse de um mero acaso mas julgo não ser uma coincidência inocente. São vários os estudos que apontam para a importância de mantermos e reforçarmos relações com os que nos rodeiam. Num deles, por exemplo, verificouse que as pessoas que conseguiam identificar 10 ou mais amigos eram mais resistentes ao cancro. Noutro, provouse que as pessoas que moram acompanhadas vivem mais anos e têm melhores condições de saúde do que as que vivem sozinhas. Até aquelas que vivem com um animal de estimação vivem em média mais anos do que as que vivem sós. Dá que pensar, não? Vasco Gaspar Empreendedor na área ado desenvolvimento Pessoal vascogaspar79@gmail.com
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Ficha técnica
Propriedade: Plurificiente, Lda Colaboraram com este número: Suzana Caldeira, Alexandra Ataíde, Alice Antas, Mercedes Barrote, Carla Fernandes, Vasco Gaspar e Helena Rollo Data da publicação: Janeiro 2012 Peridiocidade: Trimestral
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